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Como escolher o melhor tipo de pluviômetro?

Como escolher o melhor tipo de pluviômetro?

A habilidade de mensurar o nível de chuva é importante em muitos setores, não surpreendendo ter sido o pluviômetro um dos primeiros instrumentos climáticos inventados pelo homem.

As condições de chuva são fundamentais para a agricultura, pois é um dos principais fatores que determinam a produtividade de uma cultura.

Saber como escolher o melhor pluviômetro, é o primeiro passo antes da sua aquisição.

Quer descobrir como? Só continuar na leitura deste artigo.

 

Como escolher o melhor tipo de pluviômetro?

 

Pluviômetro: saiba o que é!

O pluviômetro é um reservatório usado para coletar e mensurar em milímetros a quantidade de chuva, granizo, orvalho, garoa ou neve durante um determinado tempo em um local.

Acredita-se que o pluviômetro já era usado há 2.000 anos atrás, na Índia. Desde então, essa mensuração ajuda os produtores a tomar decisões sobre o plantio, a colheita e a irrigação, sendo um aparelho fundamental para compor uma estação meteorológica.

O resultado é medido em milímetros (mm), ou seja, caso sejam coletados 10mm de precipitação, isso significa que existem 10 litros de água em um 1m2 do solo.

 

Irrigação

 

Para que serve o pluviômetro?

Sem dúvida, a adoção de recursos tecnológicos tem representado um avanço enorme em diversos empreendimentos, principalmente na agricultura, o pluviômetro é um desses recursos.

Desse modo, a sua função é puramente para calcular a quantidade de água de chuva em uma área.

Com seu bocal capta a chuva que está caindo, essa água vai ser armazenada no seu interior. Após a coleta da chuva que caiu em um determinado tempo, aí é feita a medição.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil – INMET, é importante saber o volume da precipitação das chuvas, para que assim seja estimado a quantidade de água que caiu em determinado período e acompanhar essas medidas durante um tempo.

Também é possível saber as médias das chuvas no decorrer dos meses e anos, ajudando a identificar períodos chuvosos e de estiagens, apontando riscos de secas e inundações.

Monitorar e registrar esses dados são ações fundamentais para entender o clima em determinada região, tornando o pluviômetro um instrumento de suma importância para medição de chuva para agricultura de precisão.

Importante também, para os estudos meteorológicos e hidrológicos, o pluviômetro ainda pode ser ligado em um datalogger, registrando assim os dados coletados.

Agora que temos em mente o que é o pluviômetro e para que serve, vamos conhecer quais tipos encontramos no mercado?

 

Checklist agrícola

 

Quais os tipos?

Existem dois tipos de pluviômetro, o convencional e o automático.

Saber qual deles escolher pode ser a dúvida de alguns agricultores e é de suma importância esse discernimento.

 Uma vez que, esse aparelho registra o volume de chuvas na lavoura ao longo do ano, que é fundamental para a definição do plantio, colheita e irrigação.

A ocorrência mais comum, é o produtor medir o volume de chuva em apenas um ponto da fazenda, utilizando um pluviômetro convencional.

Ou até mesmo coletar dados diariamente, em pluviômetros espalhados pela fazenda. Isso acaba consumindo muito tempo e dependendo do tamanho da propriedade e da quantidade de pluviômetros, pode chegar a uma conta assustadora de horas por mês.

Além do custo de mão de obra, essa forma de registrar a chuva pode não representar a situação real do volume de chuvas em diferentes regiões da fazenda, podendo comprometer a qualidade das decisões tomadas em relação ao manejo da produção.

Esse fator demanda, uma pessoa para ir até os pluviômetros e anotar a precipitação armazenada todos os dias, e após esse registro transcrever essa informação em uma planilha.

Porém essa rotina é muito desgastante e gera muitos erros, por isso que atualmente em algumas fazendas que visam alta produtividade, os produtores estão instalando os pluviômetros automáticos.

Dessa forma, a instalação de pluviômetros automáticos, conectado à internet é considerado como mais ágil e preciso na hora da coleta e análise dos dados.

Esses pluviômetros registram os dados e enviam para uma plataforma via internet, gerando um dado de precipitação em tempo real.

Vejamos a seguir, cada um separadamente.

 

Pluviômetro convencional

Dentre os pluviômetros convencionais o mais comum é o que consiste basicamente em armazenar a chuva e com o auxílio de uma proveta medir o volume captado no dia.

Mas tudo tem vantagens e desvantagens, vamos conferir:

Vantagens

  • Custo inicial baixo.
  • Demanda pouca manutenção.

Desvantagens

  • Deslocamento até local do pluviômetro para coleta de dados.
  • Erros humanos ao transcrever e registrar os dados.
  • Gastos com funcionário para essa atividade.
  • Perdas de dados e dias sem registros.
  • Possui capacidade limitada de armazenar a chuva.

 

Pluviômetro digital automático

O pluviômetro automático mais comum é o pluviômetro de báscula.

Como o nome mesmo já diz, ao acumular um certo volume de água, o mecanismo basculante tomba para o lado, esvaziando a água coletada e emitindo um pulso eletrônico que será registrado.

Vamos conferir as suas vantagens e desvantagens:

Vantagens

  • Dados em tempo real.
  • Possui histórico de registros.
  • Maior precisão e capacidade de registros.
  • Economia na mão de obra e no deslocamento até o pluviômetro para coleta de dados.

Desvantagens

  • Custo maior na implantação.
  • Necessita de maior manutenção.

 

Plataforma Agropós

 

Cuidados ao adquirir

Vimos nesse artigo a importância de ser ter um pluviômetro em sua fazenda, pois as condições de chuva são fundamentais para uma boa produtividade na lavoura.

Além do mais, a distribuição das chuvas acaba determinado o calendário de atividades das fazendas como, plantio, irrigação e colheita.

Abordamos as vantagens e desvantagens de cada pluviômetro e quais seus benefícios ao ser implantado.

Entretanto, para garantir uma medição precisa, é importante além da tecnologia própria do aparelho, que o equipamento seja utilizado da forma correta.

O pluviômetro deve ser instalado em local aberto, longe de edifícios, árvores e qualquer obstáculo que possa dificultar a medição pelo instrumento.

Também deve ser evitada a instalação em áreas expostas a vento, como lugares mais elevados.

O equipamento pode ser instalado no chão ou a 500 mm do chão, desde que com acessórios adequados.

Agora que você tem as informações básicas sobre a instalação de um pluviômetro, cabe uma análise crítica e ponderada sobre cada tipo e o que cada um oferece, para assim, ser realizada uma aquisição que realmente venha somar na sua fazenda.

 

Irrigação

Estresse hídrico do milho prejudica absorção de nutrientes

Estresse hídrico do milho prejudica absorção de nutrientes

A chuva, e a falta dela, é um dos desafios a serem enfrentados pelos produtores rurais no Brasil que, devido à dimensão continental, enfrenta grande variação climática. “Esse fenômeno causa o chamado estresse hídrico e impacta diretamente a produtividade de lavouras, como a de milho, uma das principais culturas agrícolas do país, “explica o técnico de desenvolvimento de mercado para grandes culturas da Brandt do Brasil, Pedro Afonso.

“Uma das maiores preocupações é com a qualidade do plantio de milho diante das condições naturais adversas”, aponta o especialista da Brandt do Brasil. “A falta de água, além de inviabilizar o plantio, pode, no período vegetativo, resultar na redução da absorção de nutrientes culminando em plantas debilitadas, susceptíveis a pragas e doenças, apresentando baixo potencial produtivo e má qualidade de grãos”, informa Pedro Afonso.

De acordo com o técnico da Brandt, quando a planta para de absorver elementos essenciais, força o consumo dos nutrientes armazenados internamente para se manter. “Consequentemente, as altas temperaturas ligadas à falta de chuva aceleram esse processo, pois, como forma de defesa da planta, os estômatos são fechados para preservação de sua temperatura interna e controle da transpiração, resultando em produção final deficiente”, afirma Pedro Afonso.

Leia também: A Importância do Manejo de Pragas e Doenças na Produção Agrícola
Leia também: Saiba como combater a lagarta-do-cartucho da lavoura de milho

Apesar de a estimativa de produtividade de grãos ser elevada constantemente – a atual expectativa do governo é de um aumento nas safras de milho em mais de 22% em relação ao ano passado –, eventual falta de chuvas contribuirá para que os agricultores não atinjam a máxima produtividade. “Por isso, é preciso estar sempre atento às melhores formas de driblar esse problema de forma sustentável, garantindo a qualidade dos produtos”, reforça o técnico da Brandt do Brasil.

Como lidar com o estresse hídrico – “Como na construção de uma casa, a base deve suportar toda a estrutura. Na agricultura, não é diferente. Para ter bons resultados, os produtores precisam começar com práticas agrícolas e manejos que melhorem as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Com isso um dos ganhos diretos, será a maior capacidade de retenção de água desse solo, conferindo maior resistência a períodos de estiagem”, explica Pedro Afonso.

Com o objetivo de auxiliar o produtor de milho a alcançar máxima produtividade mesmo com o fator negativo do estresse hídrico, a Brandt do Brasil oferece soluções exclusivas, como Smart System® e Manni-Plex®. “Esses produtos são formulados por componentes que promovem a mobilidade dos macro e dos micronutrientes pela planta, propiciando nutrição balanceada. Lembrando que plantas bem nutridas desde o início do seu ciclo, estarão mais preparadas para passar por momentos de estresse com menores perdas”, complementa o especialista.

 

Fonte: AgroLink

[PARTE 2] Condições climáticas e a aplicação de defensivos agrícolas

[PARTE 2] Condições climáticas e a aplicação de defensivos agrícolas

Ainda sobre o controle de variáveis, temos agora a PARTE 2 da matéria, na qual vamos conhecer alguns parâmetros climáticos e ambientais decisivos no momento da aplicação. Confira!

Se você não leu a PARTE 1, clique aqui.

PARTE 2

Quais fatores climáticos impactam no desempenho do controle de variáveis?

Como vimos, é indispensável que o produtor e a equipe técnica que o auxilia, conheça as condições climáticas para planejar as estratégias de controle de agentes indesejados na produção.
Saiba como a temperatura, a umidade do ar, os ventos e a quantidade de chuvas influenciam na absorção pelas folhas da planta.

Temperatura

A temperatura é um dos fatores mais relevantes na hora de realizar a aplicação. Isso porque, tanto quando os termômetros apresentam marcas elevadas quanto nos dias mais frios, o efeito do produto utilizado pode sofrer alterações e, consequentemente, perda de eficácia.
O motivo para que isso aconteça é que, caso a temperatura esteja muito alta, pode ocorrer o processo de evaporação muito rápida, fazendo com que a gota permaneça no ar durante mais tempo ou mesmo sendo levada pelo vento, dificultando que alcance o alvo. Por outro lado, em temperaturas abaixo de 15 graus, a planta pode apresentar uma taxa baixa de metabolismo, dificultando a absorção do defensivo.
Por essa razão, a temperatura recomendada para a aplicação deve são as mais amenas, não devendo ultrapassar os 30°.

Umidade do ar

A umidade relativa do ar pode ser definida como a quantidade de vapor de água presente na atmosfera. Essa é uma variável importante na hora de realizar o controle de pragas pois é uma das principais responsáveis pela evaporação de uma gota da pulverização.
Durante a aplicação, a gota irá perder umidade até alcançar o seu alvo. O problema é que, quando a umidade do ar estiver muito baixa, por exemplo, mais rápido será a evaporação, fazendo com que o produto nem chegue a superfície do alvo.
Para não correr esse risco, o produtor deve sempre consultar essa variável que deve estar contida no intervalo entre 55% e 95%.

Ventos

O vento também é um dos fatores determinantes na eficácia da aplicação de defensivos. Quando o vento está muito forte durante a pulverização, pode resultar em deriva, ou seja, as gotas não chegam ao local pretendido e há desperdício de produto e pode haver contaminação de outras áreas.
Em contrapartida, situações extremamente calmas, como quando o vento está até 2 km/h, corre-se o risco de ter um fenômeno chamado de inversão térmica, em que o ar quente se deposita próximo ao chão retida por uma camada de ar frio. Essa situação faz com que as gotas cheguem a ficar suspensas na atmosfera durante mais tempo, gerando desperdício.

Quantidade de chuvas

Por fim, a quantidade de chuvas também deve ser observada pois nessas condições, pode ocorrer uma lavagem da superfície das folhas, impedindo a ação do produto no combate ao problema.
Nesses casos, o recomendado é estar atento à previsão de chuvas para o período após a aplicação, pois a planta leva um tempo para a realizar a absorção adequada. Caso contrário, pode causar perdas e até a necessidade de repetição da pulverização.
Saber a influência das condições climáticas na aplicação de defensivos agrícolas é importante para determinar o melhor momento de realizar o controle dos agentes e evitar o desperdício de mão-de-obra e produtos, melhorando a sua produção.

Matéria escrita por Janaína Campos,
Jornalista e Mestra em Extensão Rural
pela UFV