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Florestas urbanas e qualidade de vida!

Florestas urbanas e qualidade de vida!

De onde surgiram as cidades? E as florestas urbanas? Descubra nesse artigo!

Podemos dizer que elas sugiram da necessidade que o homem tem de se proteger aglomerando-se em comunidades.

Assim é que nas aldeias indígenas as ocas normalmente se posicionam de forma que o círculo que fazem deixa no seu interior um pátio onde a comunidade se associa.

Ao redor prevalece a floresta ou as áreas de cultivo, de onde eles retiram tudo o que precisam para a sobrevivência.

Uma cidade, mesmo de grande porte, não costuma ser diferente. Normalmente uma pequena igreja com um adro ou uma praça à sua frente é a origem de um povoado que, crescendo em volta desta praça, dá origem a uma cidade.

Acontece que a cidade pode se desenvolver também a partir de uma linha e não de um ponto ou de uma área central.

Quando ela se desenvolve desta maneira, dizemos que ela tem um crescimento radial e quando ela se desenvolve a partir de uma linha, dizemos que seu crescimento é linear.

Não importando a maneira como ela se desenvolve, o fato é que as construções vão, gradativamente, substituindo os elementos naturais, em sua maioria representada pelas árvores.

 

Florestas urbanas

 

História da arborização urbana

É fácil verificar que o homem não precisaria reintroduzir árvores na paisagem urbana se ele tivesse tido o cuidado de preservar trechos de florestas junto com o crescimento das cidades.

Quando ele viu mais tarde que as construções e as pavimentações não lhe proporcionavam toda a qualidade de vida de que precisava, ele entendeu que era necessária a reintrodução desse elemento no planejamento das cidades.

Podemos entender a história da importância das árvores no ambiente urbano por meio de três conceitos básicos; a arborização, as florestas urbanas e a ecologia urbana.

 

Paisagismo e Arborização Urbana

 

Arborização urbana

“Arborização urbana” pode ser considerada, assim, um conceito menor já que se refere ao plantio, muitas vezes se restringindo a árvores isoladas ou, quando muito, enfileiradas nas calçadas. Este conceito teve grande repercussão a partir da reforma de Paris, no século XIX, pelo barão Haussmann, embora já existissem plantios de árvores em cidades.

O projeto do barão consistiu na transformação de algumas vias em avenidas e bulevares e no plantio de fileiras de árvores, com sentido estético, o que foi copiado por muitas cidades dando origem ao processo de arborização como hoje o conhecemos.

A consideração deste conceito como menor se dá primeiro pelo fato de ser plantio, segundo por se tratar de árvores isoladas e, terceiro, por ser meramente estético.

 

Arborização Urbana

 

Florestas urbanas

“Florestas urbanas” já é considerado um conceito maior. Neste conceito consideramos que as árvores têm funções ecológicas e de qualidade de vida para serem desempenhadas no ambiente urbano, além do meramente decorativo.

Também neste conceito as árvores podem ser plantadas, mas podem, por outro lado, serem provenientes de remanescentes que foram deixados quando do crescimento das cidades, como temos vários exemplos pelo mundo a fora. Pelo fato de não terem sido plantadas não se pode dizer que houve arborização.

Além disso, tem-se como verdade que florestas trazem implícita a realidade de árvores agrupadas e não isoladas ou enfileiradas. Em termos ecológicos e para a qualidade de vida pode-se ver que agrupamentos de árvores são mais eficazes do que árvores isoladas ou enfileiradas.

 

Ecologia urbana

Na escalada conceitual o terceiro, mais abrangente e, portanto, maior é o de “Ecologia urbana”. Por este conceito vai-se além das árvores plantadas de forma Isolada ou enfileirada, vai-se além dos aglomerados de árvores, sejam elas plantadas ou remanescentes e vai-se além das funções ecológicas ou de qualidade de vida propiciadas pelas florestas urbanas.

Ecologia urbana contempla tudo isso, mas contempla também as relações entre as árvores e os seres humanos e os animais. A ecologia urbana se preocupa com a sustentabilidade urbana e com a sustentabilidade do planeta a partir de um planejamento urbano condizente.

Assim é que o cultivo de árvores no ambiente urbano se preocupará com a fixação do carbono atmosférico para o desaquecimento global, com a preservação das espécies ameaçadas de extinção, com a priorização de espécies nativas por uma fisionomia paisagística local e com a sustentabilidade socioeconômica além da ambiental.

Quando o arboricultor trabalha com este conceito ele está promovendo o equilíbrio ente o construído e o natural na busca de uma melhor qualidade de vida.

 

Planejamento da arborização urbana

Se vamos gerenciar árvores no ambiente urbano, certamente trabalharemos nos três conceitos: arborização porquanto plantaremos árvores; florestas porquanto as agruparemos por meio de plantio ou manejaremos os aglomerados remanescentes; ecologia porquanto buscaremos a sustentabilidade. Para uma abrangência tão grande não poderemos nos ater apenas aos espaços das calçadas.

Haverá necessidade de trabalharmos diversos outros espaços urbanos quais sejam; os quintais, os lotes vagos e os terrenos baldios, os estacionamentos, as praças e os parques, as áreas de preservação, os taludes de corte e de aterro, as margens de corpos d’água e, logicamente, o espaço viário.

Estes espaços estão presentes em todas as cidades. Basta pegarmos uma planta cadastral de qualquer cidade para identificarmos diversos locais urbanos passíveis de receberem árvores isoladas ou aglomerados de árvores que comporão florestas dentro do perímetro urbano.

Entretanto, o que temos visto é que os planejadores da arboricultura urbana têm se preocupado apenas com os espaços viários, mormente as calçadas, e não têm explorado devidamente esses outros espaços possíveis de arborização.

 

Paisagismo muito além da estética!

 

Melhor utilização dos espaços

Numa análise, mesmo que rápida, pode-se ver que muitos desses espaços são típicos para serem ocupados com vegetação e, no entanto, os planejadores permitem que sejam ocupados com construções.

Essas construções em locais indevidos são responsáveis por verdadeiras tragédias no ambiente urbano, tais como deslizamentos, enchentes, calor excessivo, poluições.

Essas inconveniências poderiam ser evitadas se simplesmente fossem observadas as vocações de uso para cada local urbano.

Estas vocações estão contempladas em três leis básicas: o código florestal, a lei de uso e ocupação do solo e o código das águas. O código florestal determina como áreas vocacionais para vegetação as denominadas áreas de preservação permanente, estabelecidas principalmente, mas não apenas, no seu artigo segundo.

A lei de uso e ocupação do solo reforça, para os ambientes urbanos, os locais determinados como áreas não edificáveis e o código das águas disciplina o uso e a respeitabilidade às águas dormentes e correntes.

O que se observa claramente é que, nesses locais, toda vez que a vegetação dá lugar a construções essas áreas se transformam em áreas de risco.

 

Legislação e bom senso

Se observadas as três leis aqui mencionadas, o planejador urbano não ocuparia as áreas urbanas cuja vocação é a vegetação.

Entretanto, baixa renda, motivos políticos e especulações imobiliárias muitas vezes acabam decidindo pela ocupação desses locais, indo de encontro ao que determina a lei. Como o metro quadrado de solo urbano é muito caro, os órgãos de planejamento buscam evasivas que lhes permitam colocar construções onde a vocação é vegetação.

Para casos como estes, deveria prevalecer o bom senso, mas nem sempre isso acontece e os órgãos de defesa do meio ambiente, quando existem, muitas vezes se vêm obrigados a ceder aos apelos da urbanização.

Esse enfrentamento fica mais dificultado quando a ocupação do solo encontra evasivas nas leis ambientais como determina, por exemplo, a resolução 369 do CONAMA e agora também o novo código florestal, permitindo a substituição da vegetação por construções nas áreas de preservação nos casos de utilidade pública, baixo impacto e interesse social.

O código antigo, lei 4771, de 1965, foi acrescido de um parágrafo pela lei 7803, de 1989, dizendo que: “no caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perímetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, em todo o território abrangido, observar-se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeitados os princípios e limites a que se refere este artigo”.

Com essa abertura, as leis municipais determinam, no caso de margens de cursos d’água, larguras inferiores ao que determina a lei maior, havendo municípios que chegam a determinar somente cinco metros como área de preservação permanente, ficando a maioria, no entanto, em 15 metros.

Para esses casos e mais alguns fora do perímetro urbano, a abertura ficou por conta da resolução 369 do CONAMA, de março de 2006.

 

Novo código florestal

O novo código florestal, lei 12.615, de maio de 2012, elimina o parágrafo que dá abertura para áreas urbanas, sendo taxativo que a distância mínima para áreas de preservação marginais aos cursos d’água é de 30 (trinta) metros.

No entanto, ele absorve a resolução do CONAMA, estabelecendo que a vegetação possa ser retirada para que a área seja ocupada com construções nos casos de baixo impacto, utilidade pública e interesse social.

Embora a lei venha especificando o que sejam baixo impacto, interesse social e utilidade pública, sabemos como a subjetividade pode dar lugar a burlações segundo interesses pessoais.

 

Conclusão

Se no início as árvores foram reintroduzidas no ambiente urbano com sentido meramente estético, hoje se sabe que elas têm várias funções ecológicas para desempenhar no ambiente urbano, sendo que os aglomerados de árvores o fazem melhor que as árvores isoladas.

A evolução dos conceitos nos leva a uma ecologia urbana onde o primordial é a sustentabilidade com qualidade de vida. As florestas urbanas são fundamentais para ambas.

 

Paisagismo e Arborização Urbana

 

Referências Bibliográficas

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GREY, G. W. e DENEKE, F. J. Urban Forestry. New York: John Wiley end sons, 1978. 279p.

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SOARES, M. P. Verdes urbanos e rurais: orientação para a arborização de cidades e sítios campesinos. Porto Alegre; Cinco Continentes, 1998. 242p.

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Projeto de paisagismo: descubra a sua importância!

Projeto de paisagismo: descubra a sua importância!

Você já deve ter se perguntado o que é um Projeto de paisagismo? Elaboramos este artigo para você entender o que é e como é feito um projeto paisagístico.

Continue lendo!

 

Projeto de Paisagismo

 

O contato com plantas diminui o stress e proporciona um maior relaxamento. Segundo dados das nações unidas, é recomendado que as cidades possuam no mínimo 16m2 de área verde por habitante, para diminuir o stress Urbano.

Um projeto de paisagismo possibilita esta relação mais estreita com o homem e a natureza, gerando um efeito tranquilizante e de bem-estar.

Mas afinal o que é paisagismo? É a arte de projetar, planejar, fazer a gestão e a preservação de espaços livres. Sendo eles públicos ou privados, urbanos e não-urbanos.

A arquitetura da paisagem ou paisagismo, é um complemento ao projeto arquitetônico, que visa harmonizar a paisagem.

 

Paisagismo e Arborização Urbana

 

Paisagismo ou jardinagem?

E usual as pessoas acreditarem que projeto de paisagismo e jardinagem são sinônimos. Embora o primeiro englobe o segundo são coisas distintas. Resumidamente, pode-se dizer que o paisagismo é a elaboração e planejamento da área verde e a jardinagem é a execução.

Ou seja, um projeto paisagístico cria espaços funcionais, úteis e tecnicamente viáveis. Considerando o projeto arquitetônico, o solo e o clima do local e espécies vegetais adequadas.

Já a jardinagem refere-se a parte do trabalho com a vegetação, como o cultivo das plantas e manutenção do jardim.

 

Paisagismo muito além da estética!

 

O que é um projeto de paisagismo?

Um projeto de paisagismo é uma representação gráfica Onde constam de forma detalhada todas as informações necessárias de como será executado o trabalho.  Que tem como objetivo gerar um ambiente cuja a arquitetura e a natureza estejam em plena harmonia.

Portanto, para elaborar um projeto de paisagismo é preciso ter conhecimento não só de botânica, mas também de arquitetura.

 

Como montar um projeto de paisagismo?

Para montar um projeto paisagístico o paisagista deve seguir três etapas essenciais, que são:

 

1. Estudo preliminar

Primeiramente o paisagista necessita conhecer as necessidades do cliente. Este passo pode ser um pouco complicado pelo fato das pessoas comumente confundirem paisagismo com jardinagem, o que pode dificultar a comunicação.

Neste momento o profissional precisa investir um bom tempo para entender as necessidades do cliente. Uma opção é pedir referências do que ele gosta e ir explicando o que pode ser feito ou não.

Após entender as necessidades do cliente o paisagista deve estudar a área. Buscando informações como o tipo de solo do local, orientação em relação ao sol e vegetação existente.

 

2. Anteprojeto

Nesta etapa, o paisagista vai utilizar todas as informações obtidas até o momento e iniciar a criação das plantas, detalhando os aspectos estéticos e funcionais.

Agora é a hora de usar toda a criatividade e explorar todas as possibilidades, sem esquecer do gosto do cliente. Após a aprovação do anteprojeto, passamos para a etapa seguinte.

 

3. Projeto executivo

Entramos na etapa final, que é o desenvolvimento detalhado do anteprojeto. Ou seja, o paisagista vai aprofundar em aspectos mais técnicos. É nesta etapa também que são integrados projetos complementares como de irrigação e iluminação.

É aqui que as informações de manutenção, orçamento, tempo de execução, espécies e materiais utilizados, adubação, tamanho de cova são apresentadas. Ou seja, tudo que é necessário para a execução e manutenção da obra.

 

Tipos de projeto de paisagismo

Um projeto de paisagismo pode ser elaborado para diferentes locais, como públicos ou privados. A seguir vamos ver alguns tipos de projetos de paisagismo que são mais comuns.

 

Paisagismo residencial

A confusão entre paisagismo e jardinagem geralmente ocorre no paisagismo residencial, pelo fato das pessoas a acharem que paisagismo envolve somente o cultivo das plantas e nós já vimos que não é bem assim né?

 

Paisagismo residencial

 

Este tipo de paisagismo consiste em transformar a paisagem residencial interna ou externa fazendo uma junção harmoniosa entre a natureza e decoração, além de transformar o local em um ambiente relaxante e confortável. Além disso, uma residência com um projeto de paisagismo bem feito é mais valorizada no mercado.

 

Paisagismo em edifícios privados

O paisagismo em um conjunto de edifícios residenciais ou corporativos deve ser projetado de maneira a organizar os espaços livres entre os blocos e criar áreas de lazer e relaxamento.

Já os edifícios comerciais podem se beneficiar ainda mais de um projeto de paisagismo, desde que este crie espaços que tenham o poder de convidar o usuário a frequentar o local.

 

Paisagismo em edifícios públicos

O paisagismo de edifício públicos não é muito diferente do paisagismo em edifícios privados.

No entanto, neste tipo de projeto o paisagista deve atentar-se a utilização de pisos, equipamentos e vegetação que não requerem muita manutenção pela administração do local, garantido assim, a funcionalidade e beleza do projeto.

 

Paisagismo em edifícios públicos

 

Paisagismo em espaços públicos

As cidades são dinâmicas, possuem pessoas circulando o tempo todo, para amenizar a correria do dia-dia elas precisam ser aconchegantes e nada melhor que um projeto paisagístico para fazer a junção do homem com a natureza.

O paisagismo urbano está presente não somente nas casas e prédios, mas também nas ruas, praças e parques.

Na hora de projetar uma rua fatores importantes devem ser considerados. Principalmente por ser um local de grande circulação de pessoas e veículos.

Deve-se prezar pela segurança, como por exemplo, evitando acidentes que podem ser causados por raízes expostas ou flores e frutos escorregadios no chão.

 

Paisagismo em espaços públicos

 

As praças e parques são locais destinados a atividades de lazer e convivência. Associados a ambientes seguros e relaxantes, por isso precisam ser bem projetadas.

O planejamento paisagístico destes locais deve considerar o perfil da comunidade, quais as atividades serão realizadas e as potencialidades do local.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto, como você percebeu, um projeto de paisagismo vai muito além que somente escolher plantas e vasos. Ele é um convite à permanência no local e, portanto, deve ser um espaço funcional e relaxante.

Afinal ele é responsável por proporcionar uma qualidade de vida que só o contato com a natureza pode oferecer!

Escrito por Pollyane Hermenegildo.

Paisagismo e Arborização Urbana

Paisagismo: descubra o que você entende sobre o assunto!

Paisagismo: descubra o que você entende sobre o assunto!

O paisagismo vai muito além das plantas e organizar a paisagem urbana, em qualquer escala, com elementos funcionais e estéticos.

É uma arte que visa o projeto e a composição de um espaço livre com diversas espécies de vegetações e equipamentos, como piscinas, caminhos, pergolados, fontes e cercas.

Por envolver questões de composições do espaço está relacionado com a área de Arquitetura e Urbanismo. Além disso, cria diversas possibilidades de interação com a natureza.

Esta arte conjuga, neste esforço de recriação, planos, planificações, a administração e a manutenção de áreas livres, no interior das cidades ou à margem delas. Com o objetivo de organizar pequenas e vastas paisagens.

Não basta semear aqui e ali plantações decorativas. É necessário aliar recursos artesanais à percepção estética, sendo essencial, igualmente, saber combinar formatos e cores, para assim alcançar um resultado equilibrado e compatível.

 

paisagismo

 

O que é paisagismo?

O Paisagismo vai muito além da criação de jardins e praças. Trata-se de uma técnica bastante específica voltada também para a elaboração de projetos de criação ou substituição de espaços afetados por construções desordenadas.

Sua missão inclui recompor espaços geográficos e organizar a paisagem para criar condições de uso pelo público, utilizando não apenas conhecimentos de botânica e ecologia.

Mas também de arquitetura e dos costumes da região, combinando cores e formatos para gerar um resultado harmonioso e agradável de convivência.

Segundo recomendações da Organização das Nações Unidas, é necessário que as cidades contem com pelo menos 16 m² de área verde por habitante para diminuir o estresse urbano.

Levando isso em conta, a arquitetura paisagística se mostra uma atividade extremamente valorizada, com um amplo campo de atuação.

 

Paisagismo e Arborização Urbana

 

O paisagismo atualmente

Nos dias de hoje, o paisagismo é altamente qualificado, ou seja, é desenvolvido por profissionais competentes, como um arquiteto paisagista, biólogos, engenheiro agrônomo ou outro profissional especializado.

Onde seus principais objetivos são: melhorar a estética, a funcionalidade, a segurança, o conforto e ainda a privacidade dos ambientes exteriores (e interiores quando for o caso).

O Paisagismo só ocorre de verdade quando cada elemento colocado é pensado como uma composição arquitetônica, e não apenas como um objeto ou espécie.

No entanto, é importante frisar que, ainda não sendo sinônimos, paisagismo e jardinagem podem ser ferramentas que atuam em conjunto, onde a jardinagem se torna parte integrante do projeto de paisagismo efetuado.

Também é importante pontuar que paisagismo não se trata apenas de elementos naturais, podendo mesclá-los com elementos construtivos, como estruturas e até as próprias edificações.

Que em conjunto, são capazes de formar composições interessantes e úteis para os usuários.

Dando uma relevância ainda maior para os que são pensados da maneira mais ecologicamente correta possível, para tornar o projeto vantajoso tanto para o homem quanto para todo o ambiente à sua volta.

E por falar em vantagens, o projeto paisagístico pode proporcionar inúmeros benefícios a partir de sua execução.

 

Tipos de paisagismo

  • O paisagismo rural, definido como um tipo de paisagismo que visa ações de preservação e conservação.
  • O paisagismo é urbano, ou seja, voltado para a criação de espaços de lazer, esportes, entretenimento e contemplação. Integrando a natureza ao ambiente das grandes metrópoles.
  • E o paisagismo de áreas internas que tem como principal missão complementar a decoração. Esse tipo de paisagismo é visto com frequência em jardins externos, jardins de inverno, varandas e terraços.

 

 

Técnicas mais comuns de paisagismo

  • Jardins verticais: um projeto criativo para decoração de casas e ideal para otimizar espaços pequenos.
  • Fazer caminhos: ideal para conectar os moradores com o jardim do ambiente.
  • Revestimentos e pisos: para separar e organizar espaços com plantas e grama.
  • Bancos e mesas: para transformar o ambiente em um espaço mais funcional.
  • Plantar em vasos: a grande vantagem é a mobilidade para o luar desejado e várias configurações.

 

Projeto paisagístico

O Projeto de Paisagismo é realizado por um profissional da área de Arquitetura e Urbanismo. O que vai  para muito além da beleza e do apelo estético trabalha com o uso das formas, volumes, dimensões e texturas. Incorporando ao mesmo tempo características físicas e abstratas ao cenário, sendo essas relacionadas ao comportamento e até mesmo à filosofia.

 

Benefícios do projeto de paisagismo

Um projeto que tem como principais pilares a ventilação, a estética e o clima, já se tornam mais claros os benefícios gerados pelo paisagismo. Já que são características capazes de elevar o bem estar e até a qualidade de vida, mesmo que momentaneamente (em espaços públicos, por exemplo), das pessoas que entram em contato com uma obra do tipo.

E quando se fala em obra, não se trata apenas de obras famosas, de renomados paisagistas, como é o caso do internacionalmente conhecido e referenciado Burle Marx. E sim de qualquer que seja o projeto paisagístico realizado por um profissional da área, como já citado, que tenha sido realmente pensado visando os três pilares mencionados.

Pontuando os benefícios, no que diz respeito ao bem estar, podem ser citados o relaxamento mental, a conexão com a natureza, e o fato de o ambiente se tornar muito mais agradável na presença de um paisagismo.

Tanto por ser esteticamente mais interessante, quanto por proporcionar maior conforto térmico, tanto em propostas externas, como uma praça pública, quanto internas, como um escritório.

Em uma escala de arborização urbana maior, é possível perceber que, quando há a presença de um projeto paisagístico bem pensado e executado, a cidade se torna mais bonita e agradável. O que minimiza, por exemplo, o calor, e até mesmo auxilia na drenagem natural em um período de chuva.

O que é um importante fator, especialmente nas grandes cidades, nas quais a ação antrópica desenfreada tende a tornar-se tudo cimentado e asfaltado. Muitas vezes, causando transtornos urbanos e muitas inclusive acidentes em detrimento do não escoamento natural.

 

Etapas de um projeto de paisagismo

O Projeto de Paisagismo se divide em algumas etapas, tendo início na fase de Pesquisa, a fim de construir o repertório teórico do profissional que o realizará. Antecedendo o momento da Conceituação, na qual surgem os primeiros esboços e versões do projeto, que depois vêm a se tornar a projeto final.

Esse que irá conter todos os elementos escolhidos e pensados de acordo com todas as características mencionadas anteriormente, além da problemática do projeto em si.

E por último, a etapa da Representação, onde são apresentados todos os detalhes técnicos e artísticos essenciais à compreensão do projeto.Tais como as alturas, larguras, volumes e materiais, através de plantas e cortes, em especial, para que a execução fiel e o projeto cumpra com todas as necessidades e especificidades observadas.

 

Tipos de projeto de paisagismo

Existem várias formas de se trabalhar projetos de paisagismo, tanto públicos como privados, como é o caso do Paisagismo Residencial, que tem caráter privado. E pode tornar melhor o cotidiano de toda uma família, a partir daquelas vantagens já citadas.

Para este tipo de paisagismo, ainda que de caráter privado, pode ainda auxiliar na integração da residência com o espaço público, como em relação à rua, por exemplo. Ou ainda ao condomínio ao qual faz parte, já que soma à própria edificação um aspecto mais agradável confortável e visualmente.

 

Projeto de Paisagismo

 

Já em relação ao paisagismo em obras de caráter público, podem ser citadas as Praça. Que com a presença do projeto, podem se tornar lugares agradáveis e servirem para todos os propósitos aos quais se propõem.

Como por exemplo, enquanto um local agradável e tranquilo de permanência, que pode ser proporcionado pelo uso da vegetação (como árvores) em conjunto ao mobiliário urbano (como bancos).

Neste mesmo contexto, podem ser ainda citadas as próprias Ruas, que para além de locais de circulação, podem se destacar por seu paisagismo, em meio ao cotidiano das pessoas na cidade.

Podendo ainda servir de ferramenta para diminuir a discrepância entre os ambientes destinados a veículos e pedestres, sendo estes últimos bastante prejudicados nos locais onde mal têm calçada.

O que torna ainda maior a necessidade de uma passagem mais agradável, mesmo que com um pequeno canteiro, mas que tenha sido de fato projetado para atender a este propósito.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Entende- se que o paisagismo é a integração do homem com a natureza, facultando-lhe melhores condições de vida pelo equilíbrio do meio ambiente. Ele abrange todas as áreas onde se registra a presença do ser humano.

Até mesmo nos desertos só é notada a presença dos seres humanos nos oásis, onde existe vegetação nativa ligada à água. Desde as áreas rurais até as regiões metropolitanas, o paisagismo deve atuar como fator de equilíbrio entre o homem e o ambiente.

Paisagismo e Arborização Urbana

Pós-graduação ambiental: as 7 mais procuradas!

Pós-graduação ambiental: as 7 mais procuradas!

Devido ao aumento da preocupação com questões como as mudanças climáticas, a utilização e a preservação dos recursos naturais. E, ainda, o desenvolvimento das tecnologias limpas e de uma cultura de consumo consciente. A sustentabilidade ambiental tem se tornado o assunto da vez. Por isso hoje viemos te falar sobre pós-graduação ambiental para trabalhar com sustentabilidade .

Nesse cenário, cresce também a demanda por profissionais que sejam especialistas no tema. Abrindo portas para boas e diversificadas oportunidades de trabalho em diferentes tipos de empresa.

Pensando nisso, preparamos este post para que você conheça as possibilidades de carreira no segmento. Listamos os principais cursos de pós-graduação ambiental para quem quer se especializar e garantir um bom diferencial para o currículo. Confira!

 

Pós-graduação ambiental: as 7 mais procuradas!

 

1. Paisagismo e arborização urbana

A pós-graduação em Paisagismo e Arborização Urbana tem como objetivo desenvolver uma visão mais estratégica. E habilidades que permitam ao profissional gerir um município de forma eficaz e ambientalmente responsável. Além de apresentar e implementar propostas com foco na sustentabilidade.

Para isso, as disciplinas apresentam estudos de caso, conteúdos que englobam o conceito de sustentabilidade. Sua relação com a sociedade, perspectivas de mercado e mudanças globais. Além de oferecer ferramentas que permitem aplicar os conhecimentos adquiridos na gestão das cidades.

 

Paisagismo e Arborização Urbana

 

2. Licenciamento e gestão ambiental

A preocupação crescente com os impactos das empresas, no meio ambiente, as leis ambientais cada vez mais rígidas. Bem como a evolução da inquietação da sociedade a respeito da responsabilidade ambiental tem potencializado o número de processos de licenciamento ambiental no Brasil.

Atualmente, os procedimentos de licenciamento ambiental estão sendo descentralizados, o Estado e Município têm ingressado nessas atividades, criando forte demanda por profissionais qualificados.

 

3. Geoprocessamento e gestão ambiental

A necessidade humana em adquirir informações e conhecimentos sobre a distribuição geográfica dos recursos naturais sempre foi uma constante no desenvolvimento das diversas civilizações.

Com o desenvolvimento tecnológico, normal em todo processo de desenvolvimento, surge o geoprocessamento como importante ferramenta para auxiliar no tratamento das informações geográficas. E, assim, favorecer melhores análises e interpretações de dados ambientais que influenciam diretamente as tomadas de decisões em diversas áreas ligadas às ciências naturais e da Terra.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

4. Irrigação

Com foco especificamente voltado à questão hídrica na agronomia. A pós em Irrigação envolve disciplinas como irrigação, gestão de águas urbanas e recursos hídricos, barragens e reservatórios. Além de conhecimentos sobre a legislação específica da área.

Dessa forma, os profissionais estarão habilitados a desenvolver projetos ligados à qualidade da água utilizada na irrigação. Bem como o uso consciente e o reaproveitamento desse recurso na agroindústria.

 

Irrigação

 

5. Silvicultura

Como o próprio nome indica, a pós-graduação em silvicultura tem como objetivo preparar o profissional para atuar no manejo de florestais, além de garantir a sustentabilidade dos ecossistemas florestais.

Para isso, reúne disciplinas que apresentam conteúdos atuais sobre a situação das florestas, a legislação vigente para o segmento, bem como as estratégias para permitir um uso sustentável dos recursos por parte das indústrias.

 

6. Construções sustentáveis e ecourbanismo

Voltada aos profissionais de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo, o curso Construções Sustentáveis e Ecourbanismo tem o objetivo de promover o estudo e o desenvolvimento de projetos de construções sustentáveis — ecovilas, bairros e cidades ecológicas —, levando em consideração os novos contextos ambientais, econômicos e culturais.

Para isso, a grade curricular engloba conhecimentos de gestão de águas urbanas, resíduos e energias renováveis, assim como tecnologias sustentáveis em bioarquitetura e ecourbanismo.

 

7. Gestão ambiental de empresas

Com foco nos profissionais que atuam na área administrativa em grandes, médias e pequenas organizações, a pós-graduação em Gestão Ambiental de Empresas traz conhecimentos essenciais para o dia a dia dos empresários, como auditoria, certificação, legislação e responsabilidade corporativa.

Assim, é possível capacitar os alunos para ocupar cargos de liderança, implementando e acompanhando projetos de sustentabilidade com sucesso em suas companhias, independentemente de seu segmento de atuação no mercado.

Escrito por Josnei Moreira.

Plataforma Agropós