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Cigarrinha na agricultura: impactos e desafios!

Cigarrinha na agricultura: impactos e desafios!

A cigarrinha, também conhecida como cicadelídeo, é um inseto de pequeno porte com um impacto desproporcionalmente significativo na agricultura. Estes insetos, muitas vezes, passam despercebidos aos olhos dos agricultores, mas sua presença pode desencadear sérios problemas nas plantações.

Ao se alimentarem da seiva das plantas, as cigarrinhas causam danos diretos, enfraquecendo-as e reduzindo sua capacidade de produção. Além disso, elas também podem atuar como vetores de doenças. Transmitindo patógenos que afetam diversas culturas agrícolas.

Nesta revisão, exploraremos os diferentes aspectos relacionados às cigarrinhas na agricultura. Desde os tipos mais comuns encontrados nas plantações até os danos que podem causar. Passando pelas estratégias de manejo e controle, este estudo visa oferecer uma visão abrangente sobre essa importante questão agrícola.

Analisaremos também as novas tecnologias e métodos que estão sendo desenvolvidos para mitigar os impactos das cigarrinhas. Buscando garantir a segurança e a produtividade das colheitas em todo o mundo.

 

Cigarrinha na agricultura: impactos, desafios e soluções!

 

Característica da cigarrinha

As cigarrinhas, pertencentes à família Cicadellidae, são insetos pequenos, medindo geralmente entre 3 e 12 milímetros de comprimento. Suas características físicas e comportamentais variam entre as diferentes espécies, mas algumas características gerais incluem:

Corpo delicado: As cigarrinhas têm um corpo delicado e esguio, frequentemente de coloração verde, marrom ou cinza, podendo apresentar padrões de cores variados que auxiliam na camuflagem.

Asas: A maioria das cigarrinhas possui asas bem desenvolvidas, o que lhes confere boa capacidade de voo. Suas asas são geralmente transparentes e podem ser adornadas com padrões distintos.

Antenas: Possuem antenas relativamente curtas em comparação com o tamanho do corpo.

Órgãos bucais perfuradores-sugador: As cigarrinhas possuem um aparelho bucal adaptado para perfurar os tecidos das plantas e sugar a seiva. Essa adaptação os torna fitófagos, alimentando-se exclusivamente de fluidos vegetais.

Ciclo de vida: O ciclo de vida das cigarrinhas geralmente inclui estágios de ovo, ninfa e adulto. As ninfas são semelhantes aos adultos, mas geralmente menores e sem asas desenvolvidas.

Hábitos alimentares: As cigarrinhas se alimentam principalmente da seiva das plantas, perfurando os tecidos vegetais com seus órgãos bucais.

Comportamento de salto: Algumas espécies de cigarrinhas possuem habilidade de saltar curtas distâncias, o que pode ajudá-las a se deslocar entre as plantas hospedeiras.

Essas são algumas das características comuns às cigarrinhas na agricultura, embora haja uma grande diversidade dentro da família Cicadellidae, com variações morfológicas e comportamentais entre as diferentes espécies.

 

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Tipos de cigarrinha e danos

 

Cigarrinhas da espuma (Cercopidae)

As cigarrinhas da espuma podem causar danos significativos às plantações, especialmente às gramíneas. Elas se alimentam da seiva das plantas, enfraquecendo-as e, em casos graves, podem levar à desidratação e morte das plantas.

 

Cigarrinhas das pastagens (Cicadellidae)

Algumas espécies de cigarrinhas das pastagens são pragas importantes em culturas agrícolas. Elas se alimentam das folhas das plantas, causando danos diretos à folhagem e reduzindo a capacidade da planta de realizar a fotossíntese. Isso pode levar a uma diminuição no rendimento das culturas.

 

Cigarrinhas de jardim (Membracidae)

Embora as cigarrinhas de jardim não sejam geralmente consideradas pragas agrícolas, em casos de infestações severas, elas podem causar danos estéticos às plantas ornamentais e arbustos. Além disso, seu comportamento alimentar pode enfraquecer as plantas, tornando-as mais suscetíveis a doenças e outros problemas.

 

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Cigarrinhas das videiras (Cercopoidea)

As cigarrinhas das videiras se alimentam da seiva das plantas, o que pode enfraquecer as videiras e reduzir a produção de frutos. Além disso, algumas espécies podem transmitir doenças às plantas. O que pode causar danos adicionais.

 

Cigarrinhas do milho (Cicadellidae)

As cigarrinhas do milho podem causar danos significativos às plantações de milho. Elas se alimentam das folhas das plantas, causando danos diretos à folhagem e reduzindo a capacidade da planta de realizar a fotossíntese.

Em casos graves, isso pode levar a uma redução no rendimento das culturas. Além disso, algumas espécies podem transmitir doenças às plantas de milho.

 

Manejo da cigarrinha

O manejo de cigarrinhas pode envolver uma combinação de métodos de controle biológico, cultural, físico e químico. Veja:

  • Monitoramento: Realizar inspeções regulares das plantas para identificar a presença de cigarrinhas e avaliar o nível de infestação. Isso pode ajudar a determinar a necessidade e o momento adequado para a aplicação de medidas de controle.
  • Controle cultural: Práticas agrícolas como rotação de culturas, manejo adequado da irrigação e eliminação de plantas hospedeiras alternativas. Isso podem ajudar a reduzir a disponibilidade de alimento e abrigo para as cigarrinhas.
  • Controle biológico: Introdução de inimigos naturais, como predadores, parasitoides e patógenos, que ajudam a controlar as populações de cigarrinhas de forma natural. Isso pode ser feito através da conservação de habitats naturais, liberação de agentes de controle biológico ou uso de produtos comerciais contendo organismos benéficos.
  • Controle físico: Em casos de infestações localizadas, medidas físicas como remoção manual e o uso de armadilhas podem ser eficazes para reduzir as populações.
  • Controle químico: O uso de inseticidas é uma opção de controle, porém deve ser utilizado com precaução para minimizar os impactos ambientais e a resistência dos insetos aos produtos químicos. A escolha do inseticida, a dosagem e o método de aplicação devem ser baseados em informações sobre a biologia da praga e considerar a segurança do meio ambiente e dos seres humanos.
  • Integração de métodos: A abordagem mais eficaz geralmente envolve a integração de diferentes métodos de controle em um programa de manejo integrado de pragas (MIP), que visa reduzir as populações de pragas a níveis aceitáveis com o mínimo impacto ambiental e econômico.

É importante adaptar as estratégias de manejo de cigarrinhas de acordo com as condições locais, a espécie de cigarrinha e o tipo de cultura afetada. Além de considerar os princípios do MIP para garantir uma abordagem sustentável e eficaz.

 

Desafios

Enfrentar as cigarrinhas na agricultura é uma tarefa complexa devido a diversos desafios:

  • Dificuldade na Identificação e Monitoramento: Detectar e monitorar cigarrinhas precocemente é complicado devido à sua pequena dimensão e habilidade de camuflagem.
  • Resistência a Inseticidas: O uso frequente de inseticidas pode levar à resistência nas populações de cigarrinhas. Diminuindo a eficácia dos métodos de controle.
  • Impactos Ambientais e na Saúde: O uso excessivo de inseticidas pode ter efeitos prejudiciais no meio ambiente e na saúde humana. Exigindo um equilíbrio entre controle eficaz e impactos adversos.
  • Variedade de Espécies e Comportamentos: A diversidade de espécies e comportamentos das cigarrinhas requer abordagens específicas e adaptadas para cada situação agrícola.
  • Integração de Métodos de Controle: Coordenar e integrar métodos de controle diferentes em um manejo integrado de pragas pode ser desafiador devido a questões logísticas e de conhecimento.
  • Mudanças Climáticas e Distribuição Geográfica: As mudanças climáticas podem afetar a distribuição geográfica e o comportamento das cigarrinhas. Exigindo adaptação contínua das estratégias de manejo.

Superar esses desafios requer uma abordagem colaborativa e holística envolvendo agricultores, pesquisadores e formuladores de políticas para desenvolver e implementar estratégias de manejo eficazes e sustentáveis.

 

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Conclusão

Em conclusão, as cigarrinhas representam uma ameaça significativa para a agricultura. Causando danos diretos às plantações e atuando como vetores de doenças que afetam diversas culturas agrícolas. Suas características físicas e comportamentais variadas. Juntamente com a diversidade de espécies, tornam esses insetos um desafio complexo para os agricultores em todo o mundo.

No entanto, ao adotar uma abordagem integrada de manejo de pragas, que inclui monitoramento regular, controle cultural, biológico, físico e químico, é possível reduzir os impactos das cigarrinhas de maneira eficaz e sustentável. Gostou? Curta e compartilhe!

Escrito por Michelly Moraes.

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O papel vital das lagartas na agricultura!

O papel vital das lagartas na agricultura!

No vasto mundo da agricultura, onde cada elemento desempenha um papel único e crucial, as lagartas muitas vezes são vistas como pragas indesejadas, devoradoras de culturas valiosas. No entanto, uma análise mais aprofundada revela que essas pequenas criaturas têm um papel complexo e multifacetado nos ecossistemas agrícolas.

À medida que exploramos o papel das lagartas na agricultura, surge uma questão intrigante: são elas realmente inimigas dos agricultores ou poderiam ser aliadas valiosas na promoção da saúde das plantas e na sustentabilidade dos sistemas agrícolas?

Neste artigo, vamos investigar os diversos aspectos do relacionamento entre lagartas e agricultura. Destacando tanto os desafios quanto as oportunidades que elas apresentam.

 

O papel vital das lagartas na agricultura: aliadas ou adversárias?

 

Características da lagarta

As lagartas são as larvas de borboletas e mariposas, pertencentes à ordem Lepidoptera. Elas possuem uma série de características distintas que as tornam fascinantes e importantes dentro dos ecossistemas:

  • Corpo Segmentado: As lagartas têm corpos compostos por uma série de segmentos, cada um com um par de pernas. Essa segmentação permite flexibilidade e movimento enquanto se alimentam e se locomovem.
  • Apetite Voraz: As lagartas são conhecidas por seu apetite voraz. Elas consomem grandes quantidades de folhas e outros materiais vegetais, o que as torna pragas potenciais em muitos sistemas agrícolas.
  • Mandíbulas Mastigatórias: Para se alimentarem, as lagartas possuem mandíbulas mastigatórias poderosas. Que lhes permitem triturar e mastigar os alimentos de forma eficiente.
  • Camuflagem e Mimicry: Muitas lagartas desenvolvem estratégias de camuflagem e mimetismo para se protegerem de predadores. Algumas imitam folhas ou galhos, enquanto outras adotam cores brilhantes como advertência aos predadores.
  • Glândulas Sericígenas: Algumas espécies de lagartas possuem glândulas sericígenas, que produzem seda. Elas usam essa seda para construir casulos ou redes protetoras, onde se metamorfoseiam em pupas e, eventualmente, emergem como borboletas ou mariposas.
  • Variedade de Espécies: Existem milhares de espécies de lagartas em todo o mundo, cada uma adaptada a diferentes ambientes e tipos de plantas hospedeiras. Algumas são pragas graves em culturas agrícolas, enquanto outras desempenham papéis importantes na polinização e no controle de pragas.
  • Importância Ecológica: Apesar de muitas vezes serem consideradas pragas, as lagartas desempenham papéis importantes nos ecossistemas. Elas servem como alimento para uma variedade de predadores, incluindo pássaros, insetos predadores e pequenos mamíferos, ajudando a manter o equilíbrio ecológico.

Essas são apenas algumas das características que tornam as lagartas tão fascinantes e importantes dentro dos ecossistemas agrícolas e naturais.

 

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Ciclo de vida

O ciclo de vida das lagartas segue um processo conhecido como metamorfose completa. Que envolve quatro estágios distintos: ovo, larva (lagarta), pupa e adulto (borboleta ou mariposa).

Aqui está uma visão geral do ciclo de vida das lagartas:

 

Ovo

O ciclo de vida das lagartas começa quando a fêmea adulta deposita os ovos em uma planta hospedeira adequada para as futuras lagartas se alimentarem. O número de ovos e o tempo de incubação variam de acordo com a espécie e as condições ambientais.

 

Larva (Lagarta)

Após a eclosão dos ovos, as lagartas emergem e começam sua fase larval. Neste estágio, as lagartas são conhecidas por seu apetite voraz. Elas se alimentam continuamente das folhas e outros materiais vegetais. Crescendo rapidamente à medida que acumulam energia para a próxima fase de desenvolvimento.

 

Pupa

Quando a lagarta atinge um certo estágio de desenvolvimento, ela se prepara para a metamorfose construindo um casulo ou uma crisálida. Dentro deste casulo ou crisálida, a lagarta sofre uma transformação completa, reorganizando seus tecidos e órgãos para se preparar para a fase adulta.

 

Adulto (Borboleta ou Mariposa)

Após um período de tempo variável, que pode durar semanas ou até meses dependendo da espécie e das condições ambientais, a metamorfose é completa e a lagarta emerge como um adulto totalmente formado. Seja uma borboleta ou uma mariposa.

Os adultos geralmente têm asas e são capazes de voar em busca de parceiros para acasalamento e para iniciar o ciclo de vida novamente, depositando ovos em plantas hospedeiras adequadas.

Esse ciclo de vida das lagartas é crucial para a reprodução e a sobrevivência das espécies de borboletas e mariposas, desempenhando um papel importante na ecologia e na biodiversidade dos ecossistemas.

 

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Importância das lagartas

Primeiramente, as lagartas servem como uma fonte essencial de alimento para uma variedade de predadores, como pássaros, insetos predadores, répteis e pequenos mamíferos. Ao fazerem parte da cadeia alimentar, contribuem para a diversidade e estabilidade dos ecossistemas.

Além disso, quando se metamorfoseiam em borboletas ou mariposas, muitas lagartas desempenham um papel fundamental na polinização das plantas. Ao se alimentarem do néctar das flores, ajudam na transferência do pólen entre as plantas. Promovendo a reprodução e a diversidade genética das espécies vegetais.

As fezes das lagartas também têm um papel importante na reciclagem de nutrientes. Ao decompor a matéria orgânica, contribuem para a fertilidade do solo, tornando os nutrientes essenciais, como nitrogênio e fósforo, disponíveis para as plantas.

Enquanto algumas lagartas são herbívoras e se alimentam das folhas e brotos das plantas, em seus habitats naturais desempenham um papel crucial no controle da vegetação. Elas ajudam a manter o equilíbrio entre as espécies vegetais e prevenindo o crescimento excessivo de certas plantas.

 

Lagartas que atacam a agricultura

Várias espécies de lagartas podem representar ameaças significativas para a agricultura, causando danos às culturas e reduzindo os rendimentos. Veja algumas delas:

  • Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda): É uma das pragas mais destrutivas para culturas como milho, sorgo, arroz e pastagens. Originária das Américas, essa lagarta se espalhou para outras regiões, causando grandes prejuízos econômicos.
  • Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis): É uma praga comum em plantações de soja, especialmente na América do Sul e nos Estados Unidos. Suas larvas se alimentam das folhas, podendo causar danos severos às plantas.
  • Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus): É uma praga importante em culturas como milho, algodão, arroz, soja e pastagens. Suas larvas se alimentam das raízes das plantas, causando danos significativos ao sistema radicular e afetando o desenvolvimento das culturas.
  • Broca-da-cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis): É uma das principais pragas da cana-de-açúcar, causando danos às folhas, ao colmo e aos brotos, além de facilitar a entrada de doenças nas plantas.
  • Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon): É uma praga polífaga que ataca uma variedade de culturas, incluindo milho, soja, algodão, batata, entre outras. Suas larvas se alimentam principalmente das raízes e da base das plantas jovens, podendo causar danos graves, especialmente em condições de alta umidade.
  • Lagarta-militar (Spodoptera exigua): É uma praga generalista que ataca uma ampla gama de culturas, incluindo hortaliças, frutas e plantas ornamentais. Suas larvas se alimentam das folhas e dos brotos das plantas, causando danos estéticos e reduzindo o rendimento das culturas.

Essas são apenas algumas das principais lagartas que representam desafios significativos para a agricultura em todo o mundo.

O controle integrado de pragas, que combina diferentes estratégias de manejo, é essencial para reduzir os danos causados por essas pragas e garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade dos sistemas agrícolas.

 

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Manejo das lagartas

O manejo integrado de pragas é uma abordagem holística que visa controlar as pragas de forma eficaz e sustentável, minimizando os impactos ambientais e econômicos.

Aqui estão algumas estratégias comuns utilizadas no MIP:

  • Monitoramento e Identificação: A primeira etapa do MIP é monitorar regularmente as populações de lagartas nas culturas. Por meio de armadilhas de feromônios, inspeção visual das plantas e amostragem de pragas.
  • Controle Cultural: O manejo cultural visa modificar o ambiente agrícola para reduzir a incidência de pragas. Isso pode incluir práticas como rotação de culturas, plantio de variedades resistentes, manejo adequado da irrigação e da fertilização, e eliminação de restos de cultura para reduzir os locais de reprodução das pragas.
  • Controle Biológico: O controle biológico envolve o uso de inimigos naturais das pragas para reduzir suas populações. Isso pode incluir a introdução de parasitoides, predadores e patógenos específicos das lagartas, como vírus e bactérias, que ajudam a controlar as populações de forma natural.
  • Controle Químico: Envolve o uso de pesticidas para reduzir as populações de pragas. No entanto, esse método deve ser usado com cautela para minimizar os impactos negativos sobre o meio ambiente, a saúde humana e a segurança alimentar.
  • Controle Cultural: O uso de práticas de manejo que interrompem o ciclo de vida das pragas. Como o uso de armadilhas de feromônios para monitoramento e captura de machos, ou o uso de técnicas de controle térmico para eliminar lagartas e ovos.
  • Integração de Métodos: O sucesso do MIP é a combinação eficaz de várias estratégias de controle. Isso pode incluir a integração de métodos biológicos, culturais e químicos. Adaptados às condições locais e às características específicas das pragas e das culturas.

Ao implementar essas estratégias do MIP, os agricultores podem reduzir os danos causados pelas lagartas e promover sistemas agrícolas mais sustentáveis e resilientes.

 

Conclusão

As lagartas desempenham papéis complexos na agricultura, sendo tanto aliadas quanto desafios. Embora sejam fontes de alimento e contribuam para a biodiversidade, algumas espécies causam danos às culturas.

O manejo integrado de pragas, combinando estratégias biológicas, culturais e químicas, é essencial para controlar suas populações de forma sustentável. Reconhecer essa complexidade nos permite promover sistemas agrícolas mais resilientes e equilibrados.

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Escrito por Michelly Moraes.

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Besouros: entenda tudo sobre esses insetos!

Besouros: entenda tudo sobre esses insetos!

Os besouros é um dos insetos mais conhecidos do mundo, no entanto, existem milhões de tipos de besouros.  Neste artigo vamos falar tudo que precisa saber sobre esse inseto!

Acompanhe!

 

Besouros

 

Dentro da ordem dos coleópteros, existe uma enorme diversidade de insetos, dentre os quais os besouros e as joaninhas são os mais conhecidos. Porém, nessa ordem também estão inclusos os gorgulhos, os escaravelhos, e muito mais.

A palavra “Coleopetera” é de origem grega, que surgiu da união de koleos (que significa estojo), com pteron (que quer dizer asas). Em tradução livre, fica “estojo de asas”.

A origem desse nome vem da estrutura desses insetos, que possuem o par de asas externos bem rígidos, e que serve como uma espécie de proteção para o par de asas interno, usado para voar, e que é bem mais delicado.

 

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Besouros e o cenário agrícola brasileiro

A alimentação do besouro inclui um regime alimentar bastante diversificado. Tanto na forma adulta quanto na forma larval, esse inseto se alimenta de material vegetal e também animal.

Em sua maioria, as larvas, após eclodirem, passam por diversas transformações até sua fase adulta. Os adultos apresentam formas e tamanhos variados.

Em alguns países do mundo, esse inseto tem grande valor comercial para a alimentação humana, sendo uma prática comum entre povos americanos e orientais no passado. São fontes de proteínas, com a segunda maior quantidade entre todos os insetos.

Existem espécies predadoras (que são usadas para controle biológico), parasitas (inclusive do próprio ser humano) e aquelas que são consideradas pragas (que trazem prejuízos financeiros para as lavouras).

Na agricultura, grande parte dos besouros é vista como praga. Contudo, como veremos a seguir, existem espécies que são essenciais para o equilíbrio e controle de pragas de algumas culturas.

 

Principais características dos besouros

No mundo todo, existem em torno de 350.000 espécies de besouros diferentes.

 Esse número representa cerca de 30% de todos os animais, e em torno de 40% do total de insetos existentes. Abaixo, nós listamos as principais características apresentadas pelos besouros. Confira!

  • Os besouros adultos possuem olhos elípticos ou circulares, e ocelos nas larvas.
  • Possuem o abdome séssil. Nos besouros machos, eles têm 10 urômeros, enquanto nas fêmeas, são apenas 9, por onde acontece a respiração (onde estão os espiráculos).
  • Suas pernas servem tanto para andar, quanto nadar e cavar.
  • A maioria dos besouros possui a cabeça arredondada.
  • O seu aparelho bucal é bem desenvolvido.
  • Contam com dois pares de asas. Sendo um deles, o primeiro, modificado em élitros, ou seja, em endurecimento; e o segundo par é de asas membranosas, mais sensíveis, que eles usam para voar.
  • Possui a parte inferior do tórax desenvolvida. Ela é denominada protórax.

 

Reprodução dos besouros

Na maior parte das espécies, a reprodução é sexuada, ou dioica. Apesar de em algumas espécies a reprodução acontecer sem a necessidade do macho (partenogênese). E tem também aquelas espécies onde a reprodução pode acontecer das duas formas. No entanto, na ordem dos coleópteros, a reprodução partenogênese á algo muito raro de acontecer.

No caso da reprodução dioica, o besouro macho fecunda a fêmea. O esperma então é armazenado na espermateca (estrutura interna), até que aconteça a fertilização dos ovos. A quantidade de ovos produzidos de cada vez varia de uma espécie para outra.

Alguns machos podem apresentar as antenas mais longas, e possuírem também uma estrutura especial, que é usada na identificação do feromônio que a fêmea produz, e que serve para atraí-los.

No entanto, em se tratando de besouros, não são apenas as fêmeas que produzem o feromônio. Os machos também podem produzi-lo. É o que acontece com os pertencentes à família Scolytinae.

Há também outra forma de os besouros se encontrarem para a união entre o macho e a fêmea, que é por meio do estímulo visual, como acontece na família Lampyridae, que são besouros mais conhecidos como vaga-lumes. Após se encontrarem, ocorre o contato final por meio das vias olfatórias.

 

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A importância do besouro no controle de pragas

 

Caso da mosca-dos-chifres

Identificada pela primeira vez em 1983, a mosca-dos-chifres é um inseto considerado praga em diversos países ao redor do mundo. Trata-se de um sério problema econômico para a pecuária, com populações cada vez mais resistentes ao controle químico.

Ela ocorre em praticamente todo o território brasileiro, especialmente na região do cerrado. De origem europeia, ela se alimenta exclusivamente de sangue.

Dessa forma, ataca o gado, com picadas dolorosas, que posteriormente levam à diminuição da libido em touros e anemia e perda de peso no gado em geral.

Assim, há uma queda na produtividade rural e na lucratividade do pecuarista. Como se não bastasse, o inseto é ainda um vetor de doenças, como a anaplasmose e a tripanossomose.

 

Besouro-castanho: destruidor de plantações

O besouro-castanho, conhecido popularmente como caruncho, é um inseto de cor marrom-avermelhada que mede cerca de 2,3 a 4,4 centímetros e tem corpo totalmente achatado.

De reprodução rápida e veloz, as fêmeas desse inseto colocam em média 500 ovos, geralmente em fendas de paredes ou sacolas sobre grãos armazenados. O ciclo de vida do animal gira em torno de 20 dias. Umidade alta e dias quentes favorecem a reprodução e proliferação desses insetos.

Ele ataca ambientes de armazenamento de grãos, causando sérios prejuízos em estoques inteiros. Diante disso, são consideradas pragas secundárias, por não atacarem diretamente a plantação.

É preciso que o produtor rural se atente ao controle desse inseto. Caso contrário, há grande risco de perda da safra, devido à facilidade de sua proliferação.

 

Corós: a larva do besouro

Um coró é a forma larval de um besouro. Trata-se de uma praga que causa grandes prejuízos às raízes das plantas, resultando na morte destas. Há registros de mais de mil espécies no país, das quais dez são consideradas pragas.

Entre os fatores que contribuem para a proliferação das larvas estão o sistema de plantio direto e o não revolvimento do solo. Os gêneros de maior ocorrência são Phyllophaga, Diloboderus e Liogenys.

  • O Diloboderus ocorre em grande número na região Sul do país. Ataca, principalmente, as safras de inverno.
  • O Phyllophaga é mais comum na região Centro-Oeste do país, atacando principalmente a cultura da soja e do milho safrinha.
  • A ocorrência de Liogenys também é comum na região Centro-Oeste, em estados como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Ataca as culturas da soja e do milho.

 

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Conclusão

Os besouros são conhecidos por possuírem um importante papel no cenário agrícola. Muitos desses insetos são predadores naturais de pulgões e cochonilhas, considerados como principais pragas de roseiras e citrus, por exemplo.

Assim, eles ajudam involuntariamente os produtores agrícolas. Entretanto, existem casos em que eles podem prejudicar as plantações e produções.

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Lagarta de fogo: saiba tudo sobre essa praga!

Lagarta de fogo: saiba tudo sobre essa praga!

A lagarta de fogo é uma espécie tão bonita quanto perigosas. Coloridas, exuberantes e ávidas por alimentos, as lagartas assumem esta condição temporariamente para, depois, se tornarem lindas borboletas ou mariposas. No entanto, é necessário ficar bem alerta diante dessa espécie, pois quanto mais chamativas as lagartas , mais venenosas elas são.

Acompanhe!

 

Lagarta de fogo: saiba tudo sobre essa praga!

 

A lagarta de fogo é uma espécie de taturana classificada como uma das mais perigosas do mundo. Ela é nativa das matas brasileiras na região Sul do país e pode ser encontrada em toda a sua extensão.

O animal geralmente pode ser encontrado em algumas culturas agrícolas como café, abacate, citros e goiaba, por exemplo.

A queimadura da lagarta de fogo exige auxílio médico imediato. Isso porque o indivíduo lesionado pode sofrer com uma série de sintomas; incluindo hemorragia, sangramento no local, queimação, ardência e até insuficiência renal.

Deste modo, como forma de controle da população da taturana, podem ser feitas pulverizações de agentes químicos.

 

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Lagarta de fogo

A lagarta de fogo, também conhecida como Taturana (Megalopyge lanata), tromba de elefante, marandová, maranduvá, embirra, ambirra, lagarta-de-fogo, bicho-cachorrinho, chico-que-queima, bicho-cabeludo, mandruvá ou mondrová é uma lagarta em estágio larval de alguma espécie como mariposas e borboletas.

Este inseto tem 70 milímetros de envergadura, seu corpo é robusto e ele destaca uma coloração preta, com algumas parcelas brancas ou em tons rosados.

Os pelos do animal são castanho-avermelhados e estão presentes em grande quantidade, sendo finos e curtos. Seus predadores naturais são as moscas, as vespas da espécie ichneumonidae, o vírus loobMNPV e o verme Mermitidae.

 

Características físicas das taturanas

Sua coloração pode variar bastante, mas geralmente corresponde à tons verdes, representando cores bem vivas e chamativas (que frequentemente geram acidentes com crianças, que se veem atentadas a tocá-las). Além da coloração, elas também possuem estruturas brancas em formato de ao longo do corpo.

Características físicas das taturanas

 

Seu corpo é coberto por cerdas urticantes em forma de espinhos, responsáveis pela disseminação de seu veneno tóxico e letal.

Depois da passagem pelo estágio completo de metamorfose, tais lagartas darão origem a uma mariposa de coloração cinza nas fêmeas e amarelo ou laranja nos indivíduos machos.

 

Onde encontrá-las?

A espécie é nativa da região sul do Brasil, sendo responsável por dezenas de mortes desde seu primeiro ataque registrado em 1989.

Apesar de ser comum na cidade de Passo Fundo (estado do Rio Grande do Sul), já foi relatada sua presença até no Amapá.

Sua proliferação se dá em períodos de chuva e calor da região, geralmente entre os meses de dezembro a fevereiro. É possível encontrá-las em troncos de árvores, geralmente camufladas e em grupos (o que pode tornar os acidentes ainda mais graves).

Geralmente está localizada em áreas próximas de mata nativa, incluindo o meio urbano e suas moradias, fator que é facilitado pelo processo de desmatamento das florestas locais.

Anteriormente eram localizadas em cedros e aroeiras, mas agora podem aparecer em pomares domésticos, sobretudo em pessegueiros, ameixeiras e abacateiros.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Ciclo de vida

Durante o desenvolvimento do ciclo de vida, esse inseto lepidóptero passa por diversas fases que vão desde ovo, lagarta, pupa até fase adulta, como mariposas.

“Na fase adulta as lagartas de fogo dão origem às mariposas, que após se acasalarem, farão posturas dos ovos e destes surgirão novas gerações de lagartas.

 Os ovos são depositados em troncos e folhas de uma planta na qual as lagartas irão se alimentar”, informou o pesquisador.

Uma das principais características do animal é a sua capacidade de trocar de pele diversas vezes, com isso elas se dirigem até a superfície do solo com o objetivo de formarem casulos (pupas), onde realizam a metamorfose para se transformarem em mariposas e recomeçarem o ciclo da vida.

 

Lagarta de fogo na lavoura

A lagarta de fogo é polífaga, portanto, se alimenta de plantas pertencentes a diversas famílias. Atinge principalmente as culturas frutíferas e provoca grande destruição das folhagens, causando o atraso no desenvolvimento esperado da planta.

A lagarta de fogo afeta as seguintes culturas:

  • abacate;
  • café;
  • citrus;
  • goiaba;
  • manga;
  • pêra;
  • pêssego.

 

Métodos de controle da lagarta de fogo

Para o controle da lagarta de fogo, são indicados os seguintes métodos de controle:

  • aplicação de inseticidas;
  • controle mecânico: pela eliminação dos casulos aderidos ao tronco e aos ramos da planta;
  • controle biológico: a aplicação de agentes como a bactéria Bacillus thuringiensis var.kurstakie o fungo Beauveria bassiana é uma alternativa. Há evidências de lagartas parasitadas pelas moscas da família Tachinidae, cujos ovos eclodem e devoram as lagartas.

 

Acidentes com lagarta de fogo

Somente em 2017 foram registrados mais de 700 acidentes em todo o país, sendo considerada um sério risco para populações da região.

O número de acidentes aumentados é consequência direta do desmatamento, que diminui os predadores naturais da espécie e obriga as taturanas a se aproximarem do meio urbano e dos pomares domésticos.

Frequentemente os acidentes ocorrem de maneira bem inofensiva: a pessoa está tocando no pomar e sem querer encosta ou espreme a lagarta, fazendo com que esse contato libere o veneno contido nas cerdas espinhosas do animal.

Nem sempre um acidente é grave, tudo depende da quantidade de animais e da quantidade de veneno que foi inoculada de acordo com o contato (se ele foi leve ou se houve pressão nas cerdas da lagarta).

  • insuficiência renal aguda;
  • sangramento na urina e na gengiva, caracterizando uma grave síndrome hemorrágica;
  • dor e irritação no local do contato;
  • dor de cabeça e ânsia (podem não ocorrer em todos os casos);
  • sangramentos em outros locais, como: pele, nariz e pequenos ferimentos.

 

O que fazer em casos de acidentes?

  • Procure um serviço de emergências médicas imediatamente;
  • Lave bem o local com água corrente;
  • Não passe nada em cima da queimadura (café, pasta de dente, álcool) e aguarde as recomendações médicas;
  • Faça compressas frias no local;
  • É indicado levar com você alguns exemplares da lagarta fechados em um frasco. Não esqueça de deixar algumas folhas de planta para alimentação e permitir a ventilação. Isso vai facilitar a identificação das lagartas e promover um diagnóstico mais correto.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como podemos ver a lagarta de fogo, popularmente chamada de taturana, é a forma jovem de uma mariposa da família Megalopygidae.

Elas podem trazer alguns prejuízos tantos em lavouras como na vida humana. Neste artigo aprendemos um pouco sobre essa praga além de mostrar alguns métodos de combate do mesmo.

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Escrito por Michelly Moraes.

 

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O que é cochonilha? Tudo que você precisa saber!

O que é cochonilha? Tudo que você precisa saber!

O maior pesadelo de qualquer produtor é ver a plantação com prejuízos irreversíveis, não é mesmo? Se por vezes você se pega tendo pesadelos assim, saiba que a cochonilha pode causar um desses prejuízos e, por isso, deve ser mantida longe das lavouras. Neste artigo vamos abordar o que é cochonilha e tudo sobre essa praga.

Acompanhe!

 

O que é cochonilha? Tudo que você precisa saber!

 

O que são cochonilhas?

As cochonilhas são insetos que se alimentam da seiva das plantas. Em concreto, agarram-se à parte inferior das folhas, muitas vezes perto das nervuras, bem como ao pecíolo (caule, geralmente verde embora possa ser de outras cores, que une a folha com o galho ou tronco) se houver.

Esses animais são pequenos, pois na fase adulta não costumam ultrapassar um centímetro de altura ou largura. Seus corpos são arredondados ou alongados, e a maioria das espécies tem uma concha preta, marrom ou cinza que os protege.

Para identificar a cochonilha nas suas plantas, observe-as e verifique se existe algum ponto de coloração diferente nas folhas e caules.

 

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O que a cochonilha faz com as plantas?

Além de sugar os nutrientes das plantas, esse inseto libera um sugo adocicado que possibilita a infestação de outros fungos e insetos, por exemplo, as formigas-doceiras.

 Dessa forma, essa praga prejudica ainda mais às folhas, impossibilitando que elas cresçam.

  • Ao ser infestada por esses insetos, é comum que a sua planta apresente:
  • Má formação nos frutos e folhas;
  • Grande concentração de formigas;
  • Amarelamento nas folhas;
  • Queda antecipada de flores e frutos;
  • Morte das plantas.

 

Ciclo de vida

O ciclo de vida das cochonilhas passa por várias fases. Começa com a colocação dos ovos feita pelas fêmeas adultas. Cada fêmea pode depositar centenas de ovos dentro de uma massa excretada e compacta. Normalmente podem ser encontrados na parte inferior das folhas e na fase inicial podem ser confundidos com o oídio.

Após a postura, as fêmeas morrem. A nova geração surge dentro de 1-3 semanas na forma de pequenas ninfas amarelas que logo começam a deslocar-se pela planta à procura de locais de alimentação onde se possam estabelecer.

As ninfas dividem-se em machos e fêmeas. As ninfas machas passam por cinco estágios. Após os dois primeiros estágios larvares elas deixam de alimentar-se e existem apenas para a função de fertilizar as fêmeas. Têm um ciclo de vida muito curto de cerca de 2 dias.

São muito diferentes das fêmeas também na aparência. Possuem asas e filamentos na cauda. Numa descrição simples podemos dizer que se assemelham a pequenos mosquitos.

As ninfas fêmeas só passam por três estágios larvares. Todo o processo dura cerca de um mês. A temperatura pode influenciar muito a duração do processo.

 

Condições favoráveis

Há um pormenor interessante a ter em conta sobre esta praga. Alguns estudos mostram que ela ocorre sempre em plantas sujeitas a condições ambientais inadequadas ou com carências nutricionais.

Por exemplo: o solo ou o substrato podem não ser os mais apropriados para a planta, a quantidade de luz solar qual a planta recebe pode ser insuficiente, falta de água, carência de nutrientes ou adubação em excesso.

Estes e outros fatores, propiciam os ataques da cochonilha. Tenha em atenção esse aspeto na prevenção e combate a esta praga.

 

Tipos de cochonilha

Para conhecer melhor a Cochonilha, deve ter em conta que existem centenas de espécies diferentes de cochonilhas e podem variar muito na aparência, na cor e no formato. Veja algumas delas:

 

Cochonilha branca

A mais comum da espécie, ela é encontrada tanto em jardins quanto em grandes plantações. Ela costuma ficar na parte de baixo das folhas e dos brotos e constantemente produz uma substância pegajosa.

Isso faz com que as folhas aparentem estar com cera na cobertura, e essa substância atrai formigas doceiras. A presença desse tipo de cochonilha enfraquece e murcha a planta com facilidade e, consequentemente, também retira os nutrientes.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Cochonilha preta

Assim como a anterior, essa praga tem potencial de retirar todos os nutrientes de uma planta e, em seguida, costuma sugar toda a seiva bruta.  Como identificar a cochonilha preta? Ela fica nítida na planta devido à coloração escura.

 

Cochonilha de carapaça

Essa cochonilha é de coloração castanho-amarelada e apare em todas as partes da planta: folhas, raízes, pétalas, etc.

Ela é facilmente disseminada em plantações devido à proximidade das plantas e também por causa das correntes de vento.

 

Cochonilha-rosada

Essa é a espécie que tem menos ocorrência no Brasil, de acordo com a Embrapa. Apesar disso, é importante estar atento a ela, pois já foi encontrada uma vez em Roraima.

A cochonilha-rosada ataca plantas extremamente importantes para a agricultura brasileira, como café, milho, feijão, uva, entre outras.

Essas são apenas algumas das espécies de cochonilha inclusive, umas são parecidas na coloração e nos danos que causam às plantas. É preciso ficar atento à saúde das plantações para identificar se há incidência de cochonilha nelas.

 

Cochonilha corante

Se você estava achando que essa peste traz apenas prejuízos, saiba que não é bem assim. A cochonilha também pode ser usada como corante! Calma, vamos explicar: a cochonilha produz um extrato, que pode ser extraído e usado como corante.

Devido ao vermelho intenso que essa substância produz, ela é usada para dar coloração às comidas.

 

Prevenção da cochonilha

Quando o assunto é cochonilha, essa lógica também se aplica, visto que, em muitos casos, ela pode ser evitada. Entre os fatores que propiciam o ataque da cochonilha, estão: solo ou substrato inadequado, pouca luz, falta ou excesso de água, ausência de nutrientes ou muita adubação.

Outro fator que pode atrair a cochonilha é a ausência de predadores naturais, como joaninhas, fungos, moscas, etc. Se a plantação estiver exposta a algum desses fatores, eles podem causar a cochonilha!

Faça uma fiscalização semanal e certifique-se de que a plantação está em boas condições para o desenvolvimento saudável.  Além disso, faça podas frequentes para remover possíveis áreas comprometidas. Assim, você pode evitar a disseminação rápida da praga.

Por último, mas não menos importante: nutra a plantação com adubos. Desse modo, você garantirá que o solo está com as proteínas de que precisa. Evitar que as cochonilhas surjam pode poupar você de um longo trabalho de tratamento.

 

Como acabar com a cochonilha?

Muitas vezes, a disseminação dessa praga vem de fatores externos, como ventos, chuvas, animais, etc. Caso apareça, você pode recorrer a alguns tipos de controle, vai depender só caso. Veja abaixo:

 

Controle cultural

monitoramento constante das áreas de produção, incluindo plantas daninhas hospedeiras, é essencial. As cochonilhas utilizam estas espécies para se reproduzir e, em seguida, migram para a cultura principal.

Ainda, a inspeção em caso de plantios de mudas deve ser rigorosa. Recuse lotes que apresentem infestação dessa praga.

 

Controle químico

O controle de cochonilhas de carapaça exige a utilização conjunta de produtos oleosos. Afinal, a constituição do corpo da praga é de camadas sobrepostas de cera.

Para controle da cochonilha-da-raiz, os inseticidas granulados são eficientes, principalmente em detecções de infestações em reboleiras e de forma precoce.

Lembre-se de seguir as recomendações do fabricante sobre como aplicar o produto, intervalo entre aplicações, condições ambientais e intervalo de segurança.

 

Controle alternativo

Para espécies da cochonilha branca, a calda sulfocálcica em concentração 25% é uma alternativa no controle em cultivos de café.

calda de fumo, por sua vez, possui eficiência de 60% para as espécies de Planococcus spp. É necessário intervalo de segurança para consumo seguro.

Por fim, óleo de neem e óleo mineral, em concentração de 3%, ocasiona 100% de mortalidade para a espécie Planococcus citri.

 

Controle biológico 

Os nematoides entomopatogênicos são os principais utilizados para infestações causadas pela cochonilha-da-raiz-do-cafeeiro.

Por outro lado, os fungos entomopatogênicos, como o  Beauveria bassiana, são relatados como eficiente no controle das cochonilha-da-roseta em cultivos de café conilon.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Esperamos que este artigo tenha ajudado você a entender mais sobre as cochonilhas e, claro, a evitá-las ou eliminá-las.

Com essas informações, temos certeza que você vai manter a cochonilha e várias outras pragas longe das suas plantações.

Lembrando que em caso d dúvida consulte um profissional da área. Gostou do nosso artigo? Curta e comente.

Escrito por Michelly Moraes.

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