(31) 9 8720 -3111 contato@agropos.com.br
ILPF: conheça as vantagens desse sistema na sua propriedade!

ILPF: conheça as vantagens desse sistema na sua propriedade!

Na Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), é estabelecido o cultivo da espécie florestal com espaçamento ampliado nas entrelinhas, possibilitando a implantação de uma cultura de interesse comercial na região.

 

ILPF: conheça as vantagens desse sistema na sua propriedade!

 

Após colheita, há a implantação da cultura forrageira para o pasto nas entrelinhas da floresta cultivada, permitindo a implantação da atividade de pecuária e a sua exploração até o corte da madeira.

Neste post teremos alguns esclarecimentos sobre a adoção deste sistema, que vem como uma ótima proposta de diversificação da produção na propriedade.

Boa leitura!

 

O que é o Sistema ILPF?

O aumento populacional mundial tem gerado crescente demanda por matérias-primas, alimentos, fibras e agroenergia, consequentemente forte pressão sobre os preços desses produtos.

Uma maneira de produção de alimento de forma eficiente é através da adoção do Sistema Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF).

A ILPF, consiste na implantação de diferentes sistemas produtivos de grãos, fibras, carne, leite e outros na mesma área, em plantio consorciado, sequencial ou rotacionado.

Esse sistema aproveita as sinergias existentes no ambiente, aliado a práticas conservacionistas como o Sistema Plantio Direto (SPD). É uma alternativa econômica e sustentável para recuperar áreas de pastagens degradadas.

Estudos técnico-científicos e experiências de produtores mostram que a implantação da ILPF resulta em importantes benefícios econômicos, ambientais e sociais.

Este é um tipo de sistema agroflorestal diversificado, no qual se implanta a pastagem utilizando-se diferentes espécies de gramíneas nativas ou exóticas. Que podem ser consorciadas com leguminosas rasteiras ou arbustivas, juntamente com espécies de árvores, preferencialmente nativas da região.

Destaca-se que, além de melhorar o ambiente para a produção animal, esses sistemas têm grande potencial para produzirem boa diversidade de serviços ambientais.

A escolha das espécies de árvores é muito importante, pois pode render lucros com a venda de produtos florestais não madeireiros ou outros produtos com valor agregado, da madeira, além de outras possibilidades de geração de renda.

 

 

Benefícios e limitações do Sistema ILPF

Na ILPF as árvores proporcionam uma melhoria climática no ambiente da pastagem, o capim permanece verde e palatável por mais tempo, inclusive na época de seca.

Os animais têm mais conforto em relação à pastagem aberta e ficam menos estressados.

Desta forma, o gado neste ambiente mais ameno, responde com maior produtividade de carne ou leite.

Os resultados obtidos com a ILPF apontam que ela é uma alternativa economicamente viável, ambientalmente correta e socialmente justa para o aumento da produção de alimentos seguros.

Este sistema possibilita a diversificação de atividades na propriedade, a redução dos riscos climáticos e de mercado, a melhoria da renda e da qualidade de vida no campo.

Sem contar que contribui na mitigação do desmatamento, para a redução da erosão, para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa e para o sequestro de carbono.

Enfim, possibilitando a produção sustentável e proporcionando um mundo melhor para as próximas gerações.

Mas a ILPF tem suas limitações, muitas vezes o tradicionalismo e resistência à adoção de novas tecnologias por parte dos produtores é um grande obstáculo na sua adoção.

Há uma exigência de maior qualificação e dedicação por parte dos produtores, gestores, técnicos e colaboradores.

Seu retorno apenas em médio a longo prazo, especialmente, do componente florestal é um grande entrave na sua adoção.

Por fim, a produção depende da disponibilidade e manutenção de máquinas e equipamentos, e também de fatores externos à unidade produtiva, como energia, armazenamento e transporte.

 

As principais doenças bióticas da eucaliptocultura no Brasil

 

Do planejamento ao plantio

No planejamento da ILPF deve-se escolher árvores que possibilitem o bom desenvolvimento das pastagens, evitando o excesso de sombreamento.

Assim, é importante priorizar espécies leguminosas (fixam o nitrogênio do ar a partir de associações com micro-organismos do solo).

Espécies que facilitem a passagem parcial da radiação solar por dentro da copa até atingir o solo. Além de possuírem raízes profundas para promoverem a ciclagem de nutrientes com mais eficiência.

A ILPF caracterizam-se por diferentes consórcios, onde a combinação entre espécies varia para cada formação vegetal ou cada fase do sistema.

Esses sistemas inicialmente, podem ser compostos por plantas tipicamente pioneiras, secundárias e tardias.

Os representantes de todas as fases crescem juntos, porém, em cada fase da sucessão haverá uma comunidade dominando, direcionando a sucessão.

Para cada consórcio, os indivíduos das espécies mais avançadas na sucessão não se desenvolvem satisfatoriamente enquanto as iniciais não dominam.

Assim, as plantas de crescimento mais rápido criam condições ambientais mais favoráveis àquelas que se desenvolvem mais lentamente.

As árvores podem ser plantadas em fileiras, para facilitar o manejo, ou dispostas ao acaso, mas é importante que estejam bem distribuídas nas áreas de pastagens.

A ILPF é uma boa opção para melhorar as condições dos pastos, além de proporcionar maior conforto aos animais.

 Uma vez que, aumenta a sua resistência às adversidades climáticas e eventuais enfermidades, possibilitando a obtenção de maiores produtividades de leite ou carne.

 

Plataforma Agropós

 

Produção consciente

Com a introdução do sistema de ILPF, além da intensificação e maior eficiência do uso da terra, são gerados, também, outros benefícios ao ambiente.

 Onde podemos destacar o maior sequestro de carbono, aumento da matéria orgânica do solo, redução da erosão, melhoria das condições microclimáticas e do bem-estar animal.

Quanto aos benefícios econômicos gerados pela diversificação do sistema de produção. Pode ser notado a redução dos custos de produção, aumento de produtividade e diminuição do risco inerente à agropecuária, especialmente por variações climáticas.

Portanto, devemos promover a adoção do Sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta não apenas produtivos, mas que sejam sadios, possibilitando a transição para uma produção agroflorestal sustentável.

Para alcançar este objetivo, devemos promover uma passagem dos modelos agroquímicos de produção para alternativas agroecológicas ou orgânicas, limpas, ambiental e economicamente sustentáveis. Porém também socialmente justas.

Apesar de alguns entraves iniciais à sua adoção, os sistemas de ILPF, por sua maior complexidade de gestão, acabam por incorporar posturas mais corretas pelo produtor.

E para potencializar o sistema, busca-se a formação de redes sistêmicas e contínuas. Envolvendo de forma participativa a pesquisa, assistência técnica, produtores rurais e parceiros estratégicos com o objetivo de capacitar agentes multiplicadores.

 

Veja 5 culturas mais cultivadas nas lavouras brasileiras!

Veja 5 culturas mais cultivadas nas lavouras brasileiras!

Em algum momento, há cerca de 12 mil anos, os humanos começaram a plantar. A agricultura foi aprimorada ao longo da história e em diferentes partes do mundo. Hoje contamos diversos tipos lavouras, ainda mais em nosso território, que possui grande aptidão agrícola e abrange diversos setores.

Quer saber quais são os 05 culturas mais cultivadas em nossas lavouras?

Sigamos juntos nessa leitura!

 

Veja 5 culturas mais cultivadas nas lavouras brasileiras!

 

O impacto do surgimento da agricultura

Pelos registros arqueológicos a agricultura surgiu em uma região apelidada de Crescente Fértil, uma área banhada por rios no Oriente Médio.

Os primeiros grupos de agricultores, através da lavoura, tinham vantagens em relação a seus colegas que apenas caçavam e coletavam plantas.

Eles comiam melhor, se tornaram mais prósperos, numerosos e graças a esse sucesso, a ideia de cultivar o próprio alimento e criar animais para o abate se popularizou.

Trabalhar o solo para realizar o plantio, para fins de obter o alimento foi uma das primeiras preocupações do homem.

As primitivas ferramentas foram construídas toscamente de madeira, ossos e pedras, com elas que se removia um pequeno sulco no solo para o plantio.

Desta maneira, a área que se podia trabalhar e semear era muito limitada.

Porém, há décadas, arqueólogos buscam por vestígios deixados por esses povos, na tentativa de descobrir como a agricultura se desenvolveu e se espalhou por aquela região e mais tarde, pelo resto da Ásia e da Europa.

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

A agricultura no Brasil

Desde a época do Brasil colonial, construiu uma vocação para exportação especialmente de gêneros alimentícios, com um cultivo diverso em suas lavouras.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA),  os segmentos com maiores volumes de venda são o complexo da soja (+US$ 6,30 bilhões), produtos florestais  (+US$ 1,30 bilhão) e carnes (+US$ 1,26 bilhão).

Cultivar produtos agrícolas em um país com dimensões continentais têm seus desafios.

O território brasileiro é rico em biomas , e cada região tem particularidades climáticas que favorecem o cultivo de alguns produtos e impossibilitam o de outros.

Mas, para entendermos melhor sobre as principais culturas produzidas em nosso território, vamos conhecer mais sobre as formas de se conduzir uma lavoura.

 

Principais tipos de lavoura

 

Lavoura convencional ou tradicional

É feito o trabalho do solo anterior ao plantio com maquinário, que corta e inverte total ou parcialmente o solo.

 O solo é revolvido, o que facilita o rendimento de água, a mineralização de nutrientes, a redução de pragas e doenças em superfície.

Mas também, reduz rapidamente a cobertura do solos, acelera os processos de degradação da matéria orgânica e aumentam os riscos de erosão.

Geralmente, a lavoura convencional implica mais de uma operação com corte e invertimento do solo.

 

Cultivo mínimo ou conservacionista

Implica o trabalho anterior ao plantio com um mínimo de revolvimento de solo.

Proporciona a aeração do solo e acelera os processos de mineralização de nutrientes mas a menor ritmo que no caso anterior.

Ficam mais resíduos vegetais em superfície e ancorados na massa do solo, dessa forma, o risco de erosão é menor.

 

Plantio direto

O sistema de plantio direto é um conjunto de técnicas que consiste em não revolver ou revolver minimamente o solo, onde, o plantio é feito sobre a palhada.

Esse sistema traz diversos benefícios, tais como, maior retenção de água no solo, reduzindo a erosão e perda de nutrientes.

O cultivo em plantio direto pode ser mais lucrativo se realizado corretamente, para isso o conhecimento prévio é de suma importância.

 

Checklist agrícola

 

Agricultura de precisão

Agricultura de precisão (AP) é a forma mais precisa de monitorar as atividades agrícolas, através da utilização de tecnologias avançadas.

A partir de dados coletados das áreas geograficamente referenciadas, se torna possível a implementação da automação agrícola, além de tornar mais assertiva a tomada de decisão.

Embora, tenha chegado no Brasil no início dos anos 90, por meio da utilização de máquinas agrícolas com receptores GNSS (Global Navigation Satelite System).

Hoje se tem visto cada vez mais forte a utilização das mais diversas ferramentas advindas da agricultura de precisão.

Agora que conhecemos os modelos de agricultura disponíveis para o cultivo da lavoura, vamos conhecer as principais culturas que movem o agronegócio brasileiro.

 

As 5 culturas mais cultivadas nas lavouras brasileiras

 As pesquisas de órgãos como o IBGE, CONAB e CNA, representam uma importante fonte de dados, para acompanhamento das informações agropecuárias no Brasil.

A seguir vamos explorar um pouco desses dados, para apresentar as 5 culturas que mais são cultivadas nas lavouras brasileiras:

 

1 – Soja

Com a expansão do consumo de carne e derivados, o cultivo da soja, usado como alimento para gado de corte, frangos e vacas em lactação, por exemplo, se expandiu nas últimas décadas.

Além da expansão do seu uso na alimentação humana e até mesmo o popular óleo de soja.

O Brasil é o segundo maior produtor de soja no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. O Mato Grosso é o estado que mais produz o grão, seguido pelo Paraná.

 

2 – Cana-de-açúcar

Primeira cultura agrícola extensiva usada em solo brasileiro, a cana-de-açúcar  foi a principal responsável por viabilizar economicamente a colonização do país.

Com a cana, são produzidos dois produtos essenciais para a economia mundial: o açúcar, parte indispensável da alimentação humana, o álcool, utilizado nas bebidas alcoólicas como a cachaça ou como combustível para veículos, conhecido como etanol.

O Brasil é um dos maiores consumidores e é o maior produtor do mundo da cana-de-açúcar.

 

Plataforma Agropós

 

3 – Milho

Com uma ampla variedade de aplicações, desde o consumo humano à pecuária extensiva, o milho, está entre os principais grãos produzidos no Brasil.

O Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo. Nos dois primeiros lugares estão os Estados Unidos e a China.

O milho é cultivado  em duas safras no Brasil, sendo denominadas, como: safra e safrinha, isso, possibilita ainda mais o seu cultivo em lavouras brasileiras em épocas distintas e consequentemente maior produção anual.

 

4 – Algodão

Ao lado da soja, é uma das culturas com maior liquidez e rentabilidade, o que favorece o aumento da área plantada.

Estados como Mato Grosso e Bahia contam com as melhores condições climáticas para a produção de algodão. No entanto, a sua produção exige altos padrões de tecnologia e gestão.

Uma vez que, uma dificuldade apontada pelo setor é a infraestrutura de exportação, com problemas que vão de contêineres até a capacidade dos navios para receber o produto.

 

5 – Café

O Brasil é o maior produtor de café do mundo e a sua produção gira em torno das duas principais variedades, o arábica e o conilon.

A área total cultivada chega a quase 2 milhões de hectares, o equivalente a aproximadamente 3 milhões de campos de futebol, sendo 345 mil hectares em formação e 1,8 milhões de hectares em produção.

Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo são os principais estados produtores.

 

Lavouras 2018

Fonte: MAPA, CNA e IBGE

 

Impacto da agricultura na economia

Vimos nesse artigo como a agricultura impacta na economia nacional e até mesmo mundial, devido parte de sua produção serem destinadas à exportação.

A importância da agricultura é indiscutível, pois é a partir dela que se produzem os alimentos e os produtos primários utilizados pelas indústrias, pelo comércio e pelo setor de serviços, tornando-se a base para a manutenção da economia mundial.

Desse modo, podemos perceber que o meio rural sempre foi a atividade econômica mais importante para a constituição e manutenção das sociedades.

Isso, desde quando as técnicas agrícolas primitivas permitiam a existência de um excedente na produção, iniciando assim, as primeiras trocas comerciais.

Por tanto, é possível concluir que, todas as práticas rurais e urbanas, dependem principalmente do campo, da lavoura.

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

Conservação do solo: 10 benefícios dessa prática!

Conservação do solo: 10 benefícios dessa prática!

A conservação do solo busca o equilíbrio ecológico em geral do sistema produtivo. É necessário levar em conta que a resiliência natural das propriedades solo, sendo que por si só é muito lenta.

A complexidade dos processos de degradação dos solos deve-se aos inúmeros fenômenos biológicos e físico-químicos envolvidos. Por este motivo, a conservação do solo pode ser conceituada como um conjunto de ações. Que visam proporcionar o restabelecimento das condições de equilíbrio e sustentabilidade existentes anteriormente em um sistema natural.

Nesse artigo vamos aprofundar mais esse assunto e conhecer a importância desse tema para o agronegócio brasileiro.

 

  Conservação do solo: 10 benefícios dessa prática!

 

Importância da conservação do solo

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura FAO, os solos agrícolas do mundo vêm se degradando a uma taxa de 0,1% ao ano.

Esses estudos apontam a perda de cinco milhões de hectares de terras aráveis por ano devido as más práticas agrícolas, secas e pressão populacional.

Além desses fatores, inúmeras ações antrópicas de exploração inadequada dos recursos naturais, como a retirada da vegetação nativa e falta de planejamento de conservação do solo.

Para se ter o perfeito entendimento da importância da conservação do solo, é necessário a reconhecer que o solo é vivo. Ele é composto por microorganismos, insetos e pequenos mamíferos. A função deles no solo é a ciclagem de nutrientes, tornando o solo saudável, e também na entrada de ar e água no solo.

A ciclagem de nutrientes é de extrema importância para o solo e as plantas, ela devolve todos os nutrientes que a ela foram investidos quando viva.

Com a porosidade, quando chove parte da água infiltra-se na terra e vai penetrando até encontrar uma camada impermeável.

Quanto mais poroso for o solo, melhor é a sua estrutura, infiltrando mais água sofrendo menores chances de erodir.

Há várias práticas que auxiliam a conservação do solo, são elas: rotação de culturas, plantio de adubos verdes, sistema plantio direto, entre outros.

Mas quais benefícios que alcançamos por conservar o solo? Confira a seguir!

 

 

Benefícios da conservação do solo

Primeiramente, a conservação do solo, é um conjunto de práticas, que contribuem com processos aleloquímicos que podem realizar o controle de doenças e favorecer os ciclos biológicos do solo.

Além disso, proporciona uma série de benefícios econômicos, ambientais e sociais, auxiliando reestruturação do solo com agregados. Disponibilizando matéria orgânica, dessa forma, incrementando fertilidade do solo.

Nesse sentido, podemos destacar 10 benefícios que a conservação do solo traz:

  • Melhora das condições físico-químicas do solo;
  • Aumento da atividade biológica, da estabilidade da estrutura do solo;
  • Aumento da matéria orgânica;
  • Eliminação ou redução das operações de preparo do solo;
  • Redução do uso de herbicidas;
  • Redução do uso inseticidas e fungicidas;
  • Aumento da produtividade das lavouras,
  • Eficiência no uso de fertilizantes;
  • Maior disponibilidade de água no solo, pela maior infiltração da água das chuvas;
  • Redução de solos erodidos.

Então, como alcançar essa estrutura em solos agrícolas e intemperizados, como é caso do solo brasileiro?

Há várias práticas conservacionistas que auxiliam o produtor nessa árdua tarefa, vamos conferir algumas práticas que são grandes aliadas para alcançar esse resultado.

 

Solos no Brasil

 

Rotação de culturas

Essa técnica, consiste em utilizar o método de alternância de diferentes cultivos, levando a melhorias dos atributos químicos, biológicos e físicos do solo, com redução da degradação do meio ambiente, além de uma maior produtividade.

As espécies são selecionadas de acordo com alguns critérios, como possuir diferente suscetibilidade a pragas e doenças e apresentar necessidades nutricionais diferentes.

Uma vez adotada, a rotação de culturas, reduz de forma eficiente os impactos ambientais causados pela monocultura. Que é produção agrícola de apenas uma cultura, que causa a degradação física, química e biológica do solo e o desenvolvimento de pragas.

 

Cobertura com palhada

A palhada é formada pelos restos do plantio colhido anteriormente. Os galhos, folhas e raízes são triturados e pulverizados de volta ao solo.

Desse modo, a palhada ajuda a reduzir a erosão do solo, ajuda a manter a temperatura ideal para as plantas, aumenta disponibilidade de água no solo.

Uma ótima opção de palhada, são os adubos verdes. Que ao absorverem os nutrientes do solo. Contribuem para a redução das perdas por lixiviação, amenizando os impactos da agricultura. Trazendo maior fertilidade aos solos agrícolas e sustentabilidade ao sistema de produção.

 

Cobertura com palhada para a conservação do solo

 

Sistema de plantio direto

O sistema plantio direto (SPD) é uma forma de manejo sustentável dos sistemas de produção agrícola. Sendo o mais indicado para o manejo dos solos tropicais, como é no caso dos solos brasileiros.

O SPD é bastante utilizado como uma forma de produzir alimento sem causar tanta exaustão no solo.

Dessa forma, o principal objetivo desse sistema é promover a conservação do solo, evitando, assim, seu esgotamento e equilibrando o sistema produtivo.

 

plantio direto

 

A adubação verde

A adubação verde melhora a fertilidade do solo, porque mobiliza os nutrientes das camadas mais profundas, os deixando disponíveis para o próximo cultivo da cultura de interesse econômico.

Desse modo, os adubos verdes, ao absorverem os nutrientes do solo, contribuem para a redução das perdas por lixiviação.

Assim, o uso da adubação verde é uma forma viável de amenizar os impactos da agricultura. Trazendo maior fertilidade aos solos agrícolas e sustentabilidade ao sistema de produção.

 

O plantio em curvas de nível

O plantio em curvas de nível, é a produção usando linhas que têm diferentes altitudes, respeitando o contorno do terreno.

Trata-se da medida mais básica que visa à conservação do solo. Ele se opõe ao chamado plantio “morro abaixo”.

Outras técnicas similares são o terraceamento (formação de terraço) e o plantio em faixa com diferentes tipos de cobertura vegetal. Que podem ser usadas juntamente ao plantio em curvas de níveis.

Essa técnica auxilia na redução da erosão dos diferentes tipos de solos causados pelo impacto das gostas de chuva. Que podem acarretar grandes danos, quando não adotado o plantio dessa forma.

 

Conservação do solo na realidade do produtor rural

A conservação do solo compreende várias observações do campo agronômico. E essas observações diferenciam processos e fatores de degradação do solo e de como controlar esse processo.

 

Plataforma Agropós

 

Dessa forma, as ações e interações químicas, físicas e biológicas que afetam a capacidade do solo e a sua produtividade devem sempre serem levadas em consideração pelo produtor.

Vimos nesse artigo, que a qualidade de um solo como a sua capacidade de manter o crescimento vegetal. Inclui fatores como: agregação, atividade de microorganismos, matéria orgânica, capacidade de retenção de água, taxa de infiltração, disponibilidade de nutrientes, etc.

Dentro desse contexto, a avaliação da qualidade do solo para monitorar a sua conservação e recuperação quando necessário. Constitui um dos grandes temas da ciência do solo atualmente.

Várias são as metodologias que têm sido empregadas para acessar a qualidade, cabe ao produtor adequá-las para sua realidade.

Escrito por Juliana Medina.

A compactação do solo agrícola: veja!

A compactação do solo agrícola: veja!

Você sabe o que é a compactação do solo, e o quanto isso afeta a produtividade nas culturas? Neste artigo você irá descobrir tudo e aprender algumas técnicas para recuperação desses solos impactado.

 

compactação do solo

 

A compactação do solo é o aumento da densidade do solo e a redução da sua porosidade, que se dá quando ele é submetido a um grande esforço ou a uma pressão contínua.

A compactação é causada pela ação do homem ao manejar o solo utilizando máquinas e implementos de maneira inadequada. Por ser uma medida quantitativa com razoável sensibilidade e de fácil determinação.

Esse problema vem se agravando nos últimos, os efeitos do preparo do solo sobre sua estrutura dependem da intensidade de revolvimento ou trânsito, tipos de equipamentos utilizados, manejo dos resíduos vegetais, manejo de animais e condições do solo no momento do preparo.

 

 

Efeitos da compactação do solo

Os efeitos da compactação estão diretamente relacionados com redução significativa da produtividade das culturas, as plantas não conseguem absorver os nutrientes em função do mau desenvolvimento radicular, há a redução dos espaços livres do solo que diminuem a quantidade de oxigênio, acarretando em um baixo desenvolvimento da planta.

Difusão de oxigênio, temperatura e resistência mecânica afetam diretamente na emergência das plântulas e desenvolvimento das mesmas.

A água é fundamental para o crescimento vegetal, entretanto, mais importante do que seu conteúdo é seu potencial no solo. Isto é, a energia com que o solo retém a água e que, consequentemente será a energia necessária para que esta água seja removida pelas raízes.

A compactação dificulta o desenvolvimento das raízes, resultando em menores raízes e consequente menor absorção de nutrientes e exploração de água no solo

As raízes respiram consumindo oxigênio e emitindo gás carbônico, para que este metabolismo vegetal seja eficiente, são necessárias trocas gasosas entre as raízes e a atmosfera. Fenômeno conhecido como aeração do solo e associado à porosidade e estruturação do solo.

Efeito da compactação do solo

 

Dimensões da compactação do solo

Para entender e poder agir na compactação, é preciso uma caracterização completa em 3 dimensões, veja abaixo;

Localização:  avaliar quais áreas da lavoura sofrem com a compactação e quais não sofrem.

Intensidade: é a medida quantitativa mais direta da compactação. Dentre os vários métodos usados para sua determinação, destaca-se o do anel volumétrico. Possuindo bordas cortantes e volume conhecido geralmente 50 cm3.

Infiltração de água: a taxa de infiltração de água no solo, que serve como indicação de sua condutividade hidráulica, é influenciada por outros fatores do solo. Tais como a formação de crostas na superfície que provocam sensível diminuição na quantidade de água que penetra no perfil.

A condutividade hidráulica serve, então, como medida comparativa para avaliação da compactação, usando o mesmo solo e a mesma quantidade de água.

Profundidade: para as plantas e para a estrutura do solo, é muito diferente uma camada compactada a 20 cm ou a 35 cm.

 

Solos no Brasil

 

Identificação de áreas compactadas

 

Abertura de trincheiras

Essa não é uma tarefa fácil, pois requer a abertura de trincheiras na área operação laboriosa, que demanda bastante esforço físico e baixo rendimento operacional. Se considerarmos que deve ser feita em diversos pontos da lavoura.

 

Penetrômetro

O penetrômetro é um equipamento que está sendo usado atualmente visando o manejo do solo e a prática da agricultura de precisão. Principalmente devido ao problema de compactação e redução da porosidade do solo, o que afeta de sobremaneira o crescimento das plantas

Os penetrômetros permitem avaliações pontuais de resistência ao longo do perfil do solo. Sendo a resistência à penetração expressada pelo índice de cone, que nada mais é do que uma unidade de pressão. ou seja, a força registrada (kg) dividida pela área da base do cone, expressada em kg cm², kPa (quilopascal) ou MPa (megapascal).

A interpretação dos dados coletados com uso de penetrômetros deve respeitar alguns fatores que influenciam sua leitura, uma vez que a resistência à penetração e a umidade do solo são dependentes e apresentam variação inversamente proporcional.

 

Controle de compactação do solo

 O controle de compactação do solo é indispensável e importante para agricultura. Não basta que o solo adquira boas propriedades e preciso alguns cuidados como:

 

Controle de tráfego maquinário

 

Controle de tráfego maquinário

 

É uma técnica viável, o uso de piloto automático para auxiliar na definição dos rastros onde será feito o tráfego controlado durante toda condução da lavoura.

Essa técnica limita a área compactada e mantém o restante da lavoura livre do problema de compactação do solo e de amassamento de plantas. Essa técnica limita a área compactada e mantém o restante da lavoura livre do problema de compactação do solo e de amassamento de plantas.

 

Controle de tráfego animal 

A compactação do solo com o pisoteio animal, é agravada pela remoção da vegetação pelo pastejo. Pode diminuir a taxa de infiltração, aumentar a erosão e reduzir o crescimento radicular das plantas.

É importante ressaltar que essa compactação depende da classe do solo e o teor de umidade, da taxa de lotação animal.

No entanto é indispensável o cuidado desses tráfegos de animais em áreas de recuperação. Onde o recomendado e adotar algumas técnicas de manejo para evitar essa compactação direta no solo em que deseja cultivar.

 

Controle de tráfego animal 

 

Manejo da compactação do solo

A melhor forma de manejo da compactação do solo é evitar que ela surja na propriedade. Isso só é possível com algumas práticas como:

 

Subsolagem

Primeiramente é preciso entender a diferença entre o subsolador e o escarificador.  Embora tenham funções parecidas, o subsolador atinge profundidades de até 80 cm ao romper camadas compactadas do solo. Já o escarificador, tem como função primordial a preparação do solo.

A subsolagem é um processo agrícola que mobiliza o solo para quebrar as camadas compactadas ou adensadas. Faz parte da preparação para que ele possa receber mudas e sementes.

Com o uso de um subsolador agrícola. É possível quebrar camadas do subsolo que podem restringir o crescimento de raízes.

Para realizar o uso do subsolador é preciso conhecer as características do solo trabalhado. E devem ser considerados fatores como a compactação existente, estrutura e textura do solo, além de plantas de cobertura e teor de água.

Isso porque, quanto menor for a umidade do solo, maior a eficiência da subsolagem. Com uso o subsolador agrícola melhora a aeração do solo e reduz os riscos de erosão.

 

Grades

A gradagem tem o objetivo de romper blocos de terra e nivelar o terreno. Pouco antes do plantio deve ser feita nova gradagem com o objetivo de controlar plantas daninhas e preparar o nivelamento do terreno para a sulcação.

 As grades pesadas têm substituído o arado devido ao maior rendimento operacional. E, também, em decorrência da facilidade de transporte e menor necessidade de regulagem

 Lembrando que o excesso dessas práticas também pode apresentar alguns efeitos negativos. Pois podem acarretar maiores chances de erosão hídrica.

 

Rotação de culturas

Um dos pilares do sistema plantio direto é a diversificação de culturas. E existem basicamente quatro modalidades que o produtor pode usar para diversificar o seu sistema de produção

A rotação de cultura é considerada a mais benéfica para o produtor evitar a compactação do solo. O princípio básico é alternar espécies diferentes na mesma estação do ano.

Principais objetivos

 

Plataforma Agropós

 

Remediando a compactação do solo

A melhor forma de manejo da compactação do solo é evitar que ela surja na propriedade. Isso só é possível com um efetivo sistema de rotação de culturas e com o controle de tráfego de máquinas e animais na área.

Segundo Jandrey (2016), em relação ao controle de tráfego, existem pesquisas que comprovam as vantagens do ajuste da bitola de todos os implementos para rodar sempre pelo mesmo rastro, embora não seja simples, é uma técnica viável, e se apoia no uso de sistema de georreferenciamento (RTK) e uso de piloto automático para auxiliar na definição dos rastros onde será feito o tráfego controlado durante toda condução da lavoura.

Essa operação rompe a camada compactada, abrindo espaço para infiltração de água no perfil do solo. É uma prática que demanda muito esforço e tem custos altos. Pois a demanda de potência e de tração é muito alta.

 

Conclusão

A compactação é caracterizada quando temos o aumento de densidade e a diminuição da porosidade do solo. Pois oferece resistência ao pleno desenvolvimento do sistema radicular das plantas e reduz o fluxo ascendente de água no solo quando da ocorrência de estiagem, não disponibilizando água em suficiência para as plantas.

Com isso, as culturas não conseguirão explorar todo o potencial do solo. Irão crescer menos, e consequentemente produzirão menos.

Para o problema da compactação do solo, o recomendável realizar a prevenção, acompanhando de perto o estado físico do solo. Através de análises que detectem os primeiros sinais de compactação utilizando penetrômetro e avaliação visual do sistema radicular, praticar a rotação de culturas, priorizar sistemas de culturas que agregam matéria orgânica ao solo.

Escrito por Michelly Moraes.

Solo arenoso: como aumentar a produtividade!

Solo arenoso: como aumentar a produtividade!

Você já parou para pensar o que é solo arenoso, e como manejar esse solo para alcançar a alta produtividade na cultura desejada?

Solo arenoso também chamados de solo leve ou que possuem textura leve são aqueles que se destacam pela grande proporção de areia em sua composição (70%) e menor parte de argila (menos de 15%). Os solos arenosos são constituídos quase que exclusivamente por grãos de areia, ou seja, quartzo, desta maneira são pobres em nutrientes.

Neste artigo você encontrara as repostas correta, além de conhecer os benefícios desse solo para produção de soja, milho, algodão entre outros.

Vamos juntos comigo?

 

Solo arenoso: como aumentar a produtividade!

 

 O que é um solo arenoso?

Solo arenoso também chamados de solo leve ou que possuem textura leve são aqueles que se destacam pela grande proporção de areia em sua composição (70%) e menor parte de argila (menos de 15%). Os solos arenosos são constituídos quase que exclusivamente por grãos de areia, ou seja, quartzo, desta maneira são pobres em nutrientes. Grande parte desses solos está alocado na nas regiões do nordeste brasileiro onde temos os maiores problemas na agricultura.

Os solos arenosos distribuem-se em extensas do país. São mais suscetíveis à degradação e perda da capacidade produtiva quando comparado aos de textura mais fina e em condições ambientais semelhantes pois são pobres em nutrientes.

Em razão da baixa capacidade tampão, relacionada aos baixos teores de argila e de matéria orgânica ou adubo orgânico, geralmente apresentam baixa capacidade de retenção de nutrientes e de água.

 

 

Quando mal manejados, podem gerar impactos negativos, quer associados aos elevados riscos de contaminação das águas subterrâneas por solutos-nutrientes e outros poluentes químicos quer à elevada susceptibilidade à erosão quando expostos ao impacto direto das gotas de chuva, e, ainda, ao elevado custo de produção.

 

Característica do solo arenoso

Na composição do solo arenoso entram por volta de 70% de areia e 15% de outros materiais, a exemplo de solos argilosos. Apresenta uma textura que é leve e ao mesmo tempo possui granulações, por onde escorre a água.

 

Característica do solo arenoso

(Fonte: Manual Internacional de fertilidade do solo)

 

Inclusive o escoamento de água entre os grãos de areia é uma das dificuldades de sobrevivência nesse tipo de solo. É que, ao escoar assim facilmente, a água leva quase todo sal mineral e empobrece o solo de nutrientes.

 

Solos no brasil

 

Outro fator a ser observado é que, além de escoar água com rapidez, ele seca na mesma velocidade. Bastante presente na Região Nordeste brasileira, nele se desenvolvem algumas espécies de plantas como bromélias, juazeiro, mandacaru entre outros.

O solo arenoso é deficiente em cálcio e apresenta o PH ácido, isso também explica o baixo teor de matéria orgânica.

Esse solo tem alta possibilidade de erosão, assim pela água como pelo vento, fator que se intensifica na ausência de plantação.

 

Solo arenoso no Brasil: tecnologia e manejo

Uma nova fronteira agrícola tem se aberto para a expansão da agricultura brasileira, terras com potencial de intensificação.

Terras onde predominam os solos arenosos são responsáveis, hoje, por uma parte significativa da produção de soja, milho, algodão, melão, manga e madeira para celulose, entre outros produtos.

Isso acontece especialmente pela adoção de novas tecnologias, como: adoção de fertilizantes, sementes e outros insumos que associadas a ajustes no manejo da correção e adubação do solo, aumento dos teores de matéria orgânica e do controle de pragas, doenças e plantas invasoras.

Toda essa evolução tem proporcionado a expectativa de inserção ao sistema produtivo de terras degradadas com solos arenosos. Ocupadas então, principalmente, com pastagens de baixa produtividade e sem aporte de insumos.

Durante muito tempo, terras com predomínio desses solos eram consideradas de aptidão muito limitada para as lavouras anuais e/ou perenes, e, por consequência, consideradas de pouca relevância para a produção agrícola pela baixa capacidade produtiva ofertada.

Quando utilizadas, eram dedicadas à silvicultura ou à produção pecuária, com sistemas de manejo com alto risco de degradação. Mesmo assim, áreas de solos arenosos, aos poucos, vêm sendo incorporadas ao sistema de produção de culturas anuais e florestais. A partir da adoção do sistema plantio direto e, mais recentemente, dos sistemas integrados.

Dessa forma, vêm superando alguns desafios e reconhecendo, especialmente, que existem diferentes tipos de solos arenosos e com diferentes potenciais agrícolas.

 

Produção e sustentabilidade

O uso de novas práticas e tecnologias como a agricultura de precisão, as áreas com solos arenosos estão sendo incorporadas ao sistema produtivo com sucesso.

Como um dos componentes principais, as gramíneas são peça-chave para agricultura sustentável nesses solos. Uma vez que, como as braquiárias, além de forragem, fornecem boa quantidade de palhada para proteger e raízes, assim promovendo a agregação do solo.

Nesse sentido, deve-se identificar as espécies e cultivares mais adaptadas para cada sistema, região e solo.

 

Manejo solo arenoso

É importante ter atenção para o manejo nutricional e conservacionista do solo. Pois solos arenosos necessitam maior monitoramento da fertilidade pois apresenta grande facilidade em sofrer erosão e com isso perder nutrientes e solo.

A estrutura do solo está relaciona com práticas de manejo, compactação do solo e sistemas de cultivo. Já a textura do solo está ligada ao tamanho de partículas, não sendo influenciadas por fatores externos.

Solos arenosos são mais propícios ao cultivo de espécies que apresentam maiores sistemas radiculares, como por exemplo espécies frutíferas arbóreas.

 

Manejo solo arenoso

 

Isso por que essas espécies apresentam sistema radicular bem desenvolvido, com maior capacidade de exploração do perfil do solo e por consequência maior absorção de água e nutrientes em camadas mais profundas do solo.

Como solos arenosos apresentam baixas quantidades de micro poros e com isso pouca retenção de água. Uma alternativa quando se tratando de culturas anuais é trabalhar a estrutura do solo para que as plantas consigam desenvolver seu sistema radicular visando exploras maiores camadas de solo em profundidade.

Para isso é importante que não haja compactação do solo e que os níveis de pH esteja dentro da faixa adequada para a cultura, favorecendo a absorção de nutrientes.

 

Solo arenoso: plantio direto e adubação verde

A interação lavoura-pecuária, o uso do sistema de plantio direto e a adubação verde são práticas que, se bem conduzidas, podem trazer maior qualidade ao solo arenoso, tornando-o produtivo para a cultura desejada.

No entanto, a rotação de culturas com gramíneas e leguminosas é considerada a medida mais eficaz para culturas graníferas anuais.

O correto seria encaixar nesse cronograma agrícola alguma cultura de cobertura (por exemplo: milheto, Brachiaria, Panicum, crotalária, guandú), haja visto que estas culturas possuem sistema radicular vigoroso e produzem palhada em quantidade para dar aporte a produção de matéria orgânica e resíduos vegetais e adubos.

 

Rotação de cultura: exemplo a soja, milho e brachiaria

O sistema de rotação de culturas ideal será aquele que promova aporte de nitrogênio para produção de palhada, a exemplo o sistema de rotação soja/milho+brachiaria.

Entenda com o seguinte exemplo:

O produtor cultiva soja no verão e milho+brachiaria na entressafra, com isso ele terá a soja como obtenção de renda e aporte de nitrogênio para as culturas subsequentes como o milho+brachiaria. O qual após a colheita do milho ficaria a brachiaria para pastejo de bovinos ou para formação de palhada para plantio da soja na próxima safra.

Outro sistema bem interessante, conhecido como o sistema soja/pastagem+guandú (integração lavoura pecuária). Nesse sistema a pastagem consorciada com guandú favorece a qualidade nutricional da pastagem e a qualidade física do solo promovida pela leguminosa.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Solos do cerrado ou solos arenosos não são sinônimos de solos inférteis ou improdutivos, eles apenas são mais propensos ao desequilíbrio de nutrientes e a reduzida quantidade de MO, uma vez que este fator está relacionado a rocha de sua formação e a ação de fatores climáticos, como o intemperismo, sofrido nestas regiões.

Portanto, vão exigir maior atenção e adubações adequadas para alcançar a alta produtividade. Na maioria das vezes, recomendamos que a adubação seja feita de forma constante, parcelada e equilibrada.

Sendo necessário um gerenciamento e uma análise das condições locais, da cultura, da cultivar e dos resultados vislumbrados, como uma projeção futura de manutenção da saúde e da vida desses solos.