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Veja o ciclo do café e produção brasileira atual!

Veja o ciclo do café e produção brasileira atual!

Ao longo dos tempos, o café tem desempenhado um importante papel na produção agrícola brasileira.  Entendendo essa importância e como é o ciclo do café. Preparamos esse artigo para abordar tudo sobre esse assunto.

Acompanhe!

 

Veja o ciclo do café e produção brasileira atual!

 

No mundo inteiro, dentro e fora do Brasil, o café é uma bebida extremamente popular. Consumido nos mais variados grãos, acessível aos mais diferentes preços e degustado nas mais diversas formas (com leite, com água, gelado, adoçado, amargo, etc.), esse produto foi o carro chefe da nossa economia por muito tempo.

Entenda o que foi o ciclo do café, como aconteceu. Acompanhe a leitura abaixo e veja a importância e todo o ciclo do café.

 

 

Exportação do café

Você sabe de que forma o café é exportado? A principal forma de exportação é o café em grãos. Em 2019, a exportação do café chegou então a 40,6 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído, segundo relatório consolidado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

O dado representa um recorde histórico das exportações do produto, assim como aumento de 13,9% em relação ao volume total exportado em 2018. A receita com as exportações de café em 2019 alcançou US$ 5,1 bilhões, enquanto o preço médio da saca foi de US$ 125,49.

 

Checklist agrícola

 

O começo da história do café no Brasil

Antes de chegar por aqui, o café tinha sua produção e comercialização controlada pelos árabes, que dominavam o mercado. Aos poucos, a planta foi trazida para a América do Sul por colonizadores europeus, e chegou ao território brasileiro atravessando a fronteira ao norte com a Guiana.

O responsável por trazer e plantar as primeiras mudas foi Francisco Melo Palheta, que era sargento-mor do exército brasileiro.

As expedições militares em busca do café foram determinadas pelo império, que logo percebeu o grande valor comercial que ele detinha. Assim, as primeiras plantações se estabeleceram no estado do Pará, no ano de 1727.

Com o clima e as condições favoráveis ao desenvolvimento da cultura, não demorou para que ela se espalhasse por outras regiões do país.

Por razões estratégicas, as plantações ganharam força no Rio de Janeiro, que contava com portos para facilitar o comércio dos grãos. A partir daí, a região sudeste passou a se destacar por ser o local onde o café melhor se adaptou, sobretudo no sul de Minas Gerais e no Vale do Paraíba, ao leste do território paulista.

Posteriormente, as lavouras avançaram para dentro do estado de São Paulo, ganhando relevância também nas regiões de Campinas e na divisa com o Paraná. Nesse período, a produção era controlada por barões e proprietários de terra, que exploravam mão de obra escrava nas atividades ligadas ao cultivo.

 

A evolução da produção

Conforme a produção aumentava e a demanda externa se intensificava, o café emergia como um dos pilares de economia e do agronegócio brasileiro. Assim, em 1825, teve início o chamado Ciclo do Café, um período que ficou marcado pelo protagonismo da cultura cafeeira por aqui.

Um fator que contribuiu com esse momento foi o período de guerra civil vivido pelo Haiti, país que liderava as exportações do produto no continente. O conflito abriu uma brecha para que o café brasileiro ampliasse sua participação nas negociações internacionais, motivando um aumento expressivo na produção.

A vocação comercial do café trouxe grandes lucros ao Brasil nesse período, o que ajudou a financiar o desenvolvimento da infraestrutura nacional. O negócio em torno do seu cultivo foi responsável pelo surgimento de diversas cidades, especialmente no interior paulista, norte paranaense e sul de Minas.

Para impulsionar esse mercado, o governo desenvolvia políticas públicas que visavam a manutenção da estrutura necessária à produção. Ferrovias foram instaladas para interligar as cidades com maiores produções até o porto de Santos, principal rota de saída da mercadoria.

 

Dados da produção brasileira de café ciclo 2023 e 2024

De acordo com os dados divulgados pela consultoria, os preços do café, no fim de novembro, foram afetados por fatores macroeconômicos. Entre eles, as medidas contra a Covid-19 na China.

Embora o país chinês não seja uma das principais regiões consumidoras de café, as restrições à mobilidade chinesa podem ter um efeito cascata na economia global.

Também há outros fatores fundamentalistas importantes a considerar que impactaram no mercado cafeeiro como os números da safra brasileira ciclo 2023 e 2024.

 

Produção do café arábica

As estimativas de arábica, com um intervalo entre 44,4M e 46,4M scs e um ponto médio em 45,4M.

Os números mostram uma recuperação em relação a 22/23, porém, a safra não é tão grande quanto se esperava inicialmente.

Enquanto muitas áreas estão produzindo novamente após poda, e a ocorrência de duas safras menores gerou menos stress produtivo, a recuperação do clima não foi suficiente para desencadear uma safra recorde.

 

Produção do café conilon

Para o conilon, a produção deve cair no Espírito Santo. A exemplo do que aconteceu com o arábica em 22/23, nem sempre uma florada excelente significa produtividade excelente.

As flores do café secaram em diversas regiões, em vez de continuar o desenvolvimento em chumbinhos.

 

 

Superávit

 Considerando o ponto médio tanto para o arábica quanto para o conilon, e os demais países seguindo sua tendência de produção de 20 anos, esperamos atualmente um pequeno superávit em 23/24, em 3,74M scs. O superávit também eleva ligeiramente a relação estoque/uso total em 23/24, após dois anos de resultados fracos.

Apesar da recuperação da produção, a medida não deve aumentar como no passado devido aos baixos estoques nas origens. Enquanto os destinos continuam relativamente bem abastecidos, as origens viram um esgotamento dos estoques, impactando a métrica global.

O pico aconteceu logo após a safra recorde brasileira em 20/21, sem recuperação após problemas climáticos nas principais origens. Para o restante do ciclo 22/23, esperamos que os estoques continuem em tendência de queda, refletindo o déficit de 2,17M scs.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O café é, historicamente, uma produção bastante importante no Brasil. Essa cultura marcou momentos fundamentais no país, como a chegada de imigrantes e a República do Café com Leite.

Atualmente o país é um dos principais produtores e exportadores do grão no mundo todo, o que abriu espaço para o surgimento dos cafés especiais, produtos que têm ganhado um importante espaço no mercado e que são cada vez mais apreciados por consumidores do mundo todo.

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Escrito por Michelly Moraes.

O que são microrganismos? Veja a importância no solo!

O que são microrganismos? Veja a importância no solo!

O solo é considerado o ecossistema mais biodiverso do planeta, em razão da grande quantidade e diversidade de microrganismos. Estima-se que, em apenas 1 colher de chá de solo, possam existir mais de 50 bilhões de microrganismos. Esses seres podem favorecer, entre outras coisas, a resistência, produtividade e qualidade das culturas agrícolas. Mas o que são microrganismos?

 

O que são microrganismos? Veja a importância no solo!

 

A saúde do solo, essencial para um bom cultivo, depende diretamente da quantidade de microrganismos ali presentes.

É através desses pequenos seres vivos que a terra ganha suas propriedades produtoras, deixando de ser um composto de rocha para se tornar o solo fértil que poderá ser utilizado.

Os microrganismos sempre estiveram presentes e são, em sua maioria, seres que vivem em contato direto com a terra e que, por fazerem daquele ambiente seu habitat.

Acabam influenciando de maneira positiva na qualidade do solo daquele espaço.

 

 

O que são os microrganismos?

Os microrganismos são seres extremamente pequenos! Para se ter ideia, alguns deles possuem uma célula ou nenhuma. Isso mesmo, nenhuma!

Por conta do tamanho, são invisíveis à olho nu e só podem ser vistos com a ajuda do microscópio. São eles: vírus, bactérias, protozoários, fungos e vermes. Que apesar de pequenos são capazes de causar doenças gravíssimas para todos os humanos e demais seres vivos.

Todo ser que vive em nosso planeta possui microrganismos e a gente já te adianta que nem todos os são maléficos para a vida humana. Hoje vamos abordar sobre os microrganismos no solo, vamos lá?

 

Qual é a importância dos microrganismos?

Os microrganismos do solo são uma parte indispensável dos agroecossistemas. Sendo responsáveis por desempenhar diversas funções importantes que vão desde participação na ciclagem de nutrientes à promoção do crescimento das plantas.

Avalia-se que 97% de todos os microrganismos conhecidos sejam benéficos a outros organismos, como as plantas, formando um verdadeiro exército do bem que auxilia o agricultor no manejo das lavouras.

 

Os diferentes tipos de microrganismos no solo

Os microrganismos podem ser divididos entre diversos seres vivos, desde bactérias e fungos, até algas. Cada solo possui suas principais características e a forte presença dos microrganismos, faz com que o uso de produtos químicos seja facilmente dispensável. Uma vez que o equilíbrio do solo é atingido de forma natural.

Dentre os principais grupos de microrganismos do solo, algumas espécies têm se destacado frente ao potencial dos seus benefícios no meio agrícola, como:

  • Bradyrhizobium japonicum;
  • Bacillus amyloliquefaciens;
  • Trichoderma harzianum;
  • Metarhizium anisopliae;
  • Azospirillum brasilense;
  • Paenibacillus ;
  • Bacillus megaterium;
  • Bacillus aryabhattai;
  • Beauveria bassiana;
  • Bacillus subtilis;

 

Benefícios de fungos e bactérias para a lavoura

Embora não sejam vistos, fungos e bactérias sustentam toda a vida que pulsa no solo. Nesse sentido, um solo vivo e saudável é indispensável para uma lavoura produtiva. Com as condições que podem garantir a expressão de todo o potencial do plantel cultivado.

Por essa razão, é tão importante que essa comunidade se mantenha ativa e receba condições de continuar oferecendo os benefícios que as plantas não dispensam. Veja a seguir o que o produtor e a lavoura ganham com o trabalho de fungos e bactérias no solo.

 

Promovem a reciclagem da matéria orgânica

O primeiro aspecto do trabalho de fungos e bactérias no solo é a atuação deles como decompositores. Durante o processo de reciclagem, há uma fase intermediária na qual a matéria orgânica sob ação desses microrganismos se transforma em húmus.

O húmus é o principal responsável pela qualidade de frescor e umidade do solo. Essencial para um bom desenvolvimento do sistema radicular. Além de manter as temperaturas mais amenas, apresenta grande capacidade de retenção de umidade. Evitando que a água do solo se disperse ou evapore.

 

Disponibilizam nutrientes para as plantas

Pela decomposição da matéria orgânica, fungos e bactérias degradam a matéria orgânica até a liberação de seus componentes minerais que constituem os nutrientes indispensáveis às plantas.

 A liberação de minerais representa a fase final do processo de decomposição, isto é, a missão cumprida daqueles microrganismos no processo de reciclagem.

Existem ainda outras formas pelas quais esses grandes parceiros do solo e das plantas facilitam o acesso a nutrientes: são as parcerias tecnicamente denominadas de simbiose.

 

Participam de simbiose com as plantas

Simbioses são relações entre seres vivos do tipo ganha-ganha, isto é, todos saem ganhando com a relação. Uma das simbioses entre bactérias e plantas mais exaustivamente estudadas é a da fixação do nitrogênio do ar: as plantas abrigam as bactérias em suas raízes e recebem nitrogênio em troca.

Embora cerca de 78% do ar seja constituído por nitrogênio, a forma gasosa (N2) em que esse elemento se encontra não é absorvida pelas plantas. O que as bactérias fazem é pegar esse nitrogênio gasoso e transformá-lo em amônia (NH3), forma que a lavoura utiliza e agradece.

 

Funcionam como indicadores da qualidade do solo

A biomassa microbiana (conjunto dos microrganismos do solo) é um dos principais indicadores microbiológicos de qualidade do solo.

Assim, as porções vivas da matéria orgânica do solo (bactérias, fungos e outros microrganismos) são, além de tudo, um importante reserva de nutrientes capazes de se tornarem disponíveis às plantas devido à sua rápida reciclagem.

Como é bastante dinâmica e facilmente influenciada pelas formas de uso e manejo do solo, ou qualquer outro distúrbio ocasionado. Sua avaliação permite qualificar as condições do solo. Por essa razão, constituem excelentes indicadores da qualidade da saúde do solo.

 

Solos no Brasil

 

Recuperar solos degradados

Fungos e bactérias têm eficácia na recuperação de solos degradados. Mesmo em áreas de solo completamente exposto. A presença de fungos e bactérias permite uma revegetação mais acelerada, viabilizando sua recuperação.

A atuação dos microrganismos no solo facilita a disponibilidade de água, nitrogênio e fósforo para as plantas. Trabalhos de fitotecnia e seleção de estirpes permitem definir os melhores microrganismos para cada lavoura.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto, podemos concluir que os microrganismos do solo são essenciais para a nutrição de plantas e devem sempre ser preservados pelo agricultor. Com a escolha adequadas de práticas de manejo dos sistemas agrícolas, usando fertilizantes adequados e que favoreçam a saúde da microbiota do solo.

Em caso de dúvidas, é importante consultar um especialista da área, que irá te orientar de forma segura. Gostou de nosso artigo? Compartilhe e comente!

Escrito por Michelly Moraes.

Conheça as principais micotoxinas!

Conheça as principais micotoxinas!

Micotoxinas são metabólitos secundários tóxicos sintetizados por fungos filamentosos que comumente contaminam alimentos como trigo, milho e outras culturas.  Quer saber tudo sobre esse assunto?

Acompanhe!

 

Conheça as principais micotoxinas!

 

Muitos fungos são comestíveis e utilizados na alimentação humana, como é o caso dos cogumelos (champignon e shitake).

Além disso, podem ser utilizados na fabricação de alimentos, como o queijo e o pão, e de bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja.

 Porém alguns fungos podem ser nocivos para a saúde, eles produzem toxinas perigosas, as chamadas micotoxinas. Continue a leitura!

 

O que são micotoxinas

As micotoxinas são metabólitos tóxicos secundários que os fungos filamentosos produzem. Assim, o crescimento e proliferação dos fungos ocorrem em grãos quando em condições ideais de temperatura, umidade e presença de oxigênio.

Desse modo, a identificação do fungo é de suma importância para o fornecimento de uma orientação para testar possíveis micotoxinas. Entretanto, destaca-se que a presença do fungo nem sempre confirma a presença ou identificação de uma micotoxina.

Essas toxinas são bastante perigosas. Isso por conta do seu poder de se conservar bem nos ambientes ideais. Isso porque a maioria das micotoxinas pode permanecer estável, por anos em alimentos para animais, e muitas sobrevivem a ensilagem e processamento de alimentos.

Ainda, elas podem ser concentradas várias vezes em subprodutos de cereais. E geralmente se concentram três vezes em destiladores ou coprodutos de glúten de milho.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Efeitos das micotoxinas

As micotoxinas podem causar uma variedade de efeitos adversos à saúde e representam riscos à saúde humana e animal. Os efeitos adversos das micotoxinas à saúde variam de intoxicação aguda a efeitos de longo prazo, como deficiência imunológica e câncer.

A aflatoxina B1 é um conhecido carcinógeno e demonstrou ter vários efeitos nocivos. A ocratoxina A foi menos estudada, mas acredita-se que seja um carcinógeno fraco e pode ser prejudicial ao cérebro e aos rins

Em baixas doses, as micotoxinas são neutralizadas pelo fígado e não se acumulam no corpo enquanto a exposição permanece baixa. Já em grandes doses de aflatoxinas podem causar intoxicação aguda (aflatoxicose) e podem ser fatais, geralmente por danos ao fígado. Também há evidências de que elas podem causar câncer de fígado em humanos.

 

Principais micotoxinas

As principais micotoxinas de ocorrência em grãos e subprodutos utilizados na nutrição animal no Brasil são: aflatoxinas, fumonisinas, zearalenona, tricotecenos e ocratoxina.

A Outras micotoxinas, mesmo que ocorram em menor frequência, provocam importantes perdas econômicas quando contaminam os alimentos.

 

Aflatoxinas

As aflatoxinas são produzidas por fungos do gênero Aspergillus e relatadas como hepatotóxicas, mutagênicas, imunossupressoras e neoplásicas.

A depender da quantidade ingerida, frequência de ingestão e idade do indivíduo, podem relacionar-se à cirrose, necrose do fígado, encefalopatia e aumento da susceptibilidade à hepatite B.

 Dentre as aflatoxinas destacam-se as denominadas B1, G1, B2 e G2, especialmente a B1, que tem elevada hepatotoxicidade. A biotransformação das aflatoxinas ocorre principalmente no fígado e diferentes enzimas podem atuar na detoxificação.

 

Fumonisinas

As fumonisinas formam um grupo de micotoxinas produzidas pelo metabolismo secundário de fungos toxígenos dos gêneros Fusarium e Alternaria, sendo as linhagens de F. moniliforme as maiores produtoras. Aproximadamente duas dezenas de fumonisinas são conhecidas, mas somente as fumonisinas B1, B2 e B3 apresentam ocorrência e importância toxicológica reconhecidas.

Ocorrem em diversos cereais, sobretudo no milho, atingindo concentrações que geralmente induzem intoxicações subclínicas em diversas espécies.

A diminuição do ganho de peso geralmente é decorrente de afecções entéricas e hepáticas. Os equinos têm a maior sensibilidade à FB1, apresentando sinais clínicos de afecção nervosa e lesões de leucoencefalomalácia. Os suínos também apresentam alta sensibilidade às fumonisinas.

Os sinais clínicos característicos da fumonisina-toxicose aguda em suínos são evidenciados pela dificuldade respiratória e cianose resultantes de edema pulmonar. As intoxicações crônicas são mais frequentes, havendo diminuição da produtividade do rebanho. Além de produzir lesões características nessas espécies, as afecções hepáticas estão presentes em todos os surtos da fumonisina-toxicose.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Zearalenona

A zearalenona é um metabólito fúngico estrogênico não esteroide. É produzida por várias espécies de fungos do gênero Fusarium, incluindo F. culmorum, F. graminearum e F. crookwellense.

Essas espécies colonizam cereais e tendem a se tornar particularmente importantes durante estações de alta umidade, acompanhadas de temperaturas amenas. É uma micotoxina contaminante natural de diversos cereais, como trigo, cevada, arroz e particularmente o milho, em vários países.

A toxina pode produzir efeitos estrogênicos quando os cereais ou subprodutos contaminados são ingeridos pelos animais. Os suínos possuem a maior sensibilidade entre os animais domésticos, podendo apresentar sinais clínicos de intoxicação a partir de 0,1 mg da toxina/kg de alimento consumido.

 

Ocratoxina

A ocratoxina A é uma micotoxina produzida por algumas espécies de fungos filamentosos pertencentes aos gêneros Aspergillus e Penicillium e é, entre todas as ocratoxinas, a mais tóxica e por isso a mais relevante. Apresenta propriedades carcinogênicas, nefrotóxicas, teratogênicas, imunotóxicas e neurotóxicas. A ocratoxina

A está associada à nefropatia em humanos, podendo haver uma relação entre a exposição a essa toxina e a Nefropatia Endêmica dos Balcãs, uma doença progressiva caracterizada por redução da função renal e frequentemente fatal.

 

Tricotecenos

Tricotecenos são produzidos por fungos dos gêneros Fusarium, Cefalosporium, Myrothecium, Stachybotrys e Trichoderma. Estão divididos em grupo A (toxina T-2, toxina HT-2 e diacetoxyscirpenol) e grupo B (deoxinivalenol – DON ou vomitoxina, 3-acetil-deoxinivalenol, 15-acetil-deoxinivalenol, fusarenon-X e nivalenol). São contaminantes naturais de grãos, sendo produzidos em condições de alta umidade.

DON ocorre com maior frequência, havendo associação a outras micotoxinas de Fusarium (ex. fumonisinas e zearalenona). Monogástricos, como os suínos, são muito sensíveis à ação dos tricotecenos.

 

Como minimizar o risco de exposição às micotoxinas

Para evitar a contaminação por fungos, é importante observar que os que produzem micotoxinas podem crescer em uma variedade de culturas e alimentos diferentes, penetrando profundamente os alimentos e não apenas a casca.

Os fungos não crescem em alimentos devidamente secos e armazenados, portanto, a secagem eficiente e armazenamento adequado são medidas eficazes contra a produção de micotoxinas.

Além disso, para evitar a exposição à alimentos contaminados por micotoxinas, procure inspecionar grãos inteiros (especialmente milho, sorgo, trigo, arroz), figos secos e oleaginosas, como amendoim, pistache, amêndoa, nozes, coco, castanha-do-pará e avelãs, que normalmente são contaminados com aflatoxinas. Descarte qualquer um que parecer mofado, descolorido ou enrugado.

Também é preciso evitar danos aos grãos antes e durante a secagem e no armazenamento, pois os danificados são mais propensos à contaminação por fungos. Outras medidas eficazes incluem:

  • Adquirir grãos e nozes o mais frescos possível;
  • Certificar-se de que os alimentos são armazenados adequadamente mantidos livres de insetos, secos e não muito quentes;
  • Não guardar os alimentos por longos períodos de tempo antes de serem consumidos;
  • Garantir uma dieta diversificada – isso não só ajuda a reduzir a exposição às micotoxinas, mas também melhora a nutrição.
  • Preste atenção na alimentação animal – a comida seca com grãos pode produzir a toxina.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Em resumo, a presença de micotoxinas nos alimentos é danosa tanto a saúde animal quanto à saúde humana.

Por isso, medidas preventivas devem ser tomadas em todo o estágio de plantio, colheita, transporte, estocagem e processamento do produto finalpara garantir a seguridade dos alimentos que serão consumidos.

Agora que você conhece melhor sobre as micotoxinas bem como seus possíveis efeito, esse conhecimento pode te ajudar a encontrar soluções para os problemas.  Nos conte, gostou do conteúdo?

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade

Ácaro vermelho: tudo que precisa sobre essa praga!

Ácaro vermelho: tudo que precisa sobre essa praga!

Os ácaros vêm ganhando importância em algumas regiões do país. Isso exige atenção quanto ao monitoramento e ações de controle para evitar as perdas de produtividade na lavoura. Neste artigo, vamos abordar em específico sobre o acaro vermelho.

Acompanhe!

 

Ácaro vermelho: tudo que precisa sobre essa praga!

 

As pragas são os principais fatores que afetam a produtividade das lavouras. Além de prejudicarem o desenvolvimento das plantas para a fase adulta, muitas vezes elas retiram os nutrientes da cultura, afetando assim a sua qualidade.

Você tem problemas com o ácaro vermelho na sua cultura? Essa praga é uma das que mais causam prejuízos para os cafeicultores. Dessa forma, o manejo feito de forma certa torna-se ainda mais necessário.

Por isso preparamos um conteúdo completo para você ficar por dentro de todas as dicas e informações sobre como combater o ácaro vermelho que aparece em sua cultura.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Afinal, o que é um ácaro?

Morfologicamente, um ácaro não possui divisão no seu corpo.  Então, a sua estrutura maior é chamada de idiossoma e anteriormente a ela, na área menor, há o gnatossoma; nas laterais ficam as pernas.

No gnatossoma, localiza-se a quelícera, característico de ácaros predadores. É através dela que os ácaros capturam as suas presas.

Já nos ácaros fitófagos, que se alimentam de plantas, essa quelícera é modificada em estilete. São os estiletes que auxiliam no momento da sua alimentação, perfurando a epiderme da folha até chegar à célula da planta.

 

Sobre o ácaro-vermelho

O ácaro-vermelho é uma praga que atinge culturas diversas, com maior impacto na cultura de algodão. Os danos são similares aos problemas causados pelo ácaro-rajado (Tetranychus urticae), sendo que ambas as espécies são favorecidas por altas temperaturas e baixa umidade relativa.

Esses artrópodes são visíveis a olho nu e apresentam cor vermelha intensa. Seus ovos são inicialmente amarelos e translúcidos, tornando-se avermelhados e opacos em seguida.

Culturas Afetadas: Algodão, Alho, Amendoim, Cebola, Ervilha, Feijão, Feijão-vagem, Pimenta, Pimenta-do-reino, Pimentão, Quiabo, Tomate. Estes ácaros causam danos a várias espécies de plantas.

 

Ciclo de vida

Entrando mais na questão do ciclo de vida, os ácaros-vermelhos vêm de ovos esféricos, macios e esbranquiçados, com tamanho inferior a 0,1mm. Depois da eclosão do ovo, vem a fase larval, normalmente o seu tamanho é reduzido e conta com uma variação de cor, que vai do incolor ao amarelo.

A fase como ninfa vem logo após a larval. Um fato curioso é que as fêmeas são maiores que os machos, tendo 0,5 mm a 1 mm e 0,3 mm a 0,5 mm respectivamente.

O ciclo de vida fica completo em 14 dias e é favorecido quando as temperaturas estão mais altas e o clima mais seco. Outro ponto que vale destacar é que as fêmeas podem colocar até 70 ovos em sua fase reprodutiva, sendo 3 a cada dia.

 

Danos causados pelo ácaro-vermelho

O ácaro-vermelho é encontrado na face interior das folhas do algodoeiro e outras plantas, iniciando seu ataque pelas mais velhas. A praga tece grande quantidade de teia nos locais onde seus ovos são depositados.

É possível observar a infestação por conta de pequenas manchas avermelhadas entre as nervuras das folhas, que posteriormente causam o total desfolhamento e queda.

 O ataque da praga se dá em reboleiras e os sintomas podem ser verificados nas folhas abertas do ponteiro.

 

Como evitar a praga na cultura?

Diante da facilidade de dispersão do ácaro-vermelho pelas culturas, uma pergunta comumente feita é: como evitar que a praga afete a cultura e prejudique a sua produtividade?

O mais indicado é fazer o manejo integrado, ou seja, utilizar algumas técnicas conjuntamente a fim de evitar que em um curto espaço ela volte a atacar.

O primeiro passo é identificar em quais áreas o ácaro se encontra para poder eliminá-lo. É muito importante realizar o monitoramento da lavoura a fim de identificar os locais onde existe a presença da praga. A partir dessa avaliação, é possível tomar uma decisão mais acertada quanto ao controle.

 

Checklist agrícola

 

Controle do acaro vermelho na cultura do café

O controle deve se iniciar aos primeiros sinais do ataque. Veja alguns danos e controle dessa praga na cultura do café.

 

Ácaro vermelho no café

A ação do ácaro vermelho deixa as folhas do cafeeiro bronzeadas e ressecadas. Os ataques mais severos acabam provocando queda de folhas e assim reduzindo a fotossíntese.  Consequentemente isso diminui a produção.

É mais comum que os ataques ocorram em reboleiras, em casos de danos mais elevados, pode afetar também a produtividade.

Fatores podem favorecer os insetos;

  • Plantios de café mais adensados.
  • Ausência de Predadores naturais.
  • Uso excessivo de inseticidas piretróides.

Também é necessário atentar-se e saber que os ácaros podem se alojar e abrigar em estruturas da própria planta de café, como nas rugosidades do tronco, e permanecer na lavoura por longos períodos.

 

Controle

O controle químico utiliza de defensores agrícolas para tratar de problemas como a própria presença do ácaro vermelho do café.

Porém, é extremamente importante que você preste atenção com os cuidados necessários:

  • Use acaricidas específicos e registrados para a cultura
  • Tome cuidado com inseticidas piretróides

Saiba que a utilização da forma inadequada pode causar problemas ainda maiores e provocar a diminuição dos inimigos naturais, além de elevar a infestação da praga.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como podemos ver neste artigo O ataque do ácaro vermelho tem início em reboleiras, podendo evoluir para toda a lavoura, limitando o crescimento das folhas e causando a desfolha.

O controle deve se iniciar aos primeiros sinais do ataque, neste artigo colocamos como exemplo a cultura de café. Caso tenha dúvidas o ideal e consultar um especialista da área.

Esperamos que tenha curtido o conteúdo e que você tome os cuidados necessários no momento de combater o ácaro vermelho. Até o próximo conteúdo!

Escrito por Michelly Moraes.

 

Pós-graduação Fitossanidade

O maior produtor de soja do mundo!

O maior produtor de soja do mundo!

Você conhece o maior produtor de soja do mundo? Ou, pelo menos, já teve o interesse em saber disso? O fato é: o agronegócio é um dos setores que mais contribuem para o PIB brasileiro, tendo a soja como líder nos negócios. Quer saber mais?

Acompanhe!

 

O maior produtor de soja do mundo!

 

Origem e história da soja

Alguns relatos mais antigos deste grão datam do período compreendido entre 2883 e 2838 A.C. Nesta época, as plantas de soja eram bem diferentes das que conhecemos atualmente: eram rasteiras e cresciam ao longo de cursos de rios.

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

O processo de domesticação iniciou-se na China, a partir de cruzamentos naturais realizados por cientistas. A introdução da soja no ocidente, ocorreu apenas no final do século XV, período que coincide com as grandes navegações.

Durante muitos anos, está planta foi utilizada apenas de forma ornamental. Até que, pesquisadores europeus iniciaram os estudos desta oleaginosa como fonte de nutrientes animal e para a produção de óleo, somente no século XVIII.

No entanto, as suas primeiras tentativas de cultivo em larga escala neste continente falharam. Isso aconteceu devido a fatores como adaptabilidade climática, falta de conhecimento sobre a cultura, dentre outros.

Nos EUA, atual maior produtor mundial, a soja foi introduzida em 1765 por Samuel Bowen. Ele recebeu sementes da China e se referiu à planta como ervilhaca chinesa em vez de soja.

Na década de 1870, a soja aumentou em popularidade entre os agricultores que começaram a plantá-los como forragem para o gado.

As plantas floresceram no clima quente e úmido do verão, característico da Carolina do Norte. Em 1919, foi fundada a “American Soybean Association”.

Na época, os agricultores usavam apenas 20 variedades de soja, porém 10 anos depois, após busca na China, os americanos já possuíam mais de 10.000 variedades.

Foi na década de 1940 que os EUA se consolidaram como grandes produtores dessa oleaginosa, depois da produção na China ter sido suspensa por causa da segunda guerra mundial.

 

Diversidade de uso da soja

No continente asiático, a soja é amplamente consumida nas formas de leite de soja, tofu, (uma coalhada que lembra um pouco o queijo cottage). A soja também é germinada para uso como ingrediente de salada ou como vegetal e pode ser consumida assada como lanche.

O molho de soja, um líquido marrom salgado, é produzido a partir de soja e trigo triturados e fermentados. É um ingrediente onipresente na culinária asiática. Outros alimentos fermentados de soja incluem tempeh, missô e pasta de soja fermentada.

No Ocidente, os dois principais produtos da soja são o óleo extraído da semente e suas proteínas. As sementes de soja contêm 18 a 23% de óleo e 38 a 44% de proteína.

O óleo é convertido em margarina, maionese, gordura e molhos para salada. Deste mesmo óleo vegetal, tem saído mais de 70% da matéria prima para produzir o biodiesel brasileiro.

A proteína de soja é usada principalmente para alimentação animal para a produção de carne de porco, aves, ovos, peixe, carne bovina e leite.

A proteína de soja também é usado na forma de concentrados e isolados de proteínas e proteínas texturizadas para consumo humano.

 

Afinal, por que o país se destaca como maior produtor de soja do mundo?

A resposta para essa pergunta se resume em duas palavras: inovação e tecnologia. Ao longo dos anos, o brasileiro se preocupou em conhecer a fundo as necessidades da planta, compreendendo as condições climáticas e agronômicas ideais para seu cultivo.

Isso, de certa forma, acaba atraindo mais investimento para o setor e rentabilidade para o produtor. O solo brasileiro também foi adaptado para a cultura: não é à toa que o país também lidera em hectares plantados.

A resposta para essa pergunta se resume em duas palavras: inovação e tecnologia. Ao longo dos anos, o brasileiro se preocupou em conhecer a fundo as necessidades da planta. Compreendendo as condições climáticas e agronômicas ideais para seu cultivo.

Isso, de certa forma, acaba atraindo mais investimento para o setor e rentabilidade para o produtor. O solo brasileiro também foi adaptado para a cultura: não é à toa que o país também lidera em hectares plantados.

 

 

Quais são os 5 maiores municípios produtores de soja do Brasil?

Antes de qualquer coisa, vale salientar: boa parte desses 5 maiores produtores de soja do Brasil encontram-se nos estados de Mato Grosso, Goiás, Bahia e Mato Grosso do Sul. Vamos a cada um deles:

 

Município de Sorriso – Mato Grosso

Conhecido como a capital do agronegócio, Sorriso é o maior produtor individual de soja do Mundo. Ele está situado na região norte do estado do Mato Grosso, a 398 km da capital, Cuiabá.

Sua vegetação é formada por cerrado arbóreo denso (65% de toda cobertura vegetal) e matas ciliares. As condições de clima, relevo e hidrografia são excelentes para a produção da soja.

Na região, são produzidas 2.283.300 toneladas, com 600 mil hectares agricultáveis. Por safra, chega a produzir 5,6 milhões de toneladas do grão. Todos esses números lhe deram a posição de maior produtor de soja do Brasil em 2021 e também em 2022.

 

Município de Nova Mutum – Mato Grosso

Município brasileiro do interior do estado do Mato Grosso, localiza-se a uma distância de 242 km a norte da capital Cuiabá. Sua vegetação predominante é o cerrado (70% de toda cobertura vegetal) e 30% de mata ciliar. Possui duas estações bem definidas, com períodos de seca e chuvas.

Atualmente, produz aproximadamente 1.322.580 de toneladas de soja. O município acabou tendo uma queda na safra de 2020/21. Devido às condições climáticas desfavoráveis (falta de chuvas e pouca umidade).

 

Município de Formosa do Rio Preto – Bahia

Município baiano mais distante da capital Salvador. São cerca de 1026 km. Destaca-se, obviamente, como grande produtor de soja, ficando em 5° lugar no ranking nacional. A quantidade de toneladas produzida chega a 1.619.930.

Apresenta fortes tendências de subir no ranking nos próximos anos. Devido à extensão territorial e à grande quantidade de recursos hídricos.

 

Município de São Desidério – Bahia

Com excelentes condições de clima, o município de São Desidério, na Bahia, contribui para a produção nacional com cerca de 1.271.100 toneladas. A cidade está localizada a cerca de 900 quilômetros da capital Salvador.

 

Município de Nova Ubiratã – Mato Grosso

Com área destinada à agricultura de aproximadamente 400 mil hectares, o município de Nova Ubiratã produz em média 1.275.357 toneladas de soja.

 

Plataforma Agropós

 

Importância da produção de soja no Brasil e nos EUA

Agora, focando a produção brasileira e estadunidense. Vale destacar como a produção desses dois líderes é importante para sua própria economia, bem como em termos mundiais. Esses países ultrapassam em quase 100 bilhões de toneladas para a terceira posição. Ou seja, vão muito além do que os demais desse ranking conseguem produzir.

Grande parte da soja consumida no mundo tem origem nas Américas, seja ela do Norte (Estados Unidos) ou do Sul (Brasil).

Vale destacar que o aumento exponencial da produção de soja em terras brasileiras é possível com os avanços tecnológicos (como a agricultura digital). E logísticos de que o país vem se beneficiando nos últimos anos.

Afinal, o uso de maquinário especializado e a manutenção de rodovias federais permitem que insumos. E até o próprio grão, cheguem cada vez mais aos extremos do país e movimentem a economia local.

Com isso, a soja se torna não apenas um grande item de exportação brasileira. Mas uma propulsora da economia interna e da possibilidade de geração de empregos para a área agrícola e rural do país.

 

Checklist agrícola

 

Conclusão

Agora, você já sabe quem é o maior produtor de soja do mundo e do Brasil e qual é a importância desse grande volume produtivo para a economia nacional e mundial.

Como visto, o Brasil pode melhorar ainda mais sua produtividade, e as projeções para os próximos anos desse grão são positivas.

Se você é um produtor rural e tem interesse em iniciar o plantio de soja, lembre-se de fazer um planejamento agrícola e saber mais sobre essa cultura.

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Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio