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Drones agrícolas: conheça essa tecnologia!

Drones agrícolas: conheça essa tecnologia!

A atividade agrícola brasileira está se tornando cada vez mais automatizada, o que faz com que o setor fique cada vez mais eficiente e lucrativo. Das novas tecnologias empregadas no campo, uma que vem se popularizando nas propriedades é o uso de drones agrícolas.

 

Drones agrícolas: conheça essa tecnologia!

 

Nos últimos anos os drones se tornaram mais sofisticados e acessíveis, se constituindo peças úteis para a agricultura de precisão e para uma série de atividades relacionadas à gestão do empreendimento.

Também chamados de veículos aéreos não tripulados (VANT’s), esses equipamentos são capazes de realizar diversas tarefas, permitindo que a tomada de decisão em relação ao manejo seja mais acertada. Isso porque, os dados obtidos podem ser gerenciados com mais exatidão, otimizando o trabalho e minimizando os custos.

Neste artigo, vamos entender melhor as vantagens da utilização dos drones na agricultura e quais são as suas aplicações práticas. Se você quer saber mais sobre o assunto, continue a leitura!

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

Vantagens do uso dos drones agrícolas na agricultura

É fato que o uso de drones na agricultura é uma realidade que transformou a vida de produtores e profissionais da área. Com as informações obtidas a partir do monitoramento com o dispositivo, é possível tomar decisões baseadas em fatos, otimizando os resultados.

Muitos dos veículos aéreos não tripulados são equipados com sensores dos mais variados tipos e softwares de última geração, que fornecem dados detalhados e precisos sobre culturas agrícolas, florestas e pecuária.

Como principais benefícios dos drones na atividade agrícola, podemos citar:

  • Imagens detalhadas e precisas;
  • Flexibilidade para obtenção das imagens;
  • Baixo custo, dependendo da tecnologia empregada;
  • Cobertura em áreas pouco acessíveis;
  • Cobertura de grandes áreas em um pequeno intervalo de tempo;
  • Facilidade no monitoramento;
  • Economia de insumos;
  • Softwares inteligentes capazes de identificar diferentes situações.

A principio, os drones podem ser empregados em diversas fases do manejo. Veja mais detalhes sobre cada uma delas a seguir!

 

Tecnologias de geoprocessamento aplicadas no monitoramento e manejo de plantas

 

Categorias e tipos de Vants

Durante as últimas décadas significativos esforços foram feitos a fim de ampliar a autonomia de voo e a carga útil dos VANTs, surgindo assim, diversas configurações de aeronaves, com base em tamanho, níveis de resistência e capacidade de carga (Alves Júnior, 2015). De acordo com Alves Júnior (2015), os VANTs podem ser classificados em cinco categorias.

 

tipos de Drones - AgroPós

Fonte: Adaptado de Barcellos (2017).

 

A principio, estes veículos apresentam grande variabilidade, indo desde pequenos, leves e portáteis, como por exemplo, o Desert Hawk de 80 cm de comprimento e apenas 3 kg, até aeronaves enormes que precisam de pista de decolagem e pesam milhares de quilogramas, como o Global Hawk de 13,5 m de comprimento e quase 12.000 kg (Figura 1 e 2) (Jensen, 2009).

Devido a diversidade de equipamentos, atualmente há várias classificações para os VANTs. A classificação da Comunidade Internacional de Sistemas para Veículos Não Tripulados (UVS International Community) é uma das mais utilizadas. Ela considera cinco categorias de VANTs: Micro, Mini, Curto Alcance, Médio Alcance, e Grande Altitude e Longa Duração, tendo como base peso, alcance, altura de voo e autonomia em horas.

 

Categoria de Drones - AgroPós

Fonte: Retirado de Longhitano (2010), adaptado de Eisenbess, 2004.

 

Drones agrícolas para pulverização

Primeiramente um dos principais usos do drone agrícolas é na pulverização. O drone pulverizador mapeia a topografia do terreno, utilizando um sistema que mescla laser e ultrassom. Com isso, conseguem aplicar os defensivos agrícolas com maior precisão, economia e agilidade.  As aplicações realizadas com o dispositivo são muito mais rápidas do que com o maquinário convencional.

 

Drones agrícolas para mapeamento aéreo

Os drones agrícolas também são amplamente utilizados no mapeamento aéreo. Diferentes tipos de sensores podem ser utilizados, sendo os ópticos multiespectrais os mais comuns, mas sensores ópticos hiperespectrais e até mesmo LiDAR já estão disponíveis. Com os produtos derivados desses sensores é possível:

  • Avaliar plantas e identificar falhas de plantio;
  • Identificar ocorrência de pragas, doenças e deficiência nutricional em pontos específicos da lavoura;
  • Gerir o uso de defensivos agrícolas, minimizando os desperdícios;
  • Gerar mapas de aplicação de taxas variáveis para a aplicação de insumos e fertilizantes com precisão.

 

Drones agrícolas para irrigação

Embora, com uma utilização ainda tímida, os veículos aéreos não tripulados podem também auxiliar na irrigação. Nesse caso, o dispositivo é capaz de identificar com grande precisão, a partir de um sobrevoo, as áreas do cultivo que demandam maior quantidade de recursos hídricos.

Isso pode ser feito a partir de sensores hiperespectrais, multiespectrais ou térmicos. Ao contrário do método tradicional, em que os valores de estimativa da evapotranspiração podem ser subestimados ou superestimados, com o uso do VANT, a prática se torna mais eficiente e precisa.

 

Plataforma Agropós

 

Drones agrícolas para georreferenciamento

O georreferenciamento de propriedade é exigido pelo INCRA. Nesse caso, o drone é muito útil pois consegue reunir as imagens em pouco tempo, facilitando a obtenção da certificação e legalização da propriedade.

 

Outros usos 

Entretanto, existem ainda outras aplicações dos drones agrícolas a que não demandam muita sofisticação ou softwares específicos. Com uma câmera de boa resolução, o proprietário consegue:

  • Verificar áreas desmatadas;
  • Identificar presença de nascentes de rios e olhos d’água;
  • Localizar focos de incêndio;
  • Verificação de áreas de difícil acesso;
  • Verificar áreas para abertura de estradas;
  • Encontrar animais perdidos;
  • Fazer vigilância;

 

Regulamentações para sua utilização de drones agrícolas 

Os drones agrícolas e outros veículos aéreos não tripulados também são considerados aeronaves e, portanto, devem seguir as regras previstas em lei para a utilização. No Brasil, quem faz o controle do espaço aéreo é DECEA, organização da FAB.

Por isso, antes de utilizar a ferramenta ou contratar o serviço de uma empresa especializada, é preciso se atentar quanto a legislação.

Como vimos, o uso do drone na agricultura pode ser muito vantajoso para o agricultor.

Escrito por Josnei Moreira.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

Como a Robótica está Presente no Manejo Agrícola e Florestal?

Como a Robótica está Presente no Manejo Agrícola e Florestal?

Foto: Beefpoint

Não é novidade que o desenvolvimento de máquinas cada vez mais inteligentes estão, aos poucos, tornando diversos processos mais eficientes. Nesse sentido, já existem indícios de que, grande parte das atividades desempenhadas por pessoas será massivamente substituída por robôs até o final do século, o que demandará uma reconfiguração das relações de trabalho.

Do mesmo modo, o uso da robótica no manejo agrícola e florestal está ganhando espaço, o que vem causando impactos significativos na produção de alimentos e insumos em todo mundo. Como principais benefícios, as tarefas mais complexas poderão ser executadas de forma autônoma, rápida e precisa. Portanto, auxiliará no desenvolvimento de lavouras e florestas, medindo a performance e identificando deficiências, doenças, pragas ou qualquer alteração abiótica.

Neste artigo, vamos entender melhor como a robótica pode ser utilizada tanto no manejo agrícola quanto no florestal. Confira!

Agricultura

A tecnologia vem potencializando a agricultura nos últimos anos, fazendo com que os processos sejam mais eficientes, o que resulta em redução de custos e aumento da produtividade. Desde a inclusão de maquinário agrícola, até hoje, com a inclusão de robôs, o manejo agrícola tem muito a ganhar com os novos recursos. Veja, a seguir, alguns exemplos da aplicação de robótica nesta atividade!

Drones

Os drones, que são veículos aéreos não-tripulados, podem desempenhar uma série de atividades na agricultura, tais como monitorar a ocorrência de pragas e doenças, pulverizar pontos específicos e de difícil acesso na plantação e auxiliar no manejo da irrigação.

Entretanto, a tendência é que esses dispositivos evoluam ainda mais e se tornem cada vez mais autônomos, aumentando a precisão e auxiliando em todas as etapas do ciclo produtivo.

Tratores Autônomos

A ideia do trator autônomo é não depender que tenha um tratorista conduzindo o veículo presencialmente. . Essas ações seriam coordenadas de forma remota por meio de um iPad, notebook ou smartphone.

Isso possibilita que o responsável possa supervisionar várias máquinas de forma simultânea, cuidar de outras tarefas ou até mesmo operar outro veículo.

Conexão

Além de máquinas autônomas, o objetivo da inclusão da robótica no cenário agrícola é levar a Inteligência Artificial e a Internet para o campo.

Apesar dessa realidade parecer um pouco distante, a projeção é que em breve as máquinas e os dispositivos estejam conectados a uma base de dados única, facilitando a gestão e a tomada de decisão.

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Manejo florestal

Do mesmo modo, no manejo florestal é cada vez mais comum vermos o avanço da tecnologia caminhando para uma maior inclusão da robótica. Veja a seguir, algumas tendências!

Monitoramento das copas das árvores

Sabemos que um profissional não consegue observar por completo uma árvore, a menos que possua recursos para isso. Por essa razão, já estão sendo desenvolvidas alternativas, como os drones, capazes de sobrevoar a superfície da floresta a baixas altitudes, mas sem causar grandes perturbações. Dessa forma, será possível coletar dados de composição do ar acima da vegetação de forma muito mais acessível.  Quando equipado com softwares específicos, também conseguem fornecer dados com precisão e agilidade.

Robôs Capazes de Escalar Árvores

Um dos grandes desafios do monitoramento florestal é explorar e coletar dados em diferentes camadas da árvore, principalmente se tratando de árvores maiores.  Por isso, pesquisadores já estão desenvolvendo dispositivos que escalam imitando o movimento de animais. A ideia é controlar o dispositivo para coletar o máximo de informações possíveis sobre toda a extensão da árvore. Esses robôs já têm sido utilizados em tarefas como a poda dos ramos das árvores quando se quer manejar a floresta para produção de madeira para serraria.

Robôs na Produção de Clones

Hoje, os robôs já são capazes de realizar cortes precisos em miniestacas de eucalipto e realizar o plantio. No futuro é possível que todas as etapas da produção clonal das mudas de eucalipto sejam realizadas por robôs.

Microfones e Câmeras para o Monitoramento Ambiental

Outra aplicação prática da robótica no manejo florestal é a inclusão de sensores com câmera e microfones para identificação automática de espécies de animais. As informações serão enviadas via antenas instaladas em pontos altos da floresta para uma central de dados acessível pela internet. A identificação das espécies fica a cargo de um sistema de inteligência artificial treinado para reconhecer padrões visuais e acústicos de animais típicos de uma região.

Esses são apenas alguns exemplos de como a robótica afeta e afetará ainda mais o manejo agrícola e florestal nas próximas décadas. Com isso, o caminho será cada vez mais a digitalização e automação. Portanto, para se adaptar a tais mudanças é preciso que o profissional esteja sempre em busca de conhecimento e inovação.

Quer ficar por dentro de mais novidades relacionados à atividade agrícola e florestal? Continue de olho aqui no Blog!

Agricultura de Precisão: vantagens e desafios

Agricultura de Precisão: vantagens e desafios

A agricultura tem passado por rápidas transformações. Assim, além de ser uma atividade rentável, também é altamente competitiva. Por essa razão, agricultores e profissionais agricultura de precisaoda área que desejam manter a elevada produtividade e lucratividade, precisam fazer com que a propriedade seja especializada e tecnológica. É nesse sentido que a agricultura de precisão ganha ainda mais força.

A agricultura de precisão não é uma estratégia nova, já que começou a ser utilizada no Brasil nos anos 1990. No entanto, recentemente tem sido ainda mais valorizada graças a ao aumento e disponibilidade de novas tecnologias e softwares desenvolvidos para a agricultura, bem como pela necessidade que profissionais da área tem de elevar a eficiência produtiva da cultura ao máximo. Isso porque, mais do que capacidade administrativa, o produtor precisa saber coletar dados e informações relativas à sua área, adaptando as tecnologias e insumos disponíveis à sua realidade. Dessa forma conseguirá alcançar eficiência na aplicação de recursos e o sucesso na produção agrícola.

Se você quer saber o que é agricultura de precisão, como implementá-la e suas vantagens, continue a leitura desse artigo!

O que é Agricultura de Precisão? 

De forma geral, a agricultura de precisão (AP) é um sistema de produção baseado no gerenciamento de informações. Teve seu crescimento potencializado graças ao avanço de tecnologia de referenciamento e posicionamento como o GPS (do inglês Global Positioning System) e de tecnologias de sensoriamento remoto.

A AP é um conceito de manejo agrícola que considera que as lavouras não são uniformes. Ou seja, mais que as peculiaridades de cada região, tipo de cultura e propriedade, nessa técnica, são levadas em consideração as diferenças existentes em cada pedaço da fazenda. Pode ser tanto no solo, no relevo, na temperatura e no tipo de planta existente.

Nesse sistema, a gestão deve buscar otimizar a aproveitar cada porção da área, minimizando os desperdícios e maximizando os ganhos.

Dessa maneira, pode-se dizer que a AP é uma filosofia de gerenciamento agrícola que parte de informações exatas, precisas e se completa com decisões exatas. O princípio básico é aplicar os insumos no local correto, no momento adequado, e em quantidades corretas, tanto quanto a tecnologia e os custos envolvidos o permitam.

Nesse sistema, é possível visualizar a variabilidade espacial e temporal dos fatores edafoclimáticos de cada área agrícola, considerando as peculiaridades de cada parte da área no momento do manejo, ao invés de manejá-la como se a mesma fosse uniforme.

Enquanto na agricultura convencional os fertilizantes e insumos são aplicados de forma uniforme em toda área, levando em conta uma média das características de cada trecho ou até mesmo das fazendas, na agricultura de precisão é diferente. Afinal, com acesso a diversos informações precisas, o produtor pode aplicar somente o necessário em cada pedaço da propriedade.

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Vantagens da Implantação da AP

A partir da ideia de uma propriedade que não é uniforme e levando em conta as diferenças existentes em cada porção de terra, a agricultura de precisão é uma ótima alternativa para quem busca maximizar os resultados e evitar desperdícios de insumos e mão de obra. Sem contar que contribui para a sustentabilidade econômica e ambiental da área.

A seguir, conheça algumas vantagens da AP nas propriedades:

  • Mais segurança para a tomada de decisão por estar baseada em dados precisos;
  • Economia de insumos, tempo e mão-de-obra;
  • Redução de gastos financeiros desnecessários;
  • Visualização detalhada da propriedade;
  • Melhoria dos resultados obtidos com a atividade agrícola;
  • Maior controle da fazenda;
  • Mais detalhes sobre a lavoura;
  • Redução de riscos;
  • Melhora a gestão do agronegócio.

Tecnologias aplicadas na Agricultura de Precisão

Como salientado anteriormente, na AP os insumos são aplicados de acordo com as necessidades de cada porção da fazenda. Mas, para isso, é preciso ter informações detalhadas sobre as características que influenciam na produção que são: amostragem do solo, mapas de colheita e georreferenciamento, ou seja, levantamento de diversas informações de forma detalhada.

A obtenção desses dados depende da utilização de tecnologias como satélites, drones, máquinas e outras ferramentas adaptadas de outras áreas para a agricultura, como piloto automático, banco de dados, softwares de gestão, dentre outros.

É importante lembrar que, junto com a necessidade de todas essas ferramentas, a produção tem o seu custo aumentado. Para saber se vale a pena investir nesse sistema, é preciso avaliar as finanças, a propriedade todos os benefícios que serão conquistados.

Dificuldade na prática de AP

Por mais que a agricultura de precisão seja benéfica para o produtor e para a propriedade, trazendo chances de aumento de ganho real, é preciso avaliar que existem algumas dificuldades para a implantação do sistema.

A falta de pessoas qualificadas para o processamento e análises das informações, de difusão de conhecimento sobre as tecnologias empregadas e de conhecimento técnico para transformar informações em conhecimento útil aos produtores são os principais desafios para a difusão da agricultura de precisão por todo território nacional.

Além disso, a dificuldade na interpretação de um volume considerável de dados, elevado custo dos equipamentos, adaptação das tecnologias as diferentes regiões do globo e de popularização das técnicas envolvidas no processo também são consideradas entraves para a sua popularização.

Importância para o agronegócio brasileiro

A principal vantagem da agricultura de precisão é o uso racional dos insumos e a utilização de estratégias para resolver os problemas de desuniformidade nas lavouras. Essas práticas podem ser desenvolvidas como finalidades diferentes e níveis de complexidade distintas. Dessa forma, com a adoção desse sistema, é possível ter disponível uma grande quantidade de dados específicos da cultura que podem diminuir a incerteza do agronegócio e facilitar a tomada de decisões. Com isso, seria um diferencial para o agronegócio brasileiro, já que poderia aumentar de forma significativa o rendimento das lavouras.

De modo geral, a agricultura de precisão é uma alternativa para quem busca uma gestão eficiente da propriedade, aumentando o seu rendimento. Por isso, vale a pena conhecer mais sobre o sistema e como implantá-lo na prática.

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Estresse hídrico do milho prejudica absorção de nutrientes

Estresse hídrico do milho prejudica absorção de nutrientes

A chuva, e a falta dela, é um dos desafios a serem enfrentados pelos produtores rurais no Brasil que, devido à dimensão continental, enfrenta grande variação climática. “Esse fenômeno causa o chamado estresse hídrico e impacta diretamente a produtividade de lavouras, como a de milho, uma das principais culturas agrícolas do país, “explica o técnico de desenvolvimento de mercado para grandes culturas da Brandt do Brasil, Pedro Afonso.

“Uma das maiores preocupações é com a qualidade do plantio de milho diante das condições naturais adversas”, aponta o especialista da Brandt do Brasil. “A falta de água, além de inviabilizar o plantio, pode, no período vegetativo, resultar na redução da absorção de nutrientes culminando em plantas debilitadas, susceptíveis a pragas e doenças, apresentando baixo potencial produtivo e má qualidade de grãos”, informa Pedro Afonso.

De acordo com o técnico da Brandt, quando a planta para de absorver elementos essenciais, força o consumo dos nutrientes armazenados internamente para se manter. “Consequentemente, as altas temperaturas ligadas à falta de chuva aceleram esse processo, pois, como forma de defesa da planta, os estômatos são fechados para preservação de sua temperatura interna e controle da transpiração, resultando em produção final deficiente”, afirma Pedro Afonso.

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Apesar de a estimativa de produtividade de grãos ser elevada constantemente – a atual expectativa do governo é de um aumento nas safras de milho em mais de 22% em relação ao ano passado –, eventual falta de chuvas contribuirá para que os agricultores não atinjam a máxima produtividade. “Por isso, é preciso estar sempre atento às melhores formas de driblar esse problema de forma sustentável, garantindo a qualidade dos produtos”, reforça o técnico da Brandt do Brasil.

Como lidar com o estresse hídrico – “Como na construção de uma casa, a base deve suportar toda a estrutura. Na agricultura, não é diferente. Para ter bons resultados, os produtores precisam começar com práticas agrícolas e manejos que melhorem as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Com isso um dos ganhos diretos, será a maior capacidade de retenção de água desse solo, conferindo maior resistência a períodos de estiagem”, explica Pedro Afonso.

Com o objetivo de auxiliar o produtor de milho a alcançar máxima produtividade mesmo com o fator negativo do estresse hídrico, a Brandt do Brasil oferece soluções exclusivas, como Smart System® e Manni-Plex®. “Esses produtos são formulados por componentes que promovem a mobilidade dos macro e dos micronutrientes pela planta, propiciando nutrição balanceada. Lembrando que plantas bem nutridas desde o início do seu ciclo, estarão mais preparadas para passar por momentos de estresse com menores perdas”, complementa o especialista.

 

Fonte: AgroLink

Área plantada será ampliada em 10,3 milhões de hectares no Brasil

Área plantada será ampliada em 10,3 milhões de hectares no Brasil

A expansão ocorrerá principalmente em pastagens naturais e áreas degradadas. Culturas como soja, milho e cana ganharão novas áreas, conforme estudo feito pelo ministério.

O estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2018/19 a 2028/29 prevê que a área total plantada com lavouras no país passará de 75,4 milhões de hectares para 85,68 milhões, um acréscimo de 10,3 milhões de hectares em dez anos. A expansão se dará, principalmente, sobre pastagens naturais e áreas degradadas. O grupo reúne os cultivos de algodão, arroz, feijão, milho, soja (grão), trigo, café, mandioca, batata inglesa, laranja, fumo, cana-de-açúcar, cacau, mandioca, uva, maçã, banana, manga, melão e mamão.

Produzido pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pela Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, o estudo traz as perspectivas para produção, consumo, exportação, importação e área plantada no Brasil.

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De acordo com o levantamento, a área cultivada de grãos (algodão, amendoim, arroz, aveia, canola, centeio, cevada, feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo e triticale) saltará de 62,9 milhões de hectares para 72,4 milhões de hectares, o que corresponde a um acréscimo anual de 1,4%, ou 15,3% no período de 10 anos.

Na próxima década, o Brasil vai produzir 300 milhões de toneladas de grãos, ou seja, mais 62,8 milhões de toneladas (27%). O crescimento será principalmente com o aumento da produtividade das culturas.

Crescimento e retração

As projeções apontam para o crescimento das seguintes lavouras: soja  (+ 9,54 milhões de hectares), milho segunda safra (+ 4 milhões de hectares) e cana-de-açúcar (+ 1,64 milhão de hectares). Haverá retração nas lavouras de arroz (-1 milhão de hectares), laranja (-100 mil hectares) e mandioca (-180 mil de hectares).

Conforme o estudo, as lavouras que irão perder área, como mandioca, café, arroz, laranja e feijão, serão compensadas por ganhos de produtividade. A expansão de soja e cana-de-açúcar ocorrerá “pela incorporação de áreas novas, áreas de pastagens naturais e também pela substituição de outras lavouras que deverão ceder área. A área de milho deve expandir-se sobre áreas liberadas pela soja, no sistema de plantio direto”.

“Algumas incertezas são inerentes às características da agricultura e outras, como tensões nas relações comerciais e doenças, que podem afetar as lavouras e as criações, e eventos climáticos extremos, como chuvas, geadas e secas”, explica José Garcia Gasques, coordenador-geral de Avaliação de Políticas e Informação do ministério e um dos pesquisadores.

Entre as regiões do país, o Centro-Oeste terá a maior ampliação da área plantada no período, com crescimento de 26,5 milhões de hectares para 34 milhões de hectares, alta de 28,5%.

No Sul, o incremento será de 8%, de 19,5 milhões de hectares para 21 milhões de hectares. No Norte, o crescimento será de 19%, de 3 milhões de hectares para 3,6 milhões de hectares.

A região denominada Matopiba (formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e pela Bahia) “deverá apresentar aumento elevado da produção de grãos assim como sua área deve apresentar também aumento expressivo. As projeções indicam que essa região deverá produzir cerca de 28,7 milhões de toneladas de grãos em 2028/29 numa área plantada de grãos de 8,8 milhões de hectares ao final do período das projeções”, aponta o estudo.

 

Fonte: AgroLink