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A biodiversidade brasileira e a sua preservação!

A biodiversidade brasileira e a sua preservação!

A biodiversidade brasileira é assunto abordado no mundo inteiro, devido a sua riqueza de fauna e flora.

Para sua preservação e manutenção, se faz necessário ações do poder público para orientar, legislar e fiscalizar sobre o meio ambiente e como homem interfere nesse meio.

Por isso é preciso que haja um movimento de conscientização de toda a sociedade para que toda nossa riqueza de fauna e flora seja preservada e cada vez mais apreciada pelo mundo.

Vamos conhecer um pouco mais sobre o assunto?

 

A biodiversidade brasileira e a sua preservação!

 

O Brasil de riquezas

O Brasil, devido a sua dimensão continental apresenta uma variação muito grande vida. E o que implica em diferentes ecossistemas, colocando em destaque a biodiversidade brasileira. Onde é considerada com maior biodiversidade do mundo.

Estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) apontam que nosso país detém 20% da biodiversidade do planeta e 30% das florestas tropicais.

Nesse contexto, a biodiversidade brasileira é caracterizada através dos biomas que demarca e distingue uma região de outra. Através dos tipos de vegetação e seus organismos vivos.

Além disso, os distintos biomas e condições favoráveis de clima e solo, a vasta flora do Brasil. Tantas espécies conhecidas e que ainda não foram identificadas nos faz entender que a nossa biodiversidade é algo que ainda há muito o que se estudar.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

Florestas plantadas e a conservação da biodiversidade brasileira

A indústria nacional de florestas plantadas tem dado importantes demonstrações de seu comprometimento para que o Brasil siga liderando esse ranking. Dedicando recursos a pesquisas que envolvam o levantamento, monitoramento e manejo da fauna e fitossociologia, restauração da flora e gestão da paisagem.

O setor está atento a estes dados valiosos e buscam conservar a natureza e suas riquezas.

Uma vez que, estudos desenvolvidos por empresas do setor traz dados relevantes. Havendo muitas razões para se comemorar que mais da metade das espécies registradas no Brasil foram encontradas nos registros das empresas florestais.

Os indicadores apontaram ainda para a existência de 161 espécies de anfíbios, 174 répteis, 241 mamíferos e uma rica flora de mais de 1570 espécies.

Além de suprir a demanda por produtos madeireiros, o setor florestal atua também na recomposição dos biomas, na implantação e manejo adequado de APPs e áreas de RL.

Vamos agora conhecer um pouco mais sobre os biomas brasileiros, confira!

 

Produtos Madeireiros e não Madeireiros: Conheça quais são e sua Importância.

 

Biomas brasileiros e sua biodiversidade

O Brasil é formado por uma fauna e flora muito diversificada e para melhor conhecimento sobre toda essa biodiversidade. De acordo com suas diferentes características e composições temos o que denominamos de biomas.

Cada um desses ambientes abriga uma diversidade enorme de vegetação e de fauna.

A biodiversidade presente nesses biomas está diretamente relacionada com a manutenção esse meio ambiente equilibrado do ponto de vista ecológico.

Para alcançar este objetivo, além da organização do poder público para orientar, legislar e fiscalizar as ações que possam impactar o meio ambiente. É preciso que haja um movimento de conscientização de toda a sociedade.

Nesse sentido, um trabalho interessante, é o das unidades de conservação que temos distribuídas por todo país. Essas são áreas, com características naturais relevantes, criadas e protegidas pelo poder público com objetivos de conservação. Podendo ser na esfera municipal, estadual e federal.

Porém, é comum vermos espécies da fauna e flora exóticas invasoras em nossos biomas. Elas levam essa denominação por não serem próprias da área. Como vimos acima sobre a abordagem das florestas plantadas, onde, muitas das vezes utilizam de espécies exóticas para esse povoamento arbóreo.

Vejamos a seguir a caracterização de cada bioma e como eles contribuem com a biodiversidade brasileira.

 

Bioma Mata Atlântica

A floresta da Mata Atlântica é reconhecida como uma floresta tropical. Que se encontra associada aos ecossistemas costeiros de mangues, restingas e às florestas com Araucária no planalto do Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Por isso, o bioma Mata Atlântica é formado por um mosaico de ecossistemas. Com estruturas e composições bastante diferenciadas, acompanhando a diversidade dos solos, relevos e características climáticas.

Uma característica comum em toda sua vasta extensão é a exposição aos ventos úmidos que sopram do Oceano Atlântico.

Como a formação florestal é marcada por sua fisionomia alta e densa, com estratificação vertical. Geralmente a vegetação dos estratos inferiores vive em um ambiente úmido e menos iluminado.

Entretanto, essa cobertura florestal que abrangia uma área superior a 1.360 milhões km², encontra-se reduzida a menos de 8% de sua área original. Ainda assim, tem apenas 0,69% de áreas especialmente protegidas.

Este bioma abriga a grande maioria dos animais e plantas ameaçados de extinção do Brasil e apresenta um grande número de espécies endêmicas.

 

Bioma Mata Atlântica

 

Bioma Caatinga

O bioma Caatinga, que na língua indígena tupi-guarani quer dizer “Mata Branca”, está localizado na Região Nordeste brasileira. Correspondendo a parte da superfície dos Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais.

Segundo apontamentos feitos no Seminários Biodiversidade da Caatinga, a área aproximada do bioma abrange cerca de 735 mil km² (10% do território brasileiro) é o único totalmente brasileiro. Sendo um dos biomas mais degradados pelo homem.

A expressão bioma Caatinga é um termo abrangente para caracterização das diversas fisionomias da região semi-árida do Nordeste brasileiro. Porém ainda é pouco conhecido apesar de ser mais diversa em espécies endêmicas.

 

Bioma Caatinga

 

Bioma Cerrado

O bioma Cerrado está localizado no Planalto Central do Brasil e é o segundo maior do país em área, ocupando 24% do território nacional, superado apenas pela Floresta Amazônica.

A vegetação do bioma Cerrado apresenta formações florestais (Mata ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca e Cerradão), savânicas (Cerrado sensu strictu, Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda) e campestres (Campo Sujo, Campo Rupestre e Campo Limpo).

As formações florestais do Cerrado apresentam predominância de árvores e arbustos. Com formação de dossel, enquanto as formações savânicas se caracterizam pela presença dos estratos arbóreo e arbustivo-herbáceo.

 

Bioma Cerrado

 

Bioma Pantanal

O Pantanal Matogrossense constitui um tipo de ambiente de transição que liga o Cerrado, no Brasil Central, o Chaco, na Bolívia, e a Região Amazônica. Ao norte, correspondendo, aproximadamente, à Bacia do Alto Paraguai.

No planalto e nas terras altas da bacia, predominam formações vegetais abertas. Tais como campos limpos, campos sujos, cerrados e cerradões, vinculados, principalmente, ao tipo de solo e fatores climáticos.

Encontram-se também, florestas úmidas, como extensão ou contato com o ecossistema amazônico.

A planície inundável que forma o Pantanal propriamente dito constitui uma das áreas úmidas de maior importância na América do Sul.

Esses ambientes, que atuam como grandes reservatórios de água, apresentam regime de inundação periódica. Que determina uma alta produtividade biológica e grande diversidade de fauna.

 

bioma Pantanal

 

Bioma Amazônia

A Amazônia possui 4,2 milhões de Km². É reconhecida nacional e internacional por sua rica biodiversidade.

Com a posição de maior floresta tropical remanescente do mundo, representando cerca de 40% das florestas tropicais do planeta.

Em termos de abrangência territorial, ultrapassa as fronteiras brasileiras, envolvendo países vizinhos como Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.

Apenas no território brasileiro, abrange os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.

Estudos revelam que esse bioma existe, mais de 600 tipos e habitat, tanto terrestre como de água doce.

 

Bioma Amazônia

 

Bioma Pampa

Os Campos da Região Sul do Brasil são denominados como “pampa”, termo de origem indígena para “região plana”.

O bioma pampa também conhecido como Campos do Sul ou Campos Sulinos, existe no Brasil, apenas no estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho. Está presente também em territórios da Argentina e Uruguai.

 

Bioma Pampa

 

Bioma Costeiro

Por último, o bioma costeiro, ele é formado por vários ecossistemas que compõem o litoral brasileiro.

São eles, manguezais, restingas, dunas, praias, ilhas, costões rochosos, baías, brejos e recifes de corais, entre outros.

Dessa forma, por abranger toda a costa brasileira, há uma variação nas suas características muito grande. Uma vez que, espécies de animais, vegetais e os aspectos físicos são diferentes em cada um de seus ecossistemas.

 

Bioma Costeiro

 

Conservação da biodiversidade: dever de todos

Vimos nesse artigo como a biodiversidade brasileira é ampla e como cada bioma participa de um todo orquestrado pela fauna e flora que o compõe.

 

Plataforma Agropós

 

Muitas das nossa atitudes contribuem para a manutenção da biodiversidade. Como o mal uso dos recursos naturais podem degradar meio ambiente extinguindo vidas, cada vez mais raras. Somos todos corresponsáveis!

Por isso a importância sobre a abordagem do assunto e te convido a conhecer mais, ler mais. Já imaginou você conhecendo mais de mil espécies de arvores e animais da nossa flora e fauna? Fique rico de conhecimento, assim como é rica a nossa biodiversidade.

Escrito por Juliana Medina.

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

Araucária deve ser extinta em 2070, diz estudo

Araucária deve ser extinta em 2070, diz estudo

Dos 20 milhões de hectares da extensão original da Floresta com Araucárias, hoje restam apenas de 1 a 3%. Para o futuro, a expectativa de cientistas da Universidade de Reading, no Reino Unido, não é nada positiva. Segundo estudo publicado este ano na Wiley Online Library, a araucária (Araucaria angustifolia) deve ser totalmente extinta até 2070, como resultado da intensa e predatória exploração madeireira e do manejo inadequado das sementes. O cenário é agravado pelas mudanças climáticas, que interferem nesse e em outros ecossistemas. Para os cientistas, apenas intervenções direcionadas podem ajudar a garantir a sobrevivência da espécie na natureza.

Componente importante da Mata Atlântica, a araucária ocorre predominantemente nos estados do Sul do Brasil e em algumas regiões serranas do Sudeste. Conhecida como símbolo do Paraná, a árvore de grande porte pode atingir 50 metros de altura. Atualmente, os poucos remanescentes da espécie estão localizados em pequenas e médias propriedades rurais, que asseguram aos agricultores uma importante fatia de renda por meio da extração do pinhão (semente da Araucária) e das folhas de erva-mate, que fazem parte do ecossistema da Floresta com Araucárias.

Araucária+

Como forma de conciliar a conservação de espécies e o desenvolvimento econômico, em 2013, foi criada a iniciativa Araucária+ por meio da parceria entre as fundações Grupo Boticário de Proteção à Natureza e CERTI. A proposta objetiva impulsionar a conservação da biodiversidade, reduzindo a tendência de desmatamento e degradação desse ecossistema por meio de um modelo de valorização da Floresta com Araucárias e de desenvolvimento sustentável das comunidades associadas.

Atualmente, o Araucária+ conta com mais de 50 organizações parceiras, entre empresas, institutos de Ciência e Tecnologia, investidores, poder público e cerca de 80 produtores articulados. Mais de 6,5 milhões de metros quadrados de floresta estão sendo conservados e monitorados pela iniciativa. Também foi firmada a parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a restauração ecológica e estruturação da cadeia de restauração em regiões de remanescente, visando a proteção de 2,6 milhões de metros quadrados de Floresta com Araucárias.

Por meio da iniciativa, produtores locais são conectados a um mercado diferenciado, formado por empresas que adotam estratégias de inovação e sustentabilidade em seus produtos, demandando insumos de origem sustentável, com informação e rastreabilidade agregada. Para acessar esse mercado, os agricultores devem adotar o Padrão Sustentável de Produção, com análise das cadeias produtivas em que se identificam os principais impactos derivados da extração de produtos da floresta. Integrados, eles recebem orientação técnica e capacitação, além de um plano de melhorias direcionado para cada propriedade.

“Nós formamos uma rede de atores que estão envolvidos das mais variadas formas com as cadeias produtivas não-madeireiras desta floresta e que, por falta de incentivos ou conhecimento, acabam trabalhando de forma isolada. Ao conectarmos esses atores, potencializamos os impactos de suas iniciativas. Com isso, geramos renda e conservamos a Floresta com Araucárias”, destaca Guilherme Karam, coordenador de Negócios e Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário.

Fonte: Ciclo Vivo

Estudo inédito revela que a Amazônia está perdendo superfície de água

Estudo inédito revela que a Amazônia está perdendo superfície de água

Imagens do satélite Landsat coletadas durante 33 anos (1985 a 2017), novas tecnologias de processamento de dados em nuvens de computadores e uma análise dedicada de pesquisadores tornaram possível um novo olhar sobre a Amazônia, agora na perspectiva das transformações que vem ocorrendo nos corpos hídricos da região.

Assim como o Prodes nos mostra anualmente como está a supressão da vegetação natural dos ecossistemas terrestres, o novo estudo teve como objetivo avaliar as dinâmicas de transformação na superfície de água na Amazônia. Esse pode ser o pontapé inicial para um acompanhamento anual e regular sobre o estado dos corpos hídricos – rios, lagos, áreas úmidas inundáveis etc.

Mas os resultados obtidos não são positivos: A análise realizada pelo WWF-Brasil e Imazon, no âmbito do Projeto MapBiomas, e com apoio do Google Earth Engine, mostra que há uma tendência de redução da superfície hídrica na Amazônia brasileira. Em média foram perdidos 350 km2 de área coberta por ambientes aquáticos por ano.

O resultado da analise foi publicado na última terça-feira (19) em edição especial da revista científica Water (MDPI) sobre a situação dos recursos hídricos nas Américas, trazendo dados inéditos para o bioma. Esta foi a primeira vez que um estudo dessa magnitude foi realizado na escala do bioma Amazônia.

Vetores e impactos

Bernardo Caldas, analista do Programa de Ciências do WWF-Brasil e um dos autores do estudo, explica que existe uma correlação entre a perda de superfície de água na região Amazônica e a construção de hidrelétricas e desmatamento.

As intervenções humanas como a construção de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), açudes, barramentos de rios por grandes ou pequenas obras, a formação de lagos para piscicultura somadas, assim como as grandes obras de infraestrutura, afetam a dinâmica natural e geram alterações nos corpos hídricos e fluxos de água que impactam todo o sistema. A faixa onde estão mais evidenciadas essas múltiplas intervenções humanas coincidem com o chamado arco do desmatamento, na porção sul da Amazônia.

Área desmatada na Amazônia | Foto: iStock by Getty Images

O barramento de rios (interrupção de seu curso natural) afeta o pulso de inundação. Os efeitos cumulativos de muitos barramentos podem levar o curso d’ água a entrar em colapso e, assim, subsequentemente, interferir na dinâmica e serviços ecológicos da bacia hidrográfica como um todo.

As áreas mais afetadas com essa perda de superfície são as áreas de inundação (várzeas) e lagoas que se formam com o pulso de cheias e vazantes dos rios. A bacia Amazônica forma uma rede de ecossistemas aquáticos, diferenciados e interligados. Esses ecossistemas são fundamentais para a biodiversidade, a reprodução de peixes e outras espécies aquáticas.

“A perda desses habitats dinâmicos, que são influenciados pelo bombeamento natural e pelos fluxos de água, coloca em risco espécies como os botos, peixes, incluindo os ornamentais, os quelônios, entre muitas outras espécies que dependem desses locais para se reproduzirem. Ou seja, estamos perdendo os berçários da vida na Amazônia. Consequentemente, as comunidades que dependem dessa biodiversidade também serão afetadas”, explica Bernardo Caldas.

Desafios

Os principais desafios para a realização do estudo foram a escala e complexidade da região e o extenso período histórico analisado. Carlos Souza, pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), explica que esse estudo só foi possível por conta dos recentes avanços técnicos para o processamento de grandes volumes de dados que estão disponíveis atualmente. “Utilizamos o Google Earth Engine e seus servidores de computadores espalhados pelo mundo para processar um volume impressionante de imagens de satélites. O que seria uma tarefa quase impossível há alguns anos atrás”, comenta.

Lei na íntegra no site da WWF-Brasil

Por: CicloVivo