(31) 9 8720 -3111 contato@agropos.com.br
Lagarta verde: saiba tudo sobre!

Lagarta verde: saiba tudo sobre!

Neste artigo vamos abordar a questão da lagarta verde, destacando sua diversidade e impacto nas culturas agrícolas. Explora a importância da identificação precisa, os danos que causam, e os métodos de controle. Incluindo o manejo integrado de pragas. Quer saber mais?

Acompanhe!

 

Lagarta verde: saiba tudo sobre!

 

A presença de lagartas verdes nas plantações é uma preocupação constante para agricultores e jardineiros, pois essas pragas podem causar danos significativos a diversas culturas.

O termo “lagarta-verde” abrange várias espécies de lagartas com coloração predominantemente verde, e embora algumas desempenhem papéis naturais nos ecossistemas, outras podem se tornar pragas que afetam negativamente a produção de alimentos e a qualidade das plantas.

Neste texto, exploraremos as características, os danos causados por essas lagartas e os métodos de controle disponíveis para mitigar seus impactos, oferecendo uma visão abrangente sobre essa questão crítica na agricultura e no manejo de áreas verdes.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

O que é lagarta verde?

A “lagarta verde” é um termo genérico usado para descrever várias espécies de lagartas que têm coloração predominantemente verde. Essas lagartas podem pertencer a diferentes famílias de insetos, incluindo borboletas e mariposas. Sua coloração verde geralmente serve como camuflagem em folhagens verdes, ajudando-as a se protegerem de predadores.

É importante notar que “lagarta verde” não se refere a uma espécie específica, mas sim a uma categoria geral de lagartas com coloração verde.

Algumas espécies de lagartas verdes são pragas de culturas agrícolas, enquanto outras desempenham papéis importantes nos ecossistemas como fontes de alimento para aves e outros predadores.

A identificação precisa de uma lagarta verde requer conhecimento em entomologia, a ciência que estuda os insetos, e, em muitos casos, pode ser necessário examinar características específicas, como a forma e as marcas do corpo, para determinar a espécie exata.

 

Quais são as culturas mais afetadas pela lagarta verde?

Diversas culturas agrícolas podem ser afetadas pela lagarta verde, e as espécies exatas de lagartas verdes podem variar de região para região. Algumas das culturas mais afetadas incluem:

  • Milho: lagartas verdes, como a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) e a lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), são pragas comuns do milho. Elas se alimentam das folhas e podem causar danos significativos às lavouras de milho.
  • Soja: lagartas verdes, como a lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) e a lagarta-elasmo, também podem atacar plantações de soja, danificando as folhas e reduzindo o rendimento.
  • Algodão: O algodão é vulnerável a várias espécies de lagartas, incluindo a lagarta-rosada (Pectinophora gossypiella) e a lagarta-das-maçãs (Heliothis armigera), que podem prejudicar a qualidade das fibras de algodão.
  • Tomate: lagartas, como a lagarta-das-frutas (Helicoverpa armigera), podem atacar plantações de tomate, danificando os frutos e as folhas.
  • Repolho e outros vegetais crucíferos: a lagarta verde do repolho (Plutella xylostella) é uma praga comum em culturas crucíferas, como repolho, couve-flor e brócolis. Ela se alimenta das folhas dessas plantas.
  • Cana-de-açúcar: a lagarta-falsa-medideira (Diatraea saccharalis) é uma praga que pode causar danos nas plantações de cana-de-açúcar.
  • Outras culturas: além das culturas mencionadas, lagartas verdes podem afetar uma variedade de outras plantações, incluindo feijão, sorgo, batata, tabaco e muitas outras.

 

Como identificar a lagarta verde?

Para identificar uma lagarta verde, siga estas etapas:

  • Observe a coloração: lagartas verdes geralmente têm uma cor predominantemente verde, mas esta cor pode variar de tom. Preste atenção a qualquer detalhe de cor, como listras, manchas ou marcas únicas.
  • Examine o corpo: observe a forma, tamanho e características do corpo da lagarta. Algumas têm espinhos ou pelos, enquanto outras são mais lisas.
  • Cabeça e segmentos corporais: verifique a cabeça da lagarta em busca de marcas faciais ou padrões de cores distintos. Conte os segmentos do corpo e observe características especiais.
  • Patas: note o número de pares de patas. As lagartas têm três pares de verdadeiras patas segmentadas e vários pares de falsas patas (ventosas abdominais).
  • Hábitos alimentares: conheça a planta hospedeira da lagarta, pois diferentes espécies se alimentam de plantas diferentes.
  • Consulte guias de campo ou especialistas: se a identificação for difícil, guias de campo de entomologia ou ajuda de um especialista podem ser úteis.

Lembre-se de que a identificação precisa muitas vezes requer conhecimento especializado, pois há muitas espécies de lagartas verdes e algumas podem ser muito semelhantes.

Se as lagartas estão causando problemas recorrentes em suas plantas, considerar a consulta a um especialista em insetos ou controle de pragas pode ser a melhor abordagem.

 

Danos causados pela lagarta verde

As lagartas verdes podem causar uma série de danos às culturas agrícolas e às plantas em geral. Os danos variam dependendo da espécie da lagarta e da planta hospedeira. Mas aqui estão alguns dos problemas mais comuns causados por essas pragas:

 

Danos nas folhas

As lagartas verdes geralmente se alimentam das folhas das plantas, e seus hábitos alimentares podem resultar em folhas danificadas ou até mesmo completamente desfolhadas.

Isso reduz a capacidade da planta de realizar a fotossíntese e, consequentemente, prejudica seu crescimento e produção.

 

Danos nos frutos

Em plantas frutíferas e vegetais, as lagartas podem se alimentar dos frutos, causando danos estéticos e comprometendo a qualidade e a comercialização dos produtos.

 

Perda de rendimento

Quando as lagartas causam danos significativos às folhas e aos frutos, as plantas podem ter um rendimento reduzido. Isso é especialmente prejudicial em culturas comerciais, onde os agricultores dependem de altos rendimentos para obter lucro.

 

Transmissão de doenças

Algumas lagartas podem atuar como vetores de doenças, transmitindo patógenos de uma planta para outra. Isso pode aumentar o risco de infecção em culturas.

 

Dano estético

Em paisagismo e jardins ornamentais, lagartas verdes podem prejudicar a aparência das plantas, o que é especialmente indesejável em áreas de beleza paisagística.

 

Redução da qualidade da colheita

Mesmo quando as plantas sobrevivem aos danos das lagartas, a qualidade dos produtos colhidos pode ser reduzida. Frutos e vegetais danificados podem não atender aos padrões de qualidade desejados.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Métodos de controle e manejo da lagarta verde

Existem vários métodos de controle de lagartas, incluindo lagartas verdes, que podem ser implementados com base na extensão da infestação e no tipo de cultura.

Aqui estão alguns métodos de controle comuns:

 

Controle biológico

Utilização de inimigos naturais das lagartas no controle biológico para controlar sua população. Isso pode envolver a introdução de predadores, como joaninhas e vespas parasitoides. Que se alimentam de lagartas, ou o uso de organismos entomopatogênicos, como nematóides ou bactérias, que infectam e matam as lagartas.

 

Uso de pesticidas

Pesticidas químicos são frequentemente usados para controlar lagartas. Inseticidas específicos podem ser aplicados de acordo com as instruções do fabricante.

No entanto, é importante utilizar esses produtos com cautela para evitar impactos negativos no meio ambiente e na saúde humana.

 

Manejo integrado de pragas (MIP)

O Manejo integrado de pragas (MIP) envolve a combinação de várias estratégias de controle. Como o uso de pesticidas seletivos, rotação de culturas, plantio de culturas resistentes a pragas, monitoramento regular das plantações e o uso de armadilhas para capturar lagartas. O MIP visa minimizar o impacto ambiental e econômico dos métodos de controle.

 

Cultural

Práticas agrícolas, como a rotação de culturas e o plantio de variedades resistentes a pragas, podem ajudar a reduzir a exposição das plantas às lagartas.

 

Práticas de manejo

Medidas como a eliminação de plantas hospedeiras em áreas próximas às culturas, remoção manual de lagartas ou a poda de partes da planta afetadas podem ser eficazes em pequenas áreas.

 

Iscas e armadilhas

Iscas e armadilhas podem ser usadas para atrair e capturar lagartas. Isso pode ajudar a reduzir a população de pragas de forma seletiva.

 

Aplicação de produtos naturais

Algumas substâncias naturais, como extratos de plantas ou óleos essenciais, podem ser usadas para repelir ou matar lagartas de forma mais ecológica.

 

Barreiras físicas

O uso de barreiras físicas, como redes ou tecidos de proteção, pode ajudar a manter as lagartas afastadas das plantas.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A “lagarta-verde” é um termo genérico para lagartas com coloração predominantemente verde. Elas podem afetar várias culturas, causando danos às folhas e frutos, redução de rendimento e transmissão de doenças. A identificação precisa é fundamental para o controle.

Métodos incluem controle biológico, pesticidas, manejo integrado de pragas e práticas culturais. O manejo integrado visa equilibrar o controle com a preservação do meio ambiente.

O controle eficaz das lagartas verdes é crucial para proteger as plantações e a qualidade dos produtos.

Curta e compartilhe!

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade

Lagarta de fogo: saiba tudo sobre essa praga!

Lagarta de fogo: saiba tudo sobre essa praga!

A lagarta de fogo é uma espécie tão bonita quanto perigosas. Coloridas, exuberantes e ávidas por alimentos, as lagartas assumem esta condição temporariamente para, depois, se tornarem lindas borboletas ou mariposas. No entanto, é necessário ficar bem alerta diante dessa espécie, pois quanto mais chamativas as lagartas , mais venenosas elas são.

Acompanhe!

 

Lagarta de fogo: saiba tudo sobre essa praga!

 

A lagarta de fogo é uma espécie de taturana classificada como uma das mais perigosas do mundo. Ela é nativa das matas brasileiras na região Sul do país e pode ser encontrada em toda a sua extensão.

O animal geralmente pode ser encontrado em algumas culturas agrícolas como café, abacate, citros e goiaba, por exemplo.

A queimadura da lagarta de fogo exige auxílio médico imediato. Isso porque o indivíduo lesionado pode sofrer com uma série de sintomas; incluindo hemorragia, sangramento no local, queimação, ardência e até insuficiência renal.

Deste modo, como forma de controle da população da taturana, podem ser feitas pulverizações de agentes químicos.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Lagarta de fogo

A lagarta de fogo, também conhecida como Taturana (Megalopyge lanata), tromba de elefante, marandová, maranduvá, embirra, ambirra, lagarta-de-fogo, bicho-cachorrinho, chico-que-queima, bicho-cabeludo, mandruvá ou mondrová é uma lagarta em estágio larval de alguma espécie como mariposas e borboletas.

Este inseto tem 70 milímetros de envergadura, seu corpo é robusto e ele destaca uma coloração preta, com algumas parcelas brancas ou em tons rosados.

Os pelos do animal são castanho-avermelhados e estão presentes em grande quantidade, sendo finos e curtos. Seus predadores naturais são as moscas, as vespas da espécie ichneumonidae, o vírus loobMNPV e o verme Mermitidae.

 

Características físicas das taturanas

Sua coloração pode variar bastante, mas geralmente corresponde à tons verdes, representando cores bem vivas e chamativas (que frequentemente geram acidentes com crianças, que se veem atentadas a tocá-las). Além da coloração, elas também possuem estruturas brancas em formato de ao longo do corpo.

Características físicas das taturanas

 

Seu corpo é coberto por cerdas urticantes em forma de espinhos, responsáveis pela disseminação de seu veneno tóxico e letal.

Depois da passagem pelo estágio completo de metamorfose, tais lagartas darão origem a uma mariposa de coloração cinza nas fêmeas e amarelo ou laranja nos indivíduos machos.

 

Onde encontrá-las?

A espécie é nativa da região sul do Brasil, sendo responsável por dezenas de mortes desde seu primeiro ataque registrado em 1989.

Apesar de ser comum na cidade de Passo Fundo (estado do Rio Grande do Sul), já foi relatada sua presença até no Amapá.

Sua proliferação se dá em períodos de chuva e calor da região, geralmente entre os meses de dezembro a fevereiro. É possível encontrá-las em troncos de árvores, geralmente camufladas e em grupos (o que pode tornar os acidentes ainda mais graves).

Geralmente está localizada em áreas próximas de mata nativa, incluindo o meio urbano e suas moradias, fator que é facilitado pelo processo de desmatamento das florestas locais.

Anteriormente eram localizadas em cedros e aroeiras, mas agora podem aparecer em pomares domésticos, sobretudo em pessegueiros, ameixeiras e abacateiros.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Ciclo de vida

Durante o desenvolvimento do ciclo de vida, esse inseto lepidóptero passa por diversas fases que vão desde ovo, lagarta, pupa até fase adulta, como mariposas.

“Na fase adulta as lagartas de fogo dão origem às mariposas, que após se acasalarem, farão posturas dos ovos e destes surgirão novas gerações de lagartas.

 Os ovos são depositados em troncos e folhas de uma planta na qual as lagartas irão se alimentar”, informou o pesquisador.

Uma das principais características do animal é a sua capacidade de trocar de pele diversas vezes, com isso elas se dirigem até a superfície do solo com o objetivo de formarem casulos (pupas), onde realizam a metamorfose para se transformarem em mariposas e recomeçarem o ciclo da vida.

 

Lagarta de fogo na lavoura

A lagarta de fogo é polífaga, portanto, se alimenta de plantas pertencentes a diversas famílias. Atinge principalmente as culturas frutíferas e provoca grande destruição das folhagens, causando o atraso no desenvolvimento esperado da planta.

A lagarta de fogo afeta as seguintes culturas:

  • abacate;
  • café;
  • citrus;
  • goiaba;
  • manga;
  • pêra;
  • pêssego.

 

Métodos de controle da lagarta de fogo

Para o controle da lagarta de fogo, são indicados os seguintes métodos de controle:

  • aplicação de inseticidas;
  • controle mecânico: pela eliminação dos casulos aderidos ao tronco e aos ramos da planta;
  • controle biológico: a aplicação de agentes como a bactéria Bacillus thuringiensis var.kurstakie o fungo Beauveria bassiana é uma alternativa. Há evidências de lagartas parasitadas pelas moscas da família Tachinidae, cujos ovos eclodem e devoram as lagartas.

 

Acidentes com lagarta de fogo

Somente em 2017 foram registrados mais de 700 acidentes em todo o país, sendo considerada um sério risco para populações da região.

O número de acidentes aumentados é consequência direta do desmatamento, que diminui os predadores naturais da espécie e obriga as taturanas a se aproximarem do meio urbano e dos pomares domésticos.

Frequentemente os acidentes ocorrem de maneira bem inofensiva: a pessoa está tocando no pomar e sem querer encosta ou espreme a lagarta, fazendo com que esse contato libere o veneno contido nas cerdas espinhosas do animal.

Nem sempre um acidente é grave, tudo depende da quantidade de animais e da quantidade de veneno que foi inoculada de acordo com o contato (se ele foi leve ou se houve pressão nas cerdas da lagarta).

  • insuficiência renal aguda;
  • sangramento na urina e na gengiva, caracterizando uma grave síndrome hemorrágica;
  • dor e irritação no local do contato;
  • dor de cabeça e ânsia (podem não ocorrer em todos os casos);
  • sangramentos em outros locais, como: pele, nariz e pequenos ferimentos.

 

O que fazer em casos de acidentes?

  • Procure um serviço de emergências médicas imediatamente;
  • Lave bem o local com água corrente;
  • Não passe nada em cima da queimadura (café, pasta de dente, álcool) e aguarde as recomendações médicas;
  • Faça compressas frias no local;
  • É indicado levar com você alguns exemplares da lagarta fechados em um frasco. Não esqueça de deixar algumas folhas de planta para alimentação e permitir a ventilação. Isso vai facilitar a identificação das lagartas e promover um diagnóstico mais correto.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como podemos ver a lagarta de fogo, popularmente chamada de taturana, é a forma jovem de uma mariposa da família Megalopygidae.

Elas podem trazer alguns prejuízos tantos em lavouras como na vida humana. Neste artigo aprendemos um pouco sobre essa praga além de mostrar alguns métodos de combate do mesmo.

Gostou do nosso artigo? Comente e compartilha.

Escrito por Michelly Moraes.

 

Pós-graduação Fitossanidade

Lagarta-rosca: entenda o que é, e como controlá-las!

Lagarta-rosca: entenda o que é, e como controlá-las!

A Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon) é uma lagarta da ordem Lepidoptera que leva esse nome pelo fato de se encurvar ao se sentir ameaçada ou quando está em repouso.

Esta espécie é encontrada em todo o mundo, é polífaga e causa prejuízos a um grande número de plantas cultivadas, sendo as principais culturas a soja, o milho, o feijão e o algodão. Neste artigo vamos abordar tudo que você precisa saber sobre essa praga.

 

Lagarta-rosca: entenda o que é, e como controlá-las!

 

Lagarta-rosca (Agrotis ípsilon)

Toda praga agrícola é motivo de preocupação, mas existem aquelas que pareciam inofensivas e passam a causar mais dor de cabeça.

A Agrotis ípsilon, conhecida popularmente como lagarta-rosca, ataca diversas culturas, como milho, soja e feijão. A praga recebe esse nome pelo hábito de se encurvar quando se sente em perigo.

Ao longo do dia, a lagarta se esconde no solo aguardando o ataque à noite quando a temperatura está mais amena. Como é polífaga, alimenta-se de diversas espécies de plantas, o que a torna um grande pesadelo de muitos produtores.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Característica da lagarta-rosca

A coloração da lagarta de A. ipsilon varia de cinza-escuro a marrom e possui manchas pretas padronizadas em todo o comprimento do corpo. Podem chegar a 50mm de comprimento e possuem hábito noturno.

Já o adulto desta espécie é uma mariposa de aproximadamente 35 mm de envergadura, de coloração escura, com asas anteriores de coloração marrom-acinzentada com manchas escuras e uma faixa larga de cor castanho claro ao longo da margem externa e asas posteriores semitransparentes.

 

Ciclo biológico

A fêmea da lagarta-rosca chega a colocar em média 1,2 mil ovos, geralmente nas folhas ou no caule da planta, mas também em fendas no solo.

O ciclo biológico da lagarta-rosca varia de 34 a 64 dias (4 dias como ovo, de 20 a 40 dias como larva e de 10 a 20 dias como pupa).

Uma fêmea pode colocar cerca de 1,2 mil ovos brancos, em geral nas folhas ou no caule, mas também em fendas no solo.

 

Como a lagarta ataca as lavouras?

A lagarta-rosca acomete as culturas desde o estágio inicial (emergência das plântulas) até o estágio de florescência. Por esse motivo, ela pode impedir que a cultura se instale na área, pois as plantas não são capazes de se desenvolver com vigor.

Um ambiente propício à proliferação da lagarta-rosca é quando o solo apresenta umidade elevada e com maior carga de matéria orgânica.

A lagarta com tamanho menor concentra o seu ataque nas folhas basais da cultura. Já a lagarta com tamanho maior ataca as plântulas, que acabaram de emergir do solo.

Em lavouras de milho com estágio de desenvolvimento avançado, a lagarta-rosca constrói galerias nos colmos da planta (base) causando o seu tombamento

 

Danos ocasionados pela lagarta-rosca

O principal dano que pode ocorrer com a presença desta praga no campo é a redução do estande, se o ataque ocorrer durante o período de estabelecimento da cultura.

Isso ocorre devido as lagartas cortarem as plântulas de até 20cm de altura. Uma única lagarta pode seccionar várias plantas em uma única noite.

Quando atacam plantas mais velhas, ocorrem sintomas de folhas cortadas ou galerias abertas na base do caule, favorecendo o tombamento, sintoma também conhecido como “coração morto”.

No caso de não ocorrer morte da planta, pode ocorrer sintoma de perfilhamento, bem como o aparecimento de estrias nas folhas. Geralmente, o ataque destas lagartas ocorre em reboleiras.

 

Métodos preventivos

A orientação da Embrapa é que seja feito o monitoramento da lavoura, através de amostragens. Deve-se intervir com medidas adicionais de controle, quando 25% das plantas amostradas apresentarem sinais de ataque da praga.

O controle da lagarta-rosca deve ser feito de forma preventiva, realizando-se:

  • Bom preparo do solo e eliminação das plantas hospedeiras;
  • O manejo antecipado de plantas de cobertura e plantas infestantes é a forma mais promissora de controle desta praga, pois se evita que as lagartas permaneçam na área, caso estejam associadas a estas plantas hospedeiras;
  • Em áreas com histórico de infestação severa deve-se evitar o uso de cobertura morta, restos culturais e restos de capina no cultivo, pois estes materiais oferecem abrigo às lagartas;
  • Aconselhável efetuar as aplicações de inseticidas ao final da tarde, dirigindo-se o jato de pulverização para o solo, junto à base das plantas e em alto volume de calda;

 

Checklist agrícola

 

Métodos de controle 

Sabendo que há a possibilidade de se deparar com a lagarta-rosca, você poderá se preparar com alguns métodos como:

 

Controle biológico

Inimigos naturais da lagarta-rosca podem ser utilizados no controle biológico da praga. Os principais são os entomopatógenos e os microimenopteros, que exterminam a praga da lavoura.

Entretanto, se associar o controle químico ao biológico, o inseticida deve ser utilizado seletivamente para não eliminar esses organismos benéficos.

 Essa seletividade pode ser fisiológica (uso de inseticidas pouco tóxicos) ou ecológica (uso de inseticidas em horários nos quais a praga está mais vulnerável).

 

Controle químico

O tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos é uma excelente alternativa para evitar que a lagarta-rosca ataque a cultura no início do desenvolvimento (emergência das plântulas).

Outro método de controle eficiente é espalhar na lavoura iscas tóxicas constituídas de água, açúcar, farelo de trigo e inseticida (carbamato).

Os produtos inseticidas utilizados devem ser prescritos por engenheiro agrônomo e aplicado com o uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual).

 

 

Controle cultural

Por ser polífaga, a lagarta-rosca pode acometer outras culturas. Sendo assim, o controle cultural com um bom preparo do solo é uma medida eficiente para remover essas plantas hospedeiras (restos culturais).

O uso de equipamentos com rolo-faca, durante o dia, elimina as lagartas, que se alojam no solo. Além disso, o produtor não deve usar cobertura morta para impedir que a praga encontre um ambiente propício para se desenvolver.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A lagarta-rosca é uma praga que tem causado danos em muitas culturas nos últimos anos como feijão, milho, soja e algodão.

Assim como a maioria das pragas, o controle deste tipo de lagarta deve ser feito desde antes do plantio, com o monitoramento da área para ver se não há indícios dela na lavoura e nos restos culturais.

Neste post falamos algumas formas de controle com de controlar a lagarta-rosca, sendo os principais controles cultural, químico e biológico (naturalmente).

Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

 

Pós-graduação Fitossanidade

Lagartas-do-cartucho resistentes transferem proteína Bt para seus descendentes

Lagartas-do-cartucho resistentes transferem proteína Bt para seus descendentes

Lagarta-do-cartucho, principal praga do milho

Estudos com a espécie Spodoptera frugiperda, a lagarta-do-cartucho, detectaram uma das proteínas Bt encontradas em cultivares transgênicas de milho – a Cry1F – nos ovos dos seus descendentes. Assim, antes mesmo que as lagartas eclodam, os embriões já podem ter sido expostos à proteína se a geração anterior se alimentou do milho Bt. Essa proteína é tóxica ao inseto, no entanto, com sua presença desde a fase de ovos, pode aumentar as chances de selecionar indivíduos resistentes.

“Descobrimos que a exposição da principal praga do milho a uma das proteínas Bt já começa no embrião, o que pode contribuir para a pressão de seleção da resistência”, explica a pesquisadora Simone Martins Mendes, da área de Entomologia da Embrapa Milho e Sorgo (MG). A descoberta, inédita e publicada em setembro na revista científica americana Plos One, pode indicar novos caminhos para entender a rápida seleção da resistência dessa praga às tecnologias transgênicas.

“Em outro trabalho, [publicado em 2016 na revista científica europeiaEntomologia Experimentais et Applicata] mostramos que, em quatro gerações de seleção em laboratório, é possível selecionar lagartas resistentes a essa mesma proteína”, reitera a pesquisadora. “Na verdade, temos acompanhado a velocidade da seleção da resistência dessa espécie de praga às proteínas do Bt expressas no milho transgênico nas condições tropicais de cultivo. Já entendemos que muitos são os fatores que podem contribuir para esse quadro”, adianta Simone Mendes.

artigo publicado na Plos One não é o primeiro trabalho científico que mostra o processo de transmissão da proteína Bt para os ovos de insetos. A pesquisadora Debora Pires Paula, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF), detectou anteriormente a proteína Cry1Ac nos ovos de outro lepidóptero, o inseto Chlosyne lacinia, popularmente conhecido como lagarta-do-girassol, após o consumo da proteína pelos parentais, e também em ovos da joaninha predadora Harmonia axyridis. “Contudo, a Spodoptera frugiperda é a principal espécie-alvo da tecnologia Bt no milho que apresentou quebra de resistência à tecnologia para populações coletadas em 2012”, relata a cientista.

O mecanismo de resistência

De acordo com a engenheira agrônoma Camila Souza, autora do estudo que foi tema de dissertação de mestrado no programa de pós-graduação em Entomologia na Universidade Federal de Lavras (Ufla), a resistência a pragas é um dos principais efeitos indesejáveis da expressão de genes cry em culturas Bt e é considerada uma das principais ameaças ao uso sustentável das tecnologias transgênicas.

“As implicações que os processos de transferência da proteína Bt podem ter na evolução da resistência a insetos e até mesmo em organismos não alvo, como nos inimigos naturais, permanecem desconhecidas. Todavia, precisam ser investigadas, pois esses resultados mostram que os organismos não alvo podem ter acesso à proteína tóxica não somente por via direta, por meio de uma presa exposta à proteína, mas também indiretamente, pelos descendentes que ainda não tiveram contato por meio da ingestão da proteína”, demonstra.

A resistência pode ser caracterizada quando uma população de um inseto deixa de ser controlada pela toxina presente na planta transgênica e consegue sobreviver durante todo o ciclo, alimentando-se dessa planta e se reproduzindo. “Naturalmente existem indivíduos nas populações da praga que sobrevivem às proteínas do Bt. Porém, em condições normais, ou seja, sem a exposição constante às plantas transgênicas, a frequência com que esses indivíduos ocorrem é baixa. O processo de seleção da resistência nada mais é que o aumento da frequência de ocorrência desses insetos na população”, explica a pesquisadora Simone Mendes. “No caso do presente estudo, observamos que existe o sequestro da proteína Cry1F da planta Bt para a prole descendente, sendo que essa proteína é transferida dos pais para os ovos”, conclui.

Segundo a autora do estudo, a agrônoma Camila Souza, a alimentação de lagartas com folhas de milho contendo a proteína Cry1F, mesmo que apenas por cinco dias, de acordo com a metodologia utilizada, propiciou o sequestro e a transferência da proteína Bt das plantas para a geração seguinte. “A detecção da proteína Cry1F nos ovos de Spodoptera frugiperda, depois da exposição dos pais à proteína tóxica, confirma que as larvas são capazes de sequestrar a proteína presente nas folhas de milho e transferi-la para a sua prole. Em condições de campo, essa exposição pode ocorrer durante todo o ciclo de desenvolvimento do inseto. Por isso, são necessários estudos para entender todas essas interações no processo de seleção da resistência”, complementa a engenheira-agrônoma.

O trabalho comprovou também que ambos os sexos do inseto têm a capacidade de transmitir a proteína Bt aos descendentes. “Quando ambos os pais foram expostos à proteína, a concentração de Cry1F sequestrada nos ovos foi significativamente maior (quase o dobro) em relação a quando apenas o macho ou a fêmea foram expostos à proteína”, enfatiza Souza.

Importância da área de refúgio é comprovada cientificamente

Após vários ciclos de seleção

Após a seleção

Indivíduos em destaque na cor vermelha: lagartas resistentes à proteína Bt. Na cor azul, suscetíveis

Foram avaliadas populações de lagartas resistentes à proteína Cry1F com ambos os sexos expostos à mesma proteína; lagartas resistentes com apenas o macho exposto à Cry1F; lagartas resistentes com apenas a fêmea exposta; e lagartas suscetíveis não expostas à proteína que serviram como tratamento-controle. Todas as populações avaliadas – resistentes e suscetíveis – foram expostas à proteína no final da fase de desenvolvimento larval. A quantificação da proteína Cry1F nos ovos foi realizada no Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília (DF).

Os resultados mostram que houve diferença significativa em relação à sobrevivência larval quando lagartas resistentes e suscetíveis foram expostas à proteína Cry1F. “Obviamente, a população suscetível apresentou 100% de mortalidade. Contudo, entre as lagartas resistentes, a sobrevivência variou entre 85% e 90%, em média, sendo que os insetos completaram o ciclo de desenvolvimento. Esses resultados mostram que a característica de resistência entre a população resistente foi mantida e que a população suscetível continuou sendo controlada pela proteína Cry1F. Foi verificado também que essa proteína não teve efeito prejudicial na reprodução e longevidade”, explica Camila Souza.

“Nossos resultados contribuem para o entendimento da evolução da resistência e reforçam a importância do uso adequado de áreas de refúgio (veja acima figuras que ilustram a pressão de seleção), uma vez que, quando ambos os sexos resistentes são expostos à proteína, o sequestro e a transferência para os ovos são potencializados”, cita a autora. Refúgio é uma área, dentro da lavoura, onde se planta o milho sem a tecnologia Bt. Seu papel é reduzir a exposição dos insetos-praga ao mecanismo de ação dos transgênicos. Os insetos que nascem na área de refúgio continuam suscetíveis à toxina transgênica e podem se acasalar com os resistentes e, assim, diluir a população de indivíduos que desenvolveram resistência.

“Se imaginarmos a existência das áreas de refúgio em proporção adequada, haveria maior possibilidade de somente um dos pais ser exposto à proteína, reduzindo a exposição embrionária. Além disso, o acasalamento com os indivíduos suscetíveis vindos da área de refúgio teria papel fundamental na redução da exposição dos embriões à proteína de forma prematura. As implicações que esses processos podem ter na evolução da resistência a insetos e no manejo de culturas Bt permanecem desconhecidas, e as consequências da transferência de proteínas Bt precisam ser estudadas”, destaca a pesquisadora.

Como funciona o Bt

Um dos principais problemas surgidos após a ampla adoção do milho Bt foi a seleção de insetos-alvo resistentes às proteínas tóxicas que até então controlavam as principais pragas da cultura, como a lagarta-do-cartucho. O milho Btexpressa uma ou mais proteínas da bactéria Bacillus thuringiensis, que possuem atividade inseticida contra os insetos-alvo.

No Brasil, o primeiro evento de milho transgênico foi liberado para uso comercial pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) em 2008. “Nesses dez anos de utilização da tecnologia transgênica em milho, houve grandes transformações do manejo de praga da cultura”, avalia a pesquisadora Simone Martins Mendes.

Segundo dados de agosto de 2018, da Consultoria Céleres, publicados no documento “20 anos da adoção da biotecnologia agrícola no Brasil: lições aprendidas e novos desafios”, a área plantada com cultivares de milho geneticamente modificado atingiu 107,3 milhões de hectares na última safra, considerando o acumulado entre as safras de verão e de inverno. “A velocidade de adoção do milho transgênico ultrapassou o patamar de 90% da área total da safra de inverno, em apenas dez temporadas de liberação comercial”, informa a consultoria.

“O risco potencial para a evolução da resistência é alto para a lagarta-do-cartucho porque o sistema de produção no Brasil tem sobreposição temporal e espacial do milho Bt. No campo, essas culturas estão expostas à população de Spodoptera frugiperda, sendo que a pressão de seleção é intensa em cada geração da praga, aumentando o risco de seleção de indivíduos resistentes”, diz a agrônoma Camila Fernandes.

—–
Confira: Pós-graduação lato sensu a distância em Melhoramento Genético de Culturas Agronômicas
—–

Preservação da tecnologia

Segundo a engenheira-agrônoma, para prolongar a eficácia de culturas Bt é essencial desenvolver uma gestão estratégica para atrasar a evolução da resistência de pragas aos transgênicos. Uma das principais estratégias apontada pela pesquisa é a utilização da chamada alta dose (elevada expressão, nas cultivares, da proteína Bt) juntamente com a adoção da área de refúgio, impedindo a evolução da resistência. Outro método para o manejo da resistência é a introdução de eventos transgênicos piramidados, ou seja, a combinação de diferentes genes em um só híbrido provendo controle independente contra a mesma praga. As proteínas Vip3a20, por exemplo, possuem características importantes como a resistência a insetos em que a proteína Cry já não faz mais efeito.

A execução do trabalho foi viabilizada por meio da parceria de diversas instituições, como a Embrapa Milho e Sorgo, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, a Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, e a Universidade Federal de Lavras.

Por Embrapa.

Saiba como combater a lagarta-do-cartucho da lavoura de milho

Saiba como combater a lagarta-do-cartucho da lavoura de milho

Essa lagarta é uma das piores pragas que atacam lavouras de milho, causando danos desde a fase de brotação das plantas até o espigamento.

Em 2017, Minas Gerais bateu recorde na colheita de milho. O estado produziu 14 milhões de toneladas do grão, um aumento de pouco mais de 16% de produtividade, de acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Mas vira e mexe os produtores enfrentam dificuldades na lavoura, algumas pragas como a lagarta-do-cartucho são de tirar o sono. Mas você sabe como combate-las?

A plantação de milho na fazenda do produtor Aroldo, em Marilac (MG), ocupa uma área de sete mil metros quadrados. De longe dá gosto de ver o milharal, mas de perto a visão não é nada agradável. Os grãos estão sendo atacados por uma praga. Nessa lavoura o prejuízo é tão grande que quase todos os pés de milho existem folhas cortadas. Isso é uma praga conhecida como lagarta-do-cartucho, que significa que faltaram alguns cuidados no manejo com o grão.

Assista a reportagem na íntegra: