Capim colonião: aprenda como realizar o controle!

Capim colonião: aprenda como realizar o controle!

O capim colonião teve seu ápice de cultivo no Brasil e, durante alguns anos, pesquisadores trabalharam no seu desenvolvimento. Ele ainda é utilizado na alimentação do gado, assim como dos cavalos e ovelhas. O capim colonião, contudo, pode se tornar uma planta invasora bastante competitiva. Cresce muito rápido e se espalha velozmente pelas culturas em produção. Neste artigo vamos abordar tudo que você precisa saber.

Acompanhe!

 

Capim colonião: aprenda como realizar o controle!

 

Afinal, o que é capim colonião?

capim-colonião é uma planta invasora perene, robusta, entouceirada, de colmos com cerosidade branca nos entrenós e raízes fibrosas. Os colmos são simples ou ramificados, cilíndricos na parte superior e achatados na inferior. Já as folhas são bastante longas, em forma de lança e de cor verde-clara.

O capim-colonião pode ser encontrado em quase todas as regiões do país e sua germinação é favorecida em temperaturas entre 20ºC e 30ºC.

Ocorre frequentemente em solos secos e férteis, infestando principalmente superfícies cultivadas que já foram pastagens anteriormente.

Compete com as culturas e tem ampla dispersão, fator que está relacionado à sua capacidade de produzir uma grande quantidade de sementes por planta, que são facilmente disseminadas pelo vento durante todo o ano.

 

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Características do capim colonião

O capim colonião é robusto, nasce em forma de touceiras e chega até dois metros de altura. Assim, é uma planta perene que se reproduz de diferentes formas, através de sementes ou de maneira vegetativa.

Devido a sua grande capacidade de adaptação, a espécie está presente em praticamente todo o território nacional. Contudo, não apresenta bons resultados em regiões frias e, consequentemente, não se desenvolve. Ele consegue sobreviver, preferencialmente em climas tropicais e subtropicais.

 

Características do capim colonião

A sua folha tem o formato de lança e coloração verde clara. Já o caule é simples e reto, e fica ereto quando a planta está sadia. Sua cor, então, geralmente é mais escura do que as folhas.

É importante lembrar que, apesar de o capim colonião ser utilizado na alimentação dos animais, ele pode ser bastante agressivo em outras culturas.

 

O capim colonião pode ser um problema?

Sim, quando o capim nasce em uma área onde não é desejado, ele pode se transformar em uma planta invasora. Em uma cultura agrícola, por exemplo, ele pode competir por luz, nutrientes e espaço com as plantas cultivadas.

Como possui uma produção de sementes bastante elevada, ele pode se propagar rapidamente. Assim, algumas culturas que podem ser afetadas pelo capim, são:

 

Checklist agrícola

 

Danos causados pelo capim-colonião

A daninha tem alta capacidade competitiva: forma uma grande quantidade de massa verde, podendo chegar a 3 metros de altura.

Por crescer e se desenvolver rapidamente, o capim-colonião é muito prejudicial quando infesta algum cultivo, pois acaba “cobrindo” a cultura e, consequentemente, diminuindo muito a sua produtividade.

Essa planta é um problema, principalmente, para as lavouras de cana-de-açúcar, pois no início de seu desenvolvimento, se assemelha à cultura, dificultando o controle. Além disso, pode ser hospedeira de nematoides.

 

Manejo de capim-colonião 

Se você trabalha com o sistema de plantio baseado em soja e milho, deve saber como manejar o capim coloninho, como também é chamado, durante os períodos de entressafra. Entre os herbicidas que são aplicáveis em pós-emergência, destacam-se:

 

Glifosato

O Glifosato possui um bom controle (indo de 20 centímetros a 40 centímetros). Conforme as suas necessidades, ele pode ser usado nas primeiras aplicações dos manejos sequenciais (vinculados aos pré-emergentes). Como resultado, a dose indicada é de 6 litros por hectare (L/ha).

 

Haloxyfop

Esse herbicida apresenta um extraordinário controle, sobretudo, de plantas que chegam até aos 40 centímetros. Aliás, o Haloxyfop pode ser usado nas primeiras aplicações dos manejos sequenciais.

Igualmente, ele tende a ser associado ao Glifosato. A princípio, a dosagem indicada varia entre 0,5 e 1,2 L/ha. Inegavelmente, a adição de óleos minerais (de 0,5 até 1%) tem gerado bons resultados.

Posteriormente, você poderá considerar outros tipos de graminicidas disponíveis no mercado. Há diversos produtos com formidáveis desempenhos, seguindo a mesma lógica dos manejos habituais.

Ao serem misturados 2,4 D (ácido diclorofenoxiacético) e graminicidas, não se esqueça de elevar a dosagem destas em cerca de 20%. Por mais que seja importante ao manejo, convém lembrar que o Haloxyfop reduz sua eficiência.

 

Cletodim

Assim como o herbicida supracitado, o Cletodim possui características quase idênticas. Ou por outra, a dose aplicada não deve exceder a quantidade de 0,45 L/ha. Se acaso optar por ele, a quantidade de óleos minerais a ser aplicada é a mesma do Haloxyfop.

 

Herbicida pré-emergencial

 

Flumioxazin

Herbicida com ação residual para controle de banco de sementes. Utilizado na primeira aplicação do manejo outonal associado a herbicidas sistêmicos (ex: glifosato, graminicidas e imazetapir); ou no sistema de aplique plante da soja, na dose de 90 a 120 g ha-1.

 

S-metolachlor

Herbicida com ação residual para controle de banco de sementes. Utilizado no sistema de aplique plante da soja, na dose de 2,5 L ha-1. Não deve ser aplicado em solos arenosos.

 

Trifluralina

Herbicida com ação residual para controle de banco de sementes. Utilizado na primeira aplicação do manejo outonal associado a herbicidas sistêmicos (ex: glifosato, graminicidas).

Recomendada dose de 0,9 a 4,0 L ha-1, dependendo da planta daninha a ser controlada e nível de cobertura do solo.

 

 

Sulfentrazone

Herbicida com ação residual para controle de banco de sementes. Utilizado na primeira aplicação do manejo outonal associado a herbicidas sistêmicos (ex: glifosato).

 

Pós-emergência de soja e milho

Na soja, para plantas pequenas ou rebrota de plantas maiores ele aplicou graminicidas (clethodim, haloxyfop e outros).  Na soja RR, ele associou ao glifosato.

Em áreas com grande infestação ele utilizou herbicidas pré-emergentes (flumioxazin e s-metolachlor) no sistema de “aplique plante” para diminuir o banco de sementes e o número de aplicações em pós-emergência.

A inclusão de pré-emergentes em diferentes etapas do manejo foi fundamental, principalmente em áreas com grandes infestações. Assim, pode-se controlar os diferentes fluxos de emergência ocasionados pela dormência das sementes.

O controle de capim-colonião no milho foi complexo, pois o milho também é uma gramínea e existem poucas opções que são seletivas ao milho e controlem capim-colonião.

Para controle do banco de sementes, foi aplicado herbicidas pré-emergentes em sistema de “aplique plante” (ex:trifluralina, s-metolachlor e isoxaflutole).  Para controle de plântulas em estádio inicial (20 cm a 30 cm) ele utilizou as seguintes opções:

  • Nicosulfuron
  • Atrazina+mesotrione
  • Atrazina+mesotrione

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Espero que com esse artigo, você tenha aprendido como lidar melhor com o capim-colonião na sua propriedade.

Assim como ele, você também pode adotar as técnicas que foram citadas para um manejo eficiente do capim-colonião. Com essas dicas, espero que você consiga realizar um manejo eficiente do capim-colonião.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo.

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