(31) 9 8720 -3111 contato@agropos.com.br
Clima: conheça os 6 predominantes do Brasil!

Clima: conheça os 6 predominantes do Brasil!

Fenômenos como frentes frias, tempestades, furacões e outros, estão associados tanto às variações meteorológicas, como também, ao clima.

As semelhanças em várias regiões, caracterizam os diversos tipos de clima, o que são consideradas as variações médias do tempo meteorológico ao longo das estações do ano.

A grande diversidade climática do território brasileiro é atribuída a sua enorme extensão territorial e diversidade geográfica.

Quer conhecer mais sobre esse tema e quais são os climas que predominam no Brasil?

Venha comigo nesse artigo!!

 

Clima: conheça os 6 predominantes do Brasil!

 

Qual a importância do estudo dos climas?

O clima, num sentido restrito é geralmente definido como tempo meteorológico médio, ou mais precisamente, como a descrição estatística de quantidades relevantes de mudanças do tempo meteorológico num período, que vai de meses a milhões de anos.

O período clássico é de 30 anos, definido pela Organização Mundial de Meteorologia.  Essas quantidades são geralmente variações de superfície como temperatura, precipitação e vento.

A importância da climatologia se dá pela pesquisa meteorológica e geográfica dedicada ao estudo e investigação do clima em seus múltiplos aspectos.

Além de investigar as causas e as relações físicas entre os diferentes fenômenos climáticos, por exemplo, os fatores de ocorrência de secas, inundações, ondas de calor.

Na geografia, a climatologia é uma ferramenta importante de entendimento da relação do homem com seu espaço ambiental.

Onde, podemos destacar os fenômenos atmosféricos, como, vendavais, furacões, tornados, tempestades, enchentes e cheias.

Muitas das vezes o próprio homem é o causador, através do mau uso dos recursos naturais, causando poluição, degradação ambiental, mudança climática devido efeito-estufa e outros.

Esses dois pontos de vista, meteorológico e geográfico, complementam-se e não podem ser entendidos de forma separada.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

Os fatores climáticos

Os fatores climáticos são os elementos naturais e humanos capazes de influenciar as características ou a dinâmica de um ou mais tipos de climas.

Para que sejam compreendidos, precisam ser estudados de forma interdisciplinar pois um interfere no outro.

Vamos apresentar agora os principais fatores que influenciam no clima, são eles:

Pressão atmosférica – variações históricas das amplitudes de pressões endógenas (magma) e exógenas (crosta) do planeta.

Órbita – mudanças cronológicas nas posições das órbitas terrestres, ocasionam maiores ou menores graus de insolação que modificam as variadas ações calorimétricas no planeta.

Latitude – distância em graus entre um local até a Linha do Equador.

Altitude – a distância em metros entre uma cidade localizada em um determinado ponto do relevo até o nível do mar.

Maritimidade – corresponde à proximidade de um local com o mar.

Continentalidade – corresponde à distância de um local em relação ao mar, permitindo ser mais influenciado pelas condições climáticas provenientes do próprio continente.

Massas de ar – parte da atmosfera que apresenta as mesmas características físicas (temperatura, pressão, umidade e direção), derivadas do tempo em que ficou sobre uma determinada área da superfície terrestre.

Correntes marítimas – grande massa de água que apresenta as mesmas características físicas (temperatura, salinidade, cor, direção, densidade) e pode acumular uma grande quantidade de calor e, assim, influenciar as massas de ar que se sobrepõem.

Relevo – presença e interferências de montanhas e depressões nos movimentos das massas de ar.

Vegetação – emite determinadas quantias de vapor de água, influenciando o ciclo hidrológico de uma região.

Urbanização – a presença de megalópoles ou o inverso, com extensas áreas rurais, modificam muito a paisagem natural e influenciando também no clima local.

 

Os 6 climas predominantes do Brasil

O Brasil tem 93% de seu território localizado no Hemisfério Sul, o restante (7%) encontra-se no Hemisfério Norte. Isso significa que o território está na zona intertropical do planeta, com exceção da região Sul.

Em virtude da imensidão do território brasileiro, são identificados 6 tipos de climas, sendo:

  • Equatorial;
  • Tropical;
  • O tropical de altitude;
  • O tropical atlântico;
  • Semiárido;
  • Subtropical

 

Clima equatorial

É identificado em quase todos os estados da região Norte, além de parte do Mato Grosso e Maranhão.

Essa característica climática caracteriza-se pela elevada temperatura, grande umidade e baixa amplitude térmica, variando entre 24°C e 26°C ao ano.

A quantidade de chuvas é abundante, com índices pluviométricos superiores a 2.000 mm, praticamente não são percebidos períodos de estiagem.

A floresta Amazônica sofre influência desse clima.

 

Principais estudos ambientais.

 

Clima tropical

Influência grande parte do centro do país, especialmente os estados do Centro-Oeste, incluindo ainda partes do Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia e Minas Gerais.

Em geral, as temperaturas são elevadas em boa parte do ano, com média de 24°C, e a amplitude térmica oscila entre 5°C e 6°C ao ano.

A quantidade de chuvas gira em torno de 1.500 mm ao ano, com duas estações bem definidas: uma seca (maio a setembro) e outra chuvosa (outubro a abril).

 

Clima tropical de altitude

Presente em regiões serranas e de planaltos, especialmente na região Sudeste.

Nesses locais há baixa amplitude térmica, a temperatura média oscila entre 17°C e 22°C, e a quantidade chuvas é de 1.500 mm ao ano.

 

Clima tropical atlântico

Está presente na zona litorânea que se estende do Rio Grande do Norte, no Nordeste, ao Paraná, no Sul.

A temperatura é elevada, por volta de 25 °C. As chuvas, regulares e bem distribuídas, são mais intensas no Sul e no Sudeste durante o verão e no Nordeste, durante o inverno.

 

Plataforma Agropós

 

Clima semiárido

É típico da região Nordeste, especialmente no interior, lugar conhecido como polígono da seca, em razão da escassez de chuva.

Apresenta temperaturas elevadas o ano todo, a média anual varia entre 26°C e 28°C.

As chuvas são escassas, com uma média anual inferior a 750 mm, além disso, são mal distribuídas.

 

Clima subtropical

Ocorre unicamente na região Sul, essa característica climática distingue-se totalmente do restante do Brasil.

Médias anuais de temperatura giram em torno de 18°C, com alta amplitude térmica.

As chuvas são bem distribuídas, os índices pluviométricos superam os 1.250 mm ao ano.

 

clima brasil

Fonte: IBGE

 

O clima e suas adversidades

Vimos nesse artigo que existem vários tipos de climas que se diferem de acordo com a localização geográfica e do tempo meteorológico.

O clima pode ser determinado principalmente pela inclinação solar, ou seja, o modo como os raios incidem na superfície terrestre.

Quando se fala em Brasil, atravessado na região norte pela Linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio. A maior parte do país, situa-se em zonas de latitudes baixas.

Esse fator é limite para prevalecer os climas quentes e úmidos, com temperaturas médias em torno de 20ºC ou mais.

A grande diversidade climática do território brasileiro dá-se em função de sua enorme extensão territorial. De modo que o país possui dimensões continentais, expondo seus territórios às diversas condições geográficas.

Essa diversidade climática do território brasileiro é sustentada pelas diferenças na composição das paisagens, da diversidade de biomas e ecossistemas.

Muitas de nossas atitudes interferem no clima, tanto positivamente, quanto negativamente.

Dessa forma, é de suma importância o reconhecimento e reflexão sobre nossas atitudes para compreendermos melhor o clima e de suas adversidades.

Escrito por Juliana Medina.

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

Melhor época para o milho no RS e SC

Melhor época para o milho no RS e SC

A área de milho está estimada em 738 mil hectares no Rio Grande do Sul

A época que concentra a maioria das operações de semeadura do milho no Rio Grande do Sul e Santa Catarina é entre os meses de setembro e outubro, mas há grande variação em função do melhor ajuste no sistema de produção. Veja as orientações da pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo, Jane Machado, para identificar a melhor época na implantação do milho nas diferentes regiões do RS e SC.

A área de milho está estimada em 738 mil hectares no Rio Grande do Sul (Emater/RS, set 2018), indicando um possível aumento 5,53% em relação à safra anterior (CONAB, set 2018). Em Santa Catarina, o aumento é estimado entre 3 e 5% sobre os 319 mil hectares de milho registrados na safra 2017/18 (Epagri, set 2018).

—–
eBook gratuito: Tecnologias que agregam qualidade à pulverização 
—–

Apesar do zoneamento agrícola indicar uma ampla janela de semeadura, permitindo plantio do milho durante todos os meses do ano, a concentração das operações acontece no chamado “plantio do cedo”, realizado nos meses de agosto e setembro, como estratégia para evitar que a floração do milho ocorra no período de maior risco de déficit hídrico com os veranicos de dezembro e janeiro. Na região Noroeste do RS, por exemplo, o microclima diferenciado permite a semeadura do milho ainda em julho.

Por outro lado, visando o maior potencial produtivo das plantas, a melhor época de plantio vai da segunda quinzena de setembro até meados de outubro. Neste período as condições climáticas favorecem o desenvolvimento das plantas pela maior incidência de sol em dias mais longos. Contudo, a pesquisadora Jane Machado reconhece que o motivo mais importante para ajustar a semeadura do milho nesta época é a conservação do solo: o milho vai ficar cobrindo o solo até abril/maio, quando começam os trabalhos para a semeadura de inverno, garantindo palhada, controlando pragas e doenças até o próximo cultivo de verão. “É preciso planejar o sistema de produção com maior eficiência, definindo agora a cultura de inverno que virá após o milho e até o que vai plantar na área no verão subsequente. O planejamento da rotação permite ajustar tanto o calendário, quanto o manejo da lavoura, determinando o investimento em adução e a escolha das cultivares”, orienta Jane.

A partir do final de outubro, a semeadura do milho é chamada de “plantio do tarde”, época em que os genótipos de milho alcançam as maiores produtividades, porém, também é o período de maior risco pois o florescimento das plantas pode coincidir com as estiagens de verão. A prática é recomendada nas regiões mais frias do Estado, onde as colheitas de inverno ocorrem mais tarde e a temperatura noturna fica abaixo dos 15°C durante a primavera.

Escolha da cultivar

As cultivares de milho indicadas para o RS podem apresentar ciclo superprecoce, precoce ou normal. A maior diferença de ciclo entre elas ocorre no período emergência ao florescimento. As cultivares superprecoces e precoces toleram melhor temperaturas mais baixas, sendo indicadas para as regiões frias, tanto para semeadura do cedo quanto na semeadura do tarde. Para as semeaduras na época preferencial na primavera podem ser utilizadas cultivares com ciclo normal que vão garantir cobertura do solo até o inverno. “Em geral, quanto mais precoce a cultivar, menor a produção, porque a planta aproveita menos tempo de luz e calor para crescer”, alerta a pesquisadora Jane Machado, da Embrapa Milho e Sorgo.

Enfim, a escolha da cultivar deve considerar fatores como época de semeadura, diferenças regionais de clima e solo, histórico da incidência de pragas e doenças, culturas antecessoras e sucessoras ao milho, e previsões climáticas para o período. “O que eu fiz na lavoura no ano passado pode não funcionar neste ano. Não existe receita pronta no milho, é preciso planejar cada ano pensando em uma nova lavoura dentro de um sistema de produção a longo prazo”, conclui a pesquisadora.

Saiba mais ouvindo a entrevista com a pesquisadora Jane Machado, da Embrapa Milho e Sorgo.

 

Por Embrapa.

Impacto Das Mudanças Climáticas No Controle De Pragas

Impacto Das Mudanças Climáticas No Controle De Pragas

A produção agrícola é uma atividade que depende de diversos fatores, dentre os quais, se destaca o clima. Por esse motivo, as mudanças climáticas podem afetar a agricultura a partir de diferentes aspectos como o aumento da ocorrência de eventos extremos, modificação das estações, aumento ou diminuição das chuvas, aumento da temperatura média e também a temperatura do ar, além da modificação na ocorrência e na gravidade da a presença de pragas do cultivo.

Todos esses eventos provocam mudanças na forma de lidar com as pragas podendo significar, caso não seja feito o controle correto, perdas significativas na produção de diversos produtos, colocando em risco a economia e, principalmente, a segurança alimentar dos brasileiros.

Quer saber mais sobre o efeito das mudanças climática no controle de pragas? Leia até o final! Hoje vamos falar um pouco mais sobre esse fenômeno, de que forma impacta nas pragas, qual o efeito para o consumidor final e ainda, quais são os caminhos possíveis para lidar com a situação. Confira!

—–
eBook gratuito: Tecnologias que agregam qualidade à pulverização 
—–

Mudanças climáticas

As mudanças climáticas vem ocorrendo devido ao aumento da emissão de CO2 (Gás carbônico) na atmosfera oriundo de fenômenos naturais e também a partir da atividade humana ao longo dos séculos.

O clima pode ser entendido como um conjunto de condições da atmosfera característico de uma região. Dessa forma, quando o clima está de acordo com os padrões de determinada área, o ecossistema flui naturalmente e as chuvas, temperatura e também a umidade relativa do ar não sofrem grandes alterações possibilitando o cultivo de produtos de maneira mais previsível.

Entretanto, quando se nota uma mudança em alguma dessas condições, como aumento da temperatura, excesso ou escassez de chuva, a população, a fauna e a flora local passam a sofrer com essas consequências.

Tal cenário, sobretudo em relação à vegetação, ocorre em virtude da necessidade de que as plantas têm de fatores como solo, luz solar, água e calor em níveis adequados. Por isso, quando há uma mudança climática, a produção nas propriedades rurais pode ficar comprometida.

Mais do que isso, essas transformações, sobretudo as que dizem respeito ao aumento da temperatura e as diferenças na umidade contribuem para uma maior proliferação de insetos, doenças, ervas daninhas e outras pragas nocivas à cultura.

Incidência de pragas

Como vimos, um dos efeitos das mudanças climáticas na agricultura é alteração do surgimento de pragas e, consequentemente, do seu manejo. Essas alterações podem ter efeito direto ou indireto tanto sobre a cultura quanto ao patógeno ou ainda sobre ambos.

Essa situação pode gerar um zoneamento agroclimático da planta ou da praga, que é um dos efeitos diretos. Com isso, novas doenças podem surgir em determinadas regiões e outras perder a importância, caso a planta não possa mais ser cultivada na área devido às transformações no clima.

Outro ponto que pode sofrer alterações é a distribuição temporal uma vez que alguns agentes infecciosos, principalmente os que atacam folhas, apresentam variações quanto ao surgimento ou severidade em determinadas épocas do ano, de acordo com as condições meteorológicas.

Ou seja, se uma praga é comum em épocas de temperatura mais elevadas em uma dada região, com o aumento do calor, esse elemento tende a ser mais comum, gerando um desequilíbrio. Outro caso em que se pode verificar tal processo é quando há a diminuição da ocorrência de chuvas, que gera uma menor dispersão de patógenos.

No que diz respeito aos efeitos indiretos cabe citar a relação de outros organismos com a praga e a cultura. As doenças que requerem a ação de um outro vetor, como insetos, por exemplo, também podem ter mudanças quanto a transformação geográfica ou temporal já que o aumento da temperatura ou a maior ocorrência de secas pode levar esse vetor para outra área, que até então não era comum.

Impactos para o consumidor

Os impactos das mudanças climáticas na agricultura e no controle de pragas podem impossibilitar o cultivo de alguns produtos em determinadas regiões, dependendo da época do ano.

Com isso, há um grande perda na agricultura e consequentemente na mesa do brasileiro devido ao aumento de preços, produtos com baixa qualidade e até mesmo a escassez de alguns tipos de alimentos, de acordo com as estações do ano.

Possíveis caminhos

Com as condições do clima adversas, corre-se o risco de o produtor, na ânsia por eliminar a praga e salvar a produção, intensificar o uso de defensivos para o controle das pragas. Entretanto, essa medida, a longo prazo, pode gerar mais desequilíbrio na natureza e criar patógenos mais resistentes.

Diante desse cenário de incerteza em relação às condições climáticas futuras, uma das medidas a serem adotadas é intensificar o manejo integrado focando em monitoramento, manejo de resistência à defensivos e seletividade de inimigos naturais.

Outra medida possível é apostar no melhoramento vegetal, aliando as técnicas de biologia molecular para que haja um aprimoramento do potencial das plantas em relação à resistência e adaptação ao clima.

Com isso, nota-se uma necessidade de que produtores, cooperativas, engenheiros agrônomos e florestais estejam cientes dos riscos e incluam as consequência das mudanças climáticas no planejamento agrícola.

 

 

Matéria escrita por Janaína Campos,
Jornalista e Mestra em Extensão Rural
pela UFV

[PARTE 2] Condições climáticas e a aplicação de defensivos agrícolas

[PARTE 2] Condições climáticas e a aplicação de defensivos agrícolas

Ainda sobre o controle de variáveis, temos agora a PARTE 2 da matéria, na qual vamos conhecer alguns parâmetros climáticos e ambientais decisivos no momento da aplicação. Confira!

Se você não leu a PARTE 1, clique aqui.

PARTE 2

Quais fatores climáticos impactam no desempenho do controle de variáveis?

Como vimos, é indispensável que o produtor e a equipe técnica que o auxilia, conheça as condições climáticas para planejar as estratégias de controle de agentes indesejados na produção.
Saiba como a temperatura, a umidade do ar, os ventos e a quantidade de chuvas influenciam na absorção pelas folhas da planta.

Temperatura

A temperatura é um dos fatores mais relevantes na hora de realizar a aplicação. Isso porque, tanto quando os termômetros apresentam marcas elevadas quanto nos dias mais frios, o efeito do produto utilizado pode sofrer alterações e, consequentemente, perda de eficácia.
O motivo para que isso aconteça é que, caso a temperatura esteja muito alta, pode ocorrer o processo de evaporação muito rápida, fazendo com que a gota permaneça no ar durante mais tempo ou mesmo sendo levada pelo vento, dificultando que alcance o alvo. Por outro lado, em temperaturas abaixo de 15 graus, a planta pode apresentar uma taxa baixa de metabolismo, dificultando a absorção do defensivo.
Por essa razão, a temperatura recomendada para a aplicação deve são as mais amenas, não devendo ultrapassar os 30°.

Umidade do ar

A umidade relativa do ar pode ser definida como a quantidade de vapor de água presente na atmosfera. Essa é uma variável importante na hora de realizar o controle de pragas pois é uma das principais responsáveis pela evaporação de uma gota da pulverização.
Durante a aplicação, a gota irá perder umidade até alcançar o seu alvo. O problema é que, quando a umidade do ar estiver muito baixa, por exemplo, mais rápido será a evaporação, fazendo com que o produto nem chegue a superfície do alvo.
Para não correr esse risco, o produtor deve sempre consultar essa variável que deve estar contida no intervalo entre 55% e 95%.

Ventos

O vento também é um dos fatores determinantes na eficácia da aplicação de defensivos. Quando o vento está muito forte durante a pulverização, pode resultar em deriva, ou seja, as gotas não chegam ao local pretendido e há desperdício de produto e pode haver contaminação de outras áreas.
Em contrapartida, situações extremamente calmas, como quando o vento está até 2 km/h, corre-se o risco de ter um fenômeno chamado de inversão térmica, em que o ar quente se deposita próximo ao chão retida por uma camada de ar frio. Essa situação faz com que as gotas cheguem a ficar suspensas na atmosfera durante mais tempo, gerando desperdício.

Quantidade de chuvas

Por fim, a quantidade de chuvas também deve ser observada pois nessas condições, pode ocorrer uma lavagem da superfície das folhas, impedindo a ação do produto no combate ao problema.
Nesses casos, o recomendado é estar atento à previsão de chuvas para o período após a aplicação, pois a planta leva um tempo para a realizar a absorção adequada. Caso contrário, pode causar perdas e até a necessidade de repetição da pulverização.
Saber a influência das condições climáticas na aplicação de defensivos agrícolas é importante para determinar o melhor momento de realizar o controle dos agentes e evitar o desperdício de mão-de-obra e produtos, melhorando a sua produção.

Matéria escrita por Janaína Campos,
Jornalista e Mestra em Extensão Rural
pela UFV

Condições climáticas e a aplicação de defensivos agrícolas!

Condições climáticas e a aplicação de defensivos agrícolas!

A aplicação de defensivos agrícolas  deve ser feita de maneira correta, para que a produção agrícola seja eficiente, rentável e sustentável, evitando desperdício, gerando economia de recursos naturais e financeiros e reduzindo o seu impacto ambiental. Isso porque o controle de variáveis que ameaçam uma lavoura, como pragas, plantas daninhas e doenças demanda uma grande quantidade de insumos e isso representa um peso significativo no orçamento da produção, chegando a representar cerca de 30% do custo total.

 

Condições climáticas e a aplicação de defensivos agrícolas!

Entretanto, quando tratamos de aplicação de defensivos agrícolas na produção, devemos levar em conta uma série de fatores que impactam diretamente no resultado como o tipo de planta, qual espécie deve ser controlada, a demanda por produto, forma de aplicação e as condições climáticas durante e depois da aplicação. Procedimentos executados sem considerar tais aspectos influenciam no aumento dos custos totais da produção e dificultam o controle das doenças e pragas.

Pensando nisso, em especial, vamos abordar a influência das condições climáticas na aplicação de defensivos agrícolas, destacando, quais variáveis devem ser observadas para se ter melhores resultados e evitar desperdício.

https://materiais.agropos.com.br/videoaula-diagnose-fungos-prof-acelino

 

COMO AS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS INFLUENCIAM NA APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS?

Como as condições climáticas influenciam na aplicação de defensivos

Para que o uso de agroquímicos na lavoura atenda aos resultados esperados, é necessário que a cultura se encontre em determinadas condições já que a uniformidade de aplicação do produto sobre a superfície do alvo importa tanto quanto o volume que é dispensado sobre a área.

Por exemplo, o vento pode fazer com que uma quantidade maior ou menor de produto se fixe na superfície de uma folha, impactando diretamente o efeito pois, além de não realizar o controle do invasor da maneira correta, ainda se corre o risco de contaminar o ambiente devido à grande dispersão do produto na área.

Assim, é importante que o produtor faça um planejamento detalhado de suas ações em conjunto com o engenheiro agrônomo para determinar a época que apresenta as melhores condições climáticas e ambientais para a aplicação. O ideal é estar sempre atento às previsões meteorológicas e observar o comportamento da planta nas mais diferentes alterações do clima, levando em consideração as particularidades de cada estação.

https://materiais.agropos.com.br/ebook-tecnologias-que-agregam-qualidade-a-pulverizacao

 

Isso é relevante pois, o entendimento da forma como os compostos atuam bem como suas características físico-químicas devem ser observadas conforme o tipo de ambiente em que serão utilizados uma vez que o seu grau de controle biológico está diretamente ligado à sensibilidade, metabolismo do alvo, forma de absorção e translocação. A regra vale para inseticidas, fungicidas, herbicidas e reguladores de crescimento.

QUAIS FATORES CLIMÁTICOS IMPACTAM NO DESEMPENHO DO CONTROLE DE VARIÁVEIS?

Quais fatores climáticos impactam no desempenho do controle de variáveis?

Como vimos, é indispensável que o produtor e a equipe técnica que o auxilia, conheça as condições climáticas para planejar as estratégias de controle de agentes indesejados na produção. Saiba como a temperatura, a umidade do ar, os ventos e a quantidade de chuvas influenciam na absorção pelas folhas da planta.

Temperatura

A temperatura é um dos fatores mais relevantes na hora de realizar a aplicação. Isso porque, tanto quando os termômetros apresentam marcas elevadas quanto nos dias mais frios, o efeito do produto utilizado pode sofrer alterações e, consequentemente, perda de eficácia.
O motivo para que isso aconteça é que, caso a temperatura esteja muito alta, pode ocorrer o processo de evaporação muito rápida, fazendo com que a gota permaneça no ar durante mais tempo ou mesmo sendo levada pelo vento, dificultando que alcance o alvo. Por outro lado, em temperaturas abaixo de 15 graus, a planta pode apresentar uma taxa baixa de metabolismo, dificultando a absorção do defensivo.
Por essa razão, a temperatura recomendada para a aplicação deve são as mais amenas, não devendo ultrapassar os 30°.

Umidade do ar

A umidade relativa do ar pode ser definida como a quantidade de vapor de água presente na atmosfera. Essa é uma variável importante na hora de realizar o controle de pragas pois é uma das principais responsáveis pela evaporação de uma gota da pulverização.
Durante a aplicação, a gota irá perder umidade até alcançar o seu alvo. O problema é que, quando a umidade do ar estiver muito baixa, por exemplo, mais rápido será a evaporação, fazendo com que o produto nem chegue a superfície do alvo.
Para não correr esse risco, o produtor deve sempre consultar essa variável que deve estar contida no intervalo entre 55% e 95%.

Ventos

O vento também é um dos fatores determinantes na eficácia da aplicação de defensivos. Quando o vento está muito forte durante a pulverização, pode resultar em deriva, ou seja, as gotas não chegam ao local pretendido e há desperdício de produto e pode haver contaminação de outras áreas.
Em contrapartida, situações extremamente calmas, como quando o vento está até 2 km/h, corre-se o risco de ter um fenômeno chamado de inversão térmica, em que o ar quente se deposita próximo ao chão retida por uma camada de ar frio. Essa situação faz com que as gotas cheguem a ficar suspensas na atmosfera durante mais tempo, gerando desperdício.

Quantidade de chuvas

Por fim, a quantidade de chuvas também deve ser observada pois nessas condições, pode ocorrer uma lavagem da superfície das folhas, impedindo a ação do produto no combate ao problema.
Nesses casos, o recomendado é estar atento à previsão de chuvas para o período após a aplicação, pois a planta leva um tempo para a realizar a absorção adequada. Caso contrário, pode causar perdas e até a necessidade de repetição da pulverização.
Saber a influência das condições climáticas na aplicação de defensivos agrícolas é importante para determinar o melhor momento de realizar o controle dos agentes e evitar o desperdício de mão-de-obra e produtos, melhorando a sua produção.

Matéria escrita por Janaína Campos,
Jornalista e Mestra em Extensão Rural
pela UFV