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Clima: conheça os 6 predominantes do Brasil!

Clima: conheça os 6 predominantes do Brasil!

Fenômenos como frentes frias, tempestades, furacões e outros, estão associados tanto às variações meteorológicas, como também, ao clima.

As semelhanças em várias regiões, caracterizam os diversos tipos de clima, o que são consideradas as variações médias do tempo meteorológico ao longo das estações do ano.

A grande diversidade climática do território brasileiro é atribuída a sua enorme extensão territorial e diversidade geográfica.

Quer conhecer mais sobre esse tema e quais são os climas que predominam no Brasil?

Venha comigo nesse artigo!!

 

Clima: conheça os 6 predominantes do Brasil!

 

Qual a importância do estudo dos climas?

O clima, num sentido restrito é geralmente definido como tempo meteorológico médio, ou mais precisamente, como a descrição estatística de quantidades relevantes de mudanças do tempo meteorológico num período, que vai de meses a milhões de anos.

O período clássico é de 30 anos, definido pela Organização Mundial de Meteorologia.  Essas quantidades são geralmente variações de superfície como temperatura, precipitação e vento.

A importância da climatologia se dá pela pesquisa meteorológica e geográfica dedicada ao estudo e investigação do clima em seus múltiplos aspectos.

Além de investigar as causas e as relações físicas entre os diferentes fenômenos climáticos, por exemplo, os fatores de ocorrência de secas, inundações, ondas de calor.

Na geografia, a climatologia é uma ferramenta importante de entendimento da relação do homem com seu espaço ambiental.

Onde, podemos destacar os fenômenos atmosféricos, como, vendavais, furacões, tornados, tempestades, enchentes e cheias.

Muitas das vezes o próprio homem é o causador, através do mau uso dos recursos naturais, causando poluição, degradação ambiental, mudança climática devido efeito-estufa e outros.

Esses dois pontos de vista, meteorológico e geográfico, complementam-se e não podem ser entendidos de forma separada.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

Os fatores climáticos

Os fatores climáticos são os elementos naturais e humanos capazes de influenciar as características ou a dinâmica de um ou mais tipos de climas.

Para que sejam compreendidos, precisam ser estudados de forma interdisciplinar pois um interfere no outro.

Vamos apresentar agora os principais fatores que influenciam no clima, são eles:

Pressão atmosférica – variações históricas das amplitudes de pressões endógenas (magma) e exógenas (crosta) do planeta.

Órbita – mudanças cronológicas nas posições das órbitas terrestres, ocasionam maiores ou menores graus de insolação que modificam as variadas ações calorimétricas no planeta.

Latitude – distância em graus entre um local até a Linha do Equador.

Altitude – a distância em metros entre uma cidade localizada em um determinado ponto do relevo até o nível do mar.

Maritimidade – corresponde à proximidade de um local com o mar.

Continentalidade – corresponde à distância de um local em relação ao mar, permitindo ser mais influenciado pelas condições climáticas provenientes do próprio continente.

Massas de ar – parte da atmosfera que apresenta as mesmas características físicas (temperatura, pressão, umidade e direção), derivadas do tempo em que ficou sobre uma determinada área da superfície terrestre.

Correntes marítimas – grande massa de água que apresenta as mesmas características físicas (temperatura, salinidade, cor, direção, densidade) e pode acumular uma grande quantidade de calor e, assim, influenciar as massas de ar que se sobrepõem.

Relevo – presença e interferências de montanhas e depressões nos movimentos das massas de ar.

Vegetação – emite determinadas quantias de vapor de água, influenciando o ciclo hidrológico de uma região.

Urbanização – a presença de megalópoles ou o inverso, com extensas áreas rurais, modificam muito a paisagem natural e influenciando também no clima local.

 

Os 6 climas predominantes do Brasil

O Brasil tem 93% de seu território localizado no Hemisfério Sul, o restante (7%) encontra-se no Hemisfério Norte. Isso significa que o território está na zona intertropical do planeta, com exceção da região Sul.

Em virtude da imensidão do território brasileiro, são identificados 6 tipos de climas, sendo:

  • Equatorial;
  • Tropical;
  • O tropical de altitude;
  • O tropical atlântico;
  • Semiárido;
  • Subtropical

 

Clima equatorial

É identificado em quase todos os estados da região Norte, além de parte do Mato Grosso e Maranhão.

Essa característica climática caracteriza-se pela elevada temperatura, grande umidade e baixa amplitude térmica, variando entre 24°C e 26°C ao ano.

A quantidade de chuvas é abundante, com índices pluviométricos superiores a 2.000 mm, praticamente não são percebidos períodos de estiagem.

A floresta Amazônica sofre influência desse clima.

 

Principais estudos ambientais.

 

Clima tropical

Influência grande parte do centro do país, especialmente os estados do Centro-Oeste, incluindo ainda partes do Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia e Minas Gerais.

Em geral, as temperaturas são elevadas em boa parte do ano, com média de 24°C, e a amplitude térmica oscila entre 5°C e 6°C ao ano.

A quantidade de chuvas gira em torno de 1.500 mm ao ano, com duas estações bem definidas: uma seca (maio a setembro) e outra chuvosa (outubro a abril).

 

Clima tropical de altitude

Presente em regiões serranas e de planaltos, especialmente na região Sudeste.

Nesses locais há baixa amplitude térmica, a temperatura média oscila entre 17°C e 22°C, e a quantidade chuvas é de 1.500 mm ao ano.

 

Clima tropical atlântico

Está presente na zona litorânea que se estende do Rio Grande do Norte, no Nordeste, ao Paraná, no Sul.

A temperatura é elevada, por volta de 25 °C. As chuvas, regulares e bem distribuídas, são mais intensas no Sul e no Sudeste durante o verão e no Nordeste, durante o inverno.

 

Plataforma Agropós

 

Clima semiárido

É típico da região Nordeste, especialmente no interior, lugar conhecido como polígono da seca, em razão da escassez de chuva.

Apresenta temperaturas elevadas o ano todo, a média anual varia entre 26°C e 28°C.

As chuvas são escassas, com uma média anual inferior a 750 mm, além disso, são mal distribuídas.

 

Clima subtropical

Ocorre unicamente na região Sul, essa característica climática distingue-se totalmente do restante do Brasil.

Médias anuais de temperatura giram em torno de 18°C, com alta amplitude térmica.

As chuvas são bem distribuídas, os índices pluviométricos superam os 1.250 mm ao ano.

 

clima brasil

Fonte: IBGE

 

O clima e suas adversidades

Vimos nesse artigo que existem vários tipos de climas que se diferem de acordo com a localização geográfica e do tempo meteorológico.

O clima pode ser determinado principalmente pela inclinação solar, ou seja, o modo como os raios incidem na superfície terrestre.

Quando se fala em Brasil, atravessado na região norte pela Linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio. A maior parte do país, situa-se em zonas de latitudes baixas.

Esse fator é limite para prevalecer os climas quentes e úmidos, com temperaturas médias em torno de 20ºC ou mais.

A grande diversidade climática do território brasileiro dá-se em função de sua enorme extensão territorial. De modo que o país possui dimensões continentais, expondo seus territórios às diversas condições geográficas.

Essa diversidade climática do território brasileiro é sustentada pelas diferenças na composição das paisagens, da diversidade de biomas e ecossistemas.

Muitas de nossas atitudes interferem no clima, tanto positivamente, quanto negativamente.

Dessa forma, é de suma importância o reconhecimento e reflexão sobre nossas atitudes para compreendermos melhor o clima e de suas adversidades.

Escrito por Juliana Medina.

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

Conheça 4 exigências para instalar uma estação meteorológica!

Conheça 4 exigências para instalar uma estação meteorológica!

A estação meteorológica é uma ferramenta fundamental para monitorar as condições meteorológicas na lavoura e assim ajudar agricultores a tomarem decisões.

O clima e o tempo são um dos assuntos mais abordados em uma conversa, mas também alguns dos temas que mais preocupam os produtores.

Neste artigo, esclarecemos os principais aspectos relacionados à estes equipamentos para auxiliar quem está buscando entender melhor sobre o funcionamento e seu uso na agricultura.

Boa leitura!

 

Conheça 4 exigências para instalar uma estação meteorológica!

 

A importância da estação meteorológica para agricultura

Saber se vai chover, ventar, ter seca ou gear influencia em muitas decisões do produtor.

Por esse motivo, muitos têm buscado cada vez mais informações, muitas vezes devido a estações climáticas cada vez mais irregulares.

A observação meteorológica, consiste da coleta diária de dados referentes as diversas variáveis atmosféricas, que caracterizam as mudanças no tempo.

Dessa forma, monitorar essas variáveis é de suma importância para uma melhor tomada de decisão no campo e o registro a longo prazo dessas variáveis fornece suporte para um planejamento agrícola mais eficaz.

 

Irrigação

 

Além disso, com a estação meteorológica é possível fazer o manejo de irrigação, pois através dos dados registrados na estação é possível quantificar as principais formas de entrada e saída de água para a planta.

A precipitação atua como suprimento de água para as plantações e a evapotranspiração atua como perda de água pela plantação.

Por esses motivos as informações geradas pelas estações meteorológicas tornam-se fundamentais para o sucesso agrícola.

Mas, para uma coleta de dados de precisão é necessário seguir algumas normas com relação à localização, tipo e instalação dos equipamentos.

 Como também, a padronização dos horários de observação e dos procedimentos operacionais, como calibração e aferição dos instrumentos de medição se faz necessária.

Mas afinal, o que é a estação meteorológica propriamente dita?

 

Caracterização de uma estação meteorológica

Atualmente, é possível encontrar uma estação meteorológica em um único dispositivo integrado, com vários sensores e dispositivos que trabalham juntos.

Dessa forma, uma estação meteorológica é um conjunto de instrumentos ou sensores que geram dados para análise do tempo meteorológico.

Esses instrumentos são capazes de registrar a temperatura do ar, velocidade e direção do vento, umidade do ar, radiação solar, chuva, pressão atmosférica entre outras variáveis.

Existem dois tipos de estação meteorológica, as automáticas e as convencionais.

  • Estações automáticas: Nesse tipo de estação os sensores emitem sinais elétricos, que são captados por um sistema de aquisição de dados (Datalogger). Esse tipo de estação realiza o armazenamento e o processamento dos dados de forma informatizada e totalmente automática.
  • Estações convencionais: Nesse tipo de estação exige a presença diária de uma pessoa para coletar os dados medidos. Os instrumentos que compõe esse tipo de estação são normalmente de leitura direta, como os termômetros, ou com sistema mecânico de registro, como o termohigrógrafo, o pluviógrafo, o anemógrafo. Elas se dividem em classes de acordo com a finalidade e o número de variáveis observadas.

Primeira classe: São aquelas que medem todos os elementos meteorológicos.

Segunda classe: Não realizam as medidas de pressão atmosférica, radiação solar e vento.

Terceira classe: Medem apenas a temperatura máxima, mínima e a chuva.

A seguir vamos abordar quais são os sensores que compõem uma estação meteorológica automática, uma vez, que é a mis utilizada nos dias de hoje.

 

Sensores das estações meteorológicas automáticas

Como já citado anteriormente, atualmente a estação meteorológica automática é a mais utilizada, devido a sua maior praticidade.

 Além disso, com esse tipo de estação também é possível verificar pela internet os dados em tempo real.

 

Manejo Racional da Irrigação

 

As estações automáticas possuem 4 sensores essenciais: o anemômetro, piranômetro, o sensor de temperatura e umidade e o pluviômetro, vejamos cada um separadamente:

Anemômetro: É um instrumento que mede a velocidade e a direção do vento. Esse instrumento deve ser instalado a 2 metros de altura em relação ao solo.

Piranômetro: Registra a radiação solar global e deve ser instalado entre 1,5 e 2 metros de altura.

Sensor de temperatura e umidade: Geralmente são termistores que medem a temperatura e a umidade do ar. Esse sensor deve ficar no abrigo meteorológico para não ser danificado e a altura de sua instalação é aproximadamente 1,5 metros.

Pluviômetro: mede a precipitação e o tipo de pluviômetro mais utilizado é o de báscula. A área de captação de água do pluviômetro deve ficar a 1,5 metros do solo.

 

Mas o que é necessário para a instalação de uma estação meteorológica?

Graças às estações meteorológicas é possível mensurar diversos fatores que influenciam no gerenciamento das atividades do produtor, como, a direção dos ventos, a precipitação acumulada na safra, a temperatura média em um período, entre outros.

Porém, para instalação de uma estação meteorológica, o produtor terá que dispor de um valor de investimento, tendo em vista equipamentos e toda a construção   da estação.

Esses valores podem variar muito, por causa da escolha dos equipamentos e até mesmo o tipo de estação que for adquirir.

Além disso, ter disponibilidade de um local adequado, afim de evitar interferências no registro de dados precisos, é necessário atender algumas exigências, são elas:

  1. Local plano para evitar o acúmulo de água e longe de instalações elétricas.
  2. Horizontes amplos, sem barreiras que impeçam a radiação solar ou mudem as características do vento. Para isso a distância recomendada entre a estação e o obstáculo é de pelo menos 10 vezes a sua altura.
  3. Distantes de cursos d’água, lagos e banhados, evitando distúrbios na medição da umidade relativa do ar.
  4. Solo gramado ou com vegetação rasteira para minimizar a influência dos diferentes tipos de textura de solo.

Agora que sabemos a importância, equipamentos e principias cuidados ao instalar uma estação meteorológica, vamos saber mais sobre o assunto quanto às principais estações meteorológicas do Brasil.

 

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Estações meteorológicas no Brasil

O Brasil conta com diversas redes de estações meteorológica, onde, a mais importante a coordenada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

Outra rede de estações, é a sistematizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que possui várias estações meteorológicas pelo país.

Também há redes coordenadas por instituições estaduais como o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) juntamente com o Sistema Meteorológico do Paraná (SIMEPAR).

O Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina (CLIMERH), entre outras.

Algumas empresas também coordenam rede de estações meteorológicas como Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e também universidades federais e empresas privadas.

 

Distribuição das estações meteorológicas no Brasil

Distribuição das estações meteorológicas no Brasil

Fonte: INMET

 

Investimento x economia

Vimos nesse artigo, que uma estação meteorológica é um local onde são recolhidos dados para análise do tempo meteorológico.

Encontram-se equipadas com instrumentos de medição e registro das variáveis meteorológicas/climáticas, como pressão atmosférica, temperatura, umidade, precipitação e radiação.

Essas informações são de suma importância na tomada de decisão por parte dos produtores, que buscam cada vez mais precisão e economia na sua produção agrícola.

Há o investimento inicial, mas esse investimento é diluído ao longo dos anos, com o amortecimento dos benefícios que a estação meteorológica traz.

Entretanto, vimos aqui neste artigo, que algumas exigências quanto ao local de instalação devem ser observadas para que realmente sejam alcançados benefícios de se ter uma estação meteorológica na propriedade.

 

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