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Laboratório de solo: veja 4 principias análises!

Laboratório de solo: veja 4 principias análises!

O laboratório de solo é de grande importância na agricultura. Sendo o recurso mais importante e confiável para o conhecimento do estado nutricional e o grau de fertilidade em que se encontra determinada área.

No laboratório é que são feitas as análises do solo, uma vez, que esse é o meio utilizado para avaliar essas características com maior exatidão.

Quer saber mais? Então, venha comigo!

 

Laboratório de solo: veja 4 principias análises!

 

O que é o solo?

O termo “solo” refere-se ao material exterior e solto da superfície da terra. Uma camada distintamente diferente da rocha matriz.

Assim, o solo pode ser conceituado de diversas maneiras.

Para a agricultura, o solo é a região que suporta a vida das plantas e da qual elas obtêm seu suporte mecânico e muitos de seus nutrientes.

Quimicamente, o solo contém uma grande variedade de substâncias orgânicas as quais não são encontradas nas camadas inferiores.

Para o microbiologista, o solo é um ambiente considerado único por vários motivos:

  1. Contém um vasto número de bactérias, actinomicetos, fungos, algas e protozoários;
  2. É um dos mais dinâmicos sítios de interações biológicas na natureza;
  3. É a região em que ocorre muitas das reações bioquímicas devido à decomposição da matéria orgânica, intemperismo das rochas e com a nutrição das culturas agronômicas.

 

 

Descrição geral do solo

O solo é composto de cinco componentes maiores: matéria mineral, água, ar, matéria orgânica e organismos vivos.

A quantidade desses constituintes não é a mesma em todos os solos, pode variar com a localidade. Em uma mesma localidade, a quantidade de matéria mineral e orgânica é relativamente fixa. Mas a proporção de água e ar é variável.

Água e ar, juntos, representam aproximadamente a metade do volume do solo. O volume assim ocupado representa o espaço poroso do solo.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

A fração mineral, contribuindo, em geral, com pouco menos de 50% do volume. Origina-se da desintegração e decomposição da rocha matriz. Matéria orgânica usualmente contribui com 3 a 6% do total.

A porção viva do solo, incluindo vários pequenos animais e microorganismos, constituem com menos de 1% do volume total, mas sendo essencial para a produção das culturas e para a fertilidade do solo.

A porção inorgânica do solo tem influência sobre os microorganismos devido à disponibilidade de nutrientes, aeração e retenção de água.

Na fração mineral se acham partículas de variadas medidas, as quais são reunidas de acordo com os seus tamanhos. Em agrupamentos denominados frações do solo.

As partículas individuais diferem entre si não só por suas dimensões, mas também pela superfície exposta por unidade de massa que é muito maior nas argilas. Por toda essa complexidade, que se faz de suma importância a realização da análise de solo em laboratórios de solos especializados.

Dessa forma, o agricultor terá em mãos resultados que o dará maior precisão e segurança na tomada de decisão.

 

Como fazer a análise de solo?

A calagem e adubação, procedimentos esses estratégicos para o plantio. Deve ser realizados com muita cautela, apenas quando realmente for necessário.

Nesse sentido, algumas etapas anteriores devem ser executadas até a aplicação efetiva que qualquer produto no solo.

Vejamos quais etapas são essas:

 

Amostragem do solo:

A coleta de amostras para análise de solo deve ser representativa de toda a área.

Para isso, dentro de cada gleba deve-se realizar a extração de amostras simples. Através de um caminhamento em zig-zag.

As amostras simples devem ter o mesmo volume de solo e coletadas na mesma profundidade. Posteriormente homogeneizadas para a formação de uma amostra composta.

 

Amostragem de solo

 

Encaminhamento para o laboratório de solo:

Após a homogeneização e formação das amostras compostas, essas devem ser embaladas com sacos plásticos para evitar contaminação e identificadas corretamente.

A identificação das amostras devem conter os seguintes dados: data, local de coleta e responsável e encaminhada para o laboratório de solo de confiança.

 

Quais análises são feitas em um laboratório de solo?

laboratório de solo é destinado prioritariamente para dar suporte às pesquisas nas áreas de ciência do solo.

São elas:a fertilização do solo, poluição do solo, manejo e conservação de solos e água. Além de contribuir nas áreas de gestão ambiental, manejo florestal, entre outras.

Os valores dessas análises variam de região e claro da complexidade de cada análise requerida pelo agricultor ou responsável técnico pela amostragem do solo.

 

Plataforma Agropós

 

Abaixo vamos destacar as principais análises feitas em um laboratório de solos:

  • Química do solo: é o tipo de verificação que é feita quando é necessário que sejam avaliados todos os macronutrientes e os micronutrientes do solo. Ou seja, o dimensionamento é em cima de todo nutriente que a planta necessita em abundância (macronutrientes) e também os que são necessários em doses menores (micronutrientes).
  • Física do solo: outro tipo de verificação é a análise física, em que você tem entendimento sobre qual a porcentagem de argila, silte e areia de cada parte da área analisada.
  • Matéria orgânica: é feita essa análise para avaliar os compostos de origem vegetal, animal e microbiana. Ela influencia nas propriedades químicas e principalmente, físicas nos solos. 
  • Microbiológica: essa análise é feita a partir dos organismos que vivem nesse ambiente.

Seu foco principal é na atividade metabólica e o papel da microbiota no fluxo de energia e na ciclagem de nutrientes associados à produtividade primária.

Além disso, essa análise preocupa-se também com os impactos ambientais. Tanto positivos quanto negativos, dos organismos do solo e dos processos que mediam.

 

laboratório de solo

 

Como interpretar uma análise de solo

Após feita a realização da análise no laboratório de solo. Cabe ao profissional capacitado interpretá-la para tomar decisões assertivas a respeito da adubação e calagem do solo.

Os principais pontos analisados são: tamanho de partículas (argila, silte e areia), saturação por alumínio (m%), saturação por bases (V%), CTC ou T, acidez do solo (pH), teores nutricionais (matéria orgânica, cálcio, magnésio, potássio, fósforo e alumínio), relação cálcio/magnésio.

Cada região tem suas publicações específicas para a metodologia e interpretação das análises de solo.

Por isso, a importância de um profissional técnico da área que tenha conhecimento prévio para uma interpretação correta dos resultados e possa fazer a correção, se necessário.

Escrito por Juliana Medina.

Estresse hídrico do milho prejudica absorção de nutrientes

Estresse hídrico do milho prejudica absorção de nutrientes

A chuva, e a falta dela, é um dos desafios a serem enfrentados pelos produtores rurais no Brasil que, devido à dimensão continental, enfrenta grande variação climática. “Esse fenômeno causa o chamado estresse hídrico e impacta diretamente a produtividade de lavouras, como a de milho, uma das principais culturas agrícolas do país, “explica o técnico de desenvolvimento de mercado para grandes culturas da Brandt do Brasil, Pedro Afonso.

“Uma das maiores preocupações é com a qualidade do plantio de milho diante das condições naturais adversas”, aponta o especialista da Brandt do Brasil. “A falta de água, além de inviabilizar o plantio, pode, no período vegetativo, resultar na redução da absorção de nutrientes culminando em plantas debilitadas, susceptíveis a pragas e doenças, apresentando baixo potencial produtivo e má qualidade de grãos”, informa Pedro Afonso.

De acordo com o técnico da Brandt, quando a planta para de absorver elementos essenciais, força o consumo dos nutrientes armazenados internamente para se manter. “Consequentemente, as altas temperaturas ligadas à falta de chuva aceleram esse processo, pois, como forma de defesa da planta, os estômatos são fechados para preservação de sua temperatura interna e controle da transpiração, resultando em produção final deficiente”, afirma Pedro Afonso.

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Apesar de a estimativa de produtividade de grãos ser elevada constantemente – a atual expectativa do governo é de um aumento nas safras de milho em mais de 22% em relação ao ano passado –, eventual falta de chuvas contribuirá para que os agricultores não atinjam a máxima produtividade. “Por isso, é preciso estar sempre atento às melhores formas de driblar esse problema de forma sustentável, garantindo a qualidade dos produtos”, reforça o técnico da Brandt do Brasil.

Como lidar com o estresse hídrico – “Como na construção de uma casa, a base deve suportar toda a estrutura. Na agricultura, não é diferente. Para ter bons resultados, os produtores precisam começar com práticas agrícolas e manejos que melhorem as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Com isso um dos ganhos diretos, será a maior capacidade de retenção de água desse solo, conferindo maior resistência a períodos de estiagem”, explica Pedro Afonso.

Com o objetivo de auxiliar o produtor de milho a alcançar máxima produtividade mesmo com o fator negativo do estresse hídrico, a Brandt do Brasil oferece soluções exclusivas, como Smart System® e Manni-Plex®. “Esses produtos são formulados por componentes que promovem a mobilidade dos macro e dos micronutrientes pela planta, propiciando nutrição balanceada. Lembrando que plantas bem nutridas desde o início do seu ciclo, estarão mais preparadas para passar por momentos de estresse com menores perdas”, complementa o especialista.

 

Fonte: AgroLink

Bactérias substituem fertilizantes químicos sem causar impacto ambiental

Bactérias substituem fertilizantes químicos sem causar impacto ambiental

Pesquisadores do Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR), do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), estudam bactérias que promovem o crescimento das plantas. Como foram isolados do solo, esses organismos têm potencial para serem usados como fertilizantes sem causar a poluição das águas e alterações prejudiciais ao próprio solo, como pode ocorrer com fertilizantes químicos.

estudo coordenado por Juliana Velasco, pesquisadora do LNBR-CNPEM, foi apresentado durante o Workshop Biopharma and Metabolomics, no dia 26 de junho na FAPESP. O projeto é um dos que são financiados no âmbito de um acordo de cooperação entre a FAPESP e a Agilent Technologies.

Depois de isolar bactérias do solo, a equipe de Velasco começou a identificar os chamados compostos orgânicos voláteis (COVs), produtos decorrentes do metabolismo das bactérias que promovem o crescimento de plantas. “O objetivo agora é investigar e entender como o metabolismo da planta se altera por conta dessas moléculas sinalizadoras”, disse Velasco à Agência FAPESP.

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Na primeira fase do trabalho, foram usadas duas espécies de plantas modelos, a Arabidopsis thaliana e a Setaria viridis. Os pesquisadores selecionaram cepas bacterianas que mais contribuíram para o crescimento dessas plantas e agora as testam em arroz, ainda em laboratório.

“A princípio, a substituição total de fertilizantes químicos é impossível. Mas com certeza podemos diminuir consideravelmente o uso deles quando utilizamos produtos biológicos”, disse Velasco.

A meta é desenvolver um bioproduto que possa ser aplicado no solo em forma sólida (como pó) ou líquida, a princípio em culturas como cana-de-açúcar, milho e arroz. Tecnologias semelhantes já são usadas para a fixação de nitrogênio.

Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o texto completo.

 

Fonte: CicloVivo