Você já parou para pensar o que é Manejo Florestal Sustentável e quais os benefícios para o meio ambiental, econômico e social? Neste artigo você encontrará as repostas corretas.
Venha comigo!
O manejo florestal sustentável é um conjunto de técnicas usadas para capturar recursos naturais sem danificar o meio ambiente, garantindo a continuação e renovação destes recursos permitindo o seu uso constante. Contribui para a manutenção e utilização de maneira adequada da cobertura florestal e favorece o desenvolvimento de técnicas de análises quantitativas nas decisões sobre composição, estrutura e localização de uma floresta.
De maneira que esta forneça benefícios ambientais, econômicos e sociais, na quantidade e na qualidade necessária, mantendo a diversidade e garantindo a sustentabilidade da floresta.
Além do mais, o manejo pode conciliar a colheita dos produtos florestais com a conservação da biodiversidade da floresta, garantindo, assim, uma fonte de recursos de igual tamanho para as próximas gerações.
O que define o manejo florestal?
O manejo florestal pode ser definido com um conjunto de técnicas usadas para capturar recursos naturais sem danificar o meio ambiente, garantindo a continuação e renovação destes recursos permitindo o seu uso constante.
Quais são os benefícios do manejo florestal?
As vantagens de se utilizar as técnicas de manejo florestal são;
- Continuidade da produção: A adoção do manejo garante a produção de madeira na área indefinidamente e requer a metade do tempo necessário na colheita não-manejada.
- Rentabilidade: Os benefícios econômicos do manejo superam os custos. Estes benefícios decorrem do aumento da produtividade do trabalho e da redução dos desperdícios de madeira.
- Segurança de trabalho: As técnicas de manejo diminuem drasticamente os riscos de acidentes de trabalho.
- Respeito à lei: O manejo florestal é obrigatório por lei. As empresas que não fazem manejo estão sujeitas a diversas penas. Embora a ação fiscalizadora tenha sido pouca efetiva até o momento, é certo que essa situação vai mudar. Recentemente, têm aumentado as pressões da sociedade para que as leis ambientais e florestais sejam cumpridas.
- Conservação florestal: O manejo da floresta garante a cobertura florestal da área, retém a maior parte da diversidade vegetal original e pode ter pequeno impacto sobre a fauna, se comparado à colheita não-manejada.
- Oportunidades de mercado: As empresas que usam as técnicas de manejo florestal são também beneficiadas, pois, sustentabilidade gera bons créditos como o selo verde, por exemplo, boa reputação no mercado e na sociedade.
Plano de manejo florestal sustentável
Um plano de manejo sustentável visa maximizar a produção florestal e minimizar os danos no remanescente responsável pela sustentação produtiva, estrutural, funcional e genética da floresta explorada.
Identificar, qualificar e quantificar a intensidade com que estes danos ocorrem, nos estratos florestais e nas diversas etapas de colheita florestal, é de suma importância para garantir a sustentabilidade da floresta, podendo inviabilizar tanto técnica como economicamente um plano de manejo florestal sustentável.
Abaixo 3 etapas:
- Na primeira, faz-se o zoneamento ou divisão da propriedade florestal em áreas exploráveis; áreas de preservação permanente e áreas inacessíveis à exploração.
- A segunda etapa consiste no planejamento das estradas secundárias que conectam a área de exploração às estradas primárias.
- Na terceira etapa, divide-se a área alocada para exploração em blocos ou talhões de exploração anual.
O plano de manejo define como a floresta será explorada, o que inclui o zoneamento da propriedade distinguindo as áreas de exploração, as zonas de preservação permanente e os trechos inacessíveis.
Em seguida, planeja-se a rota das estradas secundárias e divide-se a área total de manejo em talhões de exploração anual.
Por último, define-se a sequência de exploração do talhão ao longo do tempo. Esta medida visa reduzir os impactos da exploração madeireira sobre a fauna e aumentar a proteção da floresta contra o fogo.
Colheita florestal planejada
Executada com rigorosos critérios técnicos não só causa baixo impacto ambiental nos meios físico, biótico e antrópico, como também proporciona significativa redução nos custos totais da colheita de madeira; por conseguinte, contribui para a sustentabilidade MANEJO FLORESTA.
Entretanto, a colheita de madeira com base nas recomendações de um plano de manejo sustentável, por si só, não garante a sustentabilidade da floresta explorada. Torna-se importante também conhecer a composição florística, a estrutura da floresta e a intensidade com que os danos da colheita de madeira estão ocorrendo nos diversos estratos responsáveis pela sustentabilidade da floresta.
Sendo componentes essenciais quando se pretende adotar técnicas e métodos de corte e transporte e estabelecer planos de corte tecnicamente mais adequados, no sentido de conservar a biodiversidade da floresta e torná-la auto sustentável.
Certificação no manejo florestal
A certificação é um processo voluntário em que é realizada uma avaliação de um empreendimento por uma organização independente, a certificadora, em que são verificados os cumprimentos de questões ambientais, econômicas e sociais que fazem parte dos princípios e critérios definidos por cada certificadora.
As certificadoras desenvolvem um método para certificação baseado nos Princípios e Critérios do FSC, adaptando-os à realidade de cada região ou sistema de produção.
Desde 1996 a Sociedade Brasileira de Silvicultura – SBS em parceria com algumas associações do setor, instituições de ensino e pesquisa, organizações não-governamentais e com apoio de alguns órgãos do governo, vem trabalhando com um programa voluntário denominado Cerflor – Programa Brasileiro de Certificação Florestal, que surgiu em agosto de 2002, para atender uma demanda do setor produtivo florestal do país.
O processo de certificação florestal pode ser resumido em etapas sendo elas;
- Contato inicial: A operação florestal entra em contato com a certificadora;
- Avaliação: Consiste em uma análise geral do manejo, da documentação e da avaliação de campo. O seu objetivo é preparar a operação para receber a certificação. Nesta fase são realizadas as consultas públicas, quando os grupos de interesse podem se manifestar;
- Adequação: Após a avaliação, a operação florestal deve se adequar às não conformidades. (Quando houver);
- Certificação da operação: A operação florestal recebe a certificação. Nesta etapa, a certificadora elabora e disponibiliza um resumo público;
Monitoramento anual – Após a certificação é realizado pelo menos um monitoramento da operação ao ano.
Manejo florestal sustentável comunitário
Segundo o IMAZON, 2019 o Manejo Florestal Comunitário é um conjunto de procedimentos técnicos, administração e gerência para produzir madeira e produtos não-madeireiros com o mínimo de danos à floresta. Esses procedimentos incluem práticas como planejamento de estradas e ramais de arraste e técnicas de corte de árvores, no caso da exploração madeireira.
No Manejo Florestal Comunitário, as pessoas da comunidade assumem o compromisso de cuidar da floresta para sempre, a fim de garantir a conservação do meio ambiente, saúde, educação e renda para todos. Dizemos que esses benefícios são ecológicos, sociais, econômicos e legais.
Benefícios do Manejo Florestal Comunitário;
Ecológicos
- Conserva a floresta em pé;
- Preserva as funções e a diversidade da floresta (caça, água, plantas medicinais e frutíferas);
- Regula o clima.
Econômicos
- Garante uma fonte contínua de renda para a comunidade;
- Aumenta o valor dos produtos florestais;
- Promove o uso de todos os recursos da floresta (madeira, caça, plantas medicinais, frutíferas e óleos).
Sociais
- Gera empregos;
- Estimula a organização social para a produção (associações, cooperativas);
- Organiza a vida social e a cultura;
- Promove a capacitação e a formação profissional;
- Reduz os acidentes de trabalho;
- Promove o bem-estar (clima, água);
- Garante saúde para as pessoas por meio do uso de plantas medicinais e frutíferas.
Conclusão
Entende- se manejo sustentável visa maximizar a produção florestal e minimizar os danos no remanescente responsável pela sustentação produtiva, estrutural, funcional e genética da floresta explorada.
Identificar, qualificar e quantificar a intensidade com que estes danos ocorrem, nos estratos florestais e nas diversas etapas de colheita florestal, é de suma importância para garantir a sustentabilidade da floresta, podendo inviabilizar tanto técnica como economicamente um plano de manejo florestal sustentável.