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Adjuvantes agrícolas: entenda o que são e sua importância!

Adjuvantes agrícolas: entenda o que são e sua importância!

Com o crescimento da produção agrícola é indicado a utilização de adjuvantes junto com os defensores agrícolas como meio de otimizar a proteção das plantações. Quer saber mais sobre? Neste post vamos abordar tudo sobre adjuvantes do conceito a sua importância.

Acompanhe! 

 

Adjuvantes agrícolas: entenda o que são e sua importância!

 

Para atingirem o efeito desejado, os herbicidas necessitam ser absorvidos pelas plantas. Para isso, são usadas substâncias na calda de defensivos capazes de aumentar a absorção destes produtos tóxicos. Estas substâncias são os adjuvantes agrícolas.

Todo adjuvante agrícola é usado para aumentar a eficácia dos defensivos, contribuindo para o ganho de produtividade nas lavouras, com consequente redução no uso de produtos no campo. Veja então o conceito, tipos e importância dos adjuvantes para sua lavou.

 

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O que é adjuvante agrícola?

Os adjuvantes agrícolas são indicados para garantir uma melhor absorção de herbicidas, inseticidas e fungicidas pelas plantas, para que eles façam o efeito necessário na proteção delas.

Sendo uma substância fitossanitária, ou seja, não protege as plantas das doenças, ervas daninhas, insetos ou fungos, é necessário que os adjuvantes sejam utilizados com o defensivo agrícola.

Com isso aumentando a eficácia ou modificando as propriedades, para que haja uma boa cobertura das folhas, através da pulverização, otimizando seus efeitos de proteção.

Por isso, para quem deseja potencializar a ação de um determinado ativo, a escolha do produto adjuvante correto é ação essencial. Várias são as opções, como veremos a seguir.

 

Grupos de adjuvantes

Os adjuvantes agrícolas são divididos em dois grupos: os surfactantes, que alteram as propriedades de superfície dos defensivos, e os aditivos, que aumentam a absorção da calda agindo sobre a cutícula das plantas. Cada grupo possui vários tipos de adjuvantes.

Abaixo vamos falar um pouco sobre cada um, veja:

 

Tecnologias que agregam qualidade à pulverização

 

Adjuvantes aditivos

Essa classe de adjuvante aumenta a absorção dos herbicidas devido à sua ação direta sobre a cutícula das plantas. Os principais aditivos são:

 

Óleos

 São os óleos minerais ou vegetais. Eles agem dissolvendo as gorduras componentes da cutícula e membranas celulares, eliminando assim as barreiras que diminuem a absorção dos herbicidas e provocam o extravasamento do conteúdo da célula.

Quando usados como adjuvantes, os óleos podem aumentar a absorção dos herbicidas, além de atuarem como herbicidas de contato, dependendo da dose empregada.

Ao serem adicionados a calda, os óleos:

  • Aumentam a absorção do herbicida;
  • Reduzem a deriva;
  • Retardam a evaporação da gota;
  • Atuam como espalhante e adesivo.

 

Sulfato de amônio

 É um composto nitrogenado que quando dissociado forma íons de sulfato e amônio. O íon sulfato reage com íons presentes na água imobilizando-os e impedindo que estes reajam com a molécula do herbicida.

Já o íon amônio tem ação sobre a cutícula, rompendo ligações e abrindo caminho para absorção do herbicida.

Além disso, o íon amônio penetra na célula e reduz o pH do apoplasto, devido aos H+, que são bombeados para o exterior da célula, aumentando a absorção do herbicida pelo efeito do pH sobre as moléculas.

 

Ureia

É um composto nitrogenado que exerce ação sobre a cutícula, rompendo ligações e abrindo caminho para absorção do herbicida.

 

Adjuvantes surfactantes

Os surfatantes são classificados de acordo com suas principais propriedades em:

 

Aderente                                                       

Indicado para áreas com grande incidência de chuvas, pois com essa solução a calda apresenta maior adesão à cerca e à cutina da planta, aumentando a absorção do líquido e reduzindo seu escorrimento.

 

Detergente

Utilizado para que se tenha um bom contato entre a folha e a calda por promover a limpeza da sujeira em sua superfície, fazendo com que a aplicação tenha maior eficácia.

 

Dispersante

Indicado para usar com defensivos pós-molháveis, para que não haja aglomeração das partículas da calda, da parte sólida, evitando que caiam da superfície.

 

Espalhante

Utilizado para obter uma melhor absorção entre a calda e a superfície da planta, pois ele diminui a tensão superficial das gotas, garantindo uma melhor espalhabilidade.

 

Molhante

Indicado para áreas com alta temperatura e baixa umidade relativa do ar por proporcionar um maior tempo da calda na superfície da planta atrasando sua evaporação.

 

Adjuvantes e a economia para o produtor

Ao promoverem um ganho de eficácia na aplicação, os adjuvantes acabam por reduzir a dose de defensivos necessários, o que pode gerar uma economia de até 50% com relação aos gastos com esses produtos usados na proteção da lavoura, segundo dados da Embrapa.

Como os adjuvantes são divididos em diferentes categorias, para que haja maior eficácia no seu uso e consequente economia para o bolso do produtor, é necessário que sejam feitos estudos detalhados sobre a lavoura por especialistas agrônomos.

Alguns critérios que devem ser levados em consideração nessas pesquisas de campo, veja abaixo:

  • Análises sobre o alvo a ser atingido, como ervas daninhas, doenças na plantação e pragas;
  • O tipo de cultivo;
  • As condições ambientais e climáticas da área de pulverização;
  • A qualidade química da água usada na aplicação;
  • Os maquinários e pulverizadores disponíveis;
  • Os tipos de defensivos usados na lavoura.

A partir da avaliação rigorosa desses critérios, é possível escolher um bom adjuvante agrícola, que potencializará o efeito dos defensivos, gerando gastos mais baixos e, consequentemente, causando menos danos ao meio ambiente, já que há diminuição do uso de defensivos.

 

Como escolher adjuvantes agrícolas?

Como vimos, os adjuvantes agrícolas têm diversas funcionalidades. Justamente por isso, para definir o melhor para a sua lavoura, é preciso verificar aspectos como a cultura, o defensivo agrícola usado e as condições climáticas na área.

É importante que olhe a bula com atenção, pois é lá que vão estar as informações que você precisa saber sobre quando utilizar e como aplicar o adjuvante.

Além disso, na bula também estará as quantidades necessárias para cada aplicação. É essencial seguir a recomendação, já que o excesso pode causar um efeito negativo na sua cultura por conta da fitotoxicidade e também aumentar os seus custos de produção à toa.

 

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Conclusão

Portanto os adjuvantes melhoram o desempenho de inseticidas nas pulverizações agrícolas, potencializam suas características e aumentam a eficiência. Entretanto, sua escolha deve levar em conta a necessidade do produto e do alvo que se busca atingir, com o objetivo de melhorar o efeito no controle das pragas.

Nesse sentido, o indicado é sempre consultar um profissional especializado para receber a orientação correta de acordo com as características da sua produção.

E então, ficou alguma dúvida sobre a importância dos adjuvantes agrícolas? Deixe seu comentário se você quiser saber ainda mais em relação ao assunto!

 

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Pulverizador agrícola: conheça os tipos!

Pulverizador agrícola: conheça os tipos!

O pulverizador tem um papel fundamental para a produção agrícola, uma vez que é utilizado para distribuir agroquímicos, nutrientes e fertilizantes na lavoura. Por entender sua importância preparamos esse artigo para mostrar os principais tipos de pulverizador agrícola.

Venha Comigo!

 

Pulverizador agrícola: conheça os tipos!

 

O papel dos pulverizadores agrícolas na agricultura é fundamental. Uma boa safra está diretamente relacionada ao controle de pragas, doenças e insetos, assim como depende da ação de nutrientes que garantam a fertilização adequado do plantio.

A tecnologia desenvolvida para o aperfeiçoamento de pulverizadores tem promovido avanços inovadores em benefício do produtor agrícola.

Escolher o equipamento ideal, pode ser um desafio, afinal existe uma série de fatores que devemos levar em consideração no processo de compra. Portanto, se você quer escolher o seu, mas ainda tem dúvidas, leia até o final. Vamos lá?

 

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Qual a função do pulverizador agrícola?

Os pulverizadores são equipamentos que pulverizam. Ou seja, fazem a distribuição sobre a plantação de uma substância líquida em partículas minúsculas. Esse processo é muito importante pois facilita a absorção das substâncias e a sua correta pulverização.

Os pulverizadores não servem apenas para distribuírem agrotóxicos, mas também são muito utilizados na hora de nutrir e fertilizar as lavouras.

O principal objetivo de um pulverizador é garantir que esse produto seja distribuído na mesma medida e em uma quantidade correta nos locais necessários.

 

Como era o processo de pulverização antigamente?

O desenvolvimento dos equipamentos de aplicação teve um salto a partir de meados do século XIX. Antes disso, as técnicas utilizadas consistiam em esfregar ou lavar a planta com o auxílio de panos ou escovas embebidos com a solução química.

Era comum também a utilização de alguns tipos de regadores para facilitar a uniformidade da distribuição e a velocidade da aplicação.

Foram desenvolvidos equipamentos em que espanadores especiais funcionavam com um mecanismo de bombas e tanques sobre rodas. Passou-se, também, a utilizar seringas, mais tarde aperfeiçoadas com válvulas que possibilitavam o bombeamento intermitente do produto.

A partir daí, as inovações fora aplicadas sobretudo em projetos relacionados à energia da pressão de bombeamento e à eficiência na produção de gotas. A evolução da tecnologia dos bicos proporcionou um aumento significativo na qualidade da pulverizadores agrícolas.

  Tecnologias que agregam qualidade à pulverização

 

A importância do pulverizador agrícola

O pulverizador é um instrumento importantíssimo para as lavouras, principalmente para as de grande escala.

O pulverizador permite aumentar a eficiência da lavoura e aplicar a quantidade exata de produto na plantação independentemente do tipo da substância.

Além disso, esse equipamento também auxilia no processo de redução de gastos com os insumos na lavoura.

Sem dúvidas, o pulverizador é importante para todo o processo de desenvolvimento de uma lavoura e pode ser um dos principais aliados do produtor agrícola.

 

Quais são os tipos de pulverizadores?

No mercado, há modelos de pulverizadores para atender todos os tipos de demanda. Falaremos um pouquinho sobre cada um deles, para que você possa conhecer mais sobre o assunto.

Os pulverizadores podem ser manuais ou motorizados. Veja os principais tipos de pulverizadores a seguir:

 

Pulverizador costal

O pulverizador costal é muito utilizado por pequenos, médios e grandes agricultores. Isso se deve ao fato de que é mais prático e pode ser empregado em diversos tipos de cultivos.

Esse equipamento pode ser encontrado em sua versão manual, na qual você precisa acionar a bomba com uma alavanca para realizar a pulverização.

Também é encontrado em sua forma elétrica, que funciona com o auxílio de uma bateria, pulveriza o cultivo sem maiores esforços.

Além disso, é possível encontrar esse tipo de pulverizador em sua versão 2 em 1. Isso quer dizer que é possível utilizá-lo manualmente, além de sua forma elétrica.

 

 

Pistola pulverizadora de pressão

Consiste em um sistema de ar comprimido disponível nas versões manual e elétrica. Usando o gatilho da pistola é disparado, gera pressão no equipamento, que esguicha o defensivo na lavoura.

O primeiro modelo é indicado apenas para quem vai trabalhar em hortas, pomares e jardins de área pequena.

 

Pulverizador autopropelido

O pulverizador autropropelido ou automotriz é voltado para lavouras com áreas extensas. Possui barras de tamanhos variados e tanques grandes, capazes de armazenar altas quantidades de calda. Por isso, costuma ser utilizado em tratores.

Como possuem um nível avançado de tecnologia, com uso de sensores e softwares, os pulverizadores autropropelidos são conhecidos pelo alta precisão na pulverização.

 

Atomizador

O atomizador é uma espécie de pulverizador agrícola que joga o produto em alta velocidade. Esse tipo de equipamento é recomentado para o cultivo e árvores frutíferas e em terrenos que não é possível o uso de outros métodos.

Outra questão importante é que o atomizador pode ser utilizado em ambientes internos e externos. Isso faz com que o equipamento seja muito versátil.

Vale frisar que não é recomentado o seu uso em cultivos frágeis, que não suportam altas velocidades de ar.

 

De barra

Como o próprio nome já diz, esse tipo de pulverizador possui uma barra com muitas pontas para pulverização que podem ser montadas em um trator. É altamente recomendado para grandes lavouras e precisam de manutenções eficientes.

 

Pulverização aérea

A pulverização aérea pode ser realizada com o uso de drones, helicópteros e aviões agrícolas, cada um com suas especificidades. Assim, podem ser consideradas as seguintes particularidades:

  • Drones: para aplicações de precisão, em áreas específicas de difícil acesso;
  • Helicópteros: alternativa aos aviões pela menor velocidade e maior proximidade da cultura;
  • Aviões: sua rapidez operacional o faz o mais indicado para grandes áreas de cultivo.

 

Como escolher seu pulverizador agrícola?

Para escolher o pulverizador agrícola que melhor atende as suas necessidades, é necessário pensar nas seguintes questões:

 

Cultura

Pensar na sazonalidade da sua lavoura e sua extensão é um item básico na escolha do seu pulverizador agrícola. Isso porque a forma como a cultura se comporta e como seu trabalho pode ser otimizado mudam a cada tipo de aplicação ou tipo de pulverizador agrícola.

 O mesmo vale para os bicos dosadores dos pulverizadores em barra. Outro item a ser considerado é a época de aplicação de cada produto, que varia conforme a cultura e a facilidade de mobilidade do pulverizador.

 

Área de pulverização

Simplesmente, quanto maior a área, mais capacidade de armazenamento é necessária. Sendo assim, o pulverizador agrícola a ser escolhido ou a quantidade de equipamentos a serem comprados têm que ser coerentes com a área a ser cultivada. Pense em tudo isso no momento de escolher o pulverizador agrícola.

Dica extra: a relação entre a quantidade de insumo a ser dissolvido em água pode ser feita com a ajuda de um engenheiro agrônomo ou um profissional de agronomia.

 

Considere a viabilidade econômica do equipamento

Deve-se levar em conta a relação entre o valor da compra e o ganho estimado com a produção. Além disso, é importante considerar aspectos funcionais, como por exemplo a durabilidade do equipamento.

 

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Conclusão

A aplicação de defensivos agrícolas nas lavouras, com o auxílio do pulverizador, é de fundamental importância para a agricultura, já que é através deste equipamento que se consegue fazer o controle de pragas e doenças, tornando viável a produção agrícola.

Para escolher o melhor pulverizador para sua cultura é necessário conhecer os diferentes tipos, a necessidade da cultura e a viabilidade econômica. Em caso de dúvidas o ideal é que o produtor consulte um profissional da área.

Escrito por Michelly Moraes.

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Defensivos agrícolas: entenda os tipos e usos!

Defensivos agrícolas: entenda os tipos e usos!

Na agricultura moderna existem diferente tipos de defensivos agrícolas que cumpre um papel indispensável no meio agrícola. Neste artigo vamos discutir; o que são os defensivos agrícolas; sua importância, além de conhecermos os diferentes tipos e a forma correta de aplicação.

Não fique de fora, acompanhe!

 

Defensivos agrícolas: entenda os tipos e usos!

 

O que são defensivos agrícolas?

Defensivos agrícolas são produtos químicos, físicos ou biológicos usados no controle de seres vivos considerados nocivos ao homem, sua criação e suas plantações. São também conhecidos por agrotóxicos, pesticidas, praguicidas ou produtos fitossanitários.

Dentre estes termos, o termo agrotóxico é o termo utilizado pela legislação brasileira. Entre os defensivos agrícolas ou agrotóxicos são encontrados produtos que controlam plantas invasoras (herbicidas), insetos (inseticidas), fungos (fungicidas), bactérias (bactericidas), ácaros (acaricidas) e ratos (rodenticidas).

Também são considerados defensivos agrícolas os reguladores de crescimento, que aceleram o amadurecimento e floração de plantas, por exemplo.

 

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A importância dos defensivos agrícolas na agricultura

Atualmente, a população gera uma grande demanda para as produções agrícolas, sobretudo de alimentos. Por essa razão a tecnologia também avança constantemente para que sejam alcançados altos índices de produtividade e se consiga abastecer a necessidade existente no mundo.

 

Herbicida glifosato: vantagens e desvantagens!

 

Além disso, é preciso gerar produtos de qualidade, com desenvolvimento satisfatório e capazes de atender às necessidades da população. A demanda por alimentos ou por matéria-prima vegetal ou animal para a indústria não pode dividir espaço com larvas, fungos e bactérias.

Por essa razão, é preciso que haja um agente de proteção da lavoura garantindo a produtividade: esse é o papel do defensivo agrícola na agricultura.

 

Tipos de defensivos agrícolas

Os agrotóxicos são formulados principalmente a parti de moléculas sintéticas. Dessa forma podem ser classificados de acordo com o grupo químico ao qual pertencem e o seu modo de ação na praga.

No entanto, o mais o comum é serem classificados segunda a natureza da praga que irão combater.  Veja abaixo os tipos;

 

Fungicidas

Os fungicidas atuam na prevenção, controle e cura da ação de fungos. Sua demanda é muito alta em virtude das diferentes culturas plantadas no território nacional e as diferentes condições climáticas que favorecem o aparecimento destes microrganismos.

As moléculas dos principais produtos disponíveis no mercado são pertencentes ao grupo das carboxamidas, estrobilurinas e triazóis.

Enquanto as carboxamidas e as estrubilurinas atuam no processo de respiração celular do fungo (complexo II e III da cadeia respiratória, respectivamente), os triazóis atuam na inibição da síntese do ergosterol, componente da membrana celular dos fungos.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Inseticidas

Atuam na prevenção e controle de insetos pragas. São muito importantes pois os danos causados são muito intensos, destruindo tecido vegetal em alta velocidade e em todas as fases de desenvolvimento das culturas, com queda vertiginosa da produção em condições de controle ineficiente.

Os principais modos de ação dos inseticidas são por contato direto do produto no alvo ou a ingestão de folhas que contenham o princípio ativo. Além disso, os produtos podem ser considerados fisiológicos ou de choque.

O mecanismo de ação varia muito, podendo estar relacionados à abertura de canais de cálcio levando a paralisia muscular; agonismo ou antagonismo de hormônio juvenil relacionada à ação sobre a ecdise; ação no sistema nervoso.

 

Herbicida

Os herbicidas são componentes importantíssimos no manejo. Eles atuam na dessecação de culturas para colheita ou formação de palhada e no controle de plantas daninhas.

Esses produtos possuem seletividade, ou seja, têm atuação em plantas dicotiledôneas (popularmente chamadas de folhas largas) ou monocotiledôneas (folhas estreitas) e há diversos mecanismos de ação.

 

Bactericida

O Bactericida é uma substância antibacteriana, ou seja, tem a função da matar as bactérias. Esse agente atua no ambiente contaminado de forma a impedir que os microrganismos possam desempenhar atividades vitais básicas. Dessa forma, qualquer indício de contaminação por bactérias é extinto no local em questão.

 

Acaricidas

São substâncias utilizadas para combater ácaros que se alimentam de plantas, introduzem doenças, destroem lavouras atacadas e reduzem sua produção. Existem acaricidas de diversos tipos e com os mais variados princípios ativos, cada qual melhor indicado para determinado tipo de ácaro.

 

Defensivos agrícolas: classificação toxicológica

Para cada tipo de praga ou estágio da doença há um defensivo que deve ser utilizado, portanto, eles são conhecidos como inseticida, fungicida, herbicida e nematicida.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) criou a seguinte classificação toxicológica:

 

Defensivos agrícolas: classificação toxicológica

 

A mesma lógica é utilizada para elencar os perigos do agrotóxico em relação ao meio ambiente, sendo que a classe 1 é a mais danosa e a classe 4 a menos danosa.

 

Regulamento de defensivos agrícolas no Brasil

A maior parte das regulamentações relacionada ao uso dos defensivos está na Lei nº 7.802/1989. No texto constam informações sobre fiscalização e liberações.

Também é possível encontrar outras informações no site da ANVISA, a agência reguladora do assunto no Brasil. Umas das questões, por exemplo, é que os agrotóxicos devem, obrigatoriamente, ser registrados no órgão federal competente, de acordo com o Decreto nº 4.074/2002.

 

Aplicação de defensivos agrícolas

A aplicação de defensivos agrícolas é uma prática eficiente e segura para controlar o surgimento e a proliferação de pragas e doenças na lavoura. Somente com essa tecnologia é possível atender à crescente demanda por alimentos.

Mas essa alternativa não dispensa cuidados. É necessário responsabilidade e a adoção das melhores práticas de aplicação para garantir a segurança alimentar e a eficiência da operação.

 

Herbicida: entenda tudo sobre esse assunto!

 

Priorizar a segurança

Os defensivos agrícolas são produtos químicos que podem trazer danos à saúde do operador caso não sejam seguidas as normas de segurança.

 Por isso, o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) é indispensável. Eles reduzem os riscos de contaminação do trabalhador. São compostos de:

  • Viseira;
  • Respirador;
  • Touca árabe;
  • Jaleco;
  • Avental;
  • Luva;
  • Calça;

Outro fator que deve ser levado em conta é a segurança alimentar. É preciso seguir as recomendações do engenheiro agrônomo, obedecendo às dosagens e aos prazos indicados entre a aplicação e o consumo.

 

Escolher o produto certo

Cada defensivo tem uma aplicabilidade específica e atua de forma diferenciada conforme o alvo biológico em questão. Dessa forma, eles são categorizados em:

  • Fungicidas;
  • Inseticidas;
  • Herbicidas.
  • Bactericidas;
  • Acaricidas.

A nomenclatura já deixa claro o tipo ação que esses produtos apresentam. No entanto, eles não atuam sozinhos. Há no mercado alguns produtos complementares que são adicionados à calda, como óleos, antiespumantes e reguladores de pH, que aprimoram a eficiência da aplicação.

 

Fazer um bom planejamento

A falta de planejamento ainda é um grande problema nas propriedades rurais brasileiras. Essa falha causa um impacto direto no desenvolvimento das plantas e na produtividade geral da lavoura.

Planejamento da pulverização é a pesquisa e identificação correta de pragas e doenças presentas na lavoura e a subsequente seleção de defensivos que atuam exatamente sobre esse alvo biológico. Com isso, é possível alcançar um alto grau de eficiência no controle de pragas sem comprometer a produção.

Esse planejamento deve ser feito a cada safra. Afinal, a cada ano surgem novas variedades mais resistentes no mercado, além de novos inimigos da lavoura.

 

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Dar atenção à pulverização

Durante a aplicação, é importante estar atento a alguns detalhes que podem fazer toda a diferença:

  • Selecione, regule e calibre corretamente o pulverizador, verificando o volume, a velocidade e as especificações de vazão/pressão de trabalho conforme as indicações do fabricante e do fornecedor do produto;
  • Avalie as condições meteorológicas necessárias para a aplicação a fim de evitar perdas por evaporação ou deriva. Os principais aspectos a serem levados em conta são a umidade do ar, a velocidade do vento e a temperatura;
  • Treine o operador para que ele seja capaz de adotar as melhores práticas e saiba lidar com novas tecnologias que o maquinário embarca;
  • Evite água de lagos, bebedouros ou riachos, pois podem conter resíduos que prejudicam a qualidade da calda. Materiais orgânicos presentes nessas águas podem reagir quimicamente com os defensivos e comprometer a eficácia da aplicação.

 

Conclusão

Os defensivos agrícolas não são, necessariamente, os vilões sem razão de existir, como aparecem no noticiário e mesmo no entendimento popular, muitas vezes. É claro que o seu mau uso pode trazer prejuízos ao meio ambiente e a saúde da população.

Porém, se aplicar de forma consciente e em conjunto com outras tecnologias de Manejo Integrado de Pragas, os riscos diminuem bastante.

O segredo é se guiar um pouco nas dicas de aplicação que trouxemos neste artigo e conhecer a fundo os agrotóxicos que pretende usar. Em caso de dúvidas o ideal é consultar um especialista da área.

Escrito por Michelly Moraes.

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Inseticidas: o uso e as técnicas corretas na agricultura!

Inseticidas: o uso e as técnicas corretas na agricultura!

Você sabe a importância dos inseticidas na agricultura? Neste artigo você irá encontrar tudo sobre o tema, além de conhecer algumas técnicas para o uso correto dos inseticidas agrícola.

Venha Comigo!

 

Inseticidas: o uso e as técnicas corretas na agricultura!

 

Os inseticidas são os defensivos agrícolas, que atuam na prevenção e controle de insetos e pragas, responsáveis por grande perda nas lavouras. Além de reduzir na produtividade, dependendo da intensidade da infestação e danos causados, os insetos podem matar a lavoura. Os inseticidas são substâncias químicas ou biológicas e são usados para controlar doenças e plantas daninhas que afetam as culturas.

Os principais modos de ação dos inseticidas são por contato direto do produto no alvo ou a ingestão de folhas que contenham o princípio ativo. Além disso, os produtos podem ser considerados fisiológicos ou de choque.

O uso excessivo dos produtos e a má utilização no manejo pode provocar contaminação tanto na produção agrícola quanto de mananciais próximos a área de aplicação. Devido a esses riscos existe uma fiscalização do órgão público com as empresas de defensivos agrícolas.

 

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Modo de ação dos inseticidas

Existem várias formas do inseticida afetar a praga. Os principais modos de ação, são por contato direto do produto no alvo ou a ingestão de folhas que contenham o princípio ativo.

 

Mecanismo de transferência do produto.

Modo de ação dos inseticidas

 

  • Ingestão: É absorvido pelo intestino médio, circula na hemolinfa e atinge o sistema nervoso. Inseticidas mais antigos possuíam este tipo de ação;
  • Contato: Sua ação se dá pelo contato com o corpo do inseto, penetrando na epicutícula e sendo conduzido através do tegumento, onde irá atuar sobre as terminações nervosas. Pode matar insetos-praga pelo simples contato com superfícies atingidas pelo inseticida;
  • Fumigação: O inseticida age pelas vias respiratórias, devendo ser inalado na forma de gás pelo inseto. O gás penetra através dos espiráculos e age sobre o sistema nervoso.
  • Profundidade: Inseticida capaz de atingir insetos através do tecido vegetal (ação translaminar), como sob uma folha ou dentro de um fruto;
  • Sistêmico: É aquele inseticida que, aplicado sobre folhas, troncos, ramos, raízes e sementes é capaz de ser absorvido e circular com a seiva para todas as partes da planta.

 

Grupos de inseticidas

Os inseticidas são comumente classificados de acordo com sua composição química. Como por exemplo;

 

Organoclorados

Constituem o grupo pioneiro dos praguicidas sintéticos. De largo uso agrícola e domiciliar, os organoclorados desempenharam papel marcante no combate a organismos nocivos ao homem, com repercussões sociais e econômicas importantes.

Beneficiado tanto o setor agrícola no sentido de aumentar a produtividade e produção de alimentos, estas moléculas matavam não somente os organismos alvo como também insetos neutros ou até mesmo benéficos ao homem.

As principais vias de absorção são as dérmicas, digestiva e respiratória, e devido a sua alta estabilidade química e alta solubilidade em gorduras, se acumula nos tecidos de animais e vegetais, e, por conseguinte na cadeia alimentar.

Também possuem alta estabilidade à ação da luz solar e temperatura ambiente. Assim, chegaram a contaminar também o homem. Sendo diversos casos de câncer atribuídos a este grupo de inseticidas.

 

Organofosforados

Os organofosforados podem ser utilizados para combater insetos sugadores, desfolhadores e alguns rizófagos. O modo de ação pode ser sistêmico ou de fumigação, mas a ação de contato é a mais importante. São biodegradáveis, com persistência curta no solo.

São biodegradáveis, sendo, portanto sua persistência curta no solo, 1 a 3 meses. O principal meio de degradação no ambiente parece ser a hidrólise sob condições de alcalinidade. Muitos inseticidas organofosforados são instáveis em pH menor que 2, sendo a maioria mais estável na faixa de pH do ambiente (pH 3-6).

É importante que estes compostos sejam estáveis em pH neutro, por causa de suas formulações em óleos concentrados, solventes miscíveis em água, grânulos inertes, para aplicação direta ou após dispersão em água.

O modo de ação é por contato e ingestão. Agem como inibidores das enzimas colinesterases, causando o aumento dos impulsos nervosos, assim podendo ocasionar a morte.

 

Carbamatos

Os carbamatos são derivados do ácido carbâmico, e tendem a ser de uso intradomiciliar em relação aos organofosforados, devido ao menor odor de algumas formulações inseticidas.

São praguicidas orgânicos derivados do ácido carbâmico. Três classes de carbamatos são conhecidos: carbamatos inseticidas (e nematicidas), carbamatos herbicidas e carbamatos fungicidas. Os carbamatos usados como inseticidas (e nematicidas) são derivados do éster de ácido carbâmico.

Com modo de ação semelhante aos organofosforados, ou seja, a inibição da enzima acetilcolinesterase, os carbamatos possuem as seguintes características:

  • Alta atividade inseticida;
  • Baixa ação residual;

 

Tecnologias que agregam qualidade à pulverização

 

Piretróides

Os piretróides foram descobertos a partir de estudos que procuravam modificar a estrutura química das piretrinas naturais, e, uma vez que apresentavam maior capacidade letal para os insetos, propriedades físicas e químicas muitos superiores, maior estabilidade à luz e calor e menor volatilidade.

Os piretróides possuem alta eficiência, sendo necessário menores quantidades de ingrediente ativo, com menor risco de contaminação nas aplicações. Com isso, foram tomando rapidamente o lugar dos organofosforados.

Outra vantagem destes praguicidas é que eles admitem a sinergia, ou seja, a potencialização de sua ação através da adição de um ingrediente sinergista, aumentando ainda mais a eficiência.

São os compostos de mais rápida ação na interferência da transmissão de impulsos nervosos. Podem possuir efeito repelente, espantando os insetos ao invés de eliminá-los.

 

Reguladores de Crescimento

Os produtos inibem e troca da ecdise e a produção de quitina, inibindo o desenvolvimento dos insetos estas combinações ainda estão limitadas por apresentarem ação lenta agindo em fases restritas do ciclo de vida dos insetos muitas vezes, não protegendo as culturas quando em níveis críticos do ataque.

Entretanto existe existem benefícios grandiosos que reforçam as qualidades, como:

  • Alta eficiência biológica;
  • Baixo nível de toxicidade para mamíferos, pássaros e peixes;
  • Seletividade para a fauna benéfica.

Vale ressaltar que nem sempre este tipo de praga causa danos significativos à plantação em alguns casos, os insetos benéficos podem ser até mesmo utilizados para fazer o controle biológico de outras pragas na lavoura. Porém, é necessário acompanhar atentamente para ter a dimensão do impacto dos insetos na produção.

 

Bioinseticidas – Bacillus thuringiensis

É utilizada no controle lepidópteros e coleópteros pragas, seja na forma de bioinseticida ou como plantas transformadas expressando toxinas esta bactéria.

Esta bactéria está presente em amostras de solos de áreas cultivadas com culturas anuais ou perenes, áreas desérticas, ambientes aquáticos, superfície e interior de plantas, restos vegetais, insetos e pequenos mamíferos mortos, teias de aranha, grãos armazenados e locais inabitados

Devido à sua adaptação a diferentes habitats, Bt produz uma grande gama de substâncias que podem ser utilizadas para diversos fins, como por exemplo, controle de doenças fúngicas em plantas.

 

Aplicação dos inseticidas

Na prática, antes de se tomar qualquer decisão, deve-se ter em mente três questões relativas à tecnologia de aplicação: o que aplicar (qualidade do produto), como aplicar (qualidade da aplicação) e quando aplicar (momento da aplicação).

Para se definir o que aplicar, antes se tem que fazer uma análise correta do problema a controlar e qual impacto econômico e ambiental que esse problema poderá causar, se não for devidamente controlado.

Uma vez definido que é necessário fazer uma intervenção, qual o melhor produto a ser aplicado e onde esse produto deve ser depositado, ou seja, qual alvo deverá ser atingido.

É necessário bom planejamento antes do plantio, para que tudo possa ser executado no momento necessário e de forma correta.

APLICAÇÃO DO INSETICIDA

(Fonte: AGROPÓS, 2020)

 

O sucesso de uma aplicação depende da capacidade operacional da fazenda, ou seja os equipamentos disponíveis devem permitir aplicar os defensivos de forma correta e no momento necessário.

 

Uso inadequado de inseticidas

Prejuízo à saúde humana

A saúde das pessoas também pode ser colocada em risco pelo uso de inseticidas. Pois para aplicação desses defensivos e necessário o traje de roupas adequados, para que não haja uma contaminação. Além do excesso de agrotóxicos nas plantas comestíveis pode acarretar em diversos problemas de saúde.

 

Resistência das pragas

O uso excessivo ou inadequado de inseticidas na lavoura pode ter como consequência o efeito contrário do desejado. Em vez de aniquilar as pragas que prejudicam a plantação, o inseticida acaba fortalecendo os parasitas.

Esse problema pode ocorrer por uma série de motivos. Entre os principais, podemos citar os seguintes como por exemplo aplicação de doses acima ou abaixo das recomendadas pelo fabricante ou até mesmo erro no manejo.

Prejuízo à cultura

A aplicação de inseticidas deve, necessariamente, seguir normas que garantam a proteção do meio ambiente. Caso contrário, os prejuízos podem ser muito grandes. Isso pode estar relacionado à quantidade ou à forma de aplicação e prejudicar diversos aspectos do meio ambiente como;

  • Poluição do solo
  • Poluição da água
  • Desequilíbrio Biológico

 

Manejo integrado de pragas (MIP)

O uso das técnicas de Manejo Integrado de Pragas garante mais economia para os agricultores, que passam a gastar muito menos com defensivos agrícolas. Com uma programação baseada na análise de dados e no monitoramento das plantações, é possível reduzir o número de aplicações e ainda minimizar os estragos.

Dessa maneira, os trabalhadores também são menos expostos a esses produtos, diminuindo os riscos à saúde decorrentes da manipulação desse tipo de material. Paralelamente, o MIP ajuda na manutenção do ambiente de produção e reduz as chances de contaminação ambiental.

Outra vantagem é o baixo investimento para a realização desse manejo e, claro, a estabilidade dos índices de produtividade da lavoura.

Além disso, essas práticas podem ser implementadas em propriedades de qualquer tamanho. Porém, é preciso lembrar que os profissionais devem ser capacitados para executar o monitoramento, as análises e as aplicações de maneira segura e objetiva.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto, os inseticidas agrícolas são os grandes responsáveis pelo controle de pragas nas lavouras e consequentemente pela qualidade dos alimentos. Porém, deve haver muito cuidado na hora de se utilizar esses recursos na plantação. Isso porque, se forem usados de forma inadequada, podem gerar consequências para os trabalhadores, para a lavoura, para o consumidor e até mesmo para o meio ambiente.

Com isso o manejo integrado pragas (MIP) é possível a aplicação de técnicas apropriadas e métodos de forma tão compatível quanto possível e mantém a população da praga em níveis abaixo daqueles capazes de causar danos econômicos.

 

Pós-graduação Fitossanidade