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Como corrigir a deficiência de zinco na lavoura de café

Como corrigir a deficiência de zinco na lavoura de café

O encurtamento dos internódios é um dos sintomas de deficiência de zinco no cafezal (Foto: Reprodução/TV Globo)

Como corrigir a deficiência de zinco no cafezal? Um telespectador do programa Globo Rural, da TV Globo, pediu ajuda para resolver o problema. Segundo o agrônomo Leonardo Oliveira, plantas com desequilíbrio de zinco, tanto falta quanto excesso do nutriente, apresentam sintomas que são fáceis de reconhecer como o encurtamento dos internódios da planta e a redução do tamanho das folhas. O especialista em café recomenda fazer uma análise foliar para confirmar o diagnóstico. No caso de falta de zinco, a correção pode ser feita com a aplicação de adubo no solo ou nas folhas. Para o agrônomo, a pulverização permite uma distribuição melhor do zinco e também melhora o custo para o produtor. Caso haja excesso de zinco, deixe de aplicar o nutriente e espere que a planta cresça para entrar novamente em equilíbrio. Confira a reportagem no link abaixo: Aderval mudanças

Reportagem produzida e exibida pelo programa Globo Rural, da TV Globo, no dia 01 de julho de 2018.

 

Por Globo Rural.

Melhor época para o milho no RS e SC

Melhor época para o milho no RS e SC

A área de milho está estimada em 738 mil hectares no Rio Grande do Sul

A época que concentra a maioria das operações de semeadura do milho no Rio Grande do Sul e Santa Catarina é entre os meses de setembro e outubro, mas há grande variação em função do melhor ajuste no sistema de produção. Veja as orientações da pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo, Jane Machado, para identificar a melhor época na implantação do milho nas diferentes regiões do RS e SC.

A área de milho está estimada em 738 mil hectares no Rio Grande do Sul (Emater/RS, set 2018), indicando um possível aumento 5,53% em relação à safra anterior (CONAB, set 2018). Em Santa Catarina, o aumento é estimado entre 3 e 5% sobre os 319 mil hectares de milho registrados na safra 2017/18 (Epagri, set 2018).

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Apesar do zoneamento agrícola indicar uma ampla janela de semeadura, permitindo plantio do milho durante todos os meses do ano, a concentração das operações acontece no chamado “plantio do cedo”, realizado nos meses de agosto e setembro, como estratégia para evitar que a floração do milho ocorra no período de maior risco de déficit hídrico com os veranicos de dezembro e janeiro. Na região Noroeste do RS, por exemplo, o microclima diferenciado permite a semeadura do milho ainda em julho.

Por outro lado, visando o maior potencial produtivo das plantas, a melhor época de plantio vai da segunda quinzena de setembro até meados de outubro. Neste período as condições climáticas favorecem o desenvolvimento das plantas pela maior incidência de sol em dias mais longos. Contudo, a pesquisadora Jane Machado reconhece que o motivo mais importante para ajustar a semeadura do milho nesta época é a conservação do solo: o milho vai ficar cobrindo o solo até abril/maio, quando começam os trabalhos para a semeadura de inverno, garantindo palhada, controlando pragas e doenças até o próximo cultivo de verão. “É preciso planejar o sistema de produção com maior eficiência, definindo agora a cultura de inverno que virá após o milho e até o que vai plantar na área no verão subsequente. O planejamento da rotação permite ajustar tanto o calendário, quanto o manejo da lavoura, determinando o investimento em adução e a escolha das cultivares”, orienta Jane.

A partir do final de outubro, a semeadura do milho é chamada de “plantio do tarde”, época em que os genótipos de milho alcançam as maiores produtividades, porém, também é o período de maior risco pois o florescimento das plantas pode coincidir com as estiagens de verão. A prática é recomendada nas regiões mais frias do Estado, onde as colheitas de inverno ocorrem mais tarde e a temperatura noturna fica abaixo dos 15°C durante a primavera.

Escolha da cultivar

As cultivares de milho indicadas para o RS podem apresentar ciclo superprecoce, precoce ou normal. A maior diferença de ciclo entre elas ocorre no período emergência ao florescimento. As cultivares superprecoces e precoces toleram melhor temperaturas mais baixas, sendo indicadas para as regiões frias, tanto para semeadura do cedo quanto na semeadura do tarde. Para as semeaduras na época preferencial na primavera podem ser utilizadas cultivares com ciclo normal que vão garantir cobertura do solo até o inverno. “Em geral, quanto mais precoce a cultivar, menor a produção, porque a planta aproveita menos tempo de luz e calor para crescer”, alerta a pesquisadora Jane Machado, da Embrapa Milho e Sorgo.

Enfim, a escolha da cultivar deve considerar fatores como época de semeadura, diferenças regionais de clima e solo, histórico da incidência de pragas e doenças, culturas antecessoras e sucessoras ao milho, e previsões climáticas para o período. “O que eu fiz na lavoura no ano passado pode não funcionar neste ano. Não existe receita pronta no milho, é preciso planejar cada ano pensando em uma nova lavoura dentro de um sistema de produção a longo prazo”, conclui a pesquisadora.

Saiba mais ouvindo a entrevista com a pesquisadora Jane Machado, da Embrapa Milho e Sorgo.

 

Por Embrapa.

Pesquisa avança na seleção de clones de batata tolerantes à doença causada pela pinta preta em MG

Pesquisa avança na seleção de clones de batata tolerantes à doença causada pela pinta preta em MG

O programa de melhoramento genético de batata da Embrapa envolve várias vertentes, entre elas pesquisas voltadas ao desenvolvimento de materiais com resistência a determinadas doenças consideradas importantes na cultura. Esse é o caso, por exemplo, da avaliação relacionada à reação de clones avançados de batata à pinta preta, na região do Alto Paranaíba, em Minas Gerais, onde se concentra boa parte da produção no estado.

Iniciado em 2016, a partir do contrato de cooperação técnica firmado entre a Cooperativa Agropecuária do Alto Paranaíba (Coopadap) e a Embrapa Hortaliças (Brasília, DF) os resultados mostrados animaram o pesquisador Valdir Lourenço Júnior, que vem conduzindo os experimentos montados no município mineiro de Rio Paranaíba. “Verificamos que alguns desses clones apresentaram resistência parcial ou tolerância à pinta preta, o que representa um avanço significativo, tendo em vista que a variedade Ágata, desenvolvida na Europa e a mais cultivada no Brasil, é mais suscetível à doença”, explica o pesquisador.

O termo “resistência parcial” deve-se, segundo ele, ao fato de os clones não se mostrarem totalmente resistentes à pinta preta, mas o dano causado pela doença é menor quando comparado com a cultivar Ágata. “Em resumo, a principal vantagem no caso de os nossos clones se tornarem cultivares é a tendência à redução da necessidade de aplicação de fungicidas”, observa Valdir, que chama a atenção para outras ações que têm como pano de fundo o trabalho conjunto com a Coopadap.

Segundo ele, a parceria com a cooperativa não se limita aos experimentos para avaliar a reação de clones de batata à pinta preta. Ele lembra que há outro contrato de cooperação técnica assinado entre as duas instituições para o manejo da podridão-branca em alho e cebola, considerada a mais importante entre as doenças que atingem os cultivos de aliáceas. E do alho e cebola para os trabalhos com a batata, não foi preciso transpor fronteiras.

“As linhas de ação previstas no primeiro contrato foram ampliadas pela inclusão da área plantada com os clones de batata, devido à relevância de seu cultivo para a economia da região, se consideramos a alta produção – acima de 40 toneladas por hectare”.

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Dinâmica

Clones são materiais de batata geneticamente modificados, selecionados pelo programa de melhoramento de batata (coordenado pela Embrapa Clima Temperado) e avaliados em condições de campo e em casas de vegetação pela Embrapa Hortaliças e pelo Escritório da Embrapa em Canoinhas (SC), integrantes do programa.

Para a identificação de clones resistentes, são instalados experimentos em área disponibilizada por uma instituição parceira, a exemplo do trabalho desenvolvido na região do Alto Paranaíba com a Coopadap: ao se identificar a presença da pinta preta, é quantificada a incidência e severidade, e baseado nessas informações o pesquisador considera com maior resistência o clone que apresentou menores danos.

De acordo com Valdir, o trabalho continua na identificação de outros possíveis clones que podem apresentar a mesma resistência à pinta preta e também a outras doenças da batata como a requeima e a murcha bacteriana. “No caso de confirmação de seu potencial de resistência e características desejáveis para indústria ou mesa uma nova variedade pode ser lançada”.

 

Por Embrapa

El Niño e La Niña: o que são, como ocorrem e por que afetam a produção agrícola

El Niño e La Niña: o que são, como ocorrem e por que afetam a produção agrícola

Que os fenômenos El Niño e La Niña podem afetar o clima brasileiro, estamos cansados de saber. Em anos de atuação desses eventos climáticos, os regimes de chuva e as temperaturas do país variam e as mudanças podem ter impacto direto na nossa agricultura. Mas o que são, de fato, esses fenômenos? Por que eles ocorrem? Como atuam em nosso território? Fizemos uma série de quatro reportagens para responder a essas perguntas.

Confira:

1 – O que são os fenômenos El Niño e La Niña

2 – Efeitos no clima e na agricultura

3 – Em que momento do ano os efeitos aparecem

4 – Motivos do aquecimento e resfriamento da água

 

Litoral do Oceano Pacífico na América do Sul (Foto: Stuart Rankin/Flickr/CC 2.0)

 

Por Globo Rural 

Braquiária – a grande aliada das culturas de grãos no Nordeste

Braquiária – a grande aliada das culturas de grãos no Nordeste

À esq., braquiária com milho; à dir., cobertura morta com soja

A gramínea braquiária tem sido cada vez vista como um verdadeiro “capim-santo” para as
culturas de grãos na região dos Tabuleiros Costeiros e Agreste da nova região do
SEALBA – que compreende áreas de alto potencial em Sergipe, Alagoas e Bahia. Isso é o
que pesquisadores de Embrapa pretendem apresentar durante visita técnica dirigida
a produtores e representantes de bancos públicos.

O evento acontece na quinta-feira (11 de outubro) às 9h no Campo Experimental Jorge Sobral, mantido pela Embrapa Tabuleiros Costeiros em Nossa Senhora das Dores, no Médio Sertão Sergipano.

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No campo, onde os pesquisadores Edson Patto e Sérgio Procópio conduzem os experimentos, os visitantes verão de perto a diferença de resultados para a cultura da soja com e sem plantio de braquiária consorciada ao milho em rotação de cultura no ano anterior, bem como os benefícios do plantio direto associado ao sistema em relação ao modo convencional.

Nas dez parcelas experimentais plantadas com soja, será possível ver a notável diferença de tamanho das plantas e das vagens, bem como enchimento e peso médio de grãos – quesitos cruciais para os resultados de produção e ganho dos produtores.

No solo, os pesquisadores vão apresentar como a braquiária foi capaz, nos últimos anos de experimentos, de conservar a umidade num ano mais seco e evitar compactação do solo e encharcamentos quando as chuvas caem com maior intensidade. Essa qualidade da gramínea é fundamental para o maior sucesso no plantio de grãos nessa região, onde a irregularidade das chuvas é uma característica presente.

Por Embrapa

Novas tecnologias para controle da mancha amarela em trigo

Novas tecnologias para controle da mancha amarela em trigo

Perdas com mancha amarela podem chegar a 50% no trigo e na cevada (Foto: Flávio Santana)

A mancha amarela é uma das principais doenças do trigo na Região Sul do Brasil, favorecida pelo plantio direto que garante alimento para o fungo entre os cultivos. Na última década, ela tem aparecido com maior frequência também nos cultivos da Europa e Canadá. O cenário de mudanças climáticas deixa em alerta importantes centro de pesquisa do mundo para o aumento na incidência de doenças no trigo, com a formação de parcerias na avaliação de novas tecnologias para controle de doenças emergentes no cereal mais plantado no mundo.

Em busca de um melhor controle da mancha amarela em trigo, a Embrapa e a Universidade de Aberystwyth (Reino Unido) criaram uma rede de colaboradores, com a participação da Universidade de Curtin (Austrália), Universidade de La Plata (Argentina) e a Epamig (Minas Gerais, Brasil). O projeto vai estudar a doença visando o desenvolvimento de ferramentas de identificação e detecção precoce da doença. Serão utilizadas tecnologias de fenotipagem rápida com sensores para captura de imagens dos sintomas de estresse por doenças nas plantas em tempo real, uso de toxina para avaliar a sensibilidade das plantas à doença, caracterização de genótipos de trigo e de isolados do fungo, entre outras técnicas.

“A mancha amarela é uma ameaça emergente à produção de trigo mundial, que apresenta grande resistência aos fungicidas. O projeto visa somar estratégias de campo com resultados de laboratório permitindo o controle precoce do problema, identificando material genético mais resistente e a redução no uso de fungicidas”, conclui o pesquisador da Embrapa Trigo, Flávio Santana.

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Videoaula gratuita: Diagnose de doenças florestais | Professor Acelino Alfenas
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Equipamentos detectam sinais emitidos por plantas estressadas

De acordo com o Diretor de Pesquisas da Universidade de Aberystwyth, Luis Mur, as “tecnologias ômicas” (omics technologies – que envolvem conhecimentos de genômica, proteômica, metabolômica, fenômica, etc), têm sido utilizadas para integrar abordagens de biologia de sistemas no desenvolvimento de ferramentas de base, incluindo a bioinformática e bases de dados relevantes. “A planta estressada produz sintomas (chamados de metabólitos) que podem estar associados à defesa da planta. Entender como funcionam estes mecanismos de defesa é possível hoje através das novas tecnologias que estão sendo avaliadas pelos institutos de pesquisa em busca de soluções de longo prazo para controle das doenças no trigo”, explica o pesquisador britânico que trabalha em colaboração com a Embrapa Trigo no controle da mancha amarela.

Novas tecnologias que integram biologia e informática também estão sendo utilizadas para avaliar doenças de espiga no trigo, como giberela e brusone. Técnicas de fenotipagem estão avaliando compostos químicos em sinais emitidos por plantas infectadas por fungos de espiga no trabalho coordenado pelo pesquisador do Instituto Rothamsted (Reino Unido), David Withall. O objetivo, segundo ele, é detectar doenças nas culturas antes mesmo que os sintomas apareçam, possibilitando maior eficiência na seleção genética ou eficiência dos fungicidas.

Características da Mancha amarela do trigo

A mancha amarela do trigo é uma doença foliar que acomete lavouras em, praticamente, todas as regiões produtoras do cereal no mundo. Os danos têm sido crescentes na última década devido às oscilações climáticas que aumentam a frequência das chuvas e elevam as temperaturas durante os cultivos de inverno e primavera. Com ampla distribuição geográfica, a mancha amarela no trigo foi registrada em países da América do Sul, África e Europa, além do Canadá e Austrália.

No Brasil, a doença é mais frequente na Região Sul, causada pelo ataque do fungo Pyrenophora tritici-repentis que sobrevive nos restos culturais de gramíneas utilizadas no sistema plantio direto na palha. O fungo causa lesões na folha, reduzindo a área de fotossíntese que responde pelo rendimento de grãos na cultura. As perdas em lavouras de trigo e cevada podem chegar a 50%.

Para controle da mancha amarela têm sido utilizadas estratégias químicas (fungicidas), manejo (rotação de culturas – duas safras sem trigo ou cevada) e genéticas (cultivares resistentes). Contudo, a agressividade do fungo tem desafiado os pesquisadores na oferta de cultivares resistentes e na total eficiência dos fungicidas, resultando em falhas no controle em diferentes locais do mundo.

Assista ao vídeo produzido pelo pesquisador David Withall, do Rothamsted:

Por Embrapa