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Mancha alvo da soja: conheça os sintomas e manejo!

Mancha alvo da soja: conheça os sintomas e manejo!

A mancha alvo é uma das principais doenças da cultura da soja e o aumento de sua incidência nas áreas de cultivo tem preocupado os produtores brasileiros. Neste post vamos abordar tudo sobre esse assunto.

Venha Comigo!

 

Mancha alvo da soja: conheça os sintomas e manejo!

 

A mancha-alvo, doença causada pelo fungo Corynespora cassiicola que ataca mais de 500 espécies de plantas pelo mundo, se tornou uma das piores ameaças para a agricultura, especialmente nos climas tropicais.

No Brasil, é uma das principais doenças dos cultivos de soja e algodão na atualidade, o fungo que ocorre em diversos cultivos é disseminado através das sementes e sobrevive nos restos culturais na entressafra.

Após a instalação dos novos cultivos e sob condições ambientais favoráveis, o fungo pode infectar praticamente todas as partes das plantas. Os sintomas mais importantes ocorrem nas folhas, com lesões necróticas com centro mais escuro, semelhantes a um alvo.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Afinal, o que é mancha alvo da soja?

A mancha-alvo (Corynespora cassiicola) é uma doença fúngica, comumente encontrada em lavouras de soja de toda a região do Brasil. Ela pode incidir sobre a cultura em todo o seu ciclo, por isso é preciso uma atenção maior.

A sobrevivência deste patógeno depende de dois pontos principais: restos culturais e sementes.

No caso dos restos culturais, o patógeno pode sobreviver, principalmente em áreas sob sistema de plantio direto, afinal, esses restos favorecem diversos fungos e um deles é o da mancha-alvo.

E o outro ponto a ser observado são as sementes. Elas são o principal meio de disseminação da mancha-alvo. Elas precisam, portanto, ser de boa procedência e qualidade.

 

Ciclo e condições favoráveis

O fungo pode sobreviver na forma de clamidósporos por mais de uma safra no solo, pode sobreviver em restos culturais de plantas hospedeiras e pode também ser transmitido por sementes infectadas.

Chuvas e ventos contribuem para a dispersão do inóculo inicial até as folhas inferiores da cultura, onde inicia a doença. A partir do surgimento das primeiras lesões, esporos são produzidos sobre as lesões e poderão ser dispersos e dar origem a repetidos ciclos da doença (policíclica).

Períodos chuvosos, com molhamento foliar elevado e umidade relativa do ar (acima de 80%) são altamente favoráveis.

Menores espaçamentos e alta população de plantas podem favorecer a formação de microclima e favorecerem a doença. Períodos secos desfavorecem o desenvolvimento da doença.

 

Distribuição geográfica da mancha alvo

O fungo causador da mancha-alvo apresenta ampla distribuição geográfica, principalmente nos trópicos, sendo observado em mais de 350 plantas hospedeiras, em mais de 80 países, parasitando folhas, flores, caules e raízes de vegetais.

No algodoeiro, o fungo foi relatado pela primeira vez nos Estados Unidos em 1959, no Alabama. Foi anunciado na Bolívia em 1994 e no Brasil em 1995, no estado de Mato Grosso.

Epidemias frequentes da mancha-alvo têm sido observadas em diferente regiões produtoras do Cerrado, constituindo preocupação constante de produtores e técnicos.

 

 

Sintomas da mancha alvo

Os sintomas da mancha-alvo nas folhas começam por pontuações pardas, com halo amarelado, evoluindo para manchas circulares, de coloração castanho-claro a castanho-escuro.

Normalmente, as manchas apresentam uma pontuação no centro e anéis concêntricos de coloração mais escura, advindo daí o nome de mancha-alvo.

Dependendo da reação da cultivar, as lesões podem atingir até 2cm de diâmetro ou permanecer pequenas (1mm a 3mm), mas em maior número.

Também podem ocorrer manchas nos pecíolos, hastes, nervuras das folhas e vagens, sendo muitas vezes confundidas com antracnose.

Cultivares suscetíveis podem sofrer desfolha precoce. Algumas cultivares apresentam boa tolerância à desfolha e a presença da doença só é notada nas folhas inferiores.

 

Impactos na sociedade

O cultivo de soja é uma das mais importantes atividades agrícolas do Brasil. O grão, que pode ser utilizado pela indústria, como fonte de proteína para a criação animal, produção de óleo vegetal ou até mesmo na produção de biocombustíveis.

Esses fatos entre outros, fazem da soja uma cultura amplamente difundida, responsável por alavancar o PIB do país, em conjunto com as demais cadeias do agronegócio.

Tem-se observado em diversas áreas produtoras, que as doenças são responsáveis pela redução na renda do agricultor e, em determinados casos, podem ser causa impeditiva dessa atividade.

Portanto, é imprescindível que nas áreas de cultivo sejam adotadas práticas adequadas de manejo para que a atividade algodoeira se mantenha sustentável.

 

Manejo de mancha alvo

Para a não ocorrência da mancha-alvo nas lavouras de soja, ou a menor incidência das mesmas, algumas estratégias podem e devem ser tomadas.

 Assim, o risco de comprometimento da produtividade da lavoura diminui. São eles:

  • Uso de cultivares resistentes;
  • Seleção  sementes sadias e de boa procedência (como mencionado, a principal incidência da doença vem de sementes infectadas);
  • Tratamento de sementes;
  • Rotação e sucessão de culturas como milho ou outras gramíneas;
  • Uso de fungicidas.

Como pode perceber, o manejo existe desde a escolha da cultivar, passa pelo tratamento de sementes para evitar a incidência mas, também há manejo caso a doença já esteja instalada.

É importante lembrar que ao adotar o controle químico, deve-se fazer a rotação de fungicidas com diferentes modos de ação. Isso permite que a doença não se torne resistente a algum produto.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A mancha alvo da soja é uma doença fúngica causada pelo patógeno Corynespora cassiicola e que ataca culturas de interesse agronômico, como a soja.  Os principais sintomas são visíveis nas folhas: lesões e desfolha precoce.

O manejo da mancha alvo no algodoeiro inclui ações combinadas, de modo a preservar a sanidade da lavoura e evitar ou retardar a disseminação da doença na área.

Em caso de dúvidas, o ideal é consultar um especialista na área.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário, acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigos.

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Conheça os tipos de produção agrícola!

Conheça os tipos de produção agrícola!

A agricultura é, assim, indiscutível, pois é a partir dela que se produzem os alimentos e os produtos primários utilizados pelas indústrias, pelo comércio e pelo setor de serviços. Tornando-se a base para a manutenção da economia mundial. E por isso preparamos esse post, para mostrar sua importância e os diferentes tipos de produção agrícola e o cenário em frente a pandemia.

Venha comigo!

 

Conheça os tipos de produção agrícola!

 

O que é produção agrícola?

O conceito de produção agrícola é utilizado na área da economia para fazer referência ao tipo de produtos e benefícios que uma atividade como a agrícola pode gerar.

A agricultura é uma prática econômica que consiste no uso dos solos para cultivo de vegetais a fim de garantir a subsistência alimentar do ser humano. Bem como produzir matérias-primas que são transformadas em produtos secundários em outros campos da atividade econômica.

Existem três fatores ligados à produção agrícola: o físico, como o solo e o clima; o fator humano, que corresponde à mão de obra em seu desenvolvimento. E o fator econômico, que se refere ao valor da terra e o nível de tecnologias aplicadas na produção.

Ao longo do texto iremos descrever os tipos de produção agrícola e o cenário desse setor em frente a pandemia mundial.

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

História da agricultura

A agricultura tem seus primórdios na era pré-histórica, o que possibilitou aos homens deixarem de ser meramente caçadores nômades para fundarem povoados e cidades. E obterem alimentos através do cultivo da terra.

Mais adiante, com as grandes revoluções e grande aumento de pessoas no planeta, a agricultura passou a ter um papel fundamental: alimentar o mundo.

No Brasil não é diferente, e hoje em dia, além da tarefa de fornecer produtos para a população mundial, a agricultura no Brasil tem grande importância econômica, social e ambiental. A produção agrícola mundial, o que trouxe grande desenvolvimento econômico em diversos estados.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Importância da agricultura

A agricultura tem uma importância história bem marcada. Economicamente ela também é fundamental, em especial ao Brasil, onde é a sua base econômica. A sua importância, entretanto, estende-se a outros campos.

Além de ter sido decisiva para o desenvolvimento das sociedades. Ela também fornece subsistência a milhões de famílias ao redor do mundo. A prática é não apenas uma forma de sustento, mas também de nutrição.

A agricultura é uma grande matéria-prima no caso brasileiro e ainda é geradora de empregos. Dessa forma, mais do que com as exportações, ela colabora para a movimentação econômica no país.

 

Tipos de produção agrícola

A agricultura não consiste em apenas um tipo de conjunto de técnicas. Na verdade, são vários tipos de agricultura, principalmente no Brasil.

Essa diversidade se dá principalmente pela extensão do país. Já que possui um clima variado e características muito distintas entre uma região e outra. Veja os tipos:

 

Agricultura extensiva

A agricultura extensiva deve ser entendida como o sistema de produção agrícola tradicional. Que utiliza técnicas rudimentares e de baixa tecnologia em sua produção. De forma que existe o uso predominante de mão de obra humana.

 

Agricultura extensiva

 

Esse tipo de agricultura é comum em pequenas e médias propriedades. Por necessitar de menos recursos financeiros para a produção, acaba sendo muito utilizada por países em desenvolvimento. Pois muito não possuem tecnologia suficiente para alavancar uma produção que se utilize de maior tecnologia em seus processos.

Principais características da agricultura extensiva

  • Produção agrícola realizada de forma tradicional;
  • Baixa ou nenhuma utilização de tecnologia;
  • Dispõe de poucos recursos para investimento; Utilização de um número expressivo de trabalhadores como mão de obra;
  • Pode-se ainda encontrar a utilização de arado animal;
  • As sementes utilizadas não são selecionadas. Utiliza-se sementes guardadas da colheita anterior para os próximos plantios;
  • Baixa competitividade no mercado interno e externo, pois a produtividade por hectare não consegue alcançar a produção intensiva;
  • Está presente em pequenas e em grandes áreas, pois o que é considerado é a baixa utilização de técnicas, mecanização e insumos agrícolas, e não somente o tamanho da propriedade;
  • Respeita o ciclo da natureza, plantando de acordo com a época do ano, o ciclo das chuvas, temperatura, etc.

 

Agricultura intensiva

A agricultura intensiva pode ser caracterizada como o ramo da agricultura que utiliza em suas práticas diárias o intensivo uso de tecnologia de ponta e insumos agrícolas para obter maior produtividade em menor tempo de cultivo.

Esse modelo de agricultura é muito utilizado em países desenvolvidos, mas essa prática também foi incorporada nos países em desenvolvimento, como por exemplo no Brasil. Juntamente com o pacote tecnológico criado na Revolução Verde, que previa a modernização da agricultura.

Principais características da agricultura intensiva

  • Mecanização de todas as etapas possíveis do processo produtivo;
  • Agricultura altamente desenvolvida no viés tecnológico, de forma a possuir máquinas e equipamentos desenvolvidos especificamente para cada etapa do processo produtivo;
  • A utilização de mão de obra qualificada, pois a utilização de maquinário requer assistência técnica e manutenção, e também operacionalização de equipamentos;
  • Utilização intensiva de insumos, fertilizantes químicos e agrotóxicos;
  • Utilização em grande proporção de sementes e mudas geneticamente modificadas, conhecidas como transgênicas;
  • Incorporação de muitas técnicas e tecnologias simultâneas;
  • Alta produtividade, visando a obtenção de maior lucro.

 

Agricultura familiar

Esse tipo corresponde à produção agrícola desenvolvida por famílias, cujo rendimento é voltado para a subsistência delas. Essas famílias geralmente moram em terras pequenas e lá desenvolvem o cultivo com as próprias mãos.

Geralmente usam de uma agricultura sustentável. A agricultura familiar representa cerca de 80% da produção mundial de alimentos, portanto, é de extrema importância para a economia.

 

Agricultura familiar: saiba sobre esse assunto!

 

Agricultura orgânica

A agricultura orgânica tem ganhado cada vez mais espaço no cenário nacional, pois visa o equilíbrio ambiental e o desenvolvimento social dos produtores, além de possuir um modo de produção sustentável que respeita o meio ambiente e é mais saudável ao consumo humano por não ser utilizado nesse tipo de agricultura nenhum tipo de agrotóxico e agroquímico.

Nesse tipo de agricultura só se pode realizar o controle biológico das pragas que aparecerem. A agricultura orgânica tomou um caminho sem volta. Ela tem buscado desenvolver novas técnicas cultivo, visando a produtividade e não a predatória do solo.

Da mesma forma um dos principais pilares é o manejo do solo, com uso de adubação verde, compostagem, adubos orgânicos esses geralmente feitos na propriedade rural. entre outras técnicas.

 

Permacultura

Os princípios da permacultura afirmam que as necessidades humanas estão ligadas a soluções sustentáveis, sempre levando em consideração o equilíbrio entre os ecossistemas e o respeito ao próximo.

Ou seja, esse tipo de agricultura é caracterizado por compreender a ecologia, utilizar os recursos naturais de maneira racional e pela prática do desenvolvimento sustentável. Possui três princípios básicos: cuidar da terra, do futuro e das pessoas.

 

Agricultura comercial

A agricultura é, atualmente, a principal base da economia brasileira, e sua produção é voltada para monoculturas e, também, para tipos de culturas diversificadas.

Sendo assim, a agricultura comercial faz parte do setor primário, ou seja, onde há o cultivo e a colheita da terra para fins de subsistência, de exportação e de comércio.

Uma das principais características da agricultura comercial é a presença de máquinas no campo, responsáveis por beneficiar as matérias-primas e transformá-las em produtos com maior valor agregado.

 

Cenário da agricultura em tempos de pandemia

Você já parou para pensar na importância da agricultura em tempos de corona vírus? Se com as necessárias medidas de isolamento social, as gondolas dos supermercados seguem abastecidas. É porque milhares de trabalhadores rurais seguem no campo.

Assim, se antes da pandemia já não havia condições mínimas de trabalho, com o corona vírus eles estão ainda mais expostos ao risco.

Em muitos casos, não há maneiras de manter a distância necessária entre os trabalhadores. Nem estruturas adequadas como vestiários para troca de roupas e pias para higienização das mãos.

Há ainda uma grande parcela que perdeu o trabalho devido a interrupção ou diminuição da produção de muitas cadeias de alimentos por conta das medidas introduzidas globalmente para conter o corona vírus

 

Agricultura familiar a frente

Diferente do que pode se pensar, a maior parte dos alimentos que consumimos vem da agricultura familiar. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, 70% do que chega às nossas mesas veio da agricultura familiar.

O momento atual é de luta e a agricultura familiar tem tido papel determinante para enfrentar o corona vírus, quando as pessoas estão comendo mais em casa.

Assim, tem crescido também a preocupação com a origem dos alimentos e as medidas de higiene empregadas na distribuição e venda. Dessa forma, a agricultura familiar tem ganhado destaque.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A importância da agricultura em nossas vidas é indiscutível. Da produção dos alimentos que estão todos os dias em nossas mesas ao papel fundamental para a economia do país, o setor é mantido pelos trabalhadores rurais que dedicam técnica, conhecimento e esforço nessa função tão necessária.

Neste artigo podemos conhecer os diferentes tipos de produção agrícola e os desafios que a agricultura enfrenta em período pandêmico. Onde esse setor precisa ser valorizado cada vez mais. Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

Plantio direto: descubra as estratégias e seus benefícios!

Plantio direto: descubra as estratégias e seus benefícios!

O sistema de plantio direto é um conjunto de técnicas que consiste em não revolver ou revolver minimamente o solo, onde, o plantio é feito sobre a palhada.

Esse sistema traz diversos benefícios, tais como, maior retenção de água no solo, reduzindo a erosão e perda de nutrientes.

O cultivo em plantio direto pode ser mais lucrativo se realizado corretamente, para isso o conhecimento prévio é de suma importância.

Se você quer saber mais sobre essa técnica e de como implementá-la em sua propriedade, confira a seguir.

 

O que é sistema de plantio direto?

 

Plantio direto: descubra os principais passos!

 

O sistema plantio direto (SPD) é uma forma de manejo sustentável dos sistemas de produção agrícola, sendo o mais indicado para o manejo dos solos tropicais, como é no caso dos solos brasileiros.

O sistema de plantio direto foi introduzido no Brasil no início da década de 1970 para auxiliar no controle da erosão.

Atualmente, o SPD é bastante utilizado como uma forma de produzir alimento sem causar tanta exaustão no solo.

Dessa forma, o principal objetivo do SPD é promover a conservação do solo, evitando, assim, seu esgotamento e equilibrando o sistema produtivo.

 

Estratégias para implantação do plantio direto

O plantio direto consiste num conjunto de práticas agrícolas baseado em três princípios fundamentais: ausência ou revolvimento mínimo do solo, cobertura do solo com palhada e rotação de culturas.

Vejamos cada uma separadamente:

 

 

Rotação de culturas

Essa técnica, consiste em utilizar o método de alternância de diferentes cultivos, levando a melhorias dos atributos químicos, biológicos e físicos do solo, com redução da degradação do meio ambiente, além de uma maior produtividade.

As espécies são selecionadas de acordo com alguns critérios, como possuir diferente suscetibilidade a pragas e doenças e apresentar necessidades nutricionais diferentes.

Uma vez adotada, a rotação de culturas, reduz de forma eficiente os impactos ambientais causados pela monocultura, que é produção agrícola de apenas uma cultura, que causa a degradação física, química e biológica do solo e o desenvolvimento de pragas.

 

Ausência ou mínimo revolvimento do solo

Em resumo, não revolver ou revolver minimamente o solo é o pilar do plantio direto, o recomendado é o revolvimento apenas na linha de plantio.

Assim, é permitido também para eliminação de camadas compactadas do solo e deixá-lo mais homogêneo.

Um vez que, a eliminação dessas camadas compactadas deve ser realizada antes da implantação do sistema.

 

Cobertura com palhada

A palhada é formada pelos restos do plantio colhido anteriormente. Os galhos, folhas e raízes são triturados e pulverizados de volta ao solo. O processo ocorre simultaneamente com a colheita.

Desse modo, a palhada ajuda a reduzir a erosão do solo, ajuda a manter a temperatura ideal para as plantas, aumenta disponibilidade de água no solo.

Uma ótima opção de palhada, são os adubos verdes, que ao absorverem os nutrientes do solo, contribuem para a redução das perdas por lixiviação, amenizando os impactos da agricultura, trazendo maior fertilidade aos solos agrícolas e sustentabilidade ao sistema de produção.

 

Como implantar o sistema de plantio direto

Sistema de plantio direto é uma forma de manejo, onde a palha e os demais restos culturais derivados da colheita são deixados na superfície do solo.

No SPD, há pouco revolvimento solo ou nenhum revolvimento, entre a colheita e o plantio do cultivo seguinte. Ou seja, as operações de preparo do solo (aragem e gradagem) não são adotados nesses sistema de produção, mantendo assim a palhada sobre o solo antes e depois do plantio.

 

Nutrição Mineral de Plantas Macronutrientes.

 

Vejamos agora 6 passos importantes que devem ser seguidos para a implantação do sistema de plantio direto:

  1. Planejar qual será o sistema de rotação, optando intercalar culturas econômicas com espécies produtoras de biomassa, para isso é importante saber o processo de rotação de culturas.
  2. Revolvimento mínimo possível para eliminação de camadas compactadas do solo e deixá-lo mais homogêneo.
  3. Preparo do solo: Análise de solo, correção se necessário do pH e fertilidade.
  4. Avaliar o desempenho econômico e agronômico do sistema de produção, para reformular ou adaptar o sistema de rotação de culturas, caso necessário.
  5. Dispor de maquinários, como: semeadoras e pulverizadores.
  6. Contratar um profissional especializado na área para orientação na implantação e condução do sistema

Agora que já sabemos como implantar o SPD, vejamos a seguir os benefícios que se destacam pela adoção dessa técnica na sua propriedade.

 

plantio direto

 

Benefícios do plantio direto

Primeiramente, a palhada no sistema de plantio direto, contribui com processos aleloquímicos que podem realizar o controle de doenças e favorecer os ciclos biológicos do solo.

Assim, a adoção do SPD proporciona uma série de benefícios econômicos, ambientais e sociais.

Com a palhada é possível reestruturar o solo com agregados, disponibilizando matéria orgânica, dessa forma, incrementando fertilidade do solo.

Nesse sentido, podemos destacar 9 benefícios do plantio direto:

  • Redução dos custos de produção;
  • Aumento da atividade biológica e da estabilidade da estrutura do solo;
  • Aumento da matéria orgânica;
  • Eliminação ou redução das operações de preparo do solo;
  • Redução do uso de herbicidas;
  • Redução do uso inseticidas e fungicidas;
  • Aumento da produtividade das lavouras, devido a eficiência no uso de fertilizantes;
  • Maior disponibilidade de água no solo, pela maior infiltração da água das chuvas;
  • Redução da erosão, benefício concedido pelo depósito da palhada.

 

Plantio direto X plantio convencional

Segundo dado preliminar do Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola no ano de 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de estabelecimentos que adotaram o plantio convencional ainda é bem maior que o plantio direto, como mostra a tabela abaixo:

 

Plantio direto x planatio convencional

Fonte: IBGE – Censo Agropecuário

 

Um dos desafios para a expansão do SPD são os custos iniciais com a implantação, podendo variar bastante de região para região.

Na fase inicial há despesas maiores com fertilizantes e herbicidas, porém os valores são diluídos ao longo dos anos, devido a economia gerada com os benefícios da adoção do sistema.

Desse modo, quando analisado em um espaço de tempo maior, os custos totais de produção dos dois sistemas, o SPD se torna mais rentável quando comparado com o sistema convencional de plantio.

Porém, ainda há muito o que avançar, como conferimos nos dados do IBGE.

 

Conhecimento técnico para adoção do sistema de plantio direto

Vimos nesse artigo, que o sucesso do plantio direto depende muito do nível de conhecimento técnico do agricultor, devido à maior complexidade de implantação e condução do sistema.

O custo inicial da implantação e o acesso à assistência técnica agrícola é sem dúvidas dois grandes gargalos para o desenvolvimento do SPD, gerando erro e prejuízo ao produtor, levando muitas vezes ao abandono do sistema.

Por tanto, para o alcance do sucesso na implantação do plantio direto, se faz necessário o auxílio técnico qualificado, um bom planejamento e a utilização racional dos recursos humanos e econômicos, para assim, alcançar os resultados esperados.

 

 

Rotação de culturas: aprenda agora como fazer!

Rotação de culturas: aprenda agora como fazer!

A rotação de culturas é uma prática agrícola que consiste na alternância de cultivos em uma área por um determinado período.

Ela ocorre de forma ordenada e tem como principal objetivo a conservação do solo e controle de pragas e doenças na lavoura.

Se você quer saber mais sobre a rotação de culturas e como implantar essa técnica em sua propriedade é só continuar comigo.

Vou te apresentar tudo o que você precisa saber agora!

 

Rotação de Culturas

 

O que é a rotação de culturas e qual a sua importância?

Há várias práticas de conservação do solo, o plantio direto, adubação verde e entre outras práticas, temos a rotação de culturas.

Essa técnica, consiste em utilizar o método de alternância de diferentes cultivos, levando a melhorias dos atributos químicos, biológicos e físicos do solo, com redução da degradação do meio ambiente, além de uma maior produtividade.

As espécies são selecionadas de acordo com alguns critérios, como possuir diferente suscetibilidade a pragas e doenças e apresentar necessidades nutricionais diferentes.

Uma vez adotada, a rotação de culturas, reduz de forma eficiente os impactos ambientais causados pela monocultura, que é produção agrícola de apenas uma cultura, que causa a degradação física, química e biológica do solo e o desenvolvimento de pragas.

Dessa forma, o principal objetivo da rotação de culturas é promover a conservação do solo, evitando, assim, sua exaustão e equilibrando o sistema produtivo.

Vejamos a seguir as principais vantagens que essa técnica traz para sua lavoura.

 

 

13 vantagens da rotação de culturas

As vantagens da rotação de culturas são inúmeras. Além de proporcionar a produção diversificada de alimentos e outros produtos agrícolas, ela traz múltiplos benefícios para o sistema produtivo como um todo.

  1. Melhoria das características físicas, químicas e também biológicas do solo;
  2. Diversificação do plantio e de renda;
  3. Auxílio no controle e redução de plantas daninhas, doenças e pragas, por meio da quebra de ciclos;
  4. Restituição de matéria orgânica;
  5. Manutenção e melhoria da fertilidade do solo;
  6. Proteção do solo, com o aumenta a produção de biomassa ou palhada para cobertura;
  7. Viabiliza o sistema de plantio direto;
  8. Aumento na infiltração e retenção de água no solo;
  9. Controle da erosão;
  10. Otimização no uso de máquinas e mão de obra;
  11. Reciclagem de nutrientes e redução na utilização de fertilizantes químicos;
  12. Aumento e estabilização da produtividade das espécies vegetais;
  13. Aumento da eficiência econômica e agronômica dos sistemas de produção.

 

Rotação de culturas X monocultura

A monocultura representa o cultivo de uma única espécie vegetal, como exemplo, o plantio da cana-de-açúcar. Normalmente, essa atividade agrícola é realizada em extensas propriedades rurais.

Sendo caracterizada pela produção em menor tempo, uso facilitado de herbicidas, produção de espécies altamente expressiva para a economia de exportação, porém esse sistema produtivo é muito exigente.

Uma vez, que causa diversos impactos ambientais, como o empobrecimento do solo, a retirada da cobertura vegetal e o desequilíbrio ecológico.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Condições essas, que favorecem à proliferação e persistência em larga escala de pragas e doenças que atacam aquela cultura em específico, sem que haja um inimigo natural para combatê-lo, levando ao aumento no uso de defensivos.

A monocultura, ao contrário da rotação de culturas, por cultivar uma única espécie pode provocar a exaustão do solo, acarretando o esgotamento de seus nutrientes e, consequentemente, o empobrecimento nutricional.

Entretanto, mesmo com a apresentação de todas as vantagens da rotação de culturas, você pode ficar na dúvida se esse sistema se enquadra na realidade da sua propriedade, certo?

Por isso, que a avaliação deve se basear no seu objetivo de produção e conhecimento das técnicas de cultivo, para que possa alcançar os resultados esperados de produtividade e lucratividade.

 

Implantação da prática de rotação de culturas

Primeiramente, antes da implantação da rotação de culturas na sua propriedade é necessário um bom planejamento, para que alcance o máxima de eficiência na melhoria da capacidade produtiva do solo.

Para isso se deve levar em conta diversos fatores:

  • Escolha de plantas que contribuam para fixar nitrogênio, com raízes profundas e de grande volume;
  • Uso de plantas comerciais, garantindo geração de renda para o produtor;
  • Escolha de variedades com base no objetivo do sistema, por exemplo, para cobrir o solo e contribuir para a adubação verde;
  • Utilização de culturas que possuem sistemas radiculares diferentes, como as gramíneas e leguminosas;
  • Sempre que possível, associar espécies que produzam grande quantidade de biomassa e também de rápido desenvolvimento, cultivadas isoladamente ou em consórcio com culturas comerciais.
  • Seja feita a escolha pelas espécies adaptadas às condições edafoclimáticas da região.

Por fim, o planejamento deve considerar que não basta estabelecer e conduzir a melhor sequência de culturas.

É necessário também que o agricultor utilize todo seu conhecimento de manejo, como, preparo do solo (calagem e adubação), época de plantio, cultivares adaptadas para sua região, controle de plantas daninhas e de pragas e doenças.

 

Como escolher as espécies para a rotação de cultura

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) o sucesso da rotação de culturas é extremamente dependente da região produtiva e condições climáticas.

Essa prática precisa ser bem planejada para definir a hora certa de plantar e quando retirar. Isso evita que a espécie selecionada se propague pelo campo e comprometa a cultura principal.

As culturas utilizadas para rotacionar, são das mais diversas. No entanto, é necessário ter conhecimento de algumas características que as plantas devem apresentar para serem utilizadas na rotação.

Para isso, o ideal é adotar plantas de diferentes grupos, por exemplo:

  1. Gramíneas: milho, arroz, sorgo, trigo, milheto, aveia preta, aveia branca.
  2. Leguminosas: grão-de-bico, feijão, soja, amendoim, feijão guandu, crotalária, lablab, tremoço.
  3. Asteraceae: Girassol.

Portanto, essas múltiplas variáveis, torna complexa a definição dos cultivos que devem ser implantados para que a rotação de culturas.

Por isso, recomenda-se a consulta a um profissional da área, para que essa definição seja feita de forma adequada e mais favorável possível ao sistema de produção.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Neste artigo vimos que a rotação de culturas, se adotada e conduzida de modo adequado e por um período suficientemente longo, essa prática melhora as características físicas, químicas e biológicas do solo.

Além, de auxiliar no controle de plantas daninhas, doenças e pragas, repõe matéria orgânica e protege o solo da ação dos agentes climáticos e ajuda a viabilização do sistema de plantio direto.

A rotação de culturas vem na busca de melhorias nos sistema produtivo de alimentos de forma mais equilibrada, estabelecendo, acima de tudo, sistemas de produção sustentáveis, com o mínimo de danos ao meio ambiente e com a máxima lucratividade para o produtor rural.