Veja o ciclo do café e produção brasileira atual!

Veja o ciclo do café e produção brasileira atual!

Ao longo dos tempos, o café tem desempenhado um importante papel na produção agrícola brasileira.  Entendendo essa importância e como é o ciclo do café. Preparamos esse artigo para abordar tudo sobre esse assunto.

Acompanhe!

 

Veja o ciclo do café e produção brasileira atual!

 

No mundo inteiro, dentro e fora do Brasil, o café é uma bebida extremamente popular. Consumido nos mais variados grãos, acessível aos mais diferentes preços e degustado nas mais diversas formas (com leite, com água, gelado, adoçado, amargo, etc.), esse produto foi o carro chefe da nossa economia por muito tempo.

Entenda o que foi o ciclo do café, como aconteceu. Acompanhe a leitura abaixo e veja a importância e todo o ciclo do café.

 

 

Exportação do café

Você sabe de que forma o café é exportado? A principal forma de exportação é o café em grãos. Em 2019, a exportação do café chegou então a 40,6 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído, segundo relatório consolidado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

O dado representa um recorde histórico das exportações do produto, assim como aumento de 13,9% em relação ao volume total exportado em 2018. A receita com as exportações de café em 2019 alcançou US$ 5,1 bilhões, enquanto o preço médio da saca foi de US$ 125,49.

 

Checklist agrícola

 

O começo da história do café no Brasil

Antes de chegar por aqui, o café tinha sua produção e comercialização controlada pelos árabes, que dominavam o mercado. Aos poucos, a planta foi trazida para a América do Sul por colonizadores europeus, e chegou ao território brasileiro atravessando a fronteira ao norte com a Guiana.

O responsável por trazer e plantar as primeiras mudas foi Francisco Melo Palheta, que era sargento-mor do exército brasileiro.

As expedições militares em busca do café foram determinadas pelo império, que logo percebeu o grande valor comercial que ele detinha. Assim, as primeiras plantações se estabeleceram no estado do Pará, no ano de 1727.

Com o clima e as condições favoráveis ao desenvolvimento da cultura, não demorou para que ela se espalhasse por outras regiões do país.

Por razões estratégicas, as plantações ganharam força no Rio de Janeiro, que contava com portos para facilitar o comércio dos grãos. A partir daí, a região sudeste passou a se destacar por ser o local onde o café melhor se adaptou, sobretudo no sul de Minas Gerais e no Vale do Paraíba, ao leste do território paulista.

Posteriormente, as lavouras avançaram para dentro do estado de São Paulo, ganhando relevância também nas regiões de Campinas e na divisa com o Paraná. Nesse período, a produção era controlada por barões e proprietários de terra, que exploravam mão de obra escrava nas atividades ligadas ao cultivo.

 

A evolução da produção

Conforme a produção aumentava e a demanda externa se intensificava, o café emergia como um dos pilares de economia e do agronegócio brasileiro. Assim, em 1825, teve início o chamado Ciclo do Café, um período que ficou marcado pelo protagonismo da cultura cafeeira por aqui.

Um fator que contribuiu com esse momento foi o período de guerra civil vivido pelo Haiti, país que liderava as exportações do produto no continente. O conflito abriu uma brecha para que o café brasileiro ampliasse sua participação nas negociações internacionais, motivando um aumento expressivo na produção.

A vocação comercial do café trouxe grandes lucros ao Brasil nesse período, o que ajudou a financiar o desenvolvimento da infraestrutura nacional. O negócio em torno do seu cultivo foi responsável pelo surgimento de diversas cidades, especialmente no interior paulista, norte paranaense e sul de Minas.

Para impulsionar esse mercado, o governo desenvolvia políticas públicas que visavam a manutenção da estrutura necessária à produção. Ferrovias foram instaladas para interligar as cidades com maiores produções até o porto de Santos, principal rota de saída da mercadoria.

 

Dados da produção brasileira de café ciclo 2023 e 2024

De acordo com os dados divulgados pela consultoria, os preços do café, no fim de novembro, foram afetados por fatores macroeconômicos. Entre eles, as medidas contra a Covid-19 na China.

Embora o país chinês não seja uma das principais regiões consumidoras de café, as restrições à mobilidade chinesa podem ter um efeito cascata na economia global.

Também há outros fatores fundamentalistas importantes a considerar que impactaram no mercado cafeeiro como os números da safra brasileira ciclo 2023 e 2024.

 

Produção do café arábica

As estimativas de arábica, com um intervalo entre 44,4M e 46,4M scs e um ponto médio em 45,4M.

Os números mostram uma recuperação em relação a 22/23, porém, a safra não é tão grande quanto se esperava inicialmente.

Enquanto muitas áreas estão produzindo novamente após poda, e a ocorrência de duas safras menores gerou menos stress produtivo, a recuperação do clima não foi suficiente para desencadear uma safra recorde.

 

Produção do café conilon

Para o conilon, a produção deve cair no Espírito Santo. A exemplo do que aconteceu com o arábica em 22/23, nem sempre uma florada excelente significa produtividade excelente.

As flores do café secaram em diversas regiões, em vez de continuar o desenvolvimento em chumbinhos.

 

 

Superávit

 Considerando o ponto médio tanto para o arábica quanto para o conilon, e os demais países seguindo sua tendência de produção de 20 anos, esperamos atualmente um pequeno superávit em 23/24, em 3,74M scs. O superávit também eleva ligeiramente a relação estoque/uso total em 23/24, após dois anos de resultados fracos.

Apesar da recuperação da produção, a medida não deve aumentar como no passado devido aos baixos estoques nas origens. Enquanto os destinos continuam relativamente bem abastecidos, as origens viram um esgotamento dos estoques, impactando a métrica global.

O pico aconteceu logo após a safra recorde brasileira em 20/21, sem recuperação após problemas climáticos nas principais origens. Para o restante do ciclo 22/23, esperamos que os estoques continuem em tendência de queda, refletindo o déficit de 2,17M scs.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O café é, historicamente, uma produção bastante importante no Brasil. Essa cultura marcou momentos fundamentais no país, como a chegada de imigrantes e a República do Café com Leite.

Atualmente o país é um dos principais produtores e exportadores do grão no mundo todo, o que abriu espaço para o surgimento dos cafés especiais, produtos que têm ganhado um importante espaço no mercado e que são cada vez mais apreciados por consumidores do mundo todo.

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Escrito por Michelly Moraes.

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