(31) 9 8720 -3111 contato@agropos.com.br
Cigarrinha na agricultura: impactos e desafios!

Cigarrinha na agricultura: impactos e desafios!

A cigarrinha, também conhecida como cicadelídeo, é um inseto de pequeno porte com um impacto desproporcionalmente significativo na agricultura. Estes insetos, muitas vezes, passam despercebidos aos olhos dos agricultores, mas sua presença pode desencadear sérios problemas nas plantações.

Ao se alimentarem da seiva das plantas, as cigarrinhas causam danos diretos, enfraquecendo-as e reduzindo sua capacidade de produção. Além disso, elas também podem atuar como vetores de doenças. Transmitindo patógenos que afetam diversas culturas agrícolas.

Nesta revisão, exploraremos os diferentes aspectos relacionados às cigarrinhas na agricultura. Desde os tipos mais comuns encontrados nas plantações até os danos que podem causar. Passando pelas estratégias de manejo e controle, este estudo visa oferecer uma visão abrangente sobre essa importante questão agrícola.

Analisaremos também as novas tecnologias e métodos que estão sendo desenvolvidos para mitigar os impactos das cigarrinhas. Buscando garantir a segurança e a produtividade das colheitas em todo o mundo.

 

Cigarrinha na agricultura: impactos, desafios e soluções!

 

Característica da cigarrinha

As cigarrinhas, pertencentes à família Cicadellidae, são insetos pequenos, medindo geralmente entre 3 e 12 milímetros de comprimento. Suas características físicas e comportamentais variam entre as diferentes espécies, mas algumas características gerais incluem:

Corpo delicado: As cigarrinhas têm um corpo delicado e esguio, frequentemente de coloração verde, marrom ou cinza, podendo apresentar padrões de cores variados que auxiliam na camuflagem.

Asas: A maioria das cigarrinhas possui asas bem desenvolvidas, o que lhes confere boa capacidade de voo. Suas asas são geralmente transparentes e podem ser adornadas com padrões distintos.

Antenas: Possuem antenas relativamente curtas em comparação com o tamanho do corpo.

Órgãos bucais perfuradores-sugador: As cigarrinhas possuem um aparelho bucal adaptado para perfurar os tecidos das plantas e sugar a seiva. Essa adaptação os torna fitófagos, alimentando-se exclusivamente de fluidos vegetais.

Ciclo de vida: O ciclo de vida das cigarrinhas geralmente inclui estágios de ovo, ninfa e adulto. As ninfas são semelhantes aos adultos, mas geralmente menores e sem asas desenvolvidas.

Hábitos alimentares: As cigarrinhas se alimentam principalmente da seiva das plantas, perfurando os tecidos vegetais com seus órgãos bucais.

Comportamento de salto: Algumas espécies de cigarrinhas possuem habilidade de saltar curtas distâncias, o que pode ajudá-las a se deslocar entre as plantas hospedeiras.

Essas são algumas das características comuns às cigarrinhas na agricultura, embora haja uma grande diversidade dentro da família Cicadellidae, com variações morfológicas e comportamentais entre as diferentes espécies.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Tipos de cigarrinha e danos

 

Cigarrinhas da espuma (Cercopidae)

As cigarrinhas da espuma podem causar danos significativos às plantações, especialmente às gramíneas. Elas se alimentam da seiva das plantas, enfraquecendo-as e, em casos graves, podem levar à desidratação e morte das plantas.

 

Cigarrinhas das pastagens (Cicadellidae)

Algumas espécies de cigarrinhas das pastagens são pragas importantes em culturas agrícolas. Elas se alimentam das folhas das plantas, causando danos diretos à folhagem e reduzindo a capacidade da planta de realizar a fotossíntese. Isso pode levar a uma diminuição no rendimento das culturas.

 

Cigarrinhas de jardim (Membracidae)

Embora as cigarrinhas de jardim não sejam geralmente consideradas pragas agrícolas, em casos de infestações severas, elas podem causar danos estéticos às plantas ornamentais e arbustos. Além disso, seu comportamento alimentar pode enfraquecer as plantas, tornando-as mais suscetíveis a doenças e outros problemas.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Cigarrinhas das videiras (Cercopoidea)

As cigarrinhas das videiras se alimentam da seiva das plantas, o que pode enfraquecer as videiras e reduzir a produção de frutos. Além disso, algumas espécies podem transmitir doenças às plantas. O que pode causar danos adicionais.

 

Cigarrinhas do milho (Cicadellidae)

As cigarrinhas do milho podem causar danos significativos às plantações de milho. Elas se alimentam das folhas das plantas, causando danos diretos à folhagem e reduzindo a capacidade da planta de realizar a fotossíntese.

Em casos graves, isso pode levar a uma redução no rendimento das culturas. Além disso, algumas espécies podem transmitir doenças às plantas de milho.

 

Manejo da cigarrinha

O manejo de cigarrinhas pode envolver uma combinação de métodos de controle biológico, cultural, físico e químico. Veja:

  • Monitoramento: Realizar inspeções regulares das plantas para identificar a presença de cigarrinhas e avaliar o nível de infestação. Isso pode ajudar a determinar a necessidade e o momento adequado para a aplicação de medidas de controle.
  • Controle cultural: Práticas agrícolas como rotação de culturas, manejo adequado da irrigação e eliminação de plantas hospedeiras alternativas. Isso podem ajudar a reduzir a disponibilidade de alimento e abrigo para as cigarrinhas.
  • Controle biológico: Introdução de inimigos naturais, como predadores, parasitoides e patógenos, que ajudam a controlar as populações de cigarrinhas de forma natural. Isso pode ser feito através da conservação de habitats naturais, liberação de agentes de controle biológico ou uso de produtos comerciais contendo organismos benéficos.
  • Controle físico: Em casos de infestações localizadas, medidas físicas como remoção manual e o uso de armadilhas podem ser eficazes para reduzir as populações.
  • Controle químico: O uso de inseticidas é uma opção de controle, porém deve ser utilizado com precaução para minimizar os impactos ambientais e a resistência dos insetos aos produtos químicos. A escolha do inseticida, a dosagem e o método de aplicação devem ser baseados em informações sobre a biologia da praga e considerar a segurança do meio ambiente e dos seres humanos.
  • Integração de métodos: A abordagem mais eficaz geralmente envolve a integração de diferentes métodos de controle em um programa de manejo integrado de pragas (MIP), que visa reduzir as populações de pragas a níveis aceitáveis com o mínimo impacto ambiental e econômico.

É importante adaptar as estratégias de manejo de cigarrinhas de acordo com as condições locais, a espécie de cigarrinha e o tipo de cultura afetada. Além de considerar os princípios do MIP para garantir uma abordagem sustentável e eficaz.

 

Desafios

Enfrentar as cigarrinhas na agricultura é uma tarefa complexa devido a diversos desafios:

  • Dificuldade na Identificação e Monitoramento: Detectar e monitorar cigarrinhas precocemente é complicado devido à sua pequena dimensão e habilidade de camuflagem.
  • Resistência a Inseticidas: O uso frequente de inseticidas pode levar à resistência nas populações de cigarrinhas. Diminuindo a eficácia dos métodos de controle.
  • Impactos Ambientais e na Saúde: O uso excessivo de inseticidas pode ter efeitos prejudiciais no meio ambiente e na saúde humana. Exigindo um equilíbrio entre controle eficaz e impactos adversos.
  • Variedade de Espécies e Comportamentos: A diversidade de espécies e comportamentos das cigarrinhas requer abordagens específicas e adaptadas para cada situação agrícola.
  • Integração de Métodos de Controle: Coordenar e integrar métodos de controle diferentes em um manejo integrado de pragas pode ser desafiador devido a questões logísticas e de conhecimento.
  • Mudanças Climáticas e Distribuição Geográfica: As mudanças climáticas podem afetar a distribuição geográfica e o comportamento das cigarrinhas. Exigindo adaptação contínua das estratégias de manejo.

Superar esses desafios requer uma abordagem colaborativa e holística envolvendo agricultores, pesquisadores e formuladores de políticas para desenvolver e implementar estratégias de manejo eficazes e sustentáveis.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Em conclusão, as cigarrinhas representam uma ameaça significativa para a agricultura. Causando danos diretos às plantações e atuando como vetores de doenças que afetam diversas culturas agrícolas. Suas características físicas e comportamentais variadas. Juntamente com a diversidade de espécies, tornam esses insetos um desafio complexo para os agricultores em todo o mundo.

No entanto, ao adotar uma abordagem integrada de manejo de pragas, que inclui monitoramento regular, controle cultural, biológico, físico e químico, é possível reduzir os impactos das cigarrinhas de maneira eficaz e sustentável. Gostou? Curta e compartilhe!

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade

O papel vital das lagartas na agricultura!

O papel vital das lagartas na agricultura!

No vasto mundo da agricultura, onde cada elemento desempenha um papel único e crucial, as lagartas muitas vezes são vistas como pragas indesejadas, devoradoras de culturas valiosas. No entanto, uma análise mais aprofundada revela que essas pequenas criaturas têm um papel complexo e multifacetado nos ecossistemas agrícolas.

À medida que exploramos o papel das lagartas na agricultura, surge uma questão intrigante: são elas realmente inimigas dos agricultores ou poderiam ser aliadas valiosas na promoção da saúde das plantas e na sustentabilidade dos sistemas agrícolas?

Neste artigo, vamos investigar os diversos aspectos do relacionamento entre lagartas e agricultura. Destacando tanto os desafios quanto as oportunidades que elas apresentam.

 

O papel vital das lagartas na agricultura: aliadas ou adversárias?

 

Características da lagarta

As lagartas são as larvas de borboletas e mariposas, pertencentes à ordem Lepidoptera. Elas possuem uma série de características distintas que as tornam fascinantes e importantes dentro dos ecossistemas:

  • Corpo Segmentado: As lagartas têm corpos compostos por uma série de segmentos, cada um com um par de pernas. Essa segmentação permite flexibilidade e movimento enquanto se alimentam e se locomovem.
  • Apetite Voraz: As lagartas são conhecidas por seu apetite voraz. Elas consomem grandes quantidades de folhas e outros materiais vegetais, o que as torna pragas potenciais em muitos sistemas agrícolas.
  • Mandíbulas Mastigatórias: Para se alimentarem, as lagartas possuem mandíbulas mastigatórias poderosas. Que lhes permitem triturar e mastigar os alimentos de forma eficiente.
  • Camuflagem e Mimicry: Muitas lagartas desenvolvem estratégias de camuflagem e mimetismo para se protegerem de predadores. Algumas imitam folhas ou galhos, enquanto outras adotam cores brilhantes como advertência aos predadores.
  • Glândulas Sericígenas: Algumas espécies de lagartas possuem glândulas sericígenas, que produzem seda. Elas usam essa seda para construir casulos ou redes protetoras, onde se metamorfoseiam em pupas e, eventualmente, emergem como borboletas ou mariposas.
  • Variedade de Espécies: Existem milhares de espécies de lagartas em todo o mundo, cada uma adaptada a diferentes ambientes e tipos de plantas hospedeiras. Algumas são pragas graves em culturas agrícolas, enquanto outras desempenham papéis importantes na polinização e no controle de pragas.
  • Importância Ecológica: Apesar de muitas vezes serem consideradas pragas, as lagartas desempenham papéis importantes nos ecossistemas. Elas servem como alimento para uma variedade de predadores, incluindo pássaros, insetos predadores e pequenos mamíferos, ajudando a manter o equilíbrio ecológico.

Essas são apenas algumas das características que tornam as lagartas tão fascinantes e importantes dentro dos ecossistemas agrícolas e naturais.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Ciclo de vida

O ciclo de vida das lagartas segue um processo conhecido como metamorfose completa. Que envolve quatro estágios distintos: ovo, larva (lagarta), pupa e adulto (borboleta ou mariposa).

Aqui está uma visão geral do ciclo de vida das lagartas:

 

Ovo

O ciclo de vida das lagartas começa quando a fêmea adulta deposita os ovos em uma planta hospedeira adequada para as futuras lagartas se alimentarem. O número de ovos e o tempo de incubação variam de acordo com a espécie e as condições ambientais.

 

Larva (Lagarta)

Após a eclosão dos ovos, as lagartas emergem e começam sua fase larval. Neste estágio, as lagartas são conhecidas por seu apetite voraz. Elas se alimentam continuamente das folhas e outros materiais vegetais. Crescendo rapidamente à medida que acumulam energia para a próxima fase de desenvolvimento.

 

Pupa

Quando a lagarta atinge um certo estágio de desenvolvimento, ela se prepara para a metamorfose construindo um casulo ou uma crisálida. Dentro deste casulo ou crisálida, a lagarta sofre uma transformação completa, reorganizando seus tecidos e órgãos para se preparar para a fase adulta.

 

Adulto (Borboleta ou Mariposa)

Após um período de tempo variável, que pode durar semanas ou até meses dependendo da espécie e das condições ambientais, a metamorfose é completa e a lagarta emerge como um adulto totalmente formado. Seja uma borboleta ou uma mariposa.

Os adultos geralmente têm asas e são capazes de voar em busca de parceiros para acasalamento e para iniciar o ciclo de vida novamente, depositando ovos em plantas hospedeiras adequadas.

Esse ciclo de vida das lagartas é crucial para a reprodução e a sobrevivência das espécies de borboletas e mariposas, desempenhando um papel importante na ecologia e na biodiversidade dos ecossistemas.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Importância das lagartas

Primeiramente, as lagartas servem como uma fonte essencial de alimento para uma variedade de predadores, como pássaros, insetos predadores, répteis e pequenos mamíferos. Ao fazerem parte da cadeia alimentar, contribuem para a diversidade e estabilidade dos ecossistemas.

Além disso, quando se metamorfoseiam em borboletas ou mariposas, muitas lagartas desempenham um papel fundamental na polinização das plantas. Ao se alimentarem do néctar das flores, ajudam na transferência do pólen entre as plantas. Promovendo a reprodução e a diversidade genética das espécies vegetais.

As fezes das lagartas também têm um papel importante na reciclagem de nutrientes. Ao decompor a matéria orgânica, contribuem para a fertilidade do solo, tornando os nutrientes essenciais, como nitrogênio e fósforo, disponíveis para as plantas.

Enquanto algumas lagartas são herbívoras e se alimentam das folhas e brotos das plantas, em seus habitats naturais desempenham um papel crucial no controle da vegetação. Elas ajudam a manter o equilíbrio entre as espécies vegetais e prevenindo o crescimento excessivo de certas plantas.

 

Lagartas que atacam a agricultura

Várias espécies de lagartas podem representar ameaças significativas para a agricultura, causando danos às culturas e reduzindo os rendimentos. Veja algumas delas:

  • Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda): É uma das pragas mais destrutivas para culturas como milho, sorgo, arroz e pastagens. Originária das Américas, essa lagarta se espalhou para outras regiões, causando grandes prejuízos econômicos.
  • Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis): É uma praga comum em plantações de soja, especialmente na América do Sul e nos Estados Unidos. Suas larvas se alimentam das folhas, podendo causar danos severos às plantas.
  • Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus): É uma praga importante em culturas como milho, algodão, arroz, soja e pastagens. Suas larvas se alimentam das raízes das plantas, causando danos significativos ao sistema radicular e afetando o desenvolvimento das culturas.
  • Broca-da-cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis): É uma das principais pragas da cana-de-açúcar, causando danos às folhas, ao colmo e aos brotos, além de facilitar a entrada de doenças nas plantas.
  • Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon): É uma praga polífaga que ataca uma variedade de culturas, incluindo milho, soja, algodão, batata, entre outras. Suas larvas se alimentam principalmente das raízes e da base das plantas jovens, podendo causar danos graves, especialmente em condições de alta umidade.
  • Lagarta-militar (Spodoptera exigua): É uma praga generalista que ataca uma ampla gama de culturas, incluindo hortaliças, frutas e plantas ornamentais. Suas larvas se alimentam das folhas e dos brotos das plantas, causando danos estéticos e reduzindo o rendimento das culturas.

Essas são apenas algumas das principais lagartas que representam desafios significativos para a agricultura em todo o mundo.

O controle integrado de pragas, que combina diferentes estratégias de manejo, é essencial para reduzir os danos causados por essas pragas e garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade dos sistemas agrícolas.

 

Plataforma Agropós

 

Manejo das lagartas

O manejo integrado de pragas é uma abordagem holística que visa controlar as pragas de forma eficaz e sustentável, minimizando os impactos ambientais e econômicos.

Aqui estão algumas estratégias comuns utilizadas no MIP:

  • Monitoramento e Identificação: A primeira etapa do MIP é monitorar regularmente as populações de lagartas nas culturas. Por meio de armadilhas de feromônios, inspeção visual das plantas e amostragem de pragas.
  • Controle Cultural: O manejo cultural visa modificar o ambiente agrícola para reduzir a incidência de pragas. Isso pode incluir práticas como rotação de culturas, plantio de variedades resistentes, manejo adequado da irrigação e da fertilização, e eliminação de restos de cultura para reduzir os locais de reprodução das pragas.
  • Controle Biológico: O controle biológico envolve o uso de inimigos naturais das pragas para reduzir suas populações. Isso pode incluir a introdução de parasitoides, predadores e patógenos específicos das lagartas, como vírus e bactérias, que ajudam a controlar as populações de forma natural.
  • Controle Químico: Envolve o uso de pesticidas para reduzir as populações de pragas. No entanto, esse método deve ser usado com cautela para minimizar os impactos negativos sobre o meio ambiente, a saúde humana e a segurança alimentar.
  • Controle Cultural: O uso de práticas de manejo que interrompem o ciclo de vida das pragas. Como o uso de armadilhas de feromônios para monitoramento e captura de machos, ou o uso de técnicas de controle térmico para eliminar lagartas e ovos.
  • Integração de Métodos: O sucesso do MIP é a combinação eficaz de várias estratégias de controle. Isso pode incluir a integração de métodos biológicos, culturais e químicos. Adaptados às condições locais e às características específicas das pragas e das culturas.

Ao implementar essas estratégias do MIP, os agricultores podem reduzir os danos causados pelas lagartas e promover sistemas agrícolas mais sustentáveis e resilientes.

 

Conclusão

As lagartas desempenham papéis complexos na agricultura, sendo tanto aliadas quanto desafios. Embora sejam fontes de alimento e contribuam para a biodiversidade, algumas espécies causam danos às culturas.

O manejo integrado de pragas, combinando estratégias biológicas, culturais e químicas, é essencial para controlar suas populações de forma sustentável. Reconhecer essa complexidade nos permite promover sistemas agrícolas mais resilientes e equilibrados.

Gostou? Curta e compartilhe!

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade

Besouros: entenda tudo sobre esses insetos!

Besouros: entenda tudo sobre esses insetos!

Os besouros é um dos insetos mais conhecidos do mundo, no entanto, existem milhões de tipos de besouros.  Neste artigo vamos falar tudo que precisa saber sobre esse inseto!

Acompanhe!

 

Besouros

 

Dentro da ordem dos coleópteros, existe uma enorme diversidade de insetos, dentre os quais os besouros e as joaninhas são os mais conhecidos. Porém, nessa ordem também estão inclusos os gorgulhos, os escaravelhos, e muito mais.

A palavra “Coleopetera” é de origem grega, que surgiu da união de koleos (que significa estojo), com pteron (que quer dizer asas). Em tradução livre, fica “estojo de asas”.

A origem desse nome vem da estrutura desses insetos, que possuem o par de asas externos bem rígidos, e que serve como uma espécie de proteção para o par de asas interno, usado para voar, e que é bem mais delicado.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Besouros e o cenário agrícola brasileiro

A alimentação do besouro inclui um regime alimentar bastante diversificado. Tanto na forma adulta quanto na forma larval, esse inseto se alimenta de material vegetal e também animal.

Em sua maioria, as larvas, após eclodirem, passam por diversas transformações até sua fase adulta. Os adultos apresentam formas e tamanhos variados.

Em alguns países do mundo, esse inseto tem grande valor comercial para a alimentação humana, sendo uma prática comum entre povos americanos e orientais no passado. São fontes de proteínas, com a segunda maior quantidade entre todos os insetos.

Existem espécies predadoras (que são usadas para controle biológico), parasitas (inclusive do próprio ser humano) e aquelas que são consideradas pragas (que trazem prejuízos financeiros para as lavouras).

Na agricultura, grande parte dos besouros é vista como praga. Contudo, como veremos a seguir, existem espécies que são essenciais para o equilíbrio e controle de pragas de algumas culturas.

 

Principais características dos besouros

No mundo todo, existem em torno de 350.000 espécies de besouros diferentes.

 Esse número representa cerca de 30% de todos os animais, e em torno de 40% do total de insetos existentes. Abaixo, nós listamos as principais características apresentadas pelos besouros. Confira!

  • Os besouros adultos possuem olhos elípticos ou circulares, e ocelos nas larvas.
  • Possuem o abdome séssil. Nos besouros machos, eles têm 10 urômeros, enquanto nas fêmeas, são apenas 9, por onde acontece a respiração (onde estão os espiráculos).
  • Suas pernas servem tanto para andar, quanto nadar e cavar.
  • A maioria dos besouros possui a cabeça arredondada.
  • O seu aparelho bucal é bem desenvolvido.
  • Contam com dois pares de asas. Sendo um deles, o primeiro, modificado em élitros, ou seja, em endurecimento; e o segundo par é de asas membranosas, mais sensíveis, que eles usam para voar.
  • Possui a parte inferior do tórax desenvolvida. Ela é denominada protórax.

 

Reprodução dos besouros

Na maior parte das espécies, a reprodução é sexuada, ou dioica. Apesar de em algumas espécies a reprodução acontecer sem a necessidade do macho (partenogênese). E tem também aquelas espécies onde a reprodução pode acontecer das duas formas. No entanto, na ordem dos coleópteros, a reprodução partenogênese á algo muito raro de acontecer.

No caso da reprodução dioica, o besouro macho fecunda a fêmea. O esperma então é armazenado na espermateca (estrutura interna), até que aconteça a fertilização dos ovos. A quantidade de ovos produzidos de cada vez varia de uma espécie para outra.

Alguns machos podem apresentar as antenas mais longas, e possuírem também uma estrutura especial, que é usada na identificação do feromônio que a fêmea produz, e que serve para atraí-los.

No entanto, em se tratando de besouros, não são apenas as fêmeas que produzem o feromônio. Os machos também podem produzi-lo. É o que acontece com os pertencentes à família Scolytinae.

Há também outra forma de os besouros se encontrarem para a união entre o macho e a fêmea, que é por meio do estímulo visual, como acontece na família Lampyridae, que são besouros mais conhecidos como vaga-lumes. Após se encontrarem, ocorre o contato final por meio das vias olfatórias.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

A importância do besouro no controle de pragas

 

Caso da mosca-dos-chifres

Identificada pela primeira vez em 1983, a mosca-dos-chifres é um inseto considerado praga em diversos países ao redor do mundo. Trata-se de um sério problema econômico para a pecuária, com populações cada vez mais resistentes ao controle químico.

Ela ocorre em praticamente todo o território brasileiro, especialmente na região do cerrado. De origem europeia, ela se alimenta exclusivamente de sangue.

Dessa forma, ataca o gado, com picadas dolorosas, que posteriormente levam à diminuição da libido em touros e anemia e perda de peso no gado em geral.

Assim, há uma queda na produtividade rural e na lucratividade do pecuarista. Como se não bastasse, o inseto é ainda um vetor de doenças, como a anaplasmose e a tripanossomose.

 

Besouro-castanho: destruidor de plantações

O besouro-castanho, conhecido popularmente como caruncho, é um inseto de cor marrom-avermelhada que mede cerca de 2,3 a 4,4 centímetros e tem corpo totalmente achatado.

De reprodução rápida e veloz, as fêmeas desse inseto colocam em média 500 ovos, geralmente em fendas de paredes ou sacolas sobre grãos armazenados. O ciclo de vida do animal gira em torno de 20 dias. Umidade alta e dias quentes favorecem a reprodução e proliferação desses insetos.

Ele ataca ambientes de armazenamento de grãos, causando sérios prejuízos em estoques inteiros. Diante disso, são consideradas pragas secundárias, por não atacarem diretamente a plantação.

É preciso que o produtor rural se atente ao controle desse inseto. Caso contrário, há grande risco de perda da safra, devido à facilidade de sua proliferação.

 

Corós: a larva do besouro

Um coró é a forma larval de um besouro. Trata-se de uma praga que causa grandes prejuízos às raízes das plantas, resultando na morte destas. Há registros de mais de mil espécies no país, das quais dez são consideradas pragas.

Entre os fatores que contribuem para a proliferação das larvas estão o sistema de plantio direto e o não revolvimento do solo. Os gêneros de maior ocorrência são Phyllophaga, Diloboderus e Liogenys.

  • O Diloboderus ocorre em grande número na região Sul do país. Ataca, principalmente, as safras de inverno.
  • O Phyllophaga é mais comum na região Centro-Oeste do país, atacando principalmente a cultura da soja e do milho safrinha.
  • A ocorrência de Liogenys também é comum na região Centro-Oeste, em estados como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Ataca as culturas da soja e do milho.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Os besouros são conhecidos por possuírem um importante papel no cenário agrícola. Muitos desses insetos são predadores naturais de pulgões e cochonilhas, considerados como principais pragas de roseiras e citrus, por exemplo.

Assim, eles ajudam involuntariamente os produtores agrícolas. Entretanto, existem casos em que eles podem prejudicar as plantações e produções.

Gostaram? Curta e comenta!

Pós-graduação Fitossanidade

Fungo branco nas plantas: técnicas e manejo!

Fungo branco nas plantas: técnicas e manejo!

O fungo branco é muito comum em várias plantações, inclusive nos vegetais. Neste artigo você aprende mais sobre a presença de fungo branco nas plantas. Apresentamos informações sobre como surgem, as principais características e as formas de prevenção e controle.

Venha comigo!

 

Fungo branco nas plantas: técnicas e manejo!

 

Você já notou uma cobertura branca nas suas plantas? O que as pessoas costumam chamar de mofo popularmente, na verdade é um conjunto de microrganismos que pertence ao reino fungi.

Essa camada que pode revestir as folhas e os caules dos vegetais é o oídio, um fungo muito comum em plantações. Mas todo cuidado é pouco, pois, quando a infestação é grande, ele pode se espalhar para as flores e frutos, além de danificar os órgãos das plantas.

Os danos causados por essas pragas levam a planta à morte e podem até chegar às raízes. Por exemplo, danificando até mesmo o solo para prejudicar o cultivo futuro de outras culturas.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Fungo branco nas plantas

O mofo branco é causado por um fungo ascomiceto chamado Sclerotinia sclerotiorum, nome científico do agente causador da doença.

É uma das doenças que mais provocam prejuízo na lavoura de grandes culturas, tais como algodão, soja, feijão, girassol, entre outras.

Estima-se que essa doença atinja pelo menos 400 espécies diferentes de plantas. Ou seja, trata-se de uma doença que possui uma ampla gama de hospedeiras, o que dificulta seu controle.

Um dos fatores que contribuem para esse comportamento é que o fungo causador da doença possui alta resistência e desenvolve estruturas que podem permanecer viáveis durante anos.

Além disso, o fungo se dispersa com facilidade, contribuindo para a contaminação de diferentes lavouras. Após serem contaminadas, as plantas desenvolvem sintomas como hastes e vagens com lesões encharcadas e tecido com coloração parda/marrom.

 

Infecção do fungo branco nas plantas

As flores das plantas são porta de entrada para que ocorra a infecção do patógeno, que será capaz de penetrar e colonizar tecidos sadios do hospedeiro, sendo o processo de florescimento do hospedeiro o momento crítico da doença, onde o processo de infecção será intensificado.

O primeiro sintoma da doença são lesões encharcadas nas folhas. A colonização para outros órgãos da planta progride de forma rápida, tornando o caule escuro e, posteriormente, necrótico devido a toxinas liberadas pelo patógeno.

O processo de apodrecimento também pode ser observado em hastes laterais, folhas, vagens e, geralmente, resultam em morte da planta. Nesta fase pode ser visto um micélio branco, que lembra o aspecto de algodão e constitui a origem do nome da doença.

 

Quais são as condições ideias?

Regiões chuvosas, alta umidade no solo e temperatura amena são condições ideais para a germinação do escleródio.

A germinação pode ser carpogência, que dá origem ao apotécio, estrutura com formato parecido com um pequeno cogumelo que libera esporos, chamados de ascósporos que irão infectar os tecidos das plantas, produzindo micélio e posteriormente os escleródios.

Através da germinação carpogênica, o patógeno irá colonizar partes internas e externas das plantas e esta será a principal forma de infecção a campo.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Quais são os danos provocados pelo fungo branco nas plantas?

Na prática, os prejuízos provocados pelo desenvolvimento desses sintomas variam de acordo com a cultura. Por isso, te apresentamos abaixo como esse fungo afeta as culturas mais suscetíveis à infecção por mofo branco.

 

Cultura de soja

O mofo branco é uma das principais doenças que atingem a cultura da soja. Caso a doença não seja controlada, pode reduzir em até 70% a produção do grão.

O período crítico de contágio coincide com a época do florescimento e de formação das vagens, já que o patógeno ataca as estruturas reprodutivas.

O fungo se concentra principalmente nas inflorescências, pecíolos e ramos das plantas. Nas vagens infectadas, o fungo compromete o enchimento dos grãos, que se tornam menores, enrugados e com uma coloração anormal.

 

Cultura de feijão

A podridão-de-esclerotinia apresenta um potencial altamente destrutivo quando contamina a cultura do feijão. Em geral, o patógeno ataca em áreas irrigadas durante o período de outono-inverno, quando as temperaturas estão mais amenas.

Nessa cultura, os sintomas ocorrem em reboleiras, onde os caules apodrecem, provocando o murchamento da planta. O fungo também infecta as flores, folhas, ramos e vagens.

 

Cultura de algodão

O mofo branco é uma das principais doenças que atingem o algodoeiro no Brasil. Isso ocorre porque as áreas de plantio de algodão estão localizadas em regiões que oferecem condições favoráveis ao desenvolvimento do fungo.

Apesar de preferir ambientes úmidos, o patógeno pode ocorrer em áreas de Cerrado de forma esporádica, principalmente no período de chuva ou em áreas irrigadas.

No algodoeiro, os primeiros sintomas aparecem no pecíolo, haste, folhas e maçãs. No período de floração do algodão, a disseminação do fungo ocorre de forma mais rápida.

 

Conheça as principais técnicas de controle e manejo

A forma mais eficiente para proteger sua lavoura do fungo branco nas plantas envolve a adoção de várias estratégias e técnicas de controle e manejo. Conheça cada uma delas a seguir.

 

Utilize sementes certificadas

As sementes certificadas se diferenciam por conta da sua qualidade, garantindo um bom desenvolvimento das plântulas nas fases iniciais de plantio.

Porém, é importante investir em sementes provenientes de empresas confiáveis e com responsabilidade na produção desse tipo de grão.

 

 

Invista no tratamento das sementes

O tratamento das sementes também contribui para a proteção da plântula nos estádios iniciais de desenvolvimento.

Isso ocorre porque o produto utilizado impede que os propágulos do fungo consigam se fixar na superfície das sementes.

Para investir nesse processo, o produtor pode optar pelo Tratamento de Sementes Industrial (TSI) ou pela aplicação on farm, ou seja, com produtos específicos para a cultura.

 

Escolha cultivares eretas

Mesmo que a lavoura esteja localizada numa região de clima mais seco, é possível que a associação entre plantas e irrigação crie um microclima favorável ao desenvolvimento do fungo.

Para evitar esse problema, uma das soluções é cultivar variedades que se desenvolvam de forma mais ereta. Isso permite uma boa aeração, dificultando o estabelecimento do patógeno.

 

Respeite o espaçamento entre as linhas

Estabelecer um espaçamento maior entre as linhas também contribui para aeração entre as plantas. Isso dificulta a formação do microclima ideal para o desenvolvimento do fungo.

 

Cuidado com a época do plantio

Como o mofo branco tem preferência por climas mais amenos e com alta umidade, o ideal é evitar o plantio durante o período de chuvas.

 

Limpe os equipamentos e máquinas agrícolas

Os escleródios do fungo podem ser transportados por equipamentos e máquinas agrícolas que tiveram contato com plantas ou solo contaminados.

Por isso, é importante limpar o maquinário antes de realizar qualquer procedimento na lavoura. Assim, você pode evitar a contaminação da área de plantio.

 

Faça a rotação de culturas

Em áreas suscetíveis ao ataque do mofo branco, a rotação e/ou sucessão de cultura deve ser feita com plantas que não são hospedeiras desse fungo, como as gramíneas. Assim, você consegue interromper o ciclo de vida do patógeno.

 

Faça a cobertura do solo com palhada

A palhada atua como uma barreira física que impede a exposição dos escleródios à luz solar. Isso dificulta a formação de apotécios e, por consequência, prejudica o ciclo de vida do fungo.

Porém, é preciso tomar cuidado com a composição da palhada. O ideal é que a palhada seja formada por gramíneas, como as brachiarias, que não são hospedeiras desse patógeno.

 

Revolva o solo

Revolver o solo antes do plantio ajuda a empurrar os escleródios para camadas mais profundas do terreno.

Assim, você impede que essa estrutura de resistência tenha acesso a condições favoráveis ao seu desenvolvimento.

 

Invista no controle biológico do fungo

O controle biológico ainda é a melhor forma de fazer o controle do mofo branco nas plantas. Como ainda não existem estratégias de controle genético disponíveis para a eliminação dessa doença, esse método pode ser associado ao uso de fungicidas, que ainda são poucos no mercado.

Para fazer esse tipo de controle, você pode utilizar diversos microorganismos, como as bactérias Bacillus subtilis.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Neste artigo vimos tudo que precisamos saber sobre o fungo branco nas plantas e o quanto podem afetar sua produtividade.

Com isso é de extrema importância que o agricultor faça monitoramento pois quanto mais cedo identificar a doença melhor para realizar o diagnóstico correto e assim realizar medidas de manejo para o controle em sua lavoura.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo.

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade

Conheça as 6 principais pragas do milho!

Conheça as 6 principais pragas do milho!

Combater as pragas do milho é uma tarefa importante com o propósito de garantir o sucesso dessa lavoura. Isso porque trata-se de um dos produtos agrícolas mais importantes à nossa economia. Com isso, preparamos este artigo para mostrar as principais pragas do milho. Quer conhecê-las?

Venha comigo!

 

Conheça as 6 principais pragas do milho!

 

O milho é uma das culturas mais importantes da agricultura no Brasil superando recordes de produção a cada ano.

Sua versatilidade é uma das qualidades dessa cultura que pode ser utilizada na indústria e na alimentação humana e animal.

Os primeiros indícios da produção do milho foram encontrados no México que logo se espalhou pela América e Europa, e hoje está presente em diversos países.

Sendo uma cultura de extrema importância, é preciso ter alguns cuidados com os inimigos naturais, conhecer bem o comportamento desses inimigos é a única forma de se proteger contra perdas e garantir a lucratividade da lavoura.

Foi pensando nisso que escrevemos este artigo com informações essenciais que você precisa conhecer para se proteger desse mal.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Como o milho chegou no Brasil

No Brasil, o milho já era cultivo pelas tribos indígenas antes da chegada dos portugueses. Com a colonização, há mais de 500 anos, o consumo teve grande aumento, tonando-se um hábito alimentar.

Os índios tinham em sua alimentação o milho como um dos principais alimentos, principalmente as tribos guaranis.

Com a chegada dos novos povos, o grão se tornou fonte de outras atividades sendo incorporado como formas diversas de cozimento e como farinha, por exemplo.

 

Brasil como potência agrícola

A produção de milho no Brasil está na terceira posição do ranking de produtividade como uma das maiores potências produtivas do mundo, com aumento aproximado crescimento em torno de 5,7% ao ano.

No mundo, o milho é responsável por uma produção de aproximadamente 960 milhões de toneladas, tendo Brasil, China, Estados Unidos e Argentina como os maiores produtores.

Sabe-se que o Brasil é um dos países com grande destaque no agronegócio, com investimento em tecnologia e agricultura de precisão, superando índices de produção a cada ano.

 

Checklist agrícola

 

As 6 principais pragas do milho

Você já deve ter entrado numa lavoura de milho e notado que algo não ia bem. É possível identificar pela folhagem ou, até mesmo, por causa do aspecto dos arbustos. Isso sem falar nas próprias espigas de milho, atacadas principalmente por lagartas.

Dessa maneira, reconhecer as pragas e os seus causadores é essencial para não correr o risco de perder a sua safra. Confira as 6 principais pragas do milho:

  1. Cigarrinha do milho  (Dalbulusmaidis)
  2. Pulgão (Rhopalosiphum maidis)
  3. Lagarta-rosca (Agrotis ípsilon)
  4. Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)
  5. Corós (Liogenys sp)
  6. Larva-alfinete (Diabrotica speciosa)

 

1. Cigarrinha do milho (Dalbulus maidis)

A cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) é outra praga conhecida pela transmissão de doenças às lavouras, sendo o enfezamento pálido (espiroplasma) e o enfezamento vermelho (fitoplasma) as mais comuns.

Seus sintomas típicos são folhas com listras esbranquiçadas, amareladas ou avermelhadas, chegando a adquirir uma tonalidade púrpura.

 

Danos

A cigarrinha adquire o espiroplasma ou o fitoplasma ao se alimentar da seiva de plantas infectadas. A propagação das doenças se estende a todo o ciclo de vida da praga, sempre que se alimenta de cultivares saudáveis.

 

Controle

O Manejo Integrado de Pragas é um grande aliado no controle das principais pragas do milho, pois ajuda a monitorar sua população e aplicar medidas corretivas antes que atinjam um ponto crítico.

Uma prática muito eficiente nesse sentido é o uso de filmes plásticos para a proteção do solo, que substituem as coberturas de palhada e restos culturais que facilitam a sobrevivência das pragas.

 

2. Pulgão (Rhopalosiphum maidis)

pulgão é um tipo de inseto que pode ser facilmente reconhecido por causa de sua grande quantidade na planta e também em decorrência de sua coloração verde azulada ou preta.

Eles vivem em colônias nos pendões, nas folhas, nas espigas ou no interior do cartucho. Aliás, o seu desenvolvimento é facilitado em locais e períodos de baixa umidade, ventos com baixa velocidade e temperatura em torno de 20 graus.

 

Danos

A sua alimentação é à base de seiva das plantas e esses insetos são capazes de esgotar as reservas hídricas e nutricionais, causando deformações nas folhas.

 

Controle

O seu controle pode ser feito de maneira natural, tendo em vista que essa é uma espécie bastante sensível a desequilíbrios biológicos e conta com um grande número de inimigos naturais, como a tesourinha e as joaninhas.

Se a infestação estiver muito alta, o controle químico é recomendado. Mas, sempre levando em consideração o intervalo de carência e a dosimetria correta do veneno.

 

3. Lagarta-rosca (Agrotis ípsilon)

Lagarta-rosca é como são conhecidas as lagartas dos gêneros Agrotis, Anicla e Peridroma, que recebem esse nome pela forma como se escolhem quando são tocadas. São pragas de hábitos noturnos, que se abrigam no solo durante o dia e atacam as plantas recém-transplantadas ou recém-germinadas à noite.

 

Danos

Elas se alimentam do colo, a região do caule que fica próxima do solo. Fazendo com que as plantas murchem e tombem. São poucos os estudos sobre a ocorrência dessa praga no Brasil, o que dificulta o seu reconhecimento nas lavouras e, consequentemente, seu manejo.

 

Controle

O método de controle mais usado tem sido iscas com substâncias que atraem a lagarta, misturadas a algum defensivo químico. Outras formas de prevenir incluem a eliminação de plantas hospedeiras e restos culturais, que costumam servir de abrigo para a praga.

 

4. Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)

A lagarta-elasmo vem tornando-se, juntamente com a lagarta-do-cartucho, uma das principais pragas da cultura do milho em condições de campo.

Tem sido observado que esta praga ocorre com maior frequência em solos arenosos e em períodos secos após as primeiras chuvas. Também tem sido problemática para as culturas em solos sob vegetação de cerrado, sobretudo no primeiro ano de cultivo.

 

Danos

Devido ao ataque, ocorre primeiramente a morte das folhas centrais, cujo sintoma é denominado “coração morto”. Sendo puxadas com a mão, as folhas secas do centro destacam-se com facilidade. Posteriormente ocorre o perfilhamento ou a morte da planta.

Uma folha enrolada, atacada por elasmo, quando chega a abrir-se, apresenta orifícios bem redondos dispostos em linha reta.

 

Controle

Os melhores resultados para o controle da lagarta-elasmo são obtidos com a utilização de inseticidas sistêmicos aplicados preventivamente no solo, por ocasião do plantio.

Este tipo de controle é recomendado, porém, somente em regiões onde tradicionalmente ocorre a praga.

Em locais onde a ocorrência é esporádica, recomenda-se uma pulverização, dirigindo-se o jato da calda inseticida para a região do colo da planta

 

 5. Corós (Liogenys sp)

Os corós referem-se a várias espécies de larvas da família Melolonthidae, e são conhecidos por atacar as partes subterrâneas das lavouras.

Essa é a principal característica que dificulta o seu controle e mapeamento, o que exige um conhecimento profundo dos seus aspectos comportamentais para a contenção de danos.

 

Danos

No início do seu desenvolvimento, as larvas podem ser encontradas ainda na palhada de restos culturais. Posteriormente, elas migram para as raízes das plantas, que lhe servirão de alimento.

O plantio convencional é uma forma de conter o seu crescimento. Já que o revolvimento do solo causa danos mecânicos à praga e a deixa exposta a predadores.

 

Controle

O controle químico é a forma de controle mais usada até o momento, principalmente com a aplicação de defensivos agrícolas nas sementes ou nas linhas de semeadura.

Técnicas de controle biológico ainda estão sendo estudadas, usando moscas e vespas que parasitam as larvas e fungos hospedeiros.

 

 

6. Larva-alfinete (Diabrotica speciosa)

As fases imaturas das pragas são encontradas no solo. Os ovos são colocados na base da planta, próximo às raízes.

São esbranquiçadas com a cabeça e o ápice de abdome de coloração preta. O adulto é de coloração verde-amarela, por isso denominado “vaquinha verde-amarela ou patriota”.

 

Danos

O sintoma mais característico das plantas afetadas, devido ao formato curvado que passam a apresentar.

Nesse caso, elas ficam mais suscetíveis aos ventos fortes, uma vez que a sua estabilidade fica comprometida pela deterioração das raízes. Danos às folhas também são visíveis quando a praga atinge a fase adulta.

 

Controle

O método de controle mais usado no Brasil é o uso de inseticidas químicos aplicados via tratamento de sementes, granulados e pulverização no sulco de plantio.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

É inegável que chegar na lavoura e ver muitos insetos sempre vai nos deixar preocupados. É muito importante que você conheça as principais pragas do milho e saiba quando é preciso controlá-las.

Neste artigo citamos as principais pragas da cultura do milho. Agora que você conhece essas práticas, ao reconhecer em sua lavora escolha o melhor método de controle, lembrando que em caso de dúvidas, chame um especialista da área.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo. 

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade