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Veja o ciclo do café e produção brasileira atual!

Veja o ciclo do café e produção brasileira atual!

Ao longo dos tempos, o café tem desempenhado um importante papel na produção agrícola brasileira.  Entendendo essa importância e como é o ciclo do café. Preparamos esse artigo para abordar tudo sobre esse assunto.

Acompanhe!

 

Veja o ciclo do café e produção brasileira atual!

 

No mundo inteiro, dentro e fora do Brasil, o café é uma bebida extremamente popular. Consumido nos mais variados grãos, acessível aos mais diferentes preços e degustado nas mais diversas formas (com leite, com água, gelado, adoçado, amargo, etc.), esse produto foi o carro chefe da nossa economia por muito tempo.

Entenda o que foi o ciclo do café, como aconteceu. Acompanhe a leitura abaixo e veja a importância e todo o ciclo do café.

 

 

Exportação do café

Você sabe de que forma o café é exportado? A principal forma de exportação é o café em grãos. Em 2019, a exportação do café chegou então a 40,6 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído, segundo relatório consolidado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

O dado representa um recorde histórico das exportações do produto, assim como aumento de 13,9% em relação ao volume total exportado em 2018. A receita com as exportações de café em 2019 alcançou US$ 5,1 bilhões, enquanto o preço médio da saca foi de US$ 125,49.

 

Checklist agrícola

 

O começo da história do café no Brasil

Antes de chegar por aqui, o café tinha sua produção e comercialização controlada pelos árabes, que dominavam o mercado. Aos poucos, a planta foi trazida para a América do Sul por colonizadores europeus, e chegou ao território brasileiro atravessando a fronteira ao norte com a Guiana.

O responsável por trazer e plantar as primeiras mudas foi Francisco Melo Palheta, que era sargento-mor do exército brasileiro.

As expedições militares em busca do café foram determinadas pelo império, que logo percebeu o grande valor comercial que ele detinha. Assim, as primeiras plantações se estabeleceram no estado do Pará, no ano de 1727.

Com o clima e as condições favoráveis ao desenvolvimento da cultura, não demorou para que ela se espalhasse por outras regiões do país.

Por razões estratégicas, as plantações ganharam força no Rio de Janeiro, que contava com portos para facilitar o comércio dos grãos. A partir daí, a região sudeste passou a se destacar por ser o local onde o café melhor se adaptou, sobretudo no sul de Minas Gerais e no Vale do Paraíba, ao leste do território paulista.

Posteriormente, as lavouras avançaram para dentro do estado de São Paulo, ganhando relevância também nas regiões de Campinas e na divisa com o Paraná. Nesse período, a produção era controlada por barões e proprietários de terra, que exploravam mão de obra escrava nas atividades ligadas ao cultivo.

 

A evolução da produção

Conforme a produção aumentava e a demanda externa se intensificava, o café emergia como um dos pilares de economia e do agronegócio brasileiro. Assim, em 1825, teve início o chamado Ciclo do Café, um período que ficou marcado pelo protagonismo da cultura cafeeira por aqui.

Um fator que contribuiu com esse momento foi o período de guerra civil vivido pelo Haiti, país que liderava as exportações do produto no continente. O conflito abriu uma brecha para que o café brasileiro ampliasse sua participação nas negociações internacionais, motivando um aumento expressivo na produção.

A vocação comercial do café trouxe grandes lucros ao Brasil nesse período, o que ajudou a financiar o desenvolvimento da infraestrutura nacional. O negócio em torno do seu cultivo foi responsável pelo surgimento de diversas cidades, especialmente no interior paulista, norte paranaense e sul de Minas.

Para impulsionar esse mercado, o governo desenvolvia políticas públicas que visavam a manutenção da estrutura necessária à produção. Ferrovias foram instaladas para interligar as cidades com maiores produções até o porto de Santos, principal rota de saída da mercadoria.

 

Dados da produção brasileira de café ciclo 2023 e 2024

De acordo com os dados divulgados pela consultoria, os preços do café, no fim de novembro, foram afetados por fatores macroeconômicos. Entre eles, as medidas contra a Covid-19 na China.

Embora o país chinês não seja uma das principais regiões consumidoras de café, as restrições à mobilidade chinesa podem ter um efeito cascata na economia global.

Também há outros fatores fundamentalistas importantes a considerar que impactaram no mercado cafeeiro como os números da safra brasileira ciclo 2023 e 2024.

 

Produção do café arábica

As estimativas de arábica, com um intervalo entre 44,4M e 46,4M scs e um ponto médio em 45,4M.

Os números mostram uma recuperação em relação a 22/23, porém, a safra não é tão grande quanto se esperava inicialmente.

Enquanto muitas áreas estão produzindo novamente após poda, e a ocorrência de duas safras menores gerou menos stress produtivo, a recuperação do clima não foi suficiente para desencadear uma safra recorde.

 

Produção do café conilon

Para o conilon, a produção deve cair no Espírito Santo. A exemplo do que aconteceu com o arábica em 22/23, nem sempre uma florada excelente significa produtividade excelente.

As flores do café secaram em diversas regiões, em vez de continuar o desenvolvimento em chumbinhos.

 

 

Superávit

 Considerando o ponto médio tanto para o arábica quanto para o conilon, e os demais países seguindo sua tendência de produção de 20 anos, esperamos atualmente um pequeno superávit em 23/24, em 3,74M scs. O superávit também eleva ligeiramente a relação estoque/uso total em 23/24, após dois anos de resultados fracos.

Apesar da recuperação da produção, a medida não deve aumentar como no passado devido aos baixos estoques nas origens. Enquanto os destinos continuam relativamente bem abastecidos, as origens viram um esgotamento dos estoques, impactando a métrica global.

O pico aconteceu logo após a safra recorde brasileira em 20/21, sem recuperação após problemas climáticos nas principais origens. Para o restante do ciclo 22/23, esperamos que os estoques continuem em tendência de queda, refletindo o déficit de 2,17M scs.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O café é, historicamente, uma produção bastante importante no Brasil. Essa cultura marcou momentos fundamentais no país, como a chegada de imigrantes e a República do Café com Leite.

Atualmente o país é um dos principais produtores e exportadores do grão no mundo todo, o que abriu espaço para o surgimento dos cafés especiais, produtos que têm ganhado um importante espaço no mercado e que são cada vez mais apreciados por consumidores do mundo todo.

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Escrito por Michelly Moraes.

Análise química do solo: aprenda passo a passo!

Análise química do solo: aprenda passo a passo!

A análise química do solo é feita pela amostra do solo. Essa pesquisa permite saber se há necessidade de correção dos nutrientes. Neste artigo você vai encontrar as repostas para essa pergunta, além de conhecer os procedimentos adequados para diagnosticar o solo em que deseja cultivar.

Venha comigo!

 

Análise química do solo: aprenda passo a passo!

 

A análise química do solo é fundamental para que o agricultor possa diagnosticar as condições do solo tanto químicas como físicas, como os teores nutricionais, acidez e o tamanho das partículas, permitindo avaliar a necessidade de calagem, quanto e qual tipo de calcário deve ser utilizado e quais nutrientes devem ser fornecidos por meio de adubação.

Ou seja, a garantia de uma alta produtividade aliada a preservação do meio ambiente passa por um solo fértil e conservado e a análise do solo é fundamental para propiciar as melhores condições para as culturas desejadas.

Por isso, confira comigo porque a análise química do solo é uma das práticas mais importantes e demais recomendações.

 

 

Qual a importância da análise de solo na agricultura?

Desse modo, a análise de solo é o único método que permite, antes do plantio, identificar a capacidade que o solo tem de prover os nutrientes que são necessários para as plantas. É também a maneira mais simplificada, econômica e eficiente de saber sobre a fertilidade da terra.

Além de se ter base para recomendar as quantidades necessárias de corretivos e fertilizantes com a finalidade de intensificar a produtividade das culturas. E, consequentemente, obter o melhor retorno sobre os investimentos e o aumento do lucro.

Realizar a análise de solo permite ainda acompanhar as mudanças de sua fertilidade e pode auxiliar no aumento da lucratividade da exploração agrícola ou florestal. Isso porque oferece a possibilidade de aumento da produção e da resistência da planta, diminuindo gastos com agrotóxicos.

A realização da amostragem e da análise de solo trazem diversos benefícios ao produtor, dentre eles:

  • o aumento da produtividade, por meio da identificação de nutrientes ou fatores químicos que estão abaixo do nível ou limitando o crescimento das plantas;
  • o uso eficiente e em quantidades adequadas de fertilizantes para os diferentes tipos de solos e culturas, evitando o desperdício e a aplicação desnecessária;
  • a redução de custos com fertilizantes, corretivos e agrotóxicos;
  • e a maior lucratividade.

 

Tipos de análise do solo

A análise de solo mais utilizados pelo produtor rural são:

 

Análise química básica

Assim você saberá como está a integridade frente ao manejo do solo, já que tanto o plantio direto ou convencional, com ou sem rotaçãoadubação verde, diferentes culturas, entre outros, influenciam na disponibilidade de nutrientes no solo.

 

 

Analise química completa

A principal ferramenta utilizada para avaliar a fertilidade do solo é a análise química de solo. É o tipo de verificação que é feita quando é necessário que sejam avaliados todos os macronutrientes e os micronutrientes do solo.

Ou seja, o dimensionamento é em cima de todo nutriente que a planta necessita em grande quantidade (macronutrientes) e também os que são necessários em doses menores (micronutrientes).

 

Análise granulométrica

Determina a proporção de constituintes do solo (areia, silte, argila) que influenciam no correto uso e manejo, indicando risco de erosão, disponibilidade de água para as plantas, o uso econômico de adubos, a mecanização adequada e qual a melhor cultura. Complementa a análise química, garantindo maior segurança para o diagnóstico.

É importante que elas sejam realizadas em conjunto, para que seja possível relacionar as proporções de nutrientes e acidez com o potencial de uso e manejo do solo. O resultado das duas análises permite a elaboração de um diagnóstico de fertilidade mais preciso.

 

Importância da análise química no planejamento agrícola

A importância da análise química do solo é de avaliar a fertilidade do solo informando os parâmetros associados à acidez, teor de matéria orgânica, e disponibilidade de nutrientes, em razão de que a análise influencia na qualidade de todo planejamento agrícola.

Abaixo na tabela mostra a os nutrientes base das plantas, pois cada macro e micronutriente são essências ao crescimento das plantas e importantes para todo o processo agrícola.

 

Tabela 1: Nutrientes e as formas químicas como são absorvidas pelas plantas

Importância da análise química no planejamento agrícola

(Fonte: Agropos,2019)

 

Esse tipo de análise é muito eficaz quando não há nenhuma informação sobre a propriedade, para novas áreas ou mudança brusca de sistema produtivo. Outra indicação é nos casos em que ocorreu algum problema nutricional na safra anterior e ele não ficou claro.

A partir do resultado do laudo é feita a prescrição para o uso prudente de fertilizantes e corretivos, possibilitando maior produtividade e ao mesmo tempo lucratividade ao agricultor, além de um maior cuidado com o meio ambiente.

 

Como realizar a amostragem de solo: Veja passo a passo!

Para realização de uma boa análise do solo é preciso saber os procedimentos adequados de forma cuidadosa para que não tenha interferência no resultado. Veja passo a passo;

 

1º Passo – Época da amostragem

As análises do solo pode ser realizada em qualquer época do ano, mas devemos nos atentar para o fato de que a correção de acidez precisa ser realizada de 3 a 6 meses antes.

Assim, antes desse prazo, precisamos coletar as amostras, enviar para o laboratório de análise, interpretar os resultados, fazer as recomendações e comprar os corretivos e fertilizantes.

 

2º Passo – Divisão da Glebas

Para que a amostra represente totalmente a propriedade, recomenda-se dividir a unidade produtiva em glebas. Essas glebas não devem passar de 20 hectares e na sua divisão deve-se levar em consideração a topografia do local, textura e cor do solo, vegetação e manejos anteriores, como adubação e calagem.

 

Divisão das Glebas

(Fonte: Agropós, 2020)

 

Dentre esses aspectos, têm-se: coloração e textura do solo, relevo, histórico de manejo, matéria orgânica, nível de nutrientes, cobertura vegetal e produtividade.

Exemplo de separação de glebas e caminhamento em zigue-zague para coleta. Dentro de cada gleba, deve-se realizar a extração de amostras simples, retiradas em pontos representativos da área, através de um caminhamento em zig-zag.

 

3º Passo – Ferramentas necessárias

Para que realize a coleta das amostras para a análise do solo é preciso que escolha a ferramenta adequada pra o tipo de solo. Tais como: enxadeco ou enxadão, pá reta, tubo tipo sonda de amostragem, trados (Holandês, caneco, etc.), pá de jardinagem entre outros.

 

Exemplos de ferramentas utilizadas para amostragem de solo

Exemplos de ferramentas utilizadas para amostragem de solo

(Fonte: Agropós, 2020)

 

4º Passo – Coleta da amostragem

A coleta deve ser feita em pontos aleatórios em zigue-zague dentro de cada gleba. Antes da coleta, deve-se retirar com cuidado a vegetação e outros elementos presentes como galhos e pedras, sem que se retire a camada superficial e matéria orgânica.

A profundidade da coleta deve ser de 0-20 centímetros e após coletar o solo, deve-se colocá-lo em um balde junto com todas as amostras simples da gleba.

Os torrões devem ser desfeitos e deve-se evitar ao máximo contaminações nas amostras. A junção e homogeneização de todas as amostras simples de uma gleba se tornará uma amostra composta e é a partir dessa que sairá a amostra para análise do solo.

Importante saber que existem coletas que precisam de maior profundidade, ocorrendo de 20-40 e 40-60 centímetros, principalmente em culturas perenes e para áreas com suspeita de acidez do solo.

A amostragem do solo não deve ocorrer em períodos chuvosos ou sob estresse hídrico, assim como, não deve ocorrer após adubações e calagens, já que não trará informações verdadeiras sobre a fertilidade do solo. As amostras compostas devem ser secas sob sombra e em locais ventilados.

 

Plataforma Agropós

 

5º Passo – Embalagem e identificação

Deve-se retirar 500 gramas de solo de cada amostra composta, colocá-la em saco plástico limpo e, novamente, cuidado com contaminações.

Não se esqueça de identificar devidamente cada amostra composta de cada gleba, com, no mínimo: nome, tipo de material, profundidade coletada, gleba correspondente, data e análises solicitadas.

 

6º Passo – Interpretação de análise do solo

Após o resultado da análise do solo, procure por um profissional qualificado para que haja o cálculo correto de adubação e a calagem.

Assim, quando você tem em mãos esse laudo, consegue fazer as devidas correções na terra. Como o uso de calcário no solo, os defensores agrícolas na quantidade ideal, assim como a adubação, que não vai sobrecarregar a terra.

Em geral, os laudos trazem dados de cada uma das amostragens e fazem tanto a análise física quanto química.

 

 

Conclusão

Portanto com a análise do solo é possível estabelecer correções nutricionais do mesmo e com isso, promover a melhoria e manutenção da fertilidade do solo. Levando a um aumento expressivo na produtividade das culturas e qualidade de alimentos.

Todo processo de coleta é preciso ter um cuidado para que não haja nenhum tipo de erro, dessa forma não irá ocorrer alteração em seu laudo. Com laudo em mãos é importante que um especialista na área realizar a recomendação de adubação e calagem.

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Nabo forrageiro: entenda o que é e suas utilidades!

Nabo forrageiro: entenda o que é e suas utilidades!

Manter o solo coberto no outono-inverno é uma alternativa benéfica para o sistema produtivo. O nabo forrageiro é uma opção que traz benefícios a mais. Além de poder descompactar o solo da sua propriedade, ele pode inibir a emergência e desenvolvimento de plantas daninhas. Neste artigo vamos abordar tudo que você agricultor precisa saber sobre esse assunto.

Acompanhe!

 

Nabo forrageiro: entenda o que é e suas utilidades!

 

O clima seco característico do inverno brasileiro diminui a oferta de pastagens e impossibilita a produção de algumas culturas nesta época do ano. Para contornar este problema, certas culturas são recomendadas para plantio no inverno, pois são menos exigentes em condições hídricas para seu desenvolvimento.

nabo forrageiro é uma cultura versátil que pode ser utilizada tanto para a alimentação animal, quanto para a cobertura e adubação verde do solo.

De hábito de crescimento ereto, herbáceo, é uma espécie muito vigorosa, que possui sistema radicular pivotante e auxilia para a descompactação de solos. Apesar de não fixar nitrogênio, possui elevada capacidade de reciclar nutrientes e fornece uma ótima cobertura vegetal.

Neste artigo vamos abordar tudo sobre o nabo forrageiro, afinal é fundamental que os agricultores tenha conhecimento do assunto. Vamos lá!

 

 

Afinal, o que é nabo forrageiro?

O nabo forrageiro, cujo nome científico é Raphanus sativus L, é uma planta herbácea bastante vigorosa.  Ela se destaca por possuir folhas que apresentam pilosidade e, em suas extremidades, há a inflorescência de flores brancas ou roxas.

Essa espécie é também resistente a acidez do solo. Por isso, para que seja cultivada, não exige muito preparo do solo. Além disso, o nabo forrageiro é uma espécie que resiste bem às pragas e doenças.

 

Características agronômicas

O nabo forrageiro é uma planta muito vigorosa, em 60 dias cobre cerca de 70% do solo. O ciclo da planta é anual; o plantio ocorre entre abril e maio e o período de produção dura três meses.

O florescimento ocorre 80 dias após o plantio e a floração permanece por mais de 30 dias, mostrando-se útil à criação de abelhas, produzindo mel de boa qualidade. Aos 120 dias, já alcança a maturação e a altura da planta varia de 1 m a 1,80 m.

 

Usos do nabo forrageiro

O nabo forrageiro é utilizado como cobertura do solo, bem como para controle de plantas daninhas e descompactação do solo. Veja abaixo:

 

1. Descompactação do solo

Graças às vigorosas raízes pivotantes, o nabo forrageiro apresenta força para penetrar as camadas mais profundas do solo.

Independentemente de o solo estar compactado ou adensado, seu sistema radicular rompe o solo a mais de dois metros de profundidade, o que favorece a sua descompactação.

 

 

2. Produção de biocombustível

O óleo extraído do nabo forrageiro é uma opção de matéria-prima para a produção de biodiesel no Brasil, pois apresenta baixa viscosidade, o que melhora o desempenho do motor.

Além disso, possui melhor estabilidade química quando comparado ao óleo de soja e ao de girassol, diminuindo a possibilidade de eventuais degradações e formação de resíduos sólidos, se armazenado ou transportado inadequadamente.

A extração do óleo pode ser por solvente ou prensagem. Contudo, estima-se que a extração por prensagem eleva o custo do óleo em aproximadamente 10%.

O rendimento do biodiesel por hectare é de aproximadamente 280 litros, inferior a outras culturas, como soja e canola. No entanto, tem como vantagem sua utilização alternativa a óleos vegetais, considerados commodities da indústria alimentícia.

 

3. Cobertura do solo

Sua precocidade e agressividade de desenvolvimento o torna uma forrageira com grande potencial de cobertura do solo.

Ele é capaz de cobrir 70% do solo em cerca de dois meses após o plantio. Essa característica lhe permite recuperar nutrientes em profundidade, que são disponibilizados no solo.

 

4. Controle de plantas daninhas

Devido ao rápido e vigoroso crescimento, o nabo forrageiro impede o surgimento de plantas invasoras.

Com isso, os gastos com herbicidas e capinas são significativamente reduzidos, pois ele não dá chances para as plantas daninhas tomarem a área. Além de garantir solo com ótima qualidade estrutural.

 

Checklist agrícola

 

5. Concentrado para formulação de rações

O farelo e a torta originados do esmagamento dos grãos do nabo forrageiro servem como concentrado na formulação de rações para alimentação animal.

Na torta, são mais de 38% de proteína bruta, mais de 4,5% de matéria mineral, mais de 13,15% de gordura e mais de 5 mil calorias por grama de energia bruta.

 

Como plantar nabo forrageiro?

O plantio entre abril e maio, quando ainda há disponibilidade hídrica para o desenvolvimento inicial da planta, possibilita maior produção de massa.

Para o plantio, indica-se um espaçamento entre linhas de 20 cm a 40 cm, porém, quando o objetivo é a produção de grãos, o espaçamento deve ser maior.

São usadas em média, 25 sementes por metro linear, com um gasto de 3 kg/ha a 15 kg/ha, dependendo do sistema de semeadura, que pode ser feito a lanço ou por plantadeiras.

As sementes de nabo forrageiro são muito pequenas e, para facilitar a semeadura, podem ser feitas algumas misturas com calcário ou superfostato simples na proporção de 1 kg de sementes para 50 kg de corretivo ou fertilizante, não necessitando, assim, de uma adubação suplementar. A mistura pode ser feita direto na plantadeira ou semeadeira.

 

Quanto a produção

O nabo forrageiro produz 20 t/ha a 35 t/ha de massa verde, 3,5 t/ha a 8 t/ha de massa seca e 0,5t/ha a 1,5 t/ha de grãos. Os grãos possuem cor marrom-amarelada com 2 mm a 3 mm de diâmetro.

O teor de óleo presente nos grãos varia de 27% a 42%, com uma média de 35%. A produtividade do óleo está em torno de 150 kg/ha a 550 kg/ha.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como visto acima o nabo forrageiro é muito utilizado como cobertura do solo e adubação verde, na rotação e/ou sucessão de culturas e na alimentação animal.

Tendo uma grande importância na agricultura, afinal suas utilidades geram lucratividade para o produtor.

A partir dessas informações, você pode colocar em pratica o que aprendeu com esse artigo. Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo.

Fertilizantes: entenda a importância para as plantas!

Fertilizantes: entenda a importância para as plantas!

Neste artigo vamos abordar a contribuição dos fertilizante para plantas na agricultura e seus benefícios, além de mostrar os diferentes tipos de fertilizantes. Venha conhecer a fundo sobre esse assunto, não fique de fora.

Acompanhe!

 

Fertilizantes: entenda a importância para as plantas!

 

Nos últimos anos, a população mundial cresceu significativamente, trazendo, com isso, a necessidade de expandir a produção de alimentos para atender a demanda de pessoas. Portanto, o desafio de produzir alimentos, fibras e energia para sustentar a demanda populacional é cada vez maior.

Diante desse cenário, o Brasil busca se posicionar de forma estratégica, otimizando a exploração das terras e fazendo uso de tecnologias cada vez mais desenvolvidas para garantir o aumento da produtividade nas lavouras. É aí que entra a necessidade do fertilizante na agricultura.

Os fertilizantes estão inseridos como insumos essenciais utilizados no processo produtivo, pois verifica-se que o aumento na produtividade está diretamente relacionado ao seu uso nas lavouras. E, atualmente, o Brasil é considerado um dos maiores consumidores mundiais de fertilizantes.

 

 

O que é um fertilizante para plantas?

O fertilizante é simplesmente um material adicionado aos solos ou com aplicação direta nos tecidos vegetais que contém nutrientes essenciais para o crescimento e saúde da planta.

Sendo substâncias minerais ou orgânicas, naturais ou sintéticas, fornecedoras de um ou mais nutrientes vegetais responsáveis pelo bom crescimento e desenvolvimento das plantas.

Podemos dividir os nutrientes essenciais para as plantas em:

  • Macronutrientes primários: fósforo (P), nitrogênio (N) e potássio (K);
  • Macronutrientes secundários: cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S);
  • Micronutrientes: boro (B), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo), zinco (Zn), cloro (Cl), cobalto (Co) e níquel (Ni).

 

Nutrição Mineral de Plantas Macronutrientes.

 

Macro e micronutrientes: a base de todos os fertilizantes

Para um desenvolvimento mais vigoroso e saudável, as plantas necessitam de diversos elementos químicos que são absorvidos de acordo com a demanda exigida em cada etapa do desenvolvimento vegetal. Eles são divididos em macro e micronutrientes;

 

Elementos Químicos

(Fonte: Agropos, 2020)

 

Onde os macronutrientes fazem parte das moléculas essenciais para a vida da planta, possuem função estrutural e são necessários em grandes quantidades no metabolismo do vegetal, já os micronutrientes em menores quantidades, têm função reguladora e fazem parte das enzimas.

Esses elementos são absorvidos em quantidades diferentes, dependendo da necessidade da planta e de quanto o solo pode ofertar.

Dessa forma, quando estes nutrientes não estão em quantidade suficiente no solo, utiliza-se algum tipo de fertilizante que irá suprir a necessidade.

 

Importância do fertilizante

Nos últimos anos a população mundial atingiu a impressionante marca de 7 bilhões de pessoas. As previsões são de que cheguemos a 9 bilhões em 2050.

Neste desafio mundial, de produzir alimentos, fibras e energia, suficientes para atender a demanda de uma população crescente e cada vez mais exigente.

O Brasil se posiciona de forma estratégica, pois além de apresentar um potencial para aumento de exploração de terras agricultáveis ainda não exploradas, faz uso de um conhecimento tecnológico cada vez mais desenvolvido.

Estes fatores aliados a uma capacidade excepcional de nossos empresários agrícolas nos levam a ser, cada vez mais, um país imprescindível no aumento da disponibilidade de alimentos para a população do planeta.

E é neste contexto que os fertilizantes se inserem como insumos essenciais, pois respondem por 50% da produção de alimentos no mundo.

Da mesma forma, o potencial produtivo brasileiro está inteiramente ligado com o uso de fertilizantes, sem os quais nossa capacidade de produzir de forma crescente e sustentável seria extremamente prejudicada.

 

Conceito de acordo com a legislação

De acordo com o Decreto Nº 4.954 de Janeiro de 2004, o fertilizante é uma substância mineral ou orgânica, natural ou sintética, fornecedora de um ou mais nutrientes de plantas. Ou seja, são compostos que têm por objetivo suprir a deficiência de nutrientes do solo, visando aumentar a produtividade das culturas.

Os fertilizantes diferem-se de acordo com a matéria-prima de produção, sendo categorizados como fertilizantes minerais ou orgânicos. Mas, além dessas, há outras subdivisões dentro de cada categoria.

 

Tipos de fertilizante utilizados na agricultura

 

Fertilizante orgânico

Conhecido como o primeiro adubo utilizado na agricultura. Formado por materiais de origem animal (ossos) e vegetais (cascas e folhas), seja moídos ou decompostos.

Existe uma grande variedade de opções, como o húmus de minhoca, farinha de ossos, esterco animal, vinhaça, biofertilizantes, entre outros.

Os fertilizantes orgânicos são divididos em:

  • Simples: produto natural de origem vegetal ou animal, contendo um ou mais nutriente de plantas, exemplo: adubação verde;
  • Misto: produto de natureza orgânica, resultante da mistura de dois ou mais fertilizantes orgânicos simples, contendo um ou mais nutriente de plantas;
  • Composto: produto obtido por processo físico, químico, físico-químico ou bioquímico, natural ou controlado, a partir de matéria-prima de origem industrial, urbana ou rural, vegetal ou animal, isoladas ou misturadas, podendo ser enriquecido de nutrientes minerais, princípio ativo ou agente capaz de melhorar suas características físicas, químicas ou biológicas.

 

Fertilizante mineral

O fertilizante mineral, também chamado como inorgânico ou sintético, é um dos mais comuns e pode ser preparado por processos industriais. Basicamente é constituído de nitrogênio, fósforo e potássio (adubo NPK) e possui rápida absorção da planta.

O fertilizante mineral é dividido em:

  • Simples: produto formado por um composto químico, contendo um ou mais nutrientes de plantas;
  • Misto: produto resultante da mistura física de dois ou mais fertilizantes minerais;
  • Complexo: formado por dois ou mais compostos químicos, resultante da reação química de seus componentes, contendo dois ou mais nutrientes de plantas.

 

Fertilizante organomineral

Como o próprio nome revela, origina-se da mistura de adubo orgânico e mineral. A sua capacidade de solubilização nas plantas é média, estando entre os fertilizantes orgânico (pouco solúvel) e mineral (muito solúvel).

Esse tipo de fertilizante age como um excelente corretivo, equilibrando o pH do solo e mantendo sua porosidade de forma ideal.

A matéria orgânica inteiriça funciona ainda como um quelante, absorvendo micronutrientes para que eles possam ser aproveitados aos poucos.

 

Biofertilizantes

São produzidos a partir da fermentação anaeróbica de compostos como esterco e vegetais. São amplamente utilizados na agricultura como adubo orgânico foliar, além de serem importantes defensivos naturais.

Por possuírem uma consistência líquida, os biofertilizantes costumam ser pulverizados diretamente nos tecidos da planta, principalmente nas folhas.

 

Qual a diferença entre fertilizante e adubo? 

Muitos acham que adubo e fertilizante são a mesma coisa, sendo essas palavras apenas sinônimos para uma substância comum. Mas isso não é verdade!

O adubo é feito de material orgânico, logo, possui substâncias que são encontradas na natureza. Pelo fato de não conter todos os nutrientes necessários para um solo pobre, seu tempo de ação é mais demorado.

O adubo é usado desde a antiguidade, quando os agricultores perceberam os benefícios de elementos orgânicos decompostos para a nutrição e enriquecimento do solo.

Já o fertilizante, por sua vez, é feito de materiais sintéticos produzidos em laboratório. Esses diferentes produtos químicos agem no solos e são indicados, principalmente, quando o solo afetado está muito pobre em nutrientes, pois sua ação é imediata.

É importante ressaltar que, apesar de ser produzido artificialmente, o fertilizante é benéfico para as plantas e não apresenta nenhum risco para a nossa saúde.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Assim os fertilizantes são compostos que desempenham função primordial no desenvolvimento, fornecendo ao solo os nutrientes que elas necessitam para germinar e produzir folhas, sementes e frutos.

Portanto, o uso consciente e o emprego de técnicas agrícolas adequadas são a chave para o aumento da produtividade agrícola e, consequentemente, a redução do custo dos alimentos.

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Como é feita a recomendação de adubação?

Como é feita a recomendação de adubação?

Adubação é um processo de grande relevância para o estímulo do crescimento de plantas. Trata-se de um método de conservar e/ou recuperar a fertilidade do solo. A adição de nutrientes permite fortalecer as culturas vegetais. Mas você sabe realizar um recomendação de adubação em sua propriedade? Esse artigo irá te ajudar nesse processo.

Acompanhe!

 

Como é feita a recomendação de adubação?

 

Um dos maiores desafios da agricultura moderna é aumentar as produtividades sem aumentar também a áreas de cultivo. E uma das alternativas encontradas foi o estudo aprofundado sobre a necessidade nutricional das culturas agrícolas.

Hoje já conhecemos o quanto culturas como soja, milho e algodão exportam de nutrientes do solo e, com este conhecimento prévio, pode-se então criar uma recomendação de adubação para as necessidades ímpares da cultura.

Com isso preparamos esse artigo para auxiliar os agricultores a realizar a recomendação de adubação. Uma vez que é indispensável durante todo cultivo de sua lavoura.

 

 

Importância da adubação

A adubação é um processo de extrema importância numa plantação, já que é responsável pela qualidade dos produtos cultivados.

A prática nutre a planta com substâncias necessárias para seu crescimento saudável, e isso se reflete na produtividade e lucratividade do produtor. Para que uma planta cresça de maneira saudável, ela necessita de elementos essenciais.

 

Recomendação de adubação

A correção do solo tem como objetivo estabelecer um equilíbrio entre os cátions e ânions para que as plantas se desenvolvam de forma saudável.

Os solos brasileiros em geral, por questão geológica, tendem a ser mais ácidos. Ou seja, apresentam maior quantidade de íons, principalmente de hidrogênio (H), que nem sempre são ideais para o desenvolvimento de uma determinada planta.

As quantidades de corretivos e fertilizantes a serem aplicadas devem ser adequadas a fim de permitir o bom crescimento e desenvolvimento de determinada cultura. Dessa forma, elas serão responsáveis por promover a boa fertilização do solo para o cultivo.

 

Solos no Brasil

 

Tipos de adubação

Para classificar os adubos, falamos em dois tipos principais, os orgânicos e os minerais.

Ambos ajudam a corrigir, conservar ou recuperar a fertilidade do solo, disponibilizando nutrientes para as plantas de modo que esta obtenha melhor desenvolvimento. Claro que cada um tem suas especificidades e é sobre isso que falamos na sequência.

 

A adubação orgânica

 O adubo orgânico é aquele obtido a partir da decomposição de resíduos de animais e/ou vegetais, como por exemplo esterco; vinhaça e farinha de ossos.

 

Composto orgânico: alternativa para a agricultura sustentável!

 

Entre as principais vantagens desta alternativa estão os baixos danos ao meio ambiente, o aumento da retenção hídrica no solo, estabilidade térmica do solo (que reduz o estresse da raiz) e aumento da quantidade de nutrientes ali disponíveis.

No entanto, o maior benefício, o de aumentar o teor de matéria orgânica do solo, é observado a longo prazo, pois as substâncias são liberadas no decorrer da decomposição do adubo orgânico.

 

A adubação inorgânica ou mineral

Utiliza adubos químicos para a reposição dos nutrientes deficientes no solo. Dentre os adubos químicos mais conhecidos, podemos citar o superfosfato simples, o superfosfato triplo, o MAP e o DAP.

Uma das principais vantagens desta atividade é a velocidade de absorção dos nutrientes. Auxiliando para uma recuperação e desenvolvimento mais rápidos do vegetal.

Porém, esses fertilizantes devem ser utilizados com extrema cautela e precisão. Pois o excesso pode ser fatal para a planta, em vista da modificação do pH do solo.

Além disso, o responsável pelo plantio deve estar atento às demandas dos diferentes tipos de culturas. Conhecendo bem o tipo de solo que está manipulando e as necessidades da espécie que será plantada. Assim, pode-se complementar a nutrição da planta com a adubação necessária, sem faltas ou excessos.

 

Como identificar a necessidade de adubação?

Para identificar as necessidades do solo faz-se necessário a coleta de amostra. Nesta coleta é indicado utilizar o método zigue-zague, no qual a área é dividida empiricamente em lotes homogêneos (o tamanho das áreas depende da acurácia buscada pelo amostrador ou cliente). Ou seja, a olho nu são selecionados lotes que apresentam a mesma posição topográfica, cor do solo, textura, cultura ou vegetação e adubação anteriores.

Após mapeados os lotes, a área é percorrida em zigue-zague retirando-se as amostras com um trado entre as profundidades de 0 a 20 cm e/ou 20 a 40 cm de profundidade. Sendo recomendado evitar a coleta perto de barracões, estradas, formigueiros, cupinzeiros, carreira de animais, áreas de armazenagem ou adubos.

Depois de coletadas todas as amostras, cada uma delas deve ser misturada em seu respectivo recipiente.

Retira-se uma amostra final dessa mistura, com cerca de 500 gramas de solo, insere-se em um saquinho plástico. Com etiqueta contendo as informações sobre a amostra, e encaminha-se a um laboratório especializado.

 

Quais são os nutrientes essenciais?

Os nutrientes podem ser classificados em essenciais para o crescimento e desenvolvimento das plantas. E não essenciais, porém benéficos. Para tanto, alguns critérios são usados para definir a essencialidade dos nutrientes.

Dessa forma, para o nutriente ser considerado essencial ele deve ter as seguintes características:

  • A ausência do nutriente impede que a planta complete seu ciclo;
  • A deficiência do nutriente é específica, podendo ser prevenida ou corrigida somente mediante seu fornecimento;
  • O nutriente deve estar diretamente envolvido na nutrição da planta, sendo que sua ação não pode decorrer de correção eventual de condições químicas ou microbiológicas desfavoráveis do solo ou do meio de cultura, ou seja, por ação indireta.

Sendo assim, os nutrientes essenciais podem ser separados em dois grupos: macro e micronutrientes.

Todavia, seis nutrientes são absorvidos e exigidos em quantidades superiores aos demais: nitrogênio (N), fósforo (P), enxofre (S), potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg), formando os chamados macronutrientes.

Por outro lado, os micronutrientes, são exigidos em quantidades inferiores aos anteriormente citados, são: ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn), cobre (Cu), boro (B), molibdênio (Mo) e cloro (Cl).

 

Cálculo de adubação com ênfase na cultura de soja

No geral, para realizar o cálculo de adubação, é necessário se basear nas tabelas oficiais de cada Estado, onde há especificação de cada cultura.

Em síntese, elas são desenvolvidas com base nos resultados de pesquisa em adubação. Nos quais são determinadas faixas de nutrientes do solo, que podem ser classificadas em muito baixo, baixo, médio, alto ou muito alto.

No caso do fósforo e do potássio, é necessário verificar em que faixas os teores da análise de solo são incluídos. Feito isto, é mostrada uma recomendação de P2O5 e K2O, em kg/ha.

 

Cálculo de adubação com ênfase na cultura de soja

(Fonte: Agronomia Gismonti)

 

Cálculo de adubação: cultura de soja

Em primeiro lugar, podemos verificar que pela análise do solo, o teor de fósforo (P) é igual a 3,2 mg/dm³ e para o potássio (K) é 24 mg/dm³ ou 0,06 cmolc/dm³.

Nota-se que a tabela recomendada para esta faixa (assinaladas), N = 0, P2O5 = 70 a 80 kg/ha e K2O = 90 kg/ha. Portanto, a relação NPK é 00-75-90. Utilizamos 75 que é a média de 70-80.

No entanto, para simplificar essa relação, dividimos por 10, e teremos: 00-7,5-09. Já multiplicando esta relação por 3 teremos: 00-22-27. Por fim, é uma formulação de fertilizantes que pode ser aplicada.

 

Quantos kg/ha?

 A princípio, se é preciso 90 kg/ha de K2O, então (90/27) x 100 = 333 kg. Arredondamos para uma aplicação de 340 kg/ha. Portanto, esses 340 kg/ha x 22 (garantia de P2O5 da fórmula) divididos por 100 vão fornecer 75 kg/ha de P2O5.

No entanto, se multiplicarmos a relação por 2 teremos uma outra formulação: 00-15-18. Para achar a quantidade: (75/15) x 100 = 500 kg/ha.

Dessa forma, esses 500 kg/ha x 18 (garantia de K2O na fórmula) divido por 100 vai fornecer 90 kg/ha de K2O. Quanto ao P2O5, 500 kg/ha x 15 dividido por 100 é igual a 75 kg P2O5/ha.

 

Plataforma Agropós

 

Recomendação de adubação

O resultado da interpretação de análise do solo vai indicar qual tipo de correção deve ser realizada. Entre elas estão a adubação, calagem e gessagem.

  • Adubação: prática agrícola que consiste no fornecimento de adubos ou fertilizantes ao solo a fim de recuperar ou conservar a sua fertilidade e suprir a necessidade de nutrientes.
  • Calagem: atividade que consiste na adição de calcário ou cal virgem no solo para elevar o ph, diminuir os teores de AL³ trocável e disponibilizar macronutrientes como Ca e Mg para o desenvolvimento das plantas.
  • Gessagem: aplicação do gesso agrícola (CaSO4) que potencializa os efeitos da calagem. Dessa maneira, ele alcança profundidades maiores que alguns nutrientes fornecidos pela calagem e funciona como um condicionador, beneficiando propriedades físicas, físico-químicas ou atividade biológica do solo.

 

Conclusão

Os produtores que não investem na realização da análise e interpretação do solo, não têm a possibilidade de verificar a qualidade da área. Muito menos de quantificar o volume necessário de adubos e demais nutrientes que propiciam a sua correção.

Pois o investimento não só aumenta a qualidade e a produtividade, como também previne futuros prejuízos na lavoura.

Neste artigo abordamos como realizar a recomendação de adubação. No entanto para tal é necessário que o agricultor conheça as necessidades nutricional e sua cultura e o status nutricional do solo.

Espero que esse artigo tenha colaborado. Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Escrito por Michelly Moraes.