Os fertilizantes NPK compostos pelos três nutrientes mais importantes, denominados como os macronutrientes primários: Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K).
A indústria agrícola é extremamente depende do uso do fertilizante NPK para atender à demanda por alimentos e garantir cultivos saudáveis.
Geralmente, os solos não possuem esses nutrientes em quantidades ideias para o desenvolvimento da planta. Seja naturalmente ou como resultado do cultivo exaustivo no solo ou de outros fatores ambientais.
Vamos conferir?
Importância dos fertilizantes NPK para agricultura
Segundo dados revelados pela ONU, afirma que a população mundial aumentará 37,3% até 2050, para 9,2 bilhões. Os países em desenvolvimento, como o Brasil, absorverão, em sua maioria, esse aumento.
E isso significa maior demanda por alimento e maior uso dos nossos solos agrícolas, ocasionando o seu esgotamento nutricional.
Os fertilizantes NPK, por sua vez, compõem os nutrientes primários e, portanto, são essenciais para a nutrição das plantas, desempenhando um papel fundamental no crescimento, no desenvolvimento e, sobretudo, na reprodução das culturas.
Nos casos em que, eventualmente, ocorra escassez desses nutrientes, torna-se indispensável que sejam devolvidos ao solo para, assim, garantir um ambiente ideal para o crescimento das plantas. Dessa forma, isso pode ser feito de maneira eficiente por meio do processo de adubação.
Para que seja possível identificar de maneira mais precisa as necessidades nutricionais do solo da sua propriedade, é altamente recomendável realizar, com frequência, a análise de solos, pois esse procedimento permite um melhor manejo da fertilização.
Campo de ação do fertilizante NPK nas plantas
Os fertilizantes NPK, por sua composição, são formados por três nutrientes distintos e, consequentemente, cada um deles atua de forma específica no desenvolvimento das plantas.
Uma vez que essas funções são bem definidas, torna-se evidente que a nutrição adequada das plantas com esses macronutrientes é extremamente importante para garantir um crescimento saudável e uma produção mais eficiente.
Vamos conferir abaixo, o campo de ação desses nutrientes!
Nitrogênio: Grande colaborador no desenvolvimento planta, no surgimento de brotos e folhas. Com sua carência, as folhas velhas costumam ficar com tom amarelado, perdendo aquele tom verde, bem característico da clorofila.
Fósforo: Ele é responsável por estimular a frutificação e floração da planta. A planta quando apresenta deficiência de fósforo atinge o crescimento, causando também uma coloração verde-escura anormal.
Potássio: Esse nutriente, fortalece os tecidos dos vegetais, tornando-os mais resistentes à ação de pragas e outros agentes prejudiciais às plantas. A planta com deficiência em potássio tem um baixo rendimento, uma qualidade inferior dos frutos.
Tipos de formulação de NPK
Você sabia que existem várias formulações de fertilizantes NPK disponíveis no mercado?
Pois é, esse é um detalhe importante e que deve ter grande atenção sobre ele.
Essas formulações, tem que atender as necessidades específicas de cada etapa de desenvolvimento das diversas espécies de plantas.
Os números seguidos à sigla informam o percentual de concentração de cada nutriente, nesta ordem: nitrogênio, fósforo e potássio.
Veja 6 tipos de formulações de NPK, muito usadas:
- O NPK 8-8-8: É indicado para plantas mais delicadas, como orquídeas e bromélias, uma vez que apresenta uma formulação mais equilibrada.
- O NPK 10-10-10: Esta é uma formulação padrão recomendada para gramas, folhagens e vegetações que não produzem frutos.
- NPK 04-14-08: É mais indicada para árvores frutíferas e floríferas, pois estimula a produção de flores e frutos.
- O NPK 20-20-20: Pela sua alta concentração é indicada para plantas de grande porte.
- O NPK 20-10-10 ou 20-05-20: Usada para adubar gramados.
- E o NPK 25-25-25: Formulação essa voltada para espécies hidropônicas.
Atenção! Essa fórmula é sempre informada na embalagem e precisa ser respeitada para que as necessidades da planta sejam devidamente atendidas e que dê resultados positivos no seu plantio.
Produção de fertilizantes NPK
Os fertilizantes NPK aparecem nas formas líquida, gasosa e granular, sendo a forma granular a mais comum.
Existem muitos métodos distintos para produzir o fertilizante NPK granular e, para garantir a eficiência, inicialmente produzem separadamente os componentes individuais. Em seguida, misturam-nos cuidadosamente em formulações específicas, criando razões nutricionais-alvo adequadas, como mencionado no tópico anterior.
Dentre os diversos processos empregados na produção de fertilizantes NPK, destacam-se a acreção e a aglomeração, ambos amplamente utilizados devido à sua eficiência.
A acreção, por sua vez, consiste na aplicação repetida de fertilizante sobre uma pequena partícula sólida central, seguida de um processo de ressecamento para garantir sua estabilidade e eficiência.
No processo de aglomeração, inserem-se inicialmente as matérias-primas principais na forma de sólidos secos. Posteriormente, interligam-se e cimentam-se as partículas, formando um fertilizante coeso e altamente funcional.
Dessa forma, cada método desempenha um papel essencial na produção dos fertilizantes, garantindo a obtenção de produtos com qualidade e nutrição adequadas para as diferentes culturas agrícolas.
No entanto, além dos processos de aglomeração baseados fundamentalmente na granulação por compactação física, também há processos em que os estágios líquidos são atingidos por meio de reações químicas entre amônia e ácido sulfúrico, nítrico ou fosfórico.
Adubos químicos X adubos orgânicos
Mesmo os fertilizantes NPK contendo os três principais macronutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas, é necessário também uso dos micronutrientes na adubação.
Além do mais, é fundamental a utilização de outros tipos de insumos, como adubos orgânicos, que podem ser o esterco, húmus ou compostagem.
Uma vez que, os adubos orgânicos são essenciais, para permitir a ação de microorganismos no solo.
Esses microorganismos constroem uma estrutura saudável para o desenvolvimento da planta.
Vamos conferir os 7 principais adubos orgânicos que tanto contribuem para a conservação do solo mais saudável, são eles:
- Húmus de minhoca;
- Esterco de aves e bovinos;
- Torta de algodão;
- Cinzas de madeira;
- Cascas de ovos trituradas em forma de farinha;
- Farinha de osso bovino;
- Compostagem.
Quando usar fertilizantes NPK
Um modo simples e eficiente de determinar a quantidade de fertilizante NPK necessária para a lavoura é, sem dúvida, através da análise de solo. Esse procedimento é essencial, pois determina as disponibilidades dos nutrientes para a cultura de interesse, garantindo um manejo mais preciso.
Uma vez que os resultados estejam em mãos, torna-se possível definir exatamente quais nutrientes serão necessários para um determinado cultivo, evitando desperdícios e melhorando a eficiência produtiva.
Além disso, uma forma bastante comum de avaliar a fertilidade do solo é estabelecer a relação carbono/nitrogênio. Esse método não apenas determina a disponibilidade de nitrato para as culturas, mas também indica o estado de decomposição da matéria orgânica presente na terra.
O processo de adubação é extremamente importante e deve ser realizado com responsabilidade. Caso contrário, podem ocorrer perdas por lixiviação, o que pode resultar na contaminação de rios e cursos d’água, comprometendo a sustentabilidade ambiental.
Quando bem conduzida, a fertilização do solo proporciona plantas bem nutridas e, consequentemente, maiores ganhos econômicos na lavoura. Além disso, para garantir a máxima eficiência da operação, é essencial aplicar os fertilizantes NPK com o maquinário adequado.
Por fim, seguir corretamente todas as etapas desse processo contribui significativamente para a produtividade e a preservação ambiental.