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O Brasil é um gigante mundial na produção de grãos, figurando entre os líderes mundiais há certo tempo. No entanto, dentre as muitas doenças e pragas presentes em lavouras, muitas são causadas por fungos e costumam afetar as lavouras, causando perdas incalculáveis. Como medida de controle, a aplicação de um bom fungicida é essencial.

 

Saiba mais sobre o controle com fungicida nativo!

 

Você sabia que há cerca de 19 mil fungos com potencial de causar doenças em plantas, que, anualmente, representa a perda de terço da produção agrícola? Estas perdas ocorrem em todo tipo de lavoura, inclusive as cinco principais culturas (soja, batata, arroz, milho e trigo).

Para evitar que o problema se agrave, há a necessidade de monitoramento constante e detecção de surtos epidêmicos causados por fungos em lavouras. Afinal, quando são identificados precocemente, a adoção de medidas sanitárias adequadas será feita precocemente, impedindo perdas elevadas.

Para entender mais sobre este defensivo específico para combater fungos, convidamos você a conferir o que é um fungicida Nativo, além de dicas de como utilizar adequadamente estes produtos.

 

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O que é fungicida?

Os fungicidas são os defensivos agrícolas que combatem a presença dos fungos na lavoura. Existem vários tipos de fungos e, geralmente, sua presença é diagnosticada quando as folhas, caules ou frutos apresentam manchas amareladas, brancas, marrons ou pretas.

Os fungos são prejudiciais às plantações porque afetam o desenvolvimento da produção e a qualidade do produto final.

Porém, como ocorre com os insetos, alguns tipos de fungos também podem ser benéficos à lavoura, protegendo a plantação contra doenças.

Os fungicidas também têm mecanismos de ação diferentes entre si. Alguns são chamados de protetores ou não sistêmicos, pois combatem apenas os fungos e não são capazes de penetrar nas plantas, o que seria danoso a elas.

 Já os sistêmicos são absorvidos pelas plantas, mas apenas o suficiente para controlar os fungos e não prejudicá-las.

 

Por que os fungicidas são importantes? Quais são seus usos?

Diversas doenças comuns nas culturas são causadas por fungos. A ocorrência dessas enfermidades pode levar os produtores a um prejuízo econômico enorme eles não só podem perder uma parte considerável da lavoura (ou em casos extremos, todo o cultivo). Como também ter o rendimento e qualidade da produção remanescente afetada.

A Sociedade Americana de Fitopatologia (APS, na sigla em inglês) define as principais razões para o uso de fungicidas:

  • Controle de doenças durante o estabelecimento e desenvolvimento de uma cultura;
  • Aumentar a produtividade da lavoura, pois as culturas de interesse alimentar podem produzir menos com folhas doentes (os fungos atrapalham a fotossíntese do vegetal);
  • Reduzir os danos estéticos, que podem afetar a parte comestível do vegetal ou, no caso de plantas ornamentais, reduzir sua atratividade e consequentemente, o valor e as vendas da produção;
  • Aumentar o período de armazenagem da produção, de forma a reduzir a chance de doenças ocorrem no pós-colheita.

 

Quanto sua classificação

Podemos dividir os fungicidas nessa classificação em três tipos: protetores, curativos e erradicantes.

Apesar de não ser tão comum, outra classificação possível nesse critério é a dos fungicidas como antiesporulantes, que também vamos falar mais abaixo.

 

Fungicidas protetores (fungicidas preventivos)

Os fungicidas protetores, também conhecidos como preventivos, são aqueles que conseguem evitar a penetração do fungo na planta.

Ao serem aplicados, os produtos que se encaixam nesta categoria conseguem formar uma barreira protetora antes que o fungo se instale ou se desenvolva no vegetal. Por esse motivo, costumam ser muito utilizados para proteger folhagens e sementes.

À medida que o vegetal cresce, novas partes da planta ficam desprotegidas. Como resultado, geralmente esses fungicidas precisam de mais aplicações.

 

Fungicidas curativos

 Os fungicidas curativos são os produtos que possuem capacidade de penetrar na planta e impedir o fungo de atingir os tecidos do vegetal.

Normalmente, esses defensivos costumam funcionar melhor no período entre 24 e 72 horas após a infecção do fungo na planta ou seja. Logo no início ou depois da identificação dos primeiros sintomas, quando estes ainda não estão visíveis.

 

Fungicidas erradicantes

 Os fungicidas erradicantes são aqueles que conseguem impedir o desenvolvimento da doença causada pelo fungo.

Geralmente, recomenda-se aplicação desses produtos após a planta desenvolver os sintomas da doença. Também é possível utilizá-los de outras formas, como no tratamento de sementes, do solo ou no de inverno, momento em que as plantas de clima temperado entram em repouso vegetativo.

 

Fungicidas antiesporulantes

Os fungicidas antiesporulantes são os produtos que impedem a produção de esporos.  Produtos nesta classificação não inibem o desenvolvimento da doença, mas com a capacidade antiesporulante, evitam que esses esporos sejam lançados e infectem plantas ao redor.

 

Mobilidade

Nesta classificação, quando falamos em mobilidade, nos referimos à capacidade dos fungicidas de serem absorvidos e se moverem pelos tecidos da planta.

Assim, temos duas categorias: os fungicidas sistêmicos e os fungicidas de contato. Abaixo vamos abordar sobre o Fungicida nativo, é um fungicida mesostêmico e sistêmico.

 

Fungicida nativo

Nativo é um fungicida com forte ação preventiva e residual indicado para as culturas de algodão, arroz, milho, cana, café, batata, trigo, citrus, tomate, dentre outras.

 

Época e intervalo de aplicação

Realizar a primeira aplicação preventivamente, após a indução floral, ou quando as codições climáticas forem propícias à ocorrência da doença reaplicando em intervalos de 7 dias.

 Utilizar a maior dose em condições mais favoráveis a doença e/ou áreas com histórico da doença ou que ocorreu plantio de culturas suscetíveis a Fusarium nos anos anteriores. Efetuar no máximo 4 aplicações por ciclo da cultura.

Realizar a primeira aplicação preventivamente desde a fase vegetativa ou quando as condições meteorológicas forem propícias à ocorrência da doença, reaplicar se necessário em intervalos de 7 dias. Efetuar no máximo 3 aplicações por ciclo da cultura.

Se forem necessárias mais de três aplicações, utilizar fungicidas de mecanismo de ação diferente do Nativo. O volume de calda varia de acordo com o estádio e a massa foliar da lavoura.

 

Checklist agrícola

 

Controle de doenças com fungicida nativo

 

Antracnose

Para o controle da Antracnose, a fase de floração e frutificação que correspondem às fases mais sensíveis da planta.

Além de pulverizações com fungicidas nos pomares, é recomendada a adoção de práticas culturais para reduzir o nível de inóculo e as condições favoráveis à doença. Iniciar a aplicação preventivamente quando iniciarem as condições meteorológicas favoráveis (temperatura e umidade elevadas).

Caso necessário, reaplicar uma ou duas vezes com intervalos de 15 dias. Se forem necessárias mais de três aplicações, adotar a alternância com fungicidas de mecanismo de ação diferente do Nativo.

 

Mancha-parda

A primeira aplicação deve ser feita, de forma preventiva, durante o estádio de emborrachamento da cultura, com 1 a 5% de panículas emitidas.

A segunda aplicação, também preventiva, deve ser realizada 15 dias após a primeira. Utilizar a maior dose quando ocorrer condições meteorológicas favoráveis para maior pressão das doenças.

 

Mancha-castanha

Para o controle da Mancha-castanha e/ou Mancha-preta, iniciar as aplicações preventivamente durante a fase de crescimento da cultura ou logo após o aparecimento dos primeiros sintomas da doença.

Se necessário, repetir a aplicação a cada 15 dias, de acordo com as condições ambientais. Ferrugem – iniciar as aplicações preventivamente durante a fase de crescimento da cultura ou logo após o aparecimento dos primeiros sintomas das doenças.

Se necessário, repetir a aplicação a cada 15 dias, de acordo com as condições ambientais.

 

Ferrugem-alaranjada

Iniciar as aplicações foliares de forma preventiva ou quando as condições meteorológicas estiverem favoráveis ao aparecimento da doença na área ou região.

Reaplicar com intervalos de 21 dias, no máximo 28, efetuando entre 2 e 4 aplicações por ciclo, preferencialmente concentradas no período de máximo desenvolvimento vegetativo da planta.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Com vimos neste artigo os fungicida agrícola que protegem a produção agrícola contra doenças e pragas que afetam diversas culturas.

Sua ação é importante para garantir a produtividade e a qualidade dos produtos e promover bons resultados na hora da colheita.

O ideal é consultar um profissional da área sempre que algum tipo de praga ou doença aparecer na sua plantação. Assim, você tem mais segurança na identificação do problema e mais assertividade ao adquirir uma solução para cada necessidade.

E se restou alguma dúvida sobre o assunto ou se você deseja compartilhar a sua experiência com a gente, deixe um comentário no espaço abaixo. 

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