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Fábrica de papel: conheça as 5 maiores do Brasil!

Fábrica de papel: conheça as 5 maiores do Brasil!

Nesse texto vamos te falar sobre a maior fábrica de papel do Brasil!

A cadeia produtiva de celulose e papel é de grande importância na economia brasileira, devido ao impacto significativo que a mesma exerce sobre inúmeras outras cadeias produtivas.

Esta cadeia se destaca por suas fábricas modernizadas, pela qualificação de profissionais, florestas altamente produtivas e a um trabalho que respeita os critérios de sustentabilidade.

Ela é composta, basicamente, pela produção e extração da madeira, fabricação da celulose e fabricação do papel.

 

Fábrica de papel: conheça as 5 maiores do Brasil!

 

O setor de papel e celulose no Brasil

O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de produtores de celulose. Só perde para os Estados Unidos. Dois fatores ajudam o país no setor: condições climáticas favoráveis e baixo custo da produção.

O Brasil possui 7,84 milhões de hectares plantados de eucalipto, pinus e outras espécies. A celulose de fibra curta vem das florestas de eucalipto.

Já a celulose de fibra longa vem das de pinus. No Brasil, 85% da produção de celulose é de fibra curta. A indústria brasileira de celulose e papel caracteriza-se por sua robustez e eficiência gerencial e tecnológica.

Ela é encarada como um setor organizado, forte e com alto viés competitivo em função de sua atuação exportadora para exigentes mercados globais, como América do Norte, Europa, Ásia e América Latina.

 

Tecnologia da Produção de Celulose e Papel

 

5 maiores empresas do setor de papel no Brasil

Veja abaixo as maiores empresas de papel e celulose do Brasil, vamos lá?

 

Klabin Monte Alegre

Fábrica da Klabin Monte Alegre, localizada na cidade de Telêmaco Borba, PR, foi inaugurada em 1946, é a maior produtora de papéis de fibra virgem para embalagens da América Latina e uma das dez maiores produtoras de papel cartão de fibra virgem do mundo.     

A quarta maior do mundo em produção de papel cartão para líquidos (LPB) e a única no Brasil a oferecer esse produto. Toda a gestão da empresa está orientada para o Desenvolvimento Sustentável, buscando crescimento integrado e responsável, que une rentabilidade, desenvolvimento social e compromisso ambiental.

Produz kraftliner e papel cartão para embalagens e comercializa toras de eucalipto e pinus. Capacidade de produção de mais de 1 milhão de toneladas de papéis por ano.

 

As principais doenças bióticas da eucaliptocultura no Brasil

 

Suzano

A Suzano é a primeira empresa no mundo a produzir celulose e papéis com 100% de fibra de eucalipto em escala industrial.

A Suzano, unidade em Suzano, fábrica adquirida em 1956 por Leon Feffer da Indústria de Papel Euclides Damiani. Nesta unidade foi instalada uma planta piloto para a produção de celulose de eucalipto.     

Hoje, o trabalho da Suzano Papel e Celulose é voltado para o desenvolvimento de aplicações, visando a escalabilidade da produção e a comercialização futura dos seguintes materiais:

  • Celulose microfibrilada: usados em papéis, tintas, cosméticos e tecidos.
  • Celulose solúvel e açúcares derivados: usados em tecidos e na indústria química em geral.
  • Biocompósitos: aplicação em diversas indústrias, como automotiva, de embalagens e bens de consumo.
  • Bio-óleo: óleo de aquecimento e biopetróleo.
  • Lignina: utilizada nos segmentos de resinas fenólicas, elastômeros e termoplásticos

A unidade localizada em Limeira, SP tem capacidade de produção de celulose de 400.000 ton./ano, e também produz papéis de imprimir e escrever, com capacidade de 390.000 ton./ano.

Já a unidade de Mucuri, BA, a fábrica tem capacidade de produção de 1.800.000 ton./ano de celulose e 250.000 ton./ano de papel de imprimir e escrever. Recentemente inaugurou uma máquina de produção de papel tissue, com capacidade de 60.000 ton./ano.

 

Westrock 3 Barras

Fábrica localizada na cidade de 3 Barras, SC. Fabrica papel kraft para embalagens. Capacidade de produção de 350.000 ton/ano de celulose e 500.000 ton/ano de papel.     

No Brasil a empresa conta com 2.200 funcionários e possuímos uma estrutura integrada com 54 mil hectares de florestas para produção de nossas fibras, uma unidade de produção de papel e 4 plantas de conversão de papelão ondulado.

 

International Paper, unidade Mogi Guaçu/SP

International Paper é uma fábrica de papel estadunidense do ramo de papel e celulose constituída em 1898 através da aquisição de diversas empresas do setor.

A sede global da empresa está em Memphis, no Tennessee mas está presente em diversos países do mundo. No Brasil, sua principal planta industrial está em Mogi Guaçu/SP, na região de Campinas.

A International Paper tem como princípios buscar a sustentabilidade, protegendo os:

  • Ecossistemas naturais e a biodiversidade;
  • Assegurar o manejo sustentável das florestas por ela plantadas;
  • Buscar a otimização do uso de recursos para promover uma melhoria contínua de seus processos;
  • Despertar o interesse das futuras gerações no que diz respeito à necessidade e à importância da conservação do meio ambiente.

 

Trombini Fraiburgo

Localizada na cidade catarinense de Fraiburgo, é uma fábrica de papel que produz papéis para sacos industriais e kraftliner. Tem capacidade de produção de celulose de 100.000 ton./ano e 180.000 ton./ano de papel.

Aos 21 anos de suas atividades, a Trombini tomou um passo ousado e definitivo para o rumo dos seus negócios. Em 1962, ingressou no segmento industrial, transformando chapas de papelão em caixas.

Essa decisão acompanhou o ritmo econômico do Brasil e a alta demanda no consumo de sacos multifoliados pacotes com mais de uma camada de papel e embalagens de papelão ondulado.

A transição de comercializadora para indústria foi motivada ainda pela vontade de atender às necessidades dos clientes em qualidade de serviço e produto

A Trombini adota como estratégia ambiental o monitoramento contínuo de suas atividades industriais, através de diagnósticos permanentes das áreas nas quais atua.

As responsabilidades social e ambiental integram as políticas de gestão da empresa e a ajudam a construir e a manter sua trajetória de êxitos.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Nos últimos anos o Brasil se consolidou como o segundo maior produtor mundial de celulose.

Novos e importantes projetos foram inaugurados, acrescentando uma quantia expressiva de celulose no mercado internacional.

Com tudo neste artigo podemos conhecer as principais fábricas de papel do Brasil. Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário

Escrito por Michelly Moraes.

Tecnologia da Produção de Celulose e Papel

Conheça as 8 maiores empresas de papel e celulose do Brasil!

Quer conhecer mais sobre esse nicho de mercado e quais são as empresas de papel e celulose que mais se destacam na produção?

O mercado de celulose e papel representa investimentos, geração de empregos, renda e avanço na arrecadação de tributos, que fazem do setor um dos pilares da indústria nacional.

Quer conhecer mais sobre esse nicho de mercado e quais são as empresas que mais se destacam na produção de papel e celulose?

Então, venha comigo!

 

Conheça as 8 maiores empresas de papel e celulose do Brasil!

 

Papel e celulose no Brasil

No Brasil, este segmento tem grande eficiência de mercado e sua alta competitividade é explicada. Principalmente, pelas condições edafoclimáticas favoráveis, investimento em florestas plantadas e em pesquisas ao longo desses anos.

Segundo dados da Ibá – , em 2019, o país manteve como segundo maior produtor de celulose. Atingindo 19,7 milhões de toneladas fabricadas, seguindo como referência mundial na produção.

 

 

A qualidade e origem ambientalmente correta do produto mantiveram o segmento nacional como um dos mais desejados do mundo.

De toda a produção, 75% foi destinada para exportação, totalizando 14,7 milhões de toneladas.

O mercado nacional foi responsável pelo consumo de 5,2 milhões de toneladas.

A produção de papel também mostrou evolução favorável ao crescer 12,1%, com o consumo aparente aumentando em 60%.

No cenário externo, apesar do crescimento de 8,2% das exportações entre 2009 e 2019, o Brasil possui baixa participação no mercado de papéis. Devido a fatores que vão desde custo e logística até um tímido consumo do mercado latino-americano, principal destino das exportações.

 

As maiores empresas de papel e celulose do Brasil

 

1. Suzano

Após a fusão da Suzano Papel e Celulose com a Fibria, movimento que cria a Suzano S/A, a torna como a maior produtora mundial de celulose.

Abaixo vamos destacar suas principais unidades distribuídas pelo Brasil.

A Suzano, unidade em Suzano, fábrica adquirida em 1956 por Leon Feffer da Indústria de Papel Euclides Damiani.

Nesta unidade foi instalada uma planta piloto para a produção de celulose de eucalipto. Atualmente tem capacidade de produção de 600.000 ton./ano de celulose e 560.000 ton./ano de papéis de imprimir e escrever, couché e cartão.

A unidade localizada em Limeira, SP tem capacidade de produção de celulose de 400.000 ton./ano, e também produz papéis de imprimir e escrever, com capacidade de 390.000 ton./ano.

Já a unidade de Mucuri, BA, a fábrica tem capacidade de produção de 1.800.000 ton./ano de celulose e 250.000 ton./ano de papel de imprimir e escrever.

Recentemente inaugurou uma máquina de produção de papel tissue, com capacidade de 60.000 ton./ano.

 

2. Bracell

A Bracell, do grupo Royal Golden Eagle (RGE), de Cingapura começou suas atividades aqui no Brasil em 2003, com a aquisição da BSC (Bahia Specialty Cellulose) e da Copener (Florestal) na Bahia.

Já em agosto de 2018, a atuação da empresa foi ampliada com a aquisição da Lwarcel Celulose em São Paulo.

Hoje possui suas principais operações industriais no Brasil, em Camaçari (BA) e Lençóis Paulista (SP) possuindo também áreas florestais no interior de ambos estados.

Além dessas unidades de produção, há escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Sendo considerada uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial no mundo.

 

Qualidade e Uso da Madeira

 

3. Eldorado

A Eldorado Brasil destaca-se por ter uma das maiores e mais modernas fábrica de celulose do mundo. Competitiva por seu novo modelo de negócios: da base florestal altamente produtiva à logística inovadora.

É uma empresa brasileira, com atuação global, que leva a celulose nacional de alta qualidade para todo o mundo.

 Seu complexo industrial e áreas de plantio estão localizados no Mato Grosso do Sul e está operando em ritmo de 1,7 milhão de toneladas de celulose por ano.

 

4. Klabin

Fábrica da Klabin Monte Alegre, localizada na cidade de Telêmaco Borba, PR, foi inaugurada em 1946, é a maior produtora de papéis de fibra virgem para embalagens da América Latina e uma das dez maiores produtoras de papel cartão de fibra virgem do mundo.

 A quarta maior do mundo em produção de papel cartão para líquidos (LPB) e a única no Brasil a oferecer esse produto.

Produz kraftliner e papel cartão para embalagens e comercializa toras de eucalipto e pinus. Capacidade de produção de mais de 1 milhão de toneladas de papéis por ano.

A unidade de Correia Pinto está localizada na cidade catarinense de mesmo nome. Foi inaugurada em junho de 1969.

É a maior fábrica de papel para sacos industriais (sackraft) da América Latina. Em 2012, recebeu uma nova máquina de papel, com capacidade de 80 mil ton./ano.

A unidade localizada na cidade de Otacílio Costa, SC, foi adquirida pela Klabin em outubro de 2000. É a maior fábrica de papel kraftliner da América do Sul e segunda maior unidade da Klabin.

Produz papéis para embalagens, com capacidade de 350 mil ton./ano.

 

5. Cenibra

A Cenibra foi fundada no dia 13 de setembro de 1973, localizada no leste de Minas Gerais, onde a Companhia Vale do Rio Doce – CVRD e da Japan Brazil Paper and Pulp Resources Development Co. Ltda. – JBP, apostaram na construção uma grande empresa de base florestal, a partir da transferência de tecnologia do Japão para o Brasil.

Em 2001, a Japan Brazil Paper and Pulp Resources Development Co. Ltda. – JBP adquiriu a participação da Cia. Vale do Rio Doce – CVRD, atual Vale, assumindo o controle acionário da CENIBRA.

Em 2019, a produção de celulose totalizou 1.222.888 toneladas. Valor acima da produção orçada, estabelecendo novo recorde de produção anual.

 

6. Westrock 3 Barras

Fábrica localizada na cidade de 3 Barras – SC, fabrica papel kraft para embalagens. Capacidade de produção de 350.000 ton./ano de celulose e 500.000 ton./ano de papel.

 

7. International Paper

Localizada em Mogi Guaçu, SP, foi inaugurada na década de 60, sendo a primeira fábrica de papel para imprimir e escrever adquirida pela IP no Brasil.

Tem capacidade de produção de celulose de 400 mil ton./ano e capacidade de produção de papel não revestido de 435 mil ton./ano.

Localizada na cidade de Luiz Antônio, SP, a unidade foi incorporada à IP em 2007. Possuindo capacidade de produção de celulose de 410 mil ton./ano e produção de papel não revestido de 360 mil ton./ano.

 

8. Trombini Fraiburgo

Localizada na cidade catarinense de Fraiburgo, produz papéis para sacos industriais e kraftliner. Tem capacidade de produção de celulose de 100.000 ton./ano e 180.000 ton./ano de papel.

 

Mercado das empresas de papel e celulose

Embora se fale muito sobre a substituição do papel por outras tecnologias, o setor tem apresentado crescimento ao longo dos anos.

A redução no consumo está relacionada, principalmente, ao papel para imprimir e escrever. A demanda de papel para embalagem e para fins sanitários tem apresentado um aumento que é proporcional ao crescimento da população.

Além disso, há uma tendência mundial na substituição do plástico por papel. Devido ao menor tempo de decomposição do papel.

Alinhadas a esta tendência, as áreas de P&D de empresas de papel e celulose têm buscado soluções no desenvolvimento de novos materiais. Aproveitamento de coprodutos e novos mercados para aplicação da celulose.

Existe, também, um constante investimento na melhoria dos processos, visando ganhos de produção e qualidade no produto final. A fim de atender a um cliente cada vez mais exigente, que prioriza o consumo de produtos certificados e com responsabilidade ambiental.

Escrito por Juliana Medina.

 

Celulose: descubra o que é e sua utilização!

Celulose: descubra o que é e sua utilização!

A celulose, componente básico dos tecidos vegetais, que dá rigidez e firmeza às plantas e é útil por suas numerosas aplicações. Ela é um carboidrato do tipo polissacarídeo, formada por monômeros de glicose. É a molécula orgânica mais abundante do planeta e consiste até 50% da composição da madeira.

Ela é um dos materiais mais presentes no cotidiano. Ela serve como matéria-prima para diversos tipos de papel, fraldas descartáveis, tecidos, papel higiênico, absorventes, enchimento de comprimidos, emulsionantes, espessastes e estabilizantes de alimentos industrializados (como hambúrgueres e queijo ralado), adesivos, biocombustíveis, materiais de construção entre outros.

A produção de celulose e papel tem grande importância na economia brasileira. Devido ao impacto significativo que a mesma exerce sobre inúmeras outras cadeias produtivas.

Esta cadeia se destaca por suas fábricas modernizadas, pela qualificação de profissionais, florestas altamente produtivas e a um trabalho que respeita os critérios de sustentabilidade.

Ela é composta, basicamente, pela produção e extração da madeira, fabricação da celulose e fabricação do papel.

Entre tantas aplicações da celulose, a produção do papel ainda é maior e mais conhecida.

 

celulose

 

Atualmente 100% da produção de papel e celulose no Brasil emprega matéria-prima de áreas de reflorestamento. Principalmente de eucalipto (65%) e pinus (31%) e o restante de outras fontes. Incluindo aí os reciclados.

Porém, nem só de papel vive a celulose.  Suas aplicações são extensas e bem variadas. Sendo utilizada para produzir outros tipos de produtos.

Portanto, se pensarmos em matéria de aplicação, a celulose precisa ser vista de maneira ampla e versátil, muito além da produção do papel.

 

 

O que é celulose?

A celulose é um polímero de cadeia linear. Constituído por unidade monométricas de β-D-anidroglicopiranose, unidas por ligação éter do tipo (1-4) com estrutura organizada e parcialmente cristalina.

A celulose constitui cerca de 40-50% da parede celular. E é encontrada na forma de microfibrilas que apresentam regiões cristalinas (ordenadas) intercaladas com regiões amorfas (desordenadas).

Cada microfibrila é formada por diversas unidades de monômeros de glicose e celobiose (dímeros de glicose). Unidas umas às outras ao longo do seu comprimento por ligações de hidrogênio.

A celulose ocorre no pericarpo dos frutos (ex: algodão, casca de coco, etc). No algodão, é encontrada a celulose mais pura, cerca de 99,8%.

Ela também existe nas fibras do floema (ex: juta, linho, cânhamo, rami, etc) e em gramíneas monocotiledôneas (ex. esparto, sisal, abacá, bananeira, bagaço de cana, bambu, palha de cereais e etc).

No entanto, a principal fonte de celulose é o lenho das árvores de eucalipto e pinus (Colodette et al, 2015)

Abundante na natureza, estas moléculas de glicose é encontrado em variadas espécies. Um exemplo é a formação da madeira, que apresenta cerca de 50% de sua composição de celulose.

Portanto, a celulose é um polímero formado de moléculas de glicose. Tendo sua fórmula química representada por C6H10O5

 

Estrutura Química da Celulose

Figura: Estrutura molecular da celulose

 

Apesar de ser um componente estrutural dos vegetais, sendo básico na formação destes, ele não é digestível pelo corpo humano.

Pode ser percebido que a celulose apresenta uma estrutura linear em suas ligações entre hidrogênio e hidroxilas.

Ao longo das células, as moléculas da celulose se distribuem no formato de fibras em feixes.

É por esse motivo que os humanos não conseguem digeri-la. Trata-se de uma ligação extremamente rígida e extensa.

A capacidade de digestão da celulose fica a cargo apenas de alguns fungos e bactérias.

 

Qual a sua função?

Como função primária, a celulose promove a rigidez da parede celular nas células vegetais. Sendo o principal componente, ela permite maior resistência às plantas para sobreviver aos habitats a que estão expostas.

Além disso, do ponto de vista usual, a celulose serve como forte matéria-prima na indústria. É utilizada para a produção, sobretudo, de papel.

 

Onde está presente?

A celulose é um dos materiais mais presentes no cotidiano. Ela serve como matéria-prima para diversos tipos de papel, fraldas descartáveis, tecidos, papel higiênico, absorventes, enchimento de comprimidos, emulsionantes, espessastes e estabilizantes de alimentos industrializados (como hambúrgueres e queijo ralado), adesivos, biocombustíveis, materiais de construção entre outros.

 

Qualidade e Uso da Madeira

 

Tipos de celulose

No Brasil, produzimos e fornecemos três diferentes tipos de celulose: fibra curta (eucalipto), fibra longa (pínus) e fluff. Produzidas em uma única unidade industrial inteiramente projetada para este fim. Gerando múltiplas soluções que fazem parte do nosso dia a dia.

As celuloses são provenientes de florestas 100% plantadas. Com certificações globalmente reconhecidas que abrangem desde a madeira até o produto final. Garantindo a sustentabilidade e a segurança do começo ao fim do processo.

 

Celulose de fibra longa

A celulose de fibra longa, originária de espécies coníferas como o pinus (plantada no Brasil), tem comprimento entre 2 e 5 milímetros. É utilizada na fabricação de papéis que demandam mais resistência. Como os de embalagens, e nas camadas internas do papel cartão, além do papel jornal.

 

Celulose de fibra curta

A celulose de fibra curta, com 0,5 a 2 milímetros de comprimento, deriva principalmente do eucalipto. Essas fibras são ideais para a produção de papéis como os de imprimir e escrever e de fins sanitários (papel higiênico, toalhas de papel, guardanapos e seda artificial). As fibras do eucalipto também compõem papéis especiais, entre outros itens.

Elas têm menor resistência, com alta maciez e boa absorção.

 

 

Celulose fluff

Fabricada em larga escala pela primeira vez no Brasil a partir da fibra longa de pínus. Pode ser utilizada em produtos higiênicos, tais como absorvente feminino e de incontinência, fralda infantil e adulta, protetor diário, lenço umedecido, entre outros.

Sua produção foi pensada para fornecer a estabilidade, a homogeneidade e a qualidade que o segmento requer. Conferindo as melhores propriedades ao produto como baixa energia de desfibramento, alta capacidade e velocidade de absorção, retenção de líquido e uniformidade.

 

Produção de papel e celulose: como funciona?

Nos últimos anos o Brasil se consolidou como o segundo maior produtor de celulose no mundo. E o primeiro na produção de um tipo específico: a celulose de fibra curta.

Apesar desta vocação como produtor de celulose, o país tem também um destaque no mercado de papel e está entre os 10 maiores do mundo. Mas você sabe como funciona a produção de papel e celulose?

 

Produção de papel e celulose: como funciona?

Figura: Etapas na produção de papel e celulose

 

A principal matéria-prima para a produção de papel são os troncos de madeira. Nas fábricas, após serem cortadas, elas passam por um descascador e picador e saem na forma de cavacos.

No digestor, os cavacos são cozidos dentro de um líquido composto por água e alguns agentes químicos e resultado desse cozimento é a polpa.

A polpa passa por um processo de lavagem em tanques e centrífugas e os cavacos que não se dissolveram. Além de outras impurezas, são eliminados.

A polpa é deixada descansando em outros tanques. Essa etapa é chamada de branqueamento e serve para separar a celulose de outros resíduos.

Os restos de madeira não utilizados são queimados em caldeiras e transformados em energia elétrica em turbo geradores a vapor.

A polpa de celulose, ainda com alto teor aquoso, passa por uma máquina chamada mesa plana. Que transforma essa polpa úmida em uma grande folha contínua e lisa sobre uma esteira rolante.

Essa folha passa por rolos de prensagem e secagem com ar quente. Que retiram o excesso de água, compactam o papel e alisam a folha.

Após essas etapas, a celulose é embalada. Com a cortadeira as folhas são reduzidas em pedaços menores e distribuídas em fardos. Essenciais para a produção dos mais diversos tipos de papéis.

 

O mercado de papel e celulose no Brasil

No Brasil o setor produtivo de papel e celulose contribui de forma relevante para o desenvolvimento do país. Nesse cenário mundial de fibras, a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ) acompanha anualmente o desempenho do setor de polpa e papel.

Em 2017 o Brasil se firmou como segundo maior produtor de polpa de celulose do mundo. Com uma produção acima de 18,8 milhões de toneladas e se consolidou como maior produtor de polpa branqueada de eucalipto. Com 16,2 milhões de toneladas, ou mais de 86% da produção nacional.

Por fim, ainda cabe ressaltar que quase 70% da produção nacional vai para o mercado externo. Mostrando o tamanho do potencial que o Brasil ainda tem com o aumento do consumo interno.

 

Indicadores de mercado da celulose

 

Segundo a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ) o setor brasileiro de árvores plantadas apresentou crescimento de 13,1% em 2018 com relação ao ano anterior, alcançando uma receita setorial de R$ 86,6 bilhões.

Essa evolução do segmento foi muito superior à média nacional, que registrou um aumento no Produto Interno Bruto (PIB) Nacional de 1,1%, enquanto o da agropecuária evoluiu 0,1%, o setor de serviços, 1,3% e a indústria em geral, 0,6%. O setor de árvores plantadas fechou 2018 com participação de 1,3% do PIB nacional e 6,9% do PIB industrial.

 

Investimentos realizados no setor de celulose no Brasil

Em 2018, as empresas associadas à Ibá investiram R$ 6,3 bilhões, sendo R$ 3,9 bilhões em florestas e R$ 2,4 bilhões em unidades industriais.

Com forte orientação de pesquisa e inovação, o setor investiu R$ 25,8 milhões em P&D florestal e R$ 11,0 milhões para este item na área industrial.

 

investimeto no setor

Figura: Investimentos realizados em 2018 pelas associadas em IBA, (Fonte:IBA,2019).

 

Com tudo impulsionou a geração de emprego e renda, onde houve 513 mil empregos diretos. O setor estima que são gerados 3,8 milhões de postos de trabalhos diretos, indiretos e resultantes do efeito renda da atividade de base florestal.

Esse total apresentou um aumento de 1,1% em relação a 2017.

Assumindo-se o número de empregos gerados diretamente e o salário médio líquido dos trabalhadores, a renda gerada pelo setor foi da ordem de R$ 10,2 bilhões.

Desse total, cerca de R$ 9,2 bilhões foram agregados ao consumo das famílias, enquanto o valor restante foi direcionado à poupança nacional.

Em 2018, o Brasil se consolidou como o segundo maior produtor mundial de celulose, atrás apenas dos Estados Unidos da América (EUA).

Foram produzidas, considerando o processo químico – tanto fibra curta (eucalipto) como longa (pinus) – e a pasta de alto rendimento, 21,1 milhões de toneladas, um crescimento de 8,0% frente 2017.

O volume exportado atingiu 14,7 milhões de toneladas, representando um incremento de 11,5% em relação ao ano anterior.

Já o volume consumido no mercado interno atingiu 6,5 milhões de toneladas, com importação de 180 mil toneladas.

A distribuição geográfica da produção de papel e celulose é bem ampla. Mas existe uma relação direta com o mercado consumidor, estando a maioria espalhada nas regiões Sul e Sudeste do País.

 

Tecnologias para produção de celulose e papel

As tecnologias relevantes no setor de celulose têm duas vertentes: a voltada para o segmento florestal e a direcionada para o industrial.

Nas florestas, o principal objetivo é aumentar sua produtividade. O que reduz custos de produção e a extensão de terras necessária para o plantio destinado a suprir as fábricas.

Outras vertentes incluem melhorar as propriedades do papel produzido a partir da celulose.

No caso das empresas brasileiras, existem esforços visando aumentar o uso da celulose de eucalipto (fibra curta) em detrimento da celulose de fibra longa (produzida pelos países do hemisfério e Chile, em sua maioria).

Entretanto, a tecnologia genérica mais relevante é a biotecnologia.

Mais especialmente no segmento florestal, os principais objetivos são o aumento da produtividade e alterações nas propriedades da celulose produzida, com o uso 88 panoramas setoriais 2030 PAPEL E CELULOSE combinado de três mecanismos:

O Brasil é líder especialmente nas rotas tecnológicas florestais. Em que um longo histórico de P&D atrelados a condições edafoclimáticas favoráveis garantiram a competitividade de que o setor desfruta hoje.

No segmento industrial, a maior promessa para o futuro reside na aplicação do conceito de biorrefinarias integradas às plantas de produção de celulose.

Isso porque as unidades industriais de extração das fibras são plantas químicas por definição. O que significa que a introdução de novos processos para converter a biomassa não traria grandes alterações em suas rotinas operacionais.

Ainda, para obtenção da celulose kraft, a biomassa, no caso, a madeira, obrigatoriamente deve ser desconstruída.

Portanto, boa parte da matéria-prima utilizada nessas biorrefinarias seria proveniente de uma biomassa que, além de ser um resíduo de um processo produtivo maior, já estaria pré-tratada. O que gera uma grande economia de custos.

 

Nanocelulose

O principal diferencial na escala nanométrica é a potencialização das propriedades físicas e/ou químicas. Resultante de uma área superficial elevada e maior grau de dispersão, possibilitando maior eficiência e desempenho de materiais já conhecidos ou a obtenção de novos produtos. A combinação de nanotecnologia e recurso renovável, além da versatilidade, tem dado destaque à nanocelulose como um dos maiores avanços tecnológicos.

Portanto, o material que vem conquistando espaço possui ao menos uma dimensão na escala nanométrica e pode ser utilizado como nanocristais ou nanofibrilas. Apresentando uma combinação única de propriedades, como elevada área superficial, baixa densidade, transparência óptica, biodegradabilidade, baixa toxicidade, elevada resistência mecânica e biocompatibilidade.

As propriedades da estrutura da nanocelulose dependem principalmente da origem da celulose e do processo de extração. Que podem ser tanto de plantios florestais, quanto de resíduos sólidos de agroindústrias.

Embora, as maiores barreiras da aplicação desse material são as do ponto de vista econômico, no processo de obtenção, em que são necessários processos mecânicos ou químicos que abram a estrutura da fibra expondo as microfibrilas.

Por se tratar de um processo recente, ainda há a necessidade de consolidar meios de produção mais baratos e eficientes. No entanto a produção de nanocelulose por desfibrilação mecânica ainda é a mais sustentável e com maior facilidade de aumento de escala; países como Finlândia, Suécia, EUA e Canadá têm investido nessa tendência.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto, a celulose é uma importante substância existente nos vegetais. Onde pode ser utilizada para produção de inúmeros produtos. Mas podemos pensar em alguns mais objetivos, como: a produção de papel, tecidos, comprimidos, estabilizantes de alimentos industrializados, adesivos, biocombustíveis, materiais de construção, entre outros.

No Brasil, a produção de celulose a partir da madeira é totalmente viável, tantos em termos sustentáveis quanto econômicos, considerando o cultivo das florestas e os processos industriais. Assim contribuindo efetivamente na economia do pais.

Escrito por Michelly Moraes.

Você está preparado para acompanhar o futuro do mercado de papel e celulose no Brasil?

Você está preparado para acompanhar o futuro do mercado de papel e celulose no Brasil?

Você está preparado para acompanhar o futuro do mercado de papel e celulose no Brasil?O cenário global tem sido positivo para o setor de celulose no Brasil. Segundo levantamento da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), as exportações do setor aumentaram 10,7% em 2018, atingindo 15,8 milhões de toneladas fabricadas. E a expectativa é que o mercado continue crescendo nos próximos anos. Projetos que visam à ampliação de plantios, de fábricas e novas unidades são da ordem de 14 bilhões até 2020. E, para completar, a chegada da gigante Paper Excellence ao país deve impulsionar ainda mais o mercado.

Aposta no Brasil

Por aqui, a chegada da Paper Excellence está atrelada à compra da Eldorado, uma das principais produtoras de celulose do país, com capacidade de produção de 1,7 milhão de toneladas por ano. “O Brasil sempre esteve nos planos de investimento da empresa. É uma região estratégica, cujo setor é muito competitivo”, afirma Jackson Wijaya, chairman do Grupo Paper Excellence.

Além do complexo industrial em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, a Eldorado tem uma vasta base florestal no mesmo estado, onde ocupa uma área superior a 230 000 hectares. Também possui um viveiro em São Paulo, com capacidade de produção de 26 milhões de mudas de eucalipto por ano, algo de muito interesse para a Paper Excellence.

Como a empresa já atua fortemente na produção de celulose de fibra longa, usada na produção de papéis que exigem maior resistência e durabilidade, como papel-cartão, embalagens ou papéis especiais, o Brasil é uma oportunidade de expandir sua atuação, já que somos o quarto maior produtor de celulose de fibra curta do mundo, boa parte vinda do eucalipto. “O país está em uma região boa para o desenvolvimento de florestas do eucalipto, com disponibilidade e qualidade de terra, clima ameno e topografia favorável”, explica Claudio Cotrim, presidente da Paper Excellence no Brasil.

A compra da Eldorado representará uma injeção total de 31 bilhões de reais na economia brasileira até 2021. “Esse valor inclui o projeto de expansão na fábrica de Três Lagoas, que deve gerar 3 500 empregos adicionais diretos, além da liquidação das dívidas da Eldorado com bancos e credores”, explica Cotrim.

Com mercado aquecido, especialização na área pode impulsionar plano de carreira

A expectativa é que setor de papel e celulose se sobressaia em meio ao cenário complicado em que se encontram grande parte das empresas. Isso porque se espera bons preços para a celulose e o mercado de exportações deve ficar aquecido.

Com o mundo de olho na sustentabilidade das florestas e nos recursos naturais, aumentam as vagas e a busca das empresas por profissionais especializados no uso de matéria-prima, a fim de evitar a derrubada desnecessária de árvores.

Os profissionais que buscam qualificação ganham cada vez mais destaque no mercado de trabalho. A especialização na área da tecnologia da produção de celulose e de papel desenvolve competência para gerenciamento, solução de problemas e tomada de decisões, buscando inovação tecnológica e preservação ambiental no setor celulósico-papeleiro e gerando oportunidade de emprego nas principais grandes empresas do país.

Fonte: Veja

O crescimento da exportação de produtos florestais

O crescimento da exportação de produtos florestais

Os produtos florestais, como a celulose, painéis de madeira e papel, ganharam espaço na pauta de exportações do agronegócio do Brasil no primeiro semestre de 2018, tanto que acabaram atingindo a segunda posição entre os principais segmentos da balança comercial do setor superando setores como o de carnes. É o que mostram as estatísticas do Ministério da Agricultura (Mapa) referentes ao período, com base nos registros oficiais de comércio exterior.

Desde 2007, o setor de carnes se mantinha a frente dos produtos florestais, no entanto, a ascensão da celulose promoveu a troca de posições entre esses setores logo no primeiro semestre de 2018. As exportações de celulose somaram 7,96 milhões de toneladas nos primeiros seis meses de 2018, o que significou um aumento de 12,1% em relação ao mesmo período em 2017, quando o volume foi de 7,1 milhões. Ajudada também por uma alta nos preços médios, a receita foi 44% maior, passando de US$ 3,01 bilhões para US$ 4,433 bilhões no período.

Em 2016, o Brasil liderou o ranking global de produtividade florestal, com média de 35,7 m³ ha/ano no plantio de eucalipto e 30,5 m³ ha/ano no plantio de pinus, de acordo com a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ). A China está em segundo lugar com 29 m³ ha/ano (eucalipto) e 20 m³ ha/ano (pinus) e Moçambique é o terceiro com 25 m³/ha ao ano (eucalipto) e 12 m³/ha (pinus).

Esta produtividade justifica em parte o crescimento das exportações brasileiras. Também o fato de oferecermos produtos a preços mais competitivos no mercado mundial, aliado ao desempenho das empresas brasileiras com âmbito internacional de atuação e a melhora nos preços internacionais com a valorização do dólar em relação ao real favorecendo o exportador, nos garantiu que alcançássemos números de exportação bastante expressivos atualmente.

Hoje o Brasil é o 3º maior exportador mundial de celulose, principal produto florestal exportado, participando com 13,2% do mercado mundial. Do total da produção brasileira 69% destinam-se à exportação. As exportações de madeiras também aumentaram 16,3%, atingindo US$ 1,44 bilhão e as exportações de papel chegaram à casa dos US$ 803,34 milhões.

O gráfico a seguir mostra o desempenho das exportações de produtos florestais dos últimos 10 anos.

produtos florestais

Fonte: MDIC

Em 2017, o Brasil assumiu o oitavo lugar na produção mundial de painéis e as exportações brasileiras dos painéis reconstituídos somaram 1,42 milhão m³, o equivalente a US$ 328 milhões e em 2018, só no primeiro semestre, as exportações continuaram em alta de 2,5% em relação ao mesmo período de 2017.

Ao todo o segmento de produtos florestais embarcou 11,3% a mais em volume, passando de 11,15 milhões para 12,41 milhões de toneladas, sendo que os exportadores faturaram 30,1% a mais. Desta maneira, a receita passou de US$ 5,43 bilhões para US$ 7,07 bilhões comparando o primeiro semestre de 2018 com o de 2017.

Madeira reflorestada e exportação

A atividade de reflorestamento no Brasil possui uma importante dimensão econômica. Além de estarmos entre os 10 maiores produtores florestais do mundo, desenvolvemos tecnologia avançada para a exploração de florestas e para a transformação industrial da madeira, tanto que apresentamos o maior rendimento na produção de eucalipto e pinus do mundo, com custo inferior ao de importantes concorrentes, como Nova Zelândia, Chile e EUA. Portanto, estimular o plantio de madeira reflorestada e a exportação de produtos madeireiros é primordial para um setor que movimenta de maneira significativa o PIB nacional.

A previsão é de crescimento no setor em função das possibilidades existentes tanto no mercado externo quanto no mercado interno. Geradora de receitas e importante na pauta de exportações do Brasil, a indústria da madeira é fundamental para o desenvolvimento de nosso país. Portanto, é muito importante o apoio a esta atividade para a manutenção das vantagens competitivas do Brasil na cadeia produtiva da madeira e na balança de exportações.

Destino das Exportações

As mercadorias vendidas pelo país tiveram como destino em 2018 regiões que historicamente são grandes parceiras comerciais brasileiras. Os países latino-americanos permanecem como os principais mercados dos segmentos de papel e de painéis de madeira, nos primeiros oito meses do ano passado, com receitas de exportações de US$ 806 milhões (+11,2%) e US$ 100 milhões (+20,5%), respectivamente. A China ainda segue como principal destino da celulose produzida pelo Brasil com 40,2% de participação e representando uma receita de US$ 1,6 bilhão (+22,0%). O segundo maior destino da celulose é a Europa, que deteve neste período uma fatia de 31,5% das exportações, que corresponde a US$ 1,3 bilhão (+3,9%).

De acordo com a Ibá, só nos primeiros três meses de 2018, as cotações médias da celulose estavam em US$ 1.200 por tonelada nos Estados Unidos, US$ 1000 na Europa e entre US$ 800 e US$ 850 na China. Existe uma expectativa positiva para as exportações do produto nos próximos meses, embora haja incertezas vindas da política brasileira de comércio exterior, como mudanças no regime tributário. Apesar de haver novos players entrando no mercado o cenário é positivo e o ano de 2019 deve terminar com crescimento, assim como aconteceu em 2018.

Vimos que as exportações voltadas para a área florestal no Brasil cresceram consideravelmente no último ano. Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) mostram que exportações como papel, painéis de madeira e celulose foram os materiais mais exportados em 2018. Assim, o setor de produtos florestais se destaca por seu crescimento continuado, que supera a tendência de diminuição das exportações nacionais e, assim, fortalece a economia brasileira.

Por:  Marina Stygar Lopes – Mata Nativa