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Tecnologia no Agronegócio: 5 Ferramentas para Conhecer!

tecnologia no agronegócio

 

Não é novidade que a tecnologia no agronegócio está evoluindo e com isso, influenciando diversos setores econômicos.

As empresas que investem em recursos modernos e inovadores estão garantindo eficiência, sustentabilidade e praticidade.

Do mesmo modo é cada vez mais frequente o uso da tecnologia no agronegócio, uma vez que produtores e profissionais da área buscam frequentemente insumos e técnicas para ter uma produção mais eficiente, rentável e sustentável.

E, engana-se quem pensa que esta é uma realidade distante. Afinal, já é possível sentir os impactos de tal uso na produção e os reflexos na economia.

E você sabe como tem sido essa relação? Confira cinco tendências da aplicação da tecnologia no agronegócio a seguir:

 

Pós-graduação em Gestão e Economia do Agronegócio

 

Uso de sensores no Agronegócio

 

Os sensores estão sendo cada vez mais frequentes nas propriedades rurais.

Isso acontece, pois, a sua instalação permite observar diversos dados importantes sobre a plantação, o solo e outros elementos importantes, tais como o clima.

Além disso, potencializa e agiliza a coleta de dados e executam comandos de forma automática, desenvolvendo atividades em tempo real.

Assim, o emprego desses dispositivos na produção, reúnem informações relevantes para a tomada de decisão do profissional, melhorando a produtividade e consequentemente, aumentando os lucros.

Dentre os sensores mais utilizados estão os que medem a quantidade de chuva, de umidade no solo e ar, térmico, sensores de localização (GPS), dentre outros.

Em breve vou falar um pouco mais sobre os principais tipos de sensores utilizados atualmente!

 

Pós-graduação em Geoprocessamento e Gestão Ambiental

 

Drones no Agronegócio

 

Os drones podem desempenhar uma série de funções no campo e, por isso, seu uso é importante para a agricultura.

Esses dispositivos aéreos são capazes de captar imagens e acompanhar o desenvolvimento da lavoura.

Além disso permitem observar o surgimento de pragas, doenças ou outros problemas no campo.

Os drones são espécies de aeronaves equipados com câmeras especiais que permitem a identificação de áreas que estejam sofrendo com esse hídricos, pragas ou doenças.

Dessa forma, torna-se um equipamento essencial para grandes produtores observarem o comportamento da plantação e agir de forma rápida, caso seja necessário.

 

 

Softwares como Tecnologia no Agronegócio

 

Assim como uma empresa tradicional, uma fazenda ou uma propriedade rural também enfrenta os mesmos processos burocráticos na parte de gestão.

Por essa razão, softwares de gestão modernos e eficientes estão sendo disponibilizados a fim de auxiliar o produtor, principalmente em relação aos custos de produção e para facilitar as tarefas do dia a dia que estão envolvidas no gerenciamento do agronegócio.

Esses sistemas inteligentes podem ser armazenados em nuvem e realizar coletas de dados avançadas, fundamentais para a organização e tomada de decisões importantes na fazenda, evitando o desperdício de tempo e recursos financeiros.

 

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Biotecnologia no Agronegócio

 

No agronegócio, a aplicação de biotecnologias permite que profissionais encontre o cultivar ideal mais rapidamente a partir da incorporação de genes que vão resultar em características desejáveis na planta em determinadas condições.

Normalmente, o produtor acessa a biotecnologia por meio da semente geneticamente melhorada.

Essas sementes são mais eficientes, com elevada produtividade, tolerância a estresses e resistência a pragas e defensivos.

Mais do que isso, investir em sementes superiores significa reduzir custos com manejo, afinal são mais resistentes a pragas comuns a uma determinada região ou época do ano e garantem uma maior produtividade.

 

Biotecnologia

 

Agricultura de Precisão

 

A agricultura de precisão é um sistema de manejo integrado que reúne informações e tecnologias.

Para isso, leva em conta as variações de espaço e tempo, fatores essenciais para o rendimento da produção.

Isso significa que, leva em consideração a variabilidade de solo, ocorrência de pragas e de condições climáticas dentro de uma mesma propriedade.

Em relação às variações do tempo, a agricultura de precisão considera as diferenças da fazenda durante o período de chuva e na seca.

Com isso, a ideia desse tipo de agricultura é identificar a quantidade adequada de insumos que deve ser aplicada em cada área da propriedade, reduzindo o gasto e tornando o empreendimento mais sustentável.

Também permite a identificação antecipada do estado de maturação das plantas nas diferentes zonas do terreno agrícola e assim otimizar o processo de colheita.

 

A importância dos Sistemas de Informação Geográficas (SIG) no agronegócio.

 

Viu só como é cada vez mais comum a relação entre tecnologia e agronegócio? Se você ainda não utiliza essas tendências, fique ligado pois certamente chegará o dia que as colocará em prática.

Você se sente preparado para isso? Acompanhando os textos do blog você irá saber mais sobre esses e outros assuntos ligados ao agronegócio.

Fique de olho aqui nos posts do blog!

Manejo Integrado de Pragas poderia economizar R$4 bilhões na produção nacional de soja

Manejo Integrado de Pragas poderia economizar R$4 bilhões na produção nacional de soja

Foto: Ivana da Silva

Estudo realizado no sul de Mato Grosso do Sul demonstrou que controlar percevejos e lagartas da soja seguindo as orientações do Manejo Integrado de Pragas (MIP) aumenta a margem de lucro do produtor ao promover uma economia de pouco mais de R$ 125,00 por hectare. A pesquisa estimou ainda que se a prática fosse adotada em todas as lavouras de soja do Brasil – uma área de aproximadamente 33.228.400 hectares – poderia gerar um benefício econômico da ordem de R$ 4 bilhões, devido à economia com inseticidas e gastos com a aplicação dos produtos.

O entomologista Crébio José Ávila, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste (MS), explica que apesar da eficiência do MIP-Soja na redução do uso de inseticidas nas lavouras, especialmente na última década, tem-se observado um retrocesso nos programas de manejo de pragas da soja. “Em alguns casos, houve um abandono dessa estratégia, que exige muita presença e atenção do produtor nos diversos estádios das lavouras, o que fez com que houvesse um aumento excessivo de aplicações de inseticidas nas plantações, com consequências indesejáveis do ponto de vista econômico, ecológico e ambiental”, explica.

Segundo o cientista, o uso do MIP pode contribuir indiretamente com melhorias na qualidade de vida da população, pois o emprego de estratégias limpas de manejo como o controle biológico natural no agroecossistema reduz a exposição ambiental aos químicos, uma vez que menos produtos são pulverizados anualmente. O pesquisador afirma que a prática contribui para a sustentabilidade social, econômica e ambiental.

Economia de mais de R$ 300 mi só no MS

A pesquisa realizou o monitoramento e o manejo integrado dos insetos-praga e de seus inimigos naturais nas lavouras do estudo, ao longo de duas safras consecutivas: em 2014/2015, no município de Caarapó; e na safra 2015/2016, em Dourados, ambos em Mato Grosso do Sul.

Em Caarapó, o trabalho foi conduzido em uma área de aproximadamente 70 hectares, enquanto em Dourados a área foi de 25 hectares. Duas áreas comparativas também serviram como referência para a pesquisa, ambas manejadas segundo as orientações do produtor, sem nenhuma interferência da equipe do MIP.

A pesquisa contou com apoio financeiro da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sendo o MIP conduzido pela bolsista do Programa de Desenvolvimento Científico Nacional (DCR), Viviane Santos, atualmente professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (IFMS/Campus Dourados).

Santos explica que a análise do custo das aplicações de inseticidas para o controle de lagartas e de percevejos, nos dois ambientes de controle de pragas, comprovou que na área do MIP conduzida em Dourados na safra 2015/2016, houve uma economia de R$ 125,58 por hectare. “Na área estudada, se o produtor tivesse seguido as orientações do MIP em todos os 360 hectares de soja de sua propriedade, ele teria uma economia total de cerca de R$ 45 mil. Extrapolando-se esse valor de redução de custo para todo o estado de Mato Grosso do Sul, que na safra 2015/2016 teve uma área cultivada com soja de 2.430.000 hectares, o benefício econômico seria de mais de R$ 300 milhões”, estima Viviane Santos.

Menos risco ambiental

O uso do MIP extrapola os resultados econômicos e contribui para o controle biológico natural no agroecossistema, bem como reduz o risco de contaminação ambiental, uma vez que menos produtos são pulverizados no ambiente. Porém, o sucesso desse tipo de manejo exige dedicação, acompanhamento e presença do agricultor na lavoura. Sua adoção deve ter início antes mesmo da instalação da cultura, por meio da realização de monitoramento do grupo de pragas presentes na área a ser manejada para o plantio.

“A adoção e o manejo devem ser realizados conforme as recomendações técnicas da Comissão de Pesquisa de Soja da Região Central do Brasil visando garantir um controle efetivo de pragas em todos os estádios da cultura”, recomenda Ávila. “O ponto central do MIP consiste em monitorar a base da população de pragas amostradas e que se encontram presentes nos estádios da lavoura, observando-se os níveis de ação preconizados pela pesquisa. Por isso, a realização de pulverizações programadas de inseticidas com base em calendários deve ser evitada”, salienta o pesquisador.

Ávila explica ainda que entre as tecnologias sugeridas pelo MIP, destacam-se a observação de pontos simples, tais como: os níveis de ação estabelecidos pela pesquisa, especialmente em relação a lagartas e os percevejos; os métodos efetivos de amostragens e de monitoramento das pragas e de inimigos naturais; o controle biológico natural e aplicado na cultura; e a disponibilidade de produtos químicos e biológicos seletivos para serem aplicados quando for realmente necessário. Ele acrescenta ainda que o MIP-Soja também preconiza o cultivo das plantas transgênicas Bt que expressam proteínas que afetam insetos desfolhadores, como lagartas da soja e a falsa-medideira.

Controle biológico

“Nesse estudo observamos a presença de diversos inimigos naturais, como as aranhas, especialmente na área em que se conduziu o MIP. Elas são muito importantes para as lavouras de soja, pois são predadoras naturais que se alimentam de insetos-praga”, explica Santos.

Além disso, na área do MIP, em comparação com a área do produtor, observou-se também maior incidência do fungo Nomureae rileyi durante o início do mês de fevereiro. “Esse, também inimigo natural, é um fungo que ataca as lagartas da soja e a falsa-medideira, causando uma doença nesses insetos desfolhadores. Sua presença nas lavouras é muito importante, pois ajuda a combater pragas”, acrescenta Ávila.

Experiência e dedicação

O produtor rural de Dourados Maicon André Zorzo é o proprietário da área em que a pesquisa com o MIP foi conduzida na safra 2015/2016. Filho de agricultor e criado na lida do campo, ele conta que desde criança já ouvia falar sobre MIP e, por isso, acredita que esse tipo de manejo é uma estratégia que possibilita a redução do custo de produção, contribui com a sustentabilidade e permite o uso de insumos de forma racional.

“O produto químico tem um custo elevado e todas as vezes que for possível evitar seu uso será ótimo. Dessa forma, preservamos o meio ambiente e temos um nível menor de interferência. Esses produtos, se forem tecnicamente bem posicionados e utilizados somente quando houver de fato uma necessidade, não geram transtornos à natureza”, acrescenta.

“Nós, produtores, percebemos que temos alguns paradigmas que ainda precisam ser quebrados. No meu caso, eu continuei fazendo o manejo do meu jeito, e observei que, especialmente em relação às lagartas, eu poderia ter economizado muito com insumos. A frequência e a maneira como se faz o monitoramento semanal das lavouras permite que as aplicações sejam feitas somente quando for necessário, não de forma preventiva ou por uma questão de conveniência operacional”, destaca Zorzo.

Ele destaca que participar do trabalho de pesquisa foi uma experiência muito útil, que enriqueceu seus conhecimentos e possibilitou a adoção correta do MIP em suas propriedades. “No final da história, foram menos aplicações, menos custo e a produtividade foi idêntica. Creio que o com o MIP é possível fazer o controle de pragas de forma segura e sem prejuízos. Porém, o método exige dedicação e monitoramento”, relata.

Saiba mais sobre esse assunto. Clique aqui e confira a publicação completa sobre os resultados desse estudo com gráficos e outras informações.

O que é MIP

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma prática agrícola que envolve o ambiente e a população da praga. O pesquisador da Embrapa Crébio José Ávila explica que o MIP utiliza diversas técnicas apropriadas ao manejo das lavouras com a finalidade de manter a população da praga em níveis abaixo daqueles que poderiam provocar danos econômicos. “O ponto central do MIP não é eliminar completamente os insetos-praga das lavouras, e sim realizar monitoramentos utilizando metodologia e frequência adequadas, com o objetivo de controlar os insetos-praga corretamente e no momento certo, evitando o desperdício ou excesso no uso de inseticidas nas lavouras”, esclarece Ávila.

As pesquisas com MIP-Soja tiveram início no Brasil nos anos 1970, por meio de parceria envolvendo diferentes instituições de pesquisa, como a Embrapa, e de extensão rural. Na época, estudos estabeleceram os níveis de dano para as principais pragas desfolhadoras e sugadoras na cultura da soja e recomendaram o uso de inseticidas apenas quando fosse necessário, ou seja, quando as populações das pragas estivessem iguais ou acima do nível de controle. Esses estudos foram aprimorados ao longo dos anos 1980, quando foi desenvolvido o controle biológico da lagarta da soja com o uso do Baculovirus anticarsia. Nos anos 1990, uma nova tática de manejo foi também incluída no MIP: o controle biológico dos percevejos fitófagos por meio do uso de parasitoides de ovos. Todas essas estratégias reduziram em mais de 50% o uso de inseticidas nas lavouras, sem quebra no rendimento de grãos da cultura.

Por Embrapa.

Bagaço da cana-de-açúcar: um potencial na geração de energia elétrica do país

Bagaço da cana-de-açúcar: um potencial na geração de energia elétrica do país

Nesta segunda-feira (05), o Brasil Rural entrevista o pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Marcos Djun Barbosa Watanabe. Ele falou do projeto SUCRE (Sugarcane Renewable Electricity) sobre a bioeletricidade gerada a partir da palha e do bagaço de cana-de-açucar.

O Projeto SUCRE, desenvolvido pelo CTBE – Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol –  tem como objetivo principal aumentar a produção de eletricidade com baixa emissão de gases de efeito estufa na indústria de cana-de-açúcar, por meio da palha gerada durante a colheita da cultura.

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“O benefício ambiental dessa fonte (biomassa) é ainda maior. O que acontece é que dentro das avaliações que a gente faz no projeto, a gente compara muito a eletricidade gerada a partir da biomassa de cana com fontes que são um pouco mais poluentes, que são fontes fósseis, por exemplo, a eletricidade que é produzida a partir do gás natural. Quando a gente compara a eletricidade de biomassa com a do gás natural, os estudos que a gente tem feito mostram que a redução na emissão de gases de efeito estufa pode ser até 8 vezes menor”, esclarece Marcos Djun.

Biomassa de cana de açúcar

O pesquisador explica que a geração de energia começa após a cana passar pelo processo de esmagamento e que a sobra vai para fornalha gerando energia elétrica. Esse processo vem desde a década de 70. Ele acrescenta ainda que cálculos do projeto indicam um potencial de geração de energia elétrica na casa do 100 TWh, cinco vezes do que já é produzido, do que é exportado pra rede eletríca e que poderiam suprir 80% de todo consumo de energía do país.

 

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Ouça a entrevista no player abaixo:

O Brasil Rural vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 5h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional do Rio de Janeiro; sábado, às 5h, pela Rádio Nacional do Alto Solimões e, às 7h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional da Amazônia.

Por EBC – Brasil Rural

Análises de riscos de pragas quarentenárias

Análises de riscos de pragas quarentenárias

As transformações no modo de de produção agrícola estão exigindo mais competitividade, o que implica em redução dos custos e aumento da qualidade e da quantidade dos produtos oferecidos. Em vista disso, o comércio internacional de produtos agrícolas aumentou significativamente, o que representou um novo cenário para economia e para a agricultura.

Entretanto, produtos que entram no país podem conter as chamadas pragas quarentenárias, que, por não serem nativas no Brasil, demandam cuidados extras. Por essa razão, o MAPA (Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento) em parceria com a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) pôs em prática as Normas Internacionais de Medidas Fitossanitárias cujo o objetivo é permitir o comércio internacional de forma segura e exercendo o controle de pragas.

Uma das formas de prevenir a ação das pragas quarentenárias é realizar a Análise de Risco de Pragas. Saiba como funciona ao longo da matéria!

O que são pragas quarentenárias?

Uma praga quarentenária é um organismo (inseto, bactéria, fungo, vírus, nematoide ou planta invasora) que, mesmo estando em controle permanente em outros países ou regiões, exerce ameaça a economia e ao controle de patógeno no país ou região exposta. Isso acontece pois as pragas quarentenárias são exóticas ao local,ou seja, não há forma de controle em uso para combatê-la, constituindo um risco para a economia.

Essas pragas são transportadas com o auxílio humano, meios de transporte, trânsito de animais, frutos ou sementes infectadas.
As pragas quarentenárias podem apresentar duas categorias:

A1: pragas exóticas que não estão presentes no país importador;
A2: apresentam importância econômica potencial pois está presente no país, mas possui disseminação localizada e está submetida a um programa de controle .

Para que o surgimento dessas pragas quarentenárias passem por um controle eficiente, o MAPA atualiza de acordo com a demanda uma lista com os todos os organismos no Diário Oficial da União para que as medidas cabíveis sejam tomadas. O principal objetivo é evitar a proliferação e afetar a produção agrícola do Brasil.

Isso é importante para evitar que esses agentes entrem no país, caso sejam do tipo A1 ou sejam controladas, no caso do tipo A2. Nesse sentido, a lista do Mapa é dividida em duas partes: a primeira delas é a relação das pragas exóticas e que não estão presentes e a segunda é sobre as que têm ocorrência no país, mas sob controle. Com isso, é possível estabelecer estratégias em relação às mercadorias que entram no país pelas fronteiras, portos e aeroportos., erradicando e monitorando as plantas e produtos.

O que é Análise de Risco de Pragas?

A Análise de Risco de Pragas (ARP) pode ser compreendida como um processo que avalia do ponto de vista biológico ou outra evidência com caráter científico e econômico para determinar se um organismo pode ser considerado praga, e em caso positivo, se ela deve ser regulamentada, qual a sua intensidade e quais as ações fitossanitárias devem ser tomadas visando seu controle.

Nesse sentido, a Análise de Riscos de Pragas Quarentenárias, incluindo análise de riscos ambientais e também de organismos vivos modificados fornece direcionamento para determinar se o patógeno é uma praga quarentenária e o estabelecimento de formas de manejo. De uma forma geral, a ARP é feita para identificar o tipo de praga, suas vias de ingresso, os riscos que oferece, áreas ameaçadas e opções para o manejo do risco.

Quais são as fases da ARP para pragas quarentenárias?

Para a realização da Análise de Risco de Pragas, são estabelecidas 3 fases fundamentais. Saiba quais são essas etapas a seguir!

Fase 1 ou Início

Uma ARP é requerida quando há uma situação propensa como por exemplo, uma via de ingresso que necessita de medidas fitossanitárias, quando há o reconhecimento de uma nova praga, revisão de medidas de controle ou mesmo para verificar se um novo organismo é uma praga. Também pode ocorrer em virtude da solicitação da importação de um novo produto ou de uma nova área de origem.

Nessa fase 1, além da identificação das pragas associada ao produto, é preciso definir qual a área será feita a ARP, verificar se uma análise semelhante já foi feita e qual a sua validade. A conclusão desse primeiro momento se dá com a identificação da praga, via de ingresso e área afetada e o apontamento de quais medidas de controle podem ser tomadas.

Fase 2

Na fase 2 é feita a avaliação de riscos das pragas. Essa etapa consiste em fazer a categorização, avaliação da probabilidade de introdução e disseminação e também a avaliação das consequências biológicas e econômicas potenciais, incluindo os impactos ambientais.

Esse processo vai identificar quais as pragas identificadas na etapa anterior se encaixam na definição de praga quarentenária. Para isso, são considerados os seguintes aspectos: identidade, forma de disseminação, presença na área da ARP, status regulatório, sua bioecologia, potencial de estabelecimento. Em caso de verificação de praga quarentenária, a ARP deve prosseguir.

Fase 3

Essa é a fase de conclusão. Nessa etapa, as informações obtidas vão servir de base para a realização do manejo de risco de pragas, além de determinar quais medidas são necessárias e em qual a intensidade devem ser aplicadas.

É importante lembrar que o risco de entrada de pragas durante a importação nunca é nulo. Por essa razão, as medidas de controle devem atingir o grau de segurança necessário para evitar prejuízos.

Todas as fases da análise de risco de pragas quarentenárias são importantes para prevenção de doenças e também para a manutenção da qualidade da produção agrícola brasileira, garantindo lucro e reduzindo o impacto ambiental.

 

Matéria escrita por Janaína Campos,
Jornalista e Mestra em Extensão Rural
pela UFV

TRF-1 derruba liminar que suspendeu uso do herbicida glisofato no país

TRF-1 derruba liminar que suspendeu uso do herbicida glisofato no país

O desembargador federal Kássio Marques, vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), com sede em Brasília, derrubou a liminar que suspendia o uso do herbicida glisofato no país.

A suspensão havia sido determinada no início de agosto pela juíza federal substituta da 7ª Vara do Distrito Federal, Luciana Raquel Tolentino de Moura. A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu no TRF-1.

O glifosato é um herbicida utilizado em importantes lavouras brasileiras, especialmente na soja, principal produto de exportação do país. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, se manifestou publicamente nos últimos dias contra a proibição do herbicida.

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Na decisão, o desembargador Kássio Marques disse que a suspensão do glisofato seria prejudicial para a economia do país. Ele acrescentou que o produto já foi aprovado pelos órgãos competentes, que atestaram não haver no glisofato riscos à saúde.

“Nada justifica a suspensão dos registros dos produtos que contenham como ingredientes ativos abamectina, glifosato e tiram de maneira tão abrupta, sem a análise dos graves impactos que tal medida trará à economia do país e à população em geral”, afirmou o desembargador.

“Os produtos que contém os princípios ativos ora questionados, para obterem o registro e serem comercializados, já foram aprovados por todos os órgãos públicos competentes para tanto, com base em estudos que comprovaram não oferecerem eles riscos para a saúde humana e para o meio ambiente, estando em uso há vários anos”, concluiu Marques.

A AGU destacou que, se a decisão não fosse cassada, o Brasil seria o primeiro país a restringir totalmente o uso de glifosato, o que levaria muito provavelmente a maior parte dos produtores a deixar de utilizar a modalidade de plantio direto e voltar a preparar, em alguma medida, o solo, com evidentes perdas para o meio ambiente (erosão, diminuição do teor de matéria orgânica do solo, aumento do consumo de combustível etc.).

Por G1.