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Lagarta falsa-medideira: danos e controle!

Lagarta falsa-medideira: danos e controle!

Lagarta falsa-medideira tornou-se praga-chave na cultura devido aos frequentes surtos populacionais e grande severidade de danos nas áreas cultivadas. Neste artigo iremos mostrar o danos e controle dessa praga.

Acompanhe!

 

Lagarta falsa-medideira: danos e controle!

 

O que é lagarta falsa-medideira?

lagarta falsa-medideira ganhou esse nome devido ao modo como se locomove, parecendo que está medindo palmos.

É um inseto polífago, ou seja, que se alimenta de diversas culturas e tem um alto poder de proliferação, podendo se desenvolver, inclusive, em plantas hospedeiras.

Essa espécie se desenvolve no hemisfério ocidental, desde o norte dos Estados Unidos ao sul da América do Sul, sendo mais comum o seu ataque às lavouras de soja.

O clima seco favorece ainda mais o ritmo acelerado do seu desenvolvimento, com a fêmea colocando até 700 ovos durante o ciclo de vida. As lagartas apresentam coloração verde-clara ao eclodirem e vão mudando para o tom verde amarronzado na fase adulta.

 

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Característica

Caracterizada pelo hábito de se locomover dobrando o corpo, em decorrência de apresentar apenas dois pares de falsas pernas na região abdominal e um na caudal. A lagarta falsa-medideira tem sido responsável por sérios prejuízos em lavouras de soja ao longo das últimas safras.

Dentro do conjunto de medidas integradas recomendadas para manejar a praga, o uso de inseticidas reguladores de crescimento constitui ótima opção. Por se tratar de produtos seletivos para os inimigos naturais e apresentarem maior efeito residual em comparação aos convencionais.

 

Distribuição geográfica

A distribuição geográfica desta espécie é restrita ao Hemisfério Ocidental, ocorrendo desde o norte dos Estados Unidos até o sul da América do Sul.

Esta pode ser encontrada em diversas regiões produtoras de soja, podendo ocorrer simultaneamente ou mais tardiamente em relação às populações da lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis.

No Brasil, pode ser encontrada em todas as regiões produtoras, desde o Rio Grande do Sul até Roraima. Surtos da praga são detectados com frequência no oeste da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, sendo associadas a campos de soja e algodão em regiões produtores destas culturas.

 

Danos causados pela lagarta falsa-medideira

O principal dano da lagarta falsa-medideira é a desfolha das plantas, pois ao alimentar-se do limbo foliar, o inseto vai raspando as folhas, deixando-as fracas e com as hastes finas, até caírem.

Estima-se que em uma lavoura de soja os prejuízos cheguem a até 60% de perda se o controle dessa espécie não for realizado a tempo.

lagarta falsa-medideira afeta diversas culturas, como:

  • batata;
  • cará;
  • feijão;
  • inhame;
  • soja.

 

Ciclo de desenvolvimento

O ciclo completo do inseto (ovo-adulto) se dá em aproximadamente 27 a 34 dias, com cerca de doze gerações por ano. A média de ovos por fêmea varia em torno de 300 a 1000 ovos durante a vida.

As fêmeas ovipositam de forma isolada, preferencialmente na superfície inferior das folhas de soja. Os ovos são globulares e apresentam coloração creme-clara logo após a oviposição e marrom-clara próximo à eclosão.

O acasalamento começa ao pôr do sol e atinge seu pico entre duas e cinco horas mais tarde. A oviposição ocorre a partir do terceiro dia após a emergência da fêmea.

O período embrionário é de aproximadamente 2,8 dias e o período larval varia conforme a alimentação, temperatura e genética. Mas geralmente ocorre entre 13 a 20 dias, sendo o período que a praga causa dano. Podem ocorrer de cinco a sete instares durante a fase larval.

 

Manejo

Entre as estratégias adequadas e promissoras de controle de C. includens na cultura da soja destaca-se o Manejo Integrado de Pragas, o qual baseia-se num conjunto integrado de técnicas de manejo.

Onde essas se inicia na identificação taxonômica das pragas e inimigos naturais, no monitoramento da densidade populacional, e definição do nível de ação de controle, na racionalização do uso de inseticidas seletivos. Na utilização de cultivares geneticamente modificados associados a áreas de refúgio, na utilização de controle biológico a partir do uso de inimigos naturais. Que podem ser outros insetos benéficos, predadores, parasitoides, e microrganismos, como fungos, vírus e bactérias, visando produção mais sustentável e econômica, visando a redução dos impactos à natureza e ao ser humano.

 

Checklist agrícola

 

Métodos de controle

É indicado o monitoramento periódico para acompanhar a evolução da população da lagarta falsa-medideira. Quando a densidade populacional atingir níveis de prejuízos econômicos, indica-se a aplicação do inseticida como modo de controle eficaz da proliferação dessa praga.

Controle químico

No Brasil, existem, atualmente, cerca de 64 registros de produtos (62 químicos e 2 biológicos) para o combate da C. includens na cultura da soja, sendo que a grande maioria dos produtos se enquadra em grupos químicos de baixa seletividade e relativamente antigos.

Apesar dos avanços nos programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP), o controle de lagarta de C. includens tem sido considerado difícil, por ser uma espécie mais tolerante às doses normalmente utilizadas para lagarta da soja Anticarsia gemmatalis. Pelo curto tempo de desenvolvimento de C. includens, pela alta fecundidade e, por fim, devido ao hábito de permanecer na parte inferior do dossel da planta, ficando, assim, mais protegidas da ação dos inseticidas.

Além disso, o uso frequente de inseticidas resultou na redução da eficiência de controle dos principais grupos químicos: piretroides, organofosforados e carbamatos, e também dos inseticidas de grupos químicos mais recentes como benzoilureias, espinosinas e diamidas.

O reduzido número de inseticidas de grupos químicos e modos de ação distintos constitui um problema para as estratégias de manejo integrado desta praga, uma vez que o uso contínuo de produtos com o mesmo modo de ação pode ocasionar a evolução da resistência.

 

 

Controle biológico

O controle biológico de C. includens, mediante o uso de parasitoides de ovos (e.g., Telenomus remus e do gênero Trichogramma), entre outros parasitoides como Copidosoma truncatellum Campoletis grioti, e o uso de micro-organismos entomopatogênicos em períodos mais úmidos e quentes (e.g., Beauveria bassianaMetarhizium anisopliae, Nomuraea rileyi, baculovírus do tipo Nucleopolyhedrovirus   e Bacillus thuringiensis) pode ser utilizado tanto em pequenos como em grandes sistemas de produção.

No entanto, em alguns casos, o controle biológico apresenta menor eficiência e/ou um controle mais lento quando comparado ao controle químico.

Dessa forma, para garantir a produtividade da cultura, o controle biológico deve ser utilizado de modo integrado ao controle químico para potencializar o manejo da praga.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como vocês podem ver, a lagarta falsa-medideira pode trazer inúmeros prejuízo a sua cultura. Neste artigo podemos mostrar ales dos danos e tipo de cultura mais afetadas a importância do manejo e controle da praga.

Vale ressaltar que o monitoramento é de extrema importância no processo. Caso tenha ficado alguma dúvida deixe aqui nos comentários.

Então, o que você achou do nosso artigo? Se você gostou, não deixe de compartilhá-lo nas suas redes sociais e ajude mais pessoas a se informar sobre esse assunto.

 

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Guanxuma: aprenda a combater essa planta daninha!

Guanxuma: aprenda a combater essa planta daninha!

Plantas daninhas estão presentes em todas as áreas e em todas as culturas é necessário fazer o controle. Existem diversas espécies que afetam o desenvolvimento e produção das culturas de importância agronômica como a guanxuma. Com isso preparamos esse artigo para auxiliar os produtores no combate dessa daninha!

Acompanhe!

 

Guanxuma: aprenda a combater essa planta daninha!

 

Certamente você já ouviu falar ou precisou combater a guanxuma em sua lavoura. Esta planta daninha representa um grande problema, não é verdade?

Também conhecida como vassourinha, tupixá e chá-da-índia, a guanxuma é uma planta daninha que, assim como as outras, se não controlada, diminui o potencial de produção do pasto, afetando a capacidade de suporte das pastagens e, consequentemente, o resultado econômico da propriedade.

Por essa razão ponderar medidas para o combate da Guanxuna é necessidade comum entre agricultores, caso contrário as perdas em produtividade podem ser consequências nada agradáveis. Com isso preparamos algumas dicas para ajudar no combate dessa planta daninha.

 

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Afinal, o que é Ganxuma?

A guanxuma (Sida carpinifolia) é uma planta subarbustiva. A infestação da planta ocorre por meio da disseminação da semente, associada ao manejo inadequado da pastagem.

De cultura perene, com altura entre 0,3 e 0,7 metros, a guanxuma produz flores amarelas, normalmente, com cinco pétalas, o que facilita sua identificação na pastagem.

Além disso, a avaliação periódica dos animais também é outro fator que pode auxiliar o produtor, uma vez que a intoxicação resulta em sinais clínicos perceptíveis.

 

Principais características

Nativa da América, a guanxuma é uma planta perene e subarbustiva da família Malvaceae. Ela é particularmente resistente às condições adversas de clima e solo.

Esta é uma planta daninha recorrentes em lavouras, apresentando ampla variabilidade genética devido a sua capacidade de disseminação por via seminífera, sendo este um mecanismo de sobrevivência importante desta espécie. Sua germinação é favorecida com alternância de temperatura em 20°C a 30°C.

Essa variedade de planta daninha produz em média 510 sementes por planta, podendo a chegar até 28 mil sementes m2. Também são indiferentes à luz, sendo capazes de germinar tanto no claro quanto no escuro.

Por fim, a presença dessa planta daninha pode indicar uma possível compactação do solo, demonstrando que o cultivo é suscetível à seca e ao tombamento.

 

Interferência no desenvolvimento das culturas

A Guanxuma apresenta-se como uma planta que tem crescimento relativamente lento, fazendo com que ela seja pouco competitiva quando jovem.

Porém, quando não há o controle inicial, e a planta atinge estádios mais avançados, a competitividade com as culturas de maior interesse se torna maior, fazendo com que o controle seja mais difícil.

Quando adulta, suas folhas possuem excessivo acúmulo de tricomas (pelos) e ceras, dificultando a absorção do herbicida na planta. Além disso, vários são os fatores que influenciam a disseminação desta espécie, tais como:

  • Adaptabilidade ecológica;
  • Prolificidade de indivíduos;
  • Longevidade;
  • Alta capacidade de florescimento; e
  • Capacidade de emergir a partir de grandes profundidades no perfil do solo.

Vale citar que, mesmo podendo emergir a partir de grandes profundidades, a deposição de matéria orgânica na superfície do solo (palhada) dificulta a emergência das sementes dessa planta.

 

Principais tipos de guanxuma no Brasil

Em nosso país as principais espécies de guanxuma que infestam as lavouras são:

 

Guanxuma – Sida spinosa

Essa planta apresenta frequência média, infestando geralmente cultivos anuais ou perenes, além de pomares e pastagens essencialmente nas regiões centro e sul do País.

Plântulas: hipocótilo verde com finos pelos glandulares; folhas pecioladas de limbo ovalado; a partir da 3ª folha apresenta pequenos espinhos aos lados dos pecíolos.

Plantas adultas: caule lenhoso e ramificado; ramos novos são verdes e pilosos e os velhos são amarronzados; apresenta espinhos na base dos pecíolos; folhas verdes, porém apresentam coloração púrpura nas margens.

Culturas afetadas: cultivos anuais; pomares e pastagens. Tem maior frequência em solos arenosos (tolerando solos ácidos), nas Regiões Centro e Sul.

 

Checklist agrícola

 

Guanxuma – Sida glaziovii

Esse tipo de Guanxuma ocorre frequentemente em solos arenosos das regiões tropicais do Brasil. Tem por característica infestar áreas de pastagens, beiras de estrada, carreadores pomares, além de culturas perenes em geral.

É uma das maiores infestantes em áreas de novos canaviais no cerrado, sendo também a mais frequente, dentre as suas espécies. Seu reconhecimento ocorre através da coloração prateada de suas folhas.

 

Guanxuma – Sida rhombifolia

Dentre as espécies de guanxuma, essa é a mais encontrada em áreas cultivadas do país. Ela infesta principalmente lavouras anuais e perenes, assim como pomares e pastagens. Também é frequente em cultivos de cereais que trabalham com sistema de plantio direto.

Plântulas: hipocótilo curto com pelos retorsos; folhas cotiledonares com pecíolos com pelos simples e pouco perceptíveis; limbo de base truncada de margens inteiras.

Plantas adultas: caule cilíndrico, fibroso, de coloração verde e recobertos por uma fina pilosidade; partes mais velhas têm coloração amarronzada e perdem os pelos. Encontradas em quase todas as regiões do país.

 

Plataforma Agropós

 

Manejo e combate dessa planta daninha

O monitoramento dos pastos é importante, uma vez que a rápida identificação da planta daninha pode fazer com que o pecuarista faça o controle da infestação antes que haja a intoxicação do rebanho.

 

Métodos de controle da guanxuma

Como as sementes de guanxuma possuem dormência, o uso de herbicidas pré-emergentes é essencial, pois reduzem a necessidade de aplicações em pós-emergência.

Já quando o manejo é necessário em pós-emergência, deve-se aplicar herbicidas quando as daninhas ainda são pequenas (até 4 folhas).

Isso porque, quando adultas, suas folhas possuem maior acúmulo de pêlos e cera, o que dificulta a absorção e o transporte do herbicida na planta.

Nesse caso, como a guanxuma pode ter menor capacidade de absorção, é importante:

  • garantir uma boa cobertura do alvo;
  • utilizar bons adjuvantes, de acordo com as necessidades dos herbicidas;
  • aplicar em condições climáticas ideais.

 

 

Conclusão

Neste artigo podemos conhecer melhor sobre as guanxumas e seus os diferentes tipos. Além de abordar um pouco sobre seu manejo.

Apesar dos prejuízos que essa espécie pode causar à pecuária, quando se utiliza o controle químico adequado, a guanxuma é considerada uma planta de fácil controle.

Contudo, vale a ressalva de que o produto utilizado deve ser corretamente manejado, para que se tenha o resultado esperado.

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Lagarta-rosca: entenda o que é, e como controlá-las!

Lagarta-rosca: entenda o que é, e como controlá-las!

A Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon) é uma lagarta da ordem Lepidoptera que leva esse nome pelo fato de se encurvar ao se sentir ameaçada ou quando está em repouso.

Esta espécie é encontrada em todo o mundo, é polífaga e causa prejuízos a um grande número de plantas cultivadas, sendo as principais culturas a soja, o milho, o feijão e o algodão. Neste artigo vamos abordar tudo que você precisa saber sobre essa praga.

 

Lagarta-rosca: entenda o que é, e como controlá-las!

 

Lagarta-rosca (Agrotis ípsilon)

Toda praga agrícola é motivo de preocupação, mas existem aquelas que pareciam inofensivas e passam a causar mais dor de cabeça.

A Agrotis ípsilon, conhecida popularmente como lagarta-rosca, ataca diversas culturas, como milho, soja e feijão. A praga recebe esse nome pelo hábito de se encurvar quando se sente em perigo.

Ao longo do dia, a lagarta se esconde no solo aguardando o ataque à noite quando a temperatura está mais amena. Como é polífaga, alimenta-se de diversas espécies de plantas, o que a torna um grande pesadelo de muitos produtores.

 

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Característica da lagarta-rosca

A coloração da lagarta de A. ipsilon varia de cinza-escuro a marrom e possui manchas pretas padronizadas em todo o comprimento do corpo. Podem chegar a 50mm de comprimento e possuem hábito noturno.

Já o adulto desta espécie é uma mariposa de aproximadamente 35 mm de envergadura, de coloração escura, com asas anteriores de coloração marrom-acinzentada com manchas escuras e uma faixa larga de cor castanho claro ao longo da margem externa e asas posteriores semitransparentes.

 

Ciclo biológico

A fêmea da lagarta-rosca chega a colocar em média 1,2 mil ovos, geralmente nas folhas ou no caule da planta, mas também em fendas no solo.

O ciclo biológico da lagarta-rosca varia de 34 a 64 dias (4 dias como ovo, de 20 a 40 dias como larva e de 10 a 20 dias como pupa).

Uma fêmea pode colocar cerca de 1,2 mil ovos brancos, em geral nas folhas ou no caule, mas também em fendas no solo.

 

Como a lagarta ataca as lavouras?

A lagarta-rosca acomete as culturas desde o estágio inicial (emergência das plântulas) até o estágio de florescência. Por esse motivo, ela pode impedir que a cultura se instale na área, pois as plantas não são capazes de se desenvolver com vigor.

Um ambiente propício à proliferação da lagarta-rosca é quando o solo apresenta umidade elevada e com maior carga de matéria orgânica.

A lagarta com tamanho menor concentra o seu ataque nas folhas basais da cultura. Já a lagarta com tamanho maior ataca as plântulas, que acabaram de emergir do solo.

Em lavouras de milho com estágio de desenvolvimento avançado, a lagarta-rosca constrói galerias nos colmos da planta (base) causando o seu tombamento

 

Danos ocasionados pela lagarta-rosca

O principal dano que pode ocorrer com a presença desta praga no campo é a redução do estande, se o ataque ocorrer durante o período de estabelecimento da cultura.

Isso ocorre devido as lagartas cortarem as plântulas de até 20cm de altura. Uma única lagarta pode seccionar várias plantas em uma única noite.

Quando atacam plantas mais velhas, ocorrem sintomas de folhas cortadas ou galerias abertas na base do caule, favorecendo o tombamento, sintoma também conhecido como “coração morto”.

No caso de não ocorrer morte da planta, pode ocorrer sintoma de perfilhamento, bem como o aparecimento de estrias nas folhas. Geralmente, o ataque destas lagartas ocorre em reboleiras.

 

Métodos preventivos

A orientação da Embrapa é que seja feito o monitoramento da lavoura, através de amostragens. Deve-se intervir com medidas adicionais de controle, quando 25% das plantas amostradas apresentarem sinais de ataque da praga.

O controle da lagarta-rosca deve ser feito de forma preventiva, realizando-se:

  • Bom preparo do solo e eliminação das plantas hospedeiras;
  • O manejo antecipado de plantas de cobertura e plantas infestantes é a forma mais promissora de controle desta praga, pois se evita que as lagartas permaneçam na área, caso estejam associadas a estas plantas hospedeiras;
  • Em áreas com histórico de infestação severa deve-se evitar o uso de cobertura morta, restos culturais e restos de capina no cultivo, pois estes materiais oferecem abrigo às lagartas;
  • Aconselhável efetuar as aplicações de inseticidas ao final da tarde, dirigindo-se o jato de pulverização para o solo, junto à base das plantas e em alto volume de calda;

 

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Métodos de controle 

Sabendo que há a possibilidade de se deparar com a lagarta-rosca, você poderá se preparar com alguns métodos como:

 

Controle biológico

Inimigos naturais da lagarta-rosca podem ser utilizados no controle biológico da praga. Os principais são os entomopatógenos e os microimenopteros, que exterminam a praga da lavoura.

Entretanto, se associar o controle químico ao biológico, o inseticida deve ser utilizado seletivamente para não eliminar esses organismos benéficos.

 Essa seletividade pode ser fisiológica (uso de inseticidas pouco tóxicos) ou ecológica (uso de inseticidas em horários nos quais a praga está mais vulnerável).

 

Controle químico

O tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos é uma excelente alternativa para evitar que a lagarta-rosca ataque a cultura no início do desenvolvimento (emergência das plântulas).

Outro método de controle eficiente é espalhar na lavoura iscas tóxicas constituídas de água, açúcar, farelo de trigo e inseticida (carbamato).

Os produtos inseticidas utilizados devem ser prescritos por engenheiro agrônomo e aplicado com o uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual).

 

 

Controle cultural

Por ser polífaga, a lagarta-rosca pode acometer outras culturas. Sendo assim, o controle cultural com um bom preparo do solo é uma medida eficiente para remover essas plantas hospedeiras (restos culturais).

O uso de equipamentos com rolo-faca, durante o dia, elimina as lagartas, que se alojam no solo. Além disso, o produtor não deve usar cobertura morta para impedir que a praga encontre um ambiente propício para se desenvolver.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A lagarta-rosca é uma praga que tem causado danos em muitas culturas nos últimos anos como feijão, milho, soja e algodão.

Assim como a maioria das pragas, o controle deste tipo de lagarta deve ser feito desde antes do plantio, com o monitoramento da área para ver se não há indícios dela na lavoura e nos restos culturais.

Neste post falamos algumas formas de controle com de controlar a lagarta-rosca, sendo os principais controles cultural, químico e biológico (naturalmente).

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Conheça os três tipos de ferrugem do trigo!

Conheça os três tipos de ferrugem do trigo!

trigo é uma cultura de grande importância econômica e alimentícia, pois faz parte da dieta de praticamente toda a população mundial. Mas os produtores enfrentam inúmeros desafios para obter sucesso em seu plantio e um deles é a ferrugem do trigo, neste post vamos falar tudo sobre as três doenças com nome comum de ferrugem do trigo. Se quer saber mais sobre esse assunto continue a leitura.

Vamos lá!

 

Conheça os três tipos de ferrugem do trigo!

 

Com uma produção mundial que gira em torno de 750 milhões de toneladas, o trigo é também uma cultura bastante importante para o agronegócio brasileiro.

Diante da produção interna crescente e da importância do trigo para a economia agrícola brasileira, o interesse de produtores nacionais no cultivo deste cereal cresce a cada ano, representando uma excelente opção de cultivo.

Mas para manter essa grande produção, é necessário atentar-se ao bom manejo e controle de doenças, pois situações adversas podem influenciar na safra.

Na cultura do trigo ocorrem três doenças com o nome comum de ferrugem: ferrugem do colmo, ferrugem da folha, ferrugem linear. Abaixo vamos mostrar os prejuízos e algumas técnicas de manejo dessa doença.

 

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O trigo no agronegócio brasileiro

O trigo está presente em 133 mil propriedades rurais do país e movimenta uma cadeia produtiva que envolve quase 800 mil pessoas. Em 2020 O Brasil realizou a maior safra de grãos de toda a sua história.

Ao lado dos fertilizantes, é uma das principais pautas de importação do agronegócio brasileiro, onerando a balança comercial do País. O Brasil é um dos cinco maiores importadores de trigo do mundo.

Nosso consumo atual é de, aproximadamente, 12 milhões de toneladas, mas, na última safra, produzimos 5,3 milhões de toneladas. Se formos importar o mesmo volume do ano passado, o desembolso poderá chegar aos 10 bilhões de reais.

 

Afinal, quais as doenças com nome Ferrugem do trigo?

Há três tipos de ferrugens do trigo, causadas por espécies diferentes de fungos do gênero Puccinia:

  1. Ferrugem da folha, causada por  triticina;
  2. Ferrugem do colmo (o caule das gramíneas), causada por  graminisf. sp. tritici; e
  3. Ferrugem linear, causada por  striiformisf. sp. tritici – a abreviatura f. sp. significa formae specialis (forma específica), e indica qual espécie (no caso, trigo) é infectada pelo organismo citado.

Abaixo vamos abordar sobre cada um deles, e sua forma de controle.

Quer saber mais sobre o assunto? Clique aqui e assista um vídeo sobre a ferrugem do cafeeiro com o professor Laercio Zambolim:

 

Ferrugem da folha (Puccinia triticina)

A ferrugem da folha do trigo é considerada a ferrugem mais comum desta cultura, ocorrendo em diversas regiões produtoras do Brasil, sendo que as perdas causadas por esta doença podem chegar à ordem de 50% em rendimento de grãos.

O patógeno apresenta raças, sendo que algumas podem parasitar cultivares específicas de cevada e triticale.

O inóculo (esporos do fungo) da ferrugem está presente nas lavouras de trigo todos os anos, já que o fungo sobrevive em plantas voluntárias e os esporos podem ser transportados pelo vento, trazendo a doença de diversas regiões produtoras de trigo na América do Sul.

 

Condições climáticas que favorecem a doença

O clima ideal para o fungo é de 20°C com 3h de molhamento contínuo nas folhas. Porém, a doença pode se desenvolver rapidamente mesmo sob temperaturas entre 10°C e 30°C.

A alta umidade relativa do ar também favorece a doença, especialmente se houver a formação de orvalho, pois os esporos do fungo precisam de um filme de água livre sobre as folhas para germinar e invadir os tecidos foliares.

O relato de epidemias no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina são mais frequentes entre os meses de agosto e setembro.

 

Danos

A ferrugem da folha manifesta-se em todos os órgãos verdes, desde o aparecimento das primeiras folhas até o amadurecimento da planta.

Inicialmente aparecem pequenas urédias arredondadas, de coloração amarelo-alaranjada, ocorrendo preferencialmente na face superior das folhas e estendendo-se às bainhas.

Com a evolução da doença, formam-se as pústulas teliais, as quais são pretas, ovais e permanecem recobertas pela epiderme até o final do ciclo da planta.

 

Controle

De forma geral, o uso de fungicidas é eficiente para o controle químico da ferrugem da folha. O número de aplicações ocorrerá em função da suscetibilidade da cultivar e das condições climáticas favoráveis à ocorrência e progresso da doença na safra.

O intervalo para reaplicação dos fungicidas deve respeitar o período de persistência dos ingredientes ativos utilizados

 

Dano causado pela ferrugem da soja.

 

Ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici)

A ferrugem do colmo foi a doença mais temida dos cereais. Não é tão prejudicial atualmente devido ao desenvolvimento de cultivares resistentes, mas os surtos podem ocorrer quando novas raças do patógeno surgirem contra os tipos existentes de resistência as quais não são eficazes.

A ferrugem do colmo continua a ser uma importante ameaça para o trigo e a cevada e assim, para o abastecimento mundial de alimentos.

 

Danos

As plantas geralmente não apresentam sintomas típicos da doença até 7 a 15 dias após a infecção, quando as pústulas ovais (uredínias), com urediniósporos de cor pardo-ferruginosa, rompem a epiderme.

Microscopicamente, esses esporos são equinulados e avermelhados. As pústulas podem ser abundantes e produzidas em ambas as superfícies das folhas e dos colmos das gramíneas hospedeiras. Mais no final da estação de cultivo, as pústulas (télias) com teliósporos escuros começam a aparecer nas gramíneas infectadas.

 

Controle

A medida preferencial de controle é o uso de cultivares resistentes. No Brasil, os genes Sr 22, 24, 25, 26, 27, 31 e 32 conferem resistência a todas as raças virulentas do fungo. Pode-se utilizar, também, fungicidas sistêmicos do grupo dos triazóis.

 

Ferrugem linear (Puccinia striiformis)

A ferrugem linear ou ferrugem amarela do trigo (Triticum aestivum) é causada pelo fungo Puccinia striiformis. O nome da doença é devido à coloração e à distribuição das urédias nas folhas.

Essa é uma doença de ocorrência esporádica no Brasil, havendo poucos estudos sobre ocorrência, epidemiologia, danos e controle. Na literatura estrangeira são relatadas perdas de 5 a 50%.

 

Condições climáticas que favorecem a doença

A temperatura ideal para germinação dos uredosporos é de 5°C a 15°C, mas desenvolvimento da doença é rápido com temperaturas entre 10°C e 15°C associado à chuva e orvalho contínuo.

Essa condição ambiental favorece a ocorrência antecipada do patógeno durante a estação de cultivo, em comparação às outras duas ferrugens, da folha e do colmo, acarretando maiores danos econômicos.

 

Danos

A ferrugem linear manifesta-se inicialmente em focos na lavora e em todos os órgãos verdes. Em folhas na forma de listras ou linhas pontilhadas amarelas no sentido das nervuras donde o nome comum de ‘ferrugem linear’.

Após o espigamento, nas plantas mais severamente atacadas, ocorre abundante esporulação no interior das glumas, donde o nome comum de ferrugem da gluma [Puccinia glumarum (Schm.) Hericss. & Henn.

Em folhas na forma de listras ou linhas pontilhadas amarelas no sentido das nervuras donde o nome comum de ‘ferrugem linear’

 

Controle

O controle químico por meio de aplicação de fungicidas, deve ser realizado, assim que os primeiros sinais/sintomas da ferrugem linear aparecerem na lavoura, com os mesmos fungicidas indicados para controle da ferrugem da folha (mistura de triazol com estrobirulina).

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A ferrugem da folha do trigo é uma doença fúngica que afeta o trigo, a cevada, os caules do centeio, as folhas e os grãos trazendo um grande prejuízo para o produtor.

Portanto, os manejos preventivos de controle dos diferentes agentes causais da ferrugem do trigo, se demonstram eficientes e de extrema importância para uma boa produtividade.

Resultam no maior controle do patógeno a ponto de evitar e não permitir danos e prejuízos significativos à produtividade da cultura.

Agora você sabe bem a importância de avaliar a severidade da ferrugem. Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo.

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Herbicida: entenda tudo sobre esse assunto!

Herbicida: entenda tudo sobre esse assunto!

O herbicida cumpre um papel indispensável na agricultura, auxiliando os agricultores em suas lavouras. Se você quer entender melhor sobre a ação dos herbicidas e sua classificação, está no lugar certo. Neste artigo vamos discutir tudo que você precisa saber.

 

Herbicida: entenda tudo sobre esse assunto!

 

O que é um herbicida? 

Os herbicidas são agentes biológicos ou substâncias químicas capazes de matar ou suprimir o crescimento de espécies específicas. Entre os agentes biológicos estão os fungos e outros microrganismos.

É muito comum que ervas indesejadas cresçam em meio à plantação e acabem prejudicando o crescimento e o rendimento das culturas, além de também trazerem transtornos na colheita e na venda dos produtos, que podem perder a qualidade ao competir com outras plantas no mesmo território.

Quando o espaço é pequeno, como uma horta, é possível tentar controlar a infestação tirando-as manualmente. Porém, em casos mais graves, apenas os herbicidas podem ser eficazes contra o problema.

 

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Herbicida: aspectos positivos e negativos

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as perdas estimadas causadas pelas plantas daninhas podem chegar a mais de 90% caso nenhum controle seja realizado. Abaixo vamos citar alguns aspectos positivos e negativos com o uso dos herbicidas;

 

Aspectos positivos

  • Previne a interferência precoce
  • Controle efetivo nas linhas de semeadura
  • Flexibilidade quanto a época de aplicação – áreas extensas
  • Redução do tráfego de máquinas
  • Rendimento operacional elevado
  • Menor necessidade de mão de obra

 

Aspectos negativos

  • Necessidade do uso de equipamentos adequados, o que é um investimento elevado;
  • Mão de obra capacitada, a falta de capacitação de funcionários e produtores induz a uma aplicação inadequada;
  • Todos os herbicidas apresentam algum nível de toxidez para o ser humano e o ambiente, muito embora a tendência futura é ter uma queda cada vez maior;
  • herbicida pode permanecer no ambiente por um longo período, podendo causar prejuízos a espécies cultivadas em rotação;

 

Classificação do herbicida

Os herbicidas são classificados de acordo com características de cada um, permitindo estabelecer grupos afins com base na seletividade, época de aplicação, translocação, estrutura química e o mecanismo de ação.”

 

Quanto a seletividade dos herbicidas

 

Seletivos

Sob algumas condições são mais tolerados por determinadas espécies ou variedades de plantas (culturas) do que por outras. Ex: 2,4-D para a cana-de-açúcar; atrazine para o milho; fomesafen para o feijão; imazethapyr para a soja; etc.

Todavia, a seletividade é sempre relativa, pois depende do estádio de desenvolvimento das plantas, das condições climáticas, do tipo de solo, da dose aplicada, etc.

 

Não-seletivos

Atuam indiscriminadamente sobre todas as espécies de plantas. Ex: diquat, praquat, glyphosate. Normalmente são recomendados para uso como dessecantes ou em aplicações dirigidas. Exemplos: diquat, paraquat, glyphosate, etc.

Todavia, por meio da biotecnologia, é possível tornar um herbicida não-seletivo a seletivo para determinado biótipo de uma espécie; exemplo: a soja transgênica resistente ao glyphosate.

 

Quanto a época de aplicação dos herbicidas

 

Pré-plantio

Pré-plantio, pré-plantio incorporado (PPI). A finalidade é controlar a população inicial de plantas daninhas. A maioria produtos não seletivos para a cultura, produtos voláteis, de curto residual. Muito utilizados como dessecantes.

 

Pós-plantio

Pré-emergência, pós-emergência (cultura e plantas daninhas). Seletivos ou não: Forma de absorção do produto (raiz ou folhas).

 

Quanto a translocação dos herbicidas

 

Herbicida de contato

Os herbicidas podem ser de contato quando atuam próximo ou no local onde eles penetram nas plantas; exemplos: paraquat, diquat, lactofen, etc.

O simples fato de um herbicida entrar em contato com a planta não é suficiente para que ele exerça sua ação tóxica. Ele terá necessariamente que penetrar no tecido da planta, atingir a célula e posteriormente a organela, onde atuará para que seus efeitos possam ser observados.

 

Herbicida sistêmicos

Os herbicidas também podem se movimentar (translocar) nas plantas pelo xilema, pelo floema ou por ambos. Quando o movimento (translocação) do herbicida é via floema ou floema e xilema, ele é considerado sistêmico.

Estes herbicidas sistêmicos são capazes de se translocarem a grandes distâncias na planta, como é o caso de 2,4-D, glyphosate, imazethapyr, flazasulfuron, nicosulfuron, picloram, etc.

 

Quanto o mecanismo de ação dos herbicidas

A primeira lesão bioquímica ou biofísica que resulta na morte ou ação final do produto é considerada “mecanismo de ação”.

É importante lembrar que um mesmo herbicida pode influenciar vários processos metabólicos na planta, entretanto a primeira lesão que ele causa na planta pode caracterizar o seu mecanismo de ação.

 

Herbicidas auxínicos

Os herbicidas auxínicos, quando aplicados em plantas sensíveis, induzem mudanças metabólicas e bioquímicas, podendo levá-las à morte.

Estudos sugerem que o metabolismo de ácidos nucléicos e os aspectos metabólicos da plasticidade da parede celular são seriamente afetados.

Acredita-se que estes produtos interfiram na ação da enzima RNA-polimerase e, consequentemente, na síntese de ácidos nucléicos e proteínas.

 

Herbicidas inibidores do fotossistema I

Estes compostos possuem a capacidade de captar elétrons provenientes da fotossíntese (no fotossistema I) e formarem radicais livres.

Estes radicais são instáveis e rapidamente sofrem a auto oxidação. Durante o processo de auto oxidação são produzidos radicais de superóxidos, os quais sofrem o processo de dismutação, para formarem o peróxido de hidrogênio.

 

Plataforma AgroPós

 

Herbicidas inibidores da fotossistema II       

Estes herbicidas inibidores do fotossistema II (derivados das triazinas, das ureias substituídas, dos fenóis etc.) se ligam à proteína D-1 e impedem o fluxo de elétrons e a transformação da energia luminosa em ATP e NADPH. Estes compostos são necessários para fixação do CO2 e o crescimento das plantas.

 

Herbicidas inibidores da PPO

A atividade destes herbicidas é expressa por necrose foliar da planta tratada em pós-emergência, após 4-6 horas de luz solar.

Os primeiros sintomas são manchas verde-escuras nas folhas, dando a impressão de que estão encharcadas pelo rompimento da membrana celular e derramamento de líquido citoplasmático nos intervalos celulares. A estes sintomas iniciais segue-se a necrose.

 

Herbicidas inibidores do arranjo dos microtúbulos

Estes herbicidas inibem o crescimento da radícula e a formação das raízes secundárias. São eficientes apenas quando usados em pré emergência, porque a sua ação principal se manifesta pelo impedimento da formação do sistema radicular das plantas.

 

Herbicidas inibidores da acetolactato sintase      

As sulfoniluréias e as imidazolinonas inibem a síntese dos chamados aminoácidos ramificados (leucina, isoleucina e valina), através da inibição da enzima Aceto Lactato Sintase (ALS); esta inibição interrompe a síntese protéica, que, por sua vez, interfere na síntese do DNA e no crescimento celular.

 

Herbicidas inibidores da ACCase

Estes herbicidas inibem a ação da enzima Acetil Coenzima-A Carboxilase (ACCase). Esta enzima, encontrada no estroma de plastídios, converte o Acetil Coenzima A (Acetil-CoA) em Malonil Coenzima A (Malonil-CoA) pela adição de uma molécula de CO2 ao Acetil-CoA.

 

Tecnologias que agregam qualidade à pulverização

 

Quais os cuidados que devem ser tomados com os herbicidas?   

Os herbicidas, como qualquer pesticida ou agrotóxico, devem ser usados com todo cuidado para não prejudicar o ambiente nem a saúde de quem os aplica.

A toxicidade pode ser aguda (efeito imediato) ou crônica (em razão da exposição prolongada ou repetida ao tóxico), e para proteger-se dos efeitos desses produtos, que podem ser de elevada toxicidade, recomendam-se as seguintes medidas preventivas:

  • Ler com atenção as instruções do rótulo antes de abrir a embalagem, verificando as particularidades, a classe toxicológica e o antídoto (neutralizante) necessário.
  • Em relação ao uso, devem ser observados os seguintes aspectos:
  • Ler e procurar entender as instruções do rótulo dos produtos: não derramar o produto, nunca comer, beber e nem fumar durante o manuseio dos herbicidas.
  • Aplicar sempre a favor do vento e quando este estiver com baixa velocidade.
  • Sempre usar os equipamentos de proteção (máscaras, luvas, macacão, botas especiais, etc.); usar sempre camisa de manga comprida e não lavar o pulverizador em córregos ou nascentes.
  • Deve-se ter pulverizadores próprios para herbicidas evitando usar os que foram empregados com herbicidas hormonais, como o 2,4,5-T, na cultura do algodão.
  • Deve-se dar destino adequado às embalagens para evitar que sejam usadas pela população para colocar água e alimentos.

 

Conclusão

O uso dos herbicidas é muito comum tendo vantagens e desvantagens para o agricultor. Contudo é necessário ter alguns tipos de conhecimento sobre o herbicida como sua classificação, assim o agricultor poderá escolher o mais adequado para aplicação na cultura de interesse.

Um ponto muito importante são os cuidados necessário na aplicação desses produtos, uma vez que não tomarem os cuidados adequado o ser humano pode ser contaminado e ocasionar sérios problemas de saúde. O ideal é seguir as instruções que vem no produto. Em caso de dúvidas procure um profissional da área.

Escrito por Michelly Moraes.

 

Pós-graduação Fitossanidade