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Importância do potássio nas plantas!

Importância do potássio nas plantas!

O potássio é um macronutriente que está associado a múltiplas funções nas plantas. Que vão desde processos metabólicos à melhoria de resistência a estresses bióticos e abióticos.  Com isso, preparamos esse artigo para abordar tudo que precisa saber sobre esse assunto.

 

Importância do potássio nas plantas!

 

O potássio nas plantas é considerado um nutriente essencial para o crescimento. É classificado como macronutriente porque as plantas, durante todo o seu ciclo de vida. Absorvem grandes quantidades desse nutriente.

A deficiência de potássio deixa a planta mais suscetível a diferentes tipos de estresses (como o déficit hídrico por exemplo) e ao ataque de pragas e doenças. Portanto, o manejo de adubação potássica deve ser eficiente para que o cultivo atinja o seu máximo produtivo.

Nos acompanhe nessa leitura e conheça um pouco mais sobre esse nutriente tão essencial a todos os cultivos.

 

 

Principais funções do potássio para as plantas

O potássio (K) é um macronutriente primário, ou seja, além de ser demandado em altas quantidades pelas plantas. Ele está entre os três nutrientes mais requeridos, juntamente com o nitrogênio e o fósforo.

A alta demanda do potássio não está relacionada com a síntese direta de moléculas orgânicas nas plantas. Mas sim com a sua participação em diversas funções essenciais para o desenvolvimento e produtividade das culturas.

 

Mas, quais são as principais funções do potássio nas plantas?

 

1. Participa da ativação de diversas enzimas

As enzimas são moléculas orgânicas de natureza proteica presentes em todos os sistemas biológicos. Elas atuam controlando a velocidade e regulando as reações bioquímicas que acontecem nos organismos vivos.

Nas plantas, essas enzimas são necessárias em várias reações envolvidas na:

  • Utilização de energia;
  • Síntese de amido;
  • Metabolismo do nitrogênio;
  • Respiração.

Para que elas desempenhem seu papel como catalisadores biológicos, as enzimas precisam encontrar condições ideais para se ligarem a uma ou mais moléculas reagentes. Conhecidas como os substratos das enzimas. E é nesse ponto que o potássio entra em ação.

Apesar da ativação enzimática pelo potássio ainda não estar bem estabelecida, pesquisadores sugerem que o potássio atua como uma ponte entre a enzima e seu substrato. E, assim, as duas moléculas podem ser alinhadas apropriadamente para a reação.

Já a teoria mais aceita sugere que o íon de potássio hidratado facilita a atividade das enzimas, se combinando com as enzimas e alterando as suas conformações químicas.

Estimativas da Embrapa, sugerem que o potássio está envolvido com a ativação de mais de 50 enzimas.

 

2. Favorece a síntese proteica nas diferentes culturas

O nitrato (NO3–) é uma das formas de nitrogênio absorvidas pelas plantas e que participa diretamente da síntese proteica. Para isso, ele é reduzido primeiramente para amina e depois incorporado como aminoácido para formar as proteínas.

Entretanto, ele depende do potássio para ser transportado até as folhas e frutos, onde será convertido em proteínas.

O potássio é um macronutriente muito móvel nas plantas, por não formar nenhum tipo de composto orgânico. E possui carga iônica (K+) oposta ao nitrato, o que favorece a ligação entre os dois elementos.

Segundo a publicação Potássio, o Elemento da Qualidade na Produção Agrícola, do International Potash Institute, um baixo suprimento de potássio restringe o transporte adequado de nitratos e inibe a formação das proteínas, levando ao acúmulo de nitrato-N e amino-N solúvel.

Dessa forma, o potássio promove a ciclagem de nitrato e favorece a síntese proteica nas diferentes culturas.

 

Nutrição Mineral de Plantas Macronutrientes.

 

3. Influencia a síntese da enzima RuBisCO, estando ligado à fotossíntese

A enzima ribulose-1,5-bisfosfato carboxilase/oxigenase, mais comumente conhecida por RuBisCO. É a enzima mais abundante nas plantas e, provavelmente, a proteína mais abundante do planeta.

O artigo Percent of Rubisco out of total soluble leaf protein aponta que a RuBisCO é a proteína mais predominante nas folhas de plantas C3, contribuindo com mais de 50% das proteínas solúveis totais das folhas.

Ela é a principal enzima responsável pela fixação de carbono orgânico e tem sua síntese influenciada pela presença de potássio.

Ou seja, o potássio está diretamente ligado a fotossíntese, processo pelo qual as plantas convertem a luz solar e os nutrientes absorvidos em energia necessária para a produção de flores, frutos e grãos.

 

4. Regula o potencial hídrico das células

O potássio também é importante para regulação do potencial hídrico das células, uma vez que a absorção de água pela célula e pelos tecidos é frequentemente consequência da absorção ativa do potássio. Além disso, os íons de potássio atuam diretamente na abertura e fechamento dos estômatos, que são uma das principais estruturas das plantas que podem levar a perda excessiva de água.

Os estômatos são aberturas microscópicas encontradas principalmente nas folhas, responsáveis por realizar as trocas gasosas que incluem vapores d’água, dióxido de carbono (CO2) e oxigênio (O2).

Segundo a Embrapa, o mecanismo de abertura e fechamento dos estômatos depende inteiramente do fluxo de potássio sobre a taxa de assimilação de CO2, não por uma influência direta nos fotossistemas I ou II, mas sim por promover a síntese da enzima RuBisCO.

 

5. Promove a ciclagem de compostos no floema

O floema é um tecido vascular responsável por conduzir substâncias orgânicas pelo interior da planta, especialmente de açúcares e outros fotossintatos produzidos nas folhas por meio da fotossíntese.

Para isso, esse tecido vascular conta com o auxílio de nutrientes como o potássio, para transportar grande parte destes açúcares e outros produtos das folhas para órgãos de reservas como os grãos, frutos e raízes.

No artigo Effect of K on N utilization by spring wheat during grain protein formation, os pesquisadores Konrad Mengel e Karl Koch ainda destacaram que o potássio não promove somente a translocação de fotossintatos recém-produzidos, mas também tem um efeito benéfico na mobilização de material estocado nas plantas.

 

6. Está envolvido com crescimento meristemático

Os meristemas são regiões das raízes e dos caules das plantas nas quais as células se dividem continuamente. Eles são divididos em dois tipos principais:

Meristemas apicais: são responsáveis pelo crescimento longitudinal da planta, por estarem posicionados na região do ápice da raiz, do caule e de suas ramificações;

Meristemas laterais: são responsáveis pelo crescimento da planta em espessura, como o câmbio vascular, que origina o xilema e o floema secundário.

A divisão e o crescimento celular desses meristemas são controlados por hormônios vegetais, também conhecidos como fitohormônios, que por sua vez são postos em ação pela presença de potássio.

 

7. Confere maior resistência aos tecidos das plantas

A presença de potássio em níveis adequados confere maior resistência aos tecidos. Por aumentar a espessura da cutícula e da parede celular das plantas. Dessa forma, ele é responsável por amenizar os efeitos dos estresses abióticos, que são aqueles causados por organismos vivos, como pragas e doenças.

O aumento da espessura da cutícula e da parede celular, dificultam a penetração dos fitopatógenos e o progresso da infecção. E o potássio também está relacionado com o acúmulo de substâncias que apresentam ação fungistática.

Nos ensaios conduzidos no estudo Efeito do nitrogênio e do potássio na intensidade da Antracnose Foliar (Colletotrichum graminicola) e na nutrição mineral do milho. Diego de Oliveira Carvalho concluiu que a adubação potássica influenciou significativamente o período de latência do fungo em até 21,7%.

Outro efeito positivo que o potássio promove é redução do ponto de congelamento da seiva de culturas como o café e a soja, mitigando os efeitos negativos da geada nos tecidos, como:

  • Desidratação das células;
  • Perda do potencial de turgescência;
  • Redução do volume celular;
  • Ruptura da membrana plasmática.

 

Sintomas de deficiência de potássio na soja

A cultura da soja é altamente sensível à deficiência de potássio impactando fortemente no acúmulo de biomassa, rendimento e qualidade dos grãos.

Durante o ciclo do cultivo, a deficiência pode ser notada nas fases de crescimento e desenvolvimento das plantas.

O surgimento de clorose e necrose nas pontas e margens das folhas velhas, são os sintomas iniciais de baixos níveis do nutriente na planta, seguido de queda das mesmas caso não seja realizado o manejo adequado.

Há também o comprometimento do sistema radicular e redução do desenvolvimento das plantas na lavoura. Plantas com deficiência de potássio produzem grãos pequenos, enrugados, deformados comprometendo a qualidade final.

 

Quando fazer adubação potássica?

O ideal é que a aplicação de potássio na soja seja feita antes do surgimento de sintomas visuais na planta. É importante garantir aplicação de doses suficientes para absorção durante todo o ciclo da cultura. E quanto maior a diversidade de culturas nos ciclos, maior será a necessidade de nutrição.

Investir no solo e em análises, tanto foliares quanto do próprio solo. É uma excelente maneira de garantir as melhores soluções para a lavoura. Escolhendo insumos mais eficientes e que vão garantir mais bem resultados para sua plantação. Busque utilizar fontes mais solúveis nos momentos de maior exigência nutricional para atingir uma aplicação equilibrada.

 

Sintomas de deficiência no milho

 Na cultura do milho, a clorose nas bordas das folhas mais velhas, evoluem para um secamento em direção à nervura central.

Dois grandes impactos da deficiência de potássio acometem a cultura do milho: primeiro, atraso no desenvolvimento e redução do crescimento da planta (colmos e entrenós menores). E o segundo, os grãos e espigas produzidos de menor qualidade quando comparados aos de uma planta com nível adequado de potássio.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O potássio é um dos nutrientes mais requeridos pelas plantas. Por isso, neste artigo vimos algumas estratégias para melhorar seu manejo, aumentando a eficiência produtiva de sua lavoura.

Comentamos também sobre as  possibilidades de fertilizantes que podem ser utilizados para suprir a demanda da sua cultura.

Gerir bem como essa adubação será feita pode garantir resultados melhores e, consequentemente, mais lucro em sua produção!

Escrito por Michelly Moraes.

 

Dessecagem pré-colheita: entenda!

Você sabe que é e como é feita a dessecagem na agricultura? Entenda neste artigo o que é essa prática, quais seus benefícios e possíveis malefícios, como realizar, entre outros detalhes importantes para evitar perdas de produtividade e melhorar o seu planejamento.

Acompanhe! 

 

Dessecagem

 

O que é e como é feita a dessecagem na agricultura?

A dessecação para a pré-colheita usa um herbicida conhecido como dessecante para cumprir basicamente três objetivos:

  • controlar o desenvolvimento de plantas daninhas no talhão;
  • antecipar em cerca de três dias a uma semana a colheita;
  • uniformizar a área da lavoura.

Os dessecantes são defensivos que atuam como inibidores de processos de desenvolvimento da planta, provocando sua morte por deficiência metabólica. Por não se tratar de um herbicida seletivo, é preciso ter muito cuidado e conhecimento no seu uso.

A dessecação é muito adotada na cultura da soja, por exemplo, antecipando a colheita para o plantio do milho safrinha. No entanto, essa prática é usada também em outras lavouras, como:

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

 

Vantagens da dessecagem

Entre as principais vantagens da dessecação para a colheita antecipada, estão:

  • eliminação de plantas hospedeiras de pragas;
  • auxílio à preservação da tecnologia Bt;
  • palha totalmente seca para a semeadura;
  • maior uniformidade na maturação dos grãos;
  • coleta de grãos com menos impurezas;
  • melhores preços com a oferta antecipada de grãos;
  • uniformização de retenção de hastes verdes e retenção foliar;
  • entrada do milho safrinha em uma época mais adequada;
  • sementes de maior qualidade sanitária e fisiológica;
  • facilidade no controle de daninhas ao realizar a dessecação sequencial;
  • facilidade na semeadura da cultura.

Apesar dessas enormes vantagens, é necessário um bom planejamento e tomar certos cuidados para garantir bons resultados.

Esse tipo de manejo é indicado por especialistas somente para a produção de grãos. Já na produção de sementes, a dessecação pode comprometer a qualidade do produto, diminuindo seu potencial de germinação.

 

Dessecagem na cultura da soja

A dessecação pré-colheita da soja é uma prática importante para os sojicultores, pois promove a uniformidade de maturação e umidade da cultura da soja antes da colheita.

Isso permite uma colheita mais fácil e eficiente, pois a secagem da soja e o controle de plantas daninhas aumenta o rendimento operacional do maquinário, evitando o “embuchamento” promovido por hastes e folhas verdes.

Ao dessecar as lavouras de soja, os agricultores também podem obter sementes de maior qualidade, pois os grãos terão um menor teor de umidade, evitando danos mecânicos e facilitando processos de secagem, armazenagem e transporte. “Isso pode resultar em maiores taxas de germinação de sementes e melhor viabilidade das sementes”.

 

Herbicidas para a dessecação pré-colheita da soja

O agente de maior influência no resultado da dessecação pré-colheita é o produto utilizado. Não apenas por ser um dos poucos fatores sobre os quais o produtor tem controle nesta empreitada, mas porque o herbicida adotado não pode deixar resíduos tóxicos no grão a ser colhido ou afetar a qualidade das sementes produzidas.

Sendo assim, além da eficácia do produto, é preciso respeitar o tempo de carência previsto na bula do herbicida para que a operação ocorra de forma correta.

Nesse contexto, a escolha do produto é muito importante. Segundo a Fundação MS, o sojicultor deve considerar as seguintes características para adotar o herbicida ideal:

  • O herbicida deve apresentar ação de contato.
  • A absorção do produto deve ocorrer em até 30 minutos.
  • O herbicida não pode apresentar efeito residual.

Os principais herbicidas utilizados nesta operação são os considerados não seletivos, com efeito de contato e baixa persistência no solo.

 

Dessecagem eficiente para colheita alguns cuidados!

Para fazer a dessecação é preciso tomar alguns cuidados e seguir algumas recomendações. Considere as principais delas abaixo.

 

O momento certo

Em primeiro lugar, é bom destacar que a dessecação nunca deve ser feita antes da maturação fisiológica dos grãos. No caso da soja, por exemplo, existem alguns parâmetros para identificar isso.

 A fase ideal é a partir do estádio R6.5 e R7.0. A partir desse ponto, boa parte das vagens estão amareladas cerca de 50%. Normalmente isso ocorre entre 10 e 15 dias antes da data para a colheita.

Por outro lado, não é indicado demorar para colher após a dessecação, pois pode haver ocorrências de vagens abertas, germinação ainda no pé dentro da vagem (em caso de umidade em excesso) e grãos “ardidos”.

 

A previsão meteorológica

Ao aplicar o dessecante na lavoura, o agricultor precisa lembrar que a planta vai morrer muito rápido. Então, o trabalho precisa ser feito com dinamismo.

Para isso, é preciso estar de olho na previsão das condições climáticas. Chuvas podem atrapalhar bastante o trabalho de colheita e até ocasionar perdas na operação.

 

O cuidado com a deriva

Ao aplicar o dessecante é preciso tomar muito cuidado para que não haja deriva, conduzindo o produto a lavouras próximas. Lembre-se de que o herbicida não é seletivo e sua ação ocorre principalmente pelo contato.

 

Checklist agrícola

 

A orientação de um profissional

Todo produtor que deseja adotar o sistema de dessecação precisa buscar e seguir orientações de um profissional agrônomo. Ele fará um diagnóstico da área, analisará as especificações do herbicida e fará uma receita adequada a cada caso. Dessa forma, será possível iniciar a dessecação e a colheita antecipada com segurança e eficiência.

 

A escolha do dessecante

O herbicida usado para a dessecação depende do tipo de planta daninha de maior abundância no talhão. Por exemplo, levando em conta as lavouras de soja, podemos afirmar que:

  • em ervas daninhas gramíneas, podem ser usadas herbicidas com base de Paraquat;
  • em ervas daninhas de folhas largas, recomendam-se produtos com base de Diquat.
  • Esses produtos são de rápida absorção (cerca de 30 minutos) e não deixam resíduos na soja.

 

O período de carência

O período de carência é o prazo entre a aplicação e a colheita, que fica entre sete e dez dias. Isso é importante para não haver resíduos no grão, garantindo, assim, a segurança alimentar.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A dessecação da soja pode trazer muitos benefícios, principalmente para produtores que costumam realizar um cultivo subsequente à cultura da soja e além disso, pode auxiliar no planejamento e escalonamento da colheita.

No entanto, é preciso tomar alguns cuidados para acertar o momento adequado da aplicação, assim como a utilização de produtos eficientes e recomendados para cada situação. Além disso, é necessário atentar-se ao planejamento de colheita, para que o escalonamento das dessecações seja adequado com sua capacidade operacional de colheita.

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Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

Mercado da soja: saiba tudo sobre o assunto!

Mercado da soja: saiba tudo sobre o assunto!

Dentre todos os produtos da agricultura brasileira, a soja é considerada um dos mais importantes do país. Diante dessa grande importância do mercado da soja, no artigo de hoje, você irá conferir um panorama completo da soja no Brasil e no mundo.

Acompanhe!

 

Mercado da soja: saiba tudo sobre o assunto! 

 

A soja é, há algum tempo, a cultura agrícola de maior importância do Brasil, representando a principal fonte de renda de muitos produtores rurais brasileiros.

Essa cultura tem um peso muito grande na nossa balança econômica comercial. E mesmo diante de um cenário de incertezas, as expectativas quanto à produção de soja são otimistas para as safras seguintes. Com a possibilidade de novos recordes de produtividade.

Todo esse sucesso da produção brasileira de soja é também apresentado anualmente pela CESB (Comitê estratégico Soja Brasil). Que é uma organização sem fins lucrativos que visa contribuir de forma referencial para o crescimento da produtividade da cultura da soja no Brasil.

Segundo a CESB, altas produtividades estão associadas à sustentabilidade, soluções inovadoras e elevada eficiência produtiva. Vamos lá!

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

Soja: produto mais importante do agronegócio brasileiro

A soja é, para muitos especialistas, a principal cultura agrícola do Brasil, em volume, geração de renda e exportação. Para comprovar isso observamos que o complexo da soja (grão, óleo e farelo) responde por aproximadamente 1,5 % do PIB brasileiro.

Já as exportações são uma importante fonte de divisas internacionais do país (cerca de 11 % das exportações totais).

A indústria nacional transforma, por ano, cerca de 47 milhões de toneladas de soja, que quando esmagadas produzem óleos e farelos. Contribuindo para a competitividade nacional na produção de carnes, ovos e leite.

Tanto a soja quanto o farelo de soja brasileiros possuem alto teor de proteína e padrão de qualidade Premium. O que permite sua entrada em mercados extremamente exigentes como os da União Europeia e do Japão.

 

Como ocorre a formação do preço da soja?

A formação do preço da soja ocorre no mercado internacional. Que pode sofrer influência também de fatores internos, como redução da produção por fatores climáticos, etc.

No geral, contudo, a variação sobre o preço se dá conforme as alterações de oferta e demanda global na Bolsa de Valores de Chicago, principal referência mundial. Na Bolsa de Chicago, o preço da soja é dado em dólar por bushel (US$/bu).

O bushel é o equivalente a 27,215 kg de soja, sendo que ao seu valor em dólar deve ser acrescido o prêmio ofertado. Por exemplo: com a soja a US$ 14,00/bu e prêmio de US$ 0,50, o preço de negociação será US$ 14,50. A exceção é para a soja certificada, que tem valor agregado na negociação.

 

Como está o mercado da soja?

As cotações da soja cederam durante a semana, com o primeiro mês cotado chegando a romper o piso dos US$ 15,00/bushel em alguns dias, algo que não era visto desde meados de janeiro.

O fechamento desta quinta-feira (02), porém, recuperou um pouco o terreno e acabou ficando em US$ 15,19/bushel, contra US$ 15,34 uma semana antes. Já a média de fevereiro fechou em US$ 15,27/bushel, ou seja, 1,1% acima da média de janeiro.

Em fevereiro do ano passado a média havia sido de US$ 15,88. Fato que confirma um quadro levemente baixista em Chicago neste início de ano.

Dito isso, na semana encerrada em 23 de fevereiro, os EUA embarcaram 690.984 toneladas de soja. Volume este que ficou abaixo das expectativas do mercado.

Em todo o atual ano comercial os embarques de soja estadunidenses chegam a 42,1 milhões de toneladas. O que representa 3% acima do realizado no mesmo período do ano anterior.

 

Como está o mercado da soja no Brasil?

no Brasil os preços continuam a ceder, diante de prêmios portuários menores e um câmbio estabilizado abaixo de R$ 5,20 em boa parte da semana. Apesar da média gaúcha ter subido um pouco, fechando a semana em R$ 165,28/saco. As principais praças de comercialização do Estado reduziram seus valores, operando entre R$ 159,00 e R$ 160,00/saco.

 No ano passado, nesta mesma época, o saco de soja, ao produtor gaúcho, nestas praças, valia R$ 197,00. Portanto, temos um recuo entre 37 e 38 reais no valor do saco de soja no Rio Grande do Sul, em relação ao mesmo período do ano passado.

 

Checklist agrícola

 

Isso significa algo ao redor de 20% a menos no valor do produto. Considerando que a nova safra terá, mais uma vez, importantes quebras climáticas. E que o custo de produção geral pouco baixou, quando baixou, pode-se ter uma clara ideia das dificuldades que o setor vem enfrentando nestes últimos tempos.

Já nas demais praças do país, os preços da soja oscilaram igualmente em baixa nesta semana, variando entre R$ 142,00 e R$ 157,00/saco. No ano passado, nesta mesma época, tais preços giravam entre R$ 174,00 e R$ 197,00/saco. Portanto, um recuo entre 32 e 40 reais por saco, ou seja, algo em torno de 20% igualmente.

 

Quanto a colheita

A colheita da atual safra de soja nacional continua em ritmo lento, freada pelo excesso de chuvas no Centro-Oeste em particular. Há, inclusive, muita soja colhida com qualidade inferior nesta região. Enquanto isso, na Argentina e no Rio Grande do Sul, apesar de chuvas isoladas, as quebras vão se consolidando.

A produção no vizinho país está agora estimada em apenas 33,5 milhões de toneladas. Ou seja,11,8% inferior à previsão anterior e 22,6% a menos do que o volume produzido na safra passada.

Por outro lado, em termos de colheita o Brasil teria chegado a 30% da área, contra a média histórica de 31,4%, no final de fevereiro. No mesmo período do ano anterior a mesma atingia a 41,8%.

Especificamente no Mato Grosso, segundo o Imea, espera-se uma colheita de 42,8 milhões de toneladas nesta safra. Cuja colheita já atingia a 76% da área até o final da última semana. Se confirmada, a produção será 4,8% superior à do ano passado.

E no Paraná, a colheita chegava a 17% da área, na mesma época, contra 23% um ano antes. Lembrando que em 2020 a mesma atingia a 42%, nesta época do ano, e em

2019 chegou a bater em mais de 50%. O clima igualmente vem atrasando os serviços de corte da oleaginosa no Estado paranaense.

Enquanto isso, e como o previsto, diante das constantes quebras na safra gaúcha. Novas previsões estão indicando que a safra de soja brasileira, em seu total, pode ficar em 150,8 milhões de toneladas, talvez menos.

 

 

Alguns desafios

O que vem preocupando o setor da soja, qualquer que seja a produção final no Brasil, é, mais uma vez, a logística. Ou seja, com os atrasos na colheita em diferentes pontos do país. A questão é como se escoará esta soja quando todos os Estados estiverem colhendo a pleno.

Hoje há navios parados nos portos por falta de produto para embarcar. Fato que derruba os prêmios e reduz o preço da soja aos produtores. Por outro lado, o frete continua subindo e as estradas continuam péssimas.

 A capacidade de armazenagem, hoje, no Brasil, varia de 70% a 80% de sua produção geral. E quando se analisa detalhadamente as regiões de maior produção o déficit se torna ainda maior e mais evidente.

Assim, mais do que quanto o Brasil vai colher, o mercado quer saber agora é como o Brasil vai escoar essa soja.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Com dito acima a soja vem sendo considerada o “carro chefe” das exportações brasileiras. Segundo a Embrapa, um de cada quatro dólares exportados pelo complexo agroindustrial brasileiro provém da soja. Fato que comprova a importância da arrecadação do complexo da soja no agronegócio do país.

Neste artigo abordamos um pouquinho sobre o mercado na soja e os desafios enfrentados com a produção final.  Gostaram? Curta e compartilhe!

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

Semente de soja: saiba mais sobre o assunto!

Semente de soja: saiba mais sobre o assunto!

Lavoura de soja bem estabelecida e com alta produtividade só é possível com uma semente de soja de qualidade. Para mostrar a importância do insumo em toda a cadeia produtiva do grão preparamos este artigo. Quer ficar por dentro de tudo?

Acompanhe!

 

Semente de soja: saiba mais sobre o assunto!

 

Fazer uma boa escolha da semente de soja é fundamental e um dos primeiros passos para obter uma lavoura de sucesso. Afinal de contas, o uso de sementes de alta qualidade pode aumentar em até 20% sua produtividade. Não é pouca coisa!

E diante de centenas de cultivares de soja disponíveis no mercado, escolher a melhor semente nem sempre é tarefa simples. É preciso conhecer bem as características e considerar quais pontos são mais importantes para o seu caso: mais resistência a pragas e doenças, ciclo mais longo ou mais curto, por exemplo.

Para alcançar o melhor potencial produtivo é preciso ter atenção a vários pontos, a começar pela alta qualidade das sementes. Saiba mais sobre todo esse processo no artigo a seguir!

 

 

Características fundamentais dos grãos

Os cuidados são voltados para a preservação da integridade dos grãos e do volume colhido, protegendo a produtividade e garantindo que o armazém esteja livre de patógenos e de infiltrações que alterem a umidade do ambiente.

Já no caso das sementes de soja, a cadeia produtiva e os cuidados tendem a ser mais específicos. Além de uma maior demanda de tecnologia. Isso porque consideramos sementes de soja os grãos colhidos com finalidade totalmente propagativa ou reprodutiva.

Sendo assim, é necessário que os grãos beneficiados apresentem outras características fundamentais, como:

  • pureza varietal;
  • homogeneidade;
  • resistência;
  • alto vigor;
  • alta taxa de germinação;
  • pureza física;
  • integridade dos grãos.

Além disso, é muito importante certificar que os locais de armazenamento estejam sempre livres de outras espécies vegetais, sementes de plantas invasoras. Patógenos e que proporcionem temperatura e umidade ideais para preservar o vigor desse material.

 

O que determina a qualidade de uma semente de soja?

As sementes de soja que são aprovadas e certificadas pelos padrões determinados em lei são legalmente consideradas de alta qualidade. Por isso, esse deve ser o primeiro critério a se considerar na hora de planejar a sua lavoura.

qualidade de uma semente de soja

Os atributos qualificados nesses processos são divididos em: genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários.

Sendo assim, o que determina a qualidade de uma semente de soja é a eficiência que ela apresenta em cada um desses aspectos.

 

Genética

Uma semente com qualidade genética dará origem a plantas vigorosas, resistentes e produtivas. Além disso, cumprindo os padrões determinados em lei. As sementes devem apresentar homogeneidade em todas essas características. Para que a lavoura não seja prejudicada por plantas com ciclos e potenciais diversos em uma mesma área.

 

Física

Já ao avaliar a qualidade física, é fundamental que as sementes de soja apresentem um padrão em tamanho, integridade e umidade, além de pureza em relação a materiais genéticos de outras plantas e demais elementos, como pedras, torrões, insetos, entre outros.

 

Fisiológicas

A qualidade fisiológica é determinada pela germinação e pelo vigor das sementes de soja. E nesse ponto, a conclusão é lógica: quanto maior a taxa de germinação e o vigor das sementes, maior será o potencial produtivo de sua lavoura!

Sementes com alto vigor se desenvolvem melhor no campo, crescem mais rápido e emergem de maneira mais uniforme e resistente, mesmo diante de condições adversas.

Desse mesmo modo, sementes com alta taxa de germinação garantem que o material plantado nascerá e crescerá com sucesso, gerando o mínimo de falhas possível.

 

Checklist agrícola

 

Sanitária

Por fim, a qualidade sanitária das sementes de soja protege sua propriedade de plantas invasoras e de doenças causadas por fungos, vírus e bactérias.  Nesse ponto vale a pena ressaltar a importância de se investir em sementes certificadas para não correr o risco de disseminar patógenos. E outras espécies vegetais que podem comprometer o desenvolvimento da soja e de outras culturas no campo.

Ao cumprir com todos esses requisitos, você assegura o potencial produtivo e a segurança sanitária da lavoura. Para que os demais manejos e tecnologias trabalhem juntos em busca de maior rentabilidade e qualidade da safra.

 

O que afeta a qualidade da semente de soja?

De acordo com a Embrapa, podemos observar os seguinte fatores:

  • Deterioramento por umidade;
  • Estresse de sementes termicamente e hidricamente;
  • Nutrição da planta e a qualidade da semente;
  • Manejo do percevejo e a qualidade da semente;
  • Colheita;
  • Recepção e secagem;
  • Armazenamento;
  • Manejo Integrado de Pragas de sementes armazenadas;
  • Transporte;
  • Semeadura;
  • Colheita no momento adequado;
  • Antecipação da colheita;
  • Antecipação da colheita com o uso de dessecantes foliares;
  • Seleção de regiões mais propícias à produção de semente;
  • Utilização de épocas de semeadura apropriadas para a produção de semente;
  • Aplicação de fungicidas foliares;
  • Aumento da área dos campos de produção de sementes;
  • Utilização de cultivares que produzam semente de alta qualidade;
  • Tratamento de Sementes.

 

Quais os cuidados essenciais que devem ser tomados ao escolher a semente de soja?

Após escolher as melhores sementes de soja para sua área de acordo com as condições climáticas e demais dados agronômicos disponíveis, é essencial adotar cuidados de armazenamento até que as sementes sejam realmente plantadas.

Atualmente, existem empresas com alta tecnologia que além de comercializar as sementes de soja, também conseguem oferecer aos produtores a opção de armazenamento.

 Nesse caso, você, produtor, consegue terceirizar o serviço protegendo a qualidade das sementes até o momento do plantio.

Para isso, são utilizadas câmaras frias que proporcionam um ambiente ideal para manter o vigor desse material, sem perdas que podem ser geradas na fazenda através de um armazenamento comum. Sendo assim, esse também é um investimento que traz retornos positivos para a produtividade e rentabilidade da lavoura no fim da safra.

Caso você opte por armazenar as sementes de soja da forma convencional, é fundamental que a estrutura dos armazéns esteja revisada e preparada para não prejudicar a tecnologia e a qualidade que foi adquirida. Além de galpões com ventilação e umidade adequada, é importante realizar a limpeza sanitária do ambiente, eliminando os riscos de doenças e patógenos.

Também é necessário evitar o contato das sementes com o sol, com o chão e com outros insumos agrícolas. A temperatura indicada para o armazenamento é entre 12° a 16°, e a umidade precisa estar na faixa de 55% a 60%.

Essas recomendações podem apresentar variáveis a depender da região e do clima da propriedade. Para não comprometer a qualidade das sementes nesse período, consulte um Engenheiro Agrônomo para planejar o armazenamento de acordo com esses fatores locais.

 

Sementes de soja: como escolher a cultivar ideal para sua lavoura

Assim como as condições de armazenamento podem mudar de uma região para a outra. A escolha dos cultivares também deve ser feita com base nas características agronômicas e climáticas de sua fazenda. Isso porque, além do potencial produtivo, existem muitos fatores ambientais que podem impactar o desempenho das plantas de soja.

 Existem áreas, por exemplo, onde a presença de pragas de início de ciclo é mais intensa, enquanto outras sofrem com insetos que atacam a lavoura na fase de enchimento de grãos.

É possível ainda investir em tecnologias diferentes através da escolha das sementes de soja. Em sementes transgênicas, por exemplo, existe a opção de adquirir cultivares resistentes ao herbicida glifosato (RR) ou com ação inseticida para áreas com grande pressão de lagartas (Bt).

Sendo assim, a escolha da melhor tecnologia genética dependerá da demanda da sua região e das práticas agrícolas que você adotará na lavoura.

Outros fatores importantes também devem ser avaliados. Como a inoculação e os tratamentos de sementes e o tipo de plantio e manejo a ser realizado ao longo da safra. Como plantio direto e manejo integrado de pragas (MIP).

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Neste artigo, você viu a importância da utilização de sementes de alta qualidade. A importância do manejo e tratamento de sementes no desempenho da sua lavoura é um ponto importante.

Você conferiu ainda os principais cuidados que devem ser realizados com sua semente de soja e as novas tecnologias disponíveis.

Gostou de saber mais sobre as sementes de soja e como escolher e cuidar da melhor forma para o sucesso de suas safras? Comente e compartilhe!

Escrito por Michelly Moraes.

O maior produtor de soja do mundo!

O maior produtor de soja do mundo!

Você conhece o maior produtor de soja do mundo? Ou, pelo menos, já teve o interesse em saber disso? O fato é: o agronegócio é um dos setores que mais contribuem para o PIB brasileiro, tendo a soja como líder nos negócios. Quer saber mais?

Acompanhe!

 

O maior produtor de soja do mundo!

 

Origem e história da soja

Alguns relatos mais antigos deste grão datam do período compreendido entre 2883 e 2838 A.C. Nesta época, as plantas de soja eram bem diferentes das que conhecemos atualmente: eram rasteiras e cresciam ao longo de cursos de rios.

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

O processo de domesticação iniciou-se na China, a partir de cruzamentos naturais realizados por cientistas. A introdução da soja no ocidente, ocorreu apenas no final do século XV, período que coincide com as grandes navegações.

Durante muitos anos, está planta foi utilizada apenas de forma ornamental. Até que, pesquisadores europeus iniciaram os estudos desta oleaginosa como fonte de nutrientes animal e para a produção de óleo, somente no século XVIII.

No entanto, as suas primeiras tentativas de cultivo em larga escala neste continente falharam. Isso aconteceu devido a fatores como adaptabilidade climática, falta de conhecimento sobre a cultura, dentre outros.

Nos EUA, atual maior produtor mundial, a soja foi introduzida em 1765 por Samuel Bowen. Ele recebeu sementes da China e se referiu à planta como ervilhaca chinesa em vez de soja.

Na década de 1870, a soja aumentou em popularidade entre os agricultores que começaram a plantá-los como forragem para o gado.

As plantas floresceram no clima quente e úmido do verão, característico da Carolina do Norte. Em 1919, foi fundada a “American Soybean Association”.

Na época, os agricultores usavam apenas 20 variedades de soja, porém 10 anos depois, após busca na China, os americanos já possuíam mais de 10.000 variedades.

Foi na década de 1940 que os EUA se consolidaram como grandes produtores dessa oleaginosa, depois da produção na China ter sido suspensa por causa da segunda guerra mundial.

 

Diversidade de uso da soja

No continente asiático, a soja é amplamente consumida nas formas de leite de soja, tofu, (uma coalhada que lembra um pouco o queijo cottage). A soja também é germinada para uso como ingrediente de salada ou como vegetal e pode ser consumida assada como lanche.

O molho de soja, um líquido marrom salgado, é produzido a partir de soja e trigo triturados e fermentados. É um ingrediente onipresente na culinária asiática. Outros alimentos fermentados de soja incluem tempeh, missô e pasta de soja fermentada.

No Ocidente, os dois principais produtos da soja são o óleo extraído da semente e suas proteínas. As sementes de soja contêm 18 a 23% de óleo e 38 a 44% de proteína.

O óleo é convertido em margarina, maionese, gordura e molhos para salada. Deste mesmo óleo vegetal, tem saído mais de 70% da matéria prima para produzir o biodiesel brasileiro.

A proteína de soja é usada principalmente para alimentação animal para a produção de carne de porco, aves, ovos, peixe, carne bovina e leite.

A proteína de soja também é usado na forma de concentrados e isolados de proteínas e proteínas texturizadas para consumo humano.

 

Afinal, por que o país se destaca como maior produtor de soja do mundo?

A resposta para essa pergunta se resume em duas palavras: inovação e tecnologia. Ao longo dos anos, o brasileiro se preocupou em conhecer a fundo as necessidades da planta, compreendendo as condições climáticas e agronômicas ideais para seu cultivo.

Isso, de certa forma, acaba atraindo mais investimento para o setor e rentabilidade para o produtor. O solo brasileiro também foi adaptado para a cultura: não é à toa que o país também lidera em hectares plantados.

A resposta para essa pergunta se resume em duas palavras: inovação e tecnologia. Ao longo dos anos, o brasileiro se preocupou em conhecer a fundo as necessidades da planta. Compreendendo as condições climáticas e agronômicas ideais para seu cultivo.

Isso, de certa forma, acaba atraindo mais investimento para o setor e rentabilidade para o produtor. O solo brasileiro também foi adaptado para a cultura: não é à toa que o país também lidera em hectares plantados.

 

 

Quais são os 5 maiores municípios produtores de soja do Brasil?

Antes de qualquer coisa, vale salientar: boa parte desses 5 maiores produtores de soja do Brasil encontram-se nos estados de Mato Grosso, Goiás, Bahia e Mato Grosso do Sul. Vamos a cada um deles:

 

Município de Sorriso – Mato Grosso

Conhecido como a capital do agronegócio, Sorriso é o maior produtor individual de soja do Mundo. Ele está situado na região norte do estado do Mato Grosso, a 398 km da capital, Cuiabá.

Sua vegetação é formada por cerrado arbóreo denso (65% de toda cobertura vegetal) e matas ciliares. As condições de clima, relevo e hidrografia são excelentes para a produção da soja.

Na região, são produzidas 2.283.300 toneladas, com 600 mil hectares agricultáveis. Por safra, chega a produzir 5,6 milhões de toneladas do grão. Todos esses números lhe deram a posição de maior produtor de soja do Brasil em 2021 e também em 2022.

 

Município de Nova Mutum – Mato Grosso

Município brasileiro do interior do estado do Mato Grosso, localiza-se a uma distância de 242 km a norte da capital Cuiabá. Sua vegetação predominante é o cerrado (70% de toda cobertura vegetal) e 30% de mata ciliar. Possui duas estações bem definidas, com períodos de seca e chuvas.

Atualmente, produz aproximadamente 1.322.580 de toneladas de soja. O município acabou tendo uma queda na safra de 2020/21. Devido às condições climáticas desfavoráveis (falta de chuvas e pouca umidade).

 

Município de Formosa do Rio Preto – Bahia

Município baiano mais distante da capital Salvador. São cerca de 1026 km. Destaca-se, obviamente, como grande produtor de soja, ficando em 5° lugar no ranking nacional. A quantidade de toneladas produzida chega a 1.619.930.

Apresenta fortes tendências de subir no ranking nos próximos anos. Devido à extensão territorial e à grande quantidade de recursos hídricos.

 

Município de São Desidério – Bahia

Com excelentes condições de clima, o município de São Desidério, na Bahia, contribui para a produção nacional com cerca de 1.271.100 toneladas. A cidade está localizada a cerca de 900 quilômetros da capital Salvador.

 

Município de Nova Ubiratã – Mato Grosso

Com área destinada à agricultura de aproximadamente 400 mil hectares, o município de Nova Ubiratã produz em média 1.275.357 toneladas de soja.

 

Plataforma Agropós

 

Importância da produção de soja no Brasil e nos EUA

Agora, focando a produção brasileira e estadunidense. Vale destacar como a produção desses dois líderes é importante para sua própria economia, bem como em termos mundiais. Esses países ultrapassam em quase 100 bilhões de toneladas para a terceira posição. Ou seja, vão muito além do que os demais desse ranking conseguem produzir.

Grande parte da soja consumida no mundo tem origem nas Américas, seja ela do Norte (Estados Unidos) ou do Sul (Brasil).

Vale destacar que o aumento exponencial da produção de soja em terras brasileiras é possível com os avanços tecnológicos (como a agricultura digital). E logísticos de que o país vem se beneficiando nos últimos anos.

Afinal, o uso de maquinário especializado e a manutenção de rodovias federais permitem que insumos. E até o próprio grão, cheguem cada vez mais aos extremos do país e movimentem a economia local.

Com isso, a soja se torna não apenas um grande item de exportação brasileira. Mas uma propulsora da economia interna e da possibilidade de geração de empregos para a área agrícola e rural do país.

 

Checklist agrícola

 

Conclusão

Agora, você já sabe quem é o maior produtor de soja do mundo e do Brasil e qual é a importância desse grande volume produtivo para a economia nacional e mundial.

Como visto, o Brasil pode melhorar ainda mais sua produtividade, e as projeções para os próximos anos desse grão são positivas.

Se você é um produtor rural e tem interesse em iniciar o plantio de soja, lembre-se de fazer um planejamento agrícola e saber mais sobre essa cultura.

Gostou? Curte e comente.

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio