Combater as pragas do milho é uma tarefa importante com o propósito de garantir o sucesso dessa lavoura. Isso porque trata-se de um dos produtos agrícolas mais importantes à nossa economia. Com isso, preparamos este artigo para mostrar as principais pragas do milho. Quer conhecê-las?
Venha comigo!
O milho é uma das culturas mais importantes da agricultura no Brasil superando recordes de produção a cada ano.
Sua versatilidade é uma das qualidades dessa cultura que pode ser utilizada na indústria e na alimentação humana e animal.
Os primeiros indícios da produção do milho foram encontrados no México que logo se espalhou pela América e Europa, e hoje está presente em diversos países.
Sendo uma cultura de extrema importância, é preciso ter alguns cuidados com os inimigos naturais, conhecer bem o comportamento desses inimigos é a única forma de se proteger contra perdas e garantir a lucratividade da lavoura.
Foi pensando nisso que escrevemos este artigo com informações essenciais que você precisa conhecer para se proteger desse mal.
Como o milho chegou no Brasil
No Brasil, o milho já era cultivo pelas tribos indígenas antes da chegada dos portugueses. Com a colonização, há mais de 500 anos, o consumo teve grande aumento, tonando-se um hábito alimentar.
Os índios tinham em sua alimentação o milho como um dos principais alimentos, principalmente as tribos guaranis.
Com a chegada dos novos povos, o grão se tornou fonte de outras atividades sendo incorporado como formas diversas de cozimento e como farinha, por exemplo.
Brasil como potência agrícola
A produção de milho no Brasil está na terceira posição do ranking de produtividade como uma das maiores potências produtivas do mundo, com aumento aproximado crescimento em torno de 5,7% ao ano.
No mundo, o milho é responsável por uma produção de aproximadamente 960 milhões de toneladas, tendo Brasil, China, Estados Unidos e Argentina como os maiores produtores.
Sabe-se que o Brasil é um dos países com grande destaque no agronegócio, com investimento em tecnologia e agricultura de precisão, superando índices de produção a cada ano.
As 6 principais pragas do milho
Você já deve ter entrado numa lavoura de milho e notado que algo não ia bem. É possível identificar pela folhagem ou, até mesmo, por causa do aspecto dos arbustos. Isso sem falar nas próprias espigas de milho, atacadas principalmente por lagartas.
Dessa maneira, reconhecer as pragas e os seus causadores é essencial para não correr o risco de perder a sua safra. Confira as 6 principais pragas do milho:
- Cigarrinha do milho (Dalbulusmaidis)
- Pulgão (Rhopalosiphum maidis)
- Lagarta-rosca (Agrotis ípsilon)
- Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)
- Corós (Liogenys sp)
- Larva-alfinete (Diabrotica speciosa)
1. Cigarrinha do milho (Dalbulus maidis)
A cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) é outra praga conhecida pela transmissão de doenças às lavouras, sendo o enfezamento pálido (espiroplasma) e o enfezamento vermelho (fitoplasma) as mais comuns.
Seus sintomas típicos são folhas com listras esbranquiçadas, amareladas ou avermelhadas, chegando a adquirir uma tonalidade púrpura.
Danos
A cigarrinha adquire o espiroplasma ou o fitoplasma ao se alimentar da seiva de plantas infectadas. A propagação das doenças se estende a todo o ciclo de vida da praga, sempre que se alimenta de cultivares saudáveis.
Controle
O Manejo Integrado de Pragas é um grande aliado no controle das principais pragas do milho, pois ajuda a monitorar sua população e aplicar medidas corretivas antes que atinjam um ponto crítico.
Uma prática muito eficiente nesse sentido é o uso de filmes plásticos para a proteção do solo, que substituem as coberturas de palhada e restos culturais que facilitam a sobrevivência das pragas.
2. Pulgão (Rhopalosiphum maidis)
O pulgão é um tipo de inseto que pode ser facilmente reconhecido por causa de sua grande quantidade na planta e também em decorrência de sua coloração verde azulada ou preta.
Eles vivem em colônias nos pendões, nas folhas, nas espigas ou no interior do cartucho. Aliás, o seu desenvolvimento é facilitado em locais e períodos de baixa umidade, ventos com baixa velocidade e temperatura em torno de 20 graus.
Danos
A sua alimentação é à base de seiva das plantas e esses insetos são capazes de esgotar as reservas hídricas e nutricionais, causando deformações nas folhas.
Controle
O seu controle pode ser feito de maneira natural, tendo em vista que essa é uma espécie bastante sensível a desequilíbrios biológicos e conta com um grande número de inimigos naturais, como a tesourinha e as joaninhas.
Se a infestação estiver muito alta, o controle químico é recomendado. Mas, sempre levando em consideração o intervalo de carência e a dosimetria correta do veneno.
3. Lagarta-rosca (Agrotis ípsilon)
Lagarta-rosca é como são conhecidas as lagartas dos gêneros Agrotis, Anicla e Peridroma, que recebem esse nome pela forma como se escolhem quando são tocadas. São pragas de hábitos noturnos, que se abrigam no solo durante o dia e atacam as plantas recém-transplantadas ou recém-germinadas à noite.
Danos
Elas se alimentam do colo, a região do caule que fica próxima do solo. Fazendo com que as plantas murchem e tombem. São poucos os estudos sobre a ocorrência dessa praga no Brasil, o que dificulta o seu reconhecimento nas lavouras e, consequentemente, seu manejo.
Controle
O método de controle mais usado tem sido iscas com substâncias que atraem a lagarta, misturadas a algum defensivo químico. Outras formas de prevenir incluem a eliminação de plantas hospedeiras e restos culturais, que costumam servir de abrigo para a praga.
4. Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)
A lagarta-elasmo vem tornando-se, juntamente com a lagarta-do-cartucho, uma das principais pragas da cultura do milho em condições de campo.
Tem sido observado que esta praga ocorre com maior frequência em solos arenosos e em períodos secos após as primeiras chuvas. Também tem sido problemática para as culturas em solos sob vegetação de cerrado, sobretudo no primeiro ano de cultivo.
Danos
Devido ao ataque, ocorre primeiramente a morte das folhas centrais, cujo sintoma é denominado “coração morto”. Sendo puxadas com a mão, as folhas secas do centro destacam-se com facilidade. Posteriormente ocorre o perfilhamento ou a morte da planta.
Uma folha enrolada, atacada por elasmo, quando chega a abrir-se, apresenta orifícios bem redondos dispostos em linha reta.
Controle
Os melhores resultados para o controle da lagarta-elasmo são obtidos com a utilização de inseticidas sistêmicos aplicados preventivamente no solo, por ocasião do plantio.
Este tipo de controle é recomendado, porém, somente em regiões onde tradicionalmente ocorre a praga.
Em locais onde a ocorrência é esporádica, recomenda-se uma pulverização, dirigindo-se o jato da calda inseticida para a região do colo da planta
5. Corós (Liogenys sp)
Os corós referem-se a várias espécies de larvas da família Melolonthidae, e são conhecidos por atacar as partes subterrâneas das lavouras.
Essa é a principal característica que dificulta o seu controle e mapeamento, o que exige um conhecimento profundo dos seus aspectos comportamentais para a contenção de danos.
Danos
No início do seu desenvolvimento, as larvas podem ser encontradas ainda na palhada de restos culturais. Posteriormente, elas migram para as raízes das plantas, que lhe servirão de alimento.
O plantio convencional é uma forma de conter o seu crescimento. Já que o revolvimento do solo causa danos mecânicos à praga e a deixa exposta a predadores.
Controle
O controle químico é a forma de controle mais usada até o momento, principalmente com a aplicação de defensivos agrícolas nas sementes ou nas linhas de semeadura.
Técnicas de controle biológico ainda estão sendo estudadas, usando moscas e vespas que parasitam as larvas e fungos hospedeiros.
6. Larva-alfinete (Diabrotica speciosa)
As fases imaturas das pragas são encontradas no solo. Os ovos são colocados na base da planta, próximo às raízes.
São esbranquiçadas com a cabeça e o ápice de abdome de coloração preta. O adulto é de coloração verde-amarela, por isso denominado “vaquinha verde-amarela ou patriota”.
Danos
O sintoma mais característico das plantas afetadas, devido ao formato curvado que passam a apresentar.
Nesse caso, elas ficam mais suscetíveis aos ventos fortes, uma vez que a sua estabilidade fica comprometida pela deterioração das raízes. Danos às folhas também são visíveis quando a praga atinge a fase adulta.
Controle
O método de controle mais usado no Brasil é o uso de inseticidas químicos aplicados via tratamento de sementes, granulados e pulverização no sulco de plantio.
Conclusão
É inegável que chegar na lavoura e ver muitos insetos sempre vai nos deixar preocupados. É muito importante que você conheça as principais pragas do milho e saiba quando é preciso controlá-las.
Neste artigo citamos as principais pragas da cultura do milho. Agora que você conhece essas práticas, ao reconhecer em sua lavora escolha o melhor método de controle, lembrando que em caso de dúvidas, chame um especialista da área.
Gostou de saber mais sobre o assunto? Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo.
Escrito por Michelly Moraes.