A pastagem é uma área de terra utilizada para o cultivo e o manejo de plantas forrageiras, ou seja, plantas que servem de alimento para animais de pasto.
Essa prática é comum em áreas rurais e tem como objetivo principal fornecer alimento de qualidade para animais, como bovinos, ovinos e equinos. Além de contribuir para a conservação do solo e a preservação do meio ambiente.
Existem diferentes tipos de pastagem, que podem variar de acordo com a região, o clima e as características do solo.
Os tipos mais comuns são as pastagens naturais, formadas por plantas que crescem livremente, e as pastagens cultivadas. Que são plantadas e manejadas de forma planejada.
Importância da pastagem para pecuária
A pastagem é de extrema importância na pecuária, pois representa a principal fonte de alimento para os animais criados para produção de carne e leite. Em outras palavras, ela é a base da alimentação em sistemas de produção a pasto.
Ela fornece os nutrientes necessários para o crescimento, desenvolvimento e desempenho produtivo dos animais. Além disso, trata-se de uma alternativa mais econômica em comparação com a alimentação baseada exclusivamente em ração, o que a torna vantajosa sob o ponto de vista financeiro.
Não se pode deixar de mencionar que a pastagem também desempenha um papel essencial na sustentabilidade da atividade pecuária. Isso porque ela contribui para a conservação do solo, ajudando a evitar processos erosivos, além de capturar e armazenar carbono, colaborando com a mitigação das mudanças climáticas.
Por fim, a pastagem promove a biodiversidade ao fornecer habitat para uma variedade de espécies animais e vegetais, reforçando o equilíbrio ecológico dos ecossistemas onde está inserida.
Alguns cuidados
No entanto, é importante ressaltar que a qualidade da pastagem influencia diretamente na produtividade e na qualidade da carne e do leite produzidos. Por isso, é necessário realizar um manejo adequado da pastagem. Incluindo o controle de pragas e doenças, adubação e rotação de pastagens.
Além disso, é fundamental ter um manejo correto do pastejo. Garantindo que os animais tenham acesso a uma quantidade adequada de alimento e permitindo que a pastagem se recupere entre os períodos de pastejo.
Outro aspecto importante da pastagem na pecuária é a seleção de espécies e cultivares adequadas para cada região e sistema de produção. Existem diferentes tipos de pastagens, como as de gramíneas e leguminosas, que possuem diferentes características nutricionais e produtivas.
Tipos
Alguns exemplos de tipos de pastagem são:
1. Pastagem de gramíneas
São as pastagens compostas apenas por diferentes espécies de gramíneas, como o capim brachiaria, capim tanzânia, capim mombaça, capim napier, entre outros.
As gramíneas são muito utilizadas por sua alta resistência, rusticidade e produtividade. Sendo uma opção econômica para a alimentação dos animais.
2. Pastagem de leguminosas
São as pastagens compostas por espécies de leguminosas, como o trevo, a alfafa e o amendoim forrageiro.
As leguminosas são importantes pois possuem a capacidade de fixar nitrogênio atmosférico. Enriquecendo o solo com este nutriente essencial para o crescimento das plantas. Além disso, elas possuem uma boa qualidade nutricional, sendo ricas em proteínas e minerais.
3. Pastagem mista
São uma combinação de gramíneas e leguminosas, proporcionando uma maior diversidade e equilíbrio nutricional na dieta dos animais.
Essa combinação pode melhorar a qualidade da pastagem, aumentando a produção de forragem e fornecendo nutrientes essenciais para o gado.
4. Pastagem de inverno
São pastagens específicas para serem utilizadas durante o período mais frio do ano, quando as gramíneas tropicais apresentam menor crescimento. Exemplos de pastagem de inverno são o azevém, a aveia e o trigo.
5. Pastagem nativa
As pastagens formadas por espécies de plantas nativas da região são bastante comuns, principalmente em áreas de campo e cerrado. Por serem adaptadas às condições climáticas e aos tipos de solo locais, essas plantas tendem a apresentar boa resistência e desempenho em sistemas produtivos extensivos.
Por esse motivo, a preservação e o manejo adequado dessas pastagens são fundamentais. Eles não apenas garantem a manutenção da produtividade, como também contribuem para a conservação da biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas, o que é essencial para a sustentabilidade da atividade pecuária.
Vale lembrar que esses são apenas alguns exemplos dos tipos de pastagem existentes. Na prática, a escolha da espécie ideal e do manejo mais apropriado vai depender de diversos fatores, como o clima da região, as características do solo, a disponibilidade de recursos e os objetivos específicos da produção.
Dessa forma, é altamente recomendável buscar orientação técnica especializada. Com o suporte adequado, é possível selecionar as espécies e cultivares de pastagem mais compatíveis com o sistema produtivo e, assim, garantir melhores resultados ao longo do tempo.
O manejo da pastagem
O manejo da pastagem é uma prática essencial para garantir a saúde e produtividade das plantas e dos animais que se alimentam delas.
Aqui estão algumas orientações básicas para um bom manejo da pastagem:
Monitoramento:
É importante monitorar regularmente a condição da pastagem, observando a altura, o vigor e a densidade das plantas. Também é necessário verificar a presença de pragas, doenças e plantas invasoras.
Rotação de pastagem:
A rotação de pastagem consiste em dividir a área em piquetes e alternar o uso entre eles. Isso evita o super pastejo, onde os animais consomem toda a vegetação e causam danos às plantas. Também permite que a pastagem se recupere e regenere após o pastejo, melhorando sua qualidade.
Adubação:
A adubação da pastagem é importante para fornecer os nutrientes necessários para o desenvolvimento saudável das plantas. É recomendado fazer análises de solo para identificar as deficiências e fazer a adubação de acordo com as necessidades específicas da pastagem.
Controle de plantas invasoras:
É importante realizar o controle das plantas invasoras, que podem competir com as espécies desejadas por nutrientes, luz e água. O controle pode ser feito manualmente, com o uso de herbicidas ou através da competição com as espécies desejadas.
Manejo do pastejo:
O manejo adequado do pastejo é fundamental para garantir a saúde das plantas e a qualidade da forragem. Para isso, é recomendado utilizar sistemas de pastejo rotacionado, nos quais os animais são movidos de uma área para outra conforme a necessidade de alimentação e a capacidade de suporte da pastagem. Além disso, é importante ajustar a taxa de lotação de acordo com o potencial da área para suportar os animais, evitando o superpastejo.
Controle de pragas e doenças:
Da mesma forma, é essencial monitorar e controlar pragas e doenças que possam afetar a pastagem. Nesse sentido, práticas de manejo como adubação equilibrada, rotação de culturas e controle biológico são bastante eficazes. Quando necessário, também pode ser feito o uso criterioso de defensivos agrícolas, sempre com orientação técnica.
Manejo da água:
Além do solo e do pastejo, a água desempenha um papel essencial no desenvolvimento das plantas. Portanto, é necessário garantir um sistema eficiente de irrigação, especialmente em regiões com longos períodos secos ou baixa pluviosidade. Com isso, mantém-se a produtividade da pastagem mesmo em épocas críticas.
Descanso da pastagem:
Outro ponto importante é o descanso da pastagem. Durante esse período, os animais devem ser retirados da área, permitindo que as plantas se recuperem e acumulem biomassa. Assim, promove-se o vigor da vegetação e a sustentabilidade do sistema a longo prazo.
Acompanhamento e ajustes:
Por fim, o manejo da pastagem exige acompanhamento contínuo e ajustes sempre que necessário. É importante, por exemplo, observar a resposta das plantas e dos animais ao manejo adotado, avaliar a produtividade, além da resistência a pragas e doenças. Com base nessas observações, devem ser feitos os ajustes que garantam a manutenção e a melhoria da qualidade da pastagem.
Conclusão
Portanto, é essencial que os produtores rurais e pecuaristas estejam constantemente atualizados quanto às técnicas de manejo de pastagens e busquem o apoio de profissionais especializados no assunto.
Além disso, é fundamental que haja um cuidado e respeito com o meio ambiente, adotando práticas sustentáveis e conservacionistas.
Investir no manejo adequado da pastagem é investir no crescimento e no sucesso da atividade pecuária, garantindo a produção de alimentos de qualidade e de forma sustentável.
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Escrito por Michelly Moraes.