Conheça as principais micotoxinas!

Conheça as principais micotoxinas!

Micotoxinas são metabólitos secundários tóxicos sintetizados por fungos filamentosos que comumente contaminam alimentos como trigo, milho e outras culturas.  Quer saber tudo sobre esse assunto?

Acompanhe!

 

Conheça as principais micotoxinas!

 

Muitos fungos são comestíveis e utilizados na alimentação humana, como é o caso dos cogumelos (champignon e shitake).

Além disso, podem ser utilizados na fabricação de alimentos, como o queijo e o pão, e de bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja.

 Porém alguns fungos podem ser nocivos para a saúde, eles produzem toxinas perigosas, as chamadas micotoxinas. Continue a leitura!

 

O que são micotoxinas

As micotoxinas são metabólitos tóxicos secundários que os fungos filamentosos produzem. Assim, o crescimento e proliferação dos fungos ocorrem em grãos quando em condições ideais de temperatura, umidade e presença de oxigênio.

Desse modo, a identificação do fungo é de suma importância para o fornecimento de uma orientação para testar possíveis micotoxinas. Entretanto, destaca-se que a presença do fungo nem sempre confirma a presença ou identificação de uma micotoxina.

Essas toxinas são bastante perigosas. Isso por conta do seu poder de se conservar bem nos ambientes ideais. Isso porque a maioria das micotoxinas pode permanecer estável, por anos em alimentos para animais, e muitas sobrevivem a ensilagem e processamento de alimentos.

Ainda, elas podem ser concentradas várias vezes em subprodutos de cereais. E geralmente se concentram três vezes em destiladores ou coprodutos de glúten de milho.

 

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Efeitos das micotoxinas

As micotoxinas podem causar uma variedade de efeitos adversos à saúde e representam riscos à saúde humana e animal. Os efeitos adversos das micotoxinas à saúde variam de intoxicação aguda a efeitos de longo prazo, como deficiência imunológica e câncer.

A aflatoxina B1 é um conhecido carcinógeno e demonstrou ter vários efeitos nocivos. A ocratoxina A foi menos estudada, mas acredita-se que seja um carcinógeno fraco e pode ser prejudicial ao cérebro e aos rins

Em baixas doses, as micotoxinas são neutralizadas pelo fígado e não se acumulam no corpo enquanto a exposição permanece baixa. Já em grandes doses de aflatoxinas podem causar intoxicação aguda (aflatoxicose) e podem ser fatais, geralmente por danos ao fígado. Também há evidências de que elas podem causar câncer de fígado em humanos.

 

Principais micotoxinas

As principais micotoxinas de ocorrência em grãos e subprodutos utilizados na nutrição animal no Brasil são: aflatoxinas, fumonisinas, zearalenona, tricotecenos e ocratoxina.

A Outras micotoxinas, mesmo que ocorram em menor frequência, provocam importantes perdas econômicas quando contaminam os alimentos.

 

Aflatoxinas

As aflatoxinas são produzidas por fungos do gênero Aspergillus e relatadas como hepatotóxicas, mutagênicas, imunossupressoras e neoplásicas.

A depender da quantidade ingerida, frequência de ingestão e idade do indivíduo, podem relacionar-se à cirrose, necrose do fígado, encefalopatia e aumento da susceptibilidade à hepatite B.

 Dentre as aflatoxinas destacam-se as denominadas B1, G1, B2 e G2, especialmente a B1, que tem elevada hepatotoxicidade. A biotransformação das aflatoxinas ocorre principalmente no fígado e diferentes enzimas podem atuar na detoxificação.

 

Fumonisinas

As fumonisinas formam um grupo de micotoxinas produzidas pelo metabolismo secundário de fungos toxígenos dos gêneros Fusarium e Alternaria, sendo as linhagens de F. moniliforme as maiores produtoras. Aproximadamente duas dezenas de fumonisinas são conhecidas, mas somente as fumonisinas B1, B2 e B3 apresentam ocorrência e importância toxicológica reconhecidas.

Ocorrem em diversos cereais, sobretudo no milho, atingindo concentrações que geralmente induzem intoxicações subclínicas em diversas espécies.

A diminuição do ganho de peso geralmente é decorrente de afecções entéricas e hepáticas. Os equinos têm a maior sensibilidade à FB1, apresentando sinais clínicos de afecção nervosa e lesões de leucoencefalomalácia. Os suínos também apresentam alta sensibilidade às fumonisinas.

Os sinais clínicos característicos da fumonisina-toxicose aguda em suínos são evidenciados pela dificuldade respiratória e cianose resultantes de edema pulmonar. As intoxicações crônicas são mais frequentes, havendo diminuição da produtividade do rebanho. Além de produzir lesões características nessas espécies, as afecções hepáticas estão presentes em todos os surtos da fumonisina-toxicose.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Zearalenona

A zearalenona é um metabólito fúngico estrogênico não esteroide. É produzida por várias espécies de fungos do gênero Fusarium, incluindo F. culmorum, F. graminearum e F. crookwellense.

Essas espécies colonizam cereais e tendem a se tornar particularmente importantes durante estações de alta umidade, acompanhadas de temperaturas amenas. É uma micotoxina contaminante natural de diversos cereais, como trigo, cevada, arroz e particularmente o milho, em vários países.

A toxina pode produzir efeitos estrogênicos quando os cereais ou subprodutos contaminados são ingeridos pelos animais. Os suínos possuem a maior sensibilidade entre os animais domésticos, podendo apresentar sinais clínicos de intoxicação a partir de 0,1 mg da toxina/kg de alimento consumido.

 

Ocratoxina

A ocratoxina A é uma micotoxina produzida por algumas espécies de fungos filamentosos pertencentes aos gêneros Aspergillus e Penicillium e é, entre todas as ocratoxinas, a mais tóxica e por isso a mais relevante. Apresenta propriedades carcinogênicas, nefrotóxicas, teratogênicas, imunotóxicas e neurotóxicas. A ocratoxina

A está associada à nefropatia em humanos, podendo haver uma relação entre a exposição a essa toxina e a Nefropatia Endêmica dos Balcãs, uma doença progressiva caracterizada por redução da função renal e frequentemente fatal.

 

Tricotecenos

Tricotecenos são produzidos por fungos dos gêneros Fusarium, Cefalosporium, Myrothecium, Stachybotrys e Trichoderma. Estão divididos em grupo A (toxina T-2, toxina HT-2 e diacetoxyscirpenol) e grupo B (deoxinivalenol – DON ou vomitoxina, 3-acetil-deoxinivalenol, 15-acetil-deoxinivalenol, fusarenon-X e nivalenol). São contaminantes naturais de grãos, sendo produzidos em condições de alta umidade.

DON ocorre com maior frequência, havendo associação a outras micotoxinas de Fusarium (ex. fumonisinas e zearalenona). Monogástricos, como os suínos, são muito sensíveis à ação dos tricotecenos.

 

Como minimizar o risco de exposição às micotoxinas

Para evitar a contaminação por fungos, é importante observar que os que produzem micotoxinas podem crescer em uma variedade de culturas e alimentos diferentes, penetrando profundamente os alimentos e não apenas a casca.

Os fungos não crescem em alimentos devidamente secos e armazenados, portanto, a secagem eficiente e armazenamento adequado são medidas eficazes contra a produção de micotoxinas.

Além disso, para evitar a exposição à alimentos contaminados por micotoxinas, procure inspecionar grãos inteiros (especialmente milho, sorgo, trigo, arroz), figos secos e oleaginosas, como amendoim, pistache, amêndoa, nozes, coco, castanha-do-pará e avelãs, que normalmente são contaminados com aflatoxinas. Descarte qualquer um que parecer mofado, descolorido ou enrugado.

Também é preciso evitar danos aos grãos antes e durante a secagem e no armazenamento, pois os danificados são mais propensos à contaminação por fungos. Outras medidas eficazes incluem:

  • Adquirir grãos e nozes o mais frescos possível;
  • Certificar-se de que os alimentos são armazenados adequadamente mantidos livres de insetos, secos e não muito quentes;
  • Não guardar os alimentos por longos períodos de tempo antes de serem consumidos;
  • Garantir uma dieta diversificada – isso não só ajuda a reduzir a exposição às micotoxinas, mas também melhora a nutrição.
  • Preste atenção na alimentação animal – a comida seca com grãos pode produzir a toxina.

 

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Conclusão

Em resumo, a presença de micotoxinas nos alimentos é danosa tanto a saúde animal quanto à saúde humana.

Por isso, medidas preventivas devem ser tomadas em todo o estágio de plantio, colheita, transporte, estocagem e processamento do produto finalpara garantir a seguridade dos alimentos que serão consumidos.

Agora que você conhece melhor sobre as micotoxinas bem como seus possíveis efeito, esse conhecimento pode te ajudar a encontrar soluções para os problemas.  Nos conte, gostou do conteúdo?

Escrito por Michelly Moraes.

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