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Veja nesse artigo algumas classificações importantes para os mais diferentes tipos de sementes.

 

Tipos de sementes e suas classificações!

 

A variabilidade dos tipos de sementes existentes é enorme, uma vez que, o número de espécies vegetais que possui sementes também é vasto.

O surgimento das sementes é um grande divisor de águas, dentro do reino vegetal, quanto a disseminação desses indivíduos.

Além do ganho em distância, a formação das sementes ocorre em um processo de reprodução sexuada possibilitando assim o aumento da variabilidade genética das plantas.

Os tipos ou classificações de sementes vão variar conforme o contexto em que se encontra podendo ter aplicações mais práticas ou didáticas.

Podemos dividir as sementes em tipos quanto as diferenças em estruturas, comportamento, tipos de reservas, maturação fisiológica, utilização entre outros…

 

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Características da semente

Ao analisar e identificar as estruturas gerais persentes a uma semente já conseguimos distinguir dois tipos bem presentes.

O que dá origem a uma divisão botânica clássica sendo as monocotiledôneas e dicotiledôneas. Mas afinal o que é um cotilédone?

É o que você vai saber a seguir junto as outras estruturas presentes na semente de ambos os grupos.

Note que as estruturas do embrião na semente serão correspondentes as estruturas inicias da planta após ter germinado.

Características da semente

Assim temos:

Radícula: parte do embrião que irá dar origem as raízes primárias;

Hipocótilo: região de transição vascular entre a raiz e o caule e está presente tanto no embrião da semente quanto na plântula;

Plúmula: massa de célula meristemática que corresponde a gema apical na planta;

Cotilédones: relacionados de modo geral ao armazenamento de reservas e as folhas embrionárias;

Tegumento: ou casca da semente, apresenta funções importante de proteção e regulação com o meio externo assim como está fortemente relacionado com o processo de dormência que veremos mais à frente.

O endosperma é uma estrutura presente somente em monocotiledôneas, uma vez que, no processo de formação do embrião de dicotiledôneas o mesmo é digerido e suas reservas transcoladas para os cotilédones.

Já na formação do embrião de monocotiledôneas o que é digerido é justamente o cotilédone para assim formar o coleóptilo que irá proteger a plúmula no processo de germinação.

Tal diferente resulta em dois tipos de classificação de sementes as albuminosas (mono) e as exalbuminosas (dico).

 

Tipos de reserva em sementes

Uma das funções das sementes está em garantir as reservas inicias de energia ao embrião até a emergência das estruturas capazes de realizar fotossíntese.

Contudo a natureza bioquímica do composto de reserva acumulado na semente vai variar conforme a espécie.

Assim, podem ser classificadas nos seguintes tipos:

Amiláceas: sementes que tem o amido como principal forma de reserva. Ex: milho;

Aleuro-amiláceas: sementes que além do amido apresentam alto teor de proteínas. Ex: feijão;

Oleaginosas: sementes que armazenam lipídeos como reserva. Ex: girassol;

Aleuro-oleaginosas: sementes que apresentam lipídeos e proteínas como reserva. Ex: soja;

Córneas: sementes onde os principais produtos de reserva são a celulose e hemicelulose.

 

Tipos de dormência em sementes

Passado todo o processo de embriogênese de uma semente, a mesma acaba ficando em um estado conhecido como quiescência.

A quiescência de uma semente se trata de uma condição de baixa atividade metabólica por consequência dos baixos teores de água.

Assim essa semente sob condições favoráveis do ambiente irá iniciar seu processo de germinação.

Contudo muita das plantas desenvolveram mecanismo que vão impedir sua germinação mesmo estando em condições favoráveis do ambiente.

 

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A esse fenômeno é nomeado como dormência de semente e pode estar ligada com um ou mais dos tipos que veremos a seguir:

Dormência física: está relacionada com a impermeabilidade do tegumento, seja pela baixa porosidade ou a deposição de substancias como suberina e lignina.

Esse tipo de dormência é presente em espécies de regiões tropicais úmidas para que assim não germinem após serem dispersas.

Do ponto de vista agronômico essa dormência pode ser quebrada através de processo como a escarificação mecânica ou química com o uso de ácidos e água quente.

Dormência fisiológica: esse tipo de dormência ocorre pelo bloqueio de diferentes fatores ligados aos processos de germinação, como:

  • Tegumento impermeável a entra de oxigênio, por apresentar substâncias em sua superfície que iram reagir com o O2;
  • Presença de substâncias inibidoras como o ácido abscísico ou compostos fenólicos;
  • Embrião dormente.

 

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Tipos de sementes e o seu armazenamento

Agora em uma perspectiva relacionada ao armazenamento de sementes seja por objetivos mercadológicos ou de conservação de espécies vegetais.

Temos uma característica muito importante nas sementes que vão nos dizer se ela será possível de ser armazenada ou não.

Essa característica é a capacidade de serem dessecadas sem sofrem danos que irão tornar a semente inviável. Com isso temos a classificação das sementes em dois tipos:

Ortodoxa: são sementes capazes de serem armazenadas após processos de secagem;

Recalcitrantes: diferentes da definição anterior são as sementes que não é possível se armazenar sob condições secas.

 

Tipos de sementes e o seu armazenamento

 

Conclusão

Espero que com a leitura desse texto você tenha notado que os diversos tipos de semente e suas classificações vão depender da sua utilização e contexto em que se está inserido.

Contudo ter noção dos mais variados tipos de classificação de sementes pode te ajudar a entender e resolver problemas de modo mais interdisciplinar.

Escrito por João Verzutti.

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