Em nossa postagem de hoje vamos falar de um recurso muito importante e utilizado de diferentes maneiras, que é o carvão. Como você já deve saber, existem diferentes tipos de carvão mineral, e cada um destes tipos apresenta uma finalidade diferente. Neste post vamos abordar tudo sobre esse tema, de sua importância aos diferentes tipos.
Vamos lá!
O que é o Carvão Mineral?
O carvão mineral é um combustível fóssil extraído da terra por meio da mineração. Sua origem se dá a partir da decomposição da matéria orgânica (restos de árvores e plantas) que se acumulou sob uma lâmina de água há milhões de anos.
O soterramento dessa matéria orgânica por depósitos de argila e areia provoca o aumento na pressão e na temperatura, o que contribui para a concentração dos átomos de carbono e expulsão dos átomos de oxigênio e hidrogênio (carbonificação).
E o carvão mineral é subdividido de acordo com o poder calorífico e a incidência de impurezas, sendo considerado de baixa qualidade (linhito e sub-betuminoso) e alta qualidade (betuminoso ou hulha e antracito).
O carvão mineral e a economia
O carvão mineral no Brasilabastece a economia, em especial as usinas termelétricas que consomem cerca de 85% da produção.
Já a indústria de cimento no país é abastecida com aproximadamente 6% desse carvão. Restando 4% para produção de papel celulosee apenas 5% nas indústrias de alimentos, cerâmicas e grãos.
Mundialmente o carvão também é utilizado na produção de cosméticos, gás carbonífero, e entre tantos produtos, estão os subprodutos do carvão que constituem os materiais sintéticos.
Carvão Mineral no Brasil
No território brasileiro esse minério é encontrado em áreas restritas e limitadas, além disso, o carvão extraído não possui boa qualidade, pois apresenta baixo poder calórico e quantidade de cinza elevada.
Por essa razão não possui viabilidade quanto à sua utilização como fonte de energia e matéria-prima nas siderúrgicas.
(Fonte: Educa Brasil, 2019)
Diante disso, a produção brasileira é insuficiente, portanto, o país importa 50% do carvão consumido, oriundo dos Estados Unidos, Austrália, África do Sul e Canadá.
No Brasil uma das principais jazidas se encontra no Rio Grande do Sul, como no vale do rio Jacuí, cuja produção é consumida pelas usinas termelétricas locais.
Como surge o carvão mineral?
O carvão mineral se forma com a decomposição de vegetais. Os restos de plantas se acumulam nos fundos lodosos da Terra e, milhões de anos depois, sob pressão e calor, as jazidas de carvão ficam formadas, na forma de rocha.
A encarbonização, como é chamado o processo, precisa de requisitos geológicos e ecológicos para acontecer. O carvão mineral tem em sua fórmula hidrogênio e carbono, sendo formado por hidrocarbonetos.
Dependendo de quantas moléculas de carbono existem em sua fórmula, temos tipos diferentes de carvão.
São quatro os tipos de carvão, sendo eles:
Veja os tipos de carvão e seus usos
Linhito
Bastante usada na siderurgia, essa rocha sedimentar se forma a partir da compressão da turfa e possui teor de carbono entre 67% e 78%. Identificada como uma massa escura, sua aparência se dá por conta da massa vegetal, que se encontra compacta e com maior teor de carbono.
Usos: gasogênios obtenção de alcatrão, ceras, fenóis e parafinas. A cinza proveniente da combustão pode ser aproveitada como cimento pozolânico e cerâmicas.
Antracito
É um tipo sólido e compacto de carvão mineral, com teor de carbono em 96%. Nesse sentido, é conhecido como a forma mais pura do carvão e com alto poder calorífico.
Sua cor preta e brilhante é uma característica marcante, além da queima lenta (com pouca produção de fuligem) e do elevado custo.
Hulha
A hulha pode ser subdivida em dois tipos principais: o carvão energético e o carvão metalúrgico. O primeiro, também chamado de carvão vapor, é considerado o mais pobre e é usado diretamente em fornos, principalmente em usinas termelétricas.
Já o carvão metalúrgico, ou carvão de coque, é considerado nobre. O coque é um material poroso, leve e de brilho metálico, usado como combustível na metalurgia (altos-fornos). A hulha também é usada na produção de alcatrão.
Turfa
Material composto por camadas de restos de vegetais, possui teor de carbono entre 55% e 60% e possui poder calorífico inferior a 4.000 kcal. Todavia, a turfa corresponde ao primeiro estágio da formação do carvão mineral, formado em um tempo geológico relativamente curto.
É inflamável, porém não tem utilidade como combustível nas indústrias, devido ao seu baixo teor de carbono. Todavia, tem poder de isolar e absorver outros compostos de hidrocarbonetos, sendo usado em derramamentos de petróleo.
Usos: é cortada em blocos e usada como combustível em fornalhas, termoelétricas, obtenção de gás combustível, ceras, parafina, amônia e alcatrão (produto do qual se deriva óleos e outras substâncias de grande uso pela indústria química)
Vantagens e Desvantagens do Carvão Mineral
O carvão mineral costuma ser extraído diretamente do solo, em minas que geralmente ficam a céu aberto.
Isso significa muitos riscos para o meio ambiente, assim como para os operários e trabalhadores desses locais. O risco é ainda maior quando se trata das variedades mais inflamáveis desse combustível fóssil.
(Fonte: G1, 2019)
São grandes as usinas que costumam utilizar o carvão como combustível e elas provocam vários impactos ambientais.
Geralmente, elas produzem resíduos sólidos tóxicos e ainda emitem gases altamente poluentes, a exemplo do cádmio, do chumbo e do mercúrio, além da poluição térmica, provocada pelo aquecimento das caldeiras.
Vantagens
É uma fonte de energia e quando é comparada às fontes de energia alternativas, apresenta o melhor custo-benefício;
O carvão mineral apresenta uma eminente eficiência energética;
Possui depósitos abundantes em todas as regiões do planeta Terra;
Se comparado ao carvão vegetal, o carvão mineral possui maior eficiência energética por causa da capacidade de produzir calor;
Tem a produção de energia porunidade de peso bastante quantitativa e significativa.
Tem uma fácil localização.
Desvantagens
A produção de seus subprodutos prejudica o meio ambiente por meio da combustão;
É o tipo de combustível fóssil que mais polui o meio ambiente;
É uma fonte de energia não renovávelque pode se esgotar no decorrer dos anos;
Pelo fato de ser um combustível fóssil que inflama, o seu armazenamento deve ser realizado com o máximo de cuidado para evitar explosões;
Quando o carvão mineral é queimado no processo de combustão, emite gases poluentesna atmosfera, contribuindo para o agravamento do efeito estufa;
Tanto a extração quanto a utilização provocam impactos ambientais.
Extração de carvão
A extração ou mineração do carvão pode ser subterrânea ou a céu aberto. Isso varia de acordo com a profundidade em que o carvão é encontrado.
Quando a camada que recobre o minério é estreita, ou o solo não é apropriado (areia ou cascalho), a exploração tende a ser feita a céu aberto. Se o mineral está em camadas profundas, é necessário a construção de túneis.
(Fonte: Todo Estudo, 2022)
A mineração a céu aberto é a forma predominante de extração do minério no Brasil, e também mais produtiva do que a subterrânea.
O que não corresponde à realidade internacional, na qual prevalece a exploração por mineração subterrânea, equivalendo a 60% da extração mundial de carvão.
A drenagem ácida da mina e a produção de rejeitos são impactos ambientais negativos comuns aos dois tipos de extração.
Conclusão
Carvão Mineral é um combustível fóssilque existe em maior abundância no planeta Terra. Estimativas dão conta de que existam reservas para durar aproximadamente uns 200 anos de livre consumo humano.
O uso do carvão mineral é de grande importância para a economia mundial, uma vez que sua utilização corresponde à boa parte da produção de eletricidade.
De certa maneira, estudamos nesta postagem sobre a importância e os diferentes tipos de carvão e a vantagens e desvantagens do seu uso.
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Recursos naturais são os elementos da natureza com utilidade para a sociedade com o objetivo de desenvolver a comunidade, e garantir a sua sobrevivência. Neste artigo vamos abordar tudo que você precisa saber sobre recursos naturais, de sua importância aos diferentes tipos.
Vamos lá?
Recursos naturais são todos os elementos disponíveis na natureza que podem ser consumidos ou utilizados para a realização de outras atividades humanas, como a geração de energia. Eles podem ser renováveis ou não renováveis e são divididos em biológicos, minerais, hídricos e energéticos.
Indispensáveis para a manutenção da vida, os recursos naturais são responsáveis por suprir grande parte das necessidades do ser humano.
Por isso, muito se debate sobre a preservação dessas fontes com o intuito de garantir o desenvolvimento sustentável.
O que é Recursos Naturais?
Podemos definir os recursos naturais como qualquerelemento da natureza que ainda não tenha sido transformado pela ação humana, sendo vitais para a sobrevivência dos organismos vivos do planeta, como os animais e os humanos.
Eles suprem a necessidade dos seres vivos, o que os torna extremamente importantes à manutenção da vida. Os recursos naturais são assim chamados quando analisamos a relação homem-natureza. Isso ocorre devido aouso da natureza pelos humanos para a transformação do espaço em que vivemos.
(Fonte: FRAGMAQ, 2016)
Uma árvore se torna um recurso natural quando a utilizamos para comer (frutos), construir abrigo (madeira) ou mesmo para nos aquecer (madeira e folhas).
Para que haja essa transformação, utilizamos esses recursos, que são encontrados em todos os cantos do globo, variando quanto à quantidade, localização geográfica, clima, relevo, entre outros fatores geográficos.
Importância dos Recursos Naturais
O homem sempre está, mesmo que indiretamente, consumindo os recursos do planeta, tanto para seu conforto quanto para sua sobrevivência.
Os recursos naturais ainda são muito abundantes, porém, não mais como antigamente. Como estão sendo usados em alta escala e nem sempre do devido modo, existe a incerteza para o futuro. Tais recursos são muito importantes para a sobrevivência do homem e de outros seres vivos.
A água, por exemplo, é um recurso que, talvez por ser ainda abundante, as pessoas não tenham dado o devido valor e estão desperdiçando milhões de litros todos os dias.
(Fonte: Todo Estudo, 2021)
O que muitos não sabem é que apenas 1% de toda a água do mundo é apropriada para beber. O uso racional da água é muito importante tanto para o consumo do homem quanto para todos os outros seres vivos.
Outro recurso abusado pelo homem é nossa flora, que tem sido devastada. As plantas e árvores são responsáveis por pelo menos metade do oxigênio produzido no planeta.
Classificação de recursos naturais
Os recursos naturais são classificados de acordo com a sua capacidade e/ou tempo que levam para se recompor, divididos entre renováveis e não renováveis.
Recursos naturais renováveis
Os recursos renováveis são os bens que não se acabam, pois sempre serão produzidos pela natureza, ou seja, por mais que sejam utilizados pelo homem, eles não se esgotam.
Portanto, os recursos renováveis são caracterizados por possuírem uma alta capacidade de recuperação.
São exemplos de recursos renováveis: luz do sol (energia solar), vento e ar (energia eólica) e os mares e os rios (energia hidrelétrica).
Recursos naturais não renováveis
Os recursos não renováveis são os quepodem acabar ou diminuir muito, caso não sejam usados com moderação, de forma consciente. São alguns exemplos: água, vegetação, florestas, minerais, pedras preciosas, gás natural, energia nuclear e petróleo.
Um recurso não renovável, depois que é utilizado, não é devolvido a sua origem na natureza e não possui capacidade de manutenção.
É justamente por este motivo que estes recursos são chamados de não renováveis, pois eles vão deixando de existir à medida que são usados.
Tipos de Recursos Naturais
A natureza, com sua diversidade, carrega uma grande variedade de elementos. Dessa forma, os recursos naturais podem ser oriundos de diferentes fontes. Confira a seguir os seus principais tipos:
Recursos biológicos
Os recursos biológicos também são traduzidos como recursos de origem animal e vegetal. Eles auxiliam na nossa alimentação, vestuário, locomoção, fornecimento de remédios para a indústria farmacêutica e muitas outras ações.
Recursos minerais
Os recursos minerais são todos os minérios, rochas e pedras preciosas, sendo caracterizados como materiais inorgânicos presentes na crosta terrestre e associados a grande valor econômico.
A exploração desses minérios, como o ferro e o cobre, serve para fabricação de uma extensa gama de bens, incluindo eletrodomésticos, jóias, carros e, até mesmo, aviões.
Os recursos minerais metálicos com maior volume são o alumínio, ferro, zinco, cobre, chumbo, prata, platina e ouro, por exemplo.
Recursos hídricos
São os mais abundantes na superfície do planeta. Envolvem os oceanos, mares, rios, lagos, lagoas e aquíferos, sendo utilizados nas mais variadas atividades, como transporte, produção de energia e irrigação.
Recursos energéticos
Os recursos energéticos são quaisquer recursos naturais capazes de fornecer energia, por exemplo, os elementos radioativos utilizados nas usinas nucleares e os combustíveis fósseis – como o petróleo, gás natural e o carvão.
No entanto, a inevitável escassez desses recursos energéticos não renováveis, e sobretudo a poluição que eles causam, levam os principais países do mundo a apostarem cada vez mais em recursos energéticos renováveis, principalmente a energia solar e eólica.
Os aero geradores, que produzem energia por meio da força dos ventos, são utilizados nos grandes parques eólicos encontrados em terra ou sobre a superfície de oceanos.
Recursos naturais no Brasil
O Brasil é um país privilegiado em relação à disponibilidade de recursos naturais. O tamanho continental associado a climas quentes (tropical e equatorial, por exemplo) e uma grande variedade de biomas(Floresta Amazônica, Cerrado, Mata Atlântica) colocam nosso país como umgrande detentor de riquezas naturais.
Temos um dos maiores litorais do mundo e, aproximadamente, 12% da água doce disponível para consumo em estado líquido, um verdadeiro privilégio hídrico.
As bacias hidrográficas do Amazonas, São Francisco e Paraná cobrem cerca de 70% do território nacional.
Toda essa disponibilidade hídrica nos faz ter a maior usina hidrelétrica das Américas e a segunda maior do mundo, a Usina de Itaipu, no estado do Paraná.
Além desse poderio energético, as águas brasileiras tornam o Brasil um grande produtor de commodities, sendo liderança agrícola mundial em alguns produtos, como soja, laranja, cana-de-açúcar, entre outros.
Os recursos naturais existentes no Brasil são essenciais não só para os brasileiros, mas para outros países, pois exportamos imensas quantidades de alimento para diversos locais no mundo.
A escassez de recursos naturais
As causas das agressões ao meio ambiente são de ordem política, econômica e cultural, pois, a sociedade ainda não absorveu a importância do meio ambiente para sua sobrevivência, embora seja completamente dependente deste.
Dessa forma, a sociedade tem usado os recursos naturais de modo negligente priorizando o lucro em detrimento das questões ambientais.
Entretanto, essa ganância tem um custo alto, já visível nos problemas causados pela poluição do ar e da água e no número de doenças derivadas desses fatores.
Práticas para um uso sustentável dos recursos naturais
Redução do consumo
Todos os dias, o consumidor é persuadido a fazer compras por impulso. Equipamentos de última geração, acessórios da moda, alimentos industrializados e coloridos, seja o que for, são muitos os atrativos que levam a compras motivadas pela emoção, e não pela necessidade.
Essas compras sem necessidade se refletem em um impacto muito negativo aos recursos naturais. Basta pensar em toda a linha de produção por qual o produto passou até chegar às suas mãos e quanta matéria-prima foi necessária.
Redução do desperdício
O descarte incorreto e o excesso de resíduos gerados pelas pessoas são grandes vilões do meio ambiente. Como vimos, o crescimento no padrão do consumo ao longo das décadas tornou a capacidade de o planeta gerar recursos simplesmente insustentável.
Mesmo levando em consideração o aumento da população mundial, a intensidade no consumo não tem ocorrido em ritmo proporcional.
E isso leva a grandes problemas no outro lado da cadeia de consumo: o desperdício e o descarte incorreto do lixo. Nesse sentido, a solução é simples, mas desafiadora: reduzir o desperdício por meio do consumo consciente.
Valorização de práticas sustentáveis nas empresas
As práticas sustentáveis podem melhorar a imagem da sua empresa, pois buscam diminuir os impactos ambientais das suas atividades, reduzir os custos de produção e do produto final.
As práticas possibilitam a recuperação de matérias primas, o aproveitamento dos resíduos em seu processo de fabricação ou até mesmo a comercialização deles para terceiros.
Adotar práticas sustentáveis não é só uma decisão de proteger o meio ambiente. É uma estratégia dos empreendedores que viram que a cada dia aumenta o número de consumidores conscientes que optam por produtos que garantem a sustentabilidade.
Conclusão
Os recursos naturais são elementos essenciais à existência do ser humano e à manutenção da vida. Admitindo os meios de produção e consumo da sociedade contemporânea, os recursos naturais ganham ainda mais importância em nosso dia a dia.
Com isso é preciso entendermos o que é um recurso natural é termos a plena noção do quanto eles são importantes para nossas vidas.
Assim, tendo essa consciência, a educação ambiental deixará de ser apenas uma matéria e a colocaremos em prática todos os dias, modificando hábitos e ajudando diretamente para o bem estar de todos.
Quanto você sabe sobre o uso da biomassa como fonte energética? Esse é um tema que vem ganhando importância no cenário mundial, diante das preocupações para tornar a matriz energética mais sustentável. Preparamos esse artigo onde vamos falar tudo sobre os tipos de biomassa.
Acompanhe!
(Fonte: Uol, 2021)
A Biomassa é cada vez mais utilizada no Brasil, este é um fato. Isso se deve à sua eficiência energética, à sua disponibilidade e também ao seu aspecto sustentável, tanto por suas emissões inferiores de carbono, quanto por ser renovável
Atualmente, é impossível não perceber uma mudança na matriz energética no mundo. Sai o uso do petróleo e entram as fontes renováveis.
O Brasil, país rico em água e sol, é beneficiado neste cenário, pois tem as condições climáticas ideais para a produção de biomassa de lenha replantada. Com isso é indispensável ter um conhecimento sobre o tema. Vamos lá?
O que é Biomassa?
Biomassa é uma fonte de energia renovável que utiliza meios orgânicos, como vegetais diversos, para a produção energética.
O seu funcionamento está atrelado ao emprego de várias técnicas de produção energética, com destaque para a pirólise, a gaseificação, a combustão e a co-combustão.
(Fonte: Cogecom, 2020)
Com base na biomassa, são feitos diversos subprodutos, como óleos vegetais e biocombustíveis. As tipos de biomassa são provenientes de materiais orgânicos, que vão desde pequenos vegetais até resíduos diversos.
Quais Vantagens e Desvantagens
A biomassa tem como grande vantagem o fato de que é uma fonte renovável de energia, ou seja, emprega elementos naturais orgânicos com capacidade de regeneração.
Sendo assim, ela produz impactos ambientais em menor escala do que as fontes de energia tradicionais, como as fósseis.
Ainda, a biomassa é uma fonte energética que possui baixo custo de produção e grande disponibilidade material, já que é amplamente presente no espaço natural.
Desvantagens
E sendo um recurso natural renovável, a biomassa não está isenta de desvantagens para o meio natural e humano. Desse modo, destaca-se a elevada produção de gases tóxicos e materiais particulados emitidos pelas usinas de biomassa.
Esses elementos, além de acentuarem a poluição atmosférica, ainda contribuem diretamente para a ocorrência de fenômenos ambientais danosos, como o efeito estufa e a chuva ácida.
Ademais, grande parte das fontes de biomassa é adquirida do meio natural, seja por meio de plantações, seja por meio de extrações de espécies vegetais.
Sendo assim, a produção dessas fontes potencializa impactos ambientais negativos do meio, como a remoção da vegetação nativa e a ocorrência de queimadas.
A quais processos ela pode ser submetida?
Uma usina de biomassa funciona de forma parecida com as termelétricas, convertendo o calor da queima dos materiais orgânicos em energia. Esse processo de queima pode ser realizado de quatro maneiras:
Combustão
Essa é a forma mais convencional de produzir energia de biomassa: através da queima em altas temperaturas e na presença abundante de oxigênio. O vapor produzido por essa combustão é direcionado para mover turbinas e, assim, produzir eletricidade.
Pirólise
Nesse caso, a queima da biomassa também acontece em altas temperaturas, mas sem oxigênio, para acelerar o processo de decomposição.
Os produtos obtidos por meio desse processo podem ser líquidos (como o bio-óleo) ou sólidos (como o carvão vegetal) e também podem ser queimados para produzir calor e eletricidade.
Gasificação
Assim como na pirólise, a biomassa é queimada na ausência de oxigênio, mas seu produto final é um gás inflamável chamado de syngas, ou gás de síntese.
Esse biocombustível é uma mistura de hidrogênio e monóxido de carbono de alta combustão e também pode ser usado para produzir energia.
Co-combustão
Essa técnica utiliza a biomassa para substituir parte do carvão mineral usado para produzir energia. Suas principais vantagens são a redução da emissão de poluentes e do nível de poluição nos solose nas águas e a diminuição dos desperdícios.
Categorias das fontes de energia para a biomassa
Os diferentes tipos de biomassa podem ser classificados conforme sua origem, estando assim divididos:
Biomassa florestal: derivados de florestas, sejam elas plantadas (florestas energéticas) ou resultado do desmatamento. Sua principal fonte de energia é a lenha;
Biomassa agrícola: consideradas como resíduos da agricultura, com as produções de soja, arroz, cana-de-açúcar, milhoe outros;
Resíduos urbanos e industriais: Podem ser sólidos ou líquidos, sendo geralmente encontradas nos aterros sanitários, onde inclusive os gases derivados da combustão podem ser utilizados.
Vale lembrar ainda que cada matéria-prima utilizada para obtenção de energia de biomassa possui características próprias, com variação na quantidade energética e nas formas de extração desta energia
Os diferentes tipos de biomassa
Agora que você reconhece a importância do tema, chega o momento de conhecer um resumo sobre os principais tipos de biomassa no Brasil.
Como perceberá, boa parte dos exemplos são resultantes das operações no agronegócio que é o maior produtor desses resíduos.
Pellets de madeira
Correspondem a um combustível sólido de granulado de resíduos de madeira prensada, proveniente de desperdício do material, sendo considerado um combustível eficiente e bastante limpo.
Durante sua transformação, a umidade é toda retirada, favorecendo a queima do material. Sua energia calorífica é de quase 5 MWh por tonelada.
Eucalipto
O eucaliptochega a produzir 25 toneladas de biomassa por hectarepor ano, sendo uma importante fonte combustível dentro do setor carvoeiro.
Possibilita também a cogeração de energia elétrica, uma vez que é um produto energético renovável. Sua composição é também mais favorável para a produção de energia quando comparado ao bagaço de cana de açúcar.
Outro benefício é que o eucalipto tem o potencial de brotar outras duas vezes depois de cortado, em um ciclo que dura 15 anos, possibilitando boa produção de biomassa.
Casca de Coco Verde
O Brasil possui cerca de 280 mil hectares cultivados com coqueiro, distribuídos, praticamente, em quase todo o território nacional, com produção equivalente a dois bilhões de frutos.
Suas cascas, comumente jogadas no lixo, podem representar uma importante fonte de biomassa quando passam por trituradores e se transformar em briquetes, possibilitando substituir a lenha no processo de combustão, com grande poder calorifico na geração de energia.
Casca de Arroz
Ao invés de serem queimadas (poluindo o meio ambiente), as palhas e cascas de arroz têm sido usadas para gerar energia em usinas, essencialmente no sul do país. O resíduo é transformado em partículas de 1mm e adicionado ao carvão.
Devido à sua rápida combustão, ao grande poder calorífico e à grande disponibilidade desse material, a casca de arroz também se tornou uma ótima opção de energia de biomassa para as cerâmicas.
Ouriço da Sapucaia (Ouriço da Castanha)
Pode ser utilizado na geração de energia, tanto na forma in natura quanto de subproduto. A biomassa de ouriço tem potencial para ser aproveitado como lenha nas usinas térmicas, caldeiras, olarias e nas indústrias siderúrgicas na fabricação de aço verde.
A grande vantagem para utilização deste produto é a sua elevada densidade energética, além de ser ecologicamente correto, uma vez que não há necessidade de plantar e depois cortar, como acontece com outras espécies.
Bagaço de cana
Esse é o exemplo mais emblemático quando falamos de biomassa no país. A cana é o principal elemento na produção do bioetanol.
Inclusive, o Brasil é uma referência global no manuseio e transformação dessa biomassa que, apesar de não ser a mais eficiente, entrega resultados bastante promissores.
Biogás
O biogás é outra forma de aproveitamento da biomassa, é uma fonte barata e abundante de energia. Pode ser obtido de resíduos agrícolas, ou mesmo de excrementos de animais e dos homens.
A formação do biogás acontece, basicamente, durante a decomposição da matéria viva por bactérias microscópicas.
(Fonte: Casacor, 2020)
Durante este processo, as bactérias retiram da biomassa parte das substâncias de que necessitam para continuarem vivas, e lançam na atmosfera gases e calor. Este é o biogás.
O biogás pode ser utilizado no funcionamento de motores, geradores, moto picadeiras, resfriadores de leite, aquecedor de água, geladeira, fogão, lampião, lança-chamas.
Conclusão
A Biomassa é cada vez mais utilizada no Brasil, este é um fato. Isso se deve à sua eficiência energética, à sua disponibilidade e também ao seu aspecto sustentável, tanto por suas emissões inferiores de carbono, quanto por ser renovável.
Neste artigo abordamos sobre a importância dos tipos de biomassa para o meio socioeconômico e os seus diferentes tipos. Gostou de saber mais sobre o assunto? Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo.
A madeira de eucalipto tem ganhado cada vez mais espaço no mercado brasileiro. Por isso preparamos esse artigo, para mostrar quais utilidades tem com a madeira de eucalipto, se quer saber mais sobre esse assunto prossiga com a leitura.
Vamos lá?
O Brasil possui uma flora riquíssima em espécies distribuídas em vários grupos. Entre as árvores encontramos também uma grande diversidade de espécies nativas, que são aproveitadas para a extração de madeira desde a época colonial.
Entretanto, apesar de possuirmos diversas opções de madeira com cores variadas e características singulares, as espécies exóticas também se mostram uma opção interessante para a extração de madeira, assim como o eucalipto.
Extração de Madeira do eucalipto
Existem diversas espécies que podem ser exploradas para a extração da madeira com o intuito de se fabricar portas, janelas, utensílios, móveis, pisos e outros produtos diversos.
Entre as espécies de madeira utilizadas para esse fim encontramos o eucalipto, muito explorado para construção civil e também em outros setores, ele se mostra uma alternativa ecologicamente correta e sustentável para a extração de madeira.
A madeira extraída do eucalipto é caracterizada pela sua durabilidade e também sua alta densidade, o que a torna resistente a impactos.
Também possui excelente propriedade mecânica e como possui uma tonalidade clara é perfeitamente conciliável com qualquer decoração que se deseja fazer.
Vantagens do Uso da Madeira de Eucalipto
Os maiores desafios da indústria da madeira passam pela expansão dos mercados para as “madeiras ambientalmente corretas” e a globalização, com a necessidade de aumento na produtividade e padrões de qualidade cada vez mais altos.
Esse cenário abriu espaço para o aumento na exploração da madeira de reflorestamento, como o eucalipto. São várias as razões para que o eucalipto possa ser indicado como a alternativa de oferta de madeira.
(Fonte: MR Minuto Rural, 2021)
O gênero tem ocupado um lugar preferencial na escolha de espécies para o estabelecimento de florestas plantadas em nosso País. Esse tipo de árvore cresce rápido e é resistente às pragas.
Na indústria é muito utilizado para a produção de mourões de cerca, esticadores, esteios para rancho, quiosques, pergolados, vigas, tábuas e caibros. Também permite produção de painéis e estruturas para a construção de moradias, comércio, escolas, hospitais e hotéis.
Espécies que dão origem a essa madeira
As principais espécies que dão origem a essa madeira são: Eucalyptus grandis e Eucalyptus citriodora. A espécie grandis é a mais comum, dando origem a uma madeira de tonalidade mais clara. Já a citriodora é mais pesada, resistente e possui coloração mais escura.
Eucalyptus grandis
Eucalyptus grandis é uma espécie do gênero Eucalyptus, base para a indústria de celulosee papel do Brasil. A madeira do eucalipto grandis é de coloração castanha avermelhada clara, textura fina e grã direita, com gosto e cheiro indistintos, sua madeira é de pouca resistência e de limitada duração.
(Fonte: Potencial Florestal, 2021)
No Brasil existem plantações nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. Naturalmente ocorre na Nigéria, Zimbábue, Malavi, África do sul, Quênia, Congo, Zaire e Nova Zelândia.
Características da madeira proveniente da Eucalyptus grandis:
Cerne castanho-rosado-claro;
Alburno bege-rosado;
Pouco brilho;
Sem gosto nem cheiro;
Macia ao corte;
Baixa densidade;
Textura fina a média;
Durabilidade moderada aos cupins e fungos apodrecedores;
Madeira usada na construção civil pesada externa e na leve interna, utilizada ainda na fabricação de mobiliário de utilidade geral, laminados e compensados, embalagens e paletes.
Eucalyptus citriodora
O eucalipto citriodora tratado faz com que ela traga bastante benefícios em seu uso, garantindo maior durabilidade e qualidade.
A madeira de eucalipto citriodora tratado pode ser utilizada para fabricar diversos tipos de móveis, postes, armações; podendo ser utilizada na área rural, de construção civil ou na produção de chapas, papel e celulose, resinas, tintas, alcatrão e muito mais. Esse tipo de madeira protege o solo, conserva a fauna e a flora e traz bastante produtividade em outras funções.
Como é feito esse tratamento e quais são os seus benefícios?
A madeira de eucalipto citriodora tratado satura esse material com diversas substâncias, que fazem como que a madeira fique bastante resistente a agentes externos, como umidade, cupins e diversos outros elementos que podem deteriorá-la.
A química utilizada para esse procedimento consiste em cobre, arsênio e cobre, onde cada um atua em diferentes funções.
Todo o processo da madeira de eucalipto citriodora tratado é realizado na autoclave, que consiste em um cilindro feito de aço, que possui a responsabilidade de sustentar altas pressões.
Esse procedimento é bastante simples e deve ser realizado por profissionais de alta capacidade no segmento, garantindo excelência em seus resultados. Esse material fornece uma infinidade de matéria-prima nas indústrias, sendo uma ótima alternativa para o ramo de produtos florestais no geral.
Eucalipto Tratado
Eucalipto tratado ou autoclavado é a madeira de eucalipto que passa pelo processo de tratamento que irá garantir maior durabilidade e resistência ao sol, chuva, umidade e ataque de fungos, insetos, brocas, e principalmente cupins.
A principal praga é o cupim. O processo de tratamento pode ser feito de duas maneiras: manual ou com a autoclave.
Vantagens do eucalipto tratado
Sabemos que não só o preço do eucalipto tratado que importa. É fundamental sabermos mais informações sobre ele, principalmente as vantagens que temos ao escolher esse tipo de madeira. Alguns benefícios são:
Madeira seca e limpa
Madeira livre de odores e de óleo
Não afeta os outros componentes utilizados em suas aplicações
Madeira tratada com qualidade
Durabilidade e resistência similares as madeiras nobres
Excelente relação custo x benefício
Opção construtiva sustentável
Permite conforto e beleza.
Usos Da Madeira
Essa madeira possibilita diferentes aplicações, especialmente na construção civil. Confira seus principais usos:
Construção civil
Leve interna / estrutural: ripas e partes secundárias de estruturas;
Leve interna / utilidade geral: cordões, guarnições, rodapés e forros.
Uso temporário em obras: andaimes e pontaletes.
Assoalhos
Parquetes;
Tacos;
Tábuas.
Móveis
Mobiliário estândar;
Móveis decorativos;
Partes internas de móveis.
Outras aplicações
Embalagens;
Lâminas decorativas;
Chapas compensadas.
Conclusão
Como já falamos, o eucalipto é cultivada para os mais diversos fins, tais como papel, celulose, lenha, carvão, aglomerado, serraria, óleos essenciais para indústrias farmacêuticas, produção de mel, ornamentação e quebra-vento, entre outros.
Para utilização como madeira, seu uso é útil para muitas aplicações. Isso devido à sua resistência, durabilidade, qualidade e variabilidade na cor, densidade, forma, dureza, dentre outros.
A madeira serrada é utilizada para confecção de pisos, fabricação de moveis, dentre outros. Na indústria, é utilizado como fonte de celulose, sendo Brasil, o segundo maior produtor mundial.
As citocininas (CKs), são compostos hormonais que são sintetizadas majoritariamente em meristemas apicais radiculares e transportadas via xilema para a parte aérea.
Esse hormônio tem papel fundamental no controle das etapas da divisão celular nos tecidos vegetais e na quebra de dormência de gemas axilares.
Quer aprofundar mais sobre esse assunto?
Então sigamos na leitura desse post.
O que são as citocininas?
Citocininas são hormônios vegetais responsáveis pela divisão celular, desse modo, pelo seu desenvolvimento como um todo.
Esses hormônios são produzidos nos meristemas das raízes, folhas e frutos jovens, além de sementesem desenvolvimento.
O transporte de citocinina para as diversas partes do vegetal é feito principalmente pelo xilema (raíz – parte área) e seu retranslocamento é realizado via floema.
Sendo responsável por outros processos fisiológicos de desenvolvimento: dominância apical, mobilização de nutrientes, senescência foliar, a formação e a atividade dos meristemas apicais caulinares, desenvolvimento floral, quebra de dormência em gemas e germinação de sementes, aumento da longevidade de tecidos e órgãos.
Na divisão celular e desenvolvimento vegetal, as células recém-formadas normalmente se expandem e se diferenciam para assumir sua função (transporte, sustentação, armazenamento, fotossíntese, etc.)
Quase todos os tipos de células vegetais que conservam o núcleo na maturidade apresentam a capacidade de se dividirem.
Essa propriedade entra em funcionamento durante certos processos, como a cicatrização de lesões e abscisão foliar.
Células vegetais diferenciadas podem retomar a divisão, mas sempre com sinal hormonal.
Embora tenham sido descobertas como fatores da divisão celular, as citocininas podem estimular ou inibir uma variedade de processos fisiológicos, bioquímicos e de desenvolvimento das plantas.
Funções das citocininas nas plantas
As citocininas modificam a dominância apical e promovem o crescimento de gemas laterais.
Fisiologicamente, a formação de ramos é regulada por uma complexa interação de hormônios.
Citocininas, auxinas, e outros fatores interagem no controle da dominância apical.
As citocininas são responsáveis pela formação de ramos, sendo sintetizadas na própria gema.
O desenvolvimento dos brotos laterais são promovidos pela excisão do meristema apical.
Dominância apical é o controle que a gema apical exerce sobre as gemas laterais, inibindo o seu crescimento. Seus principais aspectos são:
Inibição completa ou parcial das gemas laterais pelo ápice;
Supressão de ramos por outro dominante;
Influência do ápice no desenvolvimento e posicionamento de folhas, ramos laterais e outros órgãos;
Influência do ápice no transporte de nutrientes e na diferenciação celular no eixo caulinar ou radicular.
Hormônios envolvidos na dominância apical
Vamos ver a seguir como os dois hormônios: as auxinase citocininas agem no processo de dominância apical.
As auxinas agem na manutenção da dominância apical,sendo transportada de forma polar, a partir da gema apical suprime o crescimento das gemas axilares.
Já as citocininas agem na quebra da dominância apical, estimula a atividade de divisão celular e o brotamento quando aplicada diretamente às gemas axilares de diversas espécies.
Desse modo, mutantes que super expressam citocinina tendem a ser densamente ramificados.
As citocininas regulam o crescimento de caules e raízes e sua aplicação inibe o processo de alongamento de caules e de raízes (interação com a auxina).
Plantas com superprodução de citocininas exibem determinadas características:
Os meristemas apicais das partes aéreas apresentam mais folhas;
As folhas possuem altos níveis de clorofila e são muito mais verdes;
A senescência foliar é retardada;
A dominância apical é muito reduzida;
As plantas com superprodução de citocinina são atrofiadas, com entrenós muito curtos;
O enraizamento de estacas caulinares, assim como a taxa de crescimento da raiz;
Caules adventícios podem ser formados a partir das nervuras foliares e pecíolos não lesionados.
As citocininas envolvidas no atraso da senescência podem ser transportadas para as folhas a partir das raízes através do xilema, juntamente com a corrente transpiratória.
Níveis de citocinina são diretamente proporcionais aos níveis de nutrientes aos quais as plantas estão expostas.
Por exemplo, a aplicação de nitrato em plantas de milho deficientes em nitrogênio, promove um rápido aumento nos níveis de citocinina nas raízes, que são mobilizadas para a parte aérea via xilema.
A citocinina também responde à aplicação de fosfato e sulfato.
Regulação hormonal da germinação
Nas sementes estão presentes toda a energia e recursos necessários para o crescimento inicial do embrião até a formação das raízes e folhas primárias.
Após esse período as plantas recém emergidas tornam-se autotróficas e dependentes da energia e dos recursos existentes no ambiente para dar continuidade ao seu crescimento e desenvolvimento.
A partir da em bebição do tegumento, há ativação metabólica do embrião, para que o ácido abscísico(que mantém a semente dormente) seja degradado.
Concomitante aumento dos níveis de giberelina promovem a germinação, pela ativação de enzimas responsáveis pela quebra de açúcares complexos em açúcares simples, que nutrirão a plântula.
Neste momento, ocorre uma ação coordenada e conjunta de outros dois hormônios, giberelina e auxina.
A citocinina na divisão celular, que juntamente à giberelina promoverá o alongamento do hipocótilo, e a auxina, que junto à giberelina, promoverá a protusão e o desenvolvimento da raiz primária.
Balanço Hormonal
Vimos neste post a importância dos hormônios no desenvolvimento das plantas.
Estes hormônios como é o caso das auxinas e citocininas interagem em muitos processos.
Como por exemplo, divisão celular, dominância apical, senescênciade folhas entre outros.
Na dominância apical as auxinas inibem a síntese de citocininasnas gemas laterais.
A expansão dos cotilédones estimulada pela citocinina está associada ao aumento na extensibilidade mecânica da parede celular.
Vale ressaltar que nem a auxina nem a giberelina promovem a expansão de cotilédones.
A condição nutricional da planta regula os níveis de citocinina e, por sua vez a razão relativa entre citocinina e auxina determina a taxa de crescimento relativo de raízes e de partes aéreas.
Níveis altos de citocinina promovem o crescimento da parte aérea, de modo oposto, níveis altos de auxina promovem o crescimento de raíz.
Portanto, em níveis nutricionais baixos, os níveis de citocinina são reduzidos, resultando em estimulação do crescimento de raíz, permitindo que a planta possa adquirir ou buscar de forma mais eficiente os nutrientes limitantes presentes no solo.
Dessa forma, solos com ótimas condições nutricionais devem favorecer níveis altos de crescimento da parte aérea, devido ao aumento dos níveis de citocinina, maximizando assim, a capacidade fotossintética.
Todos esses fatores, hormonais e nutricionais como citados, são muitas vezes passados desapercebidos, mas que tem fundamental importância no desenvolvimento vegetal.
Por isso a importância do conhecimento e entendimento desses ciclos, para melhor produtividade e lucratividade das lavouras.
Neste post vamos falar tudo que você precisa saber sobre o hormônio auxinas. Para um bom crescimento e desenvolvimento vegetal, não basta apenas água, luz e nutrientes em quantidades suficientes para a planta, é preciso que ela apresente equilíbrio hormonal para que possa alcançar todos os seus estádios de desenvolvimento sem prejudicar nenhuma fase.
Venha Comigo!
A auxina é um hormônio vegetal produzido pelas células meristemáticas e está relacionado a diversos efeitos fisiológicos.
Charles Darwin observou em seus estudos a ação do fototropismo em alpiste e anos depois, outros pesquisadores confirmaram que o crescimento da curvatura do caule vegetal era influenciado por alguma substância química.
Até que em 1926, Fritz Went descobriu a auxina, a substância responsável por promover o alongamento do coleótipo.
O que é Auxina?
A auxina é um importante hormônio vegetal que atua regulando o crescimento e desenvolvimento da planta. É produzida em folhas jovens e primórdios foliares, sendo também encontrada em sementes, flores e frutos.
Sua movimentação dentro da planta é lenta e ocorre normalmente nas células parenquimáticas associadas aos vasos condutores.
Seu tip o mais comum é o AIA (ácido indol-3-acético). Esse fitormônio atua inibindo o crescimento das gemas laterais e promovendo a dominância apical.
Características da auxina
Listamos algumas das características desse hormônio:
seu transporte é polarizado, ou seja, ocorre da extremidade do caule para a raiz;
há uma diminuição da concentração de auxinas durante o trajeto do hormônio pela planta;
a maior concentração está no caule. Na raiz, ela é bem mais baixa;
o transporte é feito pelo parênquima;
sua produção é feita no ápice dos caules, nas folhas jovens e nas sementes;
há uma dominância apical nesse hormônio.
Efeitos da auxina nas plantas
Os efeitos dos hormônios vegetais dependem da sua concentração e local de atuação. Então, listamos os principais efeitos controlados pela auxina, veja a seguir:
Fototropismo
O fototropismo é um movimento de curvatura que a planta realiza em resposta à luz. Observa-se o crescimento do vegetal em resposta a um estímulo, que nesse caso é uma fonte luminosa.
A importância desse crescimento está no fato de que a luz é fundamental para vários processos realizados pela planta, como a realização da fotossíntese e afloração.
Quando uma fonte luminosa surge de maneira unilateral, iluminando apenas um lado do caule de uma planta, acontece a migração da auxina para o lado não iluminado.
Nesse local, a auxina atua para levar ao alongamento das células. Com o alongamento celular mais rápido no lado não iluminado e, consequentemente, um crescimento diferencial, observa-se a curvatura da planta. A redistribuição da auxina é mediada por um fotorreceptor.
O fototropismo pode ser negativo ou positivo. Quando falamos em fototropismo positivo, estamos referindo-nos ao crescimento em direção à fonte luminosa. Ofototropismo negativo é o crescimento no sentido contrário à fonte luminosa.
Dominância apical
As auxinas atuam nos genes das células vegetais, estimulando a síntese de enzimas que promovem o amolecimento da parede celular, possibilitando a distensão das células.
A forma do corpo de muitas plantas, principalmente as do grupo perene é definida pela ação hormonal. A gema apical, que atua no crescimento longitudinal do caule, produz auxina na superfície para inibie as gemas laterais, deixando-as dormentes.
Eliminando-se a gema apical, o crescimento passará a ser promovido pelas gemas laterais ativadas pela ausência de auxina. O vegetal apresentará, então, forma copada: pouca altura e mais galhos.
Geotropismo
Geotropismo, também conhecido como gravitropismo, é definido como a resposta da planta em relação à gravidade. O nome vem de “geo”, que significa “terra” e “tropismo”, movimento da planta desencadeado por um estímulo externo.Essa resposta pode ser positiva ou negativa
O geotropismo é causado pela distribuição desigual do hormônio vegetal auxina. Quando a planta está posicionada horizontalmente, o caule recebe concentrações mais elevadas de auxina, favorecendo o crescimento do caule e inibindo o desenvolvimento da raiz.
Consequentemente, a porção inferior do caule cresce mais rapidamente, no sentido oposto à direção da força da gravidade. Assim, dizemos que o caule apresenta geotropismo negativo, enquanto as raízes apresentam geotropismo positivo.
Esse processo é essencial e crítico durante os primeiros estágios da germinação, ocorrendo porque as raízes são mais sensíveis à auxina do que os caules.
Desenvolvimento de fruto
Na natureza, é comum o desenvolvimento de ovários sem que tenha havido a formação das sementes. É o caso da banana. A auxina existe na parede do ovário e também nos tubos polínicos é que garante o crescimento do fruto.
Artificialmente, é possível produzir frutos partenocárpicos por meio da aplicação de auxinas diretamente nos ovários, retirando-se previamente os estames para evitar polinização. Isso é feito para se obter uvas, melancias, e tomates sem sementes.
Divisão Celular
As auxinas estimulam a proliferação da grande maioria de tipos de células.
Abscisão
A folha jovem tem a capacidade de sintetizar níveis de auxinas relativamente altos; durante a senescência, a síntese deauxinasno limbo foliar diminui consideravelmente, o que promove o rompimento do pecíolo na camada de abscisão.
Durante a senescência, ao mesmo tempo que diminui o fluxo de auxinas no pecíolo, ocorre um aumento na produção de etileno na região de abscisão. A queda no nível de auxinas aparentemente torna as células da região de abscisão mais sensíveis à ação do etileno.
O etileno também inibe o transporte de auxinas no pecíolo e provoca a síntese e o transporte de enzimas que atuam na parede celular (celulases) e na lamela média (pectinases).
A dissolução parcial ou total da parede celular e da lamela média torna a região de abscisão enfraquecida, do ponto de vista mecânico. Basta neste momento um vento moderado para causar a quebra do feixe vascular e completar a separação da folha do restante da planta.
Conclusão
Portanto, compreendemos que esse hormônio é um importante para o vegetal que atua regulando o crescimento e desenvolvimento da planta. É produzida em folhas jovens e primórdios foliares, sendo também encontrada em sementes, flores e frutos.
A auxina atua de diversas formas sobre as plantas. O efeito das auxinas depende da sua concentração e do local onde atua como citado acima.
Espero que esse artigo tenha ajudado entender um pouco mais sobre esses efeitos sobre o vegetal. Gostou de saber mais sobre o assunto? Deixe seu comentário