(31) 9 8720 -3111 contato@agropos.com.br
Plantadeira de milho: veja algumas dicas importantes!

Plantadeira de milho: veja algumas dicas importantes!

O plantio mecanizado de milho exige atenção sobre vários fatores que, inclusive, podem interferir na produtividade e nos lucros.  Entre eles está o uso da plantadeira de milho. Atualmente, existem disponíveis no mercado diversos sistemas de distribuição de sementes, marcas e modelos. Neste artigo vamos abordar a fundo sobre esse assunto.

Acompanhe!

 

Plantadeira

 

Sem dúvida, a cada dia que passa a indústria de máquinas agrícolas apresenta novidades em equipamentos. De fato, esse mercado movimenta o país e vem crescendo através de maquinários com muita tecnologia, inovação e funcionalidade.

Hoje, existe uma infinidade de equipamentos no mercado, como a máquina plantadeira, por exemplo, que reduz significativamente os esforços humanos e o tempo do plantio, oferece mais agilidade e produtividade na semeadura.

Assim, saber escolher a máquina mais adequada a cada caso constitui importante cuidado a ser observado por todo produtor. Então, aproveite este artigo para conhecer um pouco mais sobre essa máquina agrícola capaz de garantir boas produtividades.

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

O que é uma plantadeira de milho?

Plantadeira de milho é a máquina que se acopla ao trator para realizar a semeadura da cultura, após o preparo do solo no cultivo tradicional.

É constituída, entre outros, por uma série de engrenagens que, basicamente, conduzem, distribuem as sementes nos sulcos de plantio e fazem a cobertura.

Uma plantadeira de milho, a rigor, seria mais corretamente chamada de semeadeira. No dia a dia, no entanto, consolidou-se a linguagem coloquial e, no caso do milho, os dois termos tornaram-se sinônimos.

As principais funções da plantadeira de milho podem ser assim descritas:

  • armazenamento das sementes no reservatório da máquina;
  • preparo do leito de semeadura;
  • liberação controlada e condução das sementes para distribuição;
  • distribuição das sementes nos sulcos de plantio;
  • cobertura das sementes com o solo;
  • adensamento do solo ao redor das sementes.

Essas diferentes funções da plantadeira de milho requerem que disponha de alguns recursos. Assim, são indispensáveis os seguintes componentes do maquinário:

  • sulcadores;
  • controladores de profundidade;
  • cobridores de sulco;
  • reservatório de sementes;
  • tubos condutores;
  • marcadores de linha;
  • rodados.

 

 

Qual a diferença entre plantadeira e semeadeira?

“Semeadeira” e “plantadeira” são termos populares utilizados para diferenciar dois tipos de máquinas agrícolas.

Houve então uma necessidade de padronizar os termos usados para designar máquinas agrícolas e em 2011 surgiu um fórum de discussão da área de Máquinas e Mecanização Agrícola, com o tema “Terminologia de Máquinas Agrícolas” inserido na programação do Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola- CONBEA, organizado pela Associação Brasileira de Engenharia Agrícola. – SBEA.

A partir dessa discussão, foi criado um documento com termos associados ao campo de conhecimento em máquinas agrícolas, para ser utilizado como padronização para a área, principalmente em documentos e publicações técnico-científicas.

Portanto, dividiu-se em 3 categorias de acordo com sua função:

 

Semeadora

Máquina agrícola que, quando acoplado a um trator agrícola, pode realizar a operação de semeadura, ou seja, introdução no solo de sementes pequenas. Ex: feijãosojamilhosorgotrigo, aveia, etc.

Os termos “semeadeira” e “plantadeira”, se tratam da mesma máquina: a semeadora, pois, ambas distribuem sementes. Resumindo, temos: “semeadeiras” igual à semeadoras de fluxo contínuo e “plantadeiras” igual à semeadoras de precisão.

 

Plantadora

Máquina agrícola que, quando acoplada a um trator agrícola, pode realizar a operação de plantio de culturas ou sementes graúdas, ou seja, introdução no solo de partes vegetativas de plantas, como toletes, manivas e tubérculos. Ex: cana-de-açúcar, mandioca, batata.

 

Transplantadora

Máquina agrícola que, quando acoplada a um trator agrícola, pode realizar a operação de transplantio, ou seja, introdução no solo de plantas no estágio inicial (mudas). Ex: café, eucalipto e outras que utilizam mudas.

Em resumo, quando a máquina é responsável por introduzir sementes no solo, chama-se semeadora. Já plantadora é o nome dado à máquina que dose ou distribui partes vegetativas, de culturas como batata, cana-de-açúcar e mandioca.

 

Checklist agrícola

 

Por que ter uma plantadeira de milho na propriedade?

De modo geral, o emprego adequado do maquinário agrícola se traduz em maior produtividade na lavoura.

No caso da cultura do milho, a utilização de uma plantadeira também facilita a condução dos trabalhos, e os benefícios transparecem nos resultados que se consegue alcançar. Nesse sentido, leve em conta que uma plantadeira de milho permite, entre outras coisas:

  • uniformização do estande de plantas;
  • maior rendimento do trabalho de semeadura;
  • possibilidade de distribuição do fertilizante na mesma operação de plantio;
  • melhor aproveitamento em janelas de plantio cada vez menores;
  • maior facilidade no planejamento da semeadura;
  • facilidade de regulagem para fins de adequação da densidade de plantio;
  • maior produtividade da lavoura;
  • menor demanda por mão de obra para o plantio.

 

Tipos de plantadeira de milho

Existem três tipos de máquinas de plantio direto: enxada rotativa, discos e facas:

 

Plantadeira com enxada rotativa

Realiza uma boa distribuição em faixa, além de ser bastante resistente. Para as culturas de milho, a semente é lançada rente ao solo, atrás das lâminas.

No entanto, apresenta algumas desvantagens, como a necessidade de tratores de alta potência. Em solos abrasivos, as lâminas se desgastam rapidamente e, no caso de solos ondulados, o trabalho de distribuição é mais difícil. Outro ponto negativo é o rendimento consideravelmente baixo.

 

Plantadeira com discos

A maioria dos equipamentos com sistema de disco disponíveis no mercado são de arrasto. Consequentemente, a penetração no solo é feita de maneira individual por conta dos discos de corte serem montados na barra porta-ferramenta que acompanham as pequenas ondulações do terreno.

O sistema de disco utiliza tratores de menor potência e o seu sucesso depende do quanto o solo está úmido no momento do plantio.

 

Plantadeira com facas

É o sistema mais simples e barato que existe, sendo utilizado em plantadeiras convencionais para plantio direto.

Nesse sistema, existem dificuldades como movimentação excessiva do solo, alto consumo de combustível, maior formação de torrões (principalmente em condições mais secas), má colocação de sementes, problemas de funcionamento com herbicida residual e também com o embuchamento, onde há muita palha.

Vale ressaltar que algumas modificações na plantadeira de milho convencional já elimina boa parte desses problemas.

No caso das áreas de plantio direto de milho, deve-se empregar plantadeiras com sulcadores (facão), para eliminar compactações na linha e colocar o adubo em maior profundidade.

 

Como escolher a plantadeira de milho ideal?

Uma das dúvidas mais comuns na hora da compra de uma plantadeira de milho é como escolher a máquina ideal. A escolha certeira irá depender da sua necessidade.

Confira abaixo algumas dicas para acertar na hora da compra:

  • Escolha um modelo que caiba no seu bolso. Não se esqueça que os equipamentos devem passar por manutenção constante e, caso ocorra uma quebra ou mesmo um defeito de equipamento durante a operação, é necessário ter dinheiro em caixa para providenciar o rápido concerto, ou mesmo a troca, da plantadeira;
  • Hoje em dia existem bons programas de financiamento de máquinas agrícolas, o que facilita a compra de equipamentos novos. Mas nada impede a aquisição de uma plantadeira usada. Apenas se atente aos índices da máquina para tomar essa decisão;
  • Não deixe de calcular os dias uteis dentro da janela de plantio e da área a ser semeada;
  • Fique atento as condições e termos de pagamento, assim como ao estado de conservação e ao suporte oferecido pelo revendedor;
  • Tenha um estoque das principais peças da plantadeira de milho, para troca imediata, sempre que necessário e sem depender da disponibilidade de atendimento do revendedor;
  • Escolha modelos fáceis de serem operados e regulados. Uma máquina menor e bem regulada pode realizar um melhor trabalho do que uma plantadeira maior e mal regulada.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A produção de milho no Brasil sempre ocupou importante posição, sobretudo com relação à possibilidade do milho safrinha.

A disponibilidade de uma plantadeira de milho na propriedade é indispensável para que se consiga otimizar a produção dentro da janela de plantio existente.

Neste artigo abordamos a importância da plantadeira e até mesmo alguns cuidados indispensável.   Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

Pendão de milho: tudo o que você precisa saber!

Pendão de milho: tudo o que você precisa saber!

Fileiras de talos verde-claros de milho enchem os campos durante os meses de verão. Com o progresso dessa estação, ramificações florais crescerão na ponta de cada haste, podendo permanecer na planta ou ser removidas. Esses pendões possuem um propósito muito específico no ciclo de vida do pé de milho. Com isso preparamos esse artigo onde vamos abordar tudo que você precisa saber sobre o pendão de milho.

Vamos lá!

 

Pendão de milho: tudo o que você precisa saber!

 

Em toda atividade agrícola, em especial a de grãos, o foco é produzir cada vez mais. O milho atualmente é a cultura mais produzida no mundo, atingindo nos últimos anos uma produção mundial na média de 1,1 bilhões de toneladas.

A expectativa de melhora do cenário produtivo do milho não depende somente de boas condições climáticas.  Mas também de ter boas informações da sua cultura de interesse.

Com isso é de extrema importância o produtor saber sobre o pendão do milho. E todo o processo de polinização. Abaixo vamos abordar da importância do milho a todo ciclo da planta, além de abordar a fundo sobre o pendão do milho.

 

 

Produtividade média de milho no Brasil

Antes de responder à pergunta desse tópico do texto é importante pontuar que a produção de milho é dividida em dois momentos. Conhecido também como 1ª e 2ª safra.

Sendo assim haverá uma produtividade média dentro de cada situação e momento de produção de milho no Brasil.

Mas para responder essa pergunta de maneira mais objetiva utilizaremos dos dados fornecidos pelo observatório agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).

Onde o 9º levantamento referente a safra de 2020/21 aponta uma diminuição de 12,3% da média de produtividade do país atingindo 4,858 kg/ha.

Redução que se justifica devido a condições de climas adversas durante esse ano, que acabou atrasando operações de semeadura e colheita.

Já para o cenário da segunda safra de milho as projeções produtivas são baixas devido as condições de seca nos principais estados produtores.

 

Afinal, o que é pendão de milho?

Um pendão de milho é a flor macho na planta. Ele é formado por um grupo de flores pedunculadas que cresce no ápice ou topo da haste do milho. Esses pendões têm cores amareladas, verdes e roxas.

Cada pé de milho desenvolverá esse pendão no topo assim que completar o seu crescimento principal e chegar o momento das espigas de milho começarem a brotar.

O pendão produz pólen. Esse pólen é o que faz com que a espiga de milho brote e amadureça. Ele cai do pendão e é levado pelo vento até a seda das espigas, que é a flor fêmea do pé de milho.

 

Afinal, o que é pendão de milho?

 

Quanto tempo leva para soltar o pendão de milho?

A emissão do pendão acontece dois a quatro dias antes da exposição dos “cabelos”. De 10 a 12 dias após o aparecimento do pendão, cerca de 70% das espigas apresentam exposição dos cabelos. O período de liberação do pólen estende-se por uma a duas semanas.

 

Fenologia do pendão de milho 

O ciclo da cultura do milho pode ser dividido em três grupos:

  • superprecoce: até 110 dias;
  • normal: entre 110 e 145 dias;
  • tardio: maior que 145 dias.

Independente do ciclo, o desenvolvimento da cultura do milho (como o da maioria das culturas anuais) pode ser dividido em dois estádios: o vegetativo e o reprodutivo.

O que muda na fenologia da planta de milho em relação ao ciclo é o tempo de duração dos estádios fenológicos.

 

Conheça mais sobre a folha de milho!

 

O estádio vegetativo começa com a germinação e emergência e termina com o pendoamento. A partir do pendoamento, começam os estádios reprodutivos, que terminam no ponto de maturidade fisiológica do grão.

No geral, os estádios vegetativos são diferenciados pela quantidade de folhas da planta, e os reprodutivos pelo desenvolvimento da espiga.

 

Estádio vegetativo do milho

Os estádios vegetativos começam no VE e terminam no VT. Ocorrem vários estádios entre o início e o final da fase vegetativa.

 

VE

VE compreende a germinação das sementes e a emergência das plântulas de milho.

Nessa fase, é preciso ficar atento à profundidade e uniformidade de semeadura, temperatura (ideal entre 25°C e 30°C) e à disponibilidade de água adequada.  Estes são fatores fundamentais para uma emergência rápida e uniforme das plântulas.

 

Estagio Vegetativo

(Fonte: Forplant)

 

V3 a V5

De V3 a V5, a planta ainda é pequena, com o ponto de crescimento abaixo do solo. Neste período ocorre a definição do potencial produtivo da planta. No estádio V4, a perda de folhas pode reduzir a produtividade em 6% a 14%.

Em V5 já foi definida a quantidade de folhas e espigas que a planta irá formar, e a base de crescimento ainda se localiza abaixo da superfície do solo. Por isso, a temperatura do solo muito baixa pode prolongar o ciclo da cultura.

Falta e excesso de água são fatores importantes nesse momento. A falta irá prolongar mais os estádios vegetativos, e o excesso pode levar a planta à morte caso afete a gema apical (ponto de crescimento).

 

Solos no Brasil

 

V6 a V10

No estádio V6, com seis folhas totalmente desenvolvidas, o ponto de crescimento e o pendão estão acima do nível do solo. Isso reflete no crescimento mais rápido da planta. Além disso, o sistema radicular está em pleno funcionamento.

A adubação nitrogenada em cobertura deve ser realizada até estes estádios, pois no período entre V9 e V10 há maior necessidade da cultura.

Em V8, é definido o número de fileiras de grãos na espiga, e o excesso de água nesse período pode trazer prejuízos na produção.

Caso ocorra chuva de granizo, geada, ataque de pragas ou doenças que afetam grande parte da área foliar, há perda de produtividade de 38% a 62%.

De V9 a V10, os órgãos florais iniciam um rápido desenvolvimento. E, a partir de V10, o tempo de um estádio a outro diminui, além de aumentar a necessidade por água.

 

V12 a V18

Em V12, o tamanho e o número de grãos em potencial de cada espiga é definido. Os estilos-estigmas, que são os cabelos do milho, começam a se desenvolver em V17.

A falta de água nessas duas semanas antes e duas semanas depois do florescimento e enchimento de grãos pode causar redução de 22% de produtividade.

 

VT ou pendoamento

O estádio VT (ou pendoamento) é definido quando o último ramo do pendão está completamente visível e os “cabelos” ainda não tenham emergido da espiga. A duração deste estádio até R1 depende do cultivar ou do híbrido utilizado.

Falta de chuva e temperaturas acima de 35℃ podem reduzir a formação de grãos de pólen. Isso causa falha na formação de grãos na espiga.

 

Estagio reprodutivo do milho

 

Estádio R1 (floração)

O estádio R1 começa quando as sedas de qualquer estilo-estigma são visíveis fora da espiga.

A polinização ocorre quando os grãos de pólen libertados caem num dos estilos-estigmas levando, cada grão de pólen a fertilizar o óvulo através do tubo polínico, num período aproximadamente de 24 horas.

 

Estádio R2 (grão leitoso de 10-14 dias após a floração)

Os grãos no estádio R2 são brancos externamente e lembram uma bolha na sua forma. O amido acumula-se no endosperma, que possui um abundante fluido interno de cor clara e o minúsculo embrião.

Os grãos começam um período de rápido e constante acumulação de matéria seca ou de enchimento. Este rápido desenvolvimento dos grãos continuará até próximo do estádio R6.

 

Estagio Reprodutivo do Milho

(Fonte: Passei direto)

 

A maturação fisiológica ocorre pouco depois do desaparecimento da linha de leite e um pouco antes da formação da camada preta na ponta das sementes. A linha de leite desaparece e a camada negra forma-se.

É a partir deste momento que se dá o fim da acumulação de matéria seca nos grãos e se inicia o processo de senescência natural das folhas das plantas, começando por isso a perder gradualmente a sua coloração verde característica.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

É inegável que o milho é um dos mais importantes produtos do setor agrícola no Brasil e se destaca pela sua versatilidade e importância econômica em vários setores, sendo na indústria, na alimentação humana e animal.

Com isso é muito importante que os produtores conheçam a fundo sobre seus estágios fenológico. Neste artigo podemos aprofundar sobre o pendão do milho e onde ocorre toda sua trajetória no período vegetativo.

Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Escrito por Michelly Moraes.

Saiba tudo sobre a produção de silagem de milho por hectare!

Saiba tudo sobre a produção de silagem de milho por hectare!

A silagem de milho consiste no armazenamento da forragem, utilizada na alimentação do gado leiteiro e gado de corte. Inclusive, no Brasil, a cultura mais utilizada é o milho, por fornecer bastante energia e também proteína para os rebanhos. Neste artigo iremos abordar tudo que precisa saber sobre a produção de silagem de milho por hectare. Quer ficar por dentro?

 

Saiba tudo sobre a produção de silagem de milho por hectare!

 

O milho representa uma das principais espécies de forrageiras utilizadas para ensilagem devido ao ótimo valor nutritivo, elevado teor de açúcar solúvel e, principalmente, elevada produtividade.

Observar seu rebanho vistoso, bem nutrido, hidratado e saber que estão plenamente saudáveis é muito prazeroso, não é mesmo?

Mas para isso, temos que saber a produção de silagem por hectares, afinal quando se trata de quantidade precisamos se ter cautela para não perder na produtividade.

Neste artigo iremos abordar tudo que você produtor precisa saber sobre essa produção por hectare.

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

Por que se faz silagem de milho?

A resposta a essa pergunta engloba cinco motivos principais:

  • Alta produção de massa por hectare, o que viabiliza até pequenos produtores a utilizarem silagem de milho;
  • Alta qualidade nutricional. Existem outras culturas que fornecem uma massa muito alta também, mas o milho, além disso, possui também uma qualidade nutricional muito elevada que permite uma alta produção de leite.
  • “Fácil” manejo de cultura, de forma que tanto produtores iniciantes como os mais experientes conseguem produzir bem.
  • Facilidade de fazer a ensilagem. Com poucos recursos e poucos equipamentos, e com baixo custo, é possível fazer essa forragem conservada.
  • Baixo custo por quilo de matéria seca em comparação a outros alimentos. Apesar de exigir um alto investimento por hectare, o custo acaba sendo bastante interessante devido à alta produção.

 

Afinal, o que é a silagem de milho?

A silagem é uma prática para armazenamento da forragem. Esse processo garante que a perda nutricional da forragem seja pequena, e permite com que o alimento seja armazenado por um longo período, graças a uma fermentação controlada durante o processo.

Nem sempre o pasto está em condições de alimentar todo o gado da fazenda, e a nutrição adequada é um dos pontos mais importantes para produção pecuária, seja na pecuária leiteira ou na pecuária de corte.

O produtor tem muitas opções na hora de escolher como a silagem será produzida. Dependendo do tamanho da produção e da demanda de forragem, alguns tipos de silagem podem ser melhores.

São três os principais:

  • Silagem em trincheiras
  • Silagem de superfície
  • E a silagem em bolsas

 

Silagem em trincheiras

Sem dúvida é o tipo de silo mais utilizado no Brasil para conservação de silagens de milho planta inteira.  Veja abaixo as características do silo trincheira 

  • tem forma trapezoidal;
  • base menor ao fundo do silo;
  • largura do topo tem, no mínimo, 0.5 m a mais que a largura do fundo;
  • inclinação deve ser de 25%;
  • altura ou profundidade deve ter entre 1,5m a 3,0m;
  • tem baixo custo de produção.

Esse tipo de silo, possibilita boa taxa de compactação (acima dos 650 kg/m³), menor gasto de lona por tonelada de silagem armazenada e um baixo custo de construção da trincheira quando feita apenas de terra.

Como calcular as dimensões do silo trincheira?

  • Área da face do silo = Gasto diário (1500 kg) ÷ fatia de corte (250 kg/m²) = 6 m²
  • Altura do silo = área da face do silo (6 m²) ÷ Largura do silo (4 m) = 1,5 m

Não recomendamos fazer paredes laterais inclinadas, a menos que ocorra possibilidade de desmoronamento.

O comprimento do silo vai depender da quantidade de silagem a ser armazenada, das condições topográficas do terreno e da densidade da silagem (Utilize 650 kg/m³ para realizar cálculos).

Devemos possuir no momento da ensilagem peso de máquinas compactando equivalente a 40% da quantidade de milho picado que chega no silo por hora para termos uma excelente compactação.

 

Checklist agrícola

 

A silagem de superfície

Na impossibilidade em se construir trincheiras para o armazenamento da silagem o produtor pode usar silos do tipo superfície. Os silos superfície, praticamente não envolvem custo com estrutura.

No silo superfície, o material é depositado e compactado acima do plano do terreno. Nesse tipo de silo, devemos estar atentos para manter a relação largura: altura de 3 pra 1. Isso significa que a cada 3 metros de largura o silo deve ter 1 metro de altura.

Nos silos superfície, o gasto de lona por tonelada de silagem armazenada geralmente é maior quando comparado com silos trincheira. Esse maior gasto de lona é devido a menor densidade da silagem e a maior área a ser coberta.

 

Silagem em bolsa

A escolha do tamanho da embutidora e da bolsa (6 ,9, 12 pés ou qualquer outra largura), deve partir da demanda diária de silagem necessária para tratar os animais.

Essa avaliação é fundamental para garantirmos um correto manejo do painel. Precisamos manter uma fatia de corte de pelo menos 30 cm/dia ou 250 kg/m² de painel no caso de silagem de milho planta inteira. Para grão úmido, retirar pelo menos 15 cm/dia de fatia de corte.

A densidade de uma silagem de milho planta inteira bem compactada, oscila entre 500 e 600 kg/m³ e de grãos úmidos entre 1000 e 1200 kg/m³ em silos tipo bolsa. Do ponto de vista de qualidade higiênica e de fermentação, os silos tipo bolsa são muito eficientes.

O revestimento total da massa ensilada pela lona, evita o contato com a terra, melhorando o perfil de fermentação e diminuindo a chance de contaminação por microrganismos indesejáveis como os clostrídios, que estão presentes no solo.

 

Qual a maior produção de silagem de milho por hectare?

Tomando como base os dados presentes no sétimo levantamento realizado na safra 2018/19. Podemos responder a essa questão quanto a produtividade do milho considerando as safras e macrorregiões do Brasil.

Dessa forma falaremos inicialmente de como é o cenário dos melhores índices da produção de milho no Brasil na primeira safra.

Onde as regiões sul e centro-oeste se destacam atingindo 7,57 e 8,10 kg/ha de produtividade, índices maiores do que a média do país (5,27), no momento em questão.

Contudo, tais índices de produtividade não refletem necessariamente nesse momento de primeira safra em uma produção elevada, a qual atingiu 25,87 mil toneladas de milho.

Já quando analisamos os mesmos parâmetros só que dessa vez para o milho produzido de segunda safra, podemos constatar o seguinte cenário produtivo.

O centro-oeste e sul ainda seguem com os maiores índices de produtividade com 5,93 e 5,71 kg/ha, respectivamente.

E que apesar de serem valores menores de produtividade em comparação com os índices vistos para a primeira safra. A produção total de milho acaba sendo maior atingindo 68,13 mil toneladas de milho.

Esse fator se justifica também devido ao fato do milho de segunda safra ser plantado em uma área total de 12,23 mil/ha, praticamente três vezes mais da área planta na primeira safra.

 

Qual o custo da produção de silagem de milho por hectare?

O custo total da silagem por hectare gira em torno de R$ 5.000 a R$ 6.500, incluindo gastos com insumos; preparo do solo; plantio; tratos culturais; colheita e ensilagem; depreciação e outros.

Porém, esse valor é maior ou menor dependendo da região e nível de tecnologia empregada. Por isso, é importante que o produtor tenha seus custos na palma da mão para obter o máximo de rentabilidade.

A média de produção do milho para silagem é de 30 a 40 toneladas de matéria seca por hectare.

Além do total produzido, é muito importante que o processo de ensilagem seja feito de forma a manter a qualidade do alimento para compensar o investimento feito.

 

Qual a quantidade de silagem para o gado?

  • Vacas Leiteiras: até 20 kg/cabeça ao dia ou cerca de 3% do peso vivo;
  • Vacas Secas:9 a 15 kg, por cabeça ao dia;
  • Touros:1,5% do peso vivo;
  • Bezerros e novilhas:5 a 6 kg ao dia;
  • Gado em engorda: em torno de 3% do peso vivo.

 

Plataforma Agropós

 

Planejamento e cuidados

Mas é importante ter um bom planejamento para saber quanto lucraria caso investisse o dinheiro em outro segmento.

É muito importante ter sempre o dinheiro necessário para renovação de estrutura, maquinário e implementos que são a base para uma boa produção

Além disso, é preciso considerar que podem ocorrer perdas de 10% a 30% devido ao processo de fermentação ou a práticas de manejo inadequadas.

 

Conclusão

O milho silagem é uma importante estratégia para alimentação de bovinos em regiões com períodos de baixa produtividade de pastagens ou como complemento alimentar.

Porém, é de suma importância que o produtor tenha um bom planejamento e cuidados para produção de silagem de milho por hectare.

Espero que esse artigo tenha colaborado, se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Escrito por Michelly Moraes.

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

Adubo para plantio de milho: entenda como alcançar altas produtividades!

Adubo para plantio de milho: entenda como alcançar altas produtividades!

Uma das etapas mais importantes de uma lavoura de milho é o seu plantio. É onde se define o potencial produtivo da cultura. A recomendação de adubação para esta cultura deve levar em consideração os teores disponíveis no solo e extraídos pela planta. Com isso preparamos esse artigo onde vamos falar tudo sobre o adubo para plantio de milho. Quer ficar por dentro de tudo?

Venha Comigo!

 

Adubo para plantio de milho: entenda como alcançar altas produtividades!

 

O Brasil é o 3º maior produtor mundial de milho, sendo que a produção total de milho na safra 2018/2019 foi de aproximadamente 99,984 milhões de toneladas, com uma produtividade média nacional de 5,7 toneladas ha-1.

A importância econômica dessa cultura está relacionada ao seu uso na alimentação animal, na produção de biocombustíveis, bebidas, polímeros etc.

Dessa forma, de maneira a se obter maiores produtividades é interessante que se conheça as exigências nutricionais da cultura do milho, bem como a adubação voltada a alta produtividade da cultura.

Com isso preparamos esse artigo para auxiliar o agricultor a entender a fundo sobre a adubação no plantio do milho.

 

 

Importância da cultura de milho

A importância econômica do milho é caracterizada pelas diversas formas de sua utilização, que vai desde a alimentação animal até a indústria de alta tecnologia.

Na realidade, o uso do milho em grão como alimentação animal representa a maior parte do consumo desse cereal.

O uso do milho em grão na alimentação humana, apesar de não ter uma participação muito grande, caracterizado principalmente por seus derivados, constitui fator importante de uso desse cereal em regiões com baixa renda.

Em algumas situações, o milho constitui a ração diária de alimentação, como ocorre no Nordeste do Brasil, em que o milho é a fonte de energia para muitas pessoas que vivem no semi-árido.

A importância do milho não está apenas na produção de uma cultura anual, mas em todo o relacionamento que essa cultura tem na produção agropecuária brasileira, tanto no que diz respeito a fatores econômicos quanto a fatores sociais.

Pela sua versatilidade de uso, pelos desdobramentos de produção animal e pelo aspecto social

 

Características do milho

O milho pertence à família das Poáceas (antiga família das gramíneas). É uma espécie anual, estival, cespitosa, ereta, com baixo afilamento, monóico-monoclina, classificada no grupo das plantas C-4, com ampla adaptação a diferentes condições de ambiente.

Para expressão de seu máximo potencial produtivo, a cultura requer temperatura alta, ao redor de 24 e 30°C, radiação solar elevada e adequada disponibilidade hídrica do solo.

As espiguetas masculinas são reunidas em espigas verticiladas terminais. O grão do milho é um fruto, denominado cariopse, em que o pericarpo está fundido com o tegumento da semente propriamente dito.

As espiguetas femininas se soldam num eixo comum em que várias ráquis estão reunidas (sabugo) protegidas por brácteas (espiga de milho). A flor feminina apresenta um único estigma (barba-do-milho).

 

Adubo para plantio de milho: NPK

Como qualquer outra planta, o milho necessita de nutrientes para seu desenvolvimento, tanto foliar, quanto do grão.

Esses nutrientes desempenham papéis diferentes nas plantas, agindo em diferentes tipos de crescimento, desenvolvimento, e fases da planta. Separamos três dos principais nutrientes mais consumidos e exportados pelo milho, dá uma olhada:

 

Nitrogênio

Está diretamente ligado à produção de biomassa e de grãos. A adubação nitrogenada pode ser feita parcelada, sendo que uma parte deve ser realizada logo na semeadura, e a outra parte em cobertura, antes da fase V5, para auxiliar na definição de fileiras e enchimento de grãos.

 

 Potássio

É o segundo nutriente com maior quantidade nas plantas, e é responsável pela formação foliar sadia, crescimento radicular e rendimento.

O milho absorve esse nutriente nas fases iniciais, até antes do florescimento, sendo assim, é recomendada a aplicação durante o plantio, e no máximo 30 dias após.

 

Checklist agrícola

 

Fósforo

É o nutriente que as terras agrícolas brasileiras mais são deficientes. Os adubos fosfatados aplicados ao solo se tornam disponíveis para as plantas por um certo tempo. Mas, logo as plantas não conseguem dependerá da análise de solo, e a forma de aplicação pode variar muito de produtor para produtor.

Além desses nutrientes citados, existem aqueles que a plantas extraem e exportam em menores quantidades (mas não são menos importantes), e que só será possível saber a sua real necessidade de adubação através da análise de solo.

 

Macronutrientes como adubo para milho

 

Enxofre (SO4)

O enxofre muitas vezes é negligenciado nos sistemas de produção. A utilização de fertilizantes cada vez mais concentrados e perca de matéria orgânica devido a práticas inadequadas de cultivo vem fazendo que sua disponibilidade caia nos solos ano após ano.

No entanto, é um nutriente bastante significativo para a cultura do milho, sendo que sua extração pode chegar a 20 a 40 kg de enxofre na forma de sulfato (SO4) por hectare para milho utilizado com silagem.

 

Cálcio (Ca) e magnésio (Mg) 

O Cálcio e o Magnésio apresentam extrações semelhantes pelas plantas de milho. O cálcio extrai de 35 a 30 kg por tonelada de matéria verde, enquanto é extraído de 30 a 25 kg de magnésio por tonelada de matéria verde.

Esses valores são próximos quando pensamos em altas produtividades de grãos.  Para esses dois elementos, a deficiência é verificada em solos muito ácidos onde a prática da calagem ainda é deixada de lado.

 

Micronutrientes para milho

No Brasil, o zinco é o micronutriente mais limitante à produção do milho, sendo a sua deficiência muito comum na região Central do país, onde predominam os solos sob vegetação de cerrado, os quais geralmente apresentam baixo teor de zinco no material de origem.

Nesta condição, a quase totalidade das pesquisas realizadas mostram resposta do milho à adubação com zinco, o mesmo não ocorrendo com os outros nutrientes.

Os métodos de extração e interpretação da análise do solo para micronutrientes ainda não estão bem estabelecidos. Mas alguns trabalhos de calibração têm sido feitos para o zinco com resultados satisfatórios.

 

Adubo para o plantio do milho

Uma vez que a fertilidade do solo tenha sido avaliada, deve-se fazer a recomendação de adubação.

Dessa forma, elaborado com base no comportamento dos nutrientes no solo e na fisiologia e nutrição da cultura consiste em:

  • Pré-plantio: Realização da calagem com o intuito de fornecer cálcio e magnésio e elevar a saturação por bases a 70%. A realização da gessagem, com o intuito de fornecer cálcio e enxofre, e a realização da fosfatagem, com o intuito de elevar os teores de fósforo do solo.
  • Sulco de plantio: No sulco de plantio, sugere-se que sejam fornecidos os nutrientes N, P2O5e K2O através de uma fonte mineral formulada que contenha os micronutrientes boro, cobre, manganês e zinco.
  • Adubação de cobertura: Na adubação de cobertura, sugere-se a aplicação de N e K2
  • Adubação foliar: Os nutrientes recomendados a serem aplicados via foliar são os micronutrientes Mn, Zn e Cu, sendo que a aplicação deve ocorrer ou no estágio vegetativo V4 ou R1.
  • Tratamento de sementes: No que diz respeito ao tratamento de sementes, recomenda-se a aplicação de Zn.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Agora que você conhece algumas informações importantes para a nutrição e adubação da cultura do milho. Pode-se realizar um manejo mais adequado às necessidades da cultura, o que certamente impactará na produtividade da mesma.

E Lembre-se que é preciso manter sempre em dia, e tenha sempre em mente que esse planejamento de adubação é essencial para que na colheita se obtenha bons resultados lucrativos.

Se você gostou desse conteúdo sobre o adubo para plantio de milho e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Silagem de grão úmido: ótima alternativa para seu rebanho!

Silagem de grão úmido: ótima alternativa para seu rebanho!

Neste post veremos alguns pontos importantes sobre esse assunto e em especial a silagem de grão úmido.

Uma boa alternativa para ter sempre a oferta de volumoso para o rebanho, mesmo em tempo de escassez de pasto, se dá através da produção de silagem.

Boa leitura!

 

Silagem de grão úmido: ótima alternativa para seu rebanho!

 

O que é silagem?

É chamado silagem a forragem verde, suculenta, conservada por meio de um processo de fermentação anaeróbica.

As silagens são guardadas em silos. Chama-se ensilagem o processo de cortar a forragem, colocá-la no silo, compactá-la e protegê-la com a vedação do silo para que haja a fermentação.

Mas para isso é necessário armazenar corretamente a forragem para que não haja perda de nutrientes.

O processo de ensilagem garante que a perda nutricional da forragem seja pequena e permite com que o alimento seja armazenado por um longo período, graças à uma fermentação controlada durante o processo.

A silagem é feita através da compactação, seja do milho, sorgo, cana ou capim triturados.

Os silos podem ser de trincheira ou silo de superfície.

 

Como fazer a silagem de grãos úmidos?

O armazenamento de silagem em grão úmido é uma ótima opção a longo prazo, principalmente quando se fala em grãos de milho.

Este processo consiste em estocar somente os grãos da planta de milho.

A colheita é feita com colheitadeira convencional e deve ser realizada quando a umidade dos grãos estiver numa média entre 35 e 45%.

Após a colheita, os grãos devem ser moídos finos, quebrados ou laminados com o objetivo principal de favorecer a compactação.

Os grãos devem ser armazenados em silos tipo bunker, trincheira ou bag’s, bem compactados e cobertos com lona plástica preta ou de dupla face.

Grande parte das propriedades brasileiras incluem silagens de grãos (grãos úmidos, reconstituídos ou espigas) na dieta de bovinos leiteiros ou de corte.

Vários fatores levam a este cenário, mas a principal justificativa é que silagem de grãos potencializa a eficiência alimentar, ou seja, reduz custo de produção com alimentação.

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

Vantagens x desvantagens de se utilizar silagem de grãos úmidos

 

Vantagens:

  • Liberação antecipada da área devido à colheita dos grãos, o que permite que se faça o plantio de uma outra cultura.
  • Redução de perdas no campo, devido ao menor tempo que o milho passa no campo, gerando menos perdas por tombamento. Essa é uma fase crítica, pois após a maturidade fisiológica, quando a planta permanece no campo somente perdendo umidade, há muito risco de tombamento e intensificação das perdas.
  • Menor custo de estocagem, pois não há necessidade de secar o milho.
  • Potencialização da digestão de amido, e por consequência a digestão animal, a eficiência alimentar e o desempenho do animal.

 

Desvantagens:

  • Reduz a oportunidade de comercialização, pois é complexo transportar a silagem de grão úmido de uma propriedade para outra.
  • Aumenta a estocagem de água, devido à umidade dos grãos (35% no grão úmido contra 13% no grão seco).
  • Aumenta o risco de perdas na estocagem, devido à entrada de oxigênio na silagem.
  • Não permite a mistura antecipada de ingredientes da dieta.
  • Aumenta o risco de distúrbio metabólico (acidose).
  • Pode afetar a reprodução das vacas, podendo ser necessário fazer ajustes corretos na dieta para que isso não ocorra.

 

Qual a melhor opção de grão para silagem de grão úmido?

As duas opções mais relevantes para a silagem de grão úmido é o milho e o sorgo, tanto um quanto outro, são excelentes escolhas para se fazer silagem de grão úmido.

Porém, a melhor escolha será baseada em 4 fatores que vamos abordar em detalhes, e que é fundamental na tomada de decisão:

  • Disponibilidade na região – O primeiro deles e mais relevante, qual dos dois é mais fácil a aquisição ou produção na região.
  • Investimento – Qual o investimento terá para produzir a silagem e qual objetivo da produção, se será para consumo na propriedade ou para venda.
  • Finalidade da produção – Como citado acima, esse ponto é importante, pois é necessário traçar quais objetivos para a produção de silagem para que possa avaliar o investimento final.
  • Disponibilidade de equipamentos – Tipo de maquinário que o produtor possui na fazenda ou se será necessário contratar esse serviço.

Todos estes fatores estão interligados e devem ser considerados juntos para que o produtor tome as melhores decisões na confecção de sua silagem de grãos e tenha um produto a um custo justo e com alto valor nutricional.

 

Checklist agrícola

 

Cuidados ao fazer silagem de grão úmido

Para fazer uma boa silagem de grãos é necessário acertar principalmente em duas coisas: processar bem os grãos e ter uma umidade adequada para fermentação.

Sobre a umidade, é necessário fornecer água para as bactérias fermentativas trabalharem adequadamente, quebrando as proteínas para facilitar a digestão do amido.

Desse modo, o ideal é garantir entre 35 e 40 % de umidade nesse material para que a fermentação ocorra de maneira desejada.

 

Plataforma Agropós

 

Sobre o processamento, o aconselhável é que os grãos estejam completamente quebrados, não pode haver grãos inteiros e assim facilitar o processo de fermentação.

 A produção de silagem a partir de grão úmido, requer conhecimento de suas características de adaptação ao meio, formas de utilização, valor nutricional, entre outras.

Portanto, é preciso considerar que o clima, o período do ano, plantas locais, animais e solo podem influenciar no crescimento e qualidade da planta.

Por isso, antes de decidir pelo plantio adequado à propriedade, deve-se analisar alguns aspectos do sistema de produção utilizado, como por exemplo, levar em conta as características das plantas durante o manejo.

Vale salientar, que, ter um profissional técnico com conhecimento na área ajudará muito na sua decisão mais assertiva e no alcance de resultados ainda mais satisfatórios.

Conhecimento nunca é demais, buscar por mais informações e entender a realidade e objetivos é garantir sucesso na produção da silagem de qualidade.

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio