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Fatores climáticos na agricultura: saiba mais!

Fatores climáticos na agricultura: saiba mais!

A agricultura é uma atividade vital para a subsistência humana e o desenvolvimento econômico, mas está profundamente influenciada pelos fatores climáticos. Este artigo explora os impactos das condições climáticas na agricultura. Analisando como as mudanças no clima afetam os cultivos, a produção de alimentos e a segurança alimentar. Quer saber mais?

Acompanhe!

 

Fatores climáticos na agricultura: saiba mais!

 

A agricultura desempenha um papel crucial na vida humana, fornecendo alimentos, fibras e matérias-primas essenciais para a sociedade.

No entanto, essa atividade econômica fundamental enfrenta desafios significativos decorrentes das mudanças climáticas e das flutuações climáticas de curto prazo.

Os fatores climáticos desempenham um papel crítico no sucesso ou fracasso das colheitas, na disponibilidade de água e na saúde dos ecossistemas agrícolas. O clima afeta a produtividade agrícola, a distribuição geográfica dos cultivos e a segurança alimentar global.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

O que são fatores climáticos?

Fatores climáticos são elementos e condições que compõem o clima de uma determinada região ou área geográfica.

Esses fatores descrevem as características atmosféricas e meteorológicas que prevalecem em uma região ao longo do tempo e têm um impacto significativo no clima local.

 

Principais fatores climáticos

Alguns dos principais fatores climáticos incluem:

  • Temperatura: a temperatura é uma medida da quantidade de calor na atmosfera e varia ao longo do dia e das estações. Ela desempenha um papel fundamental na determinação do tipo de clima de uma área.
  • Umidade: a umidade do ar refere-se à quantidade de vapor d’água presente na atmosfera. A umidade afeta a sensação de conforto e também está relacionada à formação de precipitação. Como chuva e neve.
  • Precipitação: a precipitação inclui chuva, neve, granizo e outras formas de água que caem da atmosfera para a superfície da Terra. Ela é essencial para a disponibilidade de água e o crescimento de plantas.
  • Pressão atmosférica: a pressão atmosférica é a força exercida pela atmosfera sobre a superfície da Terra. Variações na pressão atmosférica podem indicar a chegada de sistemas meteorológicos. Como frentes quentes e frentes frias.
  • O vento é o movimento do ar na atmosfera e pode influenciar o clima local, a dispersão de poluentes e o transporte de umidade.
  • Radiação solar: a quantidade de radiação solar que uma área recebe desempenha um papel fundamental na determinação do clima. Isso inclui a quantidade de luz solar, radiação ultravioleta e outros componentes da energia solar.
  • Latitude: a latitude se refere à posição de uma área em relação ao equador. A latitude afeta a quantidade de radiação solar que uma área recebe e desempenha um papel importante na variação das estações.
  • Altitude: a altitude é a elevação acima do nível do mar. À medida que a altitude aumenta, a temperatura e a pressão atmosférica geralmente diminuem. O que influencia o clima local.

 

Como interagem?

Esses fatores climáticos interagem de maneira complexa e variam de uma região para outra, criando uma ampla diversidade de climas em todo o mundo.

O estudo desses fatores é fundamental para compreender as condições climáticas e prever as mudanças no clima de uma área específica. Além disso, os fatores climáticos desempenham um papel crucial na agricultura, na ecologia e em muitos outros aspectos da vida humana e dos ecossistemas terrestres.

 

Como a agricultura é afetada pelo clima em transformação?

A agricultura é profundamente afetada pelo clima em transformação, resultante das mudanças climáticas globais.

As mudanças climáticas trazem uma série de desafios significativos para a produção de alimentos, a segurança alimentar e a sustentabilidade agrícola.

 

Impactos do clima na agricultura

Aqui estão algumas das principais maneiras pelas quais a agricultura é impactada pelo clima em transformação:

  • Variação nas precipitações: podem levar a alterações nos padrões de precipitação. Resultando em secas mais severas ou inundações mais frequentes. Isso afeta a disponibilidade de água para irrigação e pode prejudicar a produtividade das culturas.
  • Aumento da temperatura: pode acelerar o ciclo de crescimento das plantas, levando a períodos mais curtos de desenvolvimento e diminuição da produção. Além disso, o calor excessivo pode causar danos diretos às culturas e ao gado.
  • Mudanças nos padrões de doenças e pragas: pode afetar a distribuição geográfica e a intensidade de doenças e pragas que afetam as plantas e os animais, exigindo estratégias de manejo diferentes.
  • Redução na disponibilidade de água: a diminuição da disponibilidade de água pode tornar a irrigação mais cara e complexa. Afetando as regiões onde a agricultura depende fortemente da irrigação.
  • Riscos de eventos climáticos extremos: tempestades, furacões e ondas de calor, podem causar danos significativos às colheitas e à infraestrutura agrícola.
  • Mudanças na disponibilidade de recursos naturais: podem afetar a disponibilidade de recursos naturais, como solos de qualidade, biodiversidade e habitats naturais, o que pode ter um impacto indireto na agricultura.
  • Perda de biodiversidade agrícola: podem afetar a diversidade de plantas cultivadas. Tornando algumas variedades menos produtivas ou mesmo inaptas para o cultivo em determinadas regiões.
  • Aumento do estresse hídrico: pode prejudicar a produção de culturas e a produção de alimentos em áreas onde a água é um recurso crítico.
  • Impacto nas cadeias de abastecimento: podem perturbar as cadeias de abastecimento de alimentos, tornando a produção, o transporte e a distribuição de alimentos mais desafiadores e caros.
  • Efeito nas comunidades rurais: as comunidades podem sofrer deslocamentos. Perda de meios de subsistência e insegurança alimentar devido aos impactos.

 

Desafios

Para enfrentar esses desafios, os agricultores, governos, cientistas e comunidades em todo o mundo estão trabalhando em práticas agrícolas mais sustentáveis, sistemas de irrigação eficientes, desenvolvimento de culturas resistentes ao clima, estratégias de manejo de recursos naturais e medidas de adaptação para minimizar os impactos das mudanças climáticas na agricultura.

A mitigação das mudanças climáticas também é fundamental para reduzir a intensidade dos impactos futuros na agricultura.

 

Culturas resistentes ao clima: uma necessidade emergente

Com as mudanças climáticas se intensificando, a busca por culturas resistentes ao clima se torna uma necessidade emergente na agricultura.

Essas culturas são aquelas capazes de se adaptar e sobreviver em condições climáticas adversas, como temperaturas extremas, secas prolongadas e eventos climáticos extremos.

 

Identificando as culturas mais adequadas para cada região

Para identificar quais são as culturas mais adequadas para cada região, é necessário levar em consideração diversos fatores, como o tipo de solo, a disponibilidade de água, a temperatura média e a ocorrência de eventos climáticos extremos.

Além disso, é importante considerar as características específicas de cada cultura. Como sua resistência a doenças e pragas, seu ciclo de crescimento e sua produtividade.

Existem diversas ferramentas e técnicas disponíveis para auxiliar os agricultores nessa escolha. Como sistemas de informação geográfica (SIG) e modelos de previsão climática.

Essas ferramentas permitem analisar dados climáticos históricos e projetar cenários futuros. Auxiliando na tomada de decisões sobre quais culturas são mais adequadas para cada região.

 

Você sabe a importância dos Sistemas de Informação Geográficas (SIG) no agronegócio?

 

Características que tornam uma cultura mais resiliente

Uma cultura resiliente ao clima é aquela capaz de se adaptar e se recuperar rapidamente de eventos climáticos adversos. Algumas características que tornam uma cultura mais resiliente incluem:

  • Tolerância ao estresse hídrico: culturas que conseguem sobreviver com menos água. Ou que possuem mecanismos de conservação de água são mais resilientes em períodos de seca;
  • Tolerância ao calor: culturas que conseguem suportar altas temperaturas sem sofrer danos são mais resilientes em períodos de calor intenso

 

Políticas e iniciativas globais para combater as mudanças climáticas na agricultura

Políticas e iniciativas globais visam combater as mudanças climáticas na agricultura. O Acordo de Paris estabelece metas para reduzir emissões. A CAADP foca no desenvolvimento sustentável na África.

A Iniciativa 4 por 1000 busca aumentar o carbono orgânico no solo. A GACSA promove práticas agrícolas sustentáveis. A CFF impulsiona sistemas alimentares sustentáveis. A plataforma da biodiversidade visa à segurança alimentar.

A SAI promove a agricultura sustentável, e o IPCC analisa o impacto do clima na agricultura. Todas essas iniciativas visam alinhar a agricultura com a redução de emissões e a resiliência às mudanças climáticas.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Em resumo, as mudanças climáticas afetam profundamente a agricultura, ameaçando a produção de alimentos e a segurança alimentar. Para enfrentar esses desafios, políticas e iniciativas globais foram desenvolvidas.

O Acordo de Paris, a CAADP na África, a Iniciativa 4 por 1000 e outras buscam promover práticas agrícolas sustentáveis. Reduzir emissões de gases de efeito estufa e aumentar a resiliência agrícola.

Essas medidas destacam a importância da colaboração global para equilibrar as necessidades de produção de alimentos com a proteção do meio ambiente em um mundo em constante mudança climática.

 

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Biorremediação: a solução natural para a contaminação ambiental!

Biorremediação: a solução natural para a contaminação ambiental!

A contaminação ambiental é um problema crescente que ameaça a saúde de nosso planeta e de todos os seres que o habitam. Neste artigo, exploraremos uma abordagem inovadora e promissora para combater a poluição: a biorremediação. Quer saber mais sobre?

Acompanhe!

 

Biorremediação: a solução natural para a contaminação ambiental!

 

A Terra enfrenta desafios ambientais significativos, com a contaminação de solo, água e ar representando ameaças constantes para a biodiversidade e a saúde humana. À medida que a indústria e a agricultura se expandem, os resíduos tóxicos e poluentes continuam a se acumular em nosso ambiente. Deixando um rastro de degradação e destruição.

No entanto, em meio a esse cenário sombrio, a natureza nos oferece uma solução notável: a biorremediação. Esta é uma abordagem baseada em organismos vivos, como bactérias, fungos, plantas e até mesmo animais. Que podem ser usados para neutralizar ou remover poluentes do ambiente.

Neste artigo, mergulharemos fundo na ciência e na prática da biorremediação. Vamos explorar como ela funciona, suas aplicações em diferentes tipos de poluição e exemplos de projetos bem-sucedidos em todo o mundo. Ao final desta leitura, você terá uma compreensão sólida de como a biorremediação está se tornando uma ferramenta valiosa na restauração e preservação de nosso planeta.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

O que é biorremediação e qual a sua importância?

A biorremediação é um processo de descontaminação ambiental que utiliza organismos vivos, como bactérias, fungos, plantas e até mesmo animais. Para remover, degradar ou neutralizar poluentes presentes no solo, água ou ar.

Esses organismos têm a capacidade natural de metabolizar e transformar substâncias tóxicas em produtos menos prejudiciais ou até mesmo inofensivos. Resultando na limpeza e restauração do ambiente afetado.

A biorremediação é uma abordagem ecologicamente sustentável que aproveita os processos naturais para resolver problemas causados pela atividade humana.

 

A importância da biorremediação

A biorremediação desempenha um papel fundamental na proteção e na restauração do meio ambiente, oferecendo várias vantagens significativas:

  • Sustentabilidade: ao contrário de métodos convencionais, como a remoção física de contaminantes, a biorremediação é uma abordagem mais amigável ao meio ambiente. Ela não causa danos adicionais ao ecossistema e muitas vezes usa organismos nativos, o que a torna uma solução natural e sustentável.
  • Redução de custos: a biorremediação frequentemente é mais econômica em comparação com outras técnicas de remediação, como a escavação e a eliminação de resíduos. Ela elimina a necessidade de transporte de materiais contaminados e o tratamento dispendioso em locais de disposição.
  • Minimização de riscos: a utilização de organismos vivos para tratar poluentes pode ser menos arriscada em comparação com processos químicos agressivos, reduzindo o potencial de liberação acidental de poluentes no ambiente.
  • Versatilidade: a biorremediação é aplicável a uma ampla gama de poluentes, incluindo hidrocarbonetos, metais pesados, solventes orgânicos, pesticidas e muitos outros contaminantes. Isso a torna uma ferramenta versátil para lidar com diversos tipos de contaminação.
  • Conservação da biodiversidade: a biorremediação pode ser projetada para usar organismos nativos, o que ajuda a preservar a diversidade biológica de uma região, já que não introduz espécies estranhas.
  • Recuperação de ecossistemas: além de remover contaminantes, a biorremediação também pode melhorar a qualidade do solo e da água, promovendo a recuperação de ecossistemas degradados.
  • Atenuação de poluentes in situ: em muitos casos, a biorremediação pode ser aplicada diretamente no local contaminado, eliminando a necessidade de deslocamento de materiais e minimizando o impacto nas comunidades locais.

 

Como ocorre?

O processo ocorre com o próprio metabolismo natural dos micróbios. Em um ecossistema afetado com resíduos, nem sempre os organismos nativos conseguem recuperá-lo com velocidade.

Assim, aplica-se novos seres adaptáveis à região para maximizar essa ação ou cria-se um ambiente químico que favoreça a reação (teor de nutrientes, atividade enzimática, temperatura, pH…).

Um exemplo são as bactérias que oxidam vários compostos perigosos, alterando-os em elementos não nocivos após decomposição. Contudo, nem todos os contaminantes são facilmente tratados. Os metais pesados (cádmio e chumbo) não são absorvidos pelos microrganismos. Mas podem se tornar compostos menos perigosos.

O mercúrio é um tipo de metal que até consegue ser absorvido, mas se acumula no corpo dos animais ao longo da Cadeia Alimentar. Então é preciso ter muito cuidado com certos compostos!

 

Exemplos de biorremediação no Brasil

A biorremediação é uma técnica versátil que tem sido aplicada com sucesso em várias partes do mundo, incluindo o Brasil. Aqui estão alguns exemplos notáveis de projetos de biorremediação no Brasil e em outros lugares do mundo:

 

Biorremediação de solo contaminado em cubatão, São Paulo

Cubatão, uma região industrial no estado de São Paulo, enfrentou sérios problemas de contaminação do solo devido às atividades industriais.

A biorremediação foi usada para tratar áreas contaminadas com poluentes como óleo e metais pesados. Microorganismos específicos foram introduzidos para degradar esses poluentes. Contribuindo para a recuperação ambiental da área.

 

Principais estudos ambientais.

 

Fitorremediação na bacia do Rio Doce

Após o desastre ambiental de Mariana em 2015, que resultou no derramamento de rejeitos de mineração na Bacia do Rio Doce, foram implementadas estratégias de fitorremediação para ajudar a recuperar a área afetada. Plantas nativas foram usadas para absorver metais pesados e estabilizar o solo.

 

Tipos e classificações de biorremediação

A biorremediação é uma técnica versátil que pode ser classificada em vários tipos e categorias, dependendo de diferentes critérios. Aqui estão algumas das principais classificações e tipos de biorremediação:

 

Com base nos organismos envolvidos:

A biorremediação microbiana: envolve o uso de microorganismos, como bactérias e fungos, para degradar ou transformar contaminantes. Pode ser subdividida em:

  • Biorremediação Bacteriana: Usando bactérias para degradar poluentes.
  • Biorremediação Fúngica: Utilizando fungos para o mesmo propósito.
  • Fitorremediação: Nesse método, plantas são utilizadas para absorver, estabilizar ou degradar contaminantes presentes no solo, na água ou no ar. Pode ser subdividida em:
  • Fitoextração: As plantas acumulam os contaminantes em suas partes aéreas, que podem ser posteriormente colhidas e removidas.
  • Fitodegradação: As plantas degradam os poluentes dentro de suas próprias estruturas, transformando-os em produtos menos tóxicos.
  • Zoo-remediação: Envolve o uso de organismos animais para remover ou reduzir contaminantes do ambiente. Embora menos comum do que outras formas de biorremediação. Ela tem sido estudada em contextos específicos, como a remoção de metais pesados da água por moluscos.

 

Com base nos contaminantes tratados:

  • A biorremediação de Hidrocarbonetos: Centra-se na degradação de hidrocarbonetos, como óleo cru ou derivados de petróleo, por microorganismos.
  • Biorremediação de Metais Pesados: Visa a remoção ou imobilização de metais pesados tóxicos, como chumbo, cádmio e mercúrio, utilizando microorganismos ou plantas.
  • Biorremediação de Compostos Orgânicos: Envolve a degradação de compostos orgânicos tóxicos, como solventes orgânicos, pesticidas e produtos químicos industriais.
  • E a biorremediação de Compostos Inorgânicos: Aborda a remoção ou redução de poluentes inorgânicos, como nitratos, fosfatos e cianetos, por meio de processos biológicos.

 

Com base nas condições de aplicação

  • Biorremediação Aeróbica: Realizada em condições de alta disponibilidade de oxigênio, adequada para a degradação de poluentes solúveis em água.
  • Biorremediação Anaeróbica: Realizada em condições de baixa disponibilidade de oxigênio, adequada para a degradação de compostos que não requerem oxigênio, como alguns poluentes orgânicos clorados.

 

Com base nas técnicas de implementação

  • Biorremediação no Local (In Situ): Os tratamentos ocorrem diretamente no local contaminado, sem a remoção de solo ou água contaminada.
  • Biorremediação no Local (Ex Situ): Envolve a remoção do material contaminado para ser tratado em uma área controlada fora do local.

 

Com base nas fontes de energia

  • Biorremediação Aeróbica: Utiliza oxigênio como fonte de energia para os microorganismos envolvidos.
  • Biorremediação Anaeróbica: Não requer oxigênio e usa outras fontes de energia, como nitratos ou sulfatos, para apoiar a atividade microbiana.

Cada tipo de biorremediação é escolhido com base na natureza do contaminante, nas condições do local e nos recursos disponíveis. A seleção adequada do método é fundamental para o sucesso da remediação ambiental.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Em conclusão, a biorremediação é uma técnica poderosa e versátil que utiliza organismos vivos, como microrganismos, plantas e animais, para combater a contaminação ambiental. Este processo oferece inúmeras vantagens. Desde sua abordagem sustentável e econômica até sua capacidade de lidar com uma ampla gama de contaminantes.

Escrito por Michelly Moraes.

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Entenda a importância dos recursos naturais!

Entenda a importância dos recursos naturais!

Recursos naturais são os elementos da natureza com utilidade para a sociedade com o objetivo de desenvolver a comunidade. E garantir a sua sobrevivência. Neste artigo vamos abordar tudo que você precisa saber sobre a importância dos recursos naturais e os diferentes tipos.

Vamos lá?

 

Entenda a importância dos recursos naturais!

 

Recursos naturais são todos os elementos disponíveis na natureza que podem ser consumidos ou utilizados para a realização de outras atividades humanas, como a geração de energia. Eles podem ser renováveis ou não renováveis e são divididos em biológicos, minerais, hídricos e energéticos.

Indispensáveis para a manutenção da vida, os recursos naturais são responsáveis por suprir grande parte das necessidades do ser humano.

Por isso, muito se debate sobre a preservação dessas fontes com o intuito de garantir o desenvolvimento sustentável.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

O que é recursos naturais?

Podemos definir os recursos naturais como qualquer elemento da natureza que ainda não tenha sido transformado pela ação humana. Sendo vitais para a sobrevivência dos organismos vivos do planeta, como os animais e os humanos.

Eles suprem a necessidade dos seres vivos, o que os torna extremamente importantes à manutenção da vida. Os recursos naturais são assim chamados quando analisamos a relação homem-natureza. Isso ocorre devido ao uso da natureza pelos humanos para a transformação do espaço em que vivemos.

Uma árvore se torna um recurso natural quando a utilizamos para comer (frutos), construir abrigo (madeira) ou mesmo para nos aquecer (madeira e folhas).

Para que haja essa transformação, utilizamos esses recursos, que são encontrados em todos os cantos do globo. Variando quanto à quantidade, localização geográfica, clima, relevo, entre outros fatores geográficos.

 

Importância dos recursos naturais

O homem sempre está, mesmo que indiretamente, consumindo os recursos do planeta, tanto para seu conforto quanto para sua sobrevivência.

Os recursos naturais ainda são muito abundantes, porém, não mais como antigamente. Como estão sendo usados em alta escala e nem sempre do devido modo, existe a incerteza para o futuro. Tais recursos são muito importantes para a sobrevivência do homem e de outros seres vivos.

A água, por exemplo, é um recurso que, talvez por ser ainda abundante. As pessoas não tenham dado o devido valor e estão desperdiçando milhões de litros todos os dias.

O que muitos não sabem é que apenas 1% de toda a água do mundo é apropriada para beber. O uso racional da água é muito importante tanto para o consumo do homem quanto para todos os outros seres vivos.

Outro recurso abusado pelo homem é nossa flora, que tem sido devastada. As plantas e árvores são responsáveis por pelo menos metade do oxigênio produzido no planeta.

 

Classificação de recursos naturais

Os recursos naturais são classificados de acordo com a sua capacidade e/ou tempo que levam para se recompor, divididos entre renováveis e não renováveis.

 

Recursos naturais renováveis

Os recursos renováveis são os bens que não se acabam, pois sempre serão produzidos pela natureza. Ou seja, por mais que sejam utilizados pelo homem, eles não se esgotam.

Portanto, os recursos renováveis são caracterizados por possuírem uma alta capacidade de recuperação.

São exemplos de recursos renováveis: luz do sol (energia solar), vento e ar (energia eólica) e os mares e os rios (energia hidrelétrica).

 

Recursos naturais não renováveis

Os recursos não renováveis são os que podem acabar ou diminuir muito, caso não sejam usados com moderação, de forma consciente. São alguns exemplos: água, vegetação, florestas, minerais, pedras preciosas, gás natural, energia nuclear e petróleo.

Um recurso não renovável, depois que é utilizado, não é devolvido a sua origem na natureza e não possui capacidade de manutenção.

É justamente por este motivo que estes recursos são chamados de não renováveis. Pois eles vão deixando de existir à medida que são usados.

 

Tipos de recursos naturais

A natureza, com sua diversidade, carrega uma grande variedade de elementos. Dessa forma, os recursos naturais podem ser oriundos de diferentes fontes. Confira a seguir os seus principais tipos:

 

Recursos biológicos

Os recursos biológicos também são traduzidos como recursos de origem animal e vegetal. Eles auxiliam na nossa alimentação, vestuário, locomoção, fornecimento de remédios para a indústria farmacêutica e muitas outras ações.

 

Recursos minerais

Os recursos minerais são todos os minérios, rochas e pedras preciosas. Sendo caracterizados como materiais inorgânicos presentes na crosta terrestre e associados a grande valor econômico.

A exploração desses minérios, como o ferro e o cobre, serve para fabricação de uma extensa gama de bens, incluindo eletrodomésticos, jóias, carros e, até mesmo, aviões.

Os recursos minerais metálicos com maior volume são o alumínio, ferro, zinco, cobre, chumbo, prata, platina e ouro, por exemplo.

 

Principais estudos ambientais.

 

Recursos hídricos

São os mais abundantes na superfície do planeta. Envolvem os oceanos, mares, rios, lagos, lagoas e aquíferos, sendo utilizados nas mais variadas atividades, como transporte, produção de energia e irrigação.

 

Recursos energéticos

Os recursos energéticos são quaisquer recursos naturais capazes de fornecer energia, por exemplo, os elementos radioativos utilizados nas usinas nucleares e os combustíveis fósseis – como o petróleo, gás natural e o carvão.

No entanto, a inevitável escassez desses recursos energéticos não renováveis, e sobretudo a poluição que eles causam, levam os principais países do mundo a apostarem cada vez mais em recursos energéticos renováveis, principalmente a energia solar e eólica.

Os aero geradores, que produzem energia por meio da força dos ventos, são utilizados nos grandes parques eólicos encontrados em terra ou sobre a superfície de oceanos.

 

Recursos naturais no Brasil

O Brasil é um país privilegiado em relação à disponibilidade de recursos naturais. O tamanho continental associado a climas quentes (tropical e equatorial, por exemplo) e uma grande variedade de biomas (Floresta Amazônica, Cerrado, Mata Atlântica) colocam nosso país como um grande detentor de riquezas naturais.

Temos um dos maiores litorais do mundo e, aproximadamente, 12% da água doce disponível para consumo em estado líquido, um verdadeiro privilégio hídrico.

As bacias hidrográficas do Amazonas, São Francisco e Paraná cobrem cerca de 70% do território nacional.

Toda essa disponibilidade hídrica nos faz ter a maior usina hidrelétrica das Américas e a segunda maior do mundo, a Usina de Itaipu, no estado do Paraná.

Além desse poderio energético, as águas brasileiras tornam o Brasil um grande produtor de commodities, sendo liderança agrícola mundial em alguns produtos, como soja, laranja, cana-de-açúcar, entre outros.

Os recursos naturais existentes no Brasil são essenciais não só para os brasileiros. Mas para outros países, pois exportamos imensas quantidades de alimento para diversos locais no mundo.

 

A escassez de recursos naturais

As causas das agressões ao meio ambiente são de ordem política, econômica e cultural. Pois, a sociedade ainda não absorveu a importância do meio ambiente para sua sobrevivência, embora seja completamente dependente deste.

Dessa forma, a sociedade tem usado os recursos naturais de modo negligente priorizando o lucro em detrimento das questões ambientais.

Entretanto, essa ganância tem um custo alto, já visível nos problemas causados pela poluição do ar e da água e no número de doenças derivadas desses fatores.

 

Plataforma Agropós

 

Práticas para um uso sustentável dos recursos naturais

 

Redução do consumo

Todos os dias, o consumidor é persuadido a fazer compras por impulso. Equipamentos de última geração, acessórios da moda, alimentos industrializados e coloridos. Seja o que for, são muitos os atrativos que levam a compras motivadas pela emoção, e não pela necessidade.

Essas compras sem necessidade se refletem em um impacto muito negativo aos recursos naturais. Basta pensar em toda a linha de produção por qual o produto passou até chegar às suas mãos e quanta matéria-prima foi necessária.

 

Redução do desperdício

O descarte incorreto e o excesso de resíduos gerados pelas pessoas são grandes vilões do meio ambiente. Como vimos, o crescimento no padrão do consumo ao longo das décadas tornou a capacidade de o planeta gerar recursos simplesmente insustentável.

Mesmo levando em consideração o aumento da população mundial. A intensidade no consumo não tem ocorrido em ritmo proporcional.

E isso leva a grandes problemas no outro lado da cadeia de consumo: o desperdício e o descarte incorreto do lixo. Nesse sentido, a solução é simples, mas desafiadora: reduzir o desperdício por meio do consumo consciente.

 

Valorização de práticas sustentáveis nas empresas

As práticas sustentáveis podem melhorar a imagem da sua empresa. Pois buscam diminuir os impactos ambientais das suas atividades, reduzir os custos de produção e do produto final.

As práticas possibilitam a recuperação de matérias primas. O aproveitamento dos resíduos em seu processo de fabricação ou até mesmo a comercialização deles para terceiros.

Adotar práticas sustentáveis não é só uma decisão de proteger o meio ambiente. É uma estratégia dos empreendedores que viram que a cada dia aumenta o número de consumidores conscientes que optam por produtos que garantem a sustentabilidade.

 

Conclusão

Os recursos naturais são elementos essenciais à existência do ser humano e à manutenção da vida. Admitindo os meios de produção e consumo da sociedade contemporânea, os recursos naturais ganham ainda mais importância em nosso dia a dia.

Com isso é preciso entendermos o que é um recurso natural é termos a plena noção do quanto eles são importantes para nossas vidas.

Assim, tendo essa consciência, a educação ambiental deixará de ser apenas uma matéria e a colocaremos em prática todos os dias, modificando hábitos e ajudando diretamente para o bem estar de todos.

Escrito por Michelly Moraes.

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Pesticida: entenda tudo sobre esse defensivo agrícola!

Pesticida: entenda tudo sobre esse defensivo agrícola!

Os pesticidas são aplicações químicas comumente usadas na agricultura. Esses produtos químicos servem para destruir agentes indesejados, como fungos, ervas daninhas e insetos que poderiam destruir as lavouras. Neste post vamos abordar tudo que você precisa saber sobre esse defensivo agrícola.

Venha Comigo!

 

Pesticida: entenda tudo sobre esse defensivo agrícola!

 

O que é pesticida?

Os pesticidas são todas as substâncias ou misturas que têm como objetivo impedir, destruir e repelir qualquer praga. Um pesticida pode ser uma substância química ou um agente biológico que é lançado de modo a atingir as pragas que destroem a plantação.

Não são necessariamente venenos, porém, em maioria, são substâncias toxicas ao ser humano. O uso de pesticidas está presente na agricultura desde o início desta atividade e muito tem sido questionado ao longo dos anos.

Sendo estes inicialmente produtos biológicos que exterminavam os seres vivos não pretendidos nas plantações, com o desenvolvimento da tecnologia, surgiram os pesticidas químicos que provaram ter uma eficácia superior e passaram a ser os eleitos pela maior parte dos agricultores.

 

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Importância do pesticida na agricultura

Pesticidas são utilizados para reduzir os danos causados pelas pragas agrícolas, como as plantas daninhas, insetos e fungos causadores de doenças nas plantas. Se estas pragas não forem manejadas podem reduzir drasticamente a produção de alimentos.     

Isto pode ocasionar, até mesmo, escassez e aumento do seu custo, como já ocorreu no passado. O produtor agrícola dispõe de diversas medidas de manejo das pragas, como evitar sua entrada, uso de cultivares resistentes, rotação de cultivares e controle biológico.

Entretanto, os pesticidas frequentemente são necessários. Todas as espécies vegetais cultivadas precisam, em determinadas condições, contar com a proteção de pesticidas químicos e biológicos, como herbicidas, inseticidas e fungicidas.

 

Quanto a classificação do pesticida

O papel do pesticida pode ser desempenhado por uma substância química ou por um agente biológico (bactéria, vírus). São sempre tóxicos, porém, nem sempre venenosos.

Existem vários tipos de classificação para os pesticidas, uma delas é dada de acordo com a praga a ser combatida, sendo assim:

 

Bactericidas

O Bactericida é uma substância antibacteriana, ou seja, tem a função da matar as bactérias. Esse agente atua no ambiente contaminado de forma a impedir que os microrganismos possam desempenhar atividades vitais básicas.

Dessa forma, qualquer indício de contaminação por bactérias é extinto no local em questão.

 

Fungicidas

Atuam na prevenção, controle e cura da ação de fungos. Sua demanda é muito alta em virtude das diferentes culturas plantadas no território nacional e as diferentecondições climáticas que favorecem o aparecimento destes microrganismos.

As moléculas dos principais produtos disponíveis no mercado são pertencentes ao grupo das carboxamidas, estrobilurinas e triazóis.

 

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Inseticidas

Atuam na prevenção e controle de insetos pragas. São muito importantes, pois os danos causados são muito intensos, destruindo tecido vegetal em alta velocidade e em todas as fases de desenvolvimento das culturas, com queda vertiginosa da produção em condições de controle ineficiente.

Os principais modos de ação dos inseticidas são por contato direto do produto no alvo ou a ingestão de folhas que contenham o princípio ativo. Além disso, os produtos podem ser considerados fisiológicos ou de choque.

O mecanismo de ação varia muito, podendo estar relacionados à abertura de canais de cálcio levando a paralisia muscular; agonismo ou antagonismo de hormônio juvenil relacionada à ação sobre a ecdise; ação no sistema nervoso.

 

Herbicida

Os herbicidas são componentes importantíssimos no manejo. Eles atuam na dessecação de culturas para colheita ou formação de palhada e no controle de plantas daninhas.

Esses produtos possuem seletividade, ou seja, têm atuação em plantas dicotiledôneas (popularmente chamadas de folhas largas) ou monocotiledôneas (folhas estreitas) e há diversos mecanismos de ação.

 

Acaricidas

São substâncias utilizadas para combater ácaros que se alimentam de plantas, introduzem doenças, destroem lavouras atacadas e reduzem sua produção.

Existem acaricidas de diversos tipos e com os mais variados princípios ativos, cada qual melhor indicado para determinado tipo de ácaro.

Uma outra classificação, muito utilizada é a dada levando em conta a composição desses pesticidas. Veja:

  • Botânicos: composição à base de nicotina, sabadina, piretrina e retenona.
  • Orgânicos de síntese: composição à base de Carbamatos (nitrogenados), clorados, fosforados e clorofosforados.
  • Inorgânicos: composição à base de Arsênio, Tálio, Bário, Nitrogênio, Fósforo, Cádmio, Ferro, Selênio, ChumboMercúrio, Zinco, Cobre, etc.

 

Classificação toxicológica

Para cada tipo de praga ou estágio da doença há um defensivo que deve ser utilizado, portanto, eles são conhecidos como inseticida, fungicida, herbicida e nematicida.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) criou a seguinte classificação toxicológica:

 

Classificação toxicológica

 

A mesma lógica é utilizada para elencar os perigos do agrotóxico em relação ao meio ambiente, sendo que a classe 1 é a mais danosa e a classe 4 a menos danosa.

 

Regulamento de defensivos agrícolas no Brasil

Como vimos, herbicidas, inseticidas e fungicidas são defensivos agrícolas que protegem a produção agrícola contra pragas que afetam diversas culturas.

Sua ação é importante para garantir a produtividade e a qualidade dos produtos e promover bons resultados na hora da colheita.

Vale lembrar que os defensivos agrícolas são comercializados apenas com prescrição de um profissional habilitado, por meio do Receituário Agronômico, e que esses produtos, registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), são para uso exclusivo no meio rural.

 

Regulamento

A maior parte das regulamentações relacionada ao uso dos defensivos está na Lei nº 7.802/1989. No texto constam informações sobre fiscalização e liberações.

Também é possível encontrar outras informações no site da ANVISA, a agência reguladora do assunto no Brasil. Umas das questões, por exemplo, é que os agrotóxicos devem, obrigatoriamente, ser registrados no órgão federal competente, de acordo com o Decreto nº 4.074/2002.

 

Riscos dos pesticidas

Todos os pesticidas possuem algum risco dependendo da toxicidade dos ingredientes e quantidade de exposição. Alguns deles são mais tóxicos que outros, e, dependendo da composição, os pesticidas podem contaminar o solo, atmosfera e lençol freático; além de prejudicar organismos não alvo, como plantas, animais e pessoas.

Muitos inseticidas podem intoxicar abelhas e borboletas, importantes polinizadores que ajudam as plantas a se reproduzirem.

 

Inseticida piretróide: saiba tudo sobre o assunto!

 

Os pesticidas neonicotinoides ou neônicos, por exemplo, são comumente utilizados em plantações e têm sido apontados por pesquisadores como uns dos principais contribuintes para o declínio das populações de abelhas.

O uso de pesticida também pode trazer riscos para a saúde humana. Isso pode acontecer quando são usados dentro ou ao redor de casas e jardins, quando se trabalha diretamente com os produtos ou, ainda, quando são utilizados nos alimentos.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Os pesticidas podem ser bastante úteis na produção agrícola, especialmente quando o clima favorece o desenvolvimento de pragas.

Contudo, o seu uso deve ser corretamente orientado por profissionais da área, respeitando-se a legislação vigente e a saúde da população.

Para esses fins, as pesquisas na área de pesticidas vêm caminhando na direção da obtenção de compostos cada vez menos tóxicos para os seres vivos. Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário!

 

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Cota de Reserva Ambiental (CRA): o que é e como funciona?

Cota de Reserva Ambiental (CRA): o que é e como funciona?

A Cota de Reserva Ambiental (CRA) foi instituída pelo novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) para a regularização ambiental de Reserva Legal de imóveis rurais. Para compreender melhor sobre o conceito e a importância do CRA, preparamos esse artigo. Não fique de fora desse assunto.

Acompanhe!

 

Cota de Reserva Ambiental (CRA): O que é e como funciona?

 

O que é Cota de Reserva Ambiental (CRA)?

O Novo Código Florestal (NFC), versão revisada do Código Florestal por meio da lei 12.651 de 25 de maio de 2012, trouxe algumas inovações.

Dentre elas estão a criação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), o programa de apoio e incentivo a preservação e recuperação do meio ambiente e a instituição da Cota de Reserva Ambiental (CRA).

A CRA é estabelecida como uma das formas previstas pelo NCF (artigo 44) para incentivar a preservação e conservação dos ecossistemas. Trata-se de um título nominativo representativo de área com vegetação nativa, existente ou em processo de recuperação e que é o sucessor da Cota de Reserva Florestal (CRF) emitida nos termos da Lei 4.771/1965.

 Assim, a CRA é um instrumento para que o proprietário de imóvel rural possa fazer compensação de área de Reserva Legal (RL).

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

Importância da Cota de Reserva Ambiental

Por meio da Cota de Reserva Ambiental – CRA é possível que um proprietário que tenha uma área com florestas acima das exigências legais possa receber recursos de outros proprietários que não estejam cumprindo as exigências da lei. É, portanto, uma forma de equalizar o cumprimento da lei, e reduzir o desmatamento.

Com a implementação da Cota de Reserva Ambiental – CRA, torna-se muito mais barata a redução do desmatamento. Pois, permite-se que uma área já florestada possa substituir outra que está degradada, em propriedades diferentes, desde que respeitados alguns requisitos.

Assim, ao invés de investir altos recursos na recuperação de uma determinada área já degradada, basta obter uma Cota de Reserva Ambiental – CRA na quantidade correspondente à área degradada.

 

Quem pode se beneficiar da CRA?

Todos os proprietários de imóveis rurais que possuem reserva legal e que tenham excedente de remanescente de vegetação nativa ou de área em processo de recuperação na propriedade podem se beneficiar com a Cota de Reserva Ambiental – CRA.

Desde que a reserva legal esteja registrada e aprovada no Cadastro Ambiental Rural – CAR, pode-se utilizar a área excedente à reserva legal para emissão da Cota de Reserva Ambiental – CRA.

Portanto, pode ser emitida Cota de Reserva Ambiental – CRA para garantir que a propriedade receba uma compensação pela preservação que é realizada nessas áreas. Trata-se não só de um instrumento que garante a regularidade das propriedades, mas também financia a preservação por meio do pagamento de serviços ambientais.

 

Base legal da CRA

Instrumento da Cota de Reserva Ambiental – CRA foi instituído pela Lei nº 12.651 / 2012, conhecida como Lei Florestal. No âmbito no Estado de Minas Gerais, a Cota de Reserva Ambiental – CRA foi aceita pela Lei Florestal Estadual (Lei nº 20.922/2013).

A Lei define a Cota de Reserva Ambiental – CRA como um título nominativo, ou seja, são emitidos em nome de uma pessoa determinada.

É preciso entender que todas as transações envolvendo esse título devem ser feitas com clareza na indicação das partes. Isso significa que não é possível negociar uma Cota de Reserva Ambiental – CRA como se fosse um cheque em branco.

 

Principais estudos ambientais.

 

Como comprar ou vender o CRA?

Após a emissão ou mesmo antes das CRA serem emitidas, os proprietários rurais podem ofertá-las na BVRio. Na Plataforma BVT rade (www.bvtrade.org), o Vendedor pode informar as características do imóvel e em que ponto está no processo de criação das CRA.

Por exemplo:

  • Bioma e Estado;
  • Situação fundiária;
  • Se a RL está em UC, RPPN ou área prioritária;
  • Declaração de confrontantes, afirmando não haver disputas territoriais;
  • Memorial descritivo da propriedade;
  • Inclusão no Cadastro Ambiental Rural (CAR) ou no sistema Sig-CAR da BVRio (uma ferramenta para desenvolvimento de CAR para inclusão nos sistemas governamentais);
  • Existência de Reserva Legal averbada.

Estas informações permitem ao Comprador avaliar o tempo necessário para a emissão das CRA, assim como calcular o risco do contrato. Quanto mais elementos concluídos, menor o risco e o tempo entre a contratação e a entrega das CRA.

Os Vendedores podem informar o valor esperado pelas cotas (R$/hectare) e a duração que querem dar a elas (5, 10, 20, 30 anos ou perpétua). Ou podem apenas esperar por ofertas de compra.

 

A compra

Os Compradores podem se cadastrar na Plataforma BVTrade como operadores, selecionar as ofertas de venda que lhes interessam e submeter ofertas para as CRA, indicando:

  • A quantidade de CRA desejada;
  • A duração;
  • O valor que estão dispostos a pagar. Quanto vale um hectare de floresta em pé?

 

Procedimentos de emissão de CRA

O proprietário do imóvel que pretende solicitar a emissão de CRA deve se dirigir ao órgão estadual de meio ambiente e apresentar uma proposta acompanhada de:

  • Certidão atualizada da matrícula do imóvel;
  • Identidade do proprietário;
  • Certidão negativa de débitos do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e memorial descritivo do imóvel, indicando em mapa georreferenciado a área que será vinculada à CRA.

Antes de solicitar a emissão de CRA, a propriedade precisa estar inscrita no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Além disso, é necessário que a área de vegetação nativa existente ou em processo de recuperação esteja protegida por uma destas cinco opções:

  • Servidão ambiental;
  • Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN);
  • Reserva Legal instituída voluntariamente sobre a vegetação que exceder o percentual mínimo instituído pelo Código Florestal;
  • Unidade de Conservação de domínio público que ainda não tenha sido desapropriada; ou Reserva Legal de imóveis rurais menores que quatro módulos fiscais. Esta condição pode representar um obstáculo, como será analisado adiante.

O órgão estadual de meio ambiente, antes de aprovar a proposta de emissão de CRA, verificará a existência da vegetação nativa, existente ou em processo de recuperação, e emitirá um laudo comprobatório. Esta comprovação poderá ser feita por meio de seu corpo técnico ou entidade credenciada.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto considerando que a Cota de Reserva Ambiental – CRA é um instrumento que garante o pagamento por serviços ambientais, bem como a regularização ambiental dos imóveis, tem grande aplicação para o mercado. Por isso, há um mar de oportunidades relacionadas a esse assunto.

De um lado, um potencial de geração de receitas para proprietários que têm o interesse de preservar suas áreas para além das exigências legais. Até porque as especificidades ambientais da região tornariam muito custosa a sua exploração.

E por outro lado, possibilidades de regularização a um custo baixo, já que a aquisição da Cota de Reserva Ambiental – CRA muito provavelmente assumirá um custo menor do que o da aquisição de nova área.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental