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Fungicida: conheça os principais tipos!

Fungicida: conheça os principais tipos!

Os fungos estão entre os principais causadores de enormes perdas de produtividade nas culturas agrícolas. Com isso preparamos esse artigo para mostrar os diferentes tipos de fungicidas. Se quer saber tudo sobre esse assunto continue a leitura!

Vamos lá?

 

Fungicida: conheça os principais tipos!

 

Os fungicidas são moléculas químicas, orgânicas ou inorgânicas utilizadas para controlar esses patógenos causadores de doenças nas lavouras.

São definidos e regulamentados pela Lei Nº 7.802, de 11 de julho de 1989 e compreendem um dos principais métodos de controle utilizados.

Em 2020, no Brasil, 299.010.006 hectares de áreas de cultivo foram tratados com fungicidas. Sim, quase 300 milhões de hectares!

No entanto, existem diferentes classificações dos fungicidas e para sua utilização correta e segura devem se conhecer essas denominações.

Para te explicar quais são essas diferenças de classificações e qual é o melhor fungicida para sua lavoura, confira este artigo!

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Composição dos fungicidas

A composição básica dos fungicidas se baseia em duas partes: o ingrediente ativo e a formulação.  O ingrediente ativo é o componente químico principal do fungicida.

É a parte patenteada e registrada pelo fabricante, que posteriormente é misturada a um ingrediente inerte (como, por exemplo, um solvente) que aumenta a performance do produto.  Sendo assim, chamamos essa mistura dos dois ingredientes de formulação.

 

Por que os fungicidas são importantes? Quais são seus usos?

Você sabia que há cerca de 19 mil fungos com potencial de causar doenças em plantas, que, anualmente, representa a perda de terço da produção agrícola? Estas perdas ocorrem em todo tipo de lavoura, inclusive as cinco principais culturas (soja, batata, arroz, milho e trigo).

A Sociedade Americana de Fitopatologia (APS, na sigla em inglês) define as principais razões para o uso de fungicidas:

  1. Controle de doenças durante o estabelecimento e desenvolvimento de uma cultura;
  2. Aumentar a produtividade da lavoura, pois as culturas de interesse alimentar podem produzir menos com folhas doentes (os fungos atrapalham a fotossíntese do vegetal);
  3. Reduzir os danos estéticos, que podem afetar a parte comestível do vegetal ou, no caso de plantas ornamentais, reduzir sua atratividade e consequentemente, o valor e as vendas da produção;
  4. Aumentar o período de armazenagem da produção, de forma a reduzir a chance de doenças ocorrem no pós-colheita.

Sendo assim, podemos empregar o uso de fungicidas nos seguintes casos:

  • Proteção de folhagem e brotações novas, com aplicação dos fungicidas durante o crescimento das plantas;
  • Tratamento de sementes, para evitar a disseminação de doenças e protegê-las de fungos presentes no solo;
  • Proteção de ferimentos contra a penetração de fungos, causados no momento de podas, capinas, entre outras atividades;
  • Desinfestação do solo, para evitar ou reduzir a presença de fungos no solo;
  • Tratamento pós-colheita, para proteger a produção durante o período de armazenamento, transporte e comercialização;
  • Quimioterapia, tratamento utilizado para curar uma infecção já instalada no interior dos tecidos da planta.

 

Tipos de fungicidas que podem ser utilizados

Nós podemos classificar os fungicidas por diferentes critérios. Os mais comuns são:

 

Fungicidas protetores

Os fungicidas protetores são preventivos, evitando a penetração do fungo na planta. Eles conseguem formar uma proteção na planta antes de o fungo se instalar, sendo utilizados nas folhagens e sementes.

É necessária a repetição das aplicações, para evitar que, ao se desenvolver, a planta não fique desprotegida.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Fungicidas curativos

Esse tipo de fungicida consegue penetrar na planta, impedindo que o fungo atinja seu tecido. Geralmente, funcionam melhor no início dos sintomas, quando ainda não são visíveis

 

Fungicidas erradicantes

Impedem o desenvolvimento da doença causada pelo fungo, e a aplicação só deve ser feita após o surgimento dos sintomas da doença na planta. São também usados para tratamento de sementes e do solo, geralmente em épocas de inverno, quando as plantas de clima equilibrado entram em descanso vegetativo.

 

Fungicidas antiesporulantes

Evitam a formação de esporos. Essa classificação não inibe a doença, mas evita que eles contaminem as plantas ao redor.

 

Fungicidas sistêmicos

O fungicida sistêmico pode ser absorvido pela planta no local da aplicação. Certos fungicidas têm o potencial de se mover pelos tecidos da planta.

Essa absorção pode acontecer de duas maneiras: através das raízes ou pela aplicação do produto diretamente nas folhas.

 

Fungicidas de contato

O fungicida de contato não consegue translocação na planta, ou seja, não ocorre o deslocamento da substância em seu interior, mantendo-se no local da aplicação.

É necessária a repetição das aplicações, por serem de fácil remoção pela ação de chuvas, irrigação ou degradação por luz solar.

 

Fatores que devem ser observados na escolha do fungicida

Como vimos anteriormente, existem vários fatores que influenciam na escolha do fungicida, explicaremos sobre cada um deles a seguir:

 

Eficácia de controle

Primeiro, é preciso descobrir o que de fato necessita de controle. Cada fungicida tem uma serventia, que se altera de acordo com cada doença.

 

Espectro de ação

Podem ocorrer diversas doenças ao mesmo tempo na plantação (manchas, antracnose, ferrugem, oídio). Por isso, a ação deve ser controlar várias doenças com o mesmo composto químico.

 

Momento em relação à doença

Os fungicidas utilizados como ação preventiva tendem a dar uma melhor resposta, proporcionando benefício ao fungicida em relação ao patógeno (micro-organismo).

Isso depende da fase de pré-penetração do fungo, que geralmente acontece logo na germinação e no crescimento da planta. Nesse período, o fungo está frágil, com pequeno crescimento, facilitando o controle.

 

Residual de controle

No cultivo de HF (hortifrúti), que inclui hortaliças, legumes, verduras e frutas, podem ser usados fungicidas isolados.

Já o cultivo de grandes plantações, como soja e milho, exige um período maior de proteção, variando de 12 a 15 dias para que entreguem um bom residual.

 

Custo da aplicação

O custo precisa ser o último fator a ser avaliado e não deve ser priorizado antes dos aspectos técnicos.  Além disso, uma aplicação de fungicida deve ser vista como um investimento, e não como despesa.

 

Como aplicar os fungicidas com segurança?

A princípio, a regra básica para ter uma aplicação segura de fungicidas é seguir as orientações do profissional que prescreveu o produto.

Em uma receita agronômica, você encontra todas as recomendações técnicas para a aplicação do fungicida, com informações sobre dosagem, intervalo, taxa de aplicação, entre outras. Além disso, também encontra uma sessão completa com as precauções de uso e cuidados que devem ser adotados para a segurança do aplicador e do meio ambiente.

Outro ponto crucial para uma aplicação responsável é seguir as recomendações da bula. Esses dados, presentes no rótulo do fungicida, também serão informados na receita agronômica e na ficha de emergência do produto, documento que acompanha o fungicida durante seu transporte.

Nesse tópico, também não podemos esquecer do Equipamento de Proteção Individual (EPI), fundamental para a segurança do aplicador. A receita agronômica irá indicar se o produto exige a proteção e como utilizar o aparato.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Espero que após a leitura desse artigo você tenha visto alguns dos fatores necessários para uma utilização mais eficiente e criteriosa dos fungicidas

Assim como também ter esse tipo de informação pode te ajudar a obter um manejo mais econômico e de menores impactos ambientais.

Se quiser ler mais artigos como esse e de outros assuntos de seu interesse continue navegando no blog da Agropós. Além de deixar seu comentário sobre esse conteúdo. E acompanhar as novidades através do perfil da Agropós do Instagram e outras redes sociais.

Escrito por Michelly Moraes.

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Ácaro rajado: conheça os danos e controle!

Ácaro rajado: conheça os danos e controle!

O Ácaro Rajado nada mais é do que uma praga agrícola que vem causando muitos prejuízos em danos expressivos em muitas culturas. No conteúdo de hoje, vamos contar tudo sobre o que é, quais as principais características e claro, como fazer o controle.

Acompanhe!

 

Ácaro rajado: conheça os danos e controle!

 

O que é ácaro rajado?

O ácaro rajado (Tetranychus urticae) é uma das principais pragas das plantas cultivadas ao redor do mundo e ataca mais de 150 tipos de cultivo.

O Ácaro Rajado nada mais é do que uma praga agrícola que vem causando muitos prejuízos em danos expressivos em muitas culturas.

A seguir, vamos te explicar algumas das principais características desse ácaro!

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Conheça as principais características 

Pode ser que você não saiba, mas os ácaros não são insetos. Estão no mesmo filo, Arthropoda, mas são de classe distinta.

Os ácaros pertencem à classe Arachnida e subclasse Acari. E, dentre eles, está o ácaro-rajado, Tetranychus urticae, que é um ácaro tetraniquídeo (família Tetranychidae).

Há características muito particulares que irão te ajudar a identificá-lo melhor. Uma delas é a capacidade de formar teias, que têm a função de proteger contra ataques de predadores e cria um microclima ideal para o desenvolvimento da população.

As ninfas e os adultos produzem teias que podem encobrir a planta por completo. E, quando a infestação está muito alta, ocorre um aumento significativo, sinal de que a população está prestes a dispersar.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Ciclo de vida

Os ovos são esféricos, macios, esbranquiçados e translúcidos após a postura, e menores que 0,1 mm de diâmetro. A larva tem tamanho reduzido variando de incolor a amarelada e possui três pares de pernas.

Já a ninfa possui oito pares de pernas. Os adultos possuem cor amarelada com duas manchas verde-escuras, uma em cada lado do dorso. As fêmeas possuem 0,5 mm de comprimento, sendo os machos menores (0,3 mm) e mais delgados.

Seu ciclo de vida se completa em 14 dias e é favorecido por temperaturas altas e tempo seco. Possui alta capacidade reprodutiva, onde as fêmeas colocam até 100 ovos, cerca de 10 por dia.

 

Hábito alimentar/ danos

Tanto adultos quanto formas imaturas de T. urticae apresentam preferência por folhas mais velhas para alimentar-se. O processo de alimentação ocorre através da introdução dos estiletes nas células vegetais e ingestão do conteúdo intracelular extravasado.

Em altas infestações, as folhas mais jovens também são atacadas

A injúria causada pelo ácaro-rajado leva à formação de pontuações cloróticas nas folhas, evoluindo para manchas bronzeadas e secas; por fim, ocorre a queda dessas folhas.

Outros danos causados às plantas incluem redução de crescimento e formação de teias, cuja função é proteger os ácaros contra predadores e criar um microclima ideal para o seu desenvolvimento.

Tanto ninfas quanto adultos produzem teias, que em alguns casos podem encobrir a planta por completo. Em altas infestações, ocorre um aumento na produção de teia, indicando que a população está prestes a dispersar-se para outras plantas.

 

Dispersão 

A dispersão pode ocorrer por meio de órgão vegetais transportados pelo homem, levando os ácaros para longas distâncias.

Outra maneira é pela migração de poucos metros por caminhamento dos ácaros. Quando há alta densidade populacional, abandonam as folhas muito danificadas e migram para outras menos atacadas da mesma planta ou de plantas diferentes.

dispersão mais frequente ocorre pelo vento: as fêmeas procuram a periferia da planta hospedeira e deixam-se levar pela corrente de ar.

 

Manejo do ácaro-rajado 

Estudos têm indicado que no Brasil, em culturas com intenso uso de produtos químicos, existem populações resistentes aos acaricidas:

  • abamectina;
  • clorfenapir;
  • dimetoato;
  • enxofre;
  • fenpiroximato;
  • milbemectina; e
  • propargito.

Esse uso intenso ainda pode causar problemas de ressurgência da praga, devido à eliminação dos inimigos naturais da área.

Além disso, esse ácaro tem alta capacidade reprodutiva, ciclo curto, se aloja na parte inferior das folhas e tecem as teias que o auxiliam ainda mais para se manter no ambiente.

Por isso, é importante que o manejo deste ácaro seja realizado de forma integrada. Com o Manejo Integrado de Pragas (MIP) existe uma grande chance de evitar que esses problemas ocorram e controlar o ácaro-rajado de maneira eficiente.

 

Monitoramento/ tipos de controle

Para que o MIP seja realizado, é importante fazer o monitoramento constante. Isso mostrará se a população do ácaro-rajado está ou não no nível de controle.

Cada cultura requer pontos de amostragens diferentes, mas é necessário que esta ação seja feita.

A partir dos resultados, toma-se a decisão de controle que, atualmente, é o uso de produtos químicos e biológicos registrados pelo Mapa e o controle cultural. 

Para uso de acaricidas, é muito importante a rotação com diferentes modos de ação para o manejo da resistência e manutenção da eficiência do controle.

 

 

Controle químico

Um ponto importante para realizar o controle químico é a preferência por produtos seletivos aos inimigos naturais. Como falado anteriormente, quanto mais seletivos, menor o risco de ocorrer pressão de seleção ao ácaro.

 

Controle biológico

E o uso de controle biológico pode conter 80% das infestações. Pode ser realizado com o uso de ácaros predadores da família Phytoseiidae. As espécies Neoseiulus californicus e Phytoseiulus macropilis têm registro no Mapa e são comercializadas por biofábricas.

Esses ácaros predadores devem ser liberados na cultura quando existe uma baixa população da praga para que o controle seja eficiente.

As liberações massais com essas espécies têm sido a melhor maneira de controle em diversas culturas.

Um outro produto biológico seria o entomopatógeno Beauveria bassiana, que é também comercializado por biofábricas, aplicado em temperaturas mais amenas e clima mais úmido.  Outros inimigos naturais ocorrem de forma natural no ambiente.

 

Controle cultural

Você também pode realizar o controle cultural, com destruição de restos culturais e manejo de plantas invasoras, que podem servir de hospedeiras.  Ou realizar a destruição das teias com jatos de água sobre as plantas.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O ácaro-rajado é uma praga altamente polífaga que ataca diversas culturas agrícolas de importância econômica, incluindo a soja.

Embora não seja um inseto e sim um aracnídeo, esse artrópode apresenta diversas fases de desenvolvimento e um ciclo de vida consideravelmente rápido, o que contribui para a disseminação nas lavouras.

Portanto, faz-se necessário o monitoramento constante das lavouras e, quando necessário, o controle eficaz das populações infestantes.

 

Pós-graduação Fitossanidade

Cigarrinha verde: veja as diferentes formas de controle!

Cigarrinha verde: veja as diferentes formas de controle!

Estes insetos sugadores de seiva causam prejuízos decorrentes de suas picadas, onde injetam toxinas nas plantas atacadas. Esta espécie ocorre em várias culturas de importância econômica, como algodão, amendoim, batata, ervilha, feijão, feijão-vagem, soja, tomate, trigo. Com isso preparamos este artigo para aprendermos a manejar essa a cigarrinha verde.

Venha comigo!

 

Cigarrinha verde: veja as diferentes formas de controle!

 

Embora a cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) não seja uma praga tradicional das lavouras de milho gauchas, sua participação em áreas de cultivo no Sul do Brasil vem aumentando ano após ano.

O fato é extremamente preocupante visto que a praga possui um elevado potencial em causar danos, podendo inclusive comprometer a produtividade das culturas de grãos.

Embora seja considerado um inseto sugador, seus maiores danos estão relacionados a transmissão de viroses, mais especificamente os enfezamentos.

Neste artigo vamos abordar tudo que você precisa saber sobre essa praga, não fique de fora acompanhe.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

O que são enfezamentos?

Os enfezamentos são doenças do milho causadas pela infecção da planta por microrganismos denominados molicutes (classe Mollicutes-Reino Bacteria), que são um espiroplasma (Spiroplasma kunkelii) e um fitoplasma (Maize bushy stunt).

Há dois tipos de enfezamentos: o enfezamento-pálido (causada por espiroplasma) e o enfezamento-vermelho (causada por fitoplasma), ambos transmitidos pelo mesmo inseto vetor, a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis).

 

Checklist agrícola

 

Cigarrinha-verde (Dalbulus maidis)

Essa espécie pertence a Ordem Hemiptera e família Cicadellidae. É uma praga bem adaptada às condições tropicais do Brasil. Se reproduz somente no milho, estando presente em áreas de primeira safra quanto de segunda safra e possui a capacidade de migrar a longas distâncias.

Pode colonizar desde campos recém germinados (vindo de outras lavouras de milho) até o florescimento, tendo um aumento da população ao longo dos estádios da cultura, provenientes de novas gerações e também de entradas continuas de adultos.

 

Características da cigarrinha-verde

A Cigarrinha-verde pertence à ordem Hemiptera, a mesma dos percevejos pulgões. A família Cicadellideae, onde está inclusa, é a maior da ordem, com mais de 21 mil espécies descritas.

O inseto adulto possui coloração verde-clara e corpo de aproximadamente 3 mm. É extremamente ágil e pode se dispersar rapidamente na lavoura.

Os ovos são postos nas nervuras no lado inferior das folhas e eclodem entre uma e duas semanas. As cigarrinhas ninfas (inseto jovem) são verdes-translúcidas e tornam-se adultas com aproximadamente 15 dias.

 

Quanto aos sintomas e danos

A Cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) causa injúrias nas plantas de milho através da alimentação, onde fazem a sucção da seiva, porém o dano mais expressivo causado pelo ataque dessa praga é indireto, pois ela transmite patógenos que vão causar o enfezamento pálido e enfezamento vermelho do milho, e também a virose do raiado fino.

A praga ao se alimentar de uma planta infectada, torna-se vetor do patógeno, transmitindo posteriormente para uma planta sadia.

Enfezamento pode ser vascular ou sistêmico sendo que plantas com a doença podem ser pequenas e improdutivas, ter espigas pequenas e falhas na granação, possuir os internódios curtos, sem falar que formam menos raízes que plantas sadias, reduzindo a absorção e assimilação de nutrientes pela planta.

Essa doença é causada por microrganismos da classe dos Mollicutes, conhecidos como espiroplasma e fitoplasma.

O enfezamento pálido é causado pelo Spiroplasma kunkelii, onde ocorre o aparecimento de estrias cloróticas da base para o ápice das folhas, enquanto que o enfezamento vermelho é causado pelo Maize Bushy Stunt Phytoplasma, tendo como característica o avermelhamento das folhas a partir das margens e do ápice, seguido por folha seca.

Os sintomas aparecem na fase reprodutiva. A virose do raiado fino causa uma redução no crescimento e abortamento das gemas florais, sendo que os sintomas aparecem entre 7 e 10 dias.

Após a inoculação, iniciando com pequenos pontos cloróticos na base e ao longo das nervuras das folhas jovens, tornando-se evidentes com a grande quantidade de pontos cloróticos que se fundem e tomam o aspecto de riscas curtas. Geralmente ocorre simultaneamente com os enfezamentos.

 

Condições que favorecem o inseto

A multiplicação dos moliculites na cigarrinha é favorecida por temperaturas acima de 25ºC. Temperatura média entre 27 °C e 32 °C causa encurtamento do ciclo da cigarrinha, favorecendo sua proliferação e, portanto, aumento a incidência do inseto-vetor.

 

Fatores que contribuem para a severidade dos enfezamentos

  • Chuvas seguidas de altas temperaturas;
  • Plantio não escalonado do milho, com lavouras velhas e jovens ocorrendo ao mesmo tempo;
  • Utilização de híbridos que não são resistentes aos molicutes;
  • A presença de cigarrinhas nas lavouras, mesmo na fase de maturação;
  • A presença de fungos associados à podridão de colmo, facilitando a alimentação da cigarrinha;
  • Períodos de secas durante a safra, o que agrava os efeitos dos enfezamentos, já que as doenças prejudicam a absorção de nutrientes, o que piora na estiagem.

 

Quanto as diferentes formas de controle

Várias estratégias de manejo podem e devem ser adotadas para controlar a população de cigarrinhas. Veja algumas a seguir:

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Monitore a cigarrinha

Monitore a presença de cigarrinha nas lavouras em todas as safras e considerar o histórico de ocorrência de insetos na sua área.

E monitore, inclusive, antes do plantio, verificando se será preciso aplicações de inseticidas ou de controle biológico antes do plantio.

 

Controle biológico

O fungo Beauveria tem sido muito utilizado com grande eficiência, especialmente em condições de ambiente úmido.

Os esporos do fungo penetram na cutícula do inseto, colonizando seus órgãos internos para de se alimentar, causando a morte da praga. Esse processo ocorre entre 2 a 7 dias após a aplicação, dependendo das condições climáticas.

Aliás, a Beauveria bassiana é um agente microbiológico utilizado também no controle da mosca-branca, ácaro rajado. Aproveite mais essa opção de controle na sua fazenda.

 

 

Controle químico

É importante tratar as sementes com inseticidas e pulverizar a lavoura no início (V3 e V4), reduzindo os níveis de incidência.

Aplicações após na cultura devem ser nos estágios iniciais das plantas, também para evitar a incidência.

Listei alguns inseticidas de grupos e ingredientes ativos recomendados para controle de sugadores no algodão, feijão e soja.

 

Neonicotinoides

  • Acetamiprido– Aceta 200SP; Acetamiprid 200SP; AutenticoBR 200SP;
  • Imidacloprido– Gaucho FS; Imidagold 700WG;
  • Tiacloprido– Calypso 480SC;
  • Tiametoxam– Actara 250WG.

 

Organofosforados

  • Cloropirifós– Ciclone 480EC; Catcher 480EC;
  • Terbufós– Counter 150GR.

 

Piretroides

  • Fenpropatina– Meothrin 300EC; Damimen 300EC;
  • Bifentrina– Brigade 25EC; Seizer 100EC;
  • Etofenpoxi – Safety 300EC.

Usar uma combinação de ingredientes ativos é uma ótima alternativa por unir ação sistêmica e de contato.

Sempre utilize produtos registrados para a cultura e na dose recomendada, de acordo com o receituário agronômico.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A cigarrinha-verde tem causado infestações cada vez maiores e danos em diversas culturas. A praga suga a seiva na parte inferior das folhas, que apresentam sintomas de encarquilha mento, secamento e amarelamento das bordas e necrose nos pontos de injúria.

Neste artigo mostramos diferentes formas de controle, onde todos podem ser eficiente neste combate. Sugerimos que em caso de dúvidas chamem um especialista na área.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo.

 

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Conheça as 6 principais pragas do milho!

Conheça as 6 principais pragas do milho!

Combater as pragas do milho é uma tarefa importante com o propósito de garantir o sucesso dessa lavoura. Isso porque trata-se de um dos produtos agrícolas mais importantes à nossa economia. Com isso, preparamos este artigo para mostrar as principais pragas do milho. Quer conhecê-las?

Venha comigo!

 

Conheça as 6 principais pragas do milho!

 

O milho é uma das culturas mais importantes da agricultura no Brasil superando recordes de produção a cada ano.

Sua versatilidade é uma das qualidades dessa cultura que pode ser utilizada na indústria e na alimentação humana e animal.

Os primeiros indícios da produção do milho foram encontrados no México que logo se espalhou pela América e Europa, e hoje está presente em diversos países.

Sendo uma cultura de extrema importância, é preciso ter alguns cuidados com os inimigos naturais, conhecer bem o comportamento desses inimigos é a única forma de se proteger contra perdas e garantir a lucratividade da lavoura.

Foi pensando nisso que escrevemos este artigo com informações essenciais que você precisa conhecer para se proteger desse mal.

 

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Como o milho chegou no Brasil

No Brasil, o milho já era cultivo pelas tribos indígenas antes da chegada dos portugueses. Com a colonização, há mais de 500 anos, o consumo teve grande aumento, tonando-se um hábito alimentar.

Os índios tinham em sua alimentação o milho como um dos principais alimentos, principalmente as tribos guaranis.

Com a chegada dos novos povos, o grão se tornou fonte de outras atividades sendo incorporado como formas diversas de cozimento e como farinha, por exemplo.

 

Brasil como potência agrícola

A produção de milho no Brasil está na terceira posição do ranking de produtividade como uma das maiores potências produtivas do mundo, com aumento aproximado crescimento em torno de 5,7% ao ano.

No mundo, o milho é responsável por uma produção de aproximadamente 960 milhões de toneladas, tendo Brasil, China, Estados Unidos e Argentina como os maiores produtores.

Sabe-se que o Brasil é um dos países com grande destaque no agronegócio, com investimento em tecnologia e agricultura de precisão, superando índices de produção a cada ano.

 

Checklist agrícola

 

As 6 principais pragas do milho

Você já deve ter entrado numa lavoura de milho e notado que algo não ia bem. É possível identificar pela folhagem ou, até mesmo, por causa do aspecto dos arbustos. Isso sem falar nas próprias espigas de milho, atacadas principalmente por lagartas.

Dessa maneira, reconhecer as pragas e os seus causadores é essencial para não correr o risco de perder a sua safra. Confira as 6 principais pragas do milho:

  1. Cigarrinha do milho  (Dalbulusmaidis)
  2. Pulgão (Rhopalosiphum maidis)
  3. Lagarta-rosca (Agrotis ípsilon)
  4. Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)
  5. Corós (Liogenys sp)
  6. Larva-alfinete (Diabrotica speciosa)

 

1. Cigarrinha do milho (Dalbulus maidis)

A cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) é outra praga conhecida pela transmissão de doenças às lavouras, sendo o enfezamento pálido (espiroplasma) e o enfezamento vermelho (fitoplasma) as mais comuns.

Seus sintomas típicos são folhas com listras esbranquiçadas, amareladas ou avermelhadas, chegando a adquirir uma tonalidade púrpura.

 

Danos

A cigarrinha adquire o espiroplasma ou o fitoplasma ao se alimentar da seiva de plantas infectadas. A propagação das doenças se estende a todo o ciclo de vida da praga, sempre que se alimenta de cultivares saudáveis.

 

Controle

O Manejo Integrado de Pragas é um grande aliado no controle das principais pragas do milho, pois ajuda a monitorar sua população e aplicar medidas corretivas antes que atinjam um ponto crítico.

Uma prática muito eficiente nesse sentido é o uso de filmes plásticos para a proteção do solo, que substituem as coberturas de palhada e restos culturais que facilitam a sobrevivência das pragas.

 

2. Pulgão (Rhopalosiphum maidis)

pulgão é um tipo de inseto que pode ser facilmente reconhecido por causa de sua grande quantidade na planta e também em decorrência de sua coloração verde azulada ou preta.

Eles vivem em colônias nos pendões, nas folhas, nas espigas ou no interior do cartucho. Aliás, o seu desenvolvimento é facilitado em locais e períodos de baixa umidade, ventos com baixa velocidade e temperatura em torno de 20 graus.

 

Danos

A sua alimentação é à base de seiva das plantas e esses insetos são capazes de esgotar as reservas hídricas e nutricionais, causando deformações nas folhas.

 

Controle

O seu controle pode ser feito de maneira natural, tendo em vista que essa é uma espécie bastante sensível a desequilíbrios biológicos e conta com um grande número de inimigos naturais, como a tesourinha e as joaninhas.

Se a infestação estiver muito alta, o controle químico é recomendado. Mas, sempre levando em consideração o intervalo de carência e a dosimetria correta do veneno.

 

3. Lagarta-rosca (Agrotis ípsilon)

Lagarta-rosca é como são conhecidas as lagartas dos gêneros Agrotis, Anicla e Peridroma, que recebem esse nome pela forma como se escolhem quando são tocadas. São pragas de hábitos noturnos, que se abrigam no solo durante o dia e atacam as plantas recém-transplantadas ou recém-germinadas à noite.

 

Danos

Elas se alimentam do colo, a região do caule que fica próxima do solo. Fazendo com que as plantas murchem e tombem. São poucos os estudos sobre a ocorrência dessa praga no Brasil, o que dificulta o seu reconhecimento nas lavouras e, consequentemente, seu manejo.

 

Controle

O método de controle mais usado tem sido iscas com substâncias que atraem a lagarta, misturadas a algum defensivo químico. Outras formas de prevenir incluem a eliminação de plantas hospedeiras e restos culturais, que costumam servir de abrigo para a praga.

 

4. Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)

A lagarta-elasmo vem tornando-se, juntamente com a lagarta-do-cartucho, uma das principais pragas da cultura do milho em condições de campo.

Tem sido observado que esta praga ocorre com maior frequência em solos arenosos e em períodos secos após as primeiras chuvas. Também tem sido problemática para as culturas em solos sob vegetação de cerrado, sobretudo no primeiro ano de cultivo.

 

Danos

Devido ao ataque, ocorre primeiramente a morte das folhas centrais, cujo sintoma é denominado “coração morto”. Sendo puxadas com a mão, as folhas secas do centro destacam-se com facilidade. Posteriormente ocorre o perfilhamento ou a morte da planta.

Uma folha enrolada, atacada por elasmo, quando chega a abrir-se, apresenta orifícios bem redondos dispostos em linha reta.

 

Controle

Os melhores resultados para o controle da lagarta-elasmo são obtidos com a utilização de inseticidas sistêmicos aplicados preventivamente no solo, por ocasião do plantio.

Este tipo de controle é recomendado, porém, somente em regiões onde tradicionalmente ocorre a praga.

Em locais onde a ocorrência é esporádica, recomenda-se uma pulverização, dirigindo-se o jato da calda inseticida para a região do colo da planta

 

 5. Corós (Liogenys sp)

Os corós referem-se a várias espécies de larvas da família Melolonthidae, e são conhecidos por atacar as partes subterrâneas das lavouras.

Essa é a principal característica que dificulta o seu controle e mapeamento, o que exige um conhecimento profundo dos seus aspectos comportamentais para a contenção de danos.

 

Danos

No início do seu desenvolvimento, as larvas podem ser encontradas ainda na palhada de restos culturais. Posteriormente, elas migram para as raízes das plantas, que lhe servirão de alimento.

O plantio convencional é uma forma de conter o seu crescimento. Já que o revolvimento do solo causa danos mecânicos à praga e a deixa exposta a predadores.

 

Controle

O controle químico é a forma de controle mais usada até o momento, principalmente com a aplicação de defensivos agrícolas nas sementes ou nas linhas de semeadura.

Técnicas de controle biológico ainda estão sendo estudadas, usando moscas e vespas que parasitam as larvas e fungos hospedeiros.

 

 

6. Larva-alfinete (Diabrotica speciosa)

As fases imaturas das pragas são encontradas no solo. Os ovos são colocados na base da planta, próximo às raízes.

São esbranquiçadas com a cabeça e o ápice de abdome de coloração preta. O adulto é de coloração verde-amarela, por isso denominado “vaquinha verde-amarela ou patriota”.

 

Danos

O sintoma mais característico das plantas afetadas, devido ao formato curvado que passam a apresentar.

Nesse caso, elas ficam mais suscetíveis aos ventos fortes, uma vez que a sua estabilidade fica comprometida pela deterioração das raízes. Danos às folhas também são visíveis quando a praga atinge a fase adulta.

 

Controle

O método de controle mais usado no Brasil é o uso de inseticidas químicos aplicados via tratamento de sementes, granulados e pulverização no sulco de plantio.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

É inegável que chegar na lavoura e ver muitos insetos sempre vai nos deixar preocupados. É muito importante que você conheça as principais pragas do milho e saiba quando é preciso controlá-las.

Neste artigo citamos as principais pragas da cultura do milho. Agora que você conhece essas práticas, ao reconhecer em sua lavora escolha o melhor método de controle, lembrando que em caso de dúvidas, chame um especialista da área.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo. 

Escrito por Michelly Moraes.

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Guanxuma: aprenda a combater essa planta daninha!

Guanxuma: aprenda a combater essa planta daninha!

Plantas daninhas estão presentes em todas as áreas e em todas as culturas é necessário fazer o controle. Existem diversas espécies que afetam o desenvolvimento e produção das culturas de importância agronômica como a guanxuma. Com isso preparamos esse artigo para auxiliar os produtores no combate dessa daninha!

Acompanhe!

 

Guanxuma: aprenda a combater essa planta daninha!

 

Certamente você já ouviu falar ou precisou combater a guanxuma em sua lavoura. Esta planta daninha representa um grande problema, não é verdade?

Também conhecida como vassourinha, tupixá e chá-da-índia, a guanxuma é uma planta daninha que, assim como as outras, se não controlada, diminui o potencial de produção do pasto, afetando a capacidade de suporte das pastagens e, consequentemente, o resultado econômico da propriedade.

Por essa razão ponderar medidas para o combate da Guanxuna é necessidade comum entre agricultores, caso contrário as perdas em produtividade podem ser consequências nada agradáveis. Com isso preparamos algumas dicas para ajudar no combate dessa planta daninha.

 

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Afinal, o que é Ganxuma?

A guanxuma (Sida carpinifolia) é uma planta subarbustiva. A infestação da planta ocorre por meio da disseminação da semente, associada ao manejo inadequado da pastagem.

De cultura perene, com altura entre 0,3 e 0,7 metros, a guanxuma produz flores amarelas, normalmente, com cinco pétalas, o que facilita sua identificação na pastagem.

Além disso, a avaliação periódica dos animais também é outro fator que pode auxiliar o produtor, uma vez que a intoxicação resulta em sinais clínicos perceptíveis.

 

Principais características

Nativa da América, a guanxuma é uma planta perene e subarbustiva da família Malvaceae. Ela é particularmente resistente às condições adversas de clima e solo.

Esta é uma planta daninha recorrentes em lavouras, apresentando ampla variabilidade genética devido a sua capacidade de disseminação por via seminífera, sendo este um mecanismo de sobrevivência importante desta espécie. Sua germinação é favorecida com alternância de temperatura em 20°C a 30°C.

Essa variedade de planta daninha produz em média 510 sementes por planta, podendo a chegar até 28 mil sementes m2. Também são indiferentes à luz, sendo capazes de germinar tanto no claro quanto no escuro.

Por fim, a presença dessa planta daninha pode indicar uma possível compactação do solo, demonstrando que o cultivo é suscetível à seca e ao tombamento.

 

Interferência no desenvolvimento das culturas

A Guanxuma apresenta-se como uma planta que tem crescimento relativamente lento, fazendo com que ela seja pouco competitiva quando jovem.

Porém, quando não há o controle inicial, e a planta atinge estádios mais avançados, a competitividade com as culturas de maior interesse se torna maior, fazendo com que o controle seja mais difícil.

Quando adulta, suas folhas possuem excessivo acúmulo de tricomas (pelos) e ceras, dificultando a absorção do herbicida na planta. Além disso, vários são os fatores que influenciam a disseminação desta espécie, tais como:

  • Adaptabilidade ecológica;
  • Prolificidade de indivíduos;
  • Longevidade;
  • Alta capacidade de florescimento; e
  • Capacidade de emergir a partir de grandes profundidades no perfil do solo.

Vale citar que, mesmo podendo emergir a partir de grandes profundidades, a deposição de matéria orgânica na superfície do solo (palhada) dificulta a emergência das sementes dessa planta.

 

Principais tipos de guanxuma no Brasil

Em nosso país as principais espécies de guanxuma que infestam as lavouras são:

 

Guanxuma – Sida spinosa

Essa planta apresenta frequência média, infestando geralmente cultivos anuais ou perenes, além de pomares e pastagens essencialmente nas regiões centro e sul do País.

Plântulas: hipocótilo verde com finos pelos glandulares; folhas pecioladas de limbo ovalado; a partir da 3ª folha apresenta pequenos espinhos aos lados dos pecíolos.

Plantas adultas: caule lenhoso e ramificado; ramos novos são verdes e pilosos e os velhos são amarronzados; apresenta espinhos na base dos pecíolos; folhas verdes, porém apresentam coloração púrpura nas margens.

Culturas afetadas: cultivos anuais; pomares e pastagens. Tem maior frequência em solos arenosos (tolerando solos ácidos), nas Regiões Centro e Sul.

 

Checklist agrícola

 

Guanxuma – Sida glaziovii

Esse tipo de Guanxuma ocorre frequentemente em solos arenosos das regiões tropicais do Brasil. Tem por característica infestar áreas de pastagens, beiras de estrada, carreadores pomares, além de culturas perenes em geral.

É uma das maiores infestantes em áreas de novos canaviais no cerrado, sendo também a mais frequente, dentre as suas espécies. Seu reconhecimento ocorre através da coloração prateada de suas folhas.

 

Guanxuma – Sida rhombifolia

Dentre as espécies de guanxuma, essa é a mais encontrada em áreas cultivadas do país. Ela infesta principalmente lavouras anuais e perenes, assim como pomares e pastagens. Também é frequente em cultivos de cereais que trabalham com sistema de plantio direto.

Plântulas: hipocótilo curto com pelos retorsos; folhas cotiledonares com pecíolos com pelos simples e pouco perceptíveis; limbo de base truncada de margens inteiras.

Plantas adultas: caule cilíndrico, fibroso, de coloração verde e recobertos por uma fina pilosidade; partes mais velhas têm coloração amarronzada e perdem os pelos. Encontradas em quase todas as regiões do país.

 

Plataforma Agropós

 

Manejo e combate dessa planta daninha

O monitoramento dos pastos é importante, uma vez que a rápida identificação da planta daninha pode fazer com que o pecuarista faça o controle da infestação antes que haja a intoxicação do rebanho.

 

Métodos de controle da guanxuma

Como as sementes de guanxuma possuem dormência, o uso de herbicidas pré-emergentes é essencial, pois reduzem a necessidade de aplicações em pós-emergência.

Já quando o manejo é necessário em pós-emergência, deve-se aplicar herbicidas quando as daninhas ainda são pequenas (até 4 folhas).

Isso porque, quando adultas, suas folhas possuem maior acúmulo de pêlos e cera, o que dificulta a absorção e o transporte do herbicida na planta.

Nesse caso, como a guanxuma pode ter menor capacidade de absorção, é importante:

  • garantir uma boa cobertura do alvo;
  • utilizar bons adjuvantes, de acordo com as necessidades dos herbicidas;
  • aplicar em condições climáticas ideais.

 

 

Conclusão

Neste artigo podemos conhecer melhor sobre as guanxumas e seus os diferentes tipos. Além de abordar um pouco sobre seu manejo.

Apesar dos prejuízos que essa espécie pode causar à pecuária, quando se utiliza o controle químico adequado, a guanxuma é considerada uma planta de fácil controle.

Contudo, vale a ressalva de que o produto utilizado deve ser corretamente manejado, para que se tenha o resultado esperado.

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