(31) 9 8720 -3111 contato@agropos.com.br
Textura do solo: o que é e como identificar!

Textura do solo: o que é e como identificar!

A textura do solo envolve o tamanho e a dimensão de componentes minerais integrados a terra. Sendo mais específico, é referente a quantidade de areia, silte e argila contida no solo. Neste artigo vamos abordar tudo sobre esse assunto!

Vamos lá!

 

Textura do solo: o que é e como identificar!

 

O que é solo?

Os solos são formados a partir da desagregação e decomposição das rochas preexistentes, por isso, e assim como existem diferentes tipos de rochas, os solos também são variados.

Os solos são formados a partir de partículas minerais, matéria orgânica, água e ar. E os fatores de formação dos solos são o material de origem, o clima, o relevo, os organismos e a própria ação do tempo.

 

 

A importância do solo

Um solo bem equilibrado é responsável por fornecer nutrientes e água aos cultivos, assim, sua importância é essencial.

Os elementos essenciais exigidos em maiores quantidades pelas culturas são chamados macronutrientes (entre eles: N, P, K, Ca, Mg e S). Já aqueles demandados em menores quantidades são chamados micronutrientes (B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn,)

Por causa principalmente do clima, a maioria dos solos tropicais contam com níveis de acidez de médio a alto (pH em água < 6,0) e baixos teores de elementos essenciais. É por esse motivo que a análise do solo faz toda a diferença, seja para fazer a calagem ou a adubação.

 

Importância da textura do solo

O conhecimento da textura permite indicar as tendências do solo quanto às suas qualidades físicas. Por exemplo, solos ricos em areia são permeáveis, filtrantes, especialmente porque a areia é grossa. Se os elementos grossos, adicionar muita areia fina e silte. Eles tendem a selar os interstícios entre os elementos grosseiros, tornando o solo mais ou menos impermeável.

Se forem adicionadas quantidades suficientes de argila aos siltes e areias, especialmente na presença de húmus, pode surgir uma estrutura fragmentária. Assegurando a permeabilidade enquanto retém água suficiente para a vegetação.

No campo, a avaliação tátil é possível diretamente, mas requer um mínimo de experiência. Vários elementos podem modificar as sensações: o estado de umidade, a presença de cascalhos finos, etc..

 Alguns critérios de apreciação permitem, pelo menos, organizar as terras entre as grandes categorias: solos argilosos ou arenosos.

 

 

Propriedades de um solo: textura

A textura corresponde a uma das propriedades físicas de um solo e corresponde à proporção em que se encontram no solo os seus constituintes (e que têm interesse agrícola).

Assim sendo, os solos podem apresentar diversas texturas: argilosa, arenosa e franca.  Aprenda neste artigo a distingui-las.

 

Propriedades de um solo

 

Solo com textura argilosa

Um solo com este tipo de textura é um solo que, de uma forma geral, é um solo rico em nutrientes e que confere um grande poder de fixação e sustentação às raízes.

No entanto, possui a desvantagem de apresentar um solo com uma fraca circulação do ar, infiltração de água e penetração de raios solares.

Os solos com textura argilosa são caracterizados por encharcarem com relativa facilidade no Inverno e tornarem-se excessivamente secos no Verão.

Um solo com textura argilosa é também considerado um “solo pesado” e por essa razão revela-se difícil de ser trabalhado. Um solo argiloso possui um grande poder de retenção de água e nutrientes.

 

O que é um solo arenoso?

Solo arenoso também chamados de solo leve ou que possuem textura leve. São aqueles que se destacam pela grande proporção de areia em sua composição (70%) e menor parte de argila (menos de 15%).

Os solos arenosos são constituídos quase que exclusivamente por grãos de areia, ou seja, quartzo, desta maneira são pobres em nutrientes.

 Grande parte desses solos está alocado na nas regiões do nordeste brasileiro onde temos os maiores problemas na agricultura.

Os solos arenosos distribuem-se em extensas do país. São mais suscetíveis à degradação e perda da capacidade produtiva quando comparado aos de textura mais fina. E em condições ambientais semelhantes pois são pobres em nutrientes.

Em razão da baixa capacidade tampão, relacionada aos baixos teores de argila e de matéria orgânica ou adubo orgânico, geralmente apresentam baixa capacidade de retenção de nutrientes e de água.

 

Solo com textura franca

Um solo com textura franca é um solo que, quando comparado com os solos acima indicados, é um solo relativamente fácil de se trabalhar (sendo, no entanto, um pouco mais pesado que o arenoso).

No que diz respeito ao arejamento, infiltração e capacidade de retenção de água e nutrientes bem como penetração dos raios solares. Situa-se na posição intermédia entre o solo argiloso e arenoso.

Podemos assim referir que um solo franco é um solo intermédio, que se possuir na sua constituição de uma forma razoável argila é considerado um solo franco-argiloso.

O mesmo acontece se possuir na sua constituição uma boa percentagem de areia, designando-se por franco-arenoso.

 

 

Textura do solo e poluentes agrícolas

A definição de “bom solo” varia de acordo com o uso que se faz dele e sua localização geográfica. Os solos com alta proporção de argila são os mais produtivos.

Solos argilosos têm boa capacidade de retenção de umidade. No entanto, em um clima com precipitação abundante, os mesmos solos argilosos seriam difíceis de explorar sem um sistema de drenagem elaborado.

Isso está ligado à erosão de sedimentos ou dissolvido no escoamento superficial que os poluentes são transportados para corpos d’água superficiais.

 Os sedimentos são transportados pela água ou pelo vento. Materiais dissolvidos também podem infiltrar-se nas águas subterrâneas. O risco de tal situação depende em grande parte da textura do solo.

Seja qual for o tipo de solo, é sempre aconselhável estabelecer boas práticas de conservação do solo e da água. No entanto, o gestor responsável também considera os vários riscos associados a cada textura do solo. Felizmente, algumas práticas de gerenciamento ajudam a reduzir esses riscos.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A textura do solo é um dos principais parâmetros utilizados como indicadores de qualidade física do solo. Através da sua determinação é possível inferir sobre outros parâmetros. Além de compreender o comportamento e manejo do solo, importantes para a produtividade agrícola.

Neste artigo mostramos a importância em conhecer a textura e a classificação de cada um deles e suas características.

 já sabia como classificar o solo quanto à sua textura? Qual o tipo de solo que possui? Diga-me nos comentários.

Escrito por Michelly Moraes.

Solo do cerrado: como alcançar a produtividade!

Solo do cerrado: como alcançar a produtividade!

Pensando em te ajudar nessa missão, reunimos 5 dicas para melhorar a fertilidade e produtividade do solo do cerrado. Confira!

Cerca de 60% da produção brasileira de grãos acontece nos solos do cerrado. O cuidado com a fertilidade destes solos é fundamental para os ganhos de produtividade na produção nacional. Para aumentar a capacidade produtiva. É preciso buscar alternativas para a construção do perfil do solo.

O grande problema dos solos do cerrado encontra-se no fato de que mais de 95% destes solos possuem a fertilidade nas camadas superficiais. O que dificulta alcançar todo o potencial produtivo das culturas implantadas.

 

Solo do cerrado: como alcançar a produtividade!

 

Solo do cerrado

O solo do cerrado é pobre em nutrientes e possui nível elevado de acidez. Devido a tais características, o solo possui o tom avermelhado. Como a região conta com falta de chuva, o solo é seco.

Há alguns anos, o solo não era apropriado para a agricultura. Entretanto, com o advento da tecnologia, técnicas de irrigação e plantio têm sido empregadas para diminuir as deficiências do solo e deixá-lo mais produtivo.

O emprego da tecnologia nesse sentido foi chamado de Revolução Verde e começou a partir da década de 1970.

 

 

Características do solo do cerrado

Considerado o segundo maior bioma do Brasil, o cerrado cobre uma área de 2 milhões de km² ou 204 milhões de hectares  cobrindo quase um quarto de toda a extensão territorial do país.

Os solos do cerrado estão presentes, principalmente, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, aparecendo no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, dentre outros estados.

O solo do cerrado caracteriza-se pela predominância dos latossolos e pela sua acentuada acidez. Esses solos foram bastante trabalhados pelos agentes intempéricos. Como clima, água e vento, o que afetou sua fertilidade e qualidade para a produção agrícola.

Além disso, a camada externa do solo do cerrado sofreu ação da água das chuvas, o que diminuiu, em elevado grau, a sua fertilidade ao longo do tempo. Por isso, não é um solo naturalmente propício ao desenvolvimento de plantações agrícolas.

Os solos do cerrado também são considerados bastante profundos e com elevada capacidade de infiltração da água. Apesar do grande índice de infiltração, é um solo que apresenta  limitada capacidade de armazenamento da água.

Devido à sua acentuada acidez, o solo do cerrado apresenta baixa disponibilidade de nutrientes essenciais. Como nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), etc. Esse tipo de solo possui, ainda, alta concentração de alumínio.

 

Solos no Brasil

 

Benefícios da construção do perfil do solo

Por mais que seja um desafio, a construção do perfil do solo em profundidade deve fazer parte dos objetivos dos produtores do cerrado. Afinal, com o aprofundamento do sistema radicular, é possível obter uma série de benefícios, como:

  • Aumento na capacidade de produção;
  • Maior aproveitamento de nutrientes móveis, como nitrogênio, boro e enxofre;
  • Redução de perdas causadas por doenças radiculares e nematoides;
  • Contribui para a atividade biológica do solo;
  • Formação de agregados do solo;
  • Ciclagem de nutrientes;
  • Adição de carbono em profundidade;
  • Maior absorção e retenção de água
  • Alto teor de matéria orgânica no solo;
  • Descompactação do solo.

Por fim, vale destacar que a construção do perfil do solo reflete diretamente na fertilidade. Solos com fertilidade construída proporcionam efeitos residuais cumulativos. Resultando em teores de macro e micronutrientes altos ou muitos altos. Consequentemente, o solo pode manter sua estabilidade produtiva por mais tempo.

 

Como melhorar a fertilidade do solo do cerrado?

Existem algumas práticas que são recomendadas para melhorar a qualidade de diversos tipos de solo e, principalmente, dos solos do cerrado. Veja o que você pode fazer em sua propriedade!

 

Calagem

A calagem é uma técnica de preparo do solo realizada com dois objetivos principais: reduzir a acidez e, consequentemente, aumentar o pH do solo. E fornecer cálcio e magnésio para o correto desenvolvimento das plantas. Essa técnica deve manter o pH do solo entre 5,5 a 6,5, já que nessa faixa os nutrientes se tornam disponíveis para as plantas.

 

Calagem: conheça 5 benefícios dessa aplicação!

 

Além de eliminar a acidez, a calagem aumenta a CTC, favorece a disponibilidade de nutrientes para as plantas, neutraliza a toxicidade do alumínio. Estimula o crescimento das raízes, melhora as propriedades físicas e biológicas do solo. Além de cumprir diversas outras funções importantes para a correção dos solos do cerrado.

 

Sistema de plantio direto

O Sistema de plantio direto (SPD) tem como base o revolvimento mínimo do solo e a presença da cobertura de palhada. Essas técnicas favorecem a fixação biológica de nitrogênio e a presença de microrganismos benéficos à produção. Que são importantes meios para a conservação e melhoria da produtividade dos solos do cerrado.

O acúmulo de resíduos vegetais na superfície do solo aumenta ainda mais a eficiência do plantio direto, cumprindo importantes funções. Como redução da perda de nutrientes por lixiviação, diminuição da perda de água por evaporação, redução da erosão, favorecimento do crescimento vegetal, entre outras.

 

 

Rotação de culturas

O solo do cerrado é muito sensível à monocultura e se degrada rapidamente sob essa condição. Por isso, a rotação de culturas – técnica que também deve fazer parte do sistema de plantio direto – é essencial para reduzir os impactos da monocultura na qualidade do solo.

A rotação ajuda a melhorar as condições físicas, químicas e biológicas do solo no longo prazo, contribui para a redução de doenças, plantas daninhas e pragas, possibilita a reposição de matéria orgânica e aumenta a retenção de água. Tudo isso contribui para o enriquecimento e construção de um solo mais fértil.

 

Construção do perfil do solo em profundidade

O solo do cerrado requer a correção da fertilidade em profundidade para que as raízes das plantas tenham condições favoráveis para explorar um maior volume de solo. Para a correção do problema, é fundamental levar nutrientes em profundidade.

Isso porque a fertilidade desse tipo de solo encontra-se principalmente nas camadas superficiais, impedindo assim o potencial produtivo das culturas.

Por outro lado, o aprofundamento do sistema radicular propiciado pela construção do perfil do solo em profundidade permite o correto desenvolvimento das plantas durante seu ciclo produtivo.

 

Fertilizantes organominerais

O uso de fertilizantes é essencial para aumentar a fertilidade e produtividade nos solos do cerrado. Nesse sentido, os organominerais podem ser grandes aliados do produtor. Esses insumos são produzidos com matéria orgânica selecionada, levando ao aumento da atividade microbiológica do solo.

A presença de matéria orgânica ainda ajuda a criar um solo rico e saudável, com uma boa biodiversidade. Permitindo à planta obter do solo nutrientes e umidade suficientes, resultando em uma cultura saudável e com alta resistência a doenças, pragas e plantas daninhas. Além disso, os organominerais proporcionam uma série de benefícios, como:

  • Disponibilidade gradual de nutrientes;
  • Redução da perda de nutrientes;
  • Redução de erosão;
  • Aumento na capacidade de absorção de água;
  • Menor necessidade de insumos químicos.

 

Outras práticas recomendadas para o solo do cerrado

Adição de carbono em profundidade em função do desenvolvimento de raízes e da adição de exsudatos que são importantes para atividade biológica. Com esta adição de carbono, ocorre uma melhoria da estrutura do solo que irá facilitar o aprofundamento das raízes das próximas culturas.

Aumento da eficiência do uso da precipitação. Para isto, é muito importante incrementar a infiltração de água no solo, aumentar a armazenagem e finalmente aumentar o uso da água armazenada em camadas mais profundas do solo. Procure manter o solo coberto, com uma estrutura favorável à infiltração, formada por agregados estáveis.

Do ponto de vista de estratégias biológicas, a alternância de sistemas radiculares com diferentes características é fundamental. Isto é relevante para que a taxa de fotossíntese se mantenha elevada, com isto as plantas terão mais vigor, resistência aos estresses bióticos e abióticos e irão produzir mais.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como dito acima o solo do cerrado é impróprio para a agricultura devido aos seus atributos físicos, químicos e biológicos. Onde os agricultores se preocupam com a situação.

Neste artigo citamos algumas técnicas que podem te ajudar colocamos algumas dicas para que vocês alcancem a alta produtividade neste solo.

Gostaram? Curta e comente!

Escrito por Michelly Morais.

 

Análise química do solo: aprenda passo a passo!

Análise química do solo: aprenda passo a passo!

A análise química do solo é feita pela amostra do solo. Essa pesquisa permite saber se há necessidade de correção dos nutrientes. Neste artigo você vai encontrar as repostas para essa pergunta, além de conhecer os procedimentos adequados para diagnosticar o solo em que deseja cultivar.

Venha comigo!

 

Análise química do solo: aprenda passo a passo!

 

A análise química do solo é fundamental para que o agricultor possa diagnosticar as condições do solo tanto químicas como físicas, como os teores nutricionais, acidez e o tamanho das partículas, permitindo avaliar a necessidade de calagem, quanto e qual tipo de calcário deve ser utilizado e quais nutrientes devem ser fornecidos por meio de adubação.

Ou seja, a garantia de uma alta produtividade aliada a preservação do meio ambiente passa por um solo fértil e conservado e a análise do solo é fundamental para propiciar as melhores condições para as culturas desejadas.

Por isso, confira comigo porque a análise química do solo é uma das práticas mais importantes e demais recomendações.

 

 

Qual a importância da análise de solo na agricultura?

Desse modo, a análise de solo é o único método que permite, antes do plantio, identificar a capacidade que o solo tem de prover os nutrientes que são necessários para as plantas. É também a maneira mais simplificada, econômica e eficiente de saber sobre a fertilidade da terra.

Além de se ter base para recomendar as quantidades necessárias de corretivos e fertilizantes com a finalidade de intensificar a produtividade das culturas. E, consequentemente, obter o melhor retorno sobre os investimentos e o aumento do lucro.

Realizar a análise de solo permite ainda acompanhar as mudanças de sua fertilidade e pode auxiliar no aumento da lucratividade da exploração agrícola ou florestal. Isso porque oferece a possibilidade de aumento da produção e da resistência da planta, diminuindo gastos com agrotóxicos.

A realização da amostragem e da análise de solo trazem diversos benefícios ao produtor, dentre eles:

  • o aumento da produtividade, por meio da identificação de nutrientes ou fatores químicos que estão abaixo do nível ou limitando o crescimento das plantas;
  • o uso eficiente e em quantidades adequadas de fertilizantes para os diferentes tipos de solos e culturas, evitando o desperdício e a aplicação desnecessária;
  • a redução de custos com fertilizantes, corretivos e agrotóxicos;
  • e a maior lucratividade.

 

Tipos de análise do solo

A análise de solo mais utilizados pelo produtor rural são:

 

Análise química básica

Assim você saberá como está a integridade frente ao manejo do solo, já que tanto o plantio direto ou convencional, com ou sem rotaçãoadubação verde, diferentes culturas, entre outros, influenciam na disponibilidade de nutrientes no solo.

 

 

Analise química completa

A principal ferramenta utilizada para avaliar a fertilidade do solo é a análise química de solo. É o tipo de verificação que é feita quando é necessário que sejam avaliados todos os macronutrientes e os micronutrientes do solo.

Ou seja, o dimensionamento é em cima de todo nutriente que a planta necessita em grande quantidade (macronutrientes) e também os que são necessários em doses menores (micronutrientes).

 

Análise granulométrica

Determina a proporção de constituintes do solo (areia, silte, argila) que influenciam no correto uso e manejo, indicando risco de erosão, disponibilidade de água para as plantas, o uso econômico de adubos, a mecanização adequada e qual a melhor cultura. Complementa a análise química, garantindo maior segurança para o diagnóstico.

É importante que elas sejam realizadas em conjunto, para que seja possível relacionar as proporções de nutrientes e acidez com o potencial de uso e manejo do solo. O resultado das duas análises permite a elaboração de um diagnóstico de fertilidade mais preciso.

 

Importância da análise química no planejamento agrícola

A importância da análise química do solo é de avaliar a fertilidade do solo informando os parâmetros associados à acidez, teor de matéria orgânica, e disponibilidade de nutrientes, em razão de que a análise influencia na qualidade de todo planejamento agrícola.

Abaixo na tabela mostra a os nutrientes base das plantas, pois cada macro e micronutriente são essências ao crescimento das plantas e importantes para todo o processo agrícola.

 

Tabela 1: Nutrientes e as formas químicas como são absorvidas pelas plantas

Importância da análise química no planejamento agrícola

(Fonte: Agropos,2019)

 

Esse tipo de análise é muito eficaz quando não há nenhuma informação sobre a propriedade, para novas áreas ou mudança brusca de sistema produtivo. Outra indicação é nos casos em que ocorreu algum problema nutricional na safra anterior e ele não ficou claro.

A partir do resultado do laudo é feita a prescrição para o uso prudente de fertilizantes e corretivos, possibilitando maior produtividade e ao mesmo tempo lucratividade ao agricultor, além de um maior cuidado com o meio ambiente.

 

Como realizar a amostragem de solo: Veja passo a passo!

Para realização de uma boa análise do solo é preciso saber os procedimentos adequados de forma cuidadosa para que não tenha interferência no resultado. Veja passo a passo;

 

1º Passo – Época da amostragem

As análises do solo pode ser realizada em qualquer época do ano, mas devemos nos atentar para o fato de que a correção de acidez precisa ser realizada de 3 a 6 meses antes.

Assim, antes desse prazo, precisamos coletar as amostras, enviar para o laboratório de análise, interpretar os resultados, fazer as recomendações e comprar os corretivos e fertilizantes.

 

2º Passo – Divisão da Glebas

Para que a amostra represente totalmente a propriedade, recomenda-se dividir a unidade produtiva em glebas. Essas glebas não devem passar de 20 hectares e na sua divisão deve-se levar em consideração a topografia do local, textura e cor do solo, vegetação e manejos anteriores, como adubação e calagem.

 

Divisão das Glebas

(Fonte: Agropós, 2020)

 

Dentre esses aspectos, têm-se: coloração e textura do solo, relevo, histórico de manejo, matéria orgânica, nível de nutrientes, cobertura vegetal e produtividade.

Exemplo de separação de glebas e caminhamento em zigue-zague para coleta. Dentro de cada gleba, deve-se realizar a extração de amostras simples, retiradas em pontos representativos da área, através de um caminhamento em zig-zag.

 

3º Passo – Ferramentas necessárias

Para que realize a coleta das amostras para a análise do solo é preciso que escolha a ferramenta adequada pra o tipo de solo. Tais como: enxadeco ou enxadão, pá reta, tubo tipo sonda de amostragem, trados (Holandês, caneco, etc.), pá de jardinagem entre outros.

 

Exemplos de ferramentas utilizadas para amostragem de solo

Exemplos de ferramentas utilizadas para amostragem de solo

(Fonte: Agropós, 2020)

 

4º Passo – Coleta da amostragem

A coleta deve ser feita em pontos aleatórios em zigue-zague dentro de cada gleba. Antes da coleta, deve-se retirar com cuidado a vegetação e outros elementos presentes como galhos e pedras, sem que se retire a camada superficial e matéria orgânica.

A profundidade da coleta deve ser de 0-20 centímetros e após coletar o solo, deve-se colocá-lo em um balde junto com todas as amostras simples da gleba.

Os torrões devem ser desfeitos e deve-se evitar ao máximo contaminações nas amostras. A junção e homogeneização de todas as amostras simples de uma gleba se tornará uma amostra composta e é a partir dessa que sairá a amostra para análise do solo.

Importante saber que existem coletas que precisam de maior profundidade, ocorrendo de 20-40 e 40-60 centímetros, principalmente em culturas perenes e para áreas com suspeita de acidez do solo.

A amostragem do solo não deve ocorrer em períodos chuvosos ou sob estresse hídrico, assim como, não deve ocorrer após adubações e calagens, já que não trará informações verdadeiras sobre a fertilidade do solo. As amostras compostas devem ser secas sob sombra e em locais ventilados.

 

Plataforma Agropós

 

5º Passo – Embalagem e identificação

Deve-se retirar 500 gramas de solo de cada amostra composta, colocá-la em saco plástico limpo e, novamente, cuidado com contaminações.

Não se esqueça de identificar devidamente cada amostra composta de cada gleba, com, no mínimo: nome, tipo de material, profundidade coletada, gleba correspondente, data e análises solicitadas.

 

6º Passo – Interpretação de análise do solo

Após o resultado da análise do solo, procure por um profissional qualificado para que haja o cálculo correto de adubação e a calagem.

Assim, quando você tem em mãos esse laudo, consegue fazer as devidas correções na terra. Como o uso de calcário no solo, os defensores agrícolas na quantidade ideal, assim como a adubação, que não vai sobrecarregar a terra.

Em geral, os laudos trazem dados de cada uma das amostragens e fazem tanto a análise física quanto química.

 

 

Conclusão

Portanto com a análise do solo é possível estabelecer correções nutricionais do mesmo e com isso, promover a melhoria e manutenção da fertilidade do solo. Levando a um aumento expressivo na produtividade das culturas e qualidade de alimentos.

Todo processo de coleta é preciso ter um cuidado para que não haja nenhum tipo de erro, dessa forma não irá ocorrer alteração em seu laudo. Com laudo em mãos é importante que um especialista na área realizar a recomendação de adubação e calagem.

Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

 

Degradação do solo: suas principais causas e prevenção!

Degradação do solo: suas principais causas e prevenção!

degradação do solo preocupa os produtores não só pelo problema que traz para a produtividade, mas também pelos impactos ambientais atrelados. Por isso preparamos esse artigo para abordar como ocorre e quais são as causas desse problema ambiental. Quer ficar por dentro de tudo?

Acompanhe!

 

Degradação do solo: suas principais causas e prevenção!

 

Desenvolver sua atividade de maneira sustentável, equilibrando os cuidados com o meio-ambiente e o desenvolvimento da produção é um grande desafio e, para superá-lo, nada melhor do que conhecer mais sobre o que impacta na degradação e como prevenir esses acontecimentos.

É claro que alguns fatores não estão sob o controle humano, que são ações da natureza. Mas, o que pode ser evitado já faz toda diferença.

Pensando nisso, preparamos este artigo para você entender melhor sobre o que é a degradação do solo, quais as principais causas e o que você pode fazer para prevenir sua ocorrência.

 

 

Mas afinal, o que é degradação do solo?

O processo de degradação do solo está ligado à destruição do mesmo. Um solo nessas condições pode sofrer não só com a perda de nutrientes, mas também de estrutura. Além disso, está mais propenso à salinização, bem como a redução da sua matéria orgânica e permeabilidade.

Todos esses problemas são provocados por fatores de ordem química, física e biológica, o que leva ao esgotamento da área.

Isso desencadeia uma série de problemas como a redução da fertilidade, menor retenção de água, perda da produtividade, destruição da fauna e da flora local.

 

Degradação do solo no mundo

De acordo com dados fornecidos pela Food American Organization (FAO), ocorre uma perda de cinco milhões de hectares de terras aráveis por ano, causada pelo mau uso do solo por atividades do agronegócio.

A grande maioria dos solos degradados está localizada em países menos desenvolvidos, o que acentua ainda mais os problemas sociais.

Afinal, quanto menos o país for desenvolvido, mais ele se torna dependente da agricultura como atividade econômica para contribuir com o seu Produto Interno Bruto (PIB) e com os índices de exportação.

Segundo o GLSOD, há 244 milhões de hectares de solos degradados no continente Sul Americano. Os dados apontam que o desmatamento é responsável por 41% da degradação do solo, o pastejo intensivo por 27,9%, as atividades agrícolas por 26,2% e a exploração intensiva da vegetação por 4,9%.

 

Solos no Brasil

 

Tipos de degradação do solo?

Quando se trata da atividade agrícola, a degradação do solo pode acontecer por diferentes meios. A seguir, destacaremos alguns dos principais!

 

1º – Degradação química

A degradação química está relacionada às ações naturais ou antrópicas que promovem mudanças nas propriedades químicas do solo e levam à perda da sua capacidade produtiva. As formas mais comuns de degradação química são:

  • Perda de nutrientes: muitos fatores podem ocasionar a perda de nutrientes ou torná-los indisponíveis às plantas, como remoção pelas culturas, volatilização, lixiviação, imobilização pelo solo, erosão.
  • Perda de matéria orgânica: é uma forma de degradação química de alto impacto sobre o solo, podendo ser causada por aumento na decomposição, perda por erosão, remoção de camadas superficiais do solo que mais armazenam matéria orgânica e uso do fogo.
  • Desbalanço de nutrientes: quando a análise do solo não é feita de maneira adequada, corre-se o risco de utilizar fertilizantes em quantidades erradas, ocasionando um desbalanço de nutrientes no solo que contribui para sua degradação.
  • Acidificação: a acidez do solo já é natural, mas pode ser intensificada pela aplicação de fertilizantes, como o sulfato de amônio, além de outras práticas.

 

2º – Degradação física

A degradação física refere-se à perda ou alterações nas propriedades físicas do solo. Assim como a degradação química, também pode levar à redução na capacidade produtiva do solo. As principais causas são:

  • Selamento superficial: é decorrente do impacto das gotas de chuva ou da água de irrigação sobre o solo, causando desagregação do solo próximo à superfície. O selamento reduz a infiltração de água e promove o escoamento superficial das águas da chuva e irrigação, o que pode levar à erosão.
  • Compactação e adensamento: a compactação causa, sobretudo, diminuição na infiltração de água, aumentando o risco de erosão e dificultando a absorção pelas raízes. A compactação pode ser resultado do tráfego intenso de máquinas sobre o solo, implementos agrícolas, pressão do casco de animais, entre outros.
  • Perda de porosidade: normalmente está associada à redução do teor de matéria orgânica, à compactação e ao impacto das gotas de chuva.
  • Erosão: a erosão é considerada como a principal forma de degradação do solo. As práticas agrícolas intensivas, que não utilizam um sistema adequado de manejo e conservação do solo, são as principais responsáveis pela intensificação dos processos erosivos.

 

3º – Degradação biológica

As propriedades biológicas são as primeiras a serem afetadas com a degradação dos solos. A vida dos microrganismos presentes nos solos é afetada drasticamente em razão da diminuição na qualidade de seu habitat.

Além de trazer prejuízos às plantas e aos organismos do solo, a degradação também afeta negativamente os processos realizados por esses, ocasionando severas consequências funcionais. Algumas causas comuns incluem:

  • Doses elevadas de fertilizantes: o excesso de doses de fertilizantes fosfatados e nitrogenados podem afetar alguns processos biológicos importantes como, a fixação simbiótica de nitrogênio e associações micorrízicas.
  • Plantio convencional: a intensa mecanização utilizada no plantio convencional provoca perda de matéria orgânica, sendo prejudicial à biota do solo, devido ao revolvimento do solo.
  • Queima de resíduos vegetais: também é um fator que contribui com a degradação biológica, uma vez que diminui a quantidade e a diversidade da comunidade biológica do solo.

 

Como evitar a degradação do solo?

Diante de tantas consequências causadas pela degradação do solo, é importante conhecer maneiras de evitar o problema e ter um campo produtivo e de qualidade para realizar suas atividades. Abaixo vamos citar alguns cuidados:

 

Adubação verde

Esse conceito abrange a tradicional prática de utilizar plantas de cobertura em esquemas de rotação, sucessão ou consorciação com as culturas comerciais.

A adubação verde traz diversos benefícios, como proteção da camada superficial do solo contra as chuvas de alta intensidade, sol e vento, redução da lixiviação de nutrientes, maior fixação biológica do nitrogênio, elevação do teor de matéria orgânica, dentre outros.

 

Cultivo em nível

É uma prática que visa dispor as linhas de semeadura ou plantio no sentido transversal à pendente do terreno, através do uso de curvas de nível e linhas em contorno. Através dessa prática, as fileiras de plantas, bem como os sulcos de semeadura ou do preparo do solo, reduzem o percurso da enxurrada, amenizando os processos erosivos e facilitando a infiltração de água no solo.

 

Rotação de cultura

Diversidade é a palavra-chave para essa ação. Ao alternar as plantas, considerando suas necessidades nutricionais, provoca-se a reposição da matéria orgânica e também a proteção contra intemperismo.

 

Reflorestamento da área

O reflorestamento consiste em plantar árvores e plantas em locais que sofreram desmatamento. Além disso, é possível investir na adubação verde, que representa o cultivo de plantas que, mais tarde, serão incorporadas ao solo por meio da decomposição.

Esses processos trazem diversos benefícios, pois protegem a beira dos rios, filtram os sedimentos, aumentam a porosidade do solo, elevam a taxa de nutrientes disponíveis, reduzem o escoamento superficial, permitem o refúgio da fauna, entre outros.

 

Irrigação

A irrigação também tem um papel importante na recuperação de solos degradados. Especialmente em regiões de clima árido, é importante fazer o uso correto dos recursos hídricos e realizar a aplicação necessária de água no solo.

Dessa maneira, o solo da área em questão não sofre com a seca excessiva ou a falta de nutrientes, além de receber a quantidade de minerais na medida certa, ajudando a combater a salinização, por exemplo.

 

Reposição de matéria orgânica

Como a matéria orgânica é fundamental para a saúde do solo, o aumento no teor orgânico, favorece a agregação do solo, o que é de grande relevância para a recuperação da capacidade produtiva.

Uma das maneiras de repor a matéria orgânica, além das culturas de rotação, é a utilização de adubos orgânicos ou organominerais, resultantes do processo de compostagem.

Esses insumos são ricos em compostos orgânicos que ajudam a favorecer a microbiologia do solo, além de melhorar suas propriedades físicas e químicas.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A degradação do solo é um processo que pode acontecer de diferentes maneiras, levando à perda de produtividade de uma área de cultivo. Entender sobre o processo de degradação do solo, suas causas e consequências é fundamental para que o processo não ocorra.

Além do planejamento ocupacional, é importante tomar algumas medidas preventivas para que o seu uso seja sempre racional e sustentável.

Essas atitudes devem ser adaptadas a cada tipo de solo, vegetação e clima local, de forma a reduzir os impactos das atividades neles desenvolvidas.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo.

Canavial: conheça as etapas de plantio!

Canavial: conheça as etapas de plantio!

O custo da implantação do canavial é alto, por isso, começar certo é de extrema importância. E o que é começar certo quando falamos em plantio de cana-de-açúcar? Se quer saber tudo sobre o plantio está no lugar certo. Neste artigo vamos te ajudar a alcançar o sucesso.

Venha Comigo!

 

Canavial: conheça as etapas de plantio!

 

A cana-de-açúcar é uma fonte de alimento fresco para os animais com altas produtividades de matéria seca por área. É uma cultura que, se bem conduzida, exigirá reforma ou replantio após 5 a 6 anos de produção.

No entanto, o canavial será produtivo comercialmente durante todo esse tempo com alta produtividade de energia e matéria seca se seguidas as recomendações de correção do solo, adubação, manejo de pragas e plantas daninhas, colheita no período correto.

 

Solos e Nutrição de Plantas

 

Afinal, o que é canavial?

significado de canavial é simples: ele corresponde a grandes áreas rurais onde há uma extensa plantação de cana.

Como dito anteriormente, a cana-de-açúcar possui um grande potencial econômico, sendo utilizada na extração de muitos derivados. Como, por exemplo o álcool empregado na produção de combustível para automóveis e na produção do açúcar que utilizamos em casa.

Já o termo canaviais corresponde ao grande número de plantações de cana-de-açúcar. Alguns fatores podem gerar a queda da produção.

Ou seja, quando se observa uma baixa produtividade nos canaviais, algumas das práticas listadas abaixo podem ser o motivo dessa situação:

 

Condução do canavial

Com canaviais bem conduzidos é possível obter uma produtividade de 120 a 150 t/ha embora existam variedades com potencial de produção acima de 200 t/ha em um só corte.

Muitas vezes, as piores áreas da propriedade são destinadas ao plantio da cana-de-açúcar e não são seguidas as práticas recomendadas.

Com isso, o canavial terá baixa produtividade. Com pouca longevidade e a cultura será percebida como fonte de alimento com baixo teor nutritivo.

Para a implantação de um canavial com alta produtividade e longevidade é necessário seguir várias práticas.

 

Canavial no Brasil

O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e o segundo na produção global de etanol. A estimativa para 2020/2021 é que sejam colhidos aproximadamente 642 milhões de toneladas.

A produção da cultura se concentra no estado de São Paulo, mas diversas regiões do país produzem e têm condições de expandir ainda mais o potencial.

Existem muitos fatores que contribuem para o sucesso de um canavial e algumas etapas são essenciais para que isso aconteça.

Vamos conhecer cada uma dessas etapas agora!

 

Etapas de plantio de cana-de-açúcar

Uma boa qualidade do plantio, é associada a várias etapas para alcançar o sucesso, vamos lá:

 

Sistematização do terreno

Para que o plantio de cana-de-açúcar atinja os resultados desejados é necessário que exista um bom planejamento todas as etapas desse processo, tendo no plantio apenas uma dessas etapas.

Em um primeiro momento é muito importante que o produtor conheça o ambiente edafoclimático ou ambiente de produção de sua propriedade. Afinal este é um fator que influencia muito no potencial produtivo de cada variedade.

Nos locais de plantio é feito um trabalho de engenharia, conhecido como sistematização do terreno. No qual subdivide-se a área em talhões e aloca-se os carreadores principais e secundários.

 

Amostra de solo para fins de fertilidade

Assim que terminar a sistematização do terreno, o produtor deve coletar amostra de solo em cada talhão para análise com vistas às operações de correção do solo e adubação.

É de fundamental importância realizar a análise do solo a ser reformado para identificar sua fertilidade. Nessa análise será possível identificar quais nutrientes estão em nível adequado e quais estão em falta para a plantação de cana-de-açúcar.

 

Solos no Brasil

 

Preparação do solo

Percebe-se que o preparo do solo deve ser muito bem estabelecido pois é uma atividade que apresenta efeitos a longa data, isto é, de pelo menos 5 anos.

Em cana-de-açúcar os preparos de solo podem ser convencionais, cultivo mínimo e plantio direto. A escolha do modo de preparo deve ser feita baseada nas condições globais existentes em sua propriedade como por exemplo:

  • O Sistema Convencional: O Sistema Convencional de preparo do solo envolve operações de subsolagem e aração, combinadas por gradagens para a eliminação das soqueiras e incorporação de corretivos de solo.
  • O Sistema de Cultivo Mínimo: Esta técnica destaca-se por substituir as operações convencionais de preparo do solo em área total por um preparo concentrado na linha de plantio, que consiste mais frequentemente em uma subsolagem, que pode ser complementada por uma desagregação mais intensa do solo por meio de enxada rotativa em uma faixa estreita vizinha à linha de subsolagem.
  • E o Sistema de Plantio Direto: O Sistema de Plantio Direto é uma técnica de manejo do solo em que palhiço e restos vegetais (folhas, colmos, raízes) são deixados na superfície do solo. O solo é revolvido apenas no sulco onde são depositadas as mudas e fertilizantes e as plantas infestantes são controladas por herbicidas, evitando assim cultivos mecânicos que provocam a compactação.

 

Defina muito bem qual será o espaçamento e profundidade

O espaçamento do plantio deve variar de acordo com a fertilidade do terreno e as características da variedade recomendada.

  • Para solos arenosos, espaçamentos mais estreitos como 1 metro ou 1,20 metro são mais indicados.

Com esses espaçamentos, o fechamento da entrelinha tende a ocorrer mais rápida, facilitando o controle do mato.

Se a colheita for mecanizada representando a grande maioria das lavouras – o espaçamento deve ser de ao menos 1,5 metro. Com isso é evitado o pisoteamento e a compactação das linhas de cana pelas rodas das máquinas.

  • Em solos férteis, o espaçamento mais comum é de 1,5 metro;
  • Espaçamento uniforme: quando a distância entre os sulcos de plantio é constante em toda a área plantada;
  • Espaçamento combinado: quando num mesmo talhão combinam-se faixas de espaçamento uniforme com faixas de espaçamento alternado, a fim de propiciar condições para o controle do tráfego.

 

Plantio da cana-de-açúcar

Existem três períodos em que a cana pode ser cultivada e seu plantio varia de acordo com o objetivo da produção. Eles devem ser feitos de acordo com o planejamento anual do agricultor, podendo ser: cana de ano, cana de ano e meio e cana de inverno.

 

Cana de ano

É muito comum ser utilizado na pecuária com a finalidade de produzir alimentos para os animais. Seu plantio acontece em outubro, paralisa seu desenvolvimento de março a abril e depois inicia a maturação.

Nesses casos, é importante se atentar a solos sujeitos à erosão, já que ele ficará exposto a períodos de chuva.

 

Cana de ano e meio

Comumente utilizado por usinas e destilarias, esse método prevê que o plantio demore de 15 a 18 meses para se desenvolver. Ela é plantada no começo do ano, entre janeiro e março. Neste período, a planta tem condições de umidade e temperatura ideais para se desenvolver.

Durante o inverno, o desenvolvimento continua a acontecer e, então, de outubro a abril se paralisa. Para, então, iniciar seu processo de maturação. Assim, completa o tempo de 15 a 18 meses.

 

Cana de Inverno

Geralmente utilizado em plantações em que há a possibilidade de irrigação. Esse sistema é realizado durante o período mais seco do ano. Nele, já no primeiro ano a plantação apresenta uma grande produtividade.

 

Plataforma Agropós

 

Realizar o correto manejo e a conservação do solo para o canavial

Nesta etapa é preciso realizar a sistematização do local, tais como: nivelamento do terreno, acabamento dos terraços, definição de carreadores, comprimento e largura dos talhões, tiro de colheita, planejamento da sulcação etc.,

Também é importante adotar medidas estratégicas que minimizam o número de manobras do maquinário sobre as soqueiras durante a colheita mecanizada.

 

Conclusão

O sucesso do canavial inicia-se no planejamento e plantio correto da cultura. Não é novidade que se o plantio for realizado de maneira inadequada, você terá que conviver com o canavial por aproximadamente cinco anos ou mais.

E será pouco eficiente, uma vez que o plantio e a condução do canavial são fatores essenciais para o sucesso e aumento dos lucros no campo. A formação do canavial envolve atividades desde o preparo de solo, plantio e tratos culturais.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo sobre o tema!

Escrito por Michelly Moraes.

 

Solos e Nutrição de Plantas