Conheça os três tipos de ferrugem do trigo!

trigo é uma cultura de grande importância econômica e alimentícia, pois faz parte da dieta de praticamente toda a população mundial. Mas os produtores enfrentam inúmeros desafios para obter sucesso em seu plantio e um deles é a ferrugem do trigo, neste post vamos falar tudo sobre as três doenças com nome comum de ferrugem do trigo. Se quer saber mais sobre esse assunto continue a leitura.

Vamos lá!

 

Conheça os três tipos de ferrugem do trigo!

 

Com uma produção mundial que gira em torno de 750 milhões de toneladas, o trigo é também uma cultura bastante importante para o agronegócio brasileiro.

Diante da produção interna crescente e da importância do trigo para a economia agrícola brasileira, o interesse de produtores nacionais no cultivo deste cereal cresce a cada ano, representando uma excelente opção de cultivo.

Mas para manter essa grande produção, é necessário atentar-se ao bom manejo e controle de doenças, pois situações adversas podem influenciar na safra.

Na cultura do trigo ocorrem três doenças com o nome comum de ferrugem: ferrugem do colmo, ferrugem da folha, ferrugem linear. Abaixo vamos mostrar os prejuízos e algumas técnicas de manejo dessa doença.

 

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O trigo no agronegócio brasileiro

O trigo está presente em 133 mil propriedades rurais do país e movimenta uma cadeia produtiva que envolve quase 800 mil pessoas. Em 2020 O Brasil realizou a maior safra de grãos de toda a sua história.

Ao lado dos fertilizantes, é uma das principais pautas de importação do agronegócio brasileiro, onerando a balança comercial do País. O Brasil é um dos cinco maiores importadores de trigo do mundo.

Nosso consumo atual é de, aproximadamente, 12 milhões de toneladas, mas, na última safra, produzimos 5,3 milhões de toneladas. Se importarmos o mesmo volume do ano passado, desembolsaremos até 10 bilhões de reais.

 

Afinal, quais as doenças com nome Ferrugem do trigo?

Há três tipos de ferrugens do trigo, causadas por espécies diferentes de fungos do gênero Puccinia:

  1. Ferrugem da folha, causada por  triticina;
  2. Ferrugem do colmo (o caule das gramíneas), causada por  graminisf. sp. tritici; e
  3. Ferrugem linear, causada por  striiformisf. sp. tritici – a abreviatura f. sp. significa formae specialis (forma específica), e indica qual espécie (no caso, trigo) é infectada pelo organismo citado.

Abaixo vamos abordar sobre cada um deles, e sua forma de controle.

Quer saber mais sobre o assunto? Clique aqui e assista um vídeo sobre a ferrugem do cafeeiro com o professor Laercio Zambolim:

 

Ferrugem da folha (Puccinia triticina)

A ferrugem da folha do trigo é considerada a ferrugem mais comum desta cultura, ocorrendo em diversas regiões produtoras do Brasil, sendo que as perdas causadas por esta doença podem chegar à ordem de 50% em rendimento de grãos.

O patógeno apresenta raças, sendo que algumas podem parasitar cultivares específicas de cevada e triticale.

O inóculo (esporos do fungo) da ferrugem está presente nas lavouras de trigo todos os anos, já que o fungo sobrevive em plantas voluntárias e os esporos podem ser transportados pelo vento, trazendo a doença de diversas regiões produtoras de trigo na América do Sul.

Condições Climáticas que Favorecem a Doença

O clima ideal para o desenvolvimento do fungo é uma temperatura de 20°C com 3 horas de molhamento contínuo nas folhas. No entanto, a doença pode progredir rapidamente mesmo em temperaturas variando entre 10°C e 30°C.

A alta umidade relativa do ar também favorece a doença, especialmente quando há formação de orvalho, pois os esporos do fungo necessitam de um filme de água livre sobre as folhas para germinar e invadir os tecidos foliares.

No Brasil, epidemias da doença são relatadas com maior frequência no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, principalmente entre os meses de agosto e setembro.

Danos

Controle

De forma geral, o uso de fungicidas é uma estratégia eficiente para o controle químico da ferrugem da folha. O número de aplicações dependerá da suscetibilidade da cultivar e das condições climáticas que favorecem o desenvolvimento e a progressão da doença durante a safra.

Além disso, o agricultor deve respeitar o período de persistência dos ingredientes ativos utilizados para definir o intervalo adequado entre as reaplicações.

Dano causado pela ferrugem da soja.

Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici)

A ferrugem do colmo foi a doença mais temida dos cereais. Atualmente, o desenvolvimento de cultivares resistentes reduz a gravidade do problema, mas surtos podem ocorrer quando novas raças do patógeno superam os tipos existentes de resistência.

A ferrugem do colmo continua a ser uma importante ameaça para o trigo e a cevada e assim, para o abastecimento mundial de alimentos.

 

Danos

As plantas geralmente não apresentam sintomas típicos da doença até 7 a 15 dias após a infecção, quando as pústulas ovais (uredínias), com urediniósporos de cor pardo-ferruginosa, rompem a epiderme.

Microscopicamente, esses esporos são equinulados e avermelhados. As pústulas podem ser abundantes e produzidas em ambas as superfícies das folhas e dos colmos das gramíneas hospedeiras. Mais no final da estação de cultivo, as pústulas (télias) com teliósporos escuros começam a aparecer nas gramíneas infectadas.

 

Controle

A medida preferencial de controle é o uso de cultivares resistentes. No Brasil, os genes Sr 22, 24, 25, 26, 27, 31 e 32 conferem resistência a todas as raças virulentas do fungo. Pode-se utilizar, também, fungicidas sistêmicos do grupo dos triazóis.

 

Ferrugem linear (Puccinia striiformis)

A ferrugem linear ou ferrugem amarela do trigo (Triticum aestivum) é causada pelo fungo Puccinia striiformis. O nome da doença é devido à coloração e à distribuição das urédias nas folhas.

Essa é uma doença de ocorrência esporádica no Brasil, havendo poucos estudos sobre ocorrência, epidemiologia, danos e controle. Na literatura estrangeira são relatadas perdas de 5 a 50%.

 

Condições climáticas que favorecem a doença

A temperatura ideal para a germinação dos uredosporos varia entre 5°C e 15°C, enquanto o desenvolvimento da doença ocorre rapidamente quando as temperaturas estão entre 10°C e 15°C, associadas à presença de chuva e orvalho contínuo.

Esse cenário climático favorece a manifestação precoce do patógeno na estação de cultivo, tornando-o mais prejudicial do que outras ferrugens, como a da folha e do colmo, resultando em impactos econômicos significativos.

Danos

A ferrugem linear surge inicialmente em focos na lavoura e afeta todos os órgãos verdes da planta. Nas folhas, manifesta-se como listras ou linhas pontilhadas de coloração amarela ao longo das nervuras, justificando o nome popular “ferrugem linear”.

Após o espigamento, em plantas severamente afetadas, observa-se intensa esporulação no interior das glumas, o que originou outro nome comum para a doença: “ferrugem da gluma” (Puccinia glumarum Schm. Hericss. & Henn.).

Controle

Por outro lado, o autuado deve efetuar o pagamento do Auto de Infração em até 30 dias corridos após tomar ciência do documento. No entanto, se apresentar impugnação ou recurso, deverá pagar em até 30 dias após receber a Notificação com o respectivo resultado.

 

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Conclusão

A ferrugem da folha do trigo é uma doença fúngica que afeta trigo, cevada, centeio, folhas e grãos, causando grandes prejuízos aos produtores.

Portanto, os manejos preventivos para o controle dos diferentes agentes causais da ferrugem do trigo são essenciais e demonstram alta eficiência para garantir uma boa produtividade.

Quando bem aplicadas, essas medidas permitem um maior controle do patógeno, evitando danos e prejuízos significativos à lavoura.

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