(31) 9 8720 -3111 contato@agropos.com.br
Carrapicho: tudo que você precisa saber! 

Carrapicho: tudo que você precisa saber! 

O capim-carrapicho é uma erva daninha que traz grandes prejuízos para a agricultura. Ela é muito comum em diversas regiões do Brasil e se espalha rapidamente pelas lavouras, podendo causar danos significativos às plantações. Saiba mais sobre essa erva daninha.  

Acompanhe! 

 

Carrapicho: tudo que você precisa saber! 

 

O que é o capim-carrapicho?

O capim-carrapicho é uma planta herbácea perene, da família das gramíneas, conhecida cientificamente como Cenchrus echinatus. É nativa das Américas e pode ser encontrada em diversos países, incluindo o Brasil. 

Essa planta apresenta folhas longas e finas, com coloração verde-claro, e uma inflorescência de espigas com cerdas rígidas e pontiagudas, semelhantes a carrapichos, o que lhe confere o nome popular.  

Os carrapichos são estruturas reprodutivas da planta e ficam aderidos aos pelos de animais, roupas e sapatos, facilitando a disseminação das sementes. 

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Maléfico ou benéfico? 

O capim-carrapicho é considerado uma erva daninha em muitas áreas, pois cresce de forma agressiva e pode se espalhar rapidamente em pastagens, áreas cultivadas e margens de estradas.  

Além disso, suas cerdas são capazes de perfurar a pele de animais e pessoas, causando desconforto e irritação. 

No entanto, o capim-carrapicho também possui algumas propriedades medicinais. Suas raízes são utilizadas na medicina tradicional para tratar problemas relacionados ao sistema circulatório, como varizes e hemorroidas.  

Além disso, a planta também é utilizada como fitorremediadora para ajudar na descontaminação de solos e águas contaminadas com substâncias tóxicas. 

 

Tipos de capim:

Existem vários tipos de capim-carrapicho, sendo os mais comuns: 

  

Capim-carrapicho comum (Cenchrus echinatus)

É uma planta anual, que cresce até cerca de 30-60 cm de altura. Suas folhas são estreitas e rígidas, com bordas serrilhadas.  

As inflorescências são formadas por espigas cilíndricas, cobertas por espinhos pontiagudos, que se prendem facilmente aos animais e roupas. 

 

Capim-carrapicho-do-rio (Cenchrus villosus)

Também conhecido como capim-babachuru, é uma planta perene que cresce até cerca de 50-80 cm de altura. Suas folhas são largas e ásperas, com bordas serrilhadas.  

As inflorescências são formadas por espigas cilíndricas, também cobertas por espinhos pontiagudos. 

 

Capim-carrapicho-de-espinho (Cenchrus spinifex)

É uma planta perene que cresce até cerca de 1-1,5 metros de altura. Suas folhas são longas e estreitas, com bordas serrilhadas.  

As inflorescências são formadas por espigas cilíndricas, cobertas por longos espinhos pontiagudos. 

 

Capim-carrapicho-de-pluma (Cenchrus setaceus)

 Também conhecido como capim-pena-de-águia, é uma planta perene que cresce até cerca de 1-1,5 metros de altura.  

Suas folhas são finas e macias, com bordas serrilhadas. As inflorescências são formadas por espigas cilíndricas, cobertas por espiguetas em forma de pluma. 

É importante destacar que todos os tipos de capim-carrapicho possuem espinhos que podem causar ferimentos e são considerados invasivos em algumas regiões.  

Por isso, é necessário tomar cuidado ao manejar essas plantas e adotar medidas para controlar sua disseminação. 

 

Os métodos de prevenção e controle 

O capim-carrapicho é uma planta invasora de pastagens e cultivos agrícolas que causa prejuízos econômicos e dificulta o manejo dos campos. Para prevenir e controlar essa infestação, são adotados alguns métodos, como: 

  1. Monitoramento constante das áreas susceptíveis à infestação de capim-carrapicho, para identificar a presença da planta o mais cedo possível. 
  2. Manutenção adequada das pastagens, através de adubação equilibrada, rotação de culturas e manejo correto do gado. Para promover o estabelecimento de uma cobertura vegetal densa e competitiva, que dificulte a entrada e o crescimento do capim-carrapicho. 
  3. Controle manual ou mecânico, que consiste na retirada da planta manualmente ou por meio de máquinas específicas, como roçadeiras ou cortadores de capim. Esse método é mais eficaz quando a infestação é recente e a área afetada ainda é pequena. 
  4. Controle químico, realizado através da aplicação de herbicidas seletivos, que são capazes de combater o capim-carrapicho sem prejudicar outras plantas. O uso de herbicidas deve ser feito com cuidado, seguindo as recomendações dos fabricantes e dos órgãos reguladores. Para garantir a eficácia e a segurança do controle. 
  5. Uso de animais controladores, como ovinos ou caprinos, que se alimentam do capim-carrapicho, reduzindo sua proliferação. Essa prática é mais comum em áreas de pastagem, onde é possível o manejo dos animais. 
  6. Prevenção da entrada de sementes de capim-carrapicho nas propriedades, através da limpeza dos equipamentos agrícolas e do controle do tráfego de animais e veículos. A adoção de medidas preventivas é fundamental para evitar a dispersão da planta e a infestação de novas áreas. 

Além disso, a conscientização dos produtores e agricultores sobre a importância do controle do capim-carrapicho e a adoção de boas práticas agrícolas são fundamentais para prevenir a infestação e minimizar os impactos causados pela planta.  

 

A importância da adubação na redução dos danos  

Uma forma eficiente de reduzir os danos causados pelo capim-carrapicho é por meio da adubação adequada. A adubação consiste na aplicação de fertilizantes no solo, com o objetivo de fornecer os nutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas cultivadas.  

Ao adubar o solo, é possível melhorar a disponibilidade de nutrientes necessários para a planta cultivada. O que resulta em um maior crescimento e desenvolvimento dela. Isso, por sua vez, reduz o espaço disponível para o crescimento do capim-carrapicho, tornando mais difícil a sua expansão.  

Além disso, uma adubação correta também pode aumentar a resistência da cultura à infestação do capim-carrapicho. Isso ocorre porque as plantas cultivadas com uma nutrição adequada tendem a ser mais saudáveis e consequentemente mais resistentes a doenças e pragas.  

É importante ressaltar que a adubação precisa ser feita de forma balanceada e de acordo com as necessidades da cultura.  

A quantidade e o tipo de fertilizante a ser utilizado deve ser definido com base em análises do solo e nas recomendações técnicas específicas para cada cultura.  

Portanto, a adubação adequada desempenha um papel fundamental na redução dos danos causados pelo capim-carrapicho. Ela contribui para o crescimento e desenvolvimento saudável das plantas cultivadas, além de aumentar a sua capacidade de competição com as plantas daninhas, como o capim-carrapicho.

É importante também contar com o apoio de órgãos de extensão rural e pesquisa agrícola. Que podem fornecer orientações e capacitação técnica para o manejo adequado do capim-carrapicho. 

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão 

O capim-carrapicho é uma erva daninha que pode causar grandes prejuízos às culturas agrícolas. Contudo, existem diversas medidas preventivas e ações de controle que podem ser adotadas pelos agricultores para evitar a infestação e minimizar os seus impactos. 

São práticas como a identificação precoce e o tratamento imediato, que são fundamentais para evitar que o capim-carrapicho se espalhe e comprometa a produção agrícola. 

Além disso, é importante que o agricultor esteja atento a adubação adequada da lavoura, que deve ser feita com fertilizantes eficientes e vantajosos para o manejo nutricional, para que as plantas possam estar mais bem preparadas para lidar com essa planta daninha enquanto os métodos de controle não agem. 

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade

Brusone do trigo: aprenda a manejar essa doença!

Brusone do trigo: aprenda a manejar essa doença!

A brusone do trigo é uma doença fúngica que afeta as espigas do trigo e que, em anos epidêmicos, pode destruir lavouras inteiras. Com isso preparamos esse artigo para ajudar os agricultores, e a mostrar alguns métodos de manejo da doença.

Venha comigo!

 

Brusone do trigo: aprenda a manejar essa doença!

 

A Brusone caracteriza-se por ser uma doença policíclica de difícil controle e com grande ocorrência nas lavouras de trigo do Brasil. a Brusone caracteriza-se por ser uma doença policíclica de difícil controle e com grande ocorrência nas lavouras de trigo do Brasil.

Esta moléstia pode vir a causar até 72,5% de dano ao peso das espigas de acordo com o período de infecção e localização da região tritícola.

Uma vez infectados, os grãos tornam-se menores, deformados, enrugados e com baixo peso específico.

Em consequência, grande parte destes é eliminada nos processos de colheita e beneficiamento da produção, acarretando em perdas significativas de produtividade. Para que o produtor evite perdas preparamos esse artigo, onde iremos mostrar algumas formas de controle.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Produção de trigo no Brasil

O trigo foi trazido para o Brasil pelos portugueses, que criaram as primeiras plantações desse cereal na região do estado de São Paulo.

A adaptação do trigo ao clima brasileiro foi tão rápida e eficiente, que outras regiões do país também começaram a desenvolver suas próprias culturas.

A princípio, o cultivo do trigo se limitava às regiões do Sul do Brasil. Contudo, os novos cultivares e as técnicas de manejo que foram desenvolvidas possibilitaram sua expansão para outras regiões.

Atualmente, a produção brasileira de trigo está concentrada, principalmente, na região Sul e Sudeste.

O potencial produtivo de trigo no Brasil é bem animador. Pois, dependendo do cultivar utilizado, da região produtora e dos manejos praticados, o rendimento pode chegar a 6.136 kg/ha.

 

Afinal, o que é brusone do trigo?

A brusone do trigo é uma doença fúngica que pode manifestar-se nas folhas, no caule e na espiga do trigo, onde promove os maiores danos econômicos nesta cultura. Atualmente, são reconhecidos os fungos Pyricularia oryzae e Pyricularia graminis-tritici como causadores da doença.

Estes fungos encontram condições ideais para o seu desenvolvimento em ambientes onde as temperaturas mínimas são superiores a 15ºC, umidade relativa do ar acima de 40% e período de molhamento das superfícies onde crescem superior a 10 horas.

A última epidemia de brusone no Brasil foi observada em 2012, quando danos acima de 40% comprometeram lavouras de trigo no norte PR, MS e sul de SP.

 

Fatores favoráveis à ocorrência da brusone

Temperatura e umidade são os principais fatores responsáveis pela ocorrência da brusone. As condições ambientais favoráveis são “temperaturas entre 25ºC e 28ºC e umidade relativa acima de 90%”.

Outro fator que reforça sua ocorrência é a inexistência de cultivares totalmente resistentes aos diferentes tipos do fungo.

O agente causal da brusone no trigo apresenta uma alta variabilidade genética, superando com facilidade e rapidez a resistência dos cultivares disponíveis no mercado.

 

Checklist agrícola

 

Danos da brusone do trigo

Sua sintomatologia baseia-se na exteriorização de sintomas por toda a parte aérea da planta, principalmente nas espigas.

Nestas ocorre o branqueamento do ráquis a partir do ponto de infecção, onde a lesão possui coloração escura-brilhante.

Esta mudança de coloração da espiga se dá em consequência da interrupção de translocação de água e nutrientes, prejudicando o enchimento de grãos e conferindo-lhes características não desejáveis para a sua comercialização.

 

Ciclo da doença

O fungo apresenta uma gama de hospedeiros, pertencentes, em sua maioria, à família Poaceae, dentre eles: o trigo, o arroz, a cevada e o milheto.

O ciclo da Brusone tem início com a propagação e disseminação de conídios gerados nas fontes de inóculo de P. oryzae, que podem ser:

  1. sementes, na forma de micélio dormente, atuando como veículos de disseminação passiva para a próxima safra;
  2. restos culturais, onde o cultivo de trigo, aliado a prática do plantio direto, favorece a sobrevivência do fungo;
  3. ocorrência de diferentes hospedeiros secundários; e
  4. presença de plantas voluntárias durante o período de entressafra.

A água da chuva e o vento são os principais agentes de disseminação e transporte de P. oryzae a curtas e longas distâncias, respectivamente. Uma vez em contato com o hospedeiro, o fungo necessita de água livre para sua germinação.

Por se tratar de uma doença com presença de ciclo secundário, o processo descrito acima se repete diversas vezes no decorrer da safra, de forma sequenciada, sem a existência de períodos de repouso.

Os esporos produzidos durante o ciclo da cultura são responsáveis pela propagação e aumento dos danos causados pela moléstia, onde poderá ocorrer elevado número de plantas infectadas, com várias lesões por planta.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Manejo da brusone do trigo

Os danos causados pela Brusone podem ser minimizados com o emprego de medidas conjuntas de manejo cultural e de controle químico, principalmente relacionado com a prevenção da doença.

 

Planejamento e instalação

O uso de cultivares resistentes e rotação de culturas são medidas importantes para o controle da doença e de fácil implementação pelo produtor.

O uso de sementes sadias e o tratamento químico de sementes ajudarão a evitar o estabelecimento da doença logo no início do ciclo da cultura.

Deve-se ainda respeitar a época de semeadura indicada para a região, evitando ao máximo a semeadura tardia.

A densidade de plantas adequada para a cultivar é outro cuidado que o produtor deve ter a fim de evitar o microclima favorável à doença que se forma em lavouras muito adensadas.

 

Boas práticas

O controle de plantas daninhas e de plantas de trigo voluntárias também ajuda no manejo da doença pois eliminam possíveis fontes de inóculo.

Propiciar um bom desenvolvimento radicular das plantas por meio da gessagem e calagem quando necessárias e a nutrição equilibrada ajudam a não predispor as plantas ao ataque do patógeno.

No sistema irrigado, o controle da irrigação é imprescindível no manejo da doença, já que a elevada umidade relativa e longos períodos de molhamento foliar favorecem o desenvolvimento de epidemias.

 

Controle químico e sua limitação

São poucos os ingredientes ativos registrados no Brasil para o controle da doença, e sua eficiência média de controle é de cerca de 50%.

Essa baixa eficiência está associada às dificuldades no atingimento do alvo, em decorrência das características inerentes ao sítio de infecção (espiguetas da planta), além da própria efetividade do princípio ativo do fungicida utilizado contra o patógeno.

Desta forma, evidencia-se a importância de se realizar manejo integrado para prevenir a entrada da doença, visto que, uma vez presente na lavoura em nível de dano econômico, o controle da Brusone não se mostra satisfatório e economicamente viável.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto com a leitura desse artigo podemos concluir que brusone no trigo é uma doença causada pelo fungo Magnaporthe oryzae, que ataca a ráquis da espiga, produzindo grãos deformados e com baixo peso específico, implicando em perdas no rendimento.

Sendo uma doença de difícil controle o ideal é o controle preventivo, assim evitando dor de cabeça ao produtor rural. Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Pós-graduação Fitossanidade

Ferrugem no café: Aprenda a Combater a doença!

A Ferrugem é considerada por muitos como uma das principais doenças que atacam e causam prejuízos para o cafeeiro. Além de causar uma grande quantidade de desfolha nas plantas, ela compromete também o vigor e a produtividade das lavouras. Neste Post vamos abordar tudo que você precisa saber sobre o ferrugem do cafeeiro, fique por dentro do assunto. Acompanhe!

 

FERRUGEM NO CAFÉ

(Fonte: PERFECT DAILY GRIND, 2020)

 

Atualmente, o Brasil é responsável por exportar um terço da produção mundial de café, e nós, brasileiros, somos a segunda população que mais consome!

Mas para manter essa grande produção, é necessário atentar-se ao bom manejo dos cafezeiros, pois situações adversas podem influenciar na safra.

 Uma delas é a ferrugem do cafeeiro, doença originada do fungo Hemileia Vastatrix, que sobrevive somente no pé de café. Abaixo vamos mostrar os prejuízos e algumas técnicas de manejo dessa doença.

 

 

O que é Ferrugem do Café?

Conhecida como ferrugem alaranjada, a Ferrugem do Cafeeiro é uma mazela causada por um fungo chamado Hemileia vastatrix, que está no Brasil desde 1970. Este fungo é do tipo biotrófico, o que quer dizer que ele se alimenta das células vivas da planta.

Para isso ele entra no estômago das folhas. Já dentro desse ambiente, ele gemina e se desenvolve, mas sem causar a morte da célula.

Quando não controlada, essa é a doença que mais provoca prejuízos durante os anos de alta produção da cultura. Por isso, há a exigência de controle preventivo constante do patógeno, por meio da aplicação de fungicidas.

Quer saber mais sobre o assunto? Clique aqui e assista um vídeo sobre a ferrugem do cafeeiro com o professor Laercio Zambolim:

 

Principais características da ferrugem do café

A doença se caracteriza pelo aparecimento de pústulas com esporos de coloração que vão do amarelo escuro ao marrom na superfície das folhas, a partir da emergência até o estádio de maturação, provocando desfolha.

O problema se torna maior a partir do momento que as folhas caem e a planta tem sua taxa fotossintética reduzida. Com isso ela perde a capacidade de produzir carboidrato e, consequentemente, de auxiliar no crescimento do cafeeiro e no desenvolvimento dos frutos.

Além disso, há algumas condições que são mais favoráveis ao desenvolvimento desta doença, tais como:

  • Temperatura: ideal entre 21 °C e 23 °C;
  • Umidade alta;
  • Plantas com muitos galhos;
  • Ausência de luz direta para germinação

As perdas podem ser bastante intensas, ficando em 35% quando em condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da doença.

Mas, em condições que coincidem com períodos de estiagem prolongada com alta incidência do fungo, os prejuízos em produtividade podem, segundo estudos da área, ultrapassar 50%.

 

Ciclo do Ferrugem do Café

O ciclo da ferrugem ocorre, na maioria das vezes, de forma bem definida e esperada pelos produtores.  A primeira fase da doença ocorre entre novembro e dezembro e ela evolui de acordo com o clima. Durante esse estágio a infecção aumenta, mas só atinge o seu ápice entre julho e agosto.

 

Ciclo do Ferrugem do café

(Fonte: Agrionline, 2021)

 

Entre esses dois meses, é quando a mazela fica mais aparente. Depois desse período, por conta da desfolhagem natural da planta e também da causada pela colheita, a incidência da doença diminui consideravelmente, mas não sem antes causar um bom estrago.

Sem esquecer, é claro, que mesmo a quantidade de folhas eliminadas já com a doença ser grande, não quer dizer que o problema está totalmente erradicado.

 

Sintomas e danos causados

O sinal mais característico da Ferrugem é a presença de uma pequena massa de esporos de cor amarelada/alaranjada, com aspecto poroso na face inferior das folhas, à qual ocasiona em uma mancha clorótica percebida na face superior.

A sua disseminação ocorre de diversas formas, e é uma doença que possui alta capacidade de infestação nas lavouras. Ela pode ser disseminada tanto pela ação dos ventos, quanto por insetos, respingos de água de chuva, etc.

 

Sintomas do Ferrugem na Lavoura de café

(Fonte: Revista Attalea Agronegócio, 2019)

 

Outra característica importante e que faz essa doença ser ainda mais devastadora, é que além de comprometer na produção atual e gerar uma alta quantidade de desfolha nas plantas, ela compromete ainda a safra seguinte, influenciando e prejudicando no crescimento dos ramos da planta. O que causa grandes prejuízos ao produtor e perdas de rentabilidade.

 

Como ocorre a disseminação?

Essa disseminação ocorre de diversas formas, entre elas:

  • Por meio de insetos;
  • Através do vento;
  • Respingos da água da chuva.

 

Como fazer o controle-combate dessa doença?

O controle da ferrugem passou a envolver uma série de ferramentas, como o uso de variedades resistentes e uso de fungicidas protetores e sistêmicos aplicados na parte aérea e no solo.

Estas ferramentas, quando associadas ao manejo de adubação, espaçamento entre plantas e técnicas de irrigação fizeram com que o Brasil não só convivesse com a ferrugem, como aumentasse o nível de produtividade das áreas produtivas.

 

Identificação da doença no café

(Fonte: G1, 2017)

Diante dessas estratégias, fica claro que o controle químico da doença é fundamental na cultura, seja através da utilização de fungicidas sistêmicos, no solo ou nas folhas, seja pelo controle preventivo com o uso combinado de fungicidas protetores.

 

Tecnologia e eficácia no controle da doença

Neste cenário de constante busca por eficiência, cabe ao cafeicultor sempre adotar inovações que tornem o controle da ferrugem do café ainda mais eficiente.

Assim, o uso de um fungicida com uma tecnologia inovadora torna-se a mais nova arma dos cafeicultores.

 

Aplicação de Fungicida na Lavoura de Café

(Fonte: AgroSlim, 2021)

 

Esse é um fungicida sistêmico que possui uma molécula inédita e tecnologia inovadora de formulação que apresenta controle preventivo e também curativo.

 

Dano causado pela ferrugem da soja.

 

Essa ferramenta inédita se apresenta como uma opção importante para o manejo de resistência, com alta velocidade de absorção, proporcionando melhor desempenho mesmo em condições climáticas desfavoráveis, permitindo a manutenção do potencial produtivo da cultura.

Por fim, cabe ao produtor seguir o calendário de aplicação priorizando sempre realizar de forma preventiva ou com base em um sistema de aviso fitossanitário, e conforme a amostragem da doença na lavoura.

 

Conclusão

O produtor deve se manter informado e preparado para realizar a prevenção e tratamentos contra doenças que podem surgir na cultura do café, garantindo a saúde da lavoura.

O ferrugem é uma doença, que é uma das grandes preocupações dos produtores, se não for controlada, pode se espalhar em boa parte da plantação, trazendo inúmeros prejuízos.

Com isso o produtor tem que se planejar para evitar ou, se for o caso da contaminação já ter ocorrido, tomar atitudes para acabar com a mazela o mais rápido possível. Em caso de dúvidas o ideal é consultar um especialista na área.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo.

 

Citros: entenda tudo sobre essa cultura!

Citros: entenda tudo sobre essa cultura!

É cada vez mais importante conhecer a cultura de citros, uma das atividades agrícolas mais importantes do Brasil. Neste artigo preparamos tudo que você precisa saber sobre o assunto do contexto histórico até o cultivo, e doenças.

Venha comigo!

 

Citros: entenda tudo sobre essa cultura!

 

O Brasil é o maior produtor de laranja do mundo e o maior produtor e exportador do seu suco. Considerado os citros como um todo, o Brasil está em segundo lugar em produção, sendo a China a maior produtora de citros do mundo.

A maior produção de citros está concentrada nos estados de São Paulo e Minas Gerais, o chamado cinturão citrícola. Na sequência, os estados da Bahia e Sergipe são outros grandes produtores de citros. 

Assim como em qualquer outra cultura, produzir citro de qualidade não é uma tarefa fácil. Por isso preparamos esse artigo, com todos informações necessárias para te ajudar em sua cultura.

 

 

Contexto histórico do citros

São originários principalmente das regiões subtropicais e tropicais do sul e sudeste da Ásia, incluindo áreas da Austrália e África. Foram levados para a Europa na época das Cruzadas.

Por volta de 1530, os portugueses introduziram as primeiras sementes de laranja doce nos Estados da Bahia e de São Paulo. Dadas às condições ecológicas favoráveis, as plantas produziram satisfatoriamente, e as frutas já eram de excelente qualidade.

Mas somente a partir de 1930 é que a citricultura começou a ser implantada comercialmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, e posteriormente se espalhou por todo o país.

A produção mundial de citros é de aproximadamente 102 milhões de t por ano, e é oriunda de extensa área cultivada, com 7,3 milhões ha, que supera em grande parte outras fruteiras tropicais e subtropicais como banana, maçã, manga, pera, pêssego e mamão.

Os maiores produtores de laranjas são o Brasil e os Estados Unidos, que juntos representam cerca de 45% do total mundial.

 

 

Maior espécie cítrica do Brasil

As laranjas representam a principal espécie cítrica cultivada no País. A pujança da produção brasileira deve-se ao grande mercado mundial de exportação de suco.

Com o conhecimento das qualidades nutricionais, a demanda para o suco cítrico tem crescido. A produção de citros in natura para o mercado interno e externo tem-se destacado pela crescente necessidade da melhoria da qualidade dos frutos.

No caso do mercado interno, além do consumo da fruta, destaca-se a demanda de laranjas, tangerinas e limões para o preparo de suco fresco.

Para o Tahiti e o Galego, junto com o uso culinário dá-se também o consumo misturado à cachaça no preparo da “caipirinha”.

 

Características do citros

Suas árvores, de porte médio, atingem em média quatro metros de altura; a copa é densa, de formato normalmente arredondado.

As folhas são aromáticas, assim como as flores, pequenas e brancas, muito procuradas pelas abelhas melíferas e matéria-prima da água de flor de laranjeira.

Os frutos são ricos em vitamina C; possuem ainda vitaminas A e complexo B, além de sais minerais, principalmente cálcio, potássio, sódio, fósforo e ferro.

 

Importância do citros para nutrição humana

A vitamina C presente nos citros auxilia no fortalecimento da imunidade, ajuda na cicatrização de feridas e queimaduras e é essencial para a saúde das gengivas e prevenção da coagulação sanguínea.

As frutas, além de nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo, fornecem também compostos que reduzem o risco de desenvolvimento de doenças crônicas.

Este efeito protetor tem sido atribuído às propriedades antioxidantes, dos quais as frutas cítricas são importantes fontes.

 Além das vitaminas, alguns minerais também estão presentes nesses alimentos, como o potássio, por exemplo, que evita as câimbras e atua no controle da pressão arterial.

 

Plantio de citros

O cultivo dos citros precisa de cuidados, para que a produção não seja afetada por fatores que podem ser manejados no pomar.

Os citros são plantas perenes que possuem seu ciclo produtivo em cerca de 20 anos. Para manter-se todo esse período no campo e produzindo de forma rentável, o cultivo dos citros necessita de um manejo eficiente.

 

Veja alguns fatores importantes:

 

Quanto ao clima

A laranjeira, e os outros citros, preferem climas com temperatura entre 23 e 32 °C e umidade relativa do ar alta. Acima de 40 °C e abaixo de 13 °C, a taxa de fotossíntese diminui, o que acarreta perdas de produtividade.

Os frutos produzidos nos climas mais frios, em geral, são mais ácidos e apresentam coloração da casca e do suco mais intensa. Nos climas mais quentes os frutos são mais doces.

 

Quanto ao solo

Solos profundos e permeáveis, com boa fertilidade (pouco ácidos — pH entre 5 e 6 — e com ampla reserva de nutrientes) permitem maior desenvolvimento das árvores e maior produção de frutos.

O plantio de pomares comerciais deve ser planejado com base na avaliação da capacidade de uso da terra para manutenção da sustentabilidade da produtividade.

Assim, a sistematização do terreno (construção de terraços, plantio em nível, construção de canais de drenagem, plantio em camalhões, etc.), o uso da irrigação e o manejo da fertilidade do solo (calagem e adubação) compõem estratégias para otimização da citricultura.

 

Quanto ao plantio

O plantio de citros deve ser feito no período chuvoso ou em outra época desde que exista água suficiente para irrigar ou regar. Evitar plantio nos dias de muito sol.

A definição do espaçamento depende de alguns fatores como o porte da planta, textura e níveis de nutrientes do solo, tratos culturais, culturas intercalares e irrigação.

A escolha de variedades é feita em função da expectativa de comercialização do produto no mercado, quer seja para a indústria ou para o mercado de fruta fresca. São estabelecidos talhões com área de até 10 hectares, onde são plantadas uma única combinação de copa e porta-enxerto, o que viabiliza o manejo, tratos cultuais e colheita.

Em chácara e quintais, é possível plantar árvores de diversas variedades para garantir produção durante o ano inteiro.

Não existe uma área mínima para o plantio de um pomar. Uma planta no jardim pode trazer momentos bastante agradáveis ao “produtor”.

Contudo , vale lembrar que quanto maior a área, maiores serão os cuidados e investimentos necessários para se colher “bons frutos”.

 

Quanto as pragas e doenças

A laranjeira e os outros citros são atacados por ácaros, cochonilhas, coleobrocas (besouros que perfuram tronco e ramos), pulgões, moscas-das-frutas, lagartas, cochonilhas e formigas.

As doenças mais comuns são causadas por fungos: verrugose (lesões nas folhas e brotos), gomose (afeta os ramos, raízes e caule), melanose (lesões nos frutos, folhas e ramos), rubelose (ramos e tronco), mancha preta (frutos), e bactérias: cancro cítrico (folhas, ramos e frutos), clorose variegada dos citros (folhas e frutos) e huanglongbing (HLB) = exgreening (folhas e frutos).

A manutenção do pomar em bom estado fitossanitário requer vigilância sistemática e efetiva ao aparecimento de problemas.

Assim, amostragens ou inspeções periódicas (semanais ou quinzenais) devem ser efetuadas nas plantas para detecção de qualquer praga no início de seu ataque. Desta forma, diagnosticado o problema, recomenda-se buscar orientação técnica para tomada de medidas de controle.

 

Quanto a colheita

É preciso ter cuidado durante a colheita. Quando o fruto é derrubado no chão, podem ocorrer pequenas lesões e ferimentos provocados pelo contato com grãos de terra ou areia.

Mesmo quando microscópicos, esses ferimentos podem facilitar a entrada de fungos e bactérias que causarão o apodrecimento precoce do fruto.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

É indiscutível que o citros tem um grande importância econômica, e possuem propriedades benéficas tanto para os seres humanos, como para os insetos como as abelhas e outros animais que se alimentam do seus frutos. Mas para o cultivo dessa cultura é preciso analisar alguns fatores importante.

Neste artigo ressaltamos alguns pontos importantes para quem planeja iniciar um plantio, espero que tenham gostado.

Lembrando que, em caso de duvidas, o ideal é consultar um especialista na área.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo.

Estresse hídrico: conheça o que é como que ocorre na planta!

Estresse hídrico: conheça o que é como que ocorre na planta!

O estresse hídrico ocorre sempre quando a água disponível no solo reduz a níveis que diminuem a absorção normal de água pelo sistema radicular das plantas.

Essa deficiência hídrica é um resultado da redução parcial ou total de aplicação de água às plantas, devido a distribuição irregular das chuvas e/ou manejo inadequado da irrigação.

Quer saber mais sobre esse assunto, que é crucial para a produtividade das lavouras?

Então, prossigamos na leitura desse artigo!

 

Estresse hídrico: conheça o que é como que ocorre na planta!

 

O que é estresse hídrico?

A água é um recurso determinante para o funcionamento e crescimento das plantas, ao mesmo tempo em que é considerado o mais limitante.

Dessa forma, um dos principais fatores causador de estresse nas plantas é justamente a disponibilidade hídrica.

O conhecimento do desempenho das plantas em condições de estresse hídrico é muito importante para entendimento do efeito do período de seca e assim permite a adoção de práticas de manejos viáveis para melhorar o cultivo durante esse período.

Caracterizar o estresse hídrico é fundamental para programar a irrigação e selecionar genótipos de plantas mais resistentes a esse tipo de estresse.

Uma vez que, algumas medidas agroclimática a nível de superfície, podem ser a alternativa para um melhor conhecimento da deficiência hídrica das culturas, auxiliando a seleção de genótipos melhor adaptados às condições limitantes de água e o manejo da irrigação.

 

Irrigação

 

Como ocorre o transporte hídrico na planta

Células vegetais são envoltas em uma estrutura chamada de parede celular, composta principalmente por celulose e lignina.

Entre outras funções, essa parede dá estabilidade estrutural às células e controla a entrada de água, sais minerais e outras substâncias.

Ao morrerem, as células deixam para trás sua parede celular, formando diferentes estruturas que suportam a planta dando rigidez aos caules e que facilitam o transporte de substâncias das raízes até as folhas e vice-versa.

Uma dessas estrutura é o xilema, que é um tecido importante para o vegetal e assim como o floema, é considerado um tecido de condução.

A principal função do xilema é garantir que a água e os sais minerais sejam levados da raiz para outras partes do vegetal, de maneira eficiente.

Ao perderem água pela transpiração, as folhas geram um tensionamento na coluna de água dentro do xilema.

Durante períodos de seca, em que aumenta a transpiração das plantas, a pressão interior dos vasos pode se tornar muito menor que no exterior.

Nessas condições, acontece a formação de bolhas de gases, esse fenômeno, chamado de embolia, leva à interrupção do transporte de água pelo xilema.

Em situação de estresse hídrico, quando o tensionamento da coluna de água se torna maior, a ocorrência de bolhas também é maior, consequentemente dificultando o transporte da água na planta.

 

A importância da água para a planta

A água se faz importante para vários processos fisiológicos na planta. Abaixo vamos citar os principais processos no qual a água é responsável:

  1. Processo fotossintético, etapa fotoquímica, assim como na regulação da abertura e fechamento estomático, possibilitando a absorção de CO2.
  2. A água possui a função de transporte e absorção de nutrientes essenciais para as plantas, pelo processo conhecido como fluxo de massa.
  3. É importante fonte do oxigênio molecular existente na atmosfera, assim como do hidrogênio utilizado para síntese de carboidratos a partir da redução do CO
  4. A água é responsável pela sustentação da morfologia de plantas herbáceas e a movimentação das folhas e flores.
  5. Promove o alongamento celular, as trocas gasosas nas folhas e o transporte no floema.

Dessa, forma o estresse hídrico impede vários processos fisiológicos na planta, que pode gerar a diminuição na sua produtividade ou até mesmo a sua morte.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Relação solo x água x planta x atmosfera

A perda de água das plantas é causada pela pressão formada entre as folhas e a atmosfera, sendo influenciado diretamente pela disponibilidade de água presente no solo.

Desta forma, a medida que a disponibilidade hídrica diminui, aumenta a dificuldade de absorção de água pelas raízes, ocasionando murcha da planta.

 Isso ocorre, pois a planta não consegue equilibrar a perda de água ocasionada pela transpiração.

Desse modo, ao ponto que a demanda atmosférica aumenta, maior será a necessidade de absorção rápida de água pela planta e assim maior fluxo vertical de água no sistema solo-água-planta-atmosfera.

Assim sendo, o manejo do solo inadequado, como a sua compactação devido ao seu uso exaustivo pela agricultura ou pecuária, podem levar o agravamento e perturbação dessa relação.

 Nesse sentido, um dos problemas ocasionados é a diminuição da capacidade de infiltração de água no solo, seja pelas chuvas ou pela irrigação.

Havendo desse modo, o aumento do escoamento superficial, contribuindo para diminuição do potencial de armazenamento de água nos solos.

Portanto, a diminuição da capacidade de infiltração, se torna mais um fator a favor do estresse hídrico por ocasião da pouca disponibilidade de água no solo.

 

Consequências do estresse hídrico para a planta

 

Consequências do estresse hídrico para a planta

Fonte: Revista Campo e Negócios

 

A deficiência hídrica pode conduzir ao fechamento estomático, uma vez sob estresse hídrico as plantas podem alterar a espessura, a área foliar e características anatômicas.

Assim também, afetar a taxa de transpiração, a taxa fotossintética, a translocação de substâncias e a síntese da parede celular, levando à redução da taxa de crescimento e a mudanças no padrão de translocação de matéria seca.

Desse modo, esses fatores isoladamente ou associados, podem levar a perdas significativas da produtividade da sua lavoura.

O desenvolvimento das plantas fica prejudicado quando recebem muita ou pouca água.

 

Plataforma Agropós

 

Com muita água, as raízes podem ficar sufocadas e terão de se esforçar para obter oxigênio, por outro lado, a desidratação pode dificultar o controle do calor.

Aprender sobre as formas adequadas de irrigar ajuda a evitar esses erros.

Felizmente, existem maneiras fáceis de remediar esses problemas e ajudar as plantas a se recuperarem em quase todos os momento.

Um bom manejo da irrigação, conhecimento do clima local, conhecer a exigência hídrica da espécie cultivada, te ajudará a não cometer erros que geram o estresse hídrico e consequentemente perdas na produtividade da sua lavoura.

 

Irrigação

Certificação florestal: entenda o que é e quais os benefícios!

Certificação florestal: entenda o que é e quais os benefícios!

A certificação da gestão florestal, é um “selo de garantia”, atribuído por uma entidade independente, reconhecendo a gestão responsável das florestas, de acordo com exigentes critérios ambientais, sociais e económicos. Neste Post vamos abordar sobre o conceito e os benefícios da certificação.

Venha Comigo!

 

Certificação florestal: entenda o que é e quais os benefícios!

 

O que é certificação florestal?

Certificação Florestal é um processo no qual as empresas do setor de base florestal se voluntariam para serem auditadas por uma terceira parte, que são as certificadoras.

Estas são responsáveis por atestar se toda a cadeia produtiva da companhia atua com base nas boas práticas de manejo florestal e seguindo determinados padrões internacionais que asseguram que os aspectos sociais e ambientais do manejo sejam considerados.

A certificação confirma a conduta de gestão das operações florestais e industriais baseada em três pilares: o econômico; o social e o ambiental.

 

O que é certificação florestal?

 

A certificação da floresta é uma garantia de origem da madeira que serve para o comprador ter a opção de escolher um produto diferenciado e com valor agregado. Atingindo um público mais exigente.

 

O que é o CERFLOR?

O CERFLOR é um programa nacional de certificação florestal, desenvolvido pelo Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade (SBAC) implantado, gerenciado e acreditado pelo INMETRO.

Esse programa originou-se da alta demanda pela certificação florestal, impulsionado pela crescente preocupação com a conservação dos recursos naturais.

O CERFLOR também possui reconhecimento internacional através do Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes (PEFC). Entre as normas que compõem o programa e são certificáveis podemos citar:

  • A NBR 14789: Manejo florestal Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais;
  • A NBR 14790: Manejo florestal Cadeia de custódia;
  • E a NBR 15789: Manejo florestal Princípios, critérios e indicadores para florestas nativas.

 

 

Tipos de certificação florestal

Principais sistemas de certificação florestal Segundo o Sistema Nacional de Informações Florestais (SNIF) são:

 

PEFC (Program for the Endorsement of Forest Certification Schemes)

O PEFC ou Programa para o Mútuo Reconhecimento de Sistemas de Certificação Florestal, é uma iniciativa que estabelece um quadro de referência para o reconhecimento mútuo dos processos nacionais de certificação florestal.

Selo - Certificação Florestal

De forma a promover uma gestão florestal economicamente viável, ecologicamente adequada e socialmente benéfica.

Assegurando ao consumidor de produtos florestais que está a adquirir produtos provenientes de florestas geridas de forma sustentável.

 

FSC (Forest Stewardship Council)

O FSC é uma organização internacional sem fins lucrativos fundada com o objetivo de apoiar a gestão, ambientalmente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável, de florestas do mundo inteiro através da certificação independente da gestão florestal e da marcação de produtos florestais certificados.

Selo - Certificação Florestal

Funciona como um acreditador de programas de certificação florestal, garantido níveis de desempenho consistentes.

A certificação florestal FSC é um processo através do qual a execução das operações florestais é avaliada com base em 10 princípios e 56 critérios do FSC para a Gestão Florestal.

Os quais servem como base para o desenvolvimento de standards de gestão florestal específicos para cada região.

 

Quais são as modalidades de certificação FSC?

Existem algumas modalidades de certificação florestal sendo eles Manejo Florestal (FM); Cadeia de Custódia (CoC); Manejo Florestal (FM);

  • Madeira Controlada (CW): Atesta que empresas manejam a floresta de maneira responsável, de acordo com os princípios e critérios da certificação FSC;
  • Cadeia de Custódia (CoC): Atesta a rastreabilidade da matéria-prima que sai da floresta (ou seja, os produtos que levam o selo de cadeia de custódia foram de fato produzidos a partir de matérias-primas florestais certificadas pela modalidade “manejo florestal”).
  • Madeira Controlada (CW): Atesta que produtos florestais provenientes de florestas não certificadas evitam fontes controversas. Madeira Controlada FSC somente pode ser associada com produtos florestas certificados FSC, que sãos etiquetados como de Fontes Mistas.

 

Qualidade e Uso da Madeira

 

Vantagens da certificação florestal

A certificação florestal é um processo voluntário, focado no mercado, que apresenta benefícios ambientais, sociais e Econômico:

 

Ambientais

Conservação da biodiversidade e manutenção de serviços do ecossistema, contribuindo para fixação de carbono, filtração de partículas do ar, regulação dos fluxos de água e proteção dos solos contra erosão;

 

Sociais

Criação de empregos, melhoria das condições de segurança e saúde no trabalho e envolvimento com as comunidades locais.

 

Econômico

Em termos econômicos, a certificação florestal promove e dá visibilidade a produtos que resultam de uma gestão responsável.

Os produtos “amigos” do ambiente tendem a ser mais procurados por parte dos consumidores, podendo até ser vendidos a preços superiores.

A certificação florestal facilita ainda questões legais e administrativas, relacionadas com a origem legal da madeira e produtos derivados, assim como o acesso dos produtores aos mercados.

 

5 passos para conseguir o selo/certificação?

O processo de certificação florestal é composto por diversas etapas. Veja abaixo cada uma delas;

 

1 – Possuir fornecedores certificados

Para a certificação de cadeia de custódia, é imprescindível que a empresa possua fornecedores de matéria-prima certificada.

Se inicialmente a operação não possui um fornecedor certificado pelo FSC, ela poderá indicar em seu processo de certificação quais são os potenciais fornecedores certificados.

Lembrando que a permissão para a utilização da marca do FSC, contudo, somente será possível após a evidência de aquisição de materiais certificados.

Outro ponto importante a destacar é que as normas do FSC não proíbem uma empresa certificada de continuar trabalhando com fornecedores não-certificados.

 

2 – Implementar um sistema de gestão da cadeia de custódia FSC

A empresa candidata à certificação deverá se preparar para a certificação, adequando ou implementando um sistema de controle eficiente que garanta o cumprimento de todos os requisitos aplicáveis das normas do FSC para cadeia de custódia.

É necessário definir os procedimentos para o controle e gestão do sistema de cadeia de custódia da organização, garantindo que os mesmos são adotados por todos os envolvidos no processo.

 

3 – Estabelecer e implementar um plano de treinamento

A organização precisará desenvolver um plano de treinamento cobrindo todos os requisitos normativos aplicáveis, e implementá-lo no que diz respeito ao treinamento efetivo dos colaboradores envolvidos em cada etapa do processo de cadeia de custódia.

 

4 – Passar por auditoria de certificação

Após implementar o sistema de gestão da cadeia de custódia FSC conforme as normas aplicáveis, o empreendimento já estará apto a passar pela auditoria de certificação, que será realizada por uma entidade certificadora credenciada pelo FSC.

No contato inicial com a certificadora, a organização deverá preencher alguns formulários contendo informações sobre a sua atividade e sobre o seu sistema de gestão da cadeia de custódia.

Além de assinar a proposta de certificação para que seja feito o agendamento da auditoria.

 

5 – Aguardar a emissão do certificado

Após ser aprovada em auditoria, o próximo passo é aguardar a emissão do certificado e do código de licença para que possa utilizar o selo FSC e vender produtos como sendo certificados pelo FSC.

Este prazo varia conforme a certificadora, e pode levar aproximadamente de 10 a 60 dias para ser emitido.

Ao receber o número da certificação, a empresa conclui a etapa de obtenção da certificação FSC, e inicia uma nova etapa: a manutenção de sua certificação.

 

Plataforma Agropos

 

Conclusão

Como visto no texto a certificação pode resultar em inúmeros benefícios direta e indiretamente para os diferentes grupos relacionados à atividade florestal.

Ou seja, para os empreendedores (empresas ou instituições), para as comunidades e populações locais, para os consumidores, para o poder público, e para os trabalhadores e as gerações futuras.

Neste artigo abordamos sobre a importância da certificação florestal e passo a passo de como conseguir. Em caso de dúvidas Durante essas etapas, o ideal é procurar um profissional da área.

Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!