As folhas são extremamente importantes para a manutenção da atividade fisiológica da planta e consequentemente para o rendimento das culturas. Com isso preparamos esse artigo para falar um pouco sobre a cor da folha de milho, sendo elas amarelas ou roxas. Quer saber mais sobre?
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O milho é, sem dúvida, uma das plantas cultivadas de maior interesse, seja em relação à sua origem, estrutura ou variação. Além disso, ele é conhecido apenas em cultivo e, na sua forma atual, não apresenta qualquer indicativo de que poderia subsistir sem os cuidados do homem.
No Brasil, a cultura do milho está amplamente disseminada. Isso ocorre tanto devido à sua multiplicidade de usos na propriedade rural quanto à tradição de cultivo desse cereal entre os agricultores brasileiros. Dessa forma, sua relevância para a produção agrícola nacional é inegável.
Neste artigo, vamos explorar, de maneira detalhada, a cor da folha do milho, explicando o que cada tonalidade significa e, além disso, quais medidas o produtor pode adotar para garantir o máximo desempenho da lavoura.
Importância do milho
O milho tem enorme importância para o Brasil já que é a segunda maior cultura na produção agrícola, e o grão ainda, coloca o país no segundo lugar no pódio da exportação global.
A característica mais importante do grão é a versatilidade, pois sua utilização vai desde a alimentação animal até a produção de etanol.
O milho é a segunda maior cultura na produção agrícola no Brasil, o grão é superado apenas pela soja que lidera a produção no país. O Brasil é o segundo maior exportador mundial de milho, seguindo de perto o líder, Estados Unidos.
É um dos produtos brasileiros que é reconhecido pela qualidade e por conseguir suprir vários países no período de entressafra norte-americano. Alguns países que importam os maiores volumes de milho do Brasil são Vietnã, Coreia do Sul, Japão, Taiwan, Irá, Egito e Malásia.
Como se desenvolve uma planta de milho?
O ciclo da cultura de milho é compreendido em cinco diferentes etapas de desenvolvimento. São elas:
1º Fase – Germinação e emergência
Esse período é compreendido da semeadura até o aparecimento da plântula de milho e é muito variável principalmente em função da temperatura e nível de umidade do solo, podendo durar de cinco até 15 dias.
Nesta etapa os maiores problemas surgem quando a competição ocorre na linha de plantio. Principalmente, quando se tratam de plantas daninhas de folha estreita.
2º Fase – Crescimento vegetativo
Esse período é compreendido desde a emissão da segunda folha definitiva (considera-se folha definitiva, aquelas folhas totalmente emergidas do cartucho, em que é possível observar a olho nú a linha de união entre a lâmina e a bainha da folha) até o início do florescimento de milho.
É durante essa etapa que são determinados importantes componentes do rendimento de grãos. Entre seis e nove folhas define-se o número de fileiras de grãos por espiga de milho e entre 12 a 15 folhas o número de grãos por fileira.
É por esse motivo que na prática e nos estudos de predição. Esse período é considerado o mais importante em termos de competição, controle e reflexos no rendimento de grãos final da lavoura.
3º Fase – Florescimento
É o período compreendido entre polinização e início da frutificação de milho, que normalmente tem sua duração estabelecida entre quatro e oito dias.
Frutificação: é a etapa compreendida entre fecundação até enchimento de grãos de milho. Essa etapa é conhecida pelos técnicos e agricultores pela fase de enchimento de grãos. A duração dessa etapa, dependendo da cultivar e das condições ambientais, pode variar de 40 a 60 dias.
4º Fase – Maturação
Esse período compreende o intervalo entre o fim da frutificação e a maturação fisiológica, marcado pelo aparecimento da camada preta na base do grão de milho, que fica em contato com o sabugo.
Em algumas áreas, especialmente naquelas onde o controle de plantas daninhas foi realizado de maneira inadequada ou onde há elevada infestação, os problemas podem se intensificar. Isso acontece porque, devido ao baixo sombreamento da cultura nessa etapa e, consequentemente, à elevada taxa de luminosidade, pode ocorrer a emergência de plantas daninhas altamente agressivas.
Por exemplo, no caso das gramíneas, essa interferência pode comprometer significativamente o rendimento final dos grãos. Isso ocorre tanto devido às perdas diretas quanto, em maior grau, pela redução da qualidade do produto final. Além disso, dificuldades durante a colheita podem agravar ainda mais o problema, impactando negativamente a produção.
Folha de milho amarela ou roxa: quais as causas?
Os nutrientes são elementos importantes no desenvolvimento das plantas para que elas possam completar o ciclo saudáveis e vigorosas.
Quando disponíveis em quantidades suficientes para suprir as necessidades das plantas, elas se desenvolvem normalmente e com alta produtividade.
A seguir serão descritos os nutrientes considerados de maior importância para a cultura do milho. E citadas algumas situações de deficiências que podem ocorrer no campo.
Nitrogênio
Está associado ao crescimento vegetativo das plantas, participa da fotossíntese, aumenta a porcentagem total de proteínas, a porcentagem de óleo e também o peso da espiga.
Amarelecimento das folhas de milho mais velhas em forma de ‘V’ deitado, morte prematura e espigas pequenas.
Fósforo
Deficiência de fósforo ocasiona uma cor verde escura nas folhas mais velhas, seguindo-se de tons roxos nas pontas e nas margens. O colmo também pode ficar roxo.
Nestes casos, a necrose só ocorre em situações muito graves de deficiência. Mas é importante estar sempre atento, já que isso ocasiona um retardo do crescimento geral e um desenvolvimento precário da raiz.
Potássio
É responsável pelo uso eficiente da água, aumenta a resistência da planta ao acamamento e a tolerância a pragas e doenças.
Parece com uma queimadura, secamento ou bronzeamento da ponta e margens das folhas inferiores. Manchas marrons no interior do colmo e espigas com extremidades sem grãos.
Cobre
Folha de milho amarela logo que começa a se desenrolar, principalmente as folhas mais novas. Depois, as pontas geralmente se encurvam e apresentam necrose.
As margens são necrosadas e os colmos se dobram com facilidade. Um outro sintoma muito comum da deficiência de cobre na cultura do milho são as espigas vazias.
Zinco
Participa no crescimento das plantas, é ativador de inúmeras enzimas e participa na formação dos grãos. Crescimento reduzido da planta, encurtamento dos internódios e folhas com coloração esbranquiçada próximas à região do “cartucho”.
Molibdênio
Você já deve saber que o molibdênio é o nutriente responsável pelo processamento do nitrogênio nas plantas, certo? Então, lembre-se de que os sintomas dessas deficiências também podem ser parecidos.
No caso do molibdênio, as plantas menores apresentam uma cor verde-pálida. Que pode se desenvolver até um amarelamento mais forte. Essa coloração começa nas bordas e vai até as nervuras principais.
Enxofre
Os sintomas da deficiência de enxofre na cultura do milho são, de certa forma, bastante parecidos com os de nitrogênio. No entanto, é importante destacar que os casos de deficiência de enxofre são significativamente mais raros.
Em relação aos sinais visuais, observa-se um amarelecimento geral do tecido e das nervuras da folha de milho. Além disso, um gradiente roxo começa a surgir no meio do limbo e, gradualmente, se desenvolve em direção à região da bainha. Esses sintomas são característicos dessa deficiência e, portanto, exigem atenção por parte do produtor.
Por esse motivo, é essencial lembrar que, para cada 10 partes de nitrogênio, o milho necessita de pelo menos uma parte de enxofre. Dessa forma, garantir o equilíbrio entre esses nutrientes é fundamental para evitar problemas nutricionais na lavoura e, consequentemente, assegurar um bom desenvolvimento das plantas.
Cálcio
É essencial para o crescimento e aprofundamento das raízes, vital para a germinação do grão de pólen e faz parte da parede celular dos tecidos vegetais.
Redução do crescimento radicular, clorose nas folhas novas, morte das extremidades das raízes e problemas na fecundação.
Magnésio
É essencial para a fotossíntese; é componente da clorofila, pigmento verde, participante ativo do processo fotossintético e auxilia a absorção de fósforo.
Crescimento reduzido da planta, listas esbranquiçadas paralelas às nervuras das folhas inferiores e redução da taxa fotossintética.
Conclusão
As lavouras de milho no Brasil vêm crescendo tanto em área quanto em produtividade. Como resultado, o país ganhou ainda mais espaço entre as nações que mais exportam o grão. Além disso, registrou um impressionante crescimento de mais de 300% na participação das exportações mundiais em apenas dez anos.
Atualmente, o cenário continua favorável, com uma valorização constante da cotação do cereal no Brasil. Isso se deve, principalmente, à forte demanda tanto do mercado interno quanto do externo. Por esse motivo, torna-se de extrema importância compreender a fisiologia do milho e identificar as principais causas das deficiências nas folhas.
Portanto, se você gostou de saber mais sobre esse assunto, não deixe de comentar! Além disso, acompanhe nosso blog para ficar sempre por dentro dos próximos artigos.
Escrito por Michelly Moraes.