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O que é agricultura de precisão? Descubra!

O que é agricultura de precisão? Descubra!

O que é agricultura de precisão? A utilização da agricultura de precisão vem crescendo exponencialmente e fortalecendo ainda mais o agronegócio brasileiro.

A agricultura de precisão, é uma tecnologia cujo objetivo, consiste em aumentar a produção com maior eficiência e sustentabilidade dos recursos econômicos e ambientais.

Quer saber mais sobre essa tecnologia e seus benefícios para sua propriedade?

É só vir comigo!

 

O que é agricultura de precisão? Descubra!

 

O que é agricultura de precisão?

Agricultura de precisão (AP) é a forma mais precisa de monitorar as atividades agrícolas, através da utilização de tecnologias avançadas.

A partir de dados coletados das áreas geograficamente referenciadas, se torna possível a implementação da automação agrícola. Além de tornar mais assertiva a tomada de decisão.

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) , a agricultura de precisão colabora no processo e análise de dados. Auxiliando no entendimento das condições ideais para o cultivo das principais culturas agrícolas.

Embora, tenha chegado no Brasil no início dos anos 90, por meio da utilização de máquinas agrícolas com receptores GNSS (Global Navigation Satelite System), hoje se tem visto cada vez mais forte a utilização das mais diversas ferramentas advindas da agricultura de precisão.

Pode se considerar agricultura de precisão toda prática que tenha a ação com objetivo de assegurar condições ideais à lavoura. Seja por meio de aplicação de defensivos, monitoramento de pragas/doenças, irrigação e entre outros.

Mas você pode se perguntar, que vantagens posso ter na minha propriedade com a adoção da agricultura de precisão?

Veremos ver a seguir quais vantagens a AP pode trazer para controle e aumento da produtividade para sua lavoura.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

Vantagens da agricultura de precisão

A agricultura de precisão pode ser utilizada em todos os cultivos possíveis. Onde, podemos ver sua utilização nas culturas do milho, soja, café, cana, feijão e até mesmo em pastagens.

Sendo comumente utilizada para monitorar a aplicação de fertilizantes, irrigação, falhas de plantio, competição com outras espécies e doenças das plantas.

Mas, vale ressaltar que que AP é um sistema que gere as lavouras em todos os seus aspectos, na procura de garantir a sua produtividade.

Dessa forma, quanto maior número de dados coletados. Maior será a assertividade na decisão e economia do sistema produtivo.

Isso garante ao produtor uma melhor gestão de sua propriedade, quanto a utilização dos insumos e de manejo. Economizando tempo e dinheiro, consequentemente o aumento da produtividade e sustentabilidade da lavoura.

 

O impacto da agricultura de precisão para o agronegócio brasileiro

Na agricultura de precisão é possível utilizar estratégias para resolução de problemas com mais exatidão e ir direto ao ponto necessário.

Isso para o agronegócio se tona peça-chave na otimização da produção e para desenvolvimento de práticas em diferentes níveis de dificuldade.

Desse modo, a adoção da AP para o agronegócio brasileiro, é um diferencial importante que permite maior competitividade de mercado.

Estudos mostram que as tecnologias proporcionadas pela agricultura de precisão, pode aumentar a produtividade das lavouras em até 67%.

Isso quer dizer que será maior:

  1. Assertividade na tomada de decisão pelo produtor;
  2. Economia de insumos e recursos financeiros;
  3. Visualização detalhada da propriedade, consequentemente, melhoria das atividades agrícolas e seu manejo.

 

Checklist agrícola

 

Ferramentas da agricultura de precisão

A agricultura de precisão é uma soma de tecnologias de monitoramento que podem mensurar com mais exatidão os insumos necessários. E adequação do manejo de acordo com os resultados das estatísticas aplicadas. Isso só é possível graças as ferramentas disponíveis para a AP.

Conheça as principais ferramentas utilizadas pela AP:

  • Piloto automático: utilizado para redução de erros na operação da máquina (trator/pulverizador). Uma vez, que há uma maior uniformidade da atividade devido a velocidade constante da máquina.
  • Controle de aplicação de insumos: essa tecnologia permite que seja aplicado o insumo somente quando necessário e no local indicado, otimizando o processo e evitando gastos desnecessários.
  • Sensores: o uso de sensores na agricultura de precisão contribuem de várias formas, fornecendo dados que auxiliam os agricultores a monitorar a lavoura. Algumas das principais tecnologias de sensoriamento são os capacitivos, mecânicos, eletroquímicos, ópticos e de localização.
  • Adubação de precisão: esse sistema proporciona uma adubação direcionada para área que realmente necessita. Sem que haja perdas de insumos, uma vez que, o mapeamento da fertilidade do solo que é feito com um grid amostral entre 1 a 2 hectares.
  • Semeadoras a taxa variável: com essa ferramenta é possível comandar e alterar a densidade de sementes a serem depositadas de acordo com o potencial produtivo de cada parte da lavoura.
  • Drones: facilitam o levantamento de dados, fornece informações estratégicas aos agricultores. Sua aplicação na área agrícola vem sendo favorecida pelo avanço tecnológico. Pela redução dos custos de equipamentos e softwares.
  • Barras de luz: esse dispositivo proporciona diversas vantagens à distribuição de sementes e adubos, sendo definidos os espaçamentos com mais precisão.

 

Plataforma Agropós

 

Agricultura convencional e agricultura de precisão

A agricultura de precisão sai na frente em muitos quesitos se comparada com o sistema convencional de manejo.

Na agricultura convencional os insumos são utilizados igualmente, para toda a área. Com base em uma amostragem que foi analisada de forma geral.

Por exemplo, a aplicação de adubo na lavoura, é baseado pela média de resultados da análise de fertilidade do solo da área plantada.

Porém, na AP, temos informações detalhadas que auxiliam na tomada de decisão. Que permite aplicar somente o que é realmente necessário e no local certo.

Isso se dá levando em consideração as principais características ambientais e agronômicas com uso de geotecnologias para elaboração de mapas.

 

Agricultura de precisão X sustentabilidade 

Nesse artigo vimos como a agricultura de precisão cresceu muito no Brasil. Utilizando tecnologias que tornam mais simples coletar e aplicar dados, adaptar-se às mudanças nas condições ambientais e usar os recursos com maior eficiência.

A agricultura de precisão é composta por um conjunto de ferramentas que permite ao produtor fazer a gestão de sua propriedade. Com a utilização dos insumos na hora certa, no local adequado e na quantidade correta. Promovendo o aumento da produtividade, economia de recursos financeiros e sustentabilidade da lavoura.

Escrito por Juliana Martins Medina.

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

Uso de drones para fazer inventário de florestas e estimar volume de madeira

uso drones para fazer inventário

Uma metodologia automatizada permite realizar em três horas a medição de volumes de madeira em florestas que, de forma manual, levaria três semanas para ser realizada. Aplicável a diferentes demandas do manejo de florestas, a tecnologia desenvolvida pela Embrapa possibilita o uso de drones para fazer inventário de florestas, coletando dados em grandes extensões. A partir de combinações de imagens aéreas sequenciais é possível obter modelos 3D de alta precisão, com maior rapidez e baixo custo, para diferentes finalidades. A metodologia já auxilia técnicos do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) no monitoramento de concessões.

O uso de drones no manejo florestal é uma tendência do processo de automação do setor, iniciado há mais de uma década, e que ganhou celeridade com a chegada das geotecnologias para o planejamento da atividade. Segundo o pesquisador da Embrapa Acre Evandro Orfanó, as geotecnologias viabilizaram tarefas que não eram realizadas em função das dificuldades de acesso ou por serem excessivamente demoradas e onerosas.

O volume de toras é calculado quase automaticamente

“O mapeamento de florestas de forma manual é demorado e de alto custo. Com o uso de drones para fazer inventário de florestas, o procedimento poderá ser realizado em minutos, com investimentos reduzidos e resultados altamente confiáveis. É possível fazer um diagnóstico de diferentes aspetos do manejo florestal, em uma escala de centímetros, e visualizar detalhes antes impensáveis”, afirma o cientista.

As pesquisas para desenvolvimento da metodologia com drones iniciaram em 2015 com o objetivo de encontrar uma alternativa tecnológica para calcular o volume de madeira extraído da floresta (cubagem das toras), com redução da morosidade e incertezas do levantamento tradicional, problemas comuns no ramo madeireiro em diversas localidades da Amazônia.

Os testes em campo aconteceram em pátios de estocagem de empresas do Acre e Rondônia, sempre comparando com o método manual. Foram testados diferentes níveis de ajuste da metodologia automatizada de levantamento de estoques de madeira, para avaliar o grau de precisão das informações sobre a produção.

Para medir a madeira estocada, o drone sobrevoa os volumes empilhados e captura imagens que possibilitam obter medidas precisas de cada tora. Inicialmente a metodologia foi testada em mil metros cúbicos de madeira, em Rio Branco (AC). No método tradicional, cinco técnicos trabalharam durante sete dias para medir as toras, com uso de trena, anotar o diâmetro, o comprimento e calcular o volume individualmente.

“Com o uso de drone, a medição foi feita em apenas dez minutos, com diferença de meio porcento nos quantitativos apurados. Esse resultado representou um salto na atividade, por reduzir drasticamente o tempo de trabalho, com margem de erro quase zero”, conta Orfanó.

Os testes realizados na Floresta Nacional do Jamari (RO), em parceria com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão responsável pelo monitoramento de florestas manejadas em regime de concessão pública, confirmaram a eficiência da metodologia com drone na cubagem de madeira.

Para calcular a volumetria de 25 mil metros cúbicos, o equivalente a aproximadamente 800 caminhões de madeira em toras, foram necessários 16 minutos de sobrevoo e três horas de processamento das informações coletadas. “Manualmente, a atividade demandaria 21 dias de trabalho com, no mínimo, três profissionais”, diz o pesquisador.

Tecnologia agiliza vistorias florestais

Atualmente, o Brasil possui um milhão de hectares de floresta em regime de concessão pública, localizados nos estados de Rondônia e Pará, operacionalizados por meio de 17 contratos que produzem 175 mil metros cúbicos de madeira por ano, conforme dados do SFB. Essa produção é registrada pelas concessionárias no Sistema de Cadeia de Custódia da instituição.

De acordo com José Humberto Chaves, gerente de monitoramento e auditoria florestal do SFB, o uso de drones para fazer inventário de florestas proporcionou um salto na agilidade do processo de vistoria nos pátios de estocagem das concessionárias, com ganhos significativos em produtividade nas rotinas de monitoramento.

“Na medição tradicional, tínhamos dificuldade para fazer uma amostragem significativa da produção. A cada vistoria de três dias conseguíamos medir cerca de 150 toras. Com a metodologia com drone medimos o pátio inteiro, com até 24 mil metros cúbicos de madeira, em poucas horas de trabalho e conseguimos confrontar o resultado com a produção declarada pelas empresas no nosso sistema de rastreabilidade com maior segurança”, ressalta.

Na opinião do gestor, realizar o processo de cubagem de madeira com drone otimizou o tempo de trabalho e simplificou a atividade, que agora pode ser realizada por apenas uma pessoa, com redução de gastos com mão de obra e mais qualidade das informações geradas. “Com isso, as equipes de monitoramento têm mais tempo para atuar em outras operações de campo, como a instalação de parcelas permanentes e checagem da qualidade das estradas. Adotar a metodologia com drone trouxe vantagem também para as concessionárias, uma vez que a medição da madeira nos pátios de estocagem pode ser feita a qualquer tempo, sem a necessidade de interrupção das rotinas da empresa”, acrescenta.

Como a metodologia funciona

A metodologia com drone funciona com apoio de receptores GNSS (Sistema de Navegação Global por Satélite) instalados em solo e por meio de softwares específicos de processamento. As fotos aéreas produzidas por esses equipamentos são processadas e interpretadas com uso da fotogrametria digital, técnica que permite extrair formas, dimensões e posição dos objetos fotografados, já utilizada em projetos aeroespaciais, automobilismo, medicina e outras áreas.

Algoritmos de identificação de características das imagens constroem uma nuvem de pontos tridimensional do objeto sobrevoado, de onde são extraídas informações de volume, no caso de pilhas de madeira. “Para a programação dos planos de voo são usados parâmetros de sobreposição frontal, lateral e altura de voo adequados aos objetivos dos levantamentos aéreos e, ao assumir a função autônoma, o drone coleta os dados previamente definidos. A execução de levantamentos aerofotogramétricos com drones requer autorização de voo pela Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac)”, esclarece Orfanó.

As alternativas de uso da tecnologia vão desde pacotes empresariais que exigem drones de alto padrão associados a computadores potentes que custam entre R$ 15 mil e R$ 200 mil, até versões simplificadas que utilizam um drone de baixo custo para o sobrevoo e enviam as imagens coletadas para uma nuvem de dados na internet, administrada por empresas de tecnologia, nas quais são processados e remetidos para o computador. “Independentemente da versão utilizada, a análise é feita a partir dos dados coletados, com base nos objetivos previstos. Por isso é importante programar bem o plano de voo para garantir a precisão das informações”, recomenda o pesquisador.

Fonte: Embrapa

Imagens aéreas e de sensoriamento remoto favorecem diagnóstico e tomada de decisão a campo

Imagens aéreas e de sensoriamento remoto favorecem diagnóstico e tomada de decisão a campo

Imagem produzida por drone em experimento na Embrapa Soja | Imagem: Júlio Franchini/ reprodução da Embrapa

O debate sobre o uso de imagens e de sensoriamento remoto para mapear a variabilidade de atributos do solo e das planta permeou o painel sobre Perspectivas para uso de imagens e sensores em sistemas de produção de soja, que teve a moderação do diretor de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Cléber Oliveira Soares, durante o VIII Congresso Brasileiro de Soja, realizado de 11 a 14 de junho, em Goiânia (GO).

O professor Leandro Maria Gimenez, da Esalq/USP, centrou sua palestra no uso de sensores para avaliação de atributos do solo. O sensoriamento remoto é baseado na medição da radiação refletida ou emitida a partir de diferentes objetos (reflectância), que absorvem ou refletem a radiação do sol de diferentes maneiras. “Os sensores trazem vantagens como maior agilidade ao diagnóstico, e quando acoplados às máquinas, podem auxiliar na criação de mapas de prescrição de alguns insumos e incrementar o processo de tomada de decisão”, disse.

Gimenez abordou os aspectos agronômicos relacionados ao uso de sensores de solo. Em especial, aqueles que medem a condutividade elétrica do solo como opção para correlacionar com alguns atributos físicos e químicos e subsidiar o estabelecimento de zonas homogêneas de manejo. “Vejo como desafio grande ainda que se consiga transformar os dados disponíveis em informação e que o conhecimento gerado melhore a tomada de decisão a campo”, ressaltou.
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Pós-graduação lato sensu a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais
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Para falar sobre o uso de imagens e sensores em sistemas de produção de soja, o painel contou com a experiência do professor da Universidade Estadual de Maringá, Marcos Rafael Nanni. Nanni tem pesquisas com VANT`s ou em voos tripulados, além de imagens de satélites, visando estimar atributos de solo e de plantas. O professor mostrou apreensão com a ansiedade do mercado por resultados rápidos. “Esta atitude pode atropelar ou até mesmo desqualificar uma tecnologia precocemente. Fica evidente um descompasso entre o tempo para o desenvolvimento tecnológico e as demandas do mercado,” avalia.

Nanni deu ênfase na aplicação prática do uso de sensores que medem a reflectância das plantas e as possibilidades de uso a exemplo de estimativa do estado nutricional e identificação do potencial de água nas plantas. “A ideia é discutirmos aqui o que é possível fazer com o sensoriamento remoto para resolver problemas a campo”, afirma.

Uso de imagens na pesquisa – Na safra 2017 2018, o pesquisador Júlio Cesar Franchini dos Santos, da Embrapa Soja, desenvolveu estudos com o uso de imagens, obtidas a partir de VANT`s comerciais, em áreas experimentais no Paraná. O objetivo de Franchini era mapear a variabilidade espacial das culturas e identificar correlações agronômicas, por meio das imagens fornecidas. Ele avaliou experimentos de fertilidade do solo, nematoides, ferrugem asiática, além de aplicações relacionadas ao manejo e conservação do solo. “O interessante é que conseguimos comprovar que muitos dos resultados que são obtidos em experimentos clássicos tiveram os mesmos resultados, a partir das imagens, o garante confiabilidade para a metodologia”, disse.

Fonte: Lebna Landgraf | Embrapa Soja