A germinação do milho é uma etapa crucial para o sucesso na produção da cultura.
O teste de germinação determina o potencial do lote de sementes sobre ótimas condições, que é diferente do seu comportamento no campo.
Fonte: Escola e Educação
Mas já pensou como esse teste de germinação é feito?
Quer saber mais sobre a estádio vegetativo do milhoe como a sua germinação mais uniforme impacta na produção final da sua lavoura?
Sigamos na leitura desse artigo!
O surgimento do cultivo do milho
A família Poaceae reúne espécies de interesse agrícola de extrema importância para a alimentação humana e produção animal, tendo como um dos principais representantes dessa família, o milho (Zea mays).
O milho é cultivado há mais de 3.000 anos pelos povos da América Central, principalmente pelos povos Maias e Astecas.
Eles já dominavam as técnicas de cultivo desde a germinação do milho até sua colheita.
Desde então, os métodos de plantio do milhoforam aperfeiçoadas, seja por cultivares com índice de produção maior, seja pela mecanização em todo o processo.
Técnicas de cultivo do milho
As mudanças que vêm ocorrendo nos sistemas de produção de milho no Brasil comprovam a profissionalização dos produtores.
Além disso, várias tecnologias ligadas à cultura foram implementadas, ou ainda estão sendo implementadas no setor agrícola brasileiro.
Isso vem garantindo uma boa germinação do milho e produtividades cada vez maiores das lavouras.
Espaçamento reduzido associado à maior densidade de plantio, permitindo melhor controle de plantas daninhas, controle de erosão, melhor aproveitamento de água, luz e nutrientes, além de permitir uma otimização das máquinas plantadoras.
Melhoria na qualidade das sementes associada ao tratamento dos grãos, especialmente o tratamento industrial, máquinas e equipamentos de melhor qualidade, que garante boa plantabilidade e boa distribuição das plantas emergidas, garantindo assim maior índice de sobrevivência do plantio à colheita.
Correção do solo baseando-se em dados de análisee levando em consideração o sistema, e não a cultura individualmente.
Época de plantio do milho
Para garantir uma germinação do milho em níveis satisfatórios, se faz necessários o delineamento da sua época de plantio.
A produção de milho no Brasil é caracterizada pelo plantio em duas épocas: primeira safra (ou safra de verão) e segunda safra (ou safrinha).
Os plantios de verão são realizados em todos os estados, na época tradicional, durante o período chuvoso, que ocorre no final de agosto.
Na região Sul, até os meses de outubro/novembro, no Sudeste e Centro-Oeste.
Na região Nordeste, esse período ocorre no início do ano.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) classifica como segunda safra, a safrinha propriamente dita, que se refere ao milho de sequeiro, geralmente de janeiro a março ou até, no máximo, meados de abril.
Apesar das condições desfavoráveis de clima, os sistemas de produção da safrinha têm sido aprimorados e adaptados a essas condições, o que tem contribuído para elevar os rendimentos das lavouras também nessa época.
Exigências climáticas e ambientais para germinação do milho
Para germinação do milho, florescimento e enchimento dos grãos, a cultura tem suas exigências, como, condições de temperatura e umidade do ar adequadas.
A germinação/emergência ocorre 4 a 5 dias após a semeadura, porém, em condições de temperaturas amenas e umidade limitada, a germinação do milho, pode demorar duas semanas ou até mais.
Isso devido aos seguintes exigências da cultura:
O milho é uma cultura de clima tropical.
Temperatura diurna – entre 25ºC a 30ºC (ideal).
Umidade em torno de 70%.
Temperatura menor que 19º C, reduz crescimento planta e sua produção.
Consumo de água – 500 a 800 mm/safra (100 dias).
Outro ponto importantíssimo para uma germinação satisfatória do milho em campo, é o teste feito para ver a viabilidade das semente.
Porém, o teste de germinação determina a germinação potencial do lote sobre ótimas condições, e não o desempenho das sementes em diferentes condições no campo.
Ou seja, o resultado de um teste de germinação determina o que o lote pode efetivamente germinar em uma condição ideal e assim ter comparativo para implantação da cultura em campo.
E você já pensou em como esse teste de germinação é feito?
Vamos conferir logo em seguida.
Maneiras de fazer o teste de germinação do milho
O teste de germinação do milho é realizado em laboratório, para que assim possa obter todas as condições favoráveis para o desenvolvimento da semente e formar a plântula: temperatura, iluminação e água.
Porcentagem de germinação, corresponde ao número de sementes que produziram plântulas consideradas normais.
No teste de germinação o mais comum é ser utilizados 2 tipos de substratos: areia ou papel (podendo ser toalha, mata-borrão ou de filtro), porém, em laboratório, o mais comum é papel.
O solotambém pode ser utilizado como substrato, mas para obter resultados mais precisos não deve ser utilizado, principalmente quando o teste é realizado em laboratório.
Teste de germinação em areia
Teste de germinação em areia deve utilizar material com grãos relativamente uniformes, nem partículas muito grandes e nem muito pequenas.
A areia deve estar livre de qualquer contaminação para evitar que o contaminante atrapalhe a germinação da semente, onde, o recomendável que seja autoclavada e o controle o pH entre 6 e 7,5.
É importante colocar a semente enterrada a 1cm, exercendo uma pequena pressão com água e também manter o fotoperíodo controlado.
Quando é utilizado o teste com papel, o mesmo deve ser envolto com sacos plásticos para protegê-lo de impurezas e danos eventuais.
Primeiramente, é realizada a assepsia das sementes de milho com solução de hipoclorito de sódio a 10% e depois com álcool 70º.
Não se pode esquecer de identificar as amostras, esse fator fará toda a diferença na hora da análise da germinação.
Assim como a assepsia das sementes, faz-se também a assepsia dos materiais utilizados e das mãos.
Assim que é realizada a disposição das sementes no substrato escolhido, o material é levado para uma câmara B.O.D. por seis dias.
Com o término deste tempo é realizada a contagem das sementes que não germinaram e das plântulas normais.
Esta análise é conhecida como interpretação do teste. Após a contagem é feito o cálculo.
O recomendável para a cultura do milho é de 90% de germinação das sementes.
Fonte: ADV Sementes
Germinação e Emergência do milho
Em condições de campo, depois que a semente de milho é plantada, ela sofre a embebição e absorverá aproximadamente 30 a 35% do seu peso em água.
Para a radícula iniciar o alongamento, as temperaturas do solo devem ser propícias para o processo de germinação.
Logo após o surgimento da radícula, três a quatro raízes adicionais surgem a partir da semente.
Essas radículas formam o sistema radicular seminal, que funciona na captação de água e alguns nutrientes para a plântula.
A planta de milho apresenta emergência “hipógea”, onde, o cotilédone permanece abaixo da superfície.
Abaixo segue a tabela com os estádios vegetativo do milho:
Fonte: Pioneer Sementes
Conhecimento técnico para altas produtividades
Vimos nesse artigo a importância que tem a etapa da germinação do milho e de como ela interfere as etapas seguintes.
O milho é uma planta de ciclo vegetativo variado, evidenciando desde cultivares extremamente precoces, cuja polinização pode ocorrer 30 dias após a emergência, até mesmo aqueles cujo ciclo vital pode alcançar 300 dias.
Entretanto, em nossas condições, a cultura do milho apresenta ciclo variável entre 110 e 180 dias.
Isso acontece devido a caracterização dos cultivares superprecoce, precoce e tardio, período este compreendido entre a semeadura e a colheita.
Desse modo, o conhecimento técnico por parte do produtor fará toda a diferença para alcançar altas produtividades em sua lavoura.
Quer saber mais sobre a cultivo do milho?
Temos vários outros artigos sobre essa cultura tão importante no cenário do agronegócio brasileiro.
Existem diferente tipos de sistemas de irrigação que cumpre um papel indispensável na agricultura, neste artigo vamos falar tudo sobre a irrigação pivô central tendo sua grande importância como fonte fornecedora de água e de energia elétrica.
Venha Comigo!
O que é sistema de irrigação pivô central?
O pivô central é um sistema de irrigação no qual uma linha lateral suspensa por torres de sustentação dotadas de rodas e motores gira em torno de um ponto central, que e chamado de pivô. O pivô é a fonte fornecedora de água e de energia elétrica.
À medida que se desloca, a linha lateral vai aspergindo a água sobre a cultura. O pivô é a fonte fornecedora de água e de energia elétrica. À medida que se desloca, a linha lateral vai aspergindo a água sobre a cultura.
Importância da irrigação na agricultura
A irrigaçãonão é apenas molhar o solo, mas sim quando calculamos a água que precisamos para uma cultura e a colocamos no soloconforme o planejado e o mais regularmente possível.
Ela veio com o objetivo de ajudar as plantas a oferecerem o seu melhor. Compondo o tripé da planta (solo, água e ar) a irrigação veio para fornecer meios mais viáveis de se lidar com a falta de recursos hídricos disponíveis.
Para atender às condições de umidade de solo visando à melhoria da produção agrícola, tanto em quantidade como em qualidade ou oportunidade.
Na realidade, ela constitui um conjunto de operações (compondo em si um sistema) necessário ao atendimento das necessidades de água para as plantas, bem como eliminar seus excessos, que transcendem à relação solo, água, planta, pura e simplesmente.
Modelos de pivôs de irrigação
Existem três modelões de Pivôs de irrigação, confira abaixo quais são;
Pivô linear
O pivô linear foi desenvolvido para áreas retangulares, com desníveis mínimos. O equipamento se move, em linha reta, para irrigar toda a área cultivada.
Ele apresenta a capacidade de deslocamento a longas distâncias, além de aspergir água e fertilizantes com maior precisão e rapidez.
Com os avanços tecnológicos, o produtor pode acionar o equipamento via smartphone ou notebook de forma remota.
O sistema linear permite a aplicação, de maneira precisa, da quantidade de água e fertilizantes, reduzindo custos operacionais. A relação custo-benefício é excelente, pois ele pode percorrer grandes distâncias, abrangendo grande área irrigada;
É recomendado para áreas planas e sem obstrução;
Existe a opção do equipamento linear ser também rebocável.
Pivô central fixo
O pivô central fixo é instalado sobre uma base de concreto estrategicamente posicionada no centro da área de cultivo.
Para operar o equipamento, apenas um funcionário basta, o que reduz os custos de produção.
(Fonte: Safra Irrigação, 2019)
Indicação de Culturas
O pivô central Lindsay-Zimmatic pode ser utilizado para variados tipos de solo e topografia. A altura do equipamento é escolhida de acordo com a altura da cultura a ser irrigada.
Vai desde um perfil baixo, que permite um menor investimento e é ideal para culturas como verduras, legumes e gramas, até um perfil alto, de até 6 metros, para irrigação de cana, banana, mamão, etc.
Pivô central rebocável
O pivô central fixo é instalado sobre uma base de concreto estrategicamente posicionada no centro da área de cultivo.
Para operar o equipamento, apenas um funcionário basta, o que reduz os custos de produção.
Indicação
O Pivô central rebocável é indicado para áreas de até 120ha por posição. Tem grande estabilidade para reboque em terrenos irregulares, além de sua instalação ser considerada simples e rápida.
Irrigação pivô central: vantagens e desvantagens
Para esse sistema de irrigação, existe suas vantagens e desvantagens confira abaixo;
Vantagens
Os pivôs de irrigação são fáceis de operar, além de economizarem água e energia elétrica. Os modelos de pivô existentes no mercado não exigem muita mão de obra, o que reduz os custos com funcionários.
Da mesma forma, esses equipamentos apresentam capacidade de percorrer longas distâncias com alta eficiência na aplicação de fertilizantes. Outra grande vantagem é a possibilidade de instalação nas mais diferentes propriedades.
Desvantagens
Embora o uso de pivôs de irrigação melhore a produtividade da plantação, o investimento inicial é alto. A manutenção preventiva dos equipamentos também requer novos gastos por parte do produtor.
Entretanto, se formos avaliar os prós e contras do uso de pivôs, prevalecem as vantagens, principalmente pelos bons retornos financeiros.
Como garantir a eficiência do pivô central?
O pivô central, como parte dos sistemas de irrigação, é uma máquina que como as demais utilizadas em uma fazenda tem que ser inserida nos planos de monitoramento e manutenção.
Operador do equipamento
O primeiro ponto importante é que o operador do equipamento deve conhecer e entender o sistema, tendo entre suas tarefas diárias atividades simples como:
Conhecer os horários corretos de ligar e desligar os equipamentos, evitando os horários reservados (pico);
Fazer apontamento das horas irrigadas e da lâmina aplicada;
Verificar e limpar bocais entupidos, devendo cada equipamento ter seu mapa de aspersores junto ao Painel Principal para facilitar a conferência dos mesmos;
Verificar as pressões na saída da bomba e na Torre Central;
E verificar as tensões e amperagem do motor da moto-bomba e do pivô.
Monitorar o funcionamento
Já no plano de monitoramento e manutenção algumas medições e ações possibilitam ter um raio x de como está o sistema. São elas:
Medir todas as pressões já citadas anteriormente com manômetro calibrado e especifico, como também a pressão no último aspersor;
Analisar, através dos apontamentos diários do operador, se as pressões/ tensão e amperagem de operação estão compatíveis com as do projeto e caso estejam divergentes, buscar diagnosticar o motivo e corrigir;
Avaliar, ao menos a cada 3.000 horas, ou se necessário a Uniformidade de Distribuição. Caso esteja abaixo da mínima recomendada substituir o Kit de Aspersão e fazer as manutenções necessárias na bomba;
Além das dicas acima, deve-se seguir os planos de manutenção sugeridos no Manual de Operação e Manutenção do seu equipamento.
Fazer o manejo de irrigação
Tudo isto, temos o Manejo da Irrigação que vem para fechar o conjunto de ações que propiciarão sistemas mais eficientes.
Sendo imprescindível fazer o manejo, planejamento da irrigação das lavouras e análise da performance dos mesmos dando soluções como redimensionamentos ou reengenharia.
Conclusão
A irrigação por Pivô permite aplicar, de maneira precisa, a quantidade necessária de água e fertilizantes em cada cultura, reduzindo os custos operacionais e de mão de obra, e dando resultados excelentes para o produtor.
Em tempos de crise hídrica e energética, e com custos de produção cada vez mais altos, buscar a eficiência dos sistemas pode ser a diferença entre ter lucro ou não. Com isso o monitoramento e manutenção desse sistema e indispensável.
Em caso de dúvidas o ideal e procurar um especialista da área. Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!
Para que sua plantação de feijão tenha um bom desenvolvimento até o final de seu ciclo existem alguns detalhes que merecem sua atenção.
(Fonte: Toronto star, 2019)
Ter uma plantação de feijão bem conduzida do começo ao fim é certamente o caminho para se ter ótimos rendimentos de produtividade assim como diminuir os problemas no campo.
Já que o feijão é uma cultura de importância indiscutível na dieta do brasileiro, assim como de outros povos da América e Ásia.
Para garantir que produtores e consumidores saiam satisfeitos com a qualidade do produto final existe uma série de pontos importantes a serem decididos no momento da implantação do feijão.
Assim, nesse artigo vamos discutir um pouco sobre cada um desses aspecto que vão influenciar toda a plantação de feijão.
Escolha da cultivar para o plantio de feijão
O feijão apresentar grande variabilidade de tipos, tamanho e padrões de cores. Assim, sua demanda acaba sendo variável conforme os costumes locais de cada região.
Sendo assim a escolha do tipo de feijão a ser plantado deve ser levado em conta a preferência local da região pois assim já cria uma garantia de mercado consumidor com o bônus de menor frete.
Além desse aspecto deve se escolher bem o material de feijão a ser plantado considerando os fatores de caráter mais técnicos como:
Uma característica que faz o feijão um ótimo alimento, no âmbito da segurança alimentar, é o fato dele poder ser cultivado durante o ano todo em diferentes regiões.
Sendo o feijoeiro uma planta que não sofre influência da variação do fotoperíodo como é o caso da sojapor exemplo.
Assim é comum plantar feijão em três épocas.
Épocas de plantio
O Feijão das águas, 1ª safra ou cultivo de primavera, iniciado em agosto e setembro;
O Feijão da seca, 2ª safra ou cultivo de verão, iniciado entre janeiro e fevereiro;
E o Feijão de inverno, 3ª safra ou cultivo de outono-inverno realizado entre abril e junho
E como você já deve imaginar cada época de plantio escolhida vai apresentar condições e desafios climáticos diferentes da semeadura a colheita desse feijão.
Mas nesse momento vamos comentar alguns pontos relacionados com as condições edafoclimática do momento da implantação do feijão.
O primeiro ponto para se atentar nesse momento é a umidade do solopois é ela que vai facilitar ou complicar as operações mecanizadas seja ela de plantio ou de colheita.
Além do que solo de textura mais argilosasão pouco recomentados para plantio de feijão, pois esse tipo de solo acaba por diminuir a qualidade das vagens que estão mais próximas ou em contato com o solo.
Das três épocas de cultivo do feijão citada, a 3ª safra é a que se tem menos problemas com a humidade do solo por justamente cair em épocas menos chuvosa.
O outro fator importante é a temperatura do solo no momento da semeadura. Sendo a faixa entre 20°C a 30°C adequada para seu desenvolvimento.
Contudo, a temperatura de 25°C é ideal para o desenvolvimento uniforme da plantação de feijão. Uma vez que temperaturas abaixo de 18°C acarretam na diminuição da germinação e emergência do feijão.
E a situação contraria de altas temperaturas, de 30°C a 35°C, acabam por reduzir a velocidade da germinação e também a formação dos nódulos na raiz, os quais são relacionados a fixação biológica de nitrogênio.
Inoculação e o tratamento de sementes para a plantação de feijão
A prática de inoculaçãocom microrganismo benéficos, muito comum em leguminosas, ao formar nódulos em suas raízes junto a bactérias.
Essas bactérias pertencentes ao gênero Rhizobium quando associadas a planta de feijão resultam no processo conhecido como a fixação biológica de nitrogênio.
Isso como você pode imaginar aumenta o rendimento produtivo do feijão e reduz os gastos com fertilizantesnitrogenados.
Sendo esse manejo recomendado principalmente em áreas que ainda não houve cultivo de feijão. Fazendo se necessário a inoculação da bactéria junto a semente.
Para evitar problemas é necessário verificar a compatibilidade entres os produtos assim como realizar a inoculação depois do tratamento químico da semente.
Sendo o tratamento químico recomendado quando a área apresentar histórico com doenças como antracnose (Colletotrichum lindemuthianum), tombamento (Rhizoctonia solani), mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum) entre outras.
No caso de pragastem se comumente formigas (Atta spp.), broca-do-colo (Elasmopalpus lignosellus), lagarta-rosca (Agrotis ipsilon), vaquinha (Diabrotica speciosa) entre outras.
Formação da plantação de feijão
Outro aspecto crucial em uma plantação de feijão é a decisão do espaçamento, seja o de entrelinhas ou de linha, para a melhor formação de estande na área.
Além do aproveitamento espacial, tais decisões, podem influenciar diretamente a formação ou não de microclimas que contribuem para a incidência de doenças.
Assim como, dependendo do tipo de hábito de crescimento do feijão, vai haver reflexos nos componentes de produtividade como o número de vagens e o número de grãos por planta.
Comumente são utilizados espaçamento entrelinha de 0,4 a 0,5 metros e na linha uma densidade de 12 a 15 sementes por metro, dependendo é claro do vigor e taxa de germinação da semente.
Dessa forma obtendo uma população que vai variar entre 200 e 300 mil plantas por hectare. Mas que devido a capacidade de compensação do feijão ambas as populações podem mantar rendimentos próximos.
Uma vez que populações maiores tem uma produção por planta se reduzida, ao passo que populações menores tendem a apresentam uma produção por planta maior.
Para que todo esse processo ocorra da melhor forma é necessário que haja cuidados com o preparo do solo.
Sendo assim, vamos falar um pouco sobre alguns desses cuidados na próxima sessão.
Preparo do solo para o plantio de feijão.
O preparo de solo consiste na adequação de condições favoráveis para se ter uma operação de semeadura eficiente assim como o bom desenvolvimento radicular do feijão.
Basicamente existe três tipos de sistemas de preparo de solo utilizado em uma plantação de feijão, sendo eles: o convencional, mínimo e o sistema de plantio direto.
O sistema convencional ocorre por meio do revolvimento das camadas superficiais com o objetivo de reduzir a compactação, incorporar corretivos e fertilizantes, aumentar os espaços porosos.
Nesse sistema é realizado operações de aração e gradagem, onde a primeira operação vai cortar o solo e a gradagem posterior vai reduzir o tamanho dos torrões e nivelar área.
Já no cultivo mínimo é um sistema em que as operações de revolvimento são reduzidas em relação ao convencional.
Nele ocorre a substituição dos discos por implementos hastes. Dessa maneira, não há inversão de camadas do solo deixando o solo menos desagregado.
E por fim no sistema de plantio direto não se tem a movimentação do solo, exceto quando se faz o sulco de semeadura.
Por esse motivo esse sistema tido como conservacionista e por visar também a manutenção da cobertura vegetal.
Estando essa cobertura vegetal no solo haverá redução na perda de água por evaporação e na perda de nutrientes causas por erosão e lixiviação.
Conclusão
Espero que com a leitura desse artigo você tenha revisado os aspectos cruciais para realizar um bom planejamento para ter uma ótima plantação de feijão.
Assim como espero que tenha notado como todos esses fatores estão intimamente relacionados entre si e também com todos outros manejos futuros em uma lavoura de feijão.
Manter a qualidade do produto pós-colheita é essencial para não perder o rendimento conquistado na lavoura. Armazenar os grãos com segurança, ou seja, protegidos de fatores externos que possam danificar sua integridade, é sinônimo de preservação dos investimentos feitos durante toda uma safra. Neste artigo vamos abordar sobre os sete cuidados necessário no armazenamento de grãos.
Venha comigo!
Armazenamento de grãos
Armazenagem de grãos e a conservação de sementessão uma parte importante para o sucesso da lavoura. A armazenagem de sementes é tão importante quanto a produção.
Para que o agricultor tenha qualidade no momento do plantio, depois de todo o processo de beneficiamento, a conservação passa a ser fundamental. Todo o processo de produção é monitorado por profissionais especializados na área.
O objetivo é garantir ao agricultor que o produto adquirido tenha toda a tecnologia esperada e nesse contexto, a amostragem de sementes passa a ser fundamental. Abaixo vamos abordar 5 dicas indispensável no armazenamento de grãos, para atingir o sucesso!
O que é silo?
Os silos são estruturas para a armazenagem de produtos agrícolas. Neles, a produção pode ser depositada em seu estado natural, sem a utilização de sacos. Essas construções têm como objetivo, principalmente, a comercialização da colheita.
Podemos dizer que os silos são recursos práticos e necessários, dependendo do momento que você vá vender ou utilizar sua colheita. Isso pois eles mantêm a qualidade do produto armazenado e são fáceis de encher e esvaziar.
Tipos de silo
No campo, existem vários tipos de silos com suas respectivas funções e divisões. A primeira divisão dos silos é quanto ao material utilizado para a sua construção.
Há silos metálicos, de concreto, de alvenaria e de madeira. Há também um tipo de silo denominado silo-bolsa, geralmente utilizado de forma emergencial para o armazenamento de grãos.
Silo armazenador
É responsável por receber o produto limpo após secagemem secador e recebe aeração quando necessário para uniformizar a umidade e resfriar a massa de grãos, elas têm o objetivo de conservá-los em perfeitas condições e redistribuí-los posteriormente. São os chamados silos e armazéns.
Silo secador
Recebe ar natural ou aquecido para secagem dos grãos. “Este processo é lento e a umidade não deve ser elevada, já que pode ocorrer o aquecimento da massa e fermentação, o que afeta sua qualidade”.
Silo de espera
São silos de apoio durante o recebimento dos grãos, pois armazenam os grãos limpos, porém úmidos, por poucas horas até o momento de os grãos irem para o secador e atingir a umidade desejada para o armazenamento.
“Esse tipo de silo deve possuir sistema de ventilação de ar natural para evitar o aquecimento da massa de grãos devido a umidade elevada”
Silo de expedição
São silos suspensos que recebem os grãos dos silos armazenadores, através de transportadores e os grãos são liberados, por gravidade, sobre o veículo transportador (caminhão ou vagão ferroviário).
Vantagens no armazenamento de grãos de qualidade
Minimização das perdas quantitativas e qualitativas que ocorrem no campo, pelo atraso da colheita ou durante o armazenamento em locais inadequados;
Economia do transporte, uma vez que os fretes alcançam seu preço máximo no “pico de safra”. Quando o transporte for necessário, terá o custo diminuído, devido à eliminação das impurezas e do excesso de água pela secagem;
Maior rendimento na colheita por evitar a espera dos caminhões nas filas nas unidades coletoras ou intermediárias;
Melhor qualidade do produto, evitando o processamento inadequado devido ao grande volume a ser processado por período da safra, por exemplo, a secagem à qual o produto é submetido, nas unidades coletoras ou intermediárias;
Obtenção de financiamento por meio das linhas de crédito específicas para a pré-comercialização;
Disponibilidade do produto para utilização oportuna;
Menor dependência do suprimento de produtos de outros locais;
Aumento do poder de barganha dos produtores quanto à escolha da época de comercialização dos seus produtos.
7 cuidados necessários com o armazenamento de grãos
Boas práticas de o armazenamento dos grãos, exigem cuidados que vão desde a semeadura até seu período final de armazenagem.
As perdas ocorrem a todo o momento e já começa na fase da pré-colheita, que podem ser provocadas por adversidades abióticas, bióticas e por questões de ordem econômica. Abaixo listar 5 cuidados no armazenamento de Grãos;
1º Preparar os silos
Após a colheita e a picagem do material, o silo deve estar completamente limpo para receber o insumo. É importante certificar que o armazém esteja livre de qualquer remanescente da silagem anterior e de resquícios de insetos.
2º Limpeza
Antes de seguir para o armazenamento, é recomendado que os grãos colhidos estejam limpos, livre de impurezas, restos culturais e doenças, como, por exemplo, os grãos ardidos do milho, ou seja, o material que passou por algum processo de podridão antes da colheita.
Os principais patógenos causadores dos grãos ardidos são os fungos Diplodia macrospora e o Fusarium moniliforme. Há uma tolerância máxima de presença desses grãos de até 6% em lotes comerciais.
3º Secagem
Alcançada Um dos grandes inimigos degrãos armazenados é o seu próprio teor de umidade. Para cada tipo de grão existe uma quantidade máxima de umidade.
Secador de Milho
(Fonte: Viga, 2019)
Acima desse valor, criam-se condições para o desenvolvimento de microrganismos responsáveis pela deterioração do produto.
Dessa forma, é essencial conhecer os teores de umidade a que os grãos precisam ser reduzidos para seu adequado armazenamento. Os processos de secagem, então, devem garantir que a redução prevista seja.
4º Melhorar a aeração
Uma boa ventilação exaustora dentro dos armazéns é necessária para manter constante a temperatura e umidade da superfície dos grãos.
Além disso, a exaustão capta as partículas da poeira agrícola em suspensão antes que elas se disseminem no ambiente elevando o risco de acidentes.
5º Termometria
Termometria é o processo de obtenção de valores de temperatura de uma massa de grãos armazenada em silos ou armazéns graneleiros, equipados com dispositivos à base de pares termoelétricos.
Tais leituras são efetuadas em diferentes alturas e regiões do interior da massa de grãos, com exatidão e rapidez.
Termometria em Silos
(Fonte: Silos cordoba, 2019)
Sistemas de termometria presentes nos silos de armazenagem, é possível conhecer e avaliar a gravidade dos problemas e os movimentos da temperatura, quando em elevação.
O acompanhamento diário dessas temperaturas permite acionar a ventilação de resfriamento dos grãos (aeração), de forma preventiva, antes que elas atinjam um valor próximo ao de risco de perda dos produtos armazenados.
6º Cuidados no controle de pragas
Os grãos, apesar das características de resistência própria de cada espécie, estão sujeitos ao ataque de microrganismos, ácaros, insetos, pássaros, roedores e outros animais que causam sérios prejuízos qualitativos e quantitativos.
Há então uma necessidade de se dar a devida atenção a esses seres vivos, pois de pouco adiantam todos os cuidados e despesas para o controle dos danos na lavoura, se o produto for atacado e destruído nos depósitos.
7º Verificar as condições regularmente
É muito vantajoso instruir todo o pessoal envolvido com a armazenagem, direta ou indiretamente. É essencial perceber qualquer alteração nas condições dos grãos estocados para que sejam tomadas as medidas efetivas.
Cuidados dessa natureza permitem reverter ou eliminar situações irregulares que apareçam, antes que causem prejuízos. Assim, é recomendável uma verificação semana.
Conclusão
A armazenagem de grãos é o método mais eficaz de se obter um produto fora de sua sazonalidade, logo, as boas práticas de armazenamento são essenciais para manter sua qualidade e quantidade, pois nada adianta ter todo um controle rigoroso no campo para evitar as perdas.
E esse controle não ter seguimento no armazenamento, aos cuidados que devem estar presentes em todas as sequências de operações das etapas do beneficiamento dos grãos, tais como pré- limpeza, limpeza, secagem e controle de fungos e pragas.
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Nesse artigo vamos passar para você os principais conceitos sobre o herbicida seletivo, para que você possa aproveitar ao máximo e aplica-los na prática.
É muito importante conhecer sobre a seletividade dos herbicidas, pois ela depende de fatores relacionado à planta, ao herbicida e às condições ambientais.
Esse parece um assunto corriqueiro para muitos, mas ainda é parte de grandes dúvidas.
Vamos juntos?
Herbicida seletivo, o que é?
Na produção agrícola, seletividade de herbicidas é a base para o sucesso do controle químico de plantas daninhas.
Desse modo, a base da seletividade aos herbicidas é o nível diferencial de tolerância das culturas e das plantas daninhas a serem controladas.
Assim, quanto maior a diferença de tolerância entre a cultura e a planta daninha, maior a segurança de aplicação.
O herbicida seletivo elimina as espécies daninhas enquanto a cultura permanece vegetando, tolerando o tratamento.
A seletividade não é um processo simples, uma vez que, muitos fatores de planta e de ambiente estão envolvidos.
O estádio de desenvolvimento e suas características são fatores importantes na seletividade dos herbicidas e no controle de plantas daninhas.
Por isso, erros cometidos, tais como escolha imprópria do produto, época de aplicação, dose ou equipamento podem anular a diferença entre espécies tolerantes e susceptíveis e ambas podem ser prejudicadas.
Formas de utilização dos herbicidas seletivos
Quase todos os herbicidas devem ser aplicados em um momento em específico para que o controle e a seletividade sejam otimizados.
Portanto, saber quando aplicá-los para obter o efeito desejado é essencial para o uso adequado e racional do controle químico.
A classificação quanto à época de aplicação reflete a eficiência de absorção por diferentes estruturas das plantas.
Aqueles aplicados ao solosão normalmente absorvidos pelas raízes ou por estruturas subterrâneas antes, durante ou imediatamente após a emergência.
Já aqueles aplicados à parte aérea das plantas são preferencialmente absorvidos pelas folhas.
Épocas de aplicação de herbicidas
A época de aplicação de herbicidas é definida para melhores resultados. Sendo de modo geral, as seguintes definições de épocas de aplicação:
Os Herbicidas aplicados em pré-plantio incorporado (PPI): Refere-se aos produtos que são aplicados ao solo e que posteriormente precisam de incorporação mecânica ou através de irrigação.
Os Herbicidas aplicados em pré-emergência (PRÉ): A aplicação é feita após a semeadura ou plantio, mas antes da emergência da cultura, das plantas daninhas ou de ambas.
E os Herbicidas aplicados em pós-emergência (PÓS): Em aplicações em pós-emergência, o produto deve ser absorvido em maior parte via foliar.
Tipos de seletividade de herbicidas
Para que seja mais fácil a compreensão dos tipos de seletividades de herbicidas, vamos dividir os tipos de seletividade em fatores relacionados à planta, ao herbicida e ao ambiente.
Os fatores relacionados à planta podem ser: Estádio de desenvolvimento, mecanismos de absorção diferencial, mecanismos de translocação diferencial e o metabolismo diferencial.
Fatores relacionados ao herbicida: Seletividade e a estrutura molecular, referência à dose, as formulações, seletividade e o modo de aplicação.
Fatores relacionados ao ambiente: Seletividade e a textura do solo, seletividade e a água disponível no solo, seletividade e as condições ambientais.
Porém além dos herbicidas seletivos, existem também os herbicidas não seletivos.
No próximo tópico vamos saber um pouco mais sobre eles.
Herbicida não seletivo
Herbicidas não seletivos são aqueles de amplo espectro de ação, capazes de matar ou danificar severamente todas as plantas.
O Glyphosate e sulfosate são herbicidas não seletivos registrados para dessecação de manejo das plantas daninhas em áreas de semeadura direta, enquanto paraquat, diquat e amônio-glufosinato são mais utilizados para dessecação pré-colheita.
Em função do largo espectro de espécies de plantas afetadas por esses herbicidas, os mesmos são considerados não seletivos.
Vale ressaltar que, nenhum herbicida pertence rigidamente a nenhum dos grupos, uma vez que a seletividade é função da interação entre diferentes fatores, como já citamos.
Um ponto importante de se falar quando o assunto é herbicidas e principalmente dentro desse grupo que é muito utilizado na agricultura atual, é quanto ao uso de EPI’s, é necessário ter atenção redobrada.
Uma vez que, os EPI’s são Equipamentos de Proteção Individual, que têm por finalidade diminuir os riscos de contaminação do trabalhador na aplicação de defensivos agrícolas e deve ser utilizado em todas e quaisquer atividades de risco de contaminação.
Foto: Revista Cultivar
Herbicida seletivo sistêmico
O herbicida sistêmico é aquele que se movimenta, que é conduzido no interior da planta, pelo xilema ou floema, ou por ambos.
São produtos químicos capazes de penetrar na planta e serem tóxicos em processos vitais específicos, por isso são altamente seletivos, prontamente assimilado e translocado pela planta.
Alguns exemplos de herbicidas sistêmicos são: 2,4-D, Glifosato, Imazethapyr, Flazasulfuron, Nicosulfuron e o Picloram.
O herbicida sistêmico é transportado no interior da planta até atingir o local de ação desejado, sendo geralmente absorvido pelas folhas e raízes.
Assim, o herbicida sistêmico não precisa de cobertura total da superfície foliar, o que possibilita o uso de gotas maiores.
Entretanto, é necessário um tempo após a aplicação para que estes produtos sejam absorvidos pelas plantas daninhas.
Fonte: ISCC
Usar ou não os herbicidas?
A seletividade se expressa de forma variada para cada combinação específica cultura – planta daninha e é normalmente bastante específico.
Portanto, talvez o mais correto fosse julgar se determinado tratamento, e não um herbicida especificamente é seletivo para determinada cultura.
Por isso tem que ser bem avaliado antes da tomada de decisão, onde, um profissional da área poderá avaliar melhor cada situação e realidade.
Uma vez que, o uso de herbicidas pode prevenir a interferência das plantas daninhas principalmente no início do ciclo, período durante o qual as plantas daninhas causam normalmente as maiores perdas nas culturas.
Porém, como tudo há limitações quanto ao uso de herbicidas, pois todos herbicidas possuem certo grau de toxicidade para o ser humano e para outras espécies de plantas e animais.
Embora a tendência atual seja de que os novos herbicidas lançados no mercado apresentem um menor grau de toxicidade para o ser humano e o ambiente, ainda existem preocupações com relação aos casos de intoxicação registrados em aplicadores e manipuladores desses produtos.
A utilização de herbicidas demanda equipamento adequado de aplicação e proteção, além de operador treinado.
Portanto, é de suma importância a compreensão do sistema como um todo e em sua integralidade, para saber a necessidade da utilização ou não de herbicidas, quando e como utilizar.