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Conheça tudo sobre a árvore de pinus!

Conheça tudo sobre a árvore de pinus!

A plantação de árvore de Pinus no Brasil, espécie que abrange aproximadamente 100 espécies. Vem sendo  cultivada comercialmente desde a década de 60, sendo uma das melhores fontes para a indústria da madeira, dentre outros. Se quer saber mais sobre esse assunto continue a leitura.
Venha Comigo!

 

Conheça tudo sobre a árvore de pinus!

 

A árvore de pinus é muito importante para a economia de diversas regiões do Brasil e gera milhares de empregos diretos e indiretos em todo o país.

Estas árvores se tornaram importantes fontes de reflorestamento, fornecimento de madeira e celulose para diversas indústrias. Além disso, é claro, destaca-se o fornecimento de resinas. Setor do qual a Florpinus faz parte e é um dos principais expoentes no mercado nacional.  

O que muitas pessoas, inclusive aquelas que trabalham no meio, talvez não saibam, é como essa espécie foi introduzida no Brasil e ganhou tamanha importância.

Neste artigo buscamos resgatar a história do pinus no Brasil e mostrar como essa árvore ganhou espaço no cenário florestal do país. 

 

 

Árvore de pinus no Brasil

A partir das décadas de 60 e 70, a árvore de Pinus Elliottii se tornou uma das alternativas mais interessantes para os silvicultores brasileiros. Com grande presença nas florestas de São Paulo e do sul do país. Sendo uma espécie originária do sudeste dos Estados Unidos, a Elliottii se adaptou muito bem ao clima ameno dessas regiões.

Além disso, ela se adapta bem a diversos tipos de solo. Exigindo menos recursos naturais para crescer que outras árvores da mesma ordem.

O Pinus Elliottii, no Brasil  é muito popular por ser um ótimo produtor de resina natural fornecendo os mais variados insumos para as indústrias nacionais.

Atualmente, a Florpinus controla todo o processo de fabricação de seus produtos, da criação das mudas de Pinus Elliottii. Passando pelo cuidado com as florestas e a extração da goma bruta das árvores. Até a transformação desta nas resinas utilizadas pela indústria

 

Qualidade e Uso da Madeira

 

Características da árvore de pinus

São árvores altas e monóicas, com folhas de dois tipos: as escamiformes, logo decíduas, e as aciculiformes, longas e em geral surgindo em fascículos de 2 a 5 acículas, geralmente 3, presas em ramos laterais curtos, de entrenós estreitos, definindo a inserção das folhas em feixes. 

 

Características da árvore de pinus

 

Os cones masculinos são alongados, pequenos, de até 4cm de comprimento, dispostos em cachos, e os femininos são cilíndricos a quase globosos. Maiores, de até 15 cm de comprimento, com escamas lenhosas, persistentes, espessadas no ápice. Cada uma com duas sementes aladas que amadurecem em 2 a 3 anos.

 

Usos da árvore de pinus

A árvore de pinus produzem madeira de baixa densidade, sendo muito utilizada para caixotaria, indústria de sapatos e lápis. E sua fibra longa é usada como celulose para produção de alguns tipos de papéis (papelão, papel pardo, etc.).

Além da madeira, várias espécies fornecem resinas utilizadas para diversos fins. Como componente da indústria farmacêutica, da indústria de conglomerados e de tintas.

Possuem grande valor ornamental, sendo apropriado para áreas mais extensas. Embora existam também espécies de menor porte e mais compactas, muitas vezes sendo comercializadas como árvores de Natal. 

 

Espécies de árvore de pinus mais plantadas no Brasil

Espécies de árvores de Pinus vem sendo cultivadas no Brasil há mais de um século para usos múltiplos. Veja abaixo as espécies de Pinus mais plantadas no Brasil:

 

Pinus taeda

No Brasil, P. taeda é a espécie mais plantada entre os pinus, abrangendo aproximadamente um milhão de hectares, no planalto da região Sul do Brasil, para a produção de celulose, papel, madeira serrada, chapas e madeira reconstituída.

Esta espécie é plantada também em outros países para a produção de madeira destinada ao processamento industrial. P. taeda coloniza facilmente áreas abertas, o que o caracteriza como uma espécie invasora.

Tal característica predomina somente em situações onde há grande produção de sementes, ausência de predadores naturais de sementes e, principalmente, quando há luminosidade suficiente para o estabelecimento das plântulas e contato das sementes com o solo. 

Pinus taeda pode ser plantado no planalto das regiões Sul e Sudeste, em solo bem drenado, onde não haja deficiência hídrica. Isto inclui as partes serranas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, bem como o sul dos estados de São Paulo e Minas Gerais.

 

Pinus elliotti

No Brasil, a variedade elliottii dessa espécie é a mais plantada nas regiões Sul e Sudeste, porém, em menor escala do que P. taeda, visto que sua madeira não é usada pelas indústrias de celulose e papel, e sim na produção de madeira para processamento mecânico e na extração de resina. Em comparação com P. taeda, P. elliottii apresenta as seguintes características marcantes:

  • Exsudação de resina mais abundante pelos cortes e ferimentos na madeira, ramos e acículas;
  • Acículas mais densas, longas e de coloração mais escura;
  • Cones pedunculados com escama sem espinho.

A produção brasileira de resina de P. elliottii, em grande parte, teve início no final dos anos 1970, tornando-se o maior produtor na América do Sul. Atualmente, o Brasil é o segundo país exportador de goma-resina, com uma produção em torno de 106.366 toneladas por ano.

Ela é indicada para plantio em toda a região Sul e Sudeste do Brasil. No entanto, a atividade de extração de resina deverá ser restrita às regiões com períodos mais prolongados de temperaturas altas do que no planalto sul, para se obter maior rendimento. 

 

Pinus caribaea var

Pinus caribaea compreende três variedades, de rápido crescimento e produtoras de madeira resinosa, de grande utilidade para o processamento mecânico.

Em condições favoráveis ao rápido crescimento, as variedades hondurensis e bahamensis apresentam alta frequência de árvores com crescimento anormal, denominado “fox-tail” (rabo-de-raposa).

Esta anomalia é caracterizada pelo crescimento somente do eixo principal da árvore, coberto de acículas, sem a formação de ramos. 

P. caribaea var. hondurensis está entre os pínus tropicais mais plantados no mundo. Ela é recomendada em toda a região tropical brasileira, devido às suas características morfológicas e silviculturais.

O plantio comercial com esta variedade tem expandido para as regiões Sudeste e Centro-Oeste e algumas áreas das regiões Norte e Nordeste, exceto no Semiárido. Sua madeira é de densidade moderada a baixa, mas de grande utilidade geral. Além disso, ela produz resina em quantidade viável para a exploração comercial.

 

Pinus maximinoi

A árvore de Pinos P. maximinoi tem distribuição natural em uma série de populações disjuntas, estendendo-se desde a região central do México até a Nicarágua, em altitudes de 600 m a 2.400 m.

É uma espécie tropical de rápido crescimento que expressa melhor desenvolvimento em ambiente subtropical, em altitudes entre 800 m e 1.500 m, com precipitação pluviométrica média anual entre 1.000 mm e 2.000 mm.

No Brasil, P. maximinoi pode ser plantado em toda a região tropical e subtropical. No entanto, em locais de baixa altitude, ele tende a apresentar alta incidência de fox-tail. Esta espécie tem demonstrado alto incremento volumétrico e fuste de boa forma na região do cerrado, no sul do Estado de São Paulo, em solo arenoso.

 

Pinus oocarpa

Pinus oocarpa é uma espécie produtora de madeira com tonalidade amarelada e cerne marrom-pálido, de dureza média e alta resistência física. Em sua região de origem, ela é usada, também, para extração de resina.

Os cones de P. oocarpa são serôdios. Suas formas variam desde globosas a ovoides, com 6 cm a 10 cm de comprimento, de cor marrom-amarelada pálida a ocre e pedúnculos persistentes de 3 cm a 4 cm.

As sementes têm 7 mm de comprimento, com asas de 10 mm a 15 mm. No Brasil, esta espécie é plantada para produção de madeira para processamento mecânico. Na região dos planaltos tropicais.

Sua madeira é moderadamente dura e resistente, de alta qualidade para usos em estruturas, construções civis, confecção de chapas e madeira reconstituída. Além de madeira, P. oocarpa produz resina em quantidade viável para extração em escala comercial. 

 

Pinus tecunumanii

No Brasil, P. tecunumanii é uma das espécies tropicais mais valorizadas pela alta produtividade e qualidade de sua madeira.

Na região tropical brasileira, tem apresentado rápido crescimento, boa forma de fuste e baixa ocorrência de fox-tail. Porém, a sua disseminação não tem sido mais rápida devido à dificuldade de se produzir grande quantidade de sementes.

Na região central do Brasil, os materiais genéticos de maior crescimento são aqueles oriundos da parte meridional da sua área de distribuição natural, de altitudes em torno de 1.000 m.

Testes de procedências e progênies no Estado de São Paulo indicaram as procedências de Honduras como altamente produtivas. Enquanto que as da Nicarágua têm apresentado a melhor forma de fuste.

A sua madeira apresenta características físicas mais homogêneas se comparadas com as demais espécies de pínus. Isto a torna de melhor qualidade para processamento mecânico. 

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como se vê, as plantações de árvore de Pinus têm uma grande importância para o setor florestal brasileiro. Principalmente por poderem agregar valor desde o pequeno produtor até os vários segmentos industriais. Como os de laminação, serraria, papel e celulose, chapas e geração de energia.

Neste artigo, citamos alguns espécies de pinos mais encontra no Brasil. Que de fato contribui de maneira direta para o setor comercial.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo sobre o tema!

Escrito por Michelly Moraes.

Engenharia florestal: conheça mais sobre essa área de atuação!

Engenharia florestal: conheça mais sobre essa área de atuação!

A Engenharia florestal é o ramo da engenharia que visa à produção de bens oriundos da floresta ou de cultivos florestais, através do manejo dessas áreas para suprir a demanda por seus produtos.

Quer saber mais sobre as oportunidades que essa área traz como engenheiro florestal?

Então venha comigo neste post!

 

Engenharia florestal: conheça mais sobre essa área de atuação!

 

Oportunidades de trabalho como engenheiro florestal

Podemos classificar o engenheiro florestal atuante na área de estudo das ciências exatas e também nas ciências agrárias.

Sendo voltada para o uso sustentável dos recursos naturais e para a produção e comercialização de produtos florestais, sempre levando em consideração o respeito e o cuidado com o meio ambiente.

Nas agências governamentais, trabalha para manter as áreas protegidas e fiscalizar o uso das áreas utilizadas pela iniciativa privada.

Nas agências de certificação, cria meios para que os consumidores conheçam o comportamento das empresas florestais em relação ao ambiente.

Como consultor independente, alavanca a formação de culturas florestais em pequenas, médias e grandes propriedades, gerando benefícios para as pequenas comunidades e para a sociedade em geral.

No cargo de engenheiro florestal se inicia ganhando em torno de R$ 3.094,00 de salário e pode vir a ganhar até R$ 6.453,00 ou mais dependo do cargo.

De acordo com o Vagas.com, a média salarial para Engenheiro Florestal no Brasil é de R$ 4.512,00.

A formação mais comum é de graduação em engenharia florestal, porém as áreas de atuação não se limitam a estas, elas continuam crescendo.

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Objetivos do curso de graduação em engenharia florestal

O curso de engenharia florestal tem como objetivo formar profissionais com conhecimentos teóricos e práticos nas diversas áreas de atuação do engenheiro florestal.

Sendo capazes de proteger, conservar e manejar o meio ambiente, planejando, direcionando e organizando de forma racional e sustentável os recursos florestais em benefício da sociedade.

Tem ainda, como objetivo a formação contínua em prol da pesquisa, para contextualizar o progresso da ciência e da tecnologia, desenvolvendo pensamento estratégico de forma a atender às exigências do mercado.

O curso de engenharia florestal tem a missão de formar profissionais com responsabilidade e ética para com o setor produtivo, a qualidade do ambiente e sua conservação.

Tendo a compreensão da dinâmica dos ecossistemas florestais, seus produtos, bens e serviços, sendo norteada pelo ensino, pesquisa e extensão.

Esses profissionais são capacitados a desenvolver pensamento estratégico, atendendo às exigências do mercado, com sustentabilidade e respeito social.

Ser um engenheiro florestal, é tornar cada vez mais perceptivos à constante evolução dos setores florestal e ambiental, projetando-os com grande solidez para usar conscientemente os recursos de maneira sustentável.

 

Qualidade e Uso da Madeira

 

Perfil profissional do curso de graduação em engenharia florestal

O perfil desse profissional são pessoas com base cientifica, sendo capazes de atuar com visão ética e responsabilidade social, permitindo-lhes as seguintes competências, como:

  • Capacidade de planejar, projetar, especificar e supervisionar estudos de viabilidade técnica e econômica.
  • Realizar vistoria, perícia, avaliação, laudo e pareceres técnicos, bem como prestar assistência e consultoria.
  • Administrar, operar e manter sistemas de produção em florestas naturais e florestas plantadas, além de fiscalizar os serviços técnicos correlatos.
  • Qualificar, quantificar e certificar os recursos naturais madeireiros e não madeireiros.
  • Planejar, elaborar e administrar projetos florestais, observando a legislação.
  • Manejar as bacias hidrográficas.
  • Atuar nas atividades de pesquisa, ensino e extensão.
  • Avaliar o impacto das atividades profissionais nos contextos social, ambiental, econômico e cultural.
  • Executar programas de biotecnologia e melhoramento genético florestal.
  • Desenvolver e executar projetos de sistemas de informações geográficas no setor florestal.
  • Planejar e coordenar sistemas agrossilvipastoris.
  • Implantar e manejar espécies arbóreas.
  • Esboçar e executar projetos de arborização, paisagismo e ecoturismo.
  • Planejar e coordenar o processamento da matéria-prima florestal de forma a abastecer o setor industrial.
  • Estruturar e coordenar projetos de manejo da fauna silvestre e recuperar os ecossistemas florestais degradados.
  • Planejar, mapear, coordenar e executar projetos temáticos, em geral, classificação, espacialização e quantificação de recursos naturais renováveis.

 

Principais áreas da engenharia florestal

Silvicultura: O engenheiro florestal possui a capacidade de gestão da produção florestal através da silvicultura.

Para tanto, conhecimentos profundos nas áreas de engenharia econômica e gestão da produção, bem como em diversas áreas da administração, são necessárias.

Manejo Florestal: Pode ser definido como sendo o gerenciamento dispensado a um povoamento florestal, o qual interfere nas condições ambientais em prol do desenvolvimento das florestas naturais ou plantadas.

O manejo das florestas, deve englobar um conjunto de procedimentos e técnicas que assegurem:

  1. Permanente capacidade das árvores para oferecer produtos e serviços, diretos e indiretos;
  2. Capacidade de regeneração natural;
  3. Capacidade de manutenção da biodiversidade;
  4. Sustentabilidade econômica, sociocultural e ambiental.

Gestão Ambiental: Tem um conceito muito amplo, mas, na área da engenharia florestal, relaciona-se ao desenvolvimento sustentável da produção rural e o meio ambiente.

O objetivo maior da gestão ambiental deve ser a busca permanente de melhoria da qualidade ambiental dos serviços, produtos e ambiente de trabalho de qualquer organização pública ou privada. A engenharia florestal atua nas atividades das unidades de conservação, principalmente em órgãos públicos.

Tecnologia de Produtos Florestais: O engenheiro florestal também atua na interface entre a produção de bens florestais (madeireiros e não madeireiros) e o seu processamento.

Sempre analisando a influência da qualidade da matéria-prima produzida e o seu processamento industrial e sobre a qualidade dos produtos obtidos. Entre os produtos madeiráveis, destacam-se hoje no mercado a madeira para serraria, celulose, madeira tratada.

Entre os não madeireiros, destacam-se óleos essenciais, extrativos químicos, ecoturismo.

 

Plataforma Agropós

 

Habilitações do engenheiro florestal 

O Engenheiro Florestal estará habilitado a atuar em diversas atividades relacionadas com construções de madeira, silvimetria e inventário.

Como também recursos naturais renováveis, propagação de espécies florestais, viveiros florestais, manejo de florestas para produção de madeira e outros produtos.

Estará capacitado, ainda, para atuar na perícia, planejamento, desenvolvimento e administração e programas ou projetos voltados para a produção de florestas com fins comerciais.

Bem como, proteção da biodiversidade, manejo de bacias hidrográficas, recuperação de áreas degradadas, avaliação de impactos ambientais, manejo de fauna silvestre e sistemas agroflorestais.

Estará apto a atuar na pesquisa, na extensão e no ensino e como profissional autônomo na prestação de assessoria, consultoria, elaboração de laudos técnicos e receituários florestais e ambientais.

Vimos neste post as diversas áreas de atuação do profissional formado em engenharia florestal e de como é versátil essa formação.

Espero que tenha ajudado na escolha de uma carreira promissora e de sucesso!

O que é inventário florestal? Saiba mais sobre o assunto!

O que é inventário florestal? Saiba mais sobre o assunto!

Você já se perguntou o que é inventario Florestal? Neste artigo você irá entender passo a passo o que é essa técnica e quais os benefícios desse procedimento.

Venha comigo!

 

O que é inventário florestal? Saiba mais sobre o assunto!

 

O inventário florestal é a atividade realizada para obter informações qualitativas e quantitativas de povoamentos florestais através da coleta de dados em campo. A metodologia utilizada para aquisição destas características depende de inúmeros fatores.

Tem por objetivo gerar informações sobre os recursos florestais naturais e plantados, para fundamentar a formulação, implementação e execução de políticas públicas de desenvolvimento, uso e conservação, geração de relatórios para empresas, bem como a gestão desses recursos, através de informações suficientes, confiáveis e periodicamente atualizadas.

 

 

Tipos de inventário florestal

Os principais tipos de inventário são:

O Inventário Florestal Nacional: São inventários extensivos que cobrem países inteiros, visando fornecer as bases para a definição de políticas florestais e para a elaboração de planos de desenvolvimento e uso das florestas.

O Inventário Florestal Regional: Realizado em grandes áreas com o objetivo de embasar planos estratégicos de desenvolvimento regional, adoção de medidas visando preservar certas espécies, estudos de viabilidade de empresas florestais.

E o Inventário Florestal de Área Restrita: São os mais comuns e constituem a maioria dos inventários florestais. Em geral, visam determinar o potencial florestal para utilização imediata ou embasar a elaboração de planos

 

As principais doenças bióticas da eucaliptocultura no Brasil

 

Planejamento no inventário florestal

O Inventário é a base para o planejamento do uso dos recursos florestais. Através dele é possível a caracterização de uma determinada área e o conhecimento quantitativo e qualitativo das espécies que a compõem. Podendo fornecer diversas informações, dentre elas:

  • Estimativa de área;
  • Descrição da topografia;
  • Mapeamento da propriedade;
  • Descrição de acessos;
  • Facilidade de transporte da madeira;
  • Estimativa da quantidade e qualidade de diferentes recursos florestais;
  • Estimativa de crescimento (se o inventário for realizado mais de uma vez).

 

Elaboração de um projeto de inventário florestal

O Inventário Florestal Nacional tem abrangência sobre todo o território brasileiro, para reportar informações sobre os recursos florestais. O projeto está estruturado em cinco componentes, sendo eles:

  • Profissional;
  • Tabela de produção
  • Coleta no campo;
  • Processamento de dados;
  • Interpretação de dados e escrita;

 

Profissional

É importante ter um profissional habilitado para tal, uma vez que o Inventário Florestal não é simples como pode parecer no primeiro momento. Os profissionais requisitados são os engenheiros florestais, mas há casos específicos em que Engenheiros Agrônomos e Biólogos também podem fazê-lo, onde se especializam na área através de uma pós graduação.

 

Análise da área

É importante o objetivo do seu inventário estar bem claro. É um Inventário Florestal com o objetivo de corte raso na área? Vou fazer um plano de manejo ou alguma outra atividade extrativista sustentável? Qual a fitofisionomia da área (cerrado, floresta amazônica, etc)? Tem bons acessos à área-alvo? O que a legislação me solicita?

Uma boa análise da área perpassa pela coleta de dados secundários (disponíveis em outros meios) e dados primários (coletados). Portanto, recomenda-se que o profissional contratado tenha conhecimentos em SIG/Geoprocessamento, para maior assertividade do planejamento.

Lembrando que o mapeamento permitirá as estimativas envolvendo diferentes tipologias florestais e suas respectivas áreas, sendo de extrema importância para o monitoramento da cobertura florestal.

 

Tabela de Produção

Constitui a base do manejo florestal, pois expressa o comportamento de uma espécie ao longo do tempo, em um determinado sítio, submetida a um regime de manejo definido, desde a implantação até o final da rotação.

Neste método são apresentadas as estimativas dos parâmetros dendrométricos das árvores e dos povoamentos de uma espécie, por sítio e idade, para um determinado sistema de manejo.

Dessa maneira, pode-se avaliar uma floresta a partir da identificação do sítio, espécie e idade, obtendo-se as informações necessárias diretamente na tabela de produção.

 

Coleta de dados em campo

Amostragem

Após o planejamento no qual são definidos os objetivos, os parâmetros mais importantes do Inventário Florestal e o tipo de amostragem a ser realizado, parte-se para a execução que compreende a interpretação de imagens e os trabalhos de campo.

Essa fase, serão necessários os equipamentos de campo (fita métrica, suta, hipsômetro, prancheta, GPS, máquina fotográfica, etc), vestimenta adequada ao clima/localidade e veículo para deslocamento.

 

Coleta de dados em campo

 

Nos trabalhos de campo, as equipes devem ser convenientemente preparadas para a realização de tarefas como a localização das unidades de amostras, e a obtenção das variáveis de interesse. As mais frequentes variáveis obtidas em campo são:

Altura: a altura considerada vai da base da árvore até a primeira bifurcação significativa. Esta informação pode ser obtida por meio de qualquer instrumento baseado em relações trigonométricas, como Haga, Blume-Leis, dentre outros.

Diâmetro: o diâmetro é tomado a 1,30 m do solo, podendo ser obtido por meio de um aparelho chamado Suta ou por fita diamétrica.

Distância: pode ser empregada a metodologia do Vizinho Mais Próximo (VMP), que consiste em considerar as distâncias das árvores a pontos pré-determinados e aplicar os processos de mensuração e identificação àquelas que estão mais próximos deles.

Deve-se considerar as árvores mais próximas por classes de diâmetro, que permitirá melhores inferências sobre a estrutura vertical da floresta. É necessário medira distância que vai do centro às árvores mais próximas, sendo que essa distância pode ser medida com trena.

 

Processamento dos dados

É importante saber qual a ferramenta você utilizará para processar estes dados. Sendo algumas das opções disponíveis sendo elas;

Editores de planilhas sendo o mais comum o Microsoft Excel, os editores de planilhas são importantes por facilitarem a digitação dos dados coletados em campo e inserção das fórmulas estatísticas;

Software Mata Nativa é o software que realiza todos cálculos de inventário florestal e análise fitossociológica, com aplicação efetiva em todos os biomas brasileiros.

Além do software ele possui uma versão para dispositivos móveis, que agiliza a coleta de dados em campo e elimina o processo de digitação das fichas de campo, diminuindo o tempo de elaboração do projeto e consequentemente reduzindo o custo do inventário florestal.

O software permite, dentre muitas análises, realizar diagnósticos qualitativos e quantitativos de formações vegetacionais, análises fitossociológicas completas, elaborar inventários e planos de manejo, monitorar a floresta através de inventários contínuos acompanhando o crescimento e desenvolvimento das espécies e analisando as características de valoração e exploração florestal.

Treesoftware empresa com soluções que englobam a área de inventário florestal. A empresa também possui solução mobile, facilitando a vida de quem atua no campo.

 

Interpretação dos dados e escrita no inventário florestal

A coleta de dados no inventário florestal é um processo minucioso que quando realizado através de anotações em fichas de campo, requer tempo, tanto para anotações quanto para digitalização dos dados obtidos.

 A interpretação dos dados é um profissional habilitado ter sido contratado é o diferencial, pois neste momento será feita toda a interpretação dos dados colhidos e processados, seguido da escrita, na qual irá descrever detalhadamente o que os dados significam e como eles devem ser aplicados para se alcançar o objetivo definido logo no início do projeto.

 

Plataforma Agropos

 

Conclusão

Entende- se que o Inventário Florestal é a principal ferramenta para diagnose e prognose das condições produtivas ou protetivas de uma floresta.

É através dos resultados oriundos da medição feita para o Inventário Florestal que se tomam decisões sobre a viabilidade de empreender ou não em uma localidade com cobertura de floresta. Além disso, o Inventário Florestal nos dá as principais informações que precisamos para conservar e manejar nossa área florestal.

Escrito por Michelly Moares.

Arborização urbana: a importância de um projeto!

Arborização urbana: a importância de um projeto!

Arborização urbana é a atividade de plantar árvores em áreas urbanas. Arborização Urbana é um termo que vem sendo utilizado com muita frequência nos últimos tempos. E que, em um primeiro momento, nos remete a uma simples interpretação: plantio de árvores no meio urbano.

Porém, por trás desta básica definição, existe uma grande área de estudo que ainda é pouco conhecida pela maioria. Área esta que possui princípios bem consolidados. E que vem trazendo muitas vantagens para nossas vidas. Nas cidades, as árvores desempenham um papel muito importante na melhoria da qualidade de vida da população e do meio ambiente.

A arborização das cidades, além da estratégia de amenização de aspectos ambientais adversos. É importante sob os aspectos ecológico, histórico, cultural, social, estético e paisagístico. Contudo, este trabalho não deve ser feito de forma aleatória. Já que só será realmente efetivo quando realizado um bom planejamento de arborização.

 

Arborização Urbana

 

O que é arborização urbana?

A arborização urbana, definida como toda vegetação que compõe o cenário ou a paisagem urbana. É um dos componentes bióticos mais importantes das cidades. Tecnicamente, a arborização urbana é dividida em áreas verdes (parques, bosques, praças e jardinetes) e arborização de ruas (vias públicas).

Conhecida também como florestas urbanas, engloba os diversos espaços no tecido urbano passíveis de serem trabalhados com o elemento árvore. Tais como arborização de rua, praça, parque, jardim, lote, terreno baldio, quintal, talude de corte e aterro, estacionamento, canteiro central de ruas e avenidas e margens de corpos d’água.

A arborização de vias públicas, refere-se às árvores plantadas linearmente nas calçadas ao longo de ruas e avenidas. Trata-se da vegetação mais próxima da população urbana. E, também, da que mais sofre com a falta de planejamento dos órgãos públicos e com a falta de conscientização ambiental.

Devido à falta de planejamento e ausência de profissionais capacitados e responsáveis. Não é difícil enxergar situações conflituosas entre falhos projetos de arborização que encontram equipamentos urbanos como barreiras (como fiações elétricas, muros, postes de iluminação e etc).

Por isso, é de extrema importância que todo o projeto seja realizado por uma empresa capacitada e responsável. Que entenda do assunto, esteja ciente das normas de regulamentação e disponível para dialogar com outros órgãos, como Prefeitura, Departamento de Iluminação Pública, entre outros.

 

Paisagismo e Arborização Urbana

 

Quais são os benefícios da arborização urbana?

Os benefícios proporcionados pelas árvores são geralmente classificados como benefícios ecológicos, estéticos, econômicos e sociais.

Os benefícios ecológicos referem-se à melhoria microclimática. Ou seja, as árvores, por intermédio de suas folhas, absorvem radiação solar que diminui a reflexão e proporciona sombra. Reduzem ou aumentam a velocidade dos ventos e aumentam a umidade atmosférica que refresca o ar das cidades.

Também amenizam a poluição atmosférica e acústica e protegem o solo e a fauna.

 

Arborização Urbana

 

Já os benefícios estéticos referem-se à adição de cores ao cenário urbano com as flores, as folhas e os troncos; a promoção de modelos de paisagens e identidade local, através das espécies; anulação da monotonia de pavimentos e alvenaria; introdução de elementos naturais e linhas suaves e orgânicas no meio urbano composto de materiais artificiais e de linhas geométricas; a adição de dinamismo à paisagem urbana através dos aspectos de mudança de cor, queda e brotação das folhas, floração e frutificação.

Outro importante benefício se dá pela oportunidade de educação ambiental à população: as pessoas aprendem sobre o meio ambiente ao notar a clara diferença entre as áreas arborizadas e as áreas construídas.

É preciso lembrar que para a arborização cumprir com os seus benefícios é necessário investimento. Assim como em qualquer outro serviço de utilidade pública. Principalmente, no plantio, sempre com mudas de alta qualidade, e nas operações de poda.

Pelo alto investimento destinado à arborização de ruas, as árvores são consideradas um patrimônio público. Enquanto a maioria dos bens públicos deprecia com o tempo. O valor das árvores aumenta desde seu plantio até a sua maturidade.

 

Paisagismo muito além da estética!

 

Planejamento da arborização urbana

Planejamento da arborização deve passar pela gestão pública em sua mais ampla concepção. O órgão gestor da arborização deve trabalhar em acordo com políticas comprometidas com um manejo que reconheça não somente a importância da presença das árvores na cidade, mas que efetivamente respalde as práticas necessárias à sua boa condução.

Nesse contexto, a previsão orçamentária tem que dar suporte ao recrutamento de profissionais capacitados em todos os níveis, do comando técnico aos funcionários executores das diferentes tarefas operacionais e a garantia da aquisição de materiais e equipamentos apropriados às diversas etapas do ciclo de vida das árvores.

Para melhor entendimento dos processos envolvidos com o planejamento, a arborização pode ser dividida em dois componentes principais: as áreas verdes e a arborização viária. Para cada uma delas, o planejamento e o manejo devem ser diferenciados

 

Áreas verdes

São áreas distribuídas no espaço urbano como parques, praças e jardins. O planejamento para estas áreas exige a elaboração de projetos paisagísticos, de implantação e manejo, muitas vezes específicos para cada unidade.

 

Arborização viária

A arborização viária é composta pelas árvores plantadas nas calçadas das ruas da cidade e nos canteiros separadores de pistas de avenidas.

 

canteiros separadores de pistas

 

O manejo da arborização urbana implica o gerenciamento, com eficiência e habilidade, dos procedimentos necessários para o cultivo de cada árvore, assim como do conjunto da arborização da cidade.

Portanto, o planejamento da arborização ou do cultivo de árvores no meio urbano exige um processo cuidadoso que preveja os procedimentos desde sua concepção até sua implantação e manutenção.

Para o correto manejo da arborização, é necessária e muito importante a disponibilidade de informações do número e qualidade das árvores existentes no local de interesse, seja um canteiro, uma rua, um bairro ou uma cidade inteira.

Para tanto, duas ações devem ser adotadas: realizar um inventário da arborização existente para que se conheça o patrimônio arbóreo com o qual se está trabalhando e uma avaliação do sistema de manejo da arborização utilizado.

 

Estes diagnósticos deverão indicar:

  • Distribuição quantitativa e qualitativa da arborização existente.
  • Existência de espaços livres para novos plantios.
  • Análise das demandas e tecnologias empregadas na manutenção – plantio, poda, supressão, destoca e controle sanitário.
  • Avaliação do sistema de manutenção – rotina, programas e resposta às solicitações.
  • Avaliação das prioridades de acordo com as necessidades.
  • Análise do volume e da distribuição do trabalho e dos recursos necessários.
  • Avaliação da satisfação da população – tempo de atendimento e qualidade do serviço.

No passado, com o crescimento das cidades brasileiras houve uma diminuição gradativa de espaços arbóreos.

Hoje há uma preocupação com a falta desses espaços em grandes centros urbanos e em pequenas cidades, já que as mesmas têm grande importância no bem-estar da população que vive em meio a tanta poluição cotidiana.

 

Arborização urbana no Brasil

Atualmente, estima-se que o Brasil possua um índice de população urbana superior ao registrado no mundo e na América Latina.

O índice de população urbana mundial é de 67%, enquanto na América Latina representa cerca de 80%. Já no Brasil este índice chega a 83% (SECRETARIAT OF THE CONVENTION ON BIOLOGICAL DIVERSITY, 2012; ANGEOLETTO et al. 2016; CRETELLA; BUENGER, 2016).

Tendo em vista os altos índices de expansão urbana presenciados no Brasil nas últimas décadas. É prioritário criar alternativas que propiciem que este crescimento ocorra de forma mais sustentável. Representando um menor prejuízo à qualidade ambiental e consequentemente à qualidade de vida urbana.

Portanto, os serviços ecossistêmicos da arborização urbana podem ser utilizados como forma de compensação da perda de qualidade ambiental ocorrida no processo de produção do espaço.

 

A implantação de arborização urbana

Incrementar a arborização urbana no Brasil ainda pode ser considerado um desafio a ser superado. Visto que a implantação de arborização de vias públicas só começou a popularizar-se a partir da segunda metade do século XIX (VIGNOLA JUNIOR, 2015).

Tendo em vista, que a arborização urbana é uma prática relativamente nova no Brasil. Sua implantação geralmente ocorre de forma empírica, fora de um contexto técnico-científico na maior parte das cidades brasileiras (SILVA, 2013).

A falta de iniciativas voltadas a orientar o incremento da arborização urbana, planejada de acordo com os serviços ecossistêmicos desejados, adaptada às especificidades locais e necessidades atuais, faz com que a arborização urbana ainda seja vista como um elemento meramente estético na paisagem urbana.

Entretanto, para se chegar a estes objetivos é necessária uma maior compreensão sobre as realidades locais para a elaboração de propostas adaptadas à estas realidades.

A partir do último Censo Demográfico, o IBGE passou a pesquisar algumas características do entorno das residências, dentre elas a arborização urbana.

Estes dados são de suma importância para auxiliar na compreensão da realidade atual da arborização urbana em cada região do país. E a partir desta compreensão refletir sobre as oportunidades relativas à melhoria da qualidade ambiental urbana.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Entender arborização urbana não só como plantar árvores mas também defender, cuidar e pensar as árvores e as florestas no meio urbano. Desta forma é preciso promover políticas de parques e jardins com função social e urbanística, não meramente decorativa.

Temos de ter uma hierarquia de necessidades urbanísticas e de gestão transversal com prioridades como: arborizar as cidades; criar, melhorar e dar uso para parques urbanos; promover esportes, convívio, lazer nos mesmos; profissionalizar e tecnificar as diretorias e equipes da área – com pensamento estratégico, empreendedor e transversal.

Escrito por Michelly Moraes.

Paisagismo e Arborização Urbana

Inventário florestal: tudo sobre essa atividade!

Inventário florestal: tudo sobre essa atividade!

O inventário florestal consiste no uso de fundamentos da teoria de amostragem para a determinação ou estimativa das características quantitativas ou qualitativas da floresta.

Desde já é uma das atividades mais importantes. Afinal é por meio dele que se avalia o estoque de madeira existente. Dando suporte para tomada de decisões estratégicas e de planejamento das atividades de exploração e do manejo propriamente dito.

Tais como: espécies a explorar, intensidades e ciclos de corte, tratamentos silviculturas a serem conduzidos, necessidade de plantios de enriquecimento.

 

Inventário florestal

 

Portanto, para obtenção de resultados, o inventário florestal conta com as inovações tecnológicas. Absorvendo rapidamente estas novidades. Além de tornar os trabalhos de inventários mais rápidos e precisos.

Representam uma boa economia de recursos financeiros. Tanto para as indústrias como para os profissionais autônomos.

 

 

O que é inventário florestal?

Inventário florestal é a aplicação de técnicas de medição para se obter informações das espécies existentes numa determinada área. Com ele se obtém informações a respeito da cobertura vegetal e exprime características qualitativas e quantitativas de espécies distribuídas em florestas.

Um inventário florestal completo pode fornecer várias informações, dentre elas:

  • Estimativa de área;
  • Descrição da topografia;
  • Mapeamento da propriedade;
  • Descrição de acessos;
  • Facilidade de transporte da madeira;
  • Estimativa da quantidade e qualidade de diferentes recursos florestais;
  • Estimativa de crescimento (se o inventário for realizado mais de uma vez).

Os inventários florestais podem ser classificados em diversos tipos de acordo com seus objetivos, abrangência, forma de obtenção dos dados, abordagem da população no tempo e grau de detalhamento dos seus resultados. De acordo com a descrição a seguir:

 

 

Objetivos do inventário florestal

Inventário de cunho tático: são inventários realizados para atender a demanda de uma empresa florestal. Tais como conhecimento da dinâmica da floresta, elaboração de plano de manejo e exploração florestal.

Inventário de cunho estratégico: são utilizados para instruir o poder público na formulação de políticas de conservação. Desenvolvimento e uso dos recursos florestais.

 

Quanto à abrangência no inventário florestal

Inventário florestal nacional: são inventários extensivos que cobre um país inteiro. Visa fornecer as bases para a definição de políticas florestais e para a elaboração de planos de desenvolvimento e uso das florestas.

Inventário florestal regional: realizado em grandes áreas. Tem como objetivo embasar planos estratégicos de desenvolvimento regional. Adoção de medidas para preservar espécies e também estudos de viabilidade para empresas florestais

E o inventário florestal de área restrita: no geral, têm a finalidade de determinar o potencial florestal para utilização imediata ou embasar a elaboração de planos de manejo. Fundamentais para uma extração legal.

 

Quanto a obtenção de dados no inventário florestal

Amostragem: constituem a grande maioria dos inventários florestais. Através deste inventário, observam-se apenas uma parte da população e obtém-se uma estimativa dos seus parâmetros. A qual traz consigo um erro de amostragem.

Geralmente é utilizado em grandes populações. Especialmente quando os resultados devem ser obtidos no menor espaço de tempo. Pelo menor custo e com a precisão desejada.

Tabela de produção: constitui a base do manejo florestal. Pois expressa o comportamento de uma espécie ao longo do tempo. Em um determinado sítio, submetida a um regime de manejo definido, desde a implantação até o final da rotação.

Neste método são apresentadas as estimativas dos parâmetros dendrométricos das árvores e dos povoamentos de uma espécie. Por sítio e idade, para um determinado sistema de manejo.

Dessa maneira, pode-se avaliar uma floresta a partir da identificação do sítio, espécie e idade, obtendo-se as informações necessárias diretamente na tabela de produção.

 

As principais doenças bióticas da eucaliptocultura no Brasil

 

Trabalhos realizados em campo: após o planejamento no qual são definidos os objetivos. Os parâmetros mais importantes do Inventário Florestal e o tipo de amostragem a ser realizado. Parte-se para a execução que compreende a interpretação de imagens e os trabalhos de campo.

Nos trabalhos de campo, as equipes devem ser convenientemente preparadas para a realização de tarefas como a localização das unidades de amostras. E a obtenção das variáveis de interesse.

 

As mais frequentes variáveis obtidas em campo são:

Altura: a altura considerada é a comercial, que vai da base da árvore até a primeira bifurcação significativa. Esta informação pode ser obtida por meio de qualquer instrumento baseado em relações trigonométricas, como Haga, Blume-Leis e outros.

Diâmetro: o diâmetro é tomado a 1,30 m do solo. Podendo ser obtido por meio de um aparelho chamado suta ou por uma fita diamétrica.

Distância: pode ser empregada a metodologia do Vizinho Mais Próximo (VMP). Que consiste em considerar as distâncias das árvores a pontos pré-determinados e aplicar os processos de mensuração e identificação àquelas que estão mais próximos deles.

Deve-se considerar as árvores mais próximas por classes de diâmetro. Que permitirá melhores inferências sobre a estrutura vertical da floresta.

É necessário medir a distância que vai do centro às árvores mais próximas. Tal distância pode ser medida com trena, sendo importante para o cálculo que cada árvore ocupa dentro do espaço amostral.

Sanidade aparente: diz respeito ao aspecto externo da árvore em que se avalia a qualidade do fuste o qual poderá apresentar características indesejáveis como ataque de insetos, apodrecimentos, ocos ou deformações.

 

Resultados detalhados 

Inventário exploratório: este tipo de inventário é aplicado em geral em grandes áreas em nível de estado ou país.

Inventários florestais de reconhecimento: fornecem informações generalizadas que permitem identificar e delimitar áreas de grande potencial madeireiro. Detectar áreas que sejam passíveis de uso indireto (recreação, lazer), indicar áreas com vocação florestal, dentre outros.

E os inventários florestais de semi detalhe: Este tipo de levantamento é realizado com base nos resultados do inventário florestal de reconhecimento. Sendo suas principais características:

  • fornece estimativas mais precisas relacionadas aos parâmetros da população florestal;
  • ter escala compatível com o nível de informações que se quer obter;
  • permitir a definição de áreas para exploração florestal através de talhões de tamanhos variáveis normalmente entre 10 e 100 ha.

 

Inventário florestal nacional

O Brasil ocupa aproximadamente 8,5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais cerca de 55% são cobertos por florestas.

Essas florestas têm importância ambiental e socioeconômica para o país. Assim como para o planeta, pela sua contribuição global na oferta de serviços ambientais. Tais como a conservação da biodiversidade e o sequestro de carbono.

Em nível nacional, o uso e a conservação dos recursos florestais são de importância estratégica para o país

Nesta forma o Inventário Florestal Nacional – IFN é uma ação coordenada pelo Serviço Florestal Brasileiro, que visa à produção de informações estratégicas sobre os recursos florestais do país.

Trata-se de um levantamento de dados em campo, em nível nacional. Que trará um conjunto de informações que contribuirão na formulação de políticas públicas e projetos de uso, conservação e recuperação dos recursos florestais.

O IFN está sendo implementado progressivamente em partes do território nacional.

 

Inventário florestal

 

O objetivo principal do IFN

O objetivo principal do IFN é produzir informações sobre as florestas naturais e plantadas, a cada cinco anos. Para subsidiar a formulação de políticas públicas, visando ao uso, à recuperação e à conservação dos recursos florestais.

Os trabalhos de implementação do Inventário Florestal Nacional visam ao cumprimento do Código Florestal, Artigo 71 da Lei Nº 12.651 de maio de 2012. Que preconiza que “A União, em conjunto com os Estados, Distrito Federal e os Municípios, realizará o Inventário Florestal Nacional. Para subsidiar a análise da existência e qualidade das florestas do País, em imóveis privados e terras públicas”.

O IFN produzirá informações sobre aspectos como a estrutura e composição das florestas, estoques de madeira, biomassa e carbono, saúde e vitalidade. Assim como sobre os padrões de mudança desses aspectos ao longo do tempo, pela comparação das estimativas obtidas de medições sucessivas.

Essas estimativas servirão para apoiar a formulação de políticas nacionais e regionais, com base em dados atualizados e confiáveis. Para ajudar a identificar estratégias e oportunidades para o uso sustentável dos recursos florestais e para manter a sociedade informada sobre a situação das florestas do país.

 

Principais tipos de inventários florestais

Existem vários tipos de inventário florestal, sendo eles classificados como;

Inventário florestal convencional: o tipo mais comum de inventário, é realizado apenas para obtenção do volume total de madeira (estoque);

Inventário florestal continuo: é realizado anualmente em plantios comerciais com objetivo de analisar as mudanças ocorridas na floresta durante certo período de tempo. Permitindo determinar a idade técnica de colheita e gerar dados de modelagem de crescimento e da produção florestal.

Este procedimento faz uso exclusivo de parcelas permanentes, ou seja, ano a ano as mesmas árvores são mensuradas em cada realização do inventário, captando com precisão as mudanças ocorridas na floresta.

Inventário florestal qualitativo: é realizado para avaliar a qualidade dos plantios efetuados pela empresa responsável pela implantação das florestas. Neste caso a amostragem é feita em linha com idade próxima aos 3 meses, obtendo-se o índice de sobrevivência das mudas.

A altura também pode ser um indicador da qualidade do plantio, sendo está avaliada entre 9 a 12 meses. Plantios mais homogêneos apresentam menor variabilidade entre as alturas. 

Inventário de sobrevivência: realizado logo após o plantio para identificar a taxa de sobrevivência das mudas e determinar se existe a necessidade da realização de um replantio ou outros tratos silviculturas.

Inventário pré-corte: é realizado antes da colheita florestal, com alta intensidade amostral objetivando determinar o estoque de madeira com maior precisão.

No caso de empresas é realizado nos talhões definidos pelo plano de corte, porém pode ser realizado em toda a floresta, principalmente para produtores rurais que pretendem comercializar a madeira com base nas informações obtidas através deste inventário.

Inventário para planos de manejo sustentável: extremamente necessário para a elaboração de um Plano de Manejo de florestas inequiâneas, possui alto grau de detalhamento.

 

Inovações tecnológicas no inventário florestal

Nos últimos anos diversas novidades tecnológicas vêm sendo apresentadas permitindo que os inventários florestais sejam realizados de forma mais ágil e eficiente.

Alguns exemplos dessas tecnologias são o uso de tabletes na coleta de dados em campo, aplicativos para coleta de dados, sensores, sistema de monitoramento online e inteligência artificial.

Especialistas afirmam que mesmo investindo em equipamentos e tecnologias. Os custos da medição do inventário acabam ficando entre 20% e 50% mais baratos que o método convencional devido a agilidade que se consegue alcançar no inventário florestal.

 

Tablets na coleta de dados em campo

Diversas empresas florestais utilizam tablets ao invés da tradicional prancheta. Atualmente existem no mercado tablets robustos como o Tab Active 2 da Samsung. Que possuem maior durabilidade em campo, baterias com mais capacidade e resistência à quedas, exposição ao sol, chuva, lama e poeira.

 

Aplicativos para coleta de dados

Os aplicativos de coleta ajudam a prevenir erros pois são otimizados para interpretar os dados que são inseridos pelos operadores, visto que são considerados os valores das medições anteriores para que não seja possível a inserção acidental de medidas absurdas.

Desta forma, o sistema “aprende” baseado nas informações da população qual o range de dados esperado, evitando ainda no campo, que dados errados sejam coletados.

 

Sensores

Boa parte da tendência tecnológica consiste na utilização de sensores de diversos tipos, colocados no campo e conectados com a internet. Também usa-se drones e até dados de satélites para obter informações da floresta.

Essas tecnologias funcionam de maneira autônoma, ou podem ser controladas remotamente. E ainda possuem taxas de atualização da informação muito maiores. Com dados semanais, diários e, em certos casos, diversas vezes no mesmo dia.

 

Sistemas de monitoramento online

Integram diversas ferramentas, como as citadas acima, numa plataforma para acompanhamento online. Esses sistemas podem combinar dados de maneira a criar uma visão geral do ativo florestal para que o gestor possa monitorar o andamento das equipes que estão em campo. O desenvolvimento das árvores, gerar relatórios técnicos, planejar intervenções, entre outras atividades, sem a necessidade de se locomover até a floresta.

 

Inteligência artificial

Redes neurais artificiais (RNAs) são sistemas massivos e paralelos, compostos por unidades de processamento simples que computam determinadas funções matemáticas (Braga et al., 1998).

Utilizando um conjunto de exemplos apresentado, as RNAs são capazes de generalizar o conhecimento assimilado para um conjunto de dados desconhecidos.

Elas têm, ainda, a capacidade de extrair características não explícitas de um conjunto de informações que lhes são fornecidas como exemplos.

Um projeto de redes neurais consiste em pré-processamento, processamento e, por fim, um pós-processamento dos dados.

Os problemas tratáveis por meio de redes neurais podem ser divididos em três tipos principais:

  • Aproximação de função
  • Classificador de padrões
  • Agrupamento de dados

Um exemplo de aplicação dessas inovações é a empresa Eldorado Brasil, uma indústria que tem adotado modernas práticas de mercado ao utilizar a inteligência artificial no inventário florestal. A companhia iniciou testes com a tecnologia de Redes Neurais Artificiais (RNA) no inventário florestal, permitindo estimativas quantitativas e qualitativas das árvores de eucalipto, de maneira mais eficiente e precisa.

Desenvolvido pela Eldorado a partir de um convênio com alunos de doutorado e pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa, a empresa está utilizando RNA para três aplicações principais: redução de tempo na medição da altura de árvores, da forma das árvores e no número de parcelas de inventário por área de plantio.

Com isso diminuíram o custo na coleta de informações e melhoraram a assertividade das estimativas geradas.

Observando as ferramentas citadas acima como um todo, tem-se um cenário em que um sistema online para monitoramento do ativo florestal, que permite gerar ordens de serviço, e conta ainda com o uso de tabletes robustecidos, beneficia tanto a um gestor quanto um operário em campo, que tem acesso a uma ferramenta digital para agilizar seu trabalho.

 

Como elaborar um projeto de inventário florestal

O inventário florestal nacional tem abrangência sobre todo o território brasileiro, para reportar informações sobre os recursos florestais. O projeto está estruturado em cinco componentes. Sendo eles:

  • Profissional;
  • Tabela de produção
  • Coleta no campo;
  • Processamento de dados;
  • Interpretação de dados e escrita;

 

Profissional

É importante ter um profissional habilitado para tal. Uma vez que o inventário florestal não é simples como pode parecer no primeiro momento.

Os profissionais requisitados são os engenheiros florestais. Mas há casos específicos em que engenheiros agrônomos e biólogos também podem fazê-lo, onde se especializam na área através de uma pós-graduação.

 

Análise da área

É importante o objetivo do seu inventário estar bem claro.  E um inventário florestal com o objetivo de corte raso na área?

Vou fazer um plano de manejo ou alguma outra atividade extrativista sustentável?

Qual a fitofisionomia da área (cerrado, floresta amazônica, etc)?

Tem bons acessos à área-alvo?

O que a legislação me solicita?

Uma boa análise da área perpassa pela coleta de dados secundários (disponíveis em outros meios) e dados primários (coletados).

Portanto, recomenda-se que o profissional contratado tenha conhecimentos em SIG/Geoprocessamento. Para maior assertividade do planejamento.

Lembrando que o mapeamento permitirá as estimativas envolvendo diferentes tipologias florestais e suas respectivas áreas. Sendo de extrema importância para o monitoramento da cobertura florestal.

 

Tabela de produção

Constitui a base do manejo florestal, pois expressa o comportamento de uma espécie ao longo do tempo. Em um determinado sítio, submetida a um regime de manejo definido, desde a implantação até o final da rotação.

Neste método são apresentadas as estimativas dos parâmetros dendrométricos das árvores e dos povoamentos de uma espécie, por sítio e idade, para um determinado sistema de manejo.

Dessa maneira, pode-se avaliar uma floresta a partir da identificação do sítio, espécie e idade, obtendo-se as informações necessárias diretamente na tabela de produção.

 

Amostragem

Após o planejamento no qual são definidos os objetivos, os parâmetros mais importantes do Inventário Florestal e o tipo de amostragem a ser realizado. Parte-se para a execução que compreende a interpretação de imagens e os trabalhos de campo.

Essa fase, serão necessários os equipamentos de campo (fita métrica, suta, hipsômetro, prancheta, GPS, máquina fotográfica, etc), vestimenta adequada ao clima/localidade e veículo para deslocamento.

Nos trabalhos de campo, as equipes devem ser convenientemente preparadas para a realização de tarefas como a localização das unidades de amostras, e a obtenção das variáveis de interesse. As mais frequentes variáveis obtidas em campo são:

Altura: a altura considerada vai da base da árvore até a primeira bifurcação significativa. Esta informação pode ser obtida por meio de qualquer instrumento baseado em relações trigonométricas. Como Haga, Blume-Leis, dentre outros.

Diâmetro: o diâmetro é tomado a 1,30 m do solo, podendo ser obtido por meio de um aparelho chamado Suta ou por fita diamétrica.

Distância: pode ser empregada a metodologia do Vizinho Mais Próximo (VMP). Que consiste em considerar as distâncias das árvores a pontos pré-determinados e aplicar os processos de mensuração e identificação àquelas que estão mais próximos deles.

Deve-se considerar as árvores mais próximas por classes de diâmetro. Que permitirá melhores inferências sobre a estrutura vertical da floresta. É necessário medira distância que vai do centro às árvores mais próximas, sendo que essa distância pode ser medida com trena.

 

Plataforma Agropos

 

Processamento dos dados

É importante saber qual a ferramenta você utilizará para processar estes dados. Sendo algumas das opções disponíveis sendo elas;

Editores de planilhas sendo o mais comum o Microsoft Excel, os editores de planilhas são importantes por facilitarem a digitação dos dados coletados em campo e inserção das fórmulas estatísticas;

Software Mata Nativa é o software que realiza todos cálculos de inventário florestal e análise fitossociológica, com aplicação efetiva em todos os biomas brasileiros.

Além do software ele possui uma versão para dispositivos móveis. Que agiliza a coleta de dados em campo e elimina o processo de digitação das fichas de campo. Diminuindo o tempo de elaboração do projeto e consequentemente reduzindo o custo do inventário florestal.

O software permite, dentre muitas análises, realizar diagnósticos qualitativos e quantitativos de formações vegetacionais, análises fitossociológicas completas, elaborar inventários e planos de manejo, monitorar a floresta através de inventários contínuos acompanhando o crescimento e desenvolvimento das espécies e analisando as características de valoração e exploração florestal.

Treesoftware empresa com soluções que englobam a área de inventário florestal. A empresa também possui solução mobile, facilitando a vida de quem atua no campo.

 

Interpretação dos dados e escrita no inventário florestal

A coleta de dados no inventário florestal é um processo minucioso que quando realizado através de anotações em fichas de campo. Requer tempo, tanto para anotações quanto para digitalização dos dados obtidos.

A interpretação dos dados é um profissional habilitado ter sido contratado é o diferencial. Pois neste momento será feita toda a interpretação dos dados colhidos e processados. Seguido da escrita, na qual irá descrever detalhadamente o que os dados significam. E como eles devem ser aplicados para se alcançar o objetivo definido logo no início do projeto.

 

Conclusão

Dessa forma, entende- se que o processo de inventário florestal é realizado de maneira amostral. Ou seja, são delimitadas frações da floresta, também chamadas de parcelas amostrais. E a partir destas parcelas, é realizada a coleta das informações de todas as árvores que estiverem dentro da área delimitada.

As informações coletadas como o diâmetro a altura do peito (DAP) e a altura total das árvores servirão posteriormente de entrada em modelos matemáticos e estatísticos para obtenção de diversas variáveis de interesse florestal. Dentre elas o volume das árvores em m³, que depois serão extrapoladas para o ativo como um todo.

Portanto são de extrema importância., pois são eles que ditam quão saudável está o crescimento florestal, bem como a taxa de rentabilidade do ativo.

Logo, isto significa que quanto mais informações forem obtidas em campo. Maior será o conhecimento do gestor ou investidor acerca de seu ativo. Fazendo com que intervenções na florestas ocorram de maneira mais precisa, efetiva e assertiva.

Assim, como a maior parte das inferências sobre o ativo florestal. Acontecem em cima de informações coletadas em campo. Torna-se imprescindível realizar um bom treinamento das equipes de coleta, e ao mesmo tempo garantir que tais equipes estejam equipadas com as melhores tecnologias e instrumentos de medição.

Escrito por Michelly Moraes.