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Conheça as principais micotoxinas!

Conheça as principais micotoxinas!

Micotoxinas são metabólitos secundários tóxicos sintetizados por fungos filamentosos que comumente contaminam alimentos como trigo, milho e outras culturas.  Quer saber tudo sobre esse assunto?

Acompanhe!

 

Conheça as principais micotoxinas!

 

Muitos fungos são comestíveis e utilizados na alimentação humana, como é o caso dos cogumelos (champignon e shitake).

Além disso, podem ser utilizados na fabricação de alimentos, como o queijo e o pão, e de bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja.

 Porém alguns fungos podem ser nocivos para a saúde, eles produzem toxinas perigosas, as chamadas micotoxinas. Continue a leitura!

 

O que são micotoxinas

As micotoxinas são metabólitos tóxicos secundários que os fungos filamentosos produzem. Assim, o crescimento e proliferação dos fungos ocorrem em grãos quando em condições ideais de temperatura, umidade e presença de oxigênio.

Desse modo, a identificação do fungo é de suma importância para o fornecimento de uma orientação para testar possíveis micotoxinas. Entretanto, destaca-se que a presença do fungo nem sempre confirma a presença ou identificação de uma micotoxina.

Essas toxinas são bastante perigosas. Isso por conta do seu poder de se conservar bem nos ambientes ideais. Isso porque a maioria das micotoxinas pode permanecer estável, por anos em alimentos para animais, e muitas sobrevivem a ensilagem e processamento de alimentos.

Ainda, elas podem ser concentradas várias vezes em subprodutos de cereais. E geralmente se concentram três vezes em destiladores ou coprodutos de glúten de milho.

 

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Efeitos das micotoxinas

As micotoxinas podem causar uma variedade de efeitos adversos à saúde e representam riscos à saúde humana e animal. Os efeitos adversos das micotoxinas à saúde variam de intoxicação aguda a efeitos de longo prazo, como deficiência imunológica e câncer.

A aflatoxina B1 é um conhecido carcinógeno e demonstrou ter vários efeitos nocivos. A ocratoxina A foi menos estudada, mas acredita-se que seja um carcinógeno fraco e pode ser prejudicial ao cérebro e aos rins

Em baixas doses, as micotoxinas são neutralizadas pelo fígado e não se acumulam no corpo enquanto a exposição permanece baixa. Já em grandes doses de aflatoxinas podem causar intoxicação aguda (aflatoxicose) e podem ser fatais, geralmente por danos ao fígado. Também há evidências de que elas podem causar câncer de fígado em humanos.

 

Principais micotoxinas

As principais micotoxinas de ocorrência em grãos e subprodutos utilizados na nutrição animal no Brasil são: aflatoxinas, fumonisinas, zearalenona, tricotecenos e ocratoxina.

A Outras micotoxinas, mesmo que ocorram em menor frequência, provocam importantes perdas econômicas quando contaminam os alimentos.

 

Aflatoxinas

As aflatoxinas são produzidas por fungos do gênero Aspergillus e relatadas como hepatotóxicas, mutagênicas, imunossupressoras e neoplásicas.

A depender da quantidade ingerida, frequência de ingestão e idade do indivíduo, podem relacionar-se à cirrose, necrose do fígado, encefalopatia e aumento da susceptibilidade à hepatite B.

 Dentre as aflatoxinas destacam-se as denominadas B1, G1, B2 e G2, especialmente a B1, que tem elevada hepatotoxicidade. A biotransformação das aflatoxinas ocorre principalmente no fígado e diferentes enzimas podem atuar na detoxificação.

 

Fumonisinas

As fumonisinas formam um grupo de micotoxinas produzidas pelo metabolismo secundário de fungos toxígenos dos gêneros Fusarium e Alternaria, sendo as linhagens de F. moniliforme as maiores produtoras. Aproximadamente duas dezenas de fumonisinas são conhecidas, mas somente as fumonisinas B1, B2 e B3 apresentam ocorrência e importância toxicológica reconhecidas.

Ocorrem em diversos cereais, sobretudo no milho, atingindo concentrações que geralmente induzem intoxicações subclínicas em diversas espécies.

A diminuição do ganho de peso geralmente é decorrente de afecções entéricas e hepáticas. Os equinos têm a maior sensibilidade à FB1, apresentando sinais clínicos de afecção nervosa e lesões de leucoencefalomalácia. Os suínos também apresentam alta sensibilidade às fumonisinas.

Os sinais clínicos característicos da fumonisina-toxicose aguda em suínos são evidenciados pela dificuldade respiratória e cianose resultantes de edema pulmonar. As intoxicações crônicas são mais frequentes, havendo diminuição da produtividade do rebanho. Além de produzir lesões características nessas espécies, as afecções hepáticas estão presentes em todos os surtos da fumonisina-toxicose.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Zearalenona

A zearalenona é um metabólito fúngico estrogênico não esteroide. É produzida por várias espécies de fungos do gênero Fusarium, incluindo F. culmorum, F. graminearum e F. crookwellense.

Essas espécies colonizam cereais e tendem a se tornar particularmente importantes durante estações de alta umidade, acompanhadas de temperaturas amenas. É uma micotoxina contaminante natural de diversos cereais, como trigo, cevada, arroz e particularmente o milho, em vários países.

A toxina pode produzir efeitos estrogênicos quando os cereais ou subprodutos contaminados são ingeridos pelos animais. Os suínos possuem a maior sensibilidade entre os animais domésticos, podendo apresentar sinais clínicos de intoxicação a partir de 0,1 mg da toxina/kg de alimento consumido.

 

Ocratoxina

A ocratoxina A é uma micotoxina produzida por algumas espécies de fungos filamentosos pertencentes aos gêneros Aspergillus e Penicillium e é, entre todas as ocratoxinas, a mais tóxica e por isso a mais relevante. Apresenta propriedades carcinogênicas, nefrotóxicas, teratogênicas, imunotóxicas e neurotóxicas. A ocratoxina

A está associada à nefropatia em humanos, podendo haver uma relação entre a exposição a essa toxina e a Nefropatia Endêmica dos Balcãs, uma doença progressiva caracterizada por redução da função renal e frequentemente fatal.

 

Tricotecenos

Tricotecenos são produzidos por fungos dos gêneros Fusarium, Cefalosporium, Myrothecium, Stachybotrys e Trichoderma. Estão divididos em grupo A (toxina T-2, toxina HT-2 e diacetoxyscirpenol) e grupo B (deoxinivalenol – DON ou vomitoxina, 3-acetil-deoxinivalenol, 15-acetil-deoxinivalenol, fusarenon-X e nivalenol). São contaminantes naturais de grãos, sendo produzidos em condições de alta umidade.

DON ocorre com maior frequência, havendo associação a outras micotoxinas de Fusarium (ex. fumonisinas e zearalenona). Monogástricos, como os suínos, são muito sensíveis à ação dos tricotecenos.

 

Como minimizar o risco de exposição às micotoxinas

Para evitar a contaminação por fungos, é importante observar que os que produzem micotoxinas podem crescer em uma variedade de culturas e alimentos diferentes, penetrando profundamente os alimentos e não apenas a casca.

Os fungos não crescem em alimentos devidamente secos e armazenados, portanto, a secagem eficiente e armazenamento adequado são medidas eficazes contra a produção de micotoxinas.

Além disso, para evitar a exposição à alimentos contaminados por micotoxinas, procure inspecionar grãos inteiros (especialmente milho, sorgo, trigo, arroz), figos secos e oleaginosas, como amendoim, pistache, amêndoa, nozes, coco, castanha-do-pará e avelãs, que normalmente são contaminados com aflatoxinas. Descarte qualquer um que parecer mofado, descolorido ou enrugado.

Também é preciso evitar danos aos grãos antes e durante a secagem e no armazenamento, pois os danificados são mais propensos à contaminação por fungos. Outras medidas eficazes incluem:

  • Adquirir grãos e nozes o mais frescos possível;
  • Certificar-se de que os alimentos são armazenados adequadamente mantidos livres de insetos, secos e não muito quentes;
  • Não guardar os alimentos por longos períodos de tempo antes de serem consumidos;
  • Garantir uma dieta diversificada – isso não só ajuda a reduzir a exposição às micotoxinas, mas também melhora a nutrição.
  • Preste atenção na alimentação animal – a comida seca com grãos pode produzir a toxina.

 

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Conclusão

Em resumo, a presença de micotoxinas nos alimentos é danosa tanto a saúde animal quanto à saúde humana.

Por isso, medidas preventivas devem ser tomadas em todo o estágio de plantio, colheita, transporte, estocagem e processamento do produto finalpara garantir a seguridade dos alimentos que serão consumidos.

Agora que você conhece melhor sobre as micotoxinas bem como seus possíveis efeito, esse conhecimento pode te ajudar a encontrar soluções para os problemas.  Nos conte, gostou do conteúdo?

Escrito por Michelly Moraes.

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As 5 principais doenças causadas por fungos!

As 5 principais doenças causadas por fungos!

A maior parte das doenças são causadas por fungos, bactérias ou vírus. Geralmente, os dois primeiros são os mais preocupantes. Com isso preparamos esse artigo onde vamos abordar tudo sobre as doenças causadas por fungos na agricultura.

Acompanhe!

 

As 5 principais doenças causadas por fungos!

 

O que são os fungos?

Os fungos são organismos que fazem parte do reino biológico chamado Fungi, em que existem fungos de variados tamanhos e formas.

Eles são capazes de viver em praticamente todos os ambientes terrestres, e, apesar dos diversos tamanhos, alguns só podem ser vistos microscopicamente.

Esses são formados por apenas uma célula, de modo que são classificados como unicelulares; um exemplo desse tipo são as leveduras. Apesar disso, também existem os que podem ser vistos a olho nu, por exemplo, os cogumelos e os bolores.

 

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Características dos fungos

Eles são seres heterótrofos, isto é, não produzem o próprio alimento; sendo assim, eles dependem da ingestão de matéria orgânica viva ou morta; só assim conseguem sobreviver.

As espécies que se nutrem de matéria orgânica morta são essenciais na decomposição de animais e vegetais e são chamadas de saprófagas.

A reprodução deles pode ser tanto assexuada, com brotamento, fragmentação ou produção de esporos, quanto sexuada, por meio do encontro de indivíduos de sexos diferentes.

O corpo das espécies que têm mais de uma célula, os pluricelulares, é formado por duas partes: o micélio e o corpo de frutificação.

O micélio é um emaranhado de filamentos longos e microscópicos chamados de hifas, e o corpo de frutificação é a estrutura reprodutiva dos fungos.

Um exemplo disso é o bolor preto, que cresce nos pães velhos, conhecido como mofo; ele corresponde ao corpo de frutificação. Já a parte que fica no interior do pão é o micélio.

 

E quanto às doenças causadas por fungos?

Os fungos nem sempre são positivos; pelo contrário, esses microrganismos são os causadores do maior número de doenças de plantas.

Vale ressaltar que o controle das doenças causadas por fungos requer principalmente medidas preventivas.

Ou seja, é preciso estar atento desde a escolha da área a ser cultivada até as ações feitas após as colheitas. Para o controle químico de doenças, há diversos produtos disponíveis no mercado, de vários fabricantes.

Para te ajudar a pensar nos melhores insumos para evitar o desenvolvimento dos fungos, é preciso conhecer, de maneira geral, as principais doenças fúngicas e como elas atacam as plantações. São elas:

 

1 – Antracnose

Uma das principais doenças da soja é a antracnose. O responsável por esta doença é o fungo Colletotrichum truncatum. Este fungo é muito comum em lavouras de soja.

 Entretanto, ele também infecta outras culturas. Porém, na soja, a antracnose é responsável por grandes perdas de produtividade. Além disso, ela também provoca a perda da qualidade dos grãos.

A entrada do fungo que causa antracnose em uma lavoura ocorre através de sementes infectadas. Porém ela também se dá a partir de restos de culturas. Ou então, a partir de outras plantas que são infectadas por ele. Contudo, uma vez estabelecido em uma planta, o fungo se disseminar de forma passiva.

Nós podemos observar os sintomas de antracnose em várias partes das plantas. Eles incluem manchas de coloração castanha a escura nas folhas, nos pecíolos e nas vagens.

A antracnose é mais intensa no cerrado. Isto se dá, pois as condições da região são propícias ao fungo que a causa.

 

Controle

O controle da antracnose envolve o manejo integrado. Ele inclui o uso de sementes sadias e o tratamento com fungicidas. Além disso, a rotação de culturas pode ser usada de maneira eficaz para controlar o fungo. Também há a opção de utilizar cultivares mais resistentes a esta doença.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

2 – Mancha-de-estenfílio

A mancha-de-estenfílio é uma doença fúngica muito destrutiva, mas nos últimos anos isso tem diminuído, devido ao plantio de variedades resistentes e à aplicação periódica de fungicidas para o controle.

Segundo a Embrapa, eis o que você precisa saber sobre essa doença:

  • ela fica mais suscetível em temperaturas entre 24°C e 27°C;
  • a frequência de muita água proveniente de chuva, irrigação ou nevoeiro pode dar início à doença;
  • as mudas infectadas são a causa do início das epidemias em plantios comerciais;
  • a doença ataca mais as folhas novas de plantas adultas;
  • plantas com deficiência nutricional são mais vulneráveis;
  • o patógeno é transmitido pela semente.

Além disso, essa doença causa manchas pequenas, escuras e angulares nas folhas; com isso, é comum as folhas ficarem fracas e perfuradas.

O ataque severo da doença provoca intensa queima das folhas, mas os frutos não apresentam sintomas.

 

Controle

Para o controle dessa doença, indicam-se os cultivares resistentes. Para cultivares suscetíveis, é indicado o controle químico com fungicidas registrados, como os usados para pinta-preta.

 

3 – Ferrugem asiática

Nós diagnosticamos a ferrugem asiática no Brasil em 2001. Atualmente, ela está presente em quase todas as regiões que produzem soja.

O fungo que causa esta doença é a espécie Phakopsora pachyrhizi. Os seus sintomas são manchas de coloração castanha e a desfolha precoce. De qualquer maneira, o efeito resultante é a redução de produtividade.

 

Controle

A medida de controle mais eficaz é química. Porém o controle de plantas invasoras contribui para suprimir a doença. Além disso, pode-se buscar cultivares resistentes ao fungo. No entanto isto parece ser mais difícil de se obter. Isto ocorre, pois as respostas das plantas às raças do fungo diferem bastante.

 

4 – Pinta-preta

Também conhecida como mancha-de-alternária, essa é a doença mais comum que ataca o tomateiro. Está presente por todas as regiões do país, e pode se manifestar em todas as fases de desenvolvimento de uma planta.

Ela causa muitos danos em razão de sua incidência nas folhas e frutos e, em alguns casos raros, no caule.  Essa doença afeta toda a parte aérea da planta, a partir das folhas mais velhas e próximas ao solo, na forma de pequenas pontuações pardo-escuras.

Um ataque severo desse fungo pode causar desfolha e expõe o fruto à queima de sol, gerando podridão. A doença ocorre tanto em épocas de chuva quanto na seca, e temperatura e umidade relativa altas também favorecem o ataque do fungo.

Ele sobrevive em restos culturais e infecta outras hortaliças, como a batata e a berinjela, e pode ser transmitido pela semente.

 

Controle

Para o controle dessa doença, deve-se pulverizar preventivamente os fungicidas registrados, se possível orientado por sistemas de previsão.

 

Plataforma Agropós

 

5 – Mela-de-rizoctonia

Também chamada de mela, damping-off e tombamento, trata-se de vários fungos habitantes de solo ou aderidos às sementes das plantas, que podem causar o tombamento das mudas.

Essa doença se agrava mais devido à umidade do que pela temperatura, isto é, irrigação excessiva ou chuva no final do ciclo da cultura causam alta umidade do ambiente abaixo das plantas.

Isso facilita a infecção dos frutos e outros órgãos em contato com o solo; costuma ocorrer na fase da floração, formação e maturação dos frutos. Essa doença costuma deixar uma lesão amarronzada na base de plantas jovens, o que provoca tombamento e morte.

As folhas e hastes infectadas caracterizam-se pela podridão mole ou aquosa (mela), nas partes que ficam em contato direto com o solo.

Os frutos em contato com o solo desenvolvem um apodrecimento marrom-claro, que fica recoberto com partículas de solo e micélio esbranquiçado do fungo.

A doença costuma se agravar em plantações com alta densidade de plantas, que contam com solos orgânicos, argilosos ou compactados e nos quais há acúmulo de água na superfície.

 

 

Conclusão

Neste artigo vimos tudo que precisamos saber sobre as principais doenças causadas por fungos nas plantas e o quanto podem afetar sua produtividade.

Com isso é de extrema importância que o agricultor faça monitoramento pois quanto mais cedo identificar a doença melhor para realizar o diagnóstico correto e assim realizar medidas de manejo para o controle em sua lavoura.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo.

Escrito por Michelly Moraes.

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Oídio: como manejá-lo em sua cultura?

Oídio: como manejá-lo em sua cultura?

O oídio é um dos grandes problemas encontrados na agricultura, com isso muitos agricultores buscam o melhor manejo para combatê-los. Neste artigo vamos abordar as principais culturas que sofrem ataque dos oídios e qual melhor manejo para cada uma delas.

Venha Comigo!

 

Oídio: como manejá-lo em sua cultura?

 

Oídio é um parasita obrigatório que só se desenvolve nos tecidos vivos e suscetíveis da planta hospedeira, eles apresentam um micélio superficial que extrai nutrientes da planta hospedeira através de hifas que penetram nas células da epiderme do hospedeiro por meio de órgãos de absorção chamados haustórios.

Desenvolve-se na parte aérea da planta, sendo caracterizado pela presença de uma fina camada de micélio e esporos (conídios) pulverulentos do fungo, que podem evoluir de pequenos pontos brancos para a cobertura total das partes infectadas, impedindo a fotossíntese e provocando queda prematura das folhas, nas quais, a coloração branca do fungo pode se alterar para castanho acinzentada e, nas hastes, podem ocorrer rachaduras e cicatrizes superficiais.

O oídio é transmitido rapidamente com o vento e através de insetos vetores, como pulgões. Ele pode atingir diversas culturas, entre essas, as mais comumente afetadas são as soja, tomateiro, trigo, feijoeiro entre outras culturas.

 

Condições favoráveis ao ataque de oídio

O oídio ocorre em condição de umidade alta, sob clima frio ou quente, mas também pode ocorrer em condição seca sob clima quente.

Essa variedade de condições pode ser explicada pelo fato dos esporos serem liberados, germinarem e causarem infecção, mesmo quando a umidade relativa do ar é baixa, sem filme de água sobre a folha. Iniciada a infecção, o micélio continua a desenvolver-se sobre a superfície da planta, independente das condições de umidade na atmosfera.

A temperatura desempenha um papel maior no desenvolvimento da doença do que a umidade. A fonte inicial de inóculo mais provável é o micélio, que sobrevive durante o inverno nas gemas.

De maneira geral, os oídio se desenvolvem muito bem em condições de elevada umidade relativa e na faixa de temperatura compreendida entre 18 e 22 ºC.

 

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Oídio na cultura de trigo

O oídio do trigo é uma doença de ocorrência frequente nas lavouras de trigo estando presente em todos os locais onde cultivares suscetíveis são cultivados. Também denominada de cinza do trigo, pode causar danos de até 62%.

As condições climáticas, onde predominam temperaturas altas e precipitações pluviais frequentes, favorecem o desenvolvimento do oídio na cultura do trigo podendo ser responsáveis por perdas elevadas no rendimento e na qualidade dos grãos.

Se agitar as plantas doentes, você pode observar a liberação de um pó branco, que são estruturas do fungo.

 

Manejo no trigo

O vento é o principal agente de disseminação da doença, que ao atingirem a planta de trigo, conseguem germinar, infectar e colonizar o tecido foliar. Por isso é importante o importância do monitoramento, para que a doença não se espalhe. Algumas alternativa para reduzir os impactos da doença são;

 

Tratamento químico: 

Embora não seja veiculado pela semente, o fungo pode ser controlado, em cultivares vulneráveis, pelo tratamento de sementes com o triadimenol.

O controle químico do oídio de trigo em cultivares suscetíveis é mais econômico via tratamento de sementes do que por meio de aplicação de fungicidas nos órgãos aéreos.

Em planta adulta, o monitoramento da doença deve ser semanal, a partir do afilhamento, determinando-se a porcentagem de plantas com sintomas da doença. A primeira aplicação deve ocorrer quando o nível de doença atingir o limiar de ação.

 

Semeadura

 As Semeaduras mais precoces também são capazes de diminuir os danos da doença, pois as plântulas ficam expostas a menores quantidades de inóculo, justamente em estádio de desenvolvimento de maior vulnerabilidade.

 

Oídio na cultura da soja

O oídio na cultura da soja é causado pelo fungo Microsphaera difusa, o agente causal do oídio na soja é um fungo ascomiceto obrigatório que tem sua sobrevivência dependente de plantas vivas do hospedeiro.

Os danos de oídio na soja são bastante variáveis entre as safras e entre regiões. Regiões que apresentam condições mais favoráveis e que os níveis de severidade são maiores são aquelas onde os danos reportados são maiores.

Em algumas regiões, devido as baixas severidades, o oídio acaba tendo uma importância secundária na soja.

 

Manejo na soja

Uma das formas de prevenção da doença é evitar o plantio de cultivares suscetíveis em épocas favoráveis à sua ocorrência, como semeaduras tardias ou safrinha, além de cultivos irrigados de inverno.

Sendo assim, a existência de cultivares com resistência genética ao oídio forneceria maior segurança e menores riscos de cultivo.

 

Uso de cultivares resistentes

O uso de cultivares resistentes é reconhecido como a prática de manejo mais eficiente para esta doença. Porém, diversas cultivares que eram resistentes tornaram-se suscetíveis, demonstrando a variabilidade do fungo.

Entretanto, não havendo disponibilidade de cultivares com essas características, ou no caso de quebra da resistência de uma cultivar, pode-se pensar em tratamento químico com fungicidas recomendados.

 

Controle químico com fungicidas

Controle químico é o método mais empregado. Fungicidas sistêmicos são os mais eficientes e recomendados, apresentando os melhores resultados.

O tratamento deve ser iniciado ao se constatar os primeiros sintomas. Fungicidas de contato à base de enxofre apresentam-se eficientes. Usar produtos registrados para as culturas.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Oídio na cultura do feijoeiro

Oídio do feijoeiro, causado pelo fungo Oidium sp, pode afetar toda a parte aérea, causam perdas tanto na quantidade como na qualidade do produto. A doença pode atacar ramos e vagens, tornando estas malformadas e menores.

 

Manejo no feijoeiro

O manejo do oídio no feijoeiro é o mesmo realizado na cultura da soja, métodos como o Uso de cultivares resistente e Controle químico com fungicida.

 

Oídio na cultura do tomateiro

Oídio no tomateiro numa ampla faixa de temperatura, que pode variar de 10o C a 35o C. A doença ocorre em verões e invernos secos.

 Assim, a temperatura não é fator ambiental limitante à doença, que é favorecida por umidades baixas, menor que 60%. A curta e média distâncias, a disseminação ocorre principalmente pelo vento.

O oídio pode ser causado por O. neolycipersi, conhecido como Oídio adaxial, onde se localiza na superfície superior e inferior das folhas evidenciado a aparência de um pó branco e fino na folhagem. Tanto folhas novas quanto velhas são atacadas.

Quando a doença é causada pelo O. haolophylli ou seja Oídio abaxial, a massa pulverulenta normalmente não é tão facilmente observada. Neste caso formam-se manchas amareladas nas folhas, que evoluem para necrose.

 

Manejo no tomateiro

Controle Químico

A medida mais eficiente de controle tem sido o emprego de fungicidas aplicados preventivamente ou após o aparecimento dos primeiros sintomas.

 

Diferença entre oídio e míldio

O oídio e o míldio podem se confundir em relação aos sintomas semelhantes, algumas diferenças dessas principais doenças são:

  • Oídio tem seu maior desenvolvimento fora da planta diferentemente do míldio que se desenvolve no interior das plantas;
  • Os oídios apresentam sintomas na parte superior e inferior das folhas já os míldios se encontra mais na face inferior das folhas;
  • Os oídios é causados por fungos já os míldios por omiceto;

O recomendado em caso de dúvidas procure um especialista da área para melhores recomendações.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Neste artigo vimos o sintomas do oídio em diferentes culturas e o quanto podem afetar sua produtividade. Com isso é de extrema importância que o agricultor faça monitoramento pois quanto mais cedo identificar a doença melhor para realizar o diagnóstico correto e assim realizar medidas de manejo para o controle em sua lavoura.

É importante ressaltar que em caso de dúvidas o ideal é procurar um o profissional da área para realizar a identificação correta.

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Fungicida é registrado para ferrugem asiática

Fungicida é registrado para ferrugem asiática

O fungicida cúprico Reconil recebeu registro dos órgãos reguladores para a inclusão em bula do alvo biológico Phakopsora pachyrhizi. Com isso, o produto poderá ser empregado pelos agricultores no manejo da doença ferrugem asiática da soja já na safra em andamento.

De acordo com a fabricante, a empresa de origem norte-americana Albaugh, na ocasião do lançamento do Reconil para a cultura da soja, em 2018, o fungicida recebeu registro inicial para 17 culturas e controle de mais de 30 doenças. A partir daí, passou a ser objeto de ensaios específicos a campo, com vistas à ampliação de seu espectro de doenças-alvo, incluindo a ferrugem da soja.

“Testes e pesquisas na fronteira agrícola demonstraram que a integração do cobre ao manejo da ferrugem asiática transfere resultados relevantes ao sojicultor. Quando associado ao sistema de manejo, Reconil leva mais sustentabilidade à lavoura, por mitigar o processo de resistência de fungicidas específicos. Sua aplicação também melhora resultados na produção da soja”, comenta  Reginaldo Sene, diretor de marketing da Albaugh.

O executivo reforça que, comparado a outros fungicidas de contato, o produto agrega ainda ganhos representativos à relação custo-benefício do manejo de resistência de produtos sistêmicos ao fungo Phakopsora pachyrhizi, patógeno causador da ferrugem asiática. “Além do controle da ferrugem e das principais doenças da soja, Reconil apresenta efeito bactericida e conta uma avançada tecnologia de formulação que não provoca o entupimento dos bicos de aplicação”, complementa Sene.

Leia também:
-> Pesquisadores mapeiam genoma do fungo causador da ferrugem da soja

Sene adianta ainda que a planta industrial da Albaugh situada na cidade fluminense de Resende (RJ) detém a maior capacidade instalada da América Latina para produzir fungicidas à base de cobre. “A Albaugh está plenamente apta a atender à demanda por Reconil para ações de manejo da ferrugem já na safra em andamento”, conclui.

Para o presidente da Albaugh Brasil, Cesar Rojas, a extensão de bula de Reconil é mais uma demonstração da vocação da empresa para aprimorar a utilização de insumos pós-patentes na agricultura. A estratégia da companhia, diz Rojas, está ancorada principalmente em investimentos na inovação atrelada a produtos pós-patentes.

Fonte: Agrolink

Novo fertilizante orgânico tem grande ganho de produtividade

Novo fertilizante orgânico tem grande ganho de produtividade

 

Cientistas agrícolas da Universidade de Gana e uma empresa privada, a HJA África, desenvolveram um novo fertilizante orgânico que pode ajudar os agricultores a aumentar o rendimento das culturas em um mínimo de 40%. O vinagre de madeira do Organic Farming Aid (OFA) é um intensificador de crescimento completo que também controla as condições de pragas e fungos que afetam várias culturas.

O fertilizante líquido pode ser aplicado em vegetais como repolho, pimentão, tomate, cebola e cenoura; frutas, bem como culturas de árvores, como cacau e manga. O produto foi apresentado na quinta Conferência Orgânica da África Ocidental (WAOC) na Universidade de Gana (UG) na última quinta-feira.

Em uma apresentação no WAOC na semana passada, o CEO da HJA África, Henry Abraham, disse que “este produto é uma maneira relativamente mais barata para os agricultores aumentarem o tamanho da produção das plantas e oferecerá acesso a preços acessíveis, fertilizante que fará melhorias sustentáveis para a agricultura em Gana”, completa.

Matrícula no curso de Avanaços

 

Ele disse que os resultados de recentes ensaios científicos independentes do produto foram excelentes em fazendas, incluindo fazendas infestadas de pragas. “Em um teste, nosso produto aumentou em mais de 40% a produtividade e superou o fertilizante NPK padrão, enquanto custou menos de um décimo do equivalente a NPK. E a combinação de NPK e OFA deu resultados ainda melhores”, indica.

Abraham indicou que a OFA ofereceria uma oportunidade para os agricultores ganenses, muitos dos quais não puderam acessar os fertilizantes subsidiados pelo governo, para aumentar o rendimento e os lucros das suas colheitas. “E os agricultores em melhor situação que já usam fertilizantes podem aumentar ainda mais sua produtividade complementando seus fertilizantes existentes com OFA, em muitos casos, além de reduzir seus gastos gerais com insumos”, conclui.

Fonte: Agrolink