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Controle de plantas daninhas: conheça os métodos!

Controle de plantas daninhas: conheça os métodos!

Ter conhecimento sobre o que são plantas daninhas e como realizar o controle em sua lavoura é extremamente importante para uma boa produção. Neste post vamos abordar tudo que você precisa saber sobre esse assunto, não fique de fora.

Venha comigo!

 

Controle de Plantas Daninhas: Conheça os métodos!

 

Estudos indicam que as plantas daninhas apareceram junto com a agricultura, há cerca de 12 mil anos. Quando o homem começou a cultivar a terra, existia maior equilíbrio entre as diversas espécies. Mas, com a maior ação humana nos cultivos, houve um processo gradual de seleção.

A presença de plantas daninhas prejudica toda a produção. Isso porque elas competem com as plantações por água, luz, nutrientes e espaço, além de fazerem o produtor gastar tempo e dinheiro no seu controle.

Conhecer as plantas daninhas é o primeiro passo para identificá-las precocemente e começar o controle o quanto antes, evitando que se disseminem.

Há várias técnicas que podem ser aplicadas para fazer o controle de plantas daninhas. Neste post vamos abordar tudo que você precisa saber, para evitar essas perdas de produtividade.

 

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O que são as plantas daninhas?

Plantas daninhas são plantas indesejadas que atrapalham o crescimento das plantas já cultivadas. São, geralmente, plantas resistentes à pragas e doenças que podem diminuir a produção da lavoura em proporções consideráveis.

 

Plantas Daninhas: Aprenda tudo de uma vez!

 

Produtividade é uma das palavras mais importantes para o produtor rural. Pensando em aumentá-la, existem três pilares que podemos atacar:

  • Aumentar a produção
  • Diminuir o custo/desperdício
  • Diminuir os riscos

As plantas daninhas, porém, levam o produtor ao caminho contrário da tão desejada produtividade. Além de diminuir a produção por hectare por onde ela está, as plantas daninhas podem fazer com que o produtor pague caro para tratá-la no futuro.

A resistência das plantas daninhas também dificulta sua extinção com o uso de defensivos agrícolas, sendo sempre necessário o uso de diferentes táticas de manejo.

 

Prejuízos causados pelas plantas daninhas

As plantas daninhas são motivo de dor de cabeça pra qualquer produtor. Podem causar prejuízos direto e indireto:

 

Prejuízos indiretos

Usando se desenvolvem junto com a cultura, principalmente nos estágios iniciais, competindo diretamente por luz, água, nutrientes e espaço.

As daninhas disputam por elementos que a cultura agrícola também precisa para o seu desenvolvimento. É um dano direto que no final acarreta em perda de produtividade.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Dano indireto

Das plantas invasoras ocorre, por exemplo, durante a colheita. Especificamente em soja, a infestação dificulta a operação.

A máquina acaba colhendo muita planta daninha junto com a cultura, o que causa problema de umidade de grão, de perda de grão na colheita, grãos danificados.

Outro problema importante, mas que não é muito citado, é que as plantas daninhas podem ser hospedeiras ou servir de alimento para pragas, que posteriormente podem atacar a própria lavoura de soja.

Estas plantas invasoras podem abrigar na cultura do milho, por exemplo, pragas como percevejo, cigarrinha e Spodoptera. Já em soja são hospedeiras de lagartas, de modo geral, como a Spodoptera, além do próprio percevejo.

 

Principais plantas daninhas

Tendo em vista a importância do controle das plantas daninhas para o produtor que se preze, separamos as principais espécies encontradas no Brasil:

 

Buva (Conyza bonariensis)

A Buva é uma planta invasora encontrada com muita frequência nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. É uma planta daninha bem comum nas lavouras de trigo, soja e milho.

É uma planta que produz sementes bem pequenas, mas em grande quantidade e de fácil dispersão, o que a faz ser considerada agressiva.

 

Capim-amargoso (Digitaria insularis)

O Capim-amargoso (Digitaria insularis), é uma planta que afeta, principalmente, o cultivo de grãos no Brasil. Mas é na soja que traz maior preocupação aos produtores. De difícil controle, estima-se que cause perda significativa de cerca de 21% na produção do grão.

O capim-amargoso (Digitaria insularis) é uma planta daninha de ciclo perene, podendo durar mais de dois anos. Se reproduz através de sementes, além de produzir estruturas de reserva subterrâneas.

E isso, faz do capim-amargoso uma planta com grande capacidade de regenerar mesmo depois do corte mecânico ou ação de herbicidas.

 

Apaga fogo (Alternanthera ficoidea)

Essa planta daninha tem esse apelido por dificultar a progressão do fogo quando são feitas queimadas para renovação de pastagens. Ela é uma planta que pode ser anual ou perene, a depender das condições.

A planta apaga fogo pode ter de 0,5 a 1,2m de comprimento, é mais frequente na região central do Brasil e se alastra por enraizamento dos nós em contato com o solo. As principais culturas afetadas são cana-de-açúcar, milho, soja, arroz e algodão.

 

Tiririca (Cyperus haspan)

A tiririca é uma planta daninha muito comum no Brasil, presente em quase todos os tipos de solos e culturas com exceção do arroz inundado. A sua origem é indiana e ela está presente em mais de 90 países.

Ela tem crescimento em baixas temperaturas e é bastante sensível à sombra. Além de competir com as culturas por nutrientes, espaço, luz e água, a tiririca tem efeito inibidor, principalmente em plantas de cana de açúcar.

 

Caruru (Amaranthus viridis)

É uma daninha de grande importância, principalmente quando está presente em lavouras perenes (cafezais, pomares e canaviais), devido à condição de sombreamento e maior teor de matéria orgânica destes locais.

Tem de 30 a 50 cms de comprimento, se desenvolve bem da primaveira ao outono. Suas sementes são lisas e brilhantes.

 

Manejo de plantas daninhas

O manejo integrado se mostra como a melhor solução, já que utiliza de diferentes técnicas para controlar a evolução dessas plantas indesejadas.

O manejo integrado de pragas não consiste na eliminação de pragas da lavoura, mas, sim, na manutenção em níveis abaixo daqueles que causam danos econômicos.

Mas como isso é feito?

 

Avaliação prévia

Primeiramente, é importante conhecer o histórico da área e os locais de maior incidência de ataque de pragas e sua relação com a cultura plantada, as rotações de culturas utilizadas anteriormente e as cultivares escolhidas.

Assim, pode-se identificar as pragas-chave, ou seja, aquelas que estão presentes em maior quantidade durante o ciclo e causam injúrias que comprometem a produtividade e as pragas secundárias, que, em condições normais, não ocasionam danos preocupantes.

 

Monitoramento

Durante o ciclo, o acompanhamento da lavoura deve ser semanal para identificação das pragas existentes e/ou sinais de ataque.

O principal assessório para o monitoramento das pragas é a utilização de um pano de batida que é colocado na entrelinha da cultura, quando então, são realizadas uma série de batidas para extração dos insetos que estão presentes na planta.

Dessa forma, torna-se imprescindível a realização de diversas amostragens para extração confiável e que caracteriza bem a população de insetos.

 

Métodos de controle de plantas daninhas

Existem diversos métodos de manejo de plantas daninhas. A sua escolha vai depender do tipo de exploração agrícola, das espécies indesejadas, relevo e disponibilidade de mão de obra e equipamentos.

  • Preventivo: limpeza rigorosa de equipamentos para evitar que eles sejam vetores de sementes no campo de cultivo.
  • Físico: funciona com a exposição do solo à luz direta do sol, a inundação da área ou o uso do fogo.
  • Cultural: ligado aos métodos de plantio, atuando para que eles não sejam potencializa dores das ervas daninhas. Isso envolve a escolha de espécies adaptadas à região, rotação de culturas, espaçamento correto (para não dar espaço às daninhas) e plantio na época certa. O uso de adubo orgânico também merece atenção, pois ele pode trazer terra contaminada com sementes ou rizomas indesejados.
  • Mecânico: envolve o uso de enxadas e cultivadores (enxada fixa ou rotativa) e até mesmo o arranque manual das ervas daninhas.
  • Químico: o uso de herbicidas é bastante eficaz nesse controle, desde que se conheça exatamente como é a ação do químico nas plantas daninhas. A correta aplicação também conta muito para a efetividade do tratamento.

Você precisa considerar que não é necessário utilizar exatamente todos esses métodos de controle ao mesmo tempo.

Na verdade, é preciso selecionar os mais adequados para a cultura que você tem e aplicá-los da melhor maneira, conforme as características da sua área de plantio.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto, As plantas daninhas são consideradas um dos maiores problemas da agricultura atual. Não somente por competirem com as plantas cultivadas, como também por serem hospedeiras de diversas pragas e doenças.

Além disso, por serem plantas consideradas pioneiras, as plantas daninhas possuem uma efetiva capacidade de propagação. Principalmente por meio de sementes. É preciso realizar uma identificação adequada e somente a partir daí, escolher o melhor de controle.

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Conheça as principais pragas do café e como controla-las!  

Conheça as principais pragas do café e como controla-las!  

Todo cafeicultor deseja que seu cultivo alcance alta produtividade. Mas para que isso ocorra, é necessário conduzir a lavoura de café com o máximo de conhecimento sobre os fatores que favorecem o melhor desenvolvimento da planta. Um desses fatores essenciais para o sucesso da produção de café é a identificação e controle de pragas do cafeeiro. Neste artigo vamos falar tudo que você precisa saber.

Venha Comigo!

 

Conheça as principais pragas de grãos armazenados e como controla-las!

 

A cafeicultura é uma das atividades mais representativas do agronegócio nacional, com grande relevância do ponto de vista social e econômico, nas regiões onde está instalada. O Brasil lidera a produção e a exportação de café verde no mundo, além de ser um dos maiores consumidores da bebida.

No país, são cultivadas duas espécies de café: a arábica e a conilon. A maior produção é representada pela espécie arábica, com 76% da produção nacional. As lavouras são perenes e estão localizadas principalmente nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.

A espécie conilon, também perene, representa 24% da produção e é cultivada principalmente nos estados do Espírito Santo, Rondônia e Bahia.

Os controles de praga estão entre as práticas mais realizadas nas lavouras de café durante o ano agrícola e são atividades bastante onerosas. Neste post vamos conhecer as principais pragas e como maneja-las.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Quais as Principais Pragas do café?

Na produção de café, são inúmeras as pragas presentes no campo que afetam economicamente a qualidade do produto.

Seus malefícios aos pés de café afetam o desenvolvimento e a produção das plantas e, portanto, requerem que o produtor realize um monitoramento constante. Dessa forma, é possível adotar medidas de controle evitando maiores prejuízos à plantação.

Com base nisso, fizemos uma lista das principais pragas que afetam a produção de café. Confira:

 

Broca-do-café – Hypothenemus hampei 

A broca do cafeeiro é um besouro de cor escura e brilhante e o seu ataque é caracterizado por furos realizados nos grãos, no estágio de granação do café. A fêmea faz a postura dos ovos dentro destes furos.

Quando os ovos eclodem, a larva se alimenta da semente que está presente no interior dos frutos, provoca a queda dos grãos, reduz o peso deles e prejudica a qualidade da bebida do café.

As fêmeas fecundadas saem dos frutos restantes da safra anterior. Nos meses de outubro, novembro e dezembro, atacam os frutos nas fases iniciais de granação.

No período entre janeiro a março, o ataque é intensificado, sendo a fase onde a broca causa os maiores danos.

 

Controle

Uma das principais formas de controlar essa praga é fazendo o acompanhamento da sua infestação, por meio da realização de amostragens mensais, principalmente no período de até 70 dias antes da colheita.

Além disso, na hora de colher é preciso tomar cuidado para não deixar nenhum fruto para trás. Como já falamos, os frutos caídos são uma porta de entrada para os besouros.

Se a opção for o controle biológico, o mais indicado é fazer uso de parasitóides ou do fungo Beauveria bassiana.

 

Dano causado pela ferrugem da soja.

 

Ácaro Vermelho – Oligonychus Ilicis

O ataque de ácaro vermelho é facilmente identificável, pois provoca uma coloração bronze e sem brilho, dando um aspecto empoeirado na folha. Os insetos podem ser vistos a olho nu caminhando na parte da superfície das plantas.

Ocorre na espécies de café arábica e conilon. Possui maior incidência nos períodos mais secos do ano, especialmente na fase pós-colheita, nos meses de agosto e setembro.

 

Controle

O controle pode ser feito com a suspensão ou diminuição de aplicações de inseticidas e de fungicidas cúpricos, que causam desequilíbrio na população dos ácaros. Pode ser também através do método químico, utilizando-se inseticidas específicos para essa praga.

 

Ácaro da leprose (Brevipalpus phoenicus)

Comumente encontrado próximo aos frutos de café, onde formam crostas na casca. Sua maior importância se dá pelo fato de ser o vetor da doença leprose do cafeeiro. Ocorre no café arábica.

Assim como a maioria das pragas, possui maior incidência nos períodos mais secos do ano, especialmente na fase pós-colheita, nos meses de agosto e setembro.

 

Controle

O controle pode ser cultural, através da suspensão ou diminuição de aplicações de inseticidas e de fungicidas cúpricos, que causam desequilíbrio na população dos ácaros.

O método químico também é empregado no controle, utilizando-se inseticidas específicos para essa praga.

 

Bicho mineiro (Leucoptera coffeella)

Esta praga é uma mariposa branca prateada, que coloca os ovos na superfície superior das folhas, de onde eclodem larvas que se alimentam dessas folhas, formando galerias (minas) que acarretam o desfolhando das plantas.

O ciclo desta praga varia de 19 a 87 dias, podendo ocorrer de 8 a 12 gerações por ano. Esse é um grave problema em regiões de ambiente mais favorável ao surgimento da praga, como as mais quentes.

Existe uma grande variação da população de bicho mineiro de um ano para o outro, pois seu ataque está relacionado a períodos secos e à presença de veranicos.

Em condições normais, o bicho mineiro infesta mais no período final da colheita, nos meses de agosto, setembro e outubro.

 

Controle

As formas mais eficientes são o controle cultural através da utilização de quebra-ventos e arborização, uso de agrotóxicos e a preservação dos inimigos naturais, por meio do manejo de plantas daninhas e manutenção de áreas de preservação ambiental.

 

Cigarrinhas (Quesada gigas, Fidicinoides sp. e Carineta sp)

São insetos sugadores de seiva, quando presente essa praga na lavoura é possível observar orifícios no solo próximos à saia do cafeeiro, presença de exúvias e adultos de machos cantando.

Apesar de ser uma praga polífaga, ou seja, que não ataca apenas a cultura do café, quando não manejada as cigarras podem trazer prejuízos ao cafeeiro, uma vez que as ninfas sugam a raiz do cafeeiro.

Dessa forma resultar em depauperamento das plantas, clorose e queda de folhas, acarretando assim em prejuízos a granação.

 

Controle

Para o controle, deve-se utilizar inseticidas sistêmicos de diferentes grupos, tais como carbamato ou neonicotinóide.

 

Lagartas

O ataque de lagartas em lavouras de café pode ser identificado pelo corte das folhas, provocando lesões que favorecem a entrada de doenças, como a mancha de Phoma/Ascochytae, a mancha aureolada.

Existem muitas espécies de lagartas que podem ser consideradas pragas do cafeeiro, sendo que as duas principais para o café conilon são a mariposa amarela (Eacles imperialis magnífica) e a lagarta das rosetas (Cryptoblabes gnidiella).

Para o café arábica, as principais são a mariposa amarela (Eacles imperialis magnífica) e a lagarta mede palmo (Oxydia saturniata).

O ataque da lagarta das rosetas se diferencia por ser efetuado sobre os frutos e rosetas do café conilon, tecendo uma teia com resíduos da floração do cafeeiro.

 

Controle

O controle pode ser biológico, pela manutenção de inimigos naturais como algumas vespas, moscas e pássaros.

As lagartas também são facilmente controladas pelo método químico. Pulverizações realizadas para controle do bicho mineiro costumam ter efeito também sobre as lagartas.

 

Pragas de menor importância

Existem outras pragas que atacam a cultura do café, algumas delas são secundárias ou podem ser problemas em determinadas situações ou regiões.

Podem ocorrer tanto no café arábica quanto no conilon. Por exemplo:

  • Formigas;
  • Pulgões;
  • Mosca das raízes;
  • Cupins subterrâneos;
  • Mosca das frutas;
  • Carneirinhos; e
  • Pragas de armazenamento como carunchos, traças e cupins.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O café sempre teve uma importância significativa para a história do Brasil, foi nossa maior riqueza por muito tempo, auxiliando no desenvolvimento do país e propiciando a vinda de imigrantes e a consolidação da expansão da classe média.

Vimos aqui algumas das pragas mais recorrentes que podem acometer o cafezal, mas o cafeicultor deve estar muito atento nessas pragas que ameaçam sua cultura, e como controla-las.

Em caso de duvidas o correto e consultar um especialista para melhor maneja-las. Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo.

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O que você precisa saber sobre métodos de controle de pragas!

O que você precisa saber sobre métodos de controle de pragas!

Neste artigo preparamos para você quais são as principais técnicas de controle de pragas agrícolas que podem ser utilizadas no campo. Confira!

O ataque de pragas na lavoura, podem trazer enormes prejuízos ao agricultor. E geralmente o produtor rural recorre ao uso de defensivos agrícolas.

Apesar de ser um método de controle eficiente, atualmente existem diversas outras medidas de controle que podem ser utilizadas para o controle das pragas agrícolas.

 

O que você precisa saber sobre métodos de controle de pragas!

 

O que são pragas?

Pragas são o conjunto de insetos e outros seres que podem causar danos às plantas, porém só quando há um grande comprometimento da área plantada, é que podem ser considerados pragas. Conforme a espécie e o tamanho da praga, a proporção do prejuízo pode variar. De qualquer forma, é preciso encontrar meios seguros de eliminar esse mal.

Vários insetos podem causar danos às plantas, no entanto, somente quando uma grande parte da área plantada é afetada, é que são considerados pragas.

Por ser um país tropical, o clima do Brasil favorece o surgimento de algumas espécies de pragas agrícolas que podem gerar grandes prejuízos ao produtor.

Dentre as principais pragas agrícolas presentes no Brasil estão a mosca branca, pulgões, lagartas e cigarrinhas.

 

Fitossanidade

 

Nível de dano econômico e nível de controle de pragas

Para o monitoramento e acompanhamento do nível populacional da praga sejam realizados corretamente, é preciso conhecer o nível de dano econômico e o nível de controle.

O nível de dano econômico refere-se à densidade populacional da praga que gera prejuízo na lavoura igual ou maior ao custo necessário para controla-la.

Já o nível de controle indica qual o momento correto para a adoção de medidas controle do alvo, antes que esta cause perda econômicas à cultura.

Conhecer o nível de controle de pragas, ou seja, o nível abaixo daquele que a praga causa dano econômico irá determinar a melhor medida de manejo e quando ela deve ser aplicada.

 

Quais os principais métodos utilizados para o controle de pragas?

A princípio a técnica mais conhecida para o controle de pragas agrícolas é o controle químico.

No entanto, na busca de métodos mais sustentáveis e visando a diminuição da utilização de produtos químicos outros métodos eficientes no controle de pragas têm sido utilizados.

Portanto, além do controle químico temos, o controle biológico, cultural, controle genético e o manejo integrado de pragas (MIP) que engloba mais de um método para controle de pragas.

Agora vamos ver um pouco mais sobre cada um deles!

 

Controle químico

O controle químico consiste na aplicação de inseticidas visando a eliminação das pragas da lavoura.

Apesar de ser muito eficiente, a utilização destes produtos químicos deve ser utilizados pelo produtor com muita cautela.

Pois o uso desenfreado de inseticidas pode ocasionar o aparecimento de populações de pragas resistentes.

Por tanto, recomenda-se a utilização do controle químico para o manejo de pragas somente quando a população do inseto atingir níveis críticos.

 

Herbicida glifosato: vantagens e desvantagens!

 

Controle biológico

O controle biológico tem sido uma alternativa de controle de pragas muito empregada nas lavouras atualmente.

Este método de controle consiste na utilização de inimigos naturais para a redução da população dos insetos pragas.

Os inimigos naturais são organismos irão atuar como agentes de controle biológico através de ralações de parasitismo ou predação.

O papel dos inimigos naturais é manter os insetos pragas em um nível populacional que não seja capaz de causar danos econômicos à lavoura.

No Brasil temos vários casos bem-sucedidos da utilização do controle biológico nas lavouras, como por exemplo a utilização da microvespa (Cotesia flavipes) para controle da broca-da-cana (Diatraea saccharalis).

 

Controle Biológico: como ter lavouras mais sustentáveis e rentáveis!

 

Controle cultural

O controle de pragas agrícolas também pode ser realizado através da utilização de estratégias de manejo cultural.

Como por exemplo podemos citar a rotação de culturas, manejo de plantas daninhas, densidade de plantio, época de semeadura e colheita corretas.

No entanto, as medidas visando o controle cultural das pragas, em sua maioria devem ser pensadas e aplicadas antes da implementação da cultura no campo.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Controle genético

Atualmente existem cultivares resistentes as principais pragas agrícolas que causam enormes prejuízos as lavouras.

O uso destas cultivares deve ser sempre que possível priorizado, pois permite a adoção de outras medidas de controle, além de ser mais econômico.

No entanto, o produtor deve sempre alternar o uso de cultivares resistentes com não resistentes visando a durabilidade da resistência no campo.

 

Plataforma Agropós

 

Manejo Integrado de Pragas – MIP

O manejo integrado de pragas (MIP) é uma maneira de manejar pragas agrícolas usando princípios ecológicos e com o mínimo de danos ao meio ambiente e à saúde humana.

O MIP integra o uso de todos os métodos de controle de pragas disponíveis, visando manter o nível da população da praga abaixo do nível de dano de maneira econômica, ambiental e ecologicamente viável.

Dessa maneira, as medidas utilizadas no Manejo Integrado de Pragas contribuem na diminuição da utilização de produtos químicos, devido ao monitoramento constante da lavoura.

No entanto, o MIP não é um método único de controle de pragas, os produtores devem sempre estarem cientes do potencial de infestação de praga para dotarem as medidas cabíveis no tempo certo.

 

Conclusão

As pragas agrícolas podem causar grandes perdas de produtividade das lavouras, gerando prejuízos econômicos para o produtor rural.

Portanto, é necessário conhecer os métodos de controle de pragas para combate-las de maneira eficiente, e assim minimizar os danos ocorridos nas lavouras, perdas na produtividade e prejuízos financeiros.

 

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Conheça 9 pragas da soja e como combatê-las!

Conheça 9 pragas da soja e como combatê-las!

As pragas da soja são organismos que reduzem a produção das culturas, seja por atacá-las, por serem transmissores de doenças ou por reduzirem a qualidade dos produtos agrícolas. Neste post vamos abordar as principais pragas e como combatê-las em sua cultura.

Acompanhe, e não fique de fora!

 

Conheça 9 pragas da soja e como combatê-las!

 

A cultura da soja no Brasil é atacada por inúmeros insetos todos os anos, causando muitos prejuízos ao setor produtivo. O controle tardio e uso incorreto de produtos são a combinação perfeita para causar perdas ao bolso do produtor.

Durante o ciclo de cultivo da soja, muitas plantas daninhas, pragas e doenças podem afetar a produtividade das lavouras.

Mesmo no estádio reprodutivo de desenvolvimento, é preciso estar atento para a manutenção do potencial produtivo que foi obtido pela cultura desde sua emergência. Neste artigo vamos abordar as principais pragas da cultura da soja e como manejá-las.

 

As 9 principais pragas da soja

São inúmeras as pragas da soja que podem atacar as plantações que, se não forem controladas, podem resultar na perda total das lavouras. Saiba um pouco mais sobre as principais pragas que ocorrem com maior incidência:

  1. A lagarta da soja (Anticarsia gemmatallis)
  2. A lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda)
  3. Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)
  4. Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens)
  5. Mosca branca (Bemisia sp.)
  6. Percevejo castanho (Scaptocoris spp.)
  7. Bicudo-da-soja (Sternechus subsignatus)
  8. Ácaros verde (Mononychellus planki)
  9. Corós (Phyllophaga cuyabana)

 

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Lagarta da soja (Anticarsia gemmatallis)

A lagarta-da-soja é uma das pragas da soja de hábitos noturnos que, quando dia, fica em áreas sombreadas. Inicialmente as lagartas são de coloração verde-clara e possuem quatro pares de pernas no abdômen, sendo duas vestigiais.

Sua identificação é mais simples que a lagarta Helicoverpa. Conta com três linhas longitudinais claras no dorso. Em condições de pouco alimento ou altas infestações, torna-se de coloração mais escura. Fases em que ocorre o ataque a incidência é no início da cultura e floração

 

Danos

Os danos causados por essa praga são raspagens inicialmente em pequenas áreas das folhas. Quando as lagartas são maiores, alimentam-se da folha deixando grandes “buracos” ou mesmo se alimentando da folha inteira.

A desfolha pode chegar a 100% se a lagarta-da-soja não for monitorada e controlada corretamente. 

 

Controle

É importante monitorar constantemente. O controle deve ser feito quando houver, em média, 40 lagartas grandes por pano-de-batida.

Quando a desfolha atingir 30%, antes da floração, e 15%, assim que surgirem as primeiras flores, é preciso agir.

 

Lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda)

A lagarta-do-cartucho é uma espécie canibal e, por isso, geralmente são encontradas poucas lagartas por planta.

Sua coloração varia entre marrom, verde ou preta. Tem, na cabeça, uma listra que se inicia em Y invertido, que facilita muito a sua identificação.

Com um ciclo de vida completado em 30 dias e o número de ovos podendo variar de 100 a 200 por postura/fêmea (totalizando uma média de 1.500 a 2.000 ovos colocados por uma única fêmea).

 

Danos

Essa espécie penetra no colmo, criando galerias, e causa danos consumindo as folhas. Depois do segundo ou terceiro ínstar, começam a fazer buracos nas folhas, alimentando-se do cartucho e deixando uma grande quantidade de excrementos na planta.

 

Controle

O manejo da lagarta-do-cartucho deve iniciar com a dessecação da cultura de cobertura para a produção de palha no Sistema Plantio Direto (SPD). Se, durante o plantio for observada a presença de lagartas, deve ser realizada a aplicação de inseticidas para evitar redução do stand de plantas.

 

Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)

A lagarta-elasmo geralmente é cíclica, mas os surtos em soja têm sido frequentes, principalmente em solos arenosos e em anos com estiagem prolongada, na fase inicial das lavouras. O período de ataque começa logo após a germinação da soja, podendo estender-se por 30 a 40 dias.

Muitas vezes o inseto já está presente na área antes da instalação da cultura, sendo necessário ter conhecimento de possíveis infestações em lavouras vizinhas e levar em conta a ocorrência de período de estiagem prolongada.

 

Danos

Quando pequenas, as lagartas alimentam-se raspando o parênquima foliar. À medida que crescem, perfuram um orifício na planta ao nível do solo construindo aí uma galeria ascendente que vai aumentando de comprimento e largura com o crescimento da lagarta e o consumo de alimento.

 

Controle

 Os solos sob sistema de semeadura direta, por geralmente reter mais umidade, têm menores problemas com a praga. Áreas sem coberturas e que sofreram com fogo na entressafra tendem a apresentar maiores danos por favorecer o desenvolvimento das lagartas.

 

Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens)

No Brasil, a espécie tem se tornado um sério problema fitossanitário na cultura da soja, com vários surtos ocorrendo isolados ou associados à lagarta-da-soja.

Seus ovos são globulares, medem cerca de 0,5 mm de diâmetro e apresentam coloração creme-clara logo após a oviposição e marrom-clara próximo à eclosão. O desenvolvimento embrionário se completa em torno de 2,5 dias.

 

Danos

As lagartas atacam as folhas, raspando-as enquanto são pequenas, ocasionando pequenas manchas claras; à medida que crescem, ficam vorazes e destroem completamente as folhas, podendo danificar até as hastes mais finas.

 

Controle

O controle químico desta lagarta quando ocorrendo só ou associada à lagarta-da-soja, deve ser feito quando forem encontradas, em média 40 lagartas grandes por pano de batida, ou se a desfolha atingir 30% até o final do florescimento, ou 15%, tão logo apareçam as primeiras flores. Recomenda-se o uso de produtos registrados para a cultura.

 

Mosca branca (Bemisia sp.)

mosca branca, Bemisia tabaci, apesar do nome comum de mosca, trata-se de um inseto sugador comum em diversas culturas.

Os adultos medem 0,8mm de comprimento e, aparentemente, são de coloração geral branca, mas apresentam asas brancas e corpo amarelo.

Sob condições climáticas favoráveis, seu ciclo de vida pode ser de duas a quatro semanas, podendo produzir até 15 gerações por ano.

 

Danos

Os insetos têm ação toxicogênica, sendo que os maiores prejuízos são devidos a transmissão de viroses. Para o feijoeiro é transmissor do vírus do mosaico dourado e do mosaico anão. São mais prejudiciais no período do florescimento.

 

Controle

Tratamento de sementes com inseticidas carbamatos sistêmicos ou sistêmico granulado no sulco de plantio ou, ainda, pulverizar com fosforados sistêmicos. Uso de armadilhas de cor amarela ajudam a diminuir número de adultos na área.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Percevejo castanho (Scaptocoris spp.)

Percevejo-castanho-da-raiz (Scaptocoris castanea) é um inseto que apesar de ter ocorrência em todo Brasil, no entanto, tem causado frequentes danos a lavoura da região dos cerrados. Essa praga aparece devido ao período chuvoso.

Muitos produtores tem dificuldades de identificá-lo, pois o inseto se aprofunda no solo e no momento do plantio pode estar em profundidades superiores a 30cm.

É uma praga polífaga, isto é, pode atacar diversas culturas como sorgo, milho, soja, algodão e pastagens.

 

Danos

Seus danos são provocados por ninfas e adultos, que possuem hábito subterrâneo e fazem a sucção da seiva das raízes, causando atrofiamento das raízes e subdesenvolvimento das plantas.

 

Controle

O controle biológico com o fungo Metarhizium anisopliae apresenta bons resultados. O método cultural pode ser empregado para o manejo desse inseto, já que a aração e a gradagem pode expor os insetos aos predadores e causam o esmagamento das ninfas e adultos, sendo que a aração com arado de aiveca é o que apresenta maior eficiência no controle do percevejo castanho.

 

Bicudo-da-soja (Sternechus subsignatus)

O tamanduá ou bicudo da soja é considerado um inseto de difícil controle e vem ganhando importância pelos danos que tem causado às lavouras de vários municípios do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Tem ocorrido com maior intensidade, desde 1984, principalmente, onde é realizado o cultivo mínimo e a semeadura direta.

 

Danos

O adulto raspa o caule e desfia os tecidos no local do ataque. Quando a população é alta e ocorre na fase inicial da cultura, o dano é irreversível e as plantas morrem podendo haver perda total de parte da lavoura.

Quando o ataque acontece mais tarde e as larvas se desenvolvem na haste principal, formando galhas, a planta pode quebrar pela ação do vento e das chuvas.

 

Controle

A rotação de culturas é a técnica mais eficiente para o seu manejo, mas sempre associada a outras estratégias, como plantas-iscas e controle químico na bordadura da lavoura.

Resultados recentes de pesquisas têm mostrado reduzido percentual de plantas mortas e danificadas e maior produtividade, no final do período de rotação soja-milho-soja, quando comparado ao monocultivo de soja.

 

Ácaros verde (Mononychellus planki)

Os ácaros são importantes pragas em algodão, citros, feijão, hortaliças. Em soja ocorre, esporadicamente, em populações elevadas, causando danos a cultura da soja.

A disseminação do ácaro ocorre pelo vento. Sob da face inferior da condições adversas de alimentação e de ambiente, os ácaros se penduram por fios de teia e são levados pelas correntes de ar até outras plantas hospedeiras.

 

Danos

Esses insetos são encontrados na face inferior das folhas removendo o conteúdo citoplasmático das células através de seu estilete, comprometendo o desenvolvimento normal da planta.

 

Controle

Devem ser realizadas amostragens nos talhões em que, na safra anterior, foram observados ataques severos da praga e na entressafra.

A rotação de cultura (com por exemplo, milheto, Crotalaria juncea ou mucuna-preta), é uma boa opção de controle.

 

Corós (Phyllophaga cuyabana)

Os corós são larvas escarabeiformes (corpo recurvado em forma da letra “C”), de coloração geral branca, com cabeça e pernas (três pares) marrons.

As espécies rizófagas que ocorrem em milho podem atingir de 4 a 5 cm de comprimento quando em seu tamanho máximo.

Para a safrinha, em lavouras instalada em semeadura direta sobre a resteva da soja, os danos são mais acentuados. Em áreas anteriormente cultivadas com poáceas (gramíneas), a população do inseto geralmente é elevada.

 

Danos

Seus danos são decorrentes da destruição de plântulas, as quais são puxadas para dentro do solo ou secam e morrem pela falta de raízes, ou ainda originam plantas adultas pouco produtivas. O nível de dano para esse inseto ocorre a partir de 5 larvas.m-2.

 

Controle

Controle biológico através do uso de Beauveria bassiana Metarhizium anisopliae e parasitóides da ordem Diptera.

O preparo de solo com implementos de disco é uma alternativa de controle cultural da larva. Com essa prática, ocorre o efeito mecânico do implemento sobre as larvas que possuem corpo mole e são expostas a radiação solar e aos inimigos naturais, especialmente pássaros.

O controle químico pode ser utilizado via tratamento de sementes ou pela pulverização de inseticidas que sejam registrados para a cultura, no sulco de semeadura.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Vimos neste artigo as quatro principais pragas da soja que podem causar danos no momento do plantio como; corós, percevejos-castanhos-da-raiz, lagarta-elasmo entre outros.

Para todas elas é muito importante fazer o Manejo Integrado de Pragas (MIP). Fazer o monitoramento vai evitar gastos desnecessários com insumos.

Cada praga tem sua peculiaridade, mas, caso necessário, o tratamento de sementes vai contribuir muito para seus controles. Em caso de dificuldade no controle o recomendado é chamar um especialista da área.

Escrito por Michelly Moraes.

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Conheça as 7 principais pragas da cana-de-açúcar!

As pragas da cana-de-açúcar podem causar sérios prejuízos, ocasionando até mesmo a perda da lavoura, por isso é de extrema importância realizar o monitoramento e controle dessas pragas. Neste artigo vamos discutir sobre as principais pragas e as diferentes formas de controle.

Não fique de fora, acompanhe!

Conheça as 7 principais pragas da cana-de-açúcar!

 

A cana-de-açúcar é conhecida como cultura que utiliza baixos níveis de defensivos, porém ela sofre com incidência de algumas pragas que se não forem corretamente manejadas podem ocasionar prejuízos econômicos a produção canavieira.

A cana-de-açúcar é um dos principais cultivos do Brasil, e a presença de pragas é uma realidade nos canaviais. Conhecer as pragas e o momento de sua ocorrência é essencial para o sucesso do controle e ganho de produtividade.

Os danos causados pelas pragas reduzem a produção agrícola e afeta a qualidade da matéria-prima a ser industrializada, reduzindo, também, o rendimento dos processos de produção de açúcar e álcool.

Neste artigo vamos citar as principais pragas dos canaviais e os danos causados, além de mostrar os tipos de controle e como realizá-los.

 

As principais pragas da cana-de-açúcar

As principais pragas da cana-de-açúcar são;

1. Broca da cana-de-açúcar – (Diatraea saccharalis)
2. Broca gigante (Castnia licus)
3. Cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata)
4. Cupim da cana-de-açucar
5. Formigas saúva (Atta capiguara)
6. Besouros (Migdolus fryanus)
7. Bicudo da cana-de-açúcar (Sphenophorus levis)

Abaixo destacamos mais informações como identificação, cuidados e manejo:

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Broca da cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis)

É a principal praga da cana-de-açúcar as brocas, cientificamente chamadas de Diatraea saccharalis, são larvas de mariposa, e a mais conhecida entre os produtores.

Pode ocorrer em todo o estádio de desenvolvimento e causa prejuízos em seu estágio de larva (lagarta), que se alimenta inicialmente das folhas.

Em estágio mais avançado de desenvolvimento, o inseto penetra no colmo da planta pelas partes mais moles e faz galerias.

Devido a decorrência de sua ampla distribuição pelo país, atingindo as principais regiões produtoras: São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás.

E também pela gravidade de seus danos: para uma produtividade de 80 toneladas por hectare, as perdas ocasionadas pela broca para cada 1% de intensidade de infestação são de 616 quilos de cana, 28 quilos de açúcar e 16 litros de álcool, aproximadamente.

 

Tecnologias que agregam qualidade à pulverização

 

Principais danos

  • Perda do peso do material;
  • Tombamento devido ao broqueamento transversal do colmo;
  • Coração morto, sintoma observado em plantas jovens, levando ao secamento dos ponteiros; enraizamento aéreo e formação de brotação lateral.

Além destes, o orifício deixado pela broca é porta de entrada para fungos patogênicos (Colletotrichum falcatum e Fusarium moniliforme) que causam a podridão vermelha, doença que afeta diretamente a produção de açúcar e etanol.

 

Manejo da broca da cana-de-açúcar

Para o manejo da broca, é recomendado o controle químico e biológico. A Cotesia flavipes (uma pequena vespa) é o principal agente de controle biológico utilizado para o controle da broca.

Em relação ao manejo químico, o inseticida Ampligo é comprovadamente um produto seletivo, ou seja, não tem impacto significativo no número e na diversidade das populações de inimigos naturais da broca, como a Cotesia flavipes.

 

Broca gigante (Castnia licus)

Os insetos adultos possuem uma coloração escura, quase preta. Apresentam manchas brancas na região apical, acompanhadas de uma faixa transversal branca na asa anterior. A asa posterior apresenta manchas avermelhadas e uma faixa transversal mais larga.

A oviposição ocorre em touceiras velhas, preferencialmente no meio de detritos e caules cortados. Os ovos inicialmente apresentam coloração rosada, passando a verde-azeitona e alaranjada.

Após a eclosão surgem lagartas apresentando coloração branca, com pintas pardas no pronoto. O período larval varia de 2 a 10 meses, com 5 ínstares.

 

Principais danos

As lagartas abrem galerias verticais no colmo, algumas vezes chegam a destruí-lo completamente, acarretando sérios prejuízos.

Além das galerias, causam o conhecido “coração morto” devido aos danos causados na brotação, comprometendo o poder germinativo e permitindo o aparecimento de podridões.

 

Manejo da broca gigante

Para o manejo da broca-gigante utilizam-se inimigos naturais, manejo cultural e semioquímicos. Essa combinação de métodos, quando bem aplicados, é eficiente, duradoura e seletiva. Mesmo assim, o método mecânico catação manual de lagartas e pupas ainda é utilizado.

 

Cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata)

Atualmente, a cigarrinha das raízes está presente em diversas regiões, com elevadas populações no Centro-Sul e em alguns Estados do Nordeste do País, causando danos severos à produtividade e à qualidade da matéria-prima.

O nome da praga está ligado ao seu hábito alimentar: quando jovens, se alimentam das raízes e radicelas das plantas de cana; entretanto, os danos são causados tanto pelas ninfas quanto pelas formas adultas.

O clima apresenta grande influência na dinâmica populacional dessa praga, pois com o início da estação chuvosa ocorre a eclosão dos ovos, aumentando o número de indivíduos.

O ciclo biológico da cigarrinha das raízes apresenta duração média de 60 dias, o que possibilita a presença de cerca de três gerações da praga a cada safra.

A espécie é encontrada com mais facilidade na cana soca, porém, em regiões com alta pressão populacional ou em áreas próximas às pastagens, pode-se encontrar a espécie até mesmo em cana planta.

 

Principais danos

  • Redução de fotossíntese e produtividade;
  • Deterioração do colmo pela perfuração das cigarrinhas; morte dos perfilhos, murchamento do colmo e morte da planta;
  • A Redução da qualidade do açúcar;
  • Redução da pureza do caldo e aumento dos contaminantes.

 

Manejo da cigarrinha-das-raízes

A estratégia de controle da cigarrinha-da-raiz inicia-se com o monitoramento da praga que deverá ser realizado no início do período chuvoso e durante todo o período de infestação, para que se possa acompanhar a evolução ou o controle da praga.

É recomendado o uso de controle biológico através do fungo Metarhizium anisoplie, que irá controlar as ninfas e adultos.

A aplicação deve ser realizada quando forem encontradas populações acima de 3 ninfas por metro linear. Por isso, o monitoramento deve ser constante na lavoura.

 

Cupim da cana-de-açúcar

São insetos sociais que vivem em colônias organizadas. Perdas ocorrem com falhas na brotação das soqueiras e redução da longevidade do canavial.

A maioria das espécies de cupins não é agressiva à cultura, ao contrário é benéfica. Podem reduzir em até 10 t de cana/ha/ano, além de ocasionarem redução da longevidade do canavial.

 

Principais danos

Os principais danos ocorrem na fase inicial da cultura, eles atacam os toletes recém-plantados, danificando as gemas e trazendo, como consequência, falhas na germinação.

 

Manejo dos cupins

A recomendação é que, no momento de implantação da cultura, o produtor utilize inseticidas adequados no sulco de plantio, evitando que os cupins ataquem os toletes recém-plantados, danificando as gemas e trazendo falhas na germinação.

Aconselha-se que, antes de entrar com ferramentas de controle do cupim, deve-se, primeiramente, verificar a necessidade das mesmas, considerando e analisando diversos fatores, como a porcentagem de touceiras atacadas.

É recomendável aplicar o controle químico em locais em que ocorre 40% ou mais de infestação em touceiras quando presentes espécies mais agressivas.

 

Formigas saúva Atta capiguara

As formigas causam desfolhamento, reduzindo a área foliar das plantas por longos períodos e causando atraso e definhamento da cultura. Tem ocorrência praticamente o ano todo.

Saúva Atta capiguara constitui uma séria praga em sistemas agrosilvopastoris. Os ninhos são grandes e formados por várias câmaras. São insetos sociais, com várias castas.

 

Principais danos

Os prejuízos causados pelas formigas cortadeiras são consideráveis. Atacam quase todas as culturas, cortando folhas e ramos tenros, podendo destruir completamente as plantas.

As formigas operárias causam grande desfolha principalmente em plantas jovens, sendo consideradas pragas secundárias em culturas estabelecidas.

 

Manejo das formigas

O controle das formigas deve ser realizado assim que forem detectadas no canavial. Para isso, utilizam-se inseticidas em formulação com pó seco, iscas tóxicas, ou inseticidas aplicadas via termonebulização.

 

Besouros Migdolus fryanus

No estágio de larva, o besouro Migdolus fryanus ataca o sistema radicular da cana causando falhas na brotação das soqueiras, morte em reboleiras e necessidade de reforma precoce do canavial.

Esta fase dura no mínimo dois anos, podendo chegar a três anos e as larvas são encontradas até a profundidade de cinco metros no solo. Todo ciclo é subterrâneo. Os adultos vêm à superfície apenas por ocasião das “revoadas”.

 

Manejo do besouro- Migdolus fryanus

Os melhores resultados de controle são obtidos com a aplicação de inseticidas por ocasião do preparo do solo, em operação conjunta com a subsolagem (subsolador-aplicador) ou aração (arado de aiveca, com aplicador de inseticida), na época seca, quando se observa maior ocorrência de larvas nas camadas superficiais do solo.

 

Bicudo da cana-de-açúcar

O bicudo do da cana, Sphenophorus levis, é um besouro que na fase larval causa danos nos colmos em desenvolvimento escavando galerias, afetando o stand da cultura e a produtividade.

Reduzem a longevidade dos canaviais, que muitas vezes não passam do segundo corte. A disseminação pelo trânsito de mudas é a hipótese mais provável para explicar a rápida expansão da área infestada, visto que o inseto praticamente não voa e seu caminhamento é lento.

 

Manejo do besouro – Sphenophorus levis

Para o controle da praga é o cultural, que consiste na destruição antecipada das soqueiras com o erradicador de soqueiras.

A seguir a área deverá ser mantida livre de plantas hospedeiras da praga e o próximo plantio deverá ser realizado o mais tarde possível.

As mudas a serem utilizadas no plantio deverão estar isentas da praga, sendo originárias de áreas não infestadas.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Em meio a todo o esforço para manter os canaviais saudável e produtivo, as pragas da Cana-de-açúcar surgem como um pesadelo na rotina dos agricultores.

Silenciosas no começo, chegam sem despertar suspeita, e quando o produtor nota a presença, muitas vezes, já se espalharam pela plantação.

As principais pragas da cana-de-açúcar listadas acima são altamente adaptadas ao sistema agrícola, e de extrema importância econômica e quase sempre de difícil controle.

No caso de ataque dessas pragas em sua lavoura é importante que faça o monitoramento constante e o manejo ideal, em caso de dúvidas é importante que procure um especialista da área.

Escrito por Michelly Moraes.

 

Pós-graduação Fitossanidade