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Pulgão branco: saiba tudo sobre essa praga!

Pulgão branco: saiba tudo sobre essa praga!

Você já se deparou com algum pulgão branco em plantações? Se sim, deve saber o quanto esse inseto pode ser prejudicial às plantas. Com isso preparamos esse artigo para quer você conheça a fundo sobre essa praga e como lidar com ela em sua plantação!

Acompanhe!

 

Pulgão branco: saiba tudo sobre essa praga!

 

O pulgão ou afídeo é um pequeno inseto que mede até 3 mm. De tonalidade que varia entre amarelo-claro, verde, marrom e preto, ele é considerado uma praga agrícola. Atualmente, existem mais de 1,5 mil exemplares da espécie, que ataca diferentes tipos de cultura.

Pertencente à família Aphididae, pulgão tem grande facilidade em se multiplicar quando expostos a altas temperaturas e baixa precipitação.

A praga prejudica as culturas por meio da sucção de seiva, mas também por causa da inoculação de toxinas e transmissão de viroses, fazendo assim com que as espécies não se desenvolvam.

Existem diferentes tipos de pulgão, sendo eles:

  • O Pulgão branco
  • O Pulgão verde
  • Também tem o Pulgão do algodoeiro
  • O Pulgão do milho
  • E o Pulgão da espiga

Hoje vamos falar um pouquinho sobre o pulgão branco, afinal é de extrema importância termos o conhecimento da praga que lidamos no campo. Vamos lá!

 

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O que é pulgão branco?

Pulgão branco é uma espécie de inseto que ataca os ramos e galhos de plantas lenhosas, de frutos e ornamentais. Embora seja comumente chamado de pulgão branco, seu nome científico é Icerya purchasi e ele é um tipo de cochonilha, a cochonilha australiana.

Apesar do seu nome e seus sintomas serem parecidos com os da infestação de pulgão preto, esses insetos são de espécies diferentes.

Os pulgões brancos adultos têm forma oval, são de cor roxa-alaranjada e apresentam manchas escuras no dorso.

Esses insetos medem cerca de 1 mm na fase larval e 10 mm na fase adulta. De fato, quando a cochonilha australiana ainda é uma larva, ela é mais avermelhada, com patas e antenas compridas e negras.

Além disso, o pulgão branco infesta as plantas principalmente nos períodos de seca. As árvores que são mais atacadas por essa praga são as figueiras, as acácias, os crisântemos, a amoreira silvestre, as videiras, os gerânios, o alecrim, as roseiras, os loureiros, as palmeiras, as sálvias e muitas outras plantas ornamentais.

 

Reprodução e desenvolvimento

Os pulgões brancos são insetos hermafroditas e ovíparos. Quando atingem a fase adulta, eles ficam cobertos por uma secreção cerosa e geram uma bolsa com nervuras para depositar os ovos. O saco formado é branco e tem cerca de 16 sulcos longitudinais. Ele serve para proteger e abrigar os quase mil ovos gerados pelo inseto.

Depois de os ovos eclodirem, as larvas ficam por dois dias no saco ovígero. Em seguida, elas se deslocam sobre a planta e ficam por 30 dias se alimentando nas nervuras medianas ou nos seus ramos. Logo após esse período de crescimento, a larva do pulgão branco se desloca para o pecíolo e folhas jovens, ficando ali para se alimentar por mais 20 dias.

Por fim, ao chegar na fase adulta, a cochonilha australiana se fixa na parte lenhosa do tronco para continuar se alimentando e iniciar um novo ciclo de postura. Depois que as larvas nascem, o pulgão branco morre agarrado ao órgão parasitado.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Infestação de pulgão branco em plantas

A infestação de pulgão branco em plantas é que eles se alimentam da sua seiva, o que causa enfraquecimento e envenenamento. Assim, as árvores atacadas podem ficar deformadas, crescer menos, parar de dar fruto e ficar com as folhas amareladas.

Além disso, a secreção que o pulgão branco deposita na planta favorece o aparecimento de fungos, como a fumagina. Esse fungo cobre as folhas de negro e dificulta a respiração da planta por meio da fotossíntese. Em resultado, a planta fica extremamente debilitada e pode morrer.

 

Danos causados

O pulgão branco pode reduzir significativamente a produção quando se encontra nas áreas de produção ainda no início do desenvolvimento reprodutivo das plantas.

Por exemplo, na soja, essa redução pode chegar a 40%. Em plantas que estão se reproduzindo, a fumagina pode diminuir a fecundação, reduzir a liberação do pólen e provocar falhas na granação.

No caso do milho, as espigas podem ficar estéreis; isso acontece porque o pulgão se reproduz muito rápido e, consequentemente, atinge grandes populações.

Além disso, esses insetos injetam toxinas nos tecidos vegetais, que provocam a queda precoce das folhas. Essas toxinas favorecem a entrada de fungos que causam fumagina nas plantas e reduzem o processo de fotossíntese, respiração e transpiração.

A fumagina pode se desenvolver em substâncias de secreção de outros insetos, como a cochonilha e a mosca-branca. Os danos causados pelo pulgão branco nas culturas agrícolas costumam ser:

  • amarelecimento (devido à redução dos nutrientes, retirados pelos pulgões na sucção da seiva);
  • encarquilhamento (que deixam os tecidos retorcidos e reduzem o seu tamanho);
  • distorção das folhas;
  • nanismo dos brotos;
  • fumagina;
  • toxinas;
  • dificuldade de crescimento das plantas;
  • transmissão de vírus.

 

Prevenção e combate do pulgão branco

Para manter o pulgão branco longe das plantações, é importante considerar alguns pontos importantes para obter sucesso na eliminação do inseto:

  • as condições ideais do solo;
  • as necessidades da cultura para eliminar o inseto;
  • a tecnologia de aplicação dos inseticidas;
  • a qualidade dos produtos aplicados nas plantações.

 

Combate

Caso a praga já tenha invadido sua plantação não se desespere, iremos abordar algumas opções para o controle do mesmo.

 

Controle biológico

Melhor forma de eliminar o pulgão branco em plantas é através do controle biológico. Nesse caso, são utilizados inimigos naturais da praga restabelecer o controle ecológico na plantação e diminuir a população da cochinilha australiana.

O inimigo natural do pulgão branco é a joaninha, pois tanto na fase larval como na adulta, ela se alimenta de pulgões. Contudo, para que o controle biológico seja eficaz, é preciso primeiro combater a infestação de formigas. Já que elas ajudam a espécie e a se espalhar e lhe confere proteção.

De fato, são necessárias somente 50 larvas de joaninha para combater a praga em até 30 árvores. Todavia, em condições normais, o inimigo natural do pulgão branco já existe na natureza e não é preciso introduzi-lo.

 

Inseticida

A aplicação de inseticidas deve ser feita somente em casos extremos, quando a praga já está amplamente distribuída e o número de predadores naturais está diminuído. Entretanto, a pulverização só pode ser feita quando os insetos estão na fase adulta e instalados na brotação.

Nesses casos, é recomendado usar o mesmo produto químico recomendado para minadores de folhas e outros tipos de cochinilha. Além disso, é importante mencionar que aplicar um inseticida de largo espectro pode eliminar também a população de insetos auxiliares importantes para o equilibro biológico.

 

Óleos Naturais

Outra opção para controlar e eliminar a infestação de pulgão branco é através da pulverização de óleos naturais no inverno, pois eles criam um ambiente desfavorável para a postura de ovos. Além disso, pode ser aplicado Neem ou Piretrina como repelentes.

 

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Conclusão

Como vimos Existem diversas formas para combater o pulgão branco. No qual ajudam na interferência do crescimento populacional dos pulgões. Além disso, saiba que o combate é variado, porém, esse processo depende bastante do monitoramento da plantação, para descobrir a gravidade do problema.

Gostou do conteúdo? Esperamos que sim! Procuramos trazer as melhores informações para ajudar a manter sua lavoura livre de problemas.

Escrito por Michelly Moraes. 

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Pulgão: saiba o que é e como combatê-lo!

Pulgão: saiba o que é e como combatê-lo!

O que é o pulgão? Existe cerca de 1,5 mil espécie de pulgões que atacam as mais diversas espécies de plantas cultivadas. O problema é que, se não for tratada precocemente, pode colocar seriamente em risco a sua produção agrícola. Neste post vamos abordar o que é os pulgões e como combatê-los.

Venha Comigo!

 

Pulgão


 

O que é pulgão?

Pertencentes à família Aphidoidea, popularmente conhecidos como pulgões ou afídeos são pequenos insetos, possuem no máximo 5 mm de comprimento e multiplicam-se com facilidade em condições de temperaturas alta, baixa precipitação.

São principalmente afetados pelas condições nutricionais da planta infestada. Os pulgões em geral acabam prejudicando o desenvolvimento da planta. Isso ocorre devido à sucção de grande quantidade de seiva.

Além do retardamento do crescimento da planta, ao sugar a seiva ocasionam danos como o engruvinhamento das folhas.

Grande parte das espécies de pulgões excretam substância ‘melada’ (açucarada e pegajosa) que favorece o desenvolvimento de fumagina. Entretanto, não podemos esquecer que os pulgões também são vetores de vírus para as culturas.

 

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Pulgões na colheita

Durante a primavera e o verão, os pulgões são geralmente as maiores preocupações dos produtores agrícolasDos danos que esses insetos podem gerar nas plantações, podemos destacar os seguintes:

  • Eles sugam os nutrientes das plantas, então afetam o desenvolvimento delas, o que pode gerar deformações e fazê-las murchar.
  • Eliminam uma secreção grudenta como um subproduto de sua digestão, deixando as folhas e os frutos pegajosos. Como resultado, a sujeira se acumula nas plantas, além de diminuir seu valor comercial.
  • Eles podem eliminar substâncias tóxicas em sua saliva, o que leva à deformações nas folhas.
  • Alguns afídeos são vetores do chamado vírus do mosaico do pepino (CMV).

 

Características morfológicas

Uma característica muito particular desta família é que seus indivíduos podem ser muito diferentes em termos estéticos.  Ou seja, as várias espécies de afídeos apresentam características morfológicas muito variadas.

Em geral, os pulgões são caracterizados por seu tamanho diminuto. Uma vez que atingem apenas alguns milímetros de comprimento na fase adulta.

 

Características morfológicas do pulgão

 

Seu corpo é macio e geralmente tem um formato ovoide, sem distinção visível entre a cabeça, o abdômen e o tórax. Dependendo da espécie, quatro a seis antenas segmentadas e três ocelos podem ser identificados.

Nos indivíduos alados, observamos dois pares de asas membranosas e transparentes. As asas dianteiras são muito maiores que as asas traseiras, apresentam uma borda espessa. E, geralmente, alguma mancha ou estigma.

 

Ciclo biológico desses insetos

Os pulgões e produzem-se por partenogênese telítoca, em que cada fêmea dá origem a 2 – 4 ninfas/dia um total de 46 – 48 ninfas, que se desenvolvem mediante sucessivas mudas.

O ciclo biológico completo do pulgão é o seguinte: o período ninfa varia de 5 a 6 dias, durante o qual são verificados 4 instares. Os períodos reprodutivos e pós-reprodutivos variam respectivamente, de 15 – 23 dias e 3 a 4 dias.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Ataque dos pulgões

Os pulgões iniciam seu ataque em reboleiras, a partir da colonização de alados migrantes. E, posteriormente se dispersam por toda lavoura.

As folhas atacadas ficam mais escuras e brilhantes, e adquirem formas arredondadas, com os bordos virados para baixo, em forma de campânulas (encarquilha mento de folhas).

Os ponteiros atrofiam e as plantas apresentam desenvolvimento reduzido e crescimento retardado (enfezamento da cultura).

 

Pulgões: diferentes tipos e forma de controle

Os diversos insetos que englobam a família dos pulgões são divididos de acordo com seu hábito alimentar: os que se alimentam de plantas da mesma família são chamados de monófagos e os que se alimentam de plantas de diferentes famílias são chamados de polífagos.

São classificados por subtipo, sendo que cada um tem certa predileção por determinadas culturas:

 

Pulgão algodoeiro

O pulgão do algodoeiroAphis gossypii, é um inseto de tamanho pequeno, medindo cerca de 1,3 mm de comprimento e de coloração variável do amarelo-claro ao verde escuro. Entre os adultos predomina a cor verde escura. Vivem sob as folhas e brotos novos das plantas sugando a seiva.

A capacidade de reprodução desses insetos é enorme e processa-se por partenogênese, isto é, sem a participação do macho. Nas populações de pulgões ocorrem formas aladas e ápteras.

À medida que a população começa a crescer de maneira muito intensa, levando à falta de alimento, aparecem as formas aladas, que voam para outras plantas, para iniciarem novas colônias.

Os danos ocasionados é o carquilha mento das folhas e deformação dos brotos, prejudicando seriamente o seu desenvolvimento, uma vez que a planta torna-se sensivelmente depauperada. A forma de controle é fazer uso de inseticidas sistêmicos específicos.

 

 

Pulgão do milho

O pulgão do milho ataca as partes jovens da planta, como o cartucho e as gemas florais, mas pode atacar o pendão também.

O principal dano causado por esta praga estão relacionados à transmissão do vírus do mosaico, que pode ocorrer com qualquer densidade de população. Principalmente quando as formas aladas estão presentes, já que transmissão do vírus se dá por via mecânica, através da picada de prova.

Quanto aos danos as populações do inseto ficam sobre as folhas, quando em altas densidades, provocando murchamento das mesmas em época de seca, em virtude da intensa atividade de sucção.

Quando ocorre a infecção da planta pela transmissão do vírus, estas apresentam sintomas no limbo foliar na forma de um mosaico de cor verde claro sobre um fundo verde escuro.

A forma de controle seria tratamentos de sementes, o uso de métodos culturas e a eliminação de hospedeiros nativos do pulgão que sejam compatíveis para o vírus (poáceas de forma geral) são medidas eficientes.

 

Pulgão da espiga

Os pulgões são insetos pequenos (1,5 a 3,0 mm), de corpo mole e piriforme, com antenas longas. O aparelho bucal é do tipo picador-sugador e o desenvolvimento paurometabólico. São altamente prolíficos e reproduzem-se por viviparidade e partenogênese telítoca. Vivem sobre a planta em colônias formadas por adultos (fêmeas) alados e ápteros e por ninfas de diferentes tamanhos.

O pulgão-da-espiga, embora possa ocorrer em baixa densidade no afilamento, aparece em maior número nas folhas, junto com o pulgão-da-folha, preferindo se instalar nas espigas.

Os danos dos pulgões podem ser ocasionados diretamente, através da sucção da seiva e de suas consequências no rendimento de grãos, como diminuição de tamanho, número e peso de grãos.

Um dos principais danos indiretos é a transmissão de um agente fito patogênico que reduz o potencial de produção do trigo, o Vírus do Nanismo Amarelo da Cevada (VNAC). O controle pode ser:

  • Biológico: efetuado por patógenos, como Enthomophthora sp. É recomendada a utilização de técnica que favoreça a ação dos predadores Eriopis connexa Cycloneda sanguinea e também dos parasitóides Aphidius sp, Praon sp e Ephedrus sp;
  • Químico: fazer uso de inseticidas registrado para as culturas, seletivos aos inimigos naturais.

 

Pulgão verde

Pulgão verde (Aphis spiraecola) ocorre, principalmente, no início da fase vegetativa e em plantas jovens. O inseto alimenta-se da seiva e injeta substâncias tóxicas que diminuem o crescimento das árvores.

 

pulgão verde

 

Danos diretos na cultura por se alimentar da seiva, prejudicam o crescimento da planta, deformação de tecidos, necroses principalmente ao longo das nervuras e folhas encarquilhadas.

Danos indiretos podem ocorrer devido à transmissão de viroses. Como por exemplo o mosaico da cenoura (Carrot mosaic virus – CtMV), causando redução da produtividade das plantas infectadas.

Quanto ao controle existem vários inimigos naturais predominando o parasitóide Aphidius sp. e os predadores Cycloneda sanguineaPseudodoros sp. e Alegrapta sp., que proporcionam bom controle deste pulgão.

 

Manejo e controle de pulgões

O desafio do agronegócio brasileiro está na difusão de métodos sustentáveis para o manejo de pragas, trazendo para o dia-a-dia do produtor as inovações tecnológicas. E, assim, manter as cadeias produtivas competitivas no mercado.

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é um conjunto de boas práticas agrícolas que implica no monitoramento da população de insetos e combina métodos e estratégias de controle como cultural, biológico, físico, legislativo, mecânico e químico, visando evitar o dano econômico.

A visita semanal à lavoura para reconhecer e monitorar a quantidade de pragas, em cada parte da planta, permite decidir sobre o controle no momento correto. Evitando danos, perdas e prejuízos na produção.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Neste artigo abordamos sobre o pulgão e os danos que ele pode ocasionar em sua cultura. Além disso, abordamos medidas de manejo que podem te auxiliar no combate ao pulgão na sua cultura.

Pronto para acabar com o pulgão na lavoura? Tente identificar quais são as áreas e os tipos de cultivo afetado. Além de qual subtipo de pulgão está presente na sua plantação. Em caso de dúvidas chame um especialista da área.

Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Escrito por Michelly Moraes.

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Doenças causam erradicação de lavouras de mamão no Norte do ES

Doenças causam erradicação de lavouras de mamão no Norte do ES

Doenças causam erradicação de lavouras de mamão no Norte do ES (Foto: Raphael Verly/ TV Gazeta)

Pés de mamão em propriedades no Norte do Espírito Santo tiveram que ser erradicadas por causa das doenças mosaico e meleira. Elas são causadas por um inseto e prejudicam a venda da fruta para o mercado externo.

Para evitar que o problema se espalhe para outros pés, o Ministério da Agricultura recomenda fiscalizações frequentes nas lavouras.

O produtor que não seguir as orientações do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) pode pagar multa que varia de acordo com o número de lavouras e as dimensões da área de produção, podendo chegar a R$ 50 milhões. No Norte do estado, Linhares e Jaguaré foram os municípios com o maior número de plantas doentes.

“Eu tinha 5 mil pés de mamão aqui, com expectativa boa de produção. Aos poucos, com essa doença, eu tive que vir retalhando, cortando, por conta do controle que tinha que ser feito. É um prejuízo imenso, porque isso faz parte do meu salário e, praticamente, foi cortado”, falou o produtor rural Edmar Pretti.

Em outra propriedade, o mamoeiro ainda está de pé, mas o prejuízo começou a se aproximar. “A gente tem outras lavouras de mamão. Então, a gente não quer passar dessa para outras. Assim, estamos fazendo o trabalho de erradicação”, disse o produtor Gilson Barros.

As duas doenças são quase imperceptíveis e podem causar problemas para quem já fez a derrubada e para outros produtores.

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“O mosaico apresenta anéis nos frutos, como se fossem círculos. São sintomas bem característicos da doença e bem avançados. Há estrias compridas e oleosas na parte que liga a planta à folha. Na folha, ele forma um verde mais intenso com uma parte mais amarelada. Já a meleira começa com o látex mais aquoso. À medida que o sistema avança, ele tende a secar e nem sair mais látex ao picar a fruta”, detalhou o engenheiro agrônomo do Idaf Jacildo Ruy.

As doenças não afetam o sabor da fruta, mas alteram o desenvolvimento e a estética do mamão, o que atrapalha a venda. O mercado externo rejeita a fruta desse jeito.

“São pragas que não existem no território americano. Então, para conseguirmos vender nosso produto lá, precisamos fazer esse controle internamente”, explicou o diretor-executivo da Brapex, José Roberto Fontes.

Essas doenças são passadas para a árvore por um inseto chamado pulgão, e a única forma de controle é a derrubada do pé infectado.

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“A doença não tem outro controle. É erradicar as plantas que apresentam sintomas, para impedir que a doença se alastre naquela lavoura e nas demais”, disse Ruy.

Por isso, o Idaf, sob orientação do Ministério da Agricultura, tem fiscalizado as propriedades e, se identifica o mosaico, recomenda o corte ao produtor.

“Nós damos um prazo para que o produtor faça a erradicação das plantas doentes. Nós retornamos ao local e, se não tiver feito a eliminação das plantas doentes, a gente parte para o corte compulsório e autuação do proprietário”, falou o engenheiro agrônomo do Idaf Rafael Braga.

Todo o rigor é para evitar que aconteça com o mamão o que aconteceu com o cacau anos atrás, quando praticamente toda lavoura da fruta no estado foi devastada por uma doença típica, a vassoura de bruxa.

“É importante lembrar que o estado de São Paulo, que era um dos maiores produtores de mamão, inviabilizou a cultura, justamente, por não controlar a virose lá”, destacou Fontes.

No entanto, se um pé estiver condenado, não significa que os outros também estejam. Numa fazenda, com meio milhão de pés, o controle é feito com frequência.

“Semanalmente, o controle é feito. Nós temos profissionais treinados, que passam nas lavouras duas vezes por semana, identificando os sintomas bem iniciais da virose, cortando e eliminando essas plantas das lavouras”, afirmou o diretor agrícola Geraldo Ferreguetti.

Por Kaio Henrique, TV Gazeta