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Guanxuma: aprenda a combater essa planta daninha!

Guanxuma: aprenda a combater essa planta daninha!

Plantas daninhas estão presentes em todas as áreas e em todas as culturas é necessário fazer o controle. Existem diversas espécies que afetam o desenvolvimento e produção das culturas de importância agronômica como a guanxuma. Com isso preparamos esse artigo para auxiliar os produtores no combate dessa daninha!

Acompanhe!

 

Guanxuma: aprenda a combater essa planta daninha!

 

Certamente você já ouviu falar ou precisou combater a guanxuma em sua lavoura. Esta planta daninha representa um grande problema, não é verdade?

Também conhecida como vassourinha, tupixá e chá-da-índia, a guanxuma é uma planta daninha que, assim como as outras, se não controlada, diminui o potencial de produção do pasto, afetando a capacidade de suporte das pastagens e, consequentemente, o resultado econômico da propriedade.

Por essa razão ponderar medidas para o combate da Guanxuna é necessidade comum entre agricultores, caso contrário as perdas em produtividade podem ser consequências nada agradáveis. Com isso preparamos algumas dicas para ajudar no combate dessa planta daninha.

 

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Afinal, o que é Ganxuma?

A guanxuma (Sida carpinifolia) é uma planta subarbustiva. A infestação da planta ocorre por meio da disseminação da semente, associada ao manejo inadequado da pastagem.

De cultura perene, com altura entre 0,3 e 0,7 metros, a guanxuma produz flores amarelas, normalmente, com cinco pétalas, o que facilita sua identificação na pastagem.

Além disso, a avaliação periódica dos animais também é outro fator que pode auxiliar o produtor, uma vez que a intoxicação resulta em sinais clínicos perceptíveis.

 

Principais características

Nativa da América, a guanxuma é uma planta perene e subarbustiva da família Malvaceae. Ela é particularmente resistente às condições adversas de clima e solo.

Esta é uma planta daninha recorrentes em lavouras, apresentando ampla variabilidade genética devido a sua capacidade de disseminação por via seminífera, sendo este um mecanismo de sobrevivência importante desta espécie. Sua germinação é favorecida com alternância de temperatura em 20°C a 30°C.

Essa variedade de planta daninha produz em média 510 sementes por planta, podendo a chegar até 28 mil sementes m2. Também são indiferentes à luz, sendo capazes de germinar tanto no claro quanto no escuro.

Por fim, a presença dessa planta daninha pode indicar uma possível compactação do solo, demonstrando que o cultivo é suscetível à seca e ao tombamento.

 

Interferência no desenvolvimento das culturas

A Guanxuma apresenta-se como uma planta que tem crescimento relativamente lento, fazendo com que ela seja pouco competitiva quando jovem.

Porém, quando não há o controle inicial, e a planta atinge estádios mais avançados, a competitividade com as culturas de maior interesse se torna maior, fazendo com que o controle seja mais difícil.

Quando adulta, suas folhas possuem excessivo acúmulo de tricomas (pelos) e ceras, dificultando a absorção do herbicida na planta. Além disso, vários são os fatores que influenciam a disseminação desta espécie, tais como:

  • Adaptabilidade ecológica;
  • Prolificidade de indivíduos;
  • Longevidade;
  • Alta capacidade de florescimento; e
  • Capacidade de emergir a partir de grandes profundidades no perfil do solo.

Vale citar que, mesmo podendo emergir a partir de grandes profundidades, a deposição de matéria orgânica na superfície do solo (palhada) dificulta a emergência das sementes dessa planta.

 

Principais tipos de guanxuma no Brasil

Em nosso país as principais espécies de guanxuma que infestam as lavouras são:

 

Guanxuma – Sida spinosa

Essa planta apresenta frequência média, infestando geralmente cultivos anuais ou perenes, além de pomares e pastagens essencialmente nas regiões centro e sul do País.

Plântulas: hipocótilo verde com finos pelos glandulares; folhas pecioladas de limbo ovalado; a partir da 3ª folha apresenta pequenos espinhos aos lados dos pecíolos.

Plantas adultas: caule lenhoso e ramificado; ramos novos são verdes e pilosos e os velhos são amarronzados; apresenta espinhos na base dos pecíolos; folhas verdes, porém apresentam coloração púrpura nas margens.

Culturas afetadas: cultivos anuais; pomares e pastagens. Tem maior frequência em solos arenosos (tolerando solos ácidos), nas Regiões Centro e Sul.

 

Checklist agrícola

 

Guanxuma – Sida glaziovii

Esse tipo de Guanxuma ocorre frequentemente em solos arenosos das regiões tropicais do Brasil. Tem por característica infestar áreas de pastagens, beiras de estrada, carreadores pomares, além de culturas perenes em geral.

É uma das maiores infestantes em áreas de novos canaviais no cerrado, sendo também a mais frequente, dentre as suas espécies. Seu reconhecimento ocorre através da coloração prateada de suas folhas.

 

Guanxuma – Sida rhombifolia

Dentre as espécies de guanxuma, essa é a mais encontrada em áreas cultivadas do país. Ela infesta principalmente lavouras anuais e perenes, assim como pomares e pastagens. Também é frequente em cultivos de cereais que trabalham com sistema de plantio direto.

Plântulas: hipocótilo curto com pelos retorsos; folhas cotiledonares com pecíolos com pelos simples e pouco perceptíveis; limbo de base truncada de margens inteiras.

Plantas adultas: caule cilíndrico, fibroso, de coloração verde e recobertos por uma fina pilosidade; partes mais velhas têm coloração amarronzada e perdem os pelos. Encontradas em quase todas as regiões do país.

 

Plataforma Agropós

 

Manejo e combate dessa planta daninha

O monitoramento dos pastos é importante, uma vez que a rápida identificação da planta daninha pode fazer com que o pecuarista faça o controle da infestação antes que haja a intoxicação do rebanho.

 

Métodos de controle da guanxuma

Como as sementes de guanxuma possuem dormência, o uso de herbicidas pré-emergentes é essencial, pois reduzem a necessidade de aplicações em pós-emergência.

Já quando o manejo é necessário em pós-emergência, deve-se aplicar herbicidas quando as daninhas ainda são pequenas (até 4 folhas).

Isso porque, quando adultas, suas folhas possuem maior acúmulo de pêlos e cera, o que dificulta a absorção e o transporte do herbicida na planta.

Nesse caso, como a guanxuma pode ter menor capacidade de absorção, é importante:

  • garantir uma boa cobertura do alvo;
  • utilizar bons adjuvantes, de acordo com as necessidades dos herbicidas;
  • aplicar em condições climáticas ideais.

 

 

Conclusão

Neste artigo podemos conhecer melhor sobre as guanxumas e seus os diferentes tipos. Além de abordar um pouco sobre seu manejo.

Apesar dos prejuízos que essa espécie pode causar à pecuária, quando se utiliza o controle químico adequado, a guanxuma é considerada uma planta de fácil controle.

Contudo, vale a ressalva de que o produto utilizado deve ser corretamente manejado, para que se tenha o resultado esperado.

Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

 

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Controle de plantas daninhas: conheça os métodos!

Controle de plantas daninhas: conheça os métodos!

Ter conhecimento sobre o que são plantas daninhas e como realizar o controle em sua lavoura é extremamente importante para uma boa produção. Neste post vamos abordar tudo que você precisa saber sobre esse assunto, não fique de fora.

Venha comigo!

 

Controle de Plantas Daninhas: Conheça os métodos!

 

Estudos indicam que as plantas daninhas apareceram junto com a agricultura, há cerca de 12 mil anos. Quando o homem começou a cultivar a terra, existia maior equilíbrio entre as diversas espécies. Mas, com a maior ação humana nos cultivos, houve um processo gradual de seleção.

A presença de plantas daninhas prejudica toda a produção. Isso porque elas competem com as plantações por água, luz, nutrientes e espaço, além de fazerem o produtor gastar tempo e dinheiro no seu controle.

Conhecer as plantas daninhas é o primeiro passo para identificá-las precocemente e começar o controle o quanto antes, evitando que se disseminem.

Há várias técnicas que podem ser aplicadas para fazer o controle de plantas daninhas. Neste post vamos abordar tudo que você precisa saber, para evitar essas perdas de produtividade.

 

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O que são as plantas daninhas?

Plantas daninhas são plantas indesejadas que atrapalham o crescimento das plantas já cultivadas. São, geralmente, plantas resistentes à pragas e doenças que podem diminuir a produção da lavoura em proporções consideráveis.

 

Plantas Daninhas: Aprenda tudo de uma vez!

 

Produtividade é uma das palavras mais importantes para o produtor rural. Pensando em aumentá-la, existem três pilares que podemos atacar:

  • Aumentar a produção
  • Diminuir o custo/desperdício
  • Diminuir os riscos

As plantas daninhas, porém, levam o produtor ao caminho contrário da tão desejada produtividade. Além de diminuir a produção por hectare por onde ela está, as plantas daninhas podem fazer com que o produtor pague caro para tratá-la no futuro.

A resistência das plantas daninhas também dificulta sua extinção com o uso de defensivos agrícolas, sendo sempre necessário o uso de diferentes táticas de manejo.

 

Prejuízos causados pelas plantas daninhas

As plantas daninhas são motivo de dor de cabeça pra qualquer produtor. Podem causar prejuízos direto e indireto:

 

Prejuízos indiretos

Usando se desenvolvem junto com a cultura, principalmente nos estágios iniciais, competindo diretamente por luz, água, nutrientes e espaço.

As daninhas disputam por elementos que a cultura agrícola também precisa para o seu desenvolvimento. É um dano direto que no final acarreta em perda de produtividade.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Dano indireto

Das plantas invasoras ocorre, por exemplo, durante a colheita. Especificamente em soja, a infestação dificulta a operação.

A máquina acaba colhendo muita planta daninha junto com a cultura, o que causa problema de umidade de grão, de perda de grão na colheita, grãos danificados.

Outro problema importante, mas que não é muito citado, é que as plantas daninhas podem ser hospedeiras ou servir de alimento para pragas, que posteriormente podem atacar a própria lavoura de soja.

Estas plantas invasoras podem abrigar na cultura do milho, por exemplo, pragas como percevejo, cigarrinha e Spodoptera. Já em soja são hospedeiras de lagartas, de modo geral, como a Spodoptera, além do próprio percevejo.

 

Principais plantas daninhas

Tendo em vista a importância do controle das plantas daninhas para o produtor que se preze, separamos as principais espécies encontradas no Brasil:

 

Buva (Conyza bonariensis)

A Buva é uma planta invasora encontrada com muita frequência nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. É uma planta daninha bem comum nas lavouras de trigo, soja e milho.

É uma planta que produz sementes bem pequenas, mas em grande quantidade e de fácil dispersão, o que a faz ser considerada agressiva.

 

Capim-amargoso (Digitaria insularis)

O Capim-amargoso (Digitaria insularis), é uma planta que afeta, principalmente, o cultivo de grãos no Brasil. Mas é na soja que traz maior preocupação aos produtores. De difícil controle, estima-se que cause perda significativa de cerca de 21% na produção do grão.

O capim-amargoso (Digitaria insularis) é uma planta daninha de ciclo perene, podendo durar mais de dois anos. Se reproduz através de sementes, além de produzir estruturas de reserva subterrâneas.

E isso, faz do capim-amargoso uma planta com grande capacidade de regenerar mesmo depois do corte mecânico ou ação de herbicidas.

 

Apaga fogo (Alternanthera ficoidea)

Essa planta daninha tem esse apelido por dificultar a progressão do fogo quando são feitas queimadas para renovação de pastagens. Ela é uma planta que pode ser anual ou perene, a depender das condições.

A planta apaga fogo pode ter de 0,5 a 1,2m de comprimento, é mais frequente na região central do Brasil e se alastra por enraizamento dos nós em contato com o solo. As principais culturas afetadas são cana-de-açúcar, milho, soja, arroz e algodão.

 

Tiririca (Cyperus haspan)

A tiririca é uma planta daninha muito comum no Brasil, presente em quase todos os tipos de solos e culturas com exceção do arroz inundado. A sua origem é indiana e ela está presente em mais de 90 países.

Ela tem crescimento em baixas temperaturas e é bastante sensível à sombra. Além de competir com as culturas por nutrientes, espaço, luz e água, a tiririca tem efeito inibidor, principalmente em plantas de cana de açúcar.

 

Caruru (Amaranthus viridis)

É uma daninha de grande importância, principalmente quando está presente em lavouras perenes (cafezais, pomares e canaviais), devido à condição de sombreamento e maior teor de matéria orgânica destes locais.

Tem de 30 a 50 cms de comprimento, se desenvolve bem da primaveira ao outono. Suas sementes são lisas e brilhantes.

 

Manejo de plantas daninhas

O manejo integrado se mostra como a melhor solução, já que utiliza de diferentes técnicas para controlar a evolução dessas plantas indesejadas.

O manejo integrado de pragas não consiste na eliminação de pragas da lavoura, mas, sim, na manutenção em níveis abaixo daqueles que causam danos econômicos.

Mas como isso é feito?

 

Avaliação prévia

Primeiramente, é importante conhecer o histórico da área e os locais de maior incidência de ataque de pragas e sua relação com a cultura plantada, as rotações de culturas utilizadas anteriormente e as cultivares escolhidas.

Assim, pode-se identificar as pragas-chave, ou seja, aquelas que estão presentes em maior quantidade durante o ciclo e causam injúrias que comprometem a produtividade e as pragas secundárias, que, em condições normais, não ocasionam danos preocupantes.

 

Monitoramento

Durante o ciclo, o acompanhamento da lavoura deve ser semanal para identificação das pragas existentes e/ou sinais de ataque.

O principal assessório para o monitoramento das pragas é a utilização de um pano de batida que é colocado na entrelinha da cultura, quando então, são realizadas uma série de batidas para extração dos insetos que estão presentes na planta.

Dessa forma, torna-se imprescindível a realização de diversas amostragens para extração confiável e que caracteriza bem a população de insetos.

 

Métodos de controle de plantas daninhas

Existem diversos métodos de manejo de plantas daninhas. A sua escolha vai depender do tipo de exploração agrícola, das espécies indesejadas, relevo e disponibilidade de mão de obra e equipamentos.

  • Preventivo: limpeza rigorosa de equipamentos para evitar que eles sejam vetores de sementes no campo de cultivo.
  • Físico: funciona com a exposição do solo à luz direta do sol, a inundação da área ou o uso do fogo.
  • Cultural: ligado aos métodos de plantio, atuando para que eles não sejam potencializa dores das ervas daninhas. Isso envolve a escolha de espécies adaptadas à região, rotação de culturas, espaçamento correto (para não dar espaço às daninhas) e plantio na época certa. O uso de adubo orgânico também merece atenção, pois ele pode trazer terra contaminada com sementes ou rizomas indesejados.
  • Mecânico: envolve o uso de enxadas e cultivadores (enxada fixa ou rotativa) e até mesmo o arranque manual das ervas daninhas.
  • Químico: o uso de herbicidas é bastante eficaz nesse controle, desde que se conheça exatamente como é a ação do químico nas plantas daninhas. A correta aplicação também conta muito para a efetividade do tratamento.

Você precisa considerar que não é necessário utilizar exatamente todos esses métodos de controle ao mesmo tempo.

Na verdade, é preciso selecionar os mais adequados para a cultura que você tem e aplicá-los da melhor maneira, conforme as características da sua área de plantio.

 

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Conclusão

Portanto, As plantas daninhas são consideradas um dos maiores problemas da agricultura atual. Não somente por competirem com as plantas cultivadas, como também por serem hospedeiras de diversas pragas e doenças.

Além disso, por serem plantas consideradas pioneiras, as plantas daninhas possuem uma efetiva capacidade de propagação. Principalmente por meio de sementes. É preciso realizar uma identificação adequada e somente a partir daí, escolher o melhor de controle.

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Azevém: saiba tudo sobre essa planta daninha!

Azevém: saiba tudo sobre essa planta daninha!

azevém é uma planta anual de inverno, muito utilizada como forrageira e formadora de palhada para o plantio direto. Principalmente nos estados da região Sul. Neste post vamos abordar tudo que você precisa saber sobre essa daninha.

Venha Comigo!                   

 

Azevém: saiba tudo sobre essa planta daninha!

 

Azevém (Lolium multiflorum Lam)

O azevém (Lolium multiflorum Lam.) é uma espécie anual, de inverno. Utilizada principalmente como forrageira e para fornecimento de palhada para o sistema plantio direto.

É uma espécie de fácil dispersão e, por isso, está presente e caracteriza-se como planta daninha em praticamente todas as lavouras de inverno e em pomares da região sul do Brasil.

Gramínea de excelente qualidade, com alta taxa nutricional. É muito utilizada na alimentação do gado, principalmente para as vacas leiteiras ou então na fase terminal de criação.

Com o consumo da planta, portanto, os animais ganham peso de forma rápida e acima da média. O uso do capim azevém é bastante comum em algumas regiões, como no Sul do Brasil.

 

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Características do azevém

O azevém anual é um dos cultivares mais conhecidos e populares entre os produtores. Ele é muito utilizado no Rio Grande do Sul, por exemplo, devido à dormência das pastagens.

Assim, ele começa a ser cultivado geralmente entre os meses de março a junho. Desta forma, é oferecido aos animais durante o inverno e a primavera.

Conheça algumas vantagens do azevém:

  • Palatabilidade: ele tem sabor mais palatável e, assim, demonstra maior aceitação dos animais.
  • Resistente a doenças.
  • Potencial de produção: a plantação da espécie rende bastante, portanto, possui uma boa produção.
  • Utilizado em associações: em algumas regiões é cultivado em associação com outras plantas, por isso, é bastante versátil e oferece mais possibilidades para o produtor.
  • Atinge de 100 a 120 centímetros.
  • Tolera níveis de umidade.

Diferentes tipos de azevém

Vamos citar os mais comuns tipos de azevém disponíveis e aptos para a nossa região. De maneira geral, existem quatro tipos de azevém tendo suas sementes comercializadas:

  • Azevém anual (Lolium multiflorum);
  • westerwoldico, ou tipo itálico;
  • Azevém híbrido ( hybridumL. boucheanum);
  • Azevém perene (Lolium perenne).

Dentre os cultivares de azevéns englobados nessas espécies, podemos encontrar ciclos de vida anual, bianual ou perene, diferentes potenciais de produção de sementes, demanda de horas de frio ou não, tetraplóide ou diplóide, hábito de crescimento ereto ou prostrado, susceptibilidade e resistência a doenças e herbicidas, entre outras caraterísticas.

Esses diferentes tipos de azevém, são disponibilizados aos produtores na forma de sementes. As quais deveriam apresentar os atributos mínimos de plantio, como germinação, vigor, pureza física e pureza genética.

 

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Como é realizada a sua semeadura?

A gramínea apresenta altas taxas de produção e qualidade nutricional. Portanto, pode ser plantada em consórcio com outras forrageiras, assim como de forma contínua. Saiba algumas dicas para a semeadura do azevém:

  • A plantação deve ser realizada durante o outono.
  • Pode ser realizada a ressemeadura natural. Ou seja, é possível programar a plantação de modo que as sementes caiam na terra. Assim, não é necessário realizar a semeadura todos os anos.
  • A espécie pode ser plantada em linhas, assim como a lanço.
  • A semente deve ficar no máximo a um centímetro de profundidade.
  • A distribuição das sementes de azevém variam de 400 a 500 unidades por metro quadrado.

 

Ciclo de cultivo

O perfil do nascimento e implantação da pastagem é definido pela qualidade do plantio e condição do solo. Que define o estande de plantas e perfilhos por área, que é a base da área folhar da pastagem.

Uma vez implantada a pastagem de azevém, é na fase de crescimento vegetativo que se produz a maior parte das folhas e perfilhos, que é a forragem de maior valor nutritivo utilizável.

Por fim temos a etapa reprodutiva, onde desenvolvem-se as estruturas reprodutivas da planta, quando há uma importante produção de matéria seca, porém de menor valor nutricional, que diminui em detrimento da produção de semente.

Entender essa sequência, que parece ser tão simples, é justamente o ponto chave para definir que tipo de azevém e o mais adequado para cada sistema em particular.

 

Azevém na cultura de trigo

Competição com plantas daninhas reduz a produtividade de grãos de trigo. Essa perda progride com o aumento da densidade de espécies daninhas e com o crescimento das mesmas.

A eficiência do controle de azevém após o estabelecimento da cultura do trigo está estreitamente relacionada com o resultado da dessecação em pré- semeadura. Sobras de plantas da dessecação comprometem a eficiência dos herbicidas seletivos aplicados em pós-emergência da cultura e do azevém.

Além disso, as condições ambientais e o estádio de desenvolvimento das plantas de azevém emergidas após a semeadura do trigo contribuem de forma decisiva para o sucesso do controle pelos herbicidas seletivos (clodinafope, iodosulfurom ou piroxsulam).

 

Danos causados

Os danos causados pelo Azevém impactam negativamente no rendimento de grãos do Trigo. Populações de Azevém entre 130 e 750 plantas m-2 até a maturação do trigo, reduziram o rendimento de grãos em cultivar de porte alto entre 4 e 22% e no de porte baixo entre 18 e 56%.

Os efeitos negativos da matocompetição de Azevém no Trigo começam bem cedo, antes mesmo de se iniciar a competição por água e nutrientes.

 

Sistema de rotação de culturas

A infestação de Azevém pode ser mais facilmente manejada ou mesmo reduzida quando for adotado um sistema de rotação de culturas na lavoura. Isso diversifica o ambiente agrícola e favorece o manejo das plantas daninhas.

Com a rotação de culturas ocorrem espécies de diferentes ciclos, nas quais podem ser utilizados vários tipos de manejo, como épocas de semeadura, práticas culturais e até herbicidas com diferentes mecanismos de ação.

Medidas de manejo que favorecem o desenvolvimento sadio e bastante vigoroso do Trigo farão com que as infestações de plantas daninhas sejam reduzidas.

 

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Controle e prevenção do azevém

Os herbicidas constituem-se no método mais utilizado para o controle de plantas daninhas em cereais. As estratégias de controle podem ser adotadas mais rapidamente e eficientemente quando se usam herbicidas, comparado ao uso de somente medidas mecânicas.

A eficiência dos herbicidas tem levado, muitas vezes, a uma grande dependência desses compostos químicos, com a exclusão de outros métodos. O controle químico deve ser visto como uma ferramenta adicional, e não como o único método para diminuir os prejuízos com plantas daninhas.

A facilidade e a comodidade que o glifosato proporcionava para o controle dessa planta acabaram por gerar o uso repetitivo desse herbicida, beneficiando o desenvolvimento e aumento de biótipos resistentes a esse mecanismo.

Porém, é importante deixar claro que os herbicidas não tornam as plantas resistentes, eles apenas atuam como agentes selecionadores entre as espécies.

 

Indicações de prevenção

  • Rotação de herbicidas com diferentes mecanismos de ação;
  • Monitorar o início de plantas resistentes;
  • Utilização de sementes certificadas e de qualidade;
  • Realizar aplicações sequenciais de herbicidas com diferentes modos de ação;
  • Fazer uso de práticas que esgotem/reduzam o banco de sementes e evitem reposições;
  • Limpeza de máquinas e implementos para evitar a dispersão de sementes do azevém.

 

Conclusão

Com isso entendemos que azevém é uma planta invasora muito comum nas regiões temperadas do Sul do país, sendo uma das poucas poáceas a vegetar durante o período de inverno. Infesta principalmente lavouras de trigo e outras culturas de inverno.

Já para o setor pecuarista tem uma grande importância, produzindo uma forrageira de alto poder nutricional e, sobretudo, muito apetecível para os animais.

Então, o que você achou do nosso artigo? Se você gostou, não deixe de compartilhá-lo nas suas redes sociais e ajude mais pessoas a se informar sobre esse assunto.

Escrito por Michelly Moraes.

 

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Capim amargoso: aprenda a fazer o manejo eficiente!

Capim amargoso: aprenda a fazer o manejo eficiente!

A presença de ervas daninhas nas plantações são muito indesejadas, já que elas atrapalham o crescimento das plantas já cultivadas. O capim-amargoso é uma planta daninha que pode causar danos gigantes à produtividade. Neste post vamos abordar como realizar o controle eficiente do capim margoso.  Venha Comigo!

 

Capim amargoso: aprenda a fazer o manejo eficiente!

 

Lidar com uma planta daninha que se reproduz rapidamente é um problema que o agricultor faz de tudo para evitar.

Ainda, quando é observada a resistência da planta a alguns dos principais herbicidas do mercado, como o glifosato, por exemplo, tudo se torna um grande pesadelo, o que dificulta ainda mais seu controle.

Esse é o caso do Capim amargoso (Digitaria insularis) que possui alta capacidade de propagação, e, consequentemente, potencial de competição com o cultivo principal, prejudicando a produtividade da safra em um piscar de olhos.

 

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O que é o capim-amargoso?

O capim-amargoso (Digitaria insularis) é uma erva daninha muito frequente nas plantações do Brasil, infestando comumente lavouras, pastagens, gramados, pomares, terrenos baldios, beiras de estradas e jardins. Atualmente, estima-se que ele infeste uma área de 8,2 milhões de ha em território nacional.

Essa planta invasora é uma espécie nativa de regiões tropicais e subtropicais da América. Além do nome capim-amargoso, ela também recebe o nome de capim-flecha, capim-açu, capim-pororó e milheto-grande.

 

O que são plantas daninhas?

Plantas daninhas são plantas que competem com as plantas cultivadas por água, luz e nutrientes. Além disso, estas plantas são hospedeiras de pragas, doenças e nematoides o que aumenta o custo na produção.

Existem dois tipos de prejuízos das plantas daninhas. O primeiro é o dano direto:  quando se desenvolvem junto com a cultura, principalmente nos estágios iniciais, competindo diretamente por luz, água, nutrientes e espaço.

E o segundo é o dano indireto, que ocorre, por exemplo, na colheita. Especificamente em soja, a infestação dificulta a operação. Existem inúmeras espécies de plantas daninhas presentes nas lavouras de grãos, cereais e demais cultivos de todo o mundo.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Suas principais características são:

  • Rápida germinação;
  • Crescimento e florescimento rápidos;
  • Produção elevada de sementes;
  • Sistema radicular abundante;
  • Grande capacidade de absorver nutrientes e água do solo;
  • Rápida disseminação;
  • Fácil propagação;
  • Resistentes às variações ambientais;
  • Podem liberar toxinas prejudiciais ao desenvolvimento da cultura;
  • Reduzem a qualidade dos grãos;
  • Provocam maturação desuniforme da cultura;
  • Dificultam a colheita.

 

Principais características do capim-amargoso

O capim-amargoso é uma planta perene com capacidade de formar perfilho.  Possui um sistema radicular composto por rizomas curtos que acumulam grandes quantidades de amido, produz sementes pilosas durante todo o ano e se dispersam facilmente pelo vento, podendo alcançar longas distâncias.

 

Danos causados pelo capim-amargoso

O capim-amargoso compete com as culturas por água, luz e nutrientes, Além disso, estas plantas são hospedeiras de pragas, doenças e nematoides o que aumenta o custo na produção.

A presença dessa espécie deve ser monitorada nas lavouras durante a safra, safrinha e entressafra, pois o descaso com a ocorrência dessa planta na lavoura pode levar a um forte aumento na população de D. insularis e consequentemente a sérios prejuízos na produtividade e aumento nos custos de produção.

A produtividade da soja é inversamente relacionada à intensidade de infestação dessa espécie na lavoura e o capim amargoso em competição com a soja reduz em até 44% a produtividade.

 

Manejo do capim-amargoso

Para realizar o manejo do capim-amargoso, a entressafra é o momento ideal, já que nesse período existe um número maior de opções a serem utilizadas.

O manejo para o controle do capim-amargoso é bom somente quando a aplicação é realizada em estágio de desenvolvimento precoce. Porém, os herbicidas podem ser utilizados em duas modalidades, pré e/ou pós-emergência.

 

Pré-emergência

No período de pré-emergência, a aplicação do herbicida é feita após a semeadura e antes da emergência do capim-amargoso.

A inclusão de pré-emergentes em diferentes etapas no manejo dessa planta é fundamental, principalmente em áreas com grandes infestações.

Seu uso traz um ótimo custo-benefício ao produtor, já que diminui a necessidade de aplicações em pós-emergência e previne a seleção de plantas resistentes.

Os herbicidas mais eficazes nesse caso são:

  • Alachlor;
  • Clomazone;
  • Diuron;
  • diuron + hexazinona;
  • pendimenthalin;
  • s-metolachlor;
  • flumioxazin;
  • diclosulam;
  • imazethapyr;
  • sulfentrazone;
  • trifluralin.

 

Pós-emergência

pós-emergência consiste na aplicação do herbicida após a emergência dessa erva daninha. O recomendado é que a aplicação ocorra em plantas com até três perfilho (por volta de 35 dias). Em relação ao controle tardio, há demanda de aplicações sequenciais.

Neste estágio de desenvolvimento, para o controle do capim-amargoso, os principais herbicidas utilizados são:

  • Cletodim;
  • Haloxyfop;
  • Glifosato;
  • Paraquat;
  • glufosinato de amônio

Um ponto importante no uso desses herbicidas é que, se não houver o uso racional, é possível que o capim-amargoso crie resistência ao glifosato e aos graminicidas, no que chamamos de resistência múltipla.

 

Outros Métodos

As chances de maior controle das plantas daninhas resistentes são maiores com medidas preventivas, ou seja, antes delas aparecerem. Existem diferentes formas de manejar o capim-amargoso:

  • Rotação de culturas, com rotação de herbicidas.
  • Utilizar sementes isentas de infestantes resistentes.
  • Acompanhar as mudanças na flora.
  • Evitar a reprodução e disseminação inicial de plantas daninhas.
  • Realizar a limpeza de tratores, implementos, colheitadeiras e semeadoras.

 

Resistência do capim-amargoso

O capim-amargoso apresenta resistência ao glifosato, que é o principal herbicida utilizado no cultivo de soja para o controle de ervas daninhas. Isso dificulta o controle dessa planta, principalmente nos cultivos de soja no Brasil.

E, apesar da elevada pressão de seleção de graminicidas sobre populações de capim-amargoso, atualmente ainda se lida com resistência a apenas um mecanismo de ação.

Para que este problema não se alastre para essas regiões, e para que as áreas onde já se instalou sejam manejadas corretamente, cabe a pesquisadores, técnicos e produtores desvendar e aplicar medidas para o manejo eficiente com o objetivo de reduzir perdas na produtividade devido à presença dessas plantas na lavoura.

 

Tecnologia, aliada no combate ao surgimento do capim amargoso

É preciso ter conhecimento sobre o capim amargoso para evitar perdas de produtividade. O uso de tecnologias digitais pode ser um grande aliado no momento da identificação e manejo de plantas daninhas.

Um dos desafios encontrados pelos produtores é a apuração de locais com focos de capim amargoso. Para solucionar esse problema, o sensoriamento remoto aéreo é uma ótima opção.

Imagens de satélite apoiam o produtor na identificação de variabilidades no desenvolvimento da lavoura. O uso da tecnologia no controle de plantas daninhas, torna o processo rápido e mais fácil, onde inclusive a mão de obra se torna mais barata.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O capim-amargoso é uma planta perene com alta capacidade de dispersão pelo vento e com excelente adaptabilidade as diferentes regiões brasileiras

O agricultor vivencia diversos desafios para garantir a saúde e a boa produtividade da sua lavoura, assim como a qualidade dos produtos.

Entre eles está o controle de plantas daninhas resistentes, que são difíceis de conter e precisam de estratégias e produtos eficientes. Sendo assim, é fundamental o correto manejo para proporcionar níveis adequados de controle dessa planta daninha.

Espero que, com essas dicas passadas aqui, você consiga realizar um manejo eficiente do capim-amargoso na condução da lavoura!

 

Pós-graduação Fitossanidade

Herbicida seletivo: conheça mais sobre o assunto!

Herbicida seletivo: conheça mais sobre o assunto!

Nesse artigo vamos passar para você os principais conceitos sobre o  herbicida seletivo, para que você possa aproveitar ao máximo e aplica-los na prática.

É muito importante conhecer sobre a seletividade dos herbicidas, pois ela depende de fatores relacionado à planta, ao herbicida e às condições ambientais.

Esse parece um assunto corriqueiro para muitos, mas ainda é parte de grandes dúvidas.

Vamos juntos?

 

Herbicida seletivo: conheça mais sobre o assunto!

 

Herbicida seletivo, o que é?

Na produção agrícola, seletividade de herbicidas é a base para o sucesso do controle químico de plantas daninhas.

Desse modo, a base da seletividade aos herbicidas é o nível diferencial de tolerância das culturas e das plantas daninhas a serem controladas.

Assim, quanto maior a diferença de tolerância entre a cultura e a planta daninha, maior a segurança de aplicação.

O herbicida seletivo elimina as espécies daninhas enquanto a cultura permanece vegetando, tolerando o tratamento.

A seletividade não é um processo simples, uma vez que, muitos fatores de planta e de ambiente estão envolvidos.

O estádio de desenvolvimento e suas características são fatores importantes na seletividade dos herbicidas e no controle de plantas daninhas.

Por isso, erros cometidos, tais como escolha imprópria do produto, época de aplicação, dose ou equipamento podem anular a diferença entre espécies tolerantes e susceptíveis e ambas podem ser prejudicadas.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Formas de utilização dos herbicidas seletivos

Quase todos os herbicidas devem ser aplicados em um momento em específico para que o controle e a seletividade sejam otimizados.

Portanto, saber quando aplicá-los para obter o efeito desejado é essencial para o uso adequado e racional do controle químico.

A classificação quanto à época de aplicação reflete a eficiência de absorção por diferentes estruturas das plantas.

Aqueles aplicados ao solo são normalmente absorvidos pelas raízes ou por estruturas subterrâneas antes. Durante ou imediatamente após a emergência.

Já aqueles aplicados à parte aérea das plantas são preferencialmente absorvidos pelas folhas.

 

Épocas de aplicação de herbicidas

A época de aplicação de herbicidas é definida para melhores resultados. Sendo de modo geral, as seguintes definições de épocas de aplicação:

Os Herbicidas aplicados em pré-plantio incorporado (PPI): Refere-se aos produtos que são aplicados ao solo e que posteriormente precisam de incorporação mecânica ou através de irrigação.

Os Herbicidas aplicados em pré-emergência (PRÉ): A aplicação é feita após a semeadura ou plantio. Mas antes da emergência da cultura, das plantas daninhas ou de ambas.

E os Herbicidas aplicados em pós-emergência (PÓS): Em aplicações em pós-emergência, o produto deve ser absorvido em maior parte via foliar.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Tipos de seletividade de herbicidas

Para que seja mais fácil a compreensão dos tipos de seletividades de herbicidas. Vamos dividir os tipos de seletividade em fatores relacionados à planta, ao herbicida e ao ambiente.

Os fatores relacionados à planta podem ser: estádio de desenvolvimento, mecanismos de absorção diferencial, mecanismos de translocação diferencial e o metabolismo diferencial.

Fatores relacionados ao herbicida: seletividade e a estrutura molecular, referência à dose, as formulações, seletividade e o modo de aplicação.

Fatores relacionados ao ambiente: seletividade e a textura do solo, seletividade e a água disponível no solo, seletividade e as condições ambientais.

Porém além dos herbicidas seletivos, existem também os herbicidas não seletivos.

No próximo tópico vamos saber um pouco mais sobre eles.

 

Herbicida não seletivo

Herbicidas não seletivos são aqueles de amplo espectro de ação. Capazes de matar ou danificar severamente todas as plantas.

O Glyphosate e sulfosate são herbicidas não seletivos registrados para dessecação de manejo das plantas daninhas em áreas de semeadura direta. Enquanto paraquat, diquat e amônio-glufosinato são mais utilizados para dessecação pré-colheita.

 Em função do largo espectro de espécies de plantas afetadas por esses herbicidas. Os mesmos são considerados não seletivos.

Vale ressaltar que, nenhum herbicida pertence rigidamente a nenhum dos grupos. Uma vez que a seletividade é função da interação entre diferentes fatores, como já citamos.

Um ponto importante de se falar quando o assunto é herbicidas e principalmente dentro desse grupo que é muito utilizado na agricultura atual. É quanto ao uso de EPI’s, é necessário ter atenção redobrada.

Uma vez que, os EPI’s são Equipamentos de Proteção Individual, que têm por finalidade diminuir os riscos de contaminação do trabalhador na aplicação de defensivos agrícolas e deve ser utilizado em todas e quaisquer atividades de risco de contaminação.

 

Herbicida seletivo sistêmico

O herbicida sistêmico é aquele que se movimenta, que é conduzido no interior da planta, pelo xilema ou floema, ou por ambos.

São produtos químicos capazes de penetrar na planta e serem tóxicos em processos vitais específicos, por isso são altamente seletivos, prontamente assimilado e translocado pela planta.

Alguns exemplos de herbicidas sistêmicos são: 2,4-D, Glifosato, Imazethapyr, Flazasulfuron, Nicosulfuron e o Picloram.

O herbicida sistêmico é transportado no interior da planta até atingir o local de ação desejado, sendo geralmente absorvido pelas folhas e raízes.

Assim, o herbicida sistêmico não precisa de cobertura total da superfície foliar, o que possibilita o uso de gotas maiores.

Entretanto, é necessário um tempo após a aplicação para que estes produtos sejam absorvidos pelas plantas daninhas.

 

Usar ou não o herbicida seletivo?

A seletividade se expressa de forma variada para cada combinação específica cultura – planta daninha e é normalmente bastante específico.

Portanto, talvez o mais correto fosse julgar se determinado tratamento. E não um herbicida especificamente é seletivo para determinada cultura.

Por isso tem que ser bem avaliado antes da tomada de decisão. Onde, um profissional da área poderá avaliar melhor cada situação e realidade.

Uma vez que, o uso de herbicidas pode prevenir a interferência das plantas daninhas principalmente no início do ciclo. Período durante o qual as plantas daninhas causam normalmente as maiores perdas nas culturas.

 

Plataforma Agropós

 

Porém, como tudo há limitações quanto ao uso de herbicidas. Pois todos herbicidas possuem certo grau de toxicidade para o ser humano e para outras espécies de plantas e animais.

Embora a tendência atual seja de que os novos herbicidas lançados no mercado apresentem um menor grau de toxicidade para o ser humano e o ambiente. Ainda existem preocupações com relação aos casos de intoxicação registrados em aplicadores e manipuladores desses produtos.

A utilização de herbicidas demanda equipamento adequado de aplicação e proteção, além de operador treinado.

Portanto, é de suma importância a compreensão do sistema como um todo e em sua integralidade. Para saber a necessidade da utilização ou não de herbicidas, quando e como utilizar.

Escrito por Juliana Medina.

 

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