(31) 9 8720 -3111 contato@agropos.com.br
Gorgulho: pequenos insetos, grandes mistérios!

Gorgulho: pequenos insetos, grandes mistérios!

O gorgulho é uma família de insetos coleópteros que, apesar de seu tamanho diminuto, desempenham um papel fundamental nos ecossistemas e na agricultura. Suas características únicas e seu comportamento intrigante os tornam objetos de fascínio para entomologistas e entusiastas da natureza em todo o mundo.

 Neste artigo, exploraremos o universo dos gorgulhos, revelando seus segredos, impacto na biodiversidade e na agricultura, além de destacar o papel que desempenham na natureza.

Prepare-se para uma jornada pelo incrível mundo dos gorgulhos, onde a minúscula vida revela grandes maravilhas.

 

Gorgulho: pequenos insetos, grandes mistérios!

 

O que é gorgulho?

Os gorgulhos são uma família de insetos pertencentes à ordem Coleoptera, que inclui besouros. Eles são caracterizados por seus corpos pequenos, geralmente com menos de 6 mm de comprimento, e por um focinho alongado, que é uma característica distintiva.

Esse focinho é usado para perfurar e se alimentar de plantas ou sementes, daí seu nome “gorgulho”, que deriva da palavra “gorge”, que significa engolir, devido à sua maneira de se alimentar.

Os gorgulhos são insetos filófagos, o que significa que se alimentam principalmente de plantas. Eles podem ser pragas agrícolas em algumas culturas, danificando sementes, grãos e outras partes das plantas.

No entanto, eles também desempenham um papel importante na dispersão de sementes, ajudando a espalhar plantas em ambientes naturais.

Esses insetos têm uma incrível diversidade, com milhares de espécies diferentes conhecidas em todo o mundo.

Eles são estudados por entomologistas devido à sua ecologia, comportamento e importância na agricultura e na natureza.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Quais as culturas mais afetadas pelo gorgulho?

O impacto do gorgulho varia de acordo com a região geográfica e as espécies específicas de gorgulhos envolvidas.

Algumas das culturas mais comumente afetadas por diferentes espécies de gorgulhos incluem:

  • Grãos e leguminosas: gorgulhos, como o gorgulho do feijão (Acanthoscelides obtectus), podem afetar culturas de leguminosas, como feijão, lentilha e ervilha.
  • Milho: o gorgulho do milho (Sitophilus zeamais) é uma praga comum em grãos armazenados, como milho e outros cereais.
  • Arroz: o gorgulho do arroz (Sitophilus oryzae) é outra praga comum em grãos armazenados, especialmente arroz.
  • Amendoim: o gorgulho do amendoim (Caryedon serratus) é conhecido por prejudicar culturas de amendoim.
  • Trigo e outros cereais: diferentes espécies de gorgulhos podem afetar cereais, como trigo, cevada, aveia e centeio, quando armazenados inadequadamente.
  • Grãos armazenados: gorgulhos também podem infestar armazéns e silos que contêm grãos e sementes, causando perdas significativas na produção de alimentos.

É importante notar que existem muitas espécies diferentes de gorgulhos, e as culturas afetadas podem variar de acordo com a região e as condições locais.

 

Tecnologias que agregam qualidade à pulverização

 

Como identificar o gorgulho?

A identificação do gorgulho pode variar ligeiramente de acordo com a espécie específica, mas existem algumas características gerais que ajudam a reconhecê-los.

Para uma identificação mais precisa da espécie de gorgulho, é necessário observar detalhes microscópicos e outras características específicas, o que geralmente requer conhecimento em entomologia.

Se você suspeita que tem um problema com gorgulhos em uma determinada cultura ou ambiente de armazenamento, pode ser útil entrar em contato com um entomologista ou especialista em controle de pragas para uma identificação precisa e aconselhamento sobre medidas de controle apropriadas.

 

Tipos de gorgulho

Existem milhares de espécies de gorgulhos em todo o mundo, e cada uma delas pode ter preferências alimentares específicas e habitats distintos. Aqui estão alguns exemplos de tipos de gorgulho comuns:

  • Gorgulho do Milho (Sitophilus zeamais): Este é um dos gorgulhos mais conhecidos e prejudiciais. Ele ataca grãos armazenados, como milho e outros cereais.
  • Gorgulho do Arroz (Sitophilus oryzae): Outro gorgulho que ataca grãos armazenados, principalmente o arroz.
  • Gorgulho do Feijão (Acanthoscelides obtectus): Como o nome sugere, esse gorgulho é uma praga comum em feijões, lentilhas e outras leguminosas.
  • Gorgulho do Amendoim (Caryedon serratus): Este gorgulho é conhecido por danificar culturas de amendoim.
  • Gorgulho do Trigo (Sitophilus granarius): Afeta grãos armazenados, especialmente trigo.
  • Gorgulho do Arroz Vermelho (Coleoptera: Curculionidae): Este gorgulho é uma praga que afeta o arroz em várias partes do mundo.
  • Gorgulho do Milho Maizico (Rhyssomatus subtilis): Encontrado em plantações de milho, especialmente nas Américas.
  • Gorgulho do Feijão Verde (Callosobruchus maculatus): Prejudica feijões verdes, bem como outras leguminosas.
  • Gorgulho do Grão-de-Bico (Callosobruchus chinensis): Afeta o grão-de-bico e outras leguminosas.
  • Gorgulho da Maçã (Anthonomus pomorum): Este gorgulho é conhecido por danificar pomares, perfurando as maçãs.

 

Como eliminar o gorgulho?

Eliminar o gorgulho pode ser desafiador, pois essas pragas podem estar presentes em ambientes de armazenamento e em cultivos agrícolas. O controle de gorgulhos geralmente envolve uma combinação de métodos preventivos e medidas de controle.

 

Monitoramento nas lavouras

 Aqui estão algumas estratégias que podem ajudar a eliminar ou reduzir a população de gorgulhos:

  • Armazenamento adequado: Para proteger grãos, sementes e produtos alimentícios, armazene-os em recipientes herméticos e limpos. Isso impedirá que os gorgulhos acessem seu alimento.
  • Resfriamento ou congelamento: Se possível, resfrie ou congele os produtos armazenados a temperaturas baixas. O frio pode matar gorgulhos e suas larvas.
  • Exposição ao calor: Aquecer os produtos armazenados a temperaturas acima de 50°C pode matar gorgulhos. No entanto, essa técnica deve ser usada com cuidado para não danificar os produtos.
  • Fumigação: Em casos graves, é possível usar tratamentos químicos, como fumigação com fosfina ou outro inseticida adequado. Isso deve ser realizado por profissionais treinados.
  • Uso de inimigos naturais: Em alguns casos, a introdução de predadores naturais ou parasitoides específicos pode ajudar a controlar as populações de gorgulhos.
  • Monitoramento constante: Verifique regularmente os produtos armazenados para detectar sinais de infestação de gorgulhos. Quanto mais cedo você identificar a praga, mais fácil será controlá-la.
  • Rotação de culturas: Na agricultura, a rotação de culturas pode ser uma estratégia eficaz para reduzir a pressão de pragas, incluindo gorgulhos, em cultivos específicos.
  • Limpeza e higiene: Mantenha as áreas de armazenamento limpas e remova resíduos de produtos anteriores para evitar que os gorgulhos se reproduzam.
  • Barreiras físicas: Use telas, malhas ou barreiras físicas para impedir que os gorgulhos acessem seus alimentos.

Lembre-se de que as medidas de controle podem variar dependendo da espécie de gorgulho e do ambiente em que estão presentes.

Em casos graves de infestação, é aconselhável procurar a orientação de um especialista em controle de pragas ou entomologista, que poderá oferecer soluções específicas para o seu problema.

Além disso, o uso de inseticidas deve ser feito com responsabilidade, seguindo as regulamentações locais e de segurança.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Os gorgulhos são pequenos insetos coleópteros com focinhos alongados. Embora desempenhem um papel importante na dispersão de sementes, também podem ser pragas em culturas como grãos, leguminosas, milho, arroz e outros cereais.

A identificação precisa e o controle eficaz são essenciais para mitigar danos. Estratégias de controle incluem armazenamento adequado, resfriamento, exposição ao calor, fumigação, uso de inimigos naturais, monitoramento constante, rotação de culturas e limpeza.

O estudo contínuo desses insetos é fundamental para desenvolver melhores estratégias de manejo e equilibrar a coexistência com esses importantes componentes dos ecossistemas.

Gostou? Curta e compartilhe!

Pós-graduação Fitossanidade

Ácaro vermelho: tudo que precisa sobre essa praga!

Ácaro vermelho: tudo que precisa sobre essa praga!

Os ácaros vêm ganhando importância em algumas regiões do país. Isso exige atenção quanto ao monitoramento e ações de controle para evitar as perdas de produtividade na lavoura. Neste artigo, vamos abordar em específico sobre o acaro vermelho.

Acompanhe!

 

Ácaro vermelho: tudo que precisa sobre essa praga!

 

As pragas são os principais fatores que afetam a produtividade das lavouras. Além de prejudicarem o desenvolvimento das plantas para a fase adulta, muitas vezes elas retiram os nutrientes da cultura, afetando assim a sua qualidade.

Você tem problemas com o ácaro vermelho na sua cultura? Essa praga é uma das que mais causam prejuízos para os cafeicultores. Dessa forma, o manejo feito de forma certa torna-se ainda mais necessário.

Por isso preparamos um conteúdo completo para você ficar por dentro de todas as dicas e informações sobre como combater o ácaro vermelho que aparece em sua cultura.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Afinal, o que é um ácaro?

Morfologicamente, um ácaro não possui divisão no seu corpo.  Então, a sua estrutura maior é chamada de idiossoma e anteriormente a ela, na área menor, há o gnatossoma; nas laterais ficam as pernas.

No gnatossoma, localiza-se a quelícera, característico de ácaros predadores. É através dela que os ácaros capturam as suas presas.

Já nos ácaros fitófagos, que se alimentam de plantas, essa quelícera é modificada em estilete. São os estiletes que auxiliam no momento da sua alimentação, perfurando a epiderme da folha até chegar à célula da planta.

 

Sobre o ácaro-vermelho

O ácaro-vermelho é uma praga que atinge culturas diversas, com maior impacto na cultura de algodão. Os danos são similares aos problemas causados pelo ácaro-rajado (Tetranychus urticae), sendo que ambas as espécies são favorecidas por altas temperaturas e baixa umidade relativa.

Esses artrópodes são visíveis a olho nu e apresentam cor vermelha intensa. Seus ovos são inicialmente amarelos e translúcidos, tornando-se avermelhados e opacos em seguida.

Culturas Afetadas: Algodão, Alho, Amendoim, Cebola, Ervilha, Feijão, Feijão-vagem, Pimenta, Pimenta-do-reino, Pimentão, Quiabo, Tomate. Estes ácaros causam danos a várias espécies de plantas.

 

Ciclo de vida

Entrando mais na questão do ciclo de vida, os ácaros-vermelhos vêm de ovos esféricos, macios e esbranquiçados, com tamanho inferior a 0,1mm. Depois da eclosão do ovo, vem a fase larval, normalmente o seu tamanho é reduzido e conta com uma variação de cor, que vai do incolor ao amarelo.

A fase como ninfa vem logo após a larval. Um fato curioso é que as fêmeas são maiores que os machos, tendo 0,5 mm a 1 mm e 0,3 mm a 0,5 mm respectivamente.

O ciclo de vida fica completo em 14 dias e é favorecido quando as temperaturas estão mais altas e o clima mais seco. Outro ponto que vale destacar é que as fêmeas podem colocar até 70 ovos em sua fase reprodutiva, sendo 3 a cada dia.

 

Danos causados pelo ácaro-vermelho

O ácaro-vermelho é encontrado na face interior das folhas do algodoeiro e outras plantas, iniciando seu ataque pelas mais velhas. A praga tece grande quantidade de teia nos locais onde seus ovos são depositados.

É possível observar a infestação por conta de pequenas manchas avermelhadas entre as nervuras das folhas, que posteriormente causam o total desfolhamento e queda.

 O ataque da praga se dá em reboleiras e os sintomas podem ser verificados nas folhas abertas do ponteiro.

 

Como evitar a praga na cultura?

Diante da facilidade de dispersão do ácaro-vermelho pelas culturas, uma pergunta comumente feita é: como evitar que a praga afete a cultura e prejudique a sua produtividade?

O mais indicado é fazer o manejo integrado, ou seja, utilizar algumas técnicas conjuntamente a fim de evitar que em um curto espaço ela volte a atacar.

O primeiro passo é identificar em quais áreas o ácaro se encontra para poder eliminá-lo. É muito importante realizar o monitoramento da lavoura a fim de identificar os locais onde existe a presença da praga. A partir dessa avaliação, é possível tomar uma decisão mais acertada quanto ao controle.

 

Checklist agrícola

 

Controle do acaro vermelho na cultura do café

O controle deve se iniciar aos primeiros sinais do ataque. Veja alguns danos e controle dessa praga na cultura do café.

 

Ácaro vermelho no café

A ação do ácaro vermelho deixa as folhas do cafeeiro bronzeadas e ressecadas. Os ataques mais severos acabam provocando queda de folhas e assim reduzindo a fotossíntese.  Consequentemente isso diminui a produção.

É mais comum que os ataques ocorram em reboleiras, em casos de danos mais elevados, pode afetar também a produtividade.

Fatores podem favorecer os insetos;

  • Plantios de café mais adensados.
  • Ausência de Predadores naturais.
  • Uso excessivo de inseticidas piretróides.

Também é necessário atentar-se e saber que os ácaros podem se alojar e abrigar em estruturas da própria planta de café, como nas rugosidades do tronco, e permanecer na lavoura por longos períodos.

 

Controle

O controle químico utiliza de defensores agrícolas para tratar de problemas como a própria presença do ácaro vermelho do café.

Porém, é extremamente importante que você preste atenção com os cuidados necessários:

  • Use acaricidas específicos e registrados para a cultura
  • Tome cuidado com inseticidas piretróides

Saiba que a utilização da forma inadequada pode causar problemas ainda maiores e provocar a diminuição dos inimigos naturais, além de elevar a infestação da praga.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como podemos ver neste artigo O ataque do ácaro vermelho tem início em reboleiras, podendo evoluir para toda a lavoura, limitando o crescimento das folhas e causando a desfolha.

O controle deve se iniciar aos primeiros sinais do ataque, neste artigo colocamos como exemplo a cultura de café. Caso tenha dúvidas o ideal e consultar um especialista da área.

Esperamos que tenha curtido o conteúdo e que você tome os cuidados necessários no momento de combater o ácaro vermelho. Até o próximo conteúdo!

Escrito por Michelly Moraes.

 

Pós-graduação Fitossanidade

Pulgão branco: saiba tudo sobre essa praga!

Pulgão branco: saiba tudo sobre essa praga!

Você já se deparou com algum pulgão branco em plantações? Se sim, deve saber o quanto esse inseto pode ser prejudicial às plantas. Com isso preparamos esse artigo para quer você conheça a fundo sobre essa praga e como lidar com ela em sua plantação!

Acompanhe!

 

Pulgão branco: saiba tudo sobre essa praga!

 

O pulgão ou afídeo é um pequeno inseto que mede até 3 mm. De tonalidade que varia entre amarelo-claro, verde, marrom e preto, ele é considerado uma praga agrícola. Atualmente, existem mais de 1,5 mil exemplares da espécie, que ataca diferentes tipos de cultura.

Pertencente à família Aphididae, pulgão tem grande facilidade em se multiplicar quando expostos a altas temperaturas e baixa precipitação.

A praga prejudica as culturas por meio da sucção de seiva, mas também por causa da inoculação de toxinas e transmissão de viroses, fazendo assim com que as espécies não se desenvolvam.

Existem diferentes tipos de pulgão, sendo eles:

  • O Pulgão branco
  • O Pulgão verde
  • Também tem o Pulgão do algodoeiro
  • O Pulgão do milho
  • E o Pulgão da espiga

Hoje vamos falar um pouquinho sobre o pulgão branco, afinal é de extrema importância termos o conhecimento da praga que lidamos no campo. Vamos lá!

 

Fitossanidade

 

O que é pulgão branco?

Pulgão branco é uma espécie de inseto que ataca os ramos e galhos de plantas lenhosas, de frutos e ornamentais. Embora seja comumente chamado de pulgão branco, seu nome científico é Icerya purchasi e ele é um tipo de cochonilha, a cochonilha australiana.

Apesar do seu nome e seus sintomas serem parecidos com os da infestação de pulgão preto, esses insetos são de espécies diferentes.

Os pulgões brancos adultos têm forma oval, são de cor roxa-alaranjada e apresentam manchas escuras no dorso.

Esses insetos medem cerca de 1 mm na fase larval e 10 mm na fase adulta. De fato, quando a cochonilha australiana ainda é uma larva, ela é mais avermelhada, com patas e antenas compridas e negras.

Além disso, o pulgão branco infesta as plantas principalmente nos períodos de seca. As árvores que são mais atacadas por essa praga são as figueiras, as acácias, os crisântemos, a amoreira silvestre, as videiras, os gerânios, o alecrim, as roseiras, os loureiros, as palmeiras, as sálvias e muitas outras plantas ornamentais.

 

Reprodução e desenvolvimento

Os pulgões brancos são insetos hermafroditas e ovíparos. Quando atingem a fase adulta, eles ficam cobertos por uma secreção cerosa e geram uma bolsa com nervuras para depositar os ovos. O saco formado é branco e tem cerca de 16 sulcos longitudinais. Ele serve para proteger e abrigar os quase mil ovos gerados pelo inseto.

Depois de os ovos eclodirem, as larvas ficam por dois dias no saco ovígero. Em seguida, elas se deslocam sobre a planta e ficam por 30 dias se alimentando nas nervuras medianas ou nos seus ramos. Logo após esse período de crescimento, a larva do pulgão branco se desloca para o pecíolo e folhas jovens, ficando ali para se alimentar por mais 20 dias.

Por fim, ao chegar na fase adulta, a cochonilha australiana se fixa na parte lenhosa do tronco para continuar se alimentando e iniciar um novo ciclo de postura. Depois que as larvas nascem, o pulgão branco morre agarrado ao órgão parasitado.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Infestação de pulgão branco em plantas

A infestação de pulgão branco em plantas é que eles se alimentam da sua seiva, o que causa enfraquecimento e envenenamento. Assim, as árvores atacadas podem ficar deformadas, crescer menos, parar de dar fruto e ficar com as folhas amareladas.

Além disso, a secreção que o pulgão branco deposita na planta favorece o aparecimento de fungos, como a fumagina. Esse fungo cobre as folhas de negro e dificulta a respiração da planta por meio da fotossíntese. Em resultado, a planta fica extremamente debilitada e pode morrer.

 

Danos causados

O pulgão branco pode reduzir significativamente a produção quando se encontra nas áreas de produção ainda no início do desenvolvimento reprodutivo das plantas.

Por exemplo, na soja, essa redução pode chegar a 40%. Em plantas que estão se reproduzindo, a fumagina pode diminuir a fecundação, reduzir a liberação do pólen e provocar falhas na granação.

No caso do milho, as espigas podem ficar estéreis; isso acontece porque o pulgão se reproduz muito rápido e, consequentemente, atinge grandes populações.

Além disso, esses insetos injetam toxinas nos tecidos vegetais, que provocam a queda precoce das folhas. Essas toxinas favorecem a entrada de fungos que causam fumagina nas plantas e reduzem o processo de fotossíntese, respiração e transpiração.

A fumagina pode se desenvolver em substâncias de secreção de outros insetos, como a cochonilha e a mosca-branca. Os danos causados pelo pulgão branco nas culturas agrícolas costumam ser:

  • amarelecimento (devido à redução dos nutrientes, retirados pelos pulgões na sucção da seiva);
  • encarquilhamento (que deixam os tecidos retorcidos e reduzem o seu tamanho);
  • distorção das folhas;
  • nanismo dos brotos;
  • fumagina;
  • toxinas;
  • dificuldade de crescimento das plantas;
  • transmissão de vírus.

 

Prevenção e combate do pulgão branco

Para manter o pulgão branco longe das plantações, é importante considerar alguns pontos importantes para obter sucesso na eliminação do inseto:

  • as condições ideais do solo;
  • as necessidades da cultura para eliminar o inseto;
  • a tecnologia de aplicação dos inseticidas;
  • a qualidade dos produtos aplicados nas plantações.

 

Combate

Caso a praga já tenha invadido sua plantação não se desespere, iremos abordar algumas opções para o controle do mesmo.

 

Controle biológico

Melhor forma de eliminar o pulgão branco em plantas é através do controle biológico. Nesse caso, são utilizados inimigos naturais da praga restabelecer o controle ecológico na plantação e diminuir a população da cochinilha australiana.

O inimigo natural do pulgão branco é a joaninha, pois tanto na fase larval como na adulta, ela se alimenta de pulgões. Contudo, para que o controle biológico seja eficaz, é preciso primeiro combater a infestação de formigas. Já que elas ajudam a espécie e a se espalhar e lhe confere proteção.

De fato, são necessárias somente 50 larvas de joaninha para combater a praga em até 30 árvores. Todavia, em condições normais, o inimigo natural do pulgão branco já existe na natureza e não é preciso introduzi-lo.

 

Inseticida

A aplicação de inseticidas deve ser feita somente em casos extremos, quando a praga já está amplamente distribuída e o número de predadores naturais está diminuído. Entretanto, a pulverização só pode ser feita quando os insetos estão na fase adulta e instalados na brotação.

Nesses casos, é recomendado usar o mesmo produto químico recomendado para minadores de folhas e outros tipos de cochinilha. Além disso, é importante mencionar que aplicar um inseticida de largo espectro pode eliminar também a população de insetos auxiliares importantes para o equilibro biológico.

 

Óleos Naturais

Outra opção para controlar e eliminar a infestação de pulgão branco é através da pulverização de óleos naturais no inverno, pois eles criam um ambiente desfavorável para a postura de ovos. Além disso, pode ser aplicado Neem ou Piretrina como repelentes.

 

Plataforma Agropós

Conclusão

Como vimos Existem diversas formas para combater o pulgão branco. No qual ajudam na interferência do crescimento populacional dos pulgões. Além disso, saiba que o combate é variado, porém, esse processo depende bastante do monitoramento da plantação, para descobrir a gravidade do problema.

Gostou do conteúdo? Esperamos que sim! Procuramos trazer as melhores informações para ajudar a manter sua lavoura livre de problemas.

Escrito por Michelly Moraes. 

Fitossanidade

Cupins: conheça os diferentes tipos e o controle!

Cupins: conheça os diferentes tipos e o controle!

Todos os anos, os cupins chegam em revoadas e já vão causando estragos: assim que perdem as asas, procuram um ninho para começar a infestação. E o pior: você só percebe a presença deles quando a situação já está muito avançada. Com isso, preparamos esse artigo onde vamos abordar tudo que precisa saber sobre essa praga.

Acompanhe!

 

Cupins: conheça os diferentes tipos e o controle!

 

O cupim é popularmente conhecido de diferentes formas: siriris, aleluias, formigas brancas ou térmitas e pertencem à ordem Isoptera, classe Insecta, se organizando em castas, em que cada um possui uma função.

Todavia, pensar que todos os cupins são iguais é um grande erro, pois existem vários tipos de cupins e cada um possui suas características específicas.

No Brasil, existem mais de 300 tipos de cupins e alguns deles se adaptaram a áreas urbanas, tornando-se um grande problema para os brasileiros. É preciso saber qual o tipo de cupim que você está lidando para conseguir uma exterminação efetiva, por isso preparamos esse artigo.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

O cupim

Por mais bizarro que pareça, os cupins são insetos organizados. Explicamos: considerados insetos eussociais (que vivem em colônias formadas por indivíduos especializados), eles se organizam em castas. Cada indivíduo assume funções específicas, tais como a reprodução, defesa da colônia, coleta de alimentos, entre outras.

 

cupim

 

Considerado por muita gente como o principal inseto causador de prejuízos em centros urbanos, ele tem a sua sobrevivência atribuída ao calor e à umidade do ar. Por este motivo, é comum acontecerem revoadas na primavera e no verão, mais perceptíveis no final da tarde e à noite, quando os cupins são atraídos pelas luzes artificiais.

 

Estágios do ciclo de vida

O Ciclo de reprodução dos cupins começa com um voo de acasalamento, no qual cupim machos e fêmeas reprodutores alados deixar estabelecidas colônias e procriar. Após a fertilização, os cupins alados pousam e perdem suas asas, formando novas colônias.

 Esses insetos então se tornam os cupins rei ou rainha de suas colônias recém-estabelecidas. Os cupins rainha e rei estão no centro do ciclo de vida dos cupins e são responsáveis ​​pela reprodução.

 

Ovos

Depois que a rainha fertilizada põe seus ovos, eles eclodem em larvas de um branco pálido. Os ovos eclodem em larvas e mudam para se desenvolver em operárias, soldados e reprodutores primários ou secundários.

 

Ninfas

Uma ninfa é um jovem cupim que está passando por muda, um processo de desprendimento de seu exoesqueleto, para se tornar um reprodutor. Primeiro, um cupim desenvolve um exoesqueleto mole sob seu exoesqueleto rígido atual.

Então, quando o cupim atinge a maturidade, seu esqueleto externo se divide e o novo exoesqueleto se alarga e endurece. Este processo de muda continua ao longo do ciclo de vida de um cupim com base nas necessidades da colônia.

 

Larvas

Ao longo de várias mudas, essas larvas crescem para assumir um papel em uma das três castas de colônias de cupins: operárias, soldados e cupins reprodutivos, também conhecidos como alados .

 

Castas

Ciclo de reprodução dos cupins, cada casta tem uma aparência física distintamente diferente. Os trabalhadores são responsáveis ​​por construir túneis e câmaras, bem como alimentar e cuidar de outras castas de cupins.

 Os cupins soldados são de cor amarelo-marrom, com cabeças dramaticamente aumentadas e mandíbulas geralmente grandes. Eles são úteis em combate, mas tornam os guerreiros incapazes de se alimentar. Os alados reprodutivos são de cor mais escura e nascem com dois pares de asas.

Embora não esteja claro como as larvas são relegadas a uma determinada casta, algumas pesquisas indicaram que a maturidade e as necessidades gerais da colônia podem ditar a atribuição da casta.

As castas no ciclo de vida dos cupins não são rigidamente definidas, pois os cupins pertencentes a uma casta podem evoluir para outra casta se a colônia assim o exigir. Assim, um cupim soldado pode se tornar um trabalhador ou um cupim reprodutivo se a colônia tiver escassez de um ou de outro.

 

Quais os sinais de uma infestação de cupins?

Você sabe identificar uma infestação que já está presente no ambiente? Saber dos sinais de cupins na madeira é fundamental para poder agir rapidamente e exterminar esse tipo de praga urbana.

Então, fique de olho nos seguintes sinais:

  • Poeira marrom clara ou alaranjada caindo de móveis e itens de madeira;
  • Partes ocas em móveis ou objetos de madeira;
  • Poeira branca caindo do teto ou das partes em gesso da casa;
  • Buracos grandes em partes de madeira ou gesso na casa;
  • Túneis de terra em rodapés ou paredes na casa.

 

Tipos de cupins

No mundo dos insetos, tem muitas espécies parecidas. É bem fácil a gente confundir, caso não as conheça. Existem vários tipos, mas alguns deles estão mais presentes no nosso meio e são identificados desta maneira:

 

Cupim subterrâneo

O cupim subterrâneo é também chamado de cupim de solo. Isso porque a espécie cria sua colônia em solos ou subsolos. O nome científico é Coptotermes gestroi e ele chegou no Brasil por meio de navios a partir da década de 20. Essa espécie necessita de umidade elevada para se desenvolver.

A colônia pode chegar a milhões de membros. Os operários são os mais numerosos do cupinzeiro e vivem até 5 anos. Existem também os soldados, que defendem a área e a rainha que sobrevive até 15 anos. Se morre, a colônia não acaba, pois ela é substituída por uma ninfa.

 

Métodos de prevenção

  • Uso de madeiras tratadas durante a construção do imóvel ou montagem dos móveis.
  • Colocação de telas (20 mesh) para prevenir a entrada de alados nas áreas internas da estrutura.
  • Uso de madeiras naturalmente mais resistentes.
  • Proteção da superfície exterior das madeiras com tintas, vernizes ou outras coberturas apropriadas, com o objetivo de tapar frestas e ranhuras onde os cupins possam se alojar.

 

Método de controle

A eliminação de colônias de cupins subterrâneos é um desafio! Os membros do cupinzeiro podem chegar a milhões! Ou seja, haja cupins para eliminar.

Além disso, é necessário ficar atento para não ocorrer uma migração e posterior reinfestação. O trabalho de descupinização é para profissionais capacitados.

 

Cupim de madeira seca

Já o cupim de madeira seca possui uma colônia reduzida, de centenas de membros. Geralmente ficam posicionados apenas no objeto infestado. Por isso, sua eliminação é menos complicada na descupinização do que a do cupim subterrâneo. O nome científico é Cryptotermes brevis.

Porém, deve-se ter cuidado para a madeira infestada não ficar próxima a outros locais que contenham celulose, pois a colônia pode migrar. Encontram-se em ambientes em que há umidade inferior a 30%.

 

Métodos de prevenção

  • Procure por indícios de cupim na madeira;
  • Investigue barulhos estranhos;
  • Elimine pontos de umidade;
  • Não guarde restos de madeira;
  • Faça inspeções regulares.

 

Método de controle

Para o controle de cupins da espécie madeira seca, o ideal é a utilização de uma calda cupinicida aplicada direto no objeto infestado, já que a colônia da espécie é restrita.

O cupinzeiro do cupim de madeira seca possui algumas centenas de membros, sendo bem menor do que a do cupim subterrâneo.

Ele também se desenvolve em um ambiente diferente, geralmente interno e com baixa umidade. Saber as características das pragas é essencial antes do controle de cupins.

 

Qualidade e Uso da Madeira

 

Cupim arborícola

Já o cupim arborícola possui esse nome porque o ninho é formado nas copas das árvores e arbustos. O gênero mais conhecido dessa espécie é o Nasutitermes spp.

O cupinzeiro é fácil de identificar pois tem a cor preta ou marrom escura. A descupinização com uma empresa é essencial, por conta do local de difícil acesso da colônia.

 

Método de controle

A descupinização, o nome correto do serviço de controle de cupins, é feita de forma diferente quando a espécie da infestação é identificada como a arborícola.

Os cupinzeiros geralmente encontram-se na copa de árvores, ou seja, local alto e de difícil acesso. Então, como é realizado o controle desse tipo de cupim?

O cupinicida líquido é aplicado no solo para que as raízes da vegetação possam absorver o tratamento. Dessa forma o cupinzeiro é eliminado do topo das árvores.

Por fim, esse tratamento protege as árvores e arbustos de uma nova infestação. Depois a equipe da Dedetizadora Joinville localiza e limpa ninhos e túneis de forrageamento que possam estar próximos ao local.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como podemos ver os Cupins são insetos encontrados no interior do solo ou da madeira e se alimentam basicamente da celulose em suas diferentes formas. A maioria das espécies exerce influência benéfica no solo, sendo importantes na reciclagem de nutrientes dos ecossistemas.

Por isso, é indispensável realizar a prevenção dessa praga que afeta tanto nosso cotidiano. Neste artigo colocamos as principais espécies, além de mostrar as formas de controle. Vale lembrar que em caso de duvidas chame um profissional da área.

Gostou do artigo? Curta e comenta.

EScrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade

Doenças do trigo: conheça as principais!

Doenças do trigo: conheça as principais!

A cultura do trigo sofre danos significativos devido às doenças causadas por fungos, bactérias e vírus. A diversidade de regiões produtoras de trigo no Brasil dificulta a padronização das estratégias de manejo das doenças do trigo que acometem à cultura.

Entre as principais doenças na cultura do trigo no Brasil, podemos destacar  9 delas, veja:

  1. Estria Bacteriana
  2. Brusone
  3. Mancha Amarela
  4. Mancha Marrom da Folha
  5. Nanismo-amarelo da Cevada
  6. Mosaico do Trigo
  7. Oídio
  8. Ferrugem da Folha
  9. Giberela.

Portanto, o sucesso no manejo das doenças requer sua correta diagnose. Entendimento das condições favoráveis para sua ocorrência e conhecimento das medidas de controle disponíveis.

Este texto irá te ajudar a identificar e manejar as principais doenças do trigo que ocorrem nas lavouras do Brasil

Confira!

 

Doenças do trigo: conheça as principais!

Período e região de ocorrência das doenças do trigo

As doenças podem ocorrer em todos os estágios de desenvolvimento da planta de trigo e os sintomas manifestam em diferentes órgãos como raízes, colmos, folhas e espigas.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

No entanto, a frequência que determinadas doenças ocorrem na cultura do trigo. Pode variar de acordo com as regiões tritícolas do Brasil.

Entre as principais doenças na cultura do trigo no Cerrado/ Centro do Brasil, podemos destacar:

  • estria bacteriana,
  • brusone,
  • mancha amarela e mancha marrom da folha.

Já na Região Sul, as doenças mais frequentes no trigo são:

  • nanismo-amarelo da cevada,
  • mosaico do trigo,
  • oídio,
  • ferrugem da folha e
  • giberela.

A seguir veremos mais detalhes de cada uma dessas doenças.

Período e região de ocorrência das doenças do trigo

Estria bacteriana

A estria bacteriana, é uma doença do trigo que é causada pela fitobactéria Xanthomonas translucens pv. ondulosa, e ocorre em todos os estágios e em todos os órgãos das plantas, sendo mais comum nas folhas.

Os sintomas nas folhas são manchas amarelas de aspecto encharcado que acompanham as estrias das folhas.

Quando a severidade da doença nas folhas é muito acentuada, é possível a visualização de sintomas nas espigas.

Logos períodos de molhamento foliar e temperaturas superior ou igual a 25ºC favorecem a ocorrência da doença.

A principal forma de disseminação da doença a longa distância é através de sementes infectadas.

As medidas de controle da estria bacteriana são principalmente de caráter preventivo, como o uso de sementes livre do patógeno, rotação de culturas e eliminação de plantas voluntárias na entressafra.

 

Brusone

A brusone do trigo é causada pelo fungo Pyricularia oryzae, e em lavouras de sequeiro no Cerrado brasileiro, a ocorrência dessa doença nas folhas pode causar perda total da produção.

Além do cerrado, também é de grande importância econômica no norte do Paraná.

Os sintomas de brusone do trigo nas folhas são manchas arredondadas com bordos marrom escuro e o centro acinzentado.

Já nas espigas, ocorre a descoloração de espiguetas acima do local de infecção do fungo no ráquis, onde nota se um ponto de escurecimento.

Quando a espiga é infectada pelo fungo logo no início de seu desenvolvimento, não ocorre a formação de grãos.

 

Checklist agrícola

 

As condições ideias para o desenvolvimento da doença são chuvas frequentes e temperaturas um pouco elevadas. Nessas condições o patógeno pode causar epidemias severas.

A medidas de controle da brusone envolve principalmente ações como a utilização de sementes sadias ou tratadas, uso de diferentes cultivares de trigo e aplicação de fungicidas.

Algumas cultivares disponibilizadas recentemente (BRS 404, ORS 1401, ORS 1403, TBIO Sossego, TBIO Sonic, TBIO Mestre e CD 116) apresentam nível significativo de resistência à brusone.

Para o controle químico da doença na parte área das plantas de trigo, é viável que se adote o princípio de que a espiga deve estar protegida antes da infecção do patógeno.

No entanto, se as condições climáticas não forem favoráveis para infecção e a área não tiver histórico da doença, não é necessário fazer a aplicação de fungicidas.

Mancha marrom e mancha amarela da folha

A mancha marrom das folhas é uma doença do trigo causada pelo fungo Bipolaris sorokinian. Já a mancha amarela é causada por Drechslera tritici-repentis.

Os sintomas da mancha marrom são pequenas manchas ovais, marrom-escuras, que podem coalescer e se tornarem maiores.

Os sintomas característicos da mancha amarela são lesões pequenas, de formato oblongo ou ovalado, com um halo amarelo.

Ambos os patógenos são necrotróficos, ou seja, são capazes de sobreviver em restos da cultura de trigo.

Por tanto, a infecção inicial ocorre, frequentemente, pelo inóculo primário presente nos restos culturais deixados sobre o solo, entre as safras.

As medidas de controle indicadas são, rotação de culturas, uso de sementes sadias ou tratadas com fungicidas e aplicação de fungicida na parte área.

O controle químico deve ser realizado somente com fungicidas registrados para a cultura.

 

Nanismo amarelo da cevada

O nanismo amarelo é uma doença do trigo que é causado pelos vírus Barley yellow dwarf virus (BYDV) e o Cereal yellow dwarf virus (CYDV), que são transmitidas por afídeos.

Os principais afídeos vetores dos vírus são Rhopalosiphum padi, principalmente do outono à primavera, e o Sitobion avenae na primavera.

Dependendo da tolerância das cultivares e da incidência da doença, os danos à produção de trigo pode chegar em média a 20%.

No entanto, o dano pode ser maior em anos quentes e secos. Devido à multiplicação e dispersão dos afídeos vetores.

Os sintomas típicos dessa doença é o amarelecimento das folhas, que ocorre do seu ápice em direção à base e o enrolamento do limbo foliar, devido a seu enrijecimento.

O manejo inicial dessa doença está na escolha da cultivar. As cultivares variam em níveis de tolerância.

Outra medida de manejo eficiente é o controle da população dos vetores. Que pode ser com inimigos naturais e /ou inseticidas.

 

Mosaico do trigo

O mosaico do trigo é uma doença do trigo que é causado pelo vírus Soil-borne wheat mosaic vírus. Que é transmitido pelo fungo Polymyxa graminis, residente no solo e parasita obrigatório de raízes de plantas.

Essa doença ocorre principalmente no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no sul do Paraná.

Temperaturas baixas e solos encharcados favorecem a transmissão do vírus pelo vetor, podendo comprometer grandes áreas.

Os sintomas de mosaico nas folhas e colmos são caracterizados pela alternância de áreas amareladas e verdes, que pode ter um padrão em listras.

O longo período de sobrevivência do vetor no solo e a grande gama de plantas hospedeiras dificultam o controle desta virose. Tornando a principal medida de controle o uso de cultivares de trigo resistentes e tolerantes.

 

Oídio

O oídio do trigo é causado pelo fungo Blumeria graminis f. sp. Tritici, e tem gerado danos que podem atingir até 60% do rendimento de grãos se medidas de controle não forem realizadas.

A doença se caracteriza pela formação do micélio de aspecto cotonoso sobre toda superfície das plantas, principalmente a folha, que ficam amareladas e caem.

Por ser um fungo biotrófico, o inóculo primário mantém-se, na entressafra, em plantas voluntárias e restos culturais de trigo. Sendo disseminado pelo vento.

A doença é favorecida por temperaturas amenas e ausência de água livre na superfície da folha, nessas condições, o ciclo completo do fungo pode durar de 5 a 10 dias.

As medidas de manejo mais utilizadas e eficientes para o controle desta doença são o uso de cultivares resistentes e a aplicação de fungicidas. Em aplicações da parte aérea e em tratamento de sementes.

 

Ferrugem da folha

A ferrugem da folha, é uma doença do trigo causada pelo fungo Puccinia triticin, pode causar danos de até 80% na cultura do trigo, devido à alta severidade em algumas regiões e cultivares.

Essa doença caracteriza-se pelo aparecimento de pústulas. Com esporos de coloração amarelo escuro a marrom nas folhas.

Os sintomas podem aparecer na fase inicial de desenvolvimento da cultura até a maturação das plantas.

As condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento da doença são temperaturas amenas (15º a 20ºC) e molhamento foliar continuo de no mínimo 3 horas.

Assim como o Oidio, o fungo causador da ferrugem também é biotrófico e, portanto, sobrevive em plantas voluntarias, sendo disseminado pelo vento.

Como medidas de controle da ferrugem da folha do trigo podemos citar o controle químico nas partes áreas das plantas e o uso de cultivares resistentes/tolerantes.

No entanto, a resistência à ferrugem da folha não é muito durável, devido à grande variabilidade genética do patógeno.

 

Giberela

A giberela é a doença que acomete espigas e grãos de trigo, é causada pelo fungo Gibberella zeae (forma sexuada) ou pelo Fusarium graminearum (forma assexuada).

Lavouras atacadas por giberela são reconhecidas principalmente pela descoloração precoce de espiguetas. Além disso, a doença induz à produção de grãos chochos e de coloração rosada.

 

Plataforma Agropós

 

Os danos causados pela giberela à lavoura de trigo decorre da formação de grãos menores e leves, além de comprometer a qualidades dos grãos com substâncias tóxicas produzidas pelo fungo, as chamadas micotoxinas.

As condições favoráveis para o desenvolvimento da doença são chuvas frequentes e temperaturas entre 20 °C e 25 °C.

A giberela, atualmente, é uma doença de difícil controle. Portanto, a integração de medidas de controle é a melhor estratégia para minimizar os prejuízos gerados por esta doença.

 

Conclusão

Os principais aspectos, como agente causal, sintomas, condições favoráveis, e controle das doenças mais comuns na cultura do trigo no Brasil foram abordados neste artigo.

A ocorrência e severidade dessas doenças no campo são influenciadas pela grande variedade de regiões tritícolas que caracteriza o nosso país. O que dificulta viabilização de sistemas padronizados de controle.

Considerando esta situação, o produtor deve atentar- se as doenças mais comuns em sua região. Assim como as medidas de controle indicadas para o local.

Escrito por Pollyane Hermenegildo.

Pós-graduação Fitossanidade