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Saiba como combater a lagarta-do-cartucho da lavoura de milho

Saiba como combater a lagarta-do-cartucho da lavoura de milho

Essa lagarta é uma das piores pragas que atacam lavouras de milho, causando danos desde a fase de brotação das plantas até o espigamento.

Em 2017, Minas Gerais bateu recorde na colheita de milho. O estado produziu 14 milhões de toneladas do grão, um aumento de pouco mais de 16% de produtividade, de acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Mas vira e mexe os produtores enfrentam dificuldades na lavoura, algumas pragas como a lagarta-do-cartucho são de tirar o sono. Mas você sabe como combate-las?

A plantação de milho na fazenda do produtor Aroldo, em Marilac (MG), ocupa uma área de sete mil metros quadrados. De longe dá gosto de ver o milharal, mas de perto a visão não é nada agradável. Os grãos estão sendo atacados por uma praga. Nessa lavoura o prejuízo é tão grande que quase todos os pés de milho existem folhas cortadas. Isso é uma praga conhecida como lagarta-do-cartucho, que significa que faltaram alguns cuidados no manejo com o grão.

Assista a reportagem na íntegra:

Mosca da carambola está erradicada em 11 municípios de RR e frutos estão livres para exportação, diz governo

Mosca da carambola está erradicada em 11 municípios de RR e frutos estão livres para exportação, diz governo

Aderr informou que continuam em quarentena os municípios de Uiramutã, Pacaraima, Normandia e Amajari. Praga conhecida como Mosca da Carambola impede a exportação de frutas desde 2010.

A mosca da carambola (Bactrocera carambolae) é uma praga quarentenária que pode causar prejuízos à agricultura brasileira (Foto: Danilo Nascimento/Embrapa/Reprodução)

Onze municípios de Roraima estão liberados para comercializarem frutas como o caju e a manga para o Amazonas e demais estados do Brasil, informou a Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr) nessa quarta-feira (16). A praga conhecida como Mosca da Carambola impedia a exportação de frutas desde 2010.

A medida foi publicada por meio de resolução pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Diário Oficial da União.

Segundo a Aderr, a comercialização de frutas foi permitida aos municípios de Alto Alegre, Boa Vista, Cantá, Caracaraí, Mucajaí, São João da Baliza, Caroebe, São Luís do Anauá, Rorainópolis, Bonfim e Iracema.

Com isso, os municípios de Uiramutã, Pacaraima, Normandia e Amajari permanecem em quarentena.

Segundo o coordenador de Defesa Vegetal da Aderr, Luiz Estrella, o estado estava impedido de exportar frutas passíveis de hospedar a praga desde 2010.
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Pós-graduação lato sensu a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais
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“Durante estes oito anos em que ficamos impedidos de exportar esses frutos, deixamos de ganhar R$ 20 milhões mensais, que poderão ser retomados a partir de agora”, enfatizou.

Estrella lembrou que o município de Boa Vista já era considerado livre da praga por conta das propriedades da região estarem adequadas a Instrução Normativa 28, estabelecida pelo Mapa, que promove as regras para exportação de frutos.

O texto determina que o produtor crie uma unidade de produção para o acompanhamento de um responsável técnico que fará o monitoramento de armadilhas para pegar a mosca dentro da propriedade.

“Com base na análise desta propriedade, o profissional concede um selo declarando se aquela área está livre da praga. Muitos podem considerar uma burocracia, mas é necessário para garantir a rastreabilidade do produto para que assim se conheça sua origem, dando mais credibilidade”, disse.

Para garantir que a praga não volte a se espalhar, a Resolução 3 estabelece a capital de Roraima como zona tampão, exceto nas comunidades indígenas pertencentes à reserva São Marcos e ao município de Bonfim, até o limite com o município de Cantá.

“É uma área estabelecida com o objetivo de filtrar os impactos negativos das atividades que ocorrem fora dela, no caso a da mosca da carambola”, conclui Luiz Estrella.

Mosca da carambora
Segundo a Embrapa, a mosca da carambola é considerada a principal barreira fitossanitária nas exportações da fruticultura nacional devido aos países importadores estabelecerem restrições à aquisição de frutos hospedeiros da praga.

A origem do inseto é o Sudeste Asiático, sendo considerada espécie invasora no Brasil, Suriname, República da Guiana e Guiana Francesa. Os danos ocorrem em várias frentes.

O ataque da mosca da carambola ameaça a produção, pois os frutos infestados têm seu desenvolvimento afetado e caem precocemente, ou seja, o produtor tem perda direta.

Ainda de acordo com a Embrapa, as medidas para o controle da praga acabam aumentando os custos da produção e a depreciação do fruto infestado implica no menor valor comercial e frutos que se conservam por menos tempo nas prateleiras, porque apodrecem precocemente.

Fonte: G1

Embrapa lança duas novas tecnologias para a melhoria da aplicação de produtos de controle fitossanitário nas culturas

Embrapa lança duas novas tecnologias para a melhoria da aplicação de produtos de controle fitossanitário nas culturas

Pulverização eletrostática reduz perdas e quantidade de produto aplicado – Foto: Divulgação

A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) lançou na 25ª Agrishow, de 30 de abril a 4 de maio em Ribeirão Preto, SP duas novas tecnologias para a melhoria da aplicação de produtos para controle fitossanitário das culturas. São elas: o acessório de eletrificação de gotas para uso em pulverizadores costais hidráulicos e o acessório de eletrificação de gotas por indução em pulverizadores tratorizados com turbina de ar, para uso em culturas arbustivas e arbóreas, como a fruticultura, incluindo o café.

De acordo com o pesquisador Aldemir Chaim, idealizador das tecnologias, “elas permitirão que a agricultura brasileira se estabeleça em um cenário de controle de pragas e doenças nas lavouras mais tecnológico e eficiente, capaz de promover maior eficiência na aplicação de produtos nas culturas, respondendo à crescente demanda da sociedade por soluções tecnológicas que determinem métodos mais eficientes de produção agrícola”.
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O tamanho da gota ideal para aplicação de defensivos agrícolas
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Com o objetivo de desenvolver sistemas revolucionários de pulverização eletrostática de baixo custo, acessíveis também ao pequeno produtor, a Embrapa desenvolve, desde a década de 90, tecnologias que aprimoram esse tipo de pulverização. Segundo Chaim, a tecnologia já foi testada em diversas culturas, e se comprovou um aumento médio de 60% na deposição de calda nas plantas. “Uma melhor deposição reduz significativamente a quantidade de calda aplicada, traduzindo-se em eficiência no controle das pragas”, salienta ele.

Ainda conforme o pesquisador, “tão importante quanto aplicar o produto correto seguindo as recomendações de um profissional, é garantir que o produto aplicado alcance os alvos biológicos desejáveis na quantidade necessária. A ausência dessa preocupação pode resultar em impactos negativos ao homem, ao meio ambiente e ao produto”.

Patentes

Novas tecnologias de pulverização eletrostática foram patenteadas pela Embrapa e licenciadas para as empresas brasileiras para promoverem os aperfeiçoamentos necessários, visando à disponibilização ao mercado consumidor.

O acessório para eletrificação de gotas para o uso de pulverizadores hidráulicos costais foi licenciado para a empresa Magnojet Indústria e Comércio de Produtos Agrícolas, em Ibaiti, PR. Este acessório vai permitir que pulverizadores hidráulicos comuns passem a operar como eletrostático. A previsão é de que o sistema hidráulico comum, quando convertido, agregue ao processo 30% a 60% de aumento de deposição nas plantas. A empresa Magnojet pretende comercializar o acessório já instalado em seu equipamento hidráulico costal.
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Pós-graduação lato sensu a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais.
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Chaim acredita que este sistema vai propiciar a democratização da tecnologia de pulverização de ponta, fazendo com que pequenos agricultores também tenham acesso à pulverização eletrostática. “Os pulverizadores costais, que são as tecnologias mais baratas de pulverização de agrotóxicos, são muito empregados em pequenas áreas de cultivo, principalmente em olerícolas e estufas, notadamente por pequenos agricultores da agricultura familiar”, explica o pesquisador.

Já o sistema de eletrificação de gotas por indução para pulverizadores tratorizados com turbina de ar, diferentemente dos sistemas eletrostáticos disponíveis no mercado, foi desenvolvido pela Embrapa em parceria com a FM Copling em Araraquara, SP.

A tecnologia dispõe de bicos leque, fixados fora do circuito do fluxo de ar e as gotas de um conjunto de 4 bicos são eletrificadas por hastes paralelas, submetidas à alta tensão. Isso resulta em redução de número de fontes de alta tensão para alimentação do circuito, além de evitar que o conjunto eletrostático fique sujo ou entre em curto circuito, do sistema de indução eletrostática. Segundo a FM Copling, esse novo tipo de equipamento poderá ser operado com tratores com menor potência do que os antigos pulverizadores.
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Cápsulas biodegradáveis são usadas no controle biológico de pragas
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“O equipamento é rebocado por trator, possuindo ventilador para induzir o ar e otimizar o fluxo de gotas no interior da massa de folhas, proporcionando uma excelente cobertura e distribuição das gotas. Um sistema de sensores reconhece a planta alvo, liberando o fluxo ou interrompendo a pulverização entre uma planta e outra”, explica Chaim.

Resultados de uso e depoimentos de produtores em várias regiões do mundo, indicam que os equipamentos eletrostáticos promovem uma redução do volume de calda utilizada e aumento da deposição do produto nas plantas, podendo em alguns casos proporcionar também uma diminuição das aplicações, ou seja, redução no custo do tratamento fitossanitário.

“O benefício direto do aumento da eficiência de controle de pragas e doenças com a pulverização eletrostática é que ela otimiza a deposição dos defensivos nas plantas e reduz as perdas para o solo, quando comparadas com uma pulverização convencional”, salienta Chaim.

AgroTag e RenovaCalc

Na abertura da Agrishow houve também apresentações de outras duas tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Meio Ambiente em 2017 e que estão disponíveis para consulta no estande da Empresa:

O aplicativo AgroTag, já lançado, foi projetado para a coleta de dados e informações das propriedades que, uma vez processadas na base de operações, retornam aos diversos atores da cadeia produtiva ou interessados em agricultura de baixo carbono em forma de informações estratégicas diretamente nos celulares ou tablets. Foi desenvolvido com apoio da Rede ILPF, do Instituto de Pesquisas Eldorado e da Plataforma Multi-institucional de Monitoramento das Reduções de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Plataforma ABC).

A RenovaCalc, a ser lançada em 2018, é uma ferramenta de funcionamento similar a uma calculadora, pela qual as empresas cadastradas no RenovaBio, interessadas em créditos de descarbonização (CBios), deverão detalhar parâmetros técnicos dos processos agrícolas e industriais da sua produção de biocombustíveis que geram emissões de carbono. Foi desenvolvida em parceria com o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), Agroicone e Unicamp. A calculadora será disponibilizada em consulta pública pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), a partir de maio de 2018.

Fonte: Embrapa Meio Ambiente | Eliana Lima

Novos projetos buscam a proteção de plantas no cultivo de grãos

Novos projetos buscam a proteção de plantas no cultivo de grãos

Tecnologia no combate a doenças – Foto: Luiz Magnante

A parceria da Embrapa com o Rothamsted Research vai promover novos estudos na proteção de cultivos como trigo, soja, arroz e feijão. O tema “proteção inteligente das culturas” envolve 14 pesquisadores, sendo 10 da Embrapa e cinco do Rothamsted. A proposta é monitorar e prever a propagação de pragas, plantas daninhas e doenças em tempo real, além de combinar soluções genéticas, químicas, ecológicas e estratégias agronômicas para a proteção das culturas.

No contexto mundial de produção de grãos, a Embrapa é destaque em trabalhos voltados ao controle de doenças e adaptações dos cultivos às variações do clima. Já os pesquisadores do Rothamsted Research, principal centro de pesquisa agrícola do Reino Unido, localizado em Harpenden, na Inglaterra, são pioneiros na geração de conhecimentos científicos sobre fitossanidade, contando com tecnologia de ponta para buscar soluções em problemas com pragas e doenças.
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Como minimizar perdas por doenças em plantações florestais
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Cereais de Inverno

A produção de cereais de inverno na região sul-brasileira enfrenta dificuldades similares à produção no Reino Unido, com adversidades no clima, cuja umidade resulta na incidência de doenças fúngicas, e com chuvas na colheita, que afetam a qualidade comercial dos grãos. Estas semelhanças trouxeram ao Brasil o Diretor do Rothamsted, Achim Dobermann, ainda em 2015, quando visitou a Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS) com o objetivo de fortalecer a parceria entre as instituições de pesquisa em aspectos relativos ao manejo do solo e intensificação sustentável de sistemas de produção envolvendo cereais de inverno. Ele destacou a preocupação em desenvolver estudos voltados à resistência em agentes de controle de insetos, doenças e plantas daninhas.

Desde então, de acordo com a Chefe Adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento, Ana Christina Sagebin Albuquerque, a Embrapa Trigo vem atuando em trabalhos conjuntos com Rothamsted sobre a tolerância de trigo a afídeos, extremos de temperatura (geada e calor), déficit hídrico, resistência a doenças como giberela e brusone, entre outros.
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Pós-graduação lato sensu a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais.
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Recentemente, em março de 2018, o grupo que coordena a cooperação científica Embrapa-Rothamsted, aprovou cinco projetos que deverão direcionar os trabalhos de pesquisa até o próximo ano. Na proteção de doenças no trigo, foram selecionados dois projetos:

– “Investigando alterações na emissão de compostos volateis em trigo, como meio para diagnosticar infecções causadas por doenças fúngicas” (Investigating changes in the volatile profile of wheat crops as a means of diagnosing fungal disease infection), com liderança da Embrapa Trigo; e
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Videoaula gratuita: Diagnose de Doenças Florestais – Prof. Acelino Alfenas
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– “O uso de novas ferramentas para monitorar doenças de plantas e promover a proteção inteligente de culturas no Brasil” (The use of novel high volume cyclone samplers to monitor airborne inoculum of key plant diseases and foster smart crop protection in Brazil), parceria de pesquisadores da Embrapa Trigo, Embrapa Soja e Embrapa Arroz e Feijão.

Para o pesquisador Fávio Santana, as novas propostas aprovadas permitem dar sequência às atividades realizadas em outros dois projetos, que já trouxeram resultados importantes para o combate a doenças na cultura, sendo o principal deles a internalizaçao de metodologias modernas, por meio de tecnologias de aprendizagem de máquina (machine learning) em projetos da Embrapa Trigo, resultante do trabalho iniciado em 2015 através da parceria com a Universidade de Aberystwyth no País de Gales.

Ainda em desenvolvimento, de 2016 a 2019, o projeto que busca na biotecnologia a identificação de genes de resistência à giberela no trigo. O projeto está sob a liderança do Rothamsted, com a colaboração de diversas instituições de pesquisa do Brasil. Na Embrapa Trigo, a equipe (formada pelos pesquisadores José Mauricio Fernandes, Elene Yamazaki Lau, Casiane Tibola, Maria Imaculada Lima e Ana Lídia Bonato) deverá avaliar as primeiras linhagens de trigo que se mostraram promissoras com o uso de uma nova abordagem biotecnológica chamada silenciamento gênico. “Os testes de campo deverão avaliar as linhagens que apresentam melhor reação à giberela”, conta José Maurício Fernandes. “Estamos otimistas com os resultados alcançados até aqui, vislumbrando a possibilidade de reduzir os problemas com giberela nas lavouras brasileiras e vencer esta doença que desafia a produção de trigo no mundo”, conclui o pesquisador.

Labex

O incentivo ao desenvolvimento de novos projetos entre a Embrapa e o centro de pesquisas Rothamsted é uma ação do Labex Europa – programa da Embrapa de Laboratórios Virtuais no Exterior para aprimorar a cooperação científica internacional – atualmente sob a coordenação do pesquisador Pedro Machado. As propostas de projetos em parceria foram elaboradas durante um workshop, realizado no final de 2017, na Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP), que contou com a participação de pesquisadores de diversas áreas. Os projetos aprovados são cofinanciados e contam com aporte direto de recursos provenientes do BBSRC/Newton Fund, destinados a promover a interação entre pesquisadores na investigação de métodos de prevenção e controle de pragas e doenças na produção de grãos.

Fonte: Embrapa Trigo | Joseani M. Antunes

Melancia: como evitar pragas e plantas daninhas

Melancia: como evitar pragas e plantas daninhas

No controle do plantio de melancia, você deve seguir o manejo integrado de pragas

Informações sobre o cultivo de melancia ainda são escassas (Foto: Creative Commons)

O controle de predadores em plantio de melancia deve seguir o manejo integrado de pragas (MIP). No entanto, como as informações não existem ou são muito escassas para esse cultivo, a sugestão é adotar os indicadores do manejo integrado do melão, considerando-se que é a mesma família botânica da melancia. Para adoção do MIP, é fundamental o conhecimento da fenologia da cultura, a identificação e o monitoramento das populações de insetos-pragas, que tem entre as principais:

Pulgões – infestam folhas novas (face inferior), ramos, brotações e inflorescências e sugam a seiva dessas estruturas, normalmente provocam o encarquilhamento das folhas. São transmissores de viroses e podem ser associados à fumagina, fungo de cor preta que recobre as folhas e diminui a fotossíntese das plantas. A utilização de armadilhas pegajosas amarelas pode ajudar no monitoramento do pulgão;

Mosca-branca – inseto que suga a seiva da planta e ocorre, em geral, na face inferior das folhas. As formas jovens são inicialmente móveis e depois se tornam fixas. Os adultos são pequenos com asas brancas. O maior problema ocasionado pelas moscas-brancas é a transmissão de viroses, mas também é associada à fumagina, devido ao líquido açucarado liberado pelos insetos durante a alimentação;

Tripes – são insetos pequenos de corpo afilado que atacam folhas mais novas, assim como as flores e frutos. As folhas podem ficar prateadas, recurvadas e até ressecar. De difícil controle, também podem transmitir viroses;

Mosca-minadora – são moscas pequenas de coloração preta e amarela, que fazem postura no interior das folhas. O prejuízo é causado pelas larvas. Altas populações podem reduzir a produção e chegar a matar plantas menores;

Vaquinhas – são pequenos besouros que se alimentam das folhas. Suas larvas atacam as raízes, podendo causar a murcha da planta e até sua morte;

Lagartas desfolhadoras – há várias espécies de diferentes tamanhos e colorações. Quando menores, raspam a folha e, à medida que crescem, causam maiores danos. Dependendo da espécie, a pupa pode ocorrer no solo ou na própria folha.
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Pós-graduação lato sensu a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais.
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Controle de pragas
Existem diversos inimigos naturais em cultivos agrícolas, como joaninha e bicho lixeiro, que são predadores com capacidade de controlar as pragas. Para não confundí-los com os insetos- pragas, é necessário conhecê-los e evitar o uso de produtos químicos que os eliminem da lavoura. Manipueira, extrato de fumo, solução de sabão e extrato de folhas de nim, são alguns produtos naturais que podem ser usados em conjunto com outras medidas de controle integrado, como cultivo consorciado da melancia com plantas aromáticas, manta agrotextil e cobertura do solo com mulching orgânico (coquetel de gramíneas mais leguminosas). Entretanto, é fundamental não exceder no uso de adubos, especialmente os nitrogenados, que favorece a exposição das plantas às pragas e doenças. Se a opção for por agrotóxicos, é importante a assistência de técnicos, como agente de extensão ou especialistas em fitossanidade, para obter ajuda na identificação correta das pragas e recomendação de uso de agroquímicos registrados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a cultura de melancia. Ainda recomenda-se a rotação de produtos químicos, para garantir um controle eficaz e evitar o desenvolvimento da resistência aos agroquímicos utilizados.
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Manejo de praga diminuiu em 50% o uso de inseticida
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Controle de ervas daninhas
Por se tratar de uma cultura muito sensível, as capinas devem ser realizadas com cuidado para não danificar o sistema radicular e os ramos da melancia. O controle de plantas invasoras entre as linhas de cultivo pode ser feito utilizando-se tratores ou tração animal. Entre as plantas, deve ser manual, com o uso de enxada e até, aproximadamente, 50 dias após a germinação. Após esse período, o plantio de melancia já formado tem maior capacidade de competição e o desenvolvimento dos ramos impede o estabelecimento de plantas daninhas. Para adotar o controle manual com a aplicação de herbicidas seletivos em pré ou pós-emergência em áreas altamente infestadas por plantas daninhas, o agricultor deve procurar técnico especializado para fazer a indicação. A seleção e dosagem do herbicida é feita de acordo com as plantas daninhas presentes na área, o seu nível de incidência e o tipo de solo. A cobertura morta com palha de arroz, bagaço de coco ou palha seca é uma alternativa no manejo de plantas daninhas e manutenção da umidade do solo.

Fonte: Globo Rural