(31) 9 8720 -3111 contato@agropos.com.br
As maiores inovações do mercado de Inventário Florestal

As maiores inovações do mercado de Inventário Florestal

Da mesma forma que já não conseguimos pensar numa vida pessoal sem usar facilidades como as oferecidas pela internet e smartphones, é impossível imaginar uma vida profissional sem as facilidades que hoje estão disponíveis ao sistema florestal.

Nos últimos anos diversas novidades vêm sendo apresentadas. A tecnologia está aliada a estes lançamentos que trazem agilidade e inovação ao mercado florestal, especialmente aos inventários florestais que absorveram rapidamente estas novidades. Estas inovações, além de tornar os trabalhos de inventários mais rápidos e precisos, representam uma boa economia de recursos financeiros, tanto para as indústrias como para os profissionais autônomos.

Vejamos a seguir quais são algumas destas inovações e como elas podem nos ajudar no dia a dia de trabalho no inventário florestal.

Inovações tecnológicas no Inventário Florestal

Neste tópico são listadas cinco tecnologias que hoje já permitem que os inventários florestais sejam realizados de forma mais ágil e eficiente, são eles:

  • Tablets na coleta de dados em campo: diversas empresas florestais utilizam tablets ao invés da tradicional prancheta. Atualmente existem no mercado tablets robustos como o Tab Active 2 da Samsung, que possuem maior durabilidade em campo, baterias com mais capacidade e resistência à quedas, exposição ao sol, chuva, lama e poeira.
  • Aplicativos para coleta de dados: os aplicativos de coleta ajudam a prevenir erros pois são otimizados para interpretar os dados que são inseridos pelos operadores, visto que são considerados os valores das medições anteriores para que não seja possível a inserção acidental de medidas absurdas. Desta forma, o sistema “aprende” baseado nas informações da população qual o range de dados esperado, evitando ainda no campo, que dados errados sejam coletados. Um exemplo deste tipo de aplicativo é o Mata Nativa Móvel.
  • Inteligência artificial: com um banco de dados digital da floresta como base para cálculo, algoritmos de aprendizado de máquina combinam diversas operações matemáticas e estatísticas para obter estimativas de características da floresta, como o volume ou a taxa de mortalidade. Esses mecanismos evoluem conforme vão sendo usados e a base de dados florestal cresce, sendo um aliado no planejamento e na análise da floresta.
  • Sensores: boa parte da tendência tecnológica consiste na utilização de sensores de diversos tipos, colocados no campo e conectados com a internet. Também usa-se drones e até dados de satélites para obter informações da floresta. Essas tecnologias funcionam de maneira autônoma, ou podem ser controladas remotamente, e ainda possuem taxas de atualização da informação muito maiores, com dados semanais, diários e, em certos casos, diversas vezes no mesmo dia.
  • Sistemas de Monitoramento Online: integram diversas ferramentas, como as citadas acima, numa plataforma para acompanhamento online. Esses sistemas podem combinar dados de maneira a criar uma visão geral do ativo florestal para que o gestor possa monitorar o andamento das equipes que estão em campo, o desenvolvimento das árvores, gerar relatórios técnicos, planejar intervenções, entre outras atividades, sem a necessidade de se locomover até a floresta.

As ferramentas citadas beneficiam tanto a um gestor quanto um operário em campo, que tem acesso a uma ferramenta digital para agilizar seu trabalho, como por exemplo ao reduzir trajetos que fazem para chegar ao ponto de medição. Já o gestor, munido com esse arsenal tecnológico, pode tomar decisões de forma mais segura, tendo em vista as informações que tem em mãos sobre a floresta que administra.

Benefícios para o Inventário Florestal

Ainda que reconhecida como importante, a execução contínua de Inventários é considerada onerosa por muitos investidores, pois o sistema tradicional é intensivo de mão de obra, já que a coleta de dados é feita de forma extensiva, ainda que amostral, e exige de grandes empresas a constituição de departamentos dedicados à interpretação desses inventários. Assim, este mercado busca inovações tecnológicas que tornem esta atividade mais atrativa.

Desta maneira, o uso de softwares, drones, de sensoriamento remoto e de algoritmos e cálculos matemáticos por exemplo ajuda a reduzir o trabalho em campo e também melhorar a precisão dos resultados, com economia de dinheiro e de tempo.

Especialistas afirmam que mesmo investindo em equipamentos e tecnologias, os custos da medição do inventário acabam ficando entre 20% e 50% mais baratos que o método convencional devido a agilidade que se consegue alcançar no inventário florestal.

Exemplo de aplicação destas inovações no Inventário Florestal

Eldorado Brasil é uma indústria que tem adotado modernas práticas de mercado ao usar inteligência artificial no inventário florestal. Há pouco tempo, a companhia iniciou testes com a tecnologia de Redes Neurais Artificiais (RNA) no inventário florestal, permitindo estimativas quantitativas e qualitativas das árvores de eucalipto, de maneira mais eficiente e precisa.

Desenvolvido pela Eldorado a partir de um convênio com alunos de doutorado e pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa, a empresa está utilizando RNA para três aplicações principais: redução de tempo na medição da altura de árvores, da forma das árvores e no número de parcelas de inventário por área de plantio. Com isso diminuíram o custo na coleta de informações e melhoraram a assertividade das estimativas geradas.

Para a estimativa convencional da altura das árvores, para a Eldorado por exemplo, é necessário medir o diâmetro e a altura de 14 árvores em cada parcela de inventário (400 m²). Com a tecnologia, é preciso obter o diâmetro e a altura de apenas três árvores por parcela e uma única rede neural faz os cálculos em função de variáveis numéricas (diâmetro, idade, altura dominante) e categóricas (fazenda e material genético). Depois de modeladas com um banco de dados, as redes neurais fazem cálculos para prever o comportamento de uma determinada área. Os resultados obtidos pela empresa com o uso das redes neurais tem sido mais precisos, com redução de 78% das medições realizadas em campo.

Leia também: Tecnologia no agronegócio: 5 tendências que você precisa conhecer
Leia também: Três aplicativos essenciais para Previsão do Tempo
Leia também: Brasil será palco de discussões sobre pesquisa florestal

 

A companhia também usa veículos aéreos não tripulados (Vants) de forma operacional e em larga escala. Os plantios de eucalipto são monitorados por imagens fornecidas pelos equipamentos. A capacidade tecnológica dos drones permite que o trabalho que antes seria realizado de dois a três dias, seja feito em apenas oito horas, visto que cada Vant faz em média dez voos por dia e registra cerca de 230 hectares.

A inovação a nosso favor

Vimos que o uso das mais diferentes inovações tecnológicas permite a melhoria contínua da qualidade da informação e é fundamental para a gestão dos plantios, a valoração do ativo biológico e o planejamento estratégico e tático da floresta.

Todas essas inovações trazem a “Era da Informação” às técnicas de inventário florestal, resultando em operações mais ágeis a partir da obtenção de informações muito mais precisas, consolidando o Inventário Florestal de Precisão.

 

Por: Mata Nativa

Tecnologia no Agronegócio: 5 Ferramentas para Conhecer!

tecnologia no agronegócio

 

Não é novidade que a tecnologia no agronegócio está evoluindo e com isso, influenciando diversos setores econômicos.

As empresas que investem em recursos modernos e inovadores estão garantindo eficiência, sustentabilidade e praticidade.

Do mesmo modo é cada vez mais frequente o uso da tecnologia no agronegócio, uma vez que produtores e profissionais da área buscam frequentemente insumos e técnicas para ter uma produção mais eficiente, rentável e sustentável.

E, engana-se quem pensa que esta é uma realidade distante. Afinal, já é possível sentir os impactos de tal uso na produção e os reflexos na economia.

E você sabe como tem sido essa relação? Confira cinco tendências da aplicação da tecnologia no agronegócio a seguir:

 

Pós-graduação em Gestão e Economia do Agronegócio

 

Uso de sensores no Agronegócio

 

Os sensores estão sendo cada vez mais frequentes nas propriedades rurais.

Isso acontece, pois, a sua instalação permite observar diversos dados importantes sobre a plantação, o solo e outros elementos importantes, tais como o clima.

Além disso, potencializa e agiliza a coleta de dados e executam comandos de forma automática, desenvolvendo atividades em tempo real.

Assim, o emprego desses dispositivos na produção, reúnem informações relevantes para a tomada de decisão do profissional, melhorando a produtividade e consequentemente, aumentando os lucros.

Dentre os sensores mais utilizados estão os que medem a quantidade de chuva, de umidade no solo e ar, térmico, sensores de localização (GPS), dentre outros.

Em breve vou falar um pouco mais sobre os principais tipos de sensores utilizados atualmente!

 

Pós-graduação em Geoprocessamento e Gestão Ambiental

 

Drones no Agronegócio

 

Os drones podem desempenhar uma série de funções no campo e, por isso, seu uso é importante para a agricultura.

Esses dispositivos aéreos são capazes de captar imagens e acompanhar o desenvolvimento da lavoura.

Além disso permitem observar o surgimento de pragas, doenças ou outros problemas no campo.

Os drones são espécies de aeronaves equipados com câmeras especiais que permitem a identificação de áreas que estejam sofrendo com esse hídricos, pragas ou doenças.

Dessa forma, torna-se um equipamento essencial para grandes produtores observarem o comportamento da plantação e agir de forma rápida, caso seja necessário.

 

 

Softwares como Tecnologia no Agronegócio

 

Assim como uma empresa tradicional, uma fazenda ou uma propriedade rural também enfrenta os mesmos processos burocráticos na parte de gestão.

Por essa razão, softwares de gestão modernos e eficientes estão sendo disponibilizados a fim de auxiliar o produtor, principalmente em relação aos custos de produção e para facilitar as tarefas do dia a dia que estão envolvidas no gerenciamento do agronegócio.

Esses sistemas inteligentes podem ser armazenados em nuvem e realizar coletas de dados avançadas, fundamentais para a organização e tomada de decisões importantes na fazenda, evitando o desperdício de tempo e recursos financeiros.

 

tecnologia no agronegócio

 

Biotecnologia no Agronegócio

 

No agronegócio, a aplicação de biotecnologias permite que profissionais encontre o cultivar ideal mais rapidamente a partir da incorporação de genes que vão resultar em características desejáveis na planta em determinadas condições.

Normalmente, o produtor acessa a biotecnologia por meio da semente geneticamente melhorada.

Essas sementes são mais eficientes, com elevada produtividade, tolerância a estresses e resistência a pragas e defensivos.

Mais do que isso, investir em sementes superiores significa reduzir custos com manejo, afinal são mais resistentes a pragas comuns a uma determinada região ou época do ano e garantem uma maior produtividade.

 

Biotecnologia

 

Agricultura de Precisão

 

A agricultura de precisão é um sistema de manejo integrado que reúne informações e tecnologias.

Para isso, leva em conta as variações de espaço e tempo, fatores essenciais para o rendimento da produção.

Isso significa que, leva em consideração a variabilidade de solo, ocorrência de pragas e de condições climáticas dentro de uma mesma propriedade.

Em relação às variações do tempo, a agricultura de precisão considera as diferenças da fazenda durante o período de chuva e na seca.

Com isso, a ideia desse tipo de agricultura é identificar a quantidade adequada de insumos que deve ser aplicada em cada área da propriedade, reduzindo o gasto e tornando o empreendimento mais sustentável.

Também permite a identificação antecipada do estado de maturação das plantas nas diferentes zonas do terreno agrícola e assim otimizar o processo de colheita.

 

A importância dos Sistemas de Informação Geográficas (SIG) no agronegócio.

 

Viu só como é cada vez mais comum a relação entre tecnologia e agronegócio? Se você ainda não utiliza essas tendências, fique ligado pois certamente chegará o dia que as colocará em prática.

Você se sente preparado para isso? Acompanhando os textos do blog você irá saber mais sobre esses e outros assuntos ligados ao agronegócio.

Fique de olho aqui nos posts do blog!

Microrganismos compõem o sistema imunológico do solo e impactam a saúde das plantas

Microrganismos compõem o sistema imunológico do solo e impactam a saúde das plantas

Novas descobertas sobre a relação da composição e o funcionamento de comunidades microbianas complexas do solo durante a interação com a planta revelaram que os microrganismos do solo são fundamentais, uma vez que, dentre as diversas funções desempenhadas pelo microbioma – conjunto de microrganismo do solo, estão o efeito na fisiologia e metabolismo da planta, a aquisição de nutrientes, a tolerância contra estresses abióticos – tolerância ao frio ou a seca, além de proteção contra patógenos.

Conforme o chefe de P&D da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), Rodrigo Mendes, que estuda o uso de técnicas avançadas de biologia molecular no esclarecimento de mecanismos envolvidos na supressão específica de doenças do solo, “o conjunto desses benefícios resultam no crescimento e desenvolvimento de plantas de forma produtiva e saudável”.

A comunidade microbiana do solo interage com a planta, ajuda na aquisição de nutrientes para seu crescimento  – fixam nitrogênio, disponibilizam nutrientes do solo como fósforo, entre outros, age na tolerância contra a seca, presença de substâncias tóxicas entre outras, além de proteger contra o ataque de doenças.

Para o pesquisador, em busca de uma agricultura sustentável, os microbiomas podem desempenhar um papel importante, já que no caso da proteção de plantas contra doenças causadas por patógenos de solo, os solos supressivos, que suprimem o aparecimento de populações de patógenos, são um exemplo de como o entendimento dessa proteção representa uma possibilidade na redução do uso de pesticidas.

Se houver um surto de alguma doença na planta, a biota do solo pode desenvolver mecanismos que barrem essa doença, normalmente aumentando a população de determinados microrganismos antagônicos.

Se for implementado um cultivo de outras plantas que não sejam susceptíveis ao ataque daquela doença por várias safras, e depois voltar a cultivá-la, a proteção volta a se manifestar, agindo mesmo como se o solo tivesse desenvolvido uma “vacina” contra aquele patógeno.

Da mesma forma que o sistema imunológico humano é dividido em imunidade natural (resposta imune inata) e imunidade adaptativa (resposta imune adquirida), os solos supressivos compartilham de características semelhantes. Também existem dois tipos de supressão de doenças de solo – a supressão geral, baseada na atividade microbiológica e a competição do microbioma do solo, universal a todos os solos e a supressão específica, atribuída pela ação de microrganismos específicos do microbioma contra um determinado patógeno.

Rodrigo explica que a supressão específica age como uma vacina. Ela é induzida após um surto da doença em campos cultivados sucessivamente por uma mesma cultura. Com o estabelecimento da supressão específica, mesmo se mantendo a planta hospedeira suscetível na presença do patógeno do solo, o nível da doença é drasticamente reduzido, já que quando a planta não tem imunidade para aquela doença, pode ser colocado um microrganismo ou um conjunto de microrganismos que tornarão este solo capaz de inibi-lo naquela cultura.

“É interessante notar que se em um novo ciclo for introduzida uma cultura que não é hospedeira da doença, a supressão específica pode se dissipar, mas retorna rapidamente quando a cultura hospedeira da doença é reintroduzida no mesmo campo”, diz o pesquisador. Assim, a supressão geral de solos (imunidade já existente) é uma resposta rápida e não específica que oferece a primeira linha de defesa do hospedeiro contra a invasão de um patógeno.

Por outro lado, a supressão específica de doenças do solo e a resposta imune adquirida em humanos precisam de uma exposição prévia ao patógeno, específica a um agente infeccioso e é ativado pelo contato com o patógeno despertando a memória do sistema de defesa. No caso das plantas, a defesa é mantida pelo enriquecimento e ativação de membros específicos do microbioma que antagonizam o patógeno.

O uso de técnicas avançadas de biologia molecular busca explicar mecanismos envolvidos na supressão específica de doenças de solo. No primeiro contato do patógeno com a planta, ocorre a liberação de metabólitos que provocam reações na planta e no microbioma que ocupa a rizosfera, que é a região onde o solo tem contato direto com o sistema radicular da planta.

A interação complexa entre o patógeno, a planta e o microbioma resulta na reestruturação do microbioma da rizosfera e na ativação de funções que blindam o sistema radicular contra a invasão do patógeno.

Esse fenômeno de supressão específica, descrito em várias regiões do mundo em diferentes culturas ,sugere que pode existir uma abordagem universal para engenheirar microbiomas de solos supressivos com a finalidade de diminuir a dependência de pesticidas.
Similarmente ao uso de vacinas em humanos, a resposta imune adquirida de solos pode ser explorada para o desenvolvimento de estratégias para manipular o microbioma dos solos em benefício da saúde das plantas. “Essa mudança de abordagem pode contribuir para a segurança alimentar”, acredita o pesquisador.

Cristina Tordin (MTB 28499)
Embrapa Meio Ambiente

Por: Embrapa

Embrapa lança método de avaliação de potássio para soja e cultivar de feijão no Show Rural

Embrapa lança método de avaliação de potássio para soja e cultivar de feijão no Show Rural

Foto aérea da Vitrine de Tecnologias da Embrapa no Show Rural

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresentará na 31ª edição do Show Rural Coopavel, que será realizada de 04 a 08 de fevereiro, em Cascavel (PR), quase 50 inovações tecnológicas e dois lançamentos: o Fast-K, método de diagnóstico nutricional de soja realizado a campo e a BRS FP403, cultivar de feijão preto de alto rendimento.

A Embrapa estará presente no Show Rural por meio de 10 unidades pesquisa (Embrapa Arroz e Feijão, Embrapa Clima Temperado, Embrapa Gado de Corte, Embrapa Gado de Leite, Embrapa Instrumentação, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Embrapa Pantanal, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Embrapa Soja e Embrapa Suínos e Aves). As inovações trazem incrementos para segmentos, como: produção animal, genética, sistemas de produção sustentáveis de grãos, hortaliças, frutas, entre outros. As tecnologias serão apresentadas em três diferentes ambientes na Casa da Embrapa, na Vitrine de Tecnologias e na Vitrine de Tecnológica de Agroecologia “Vilson Nilson Redel”.

Além disso, os participantes poderão visitar a Livraria da Embrapa que irá comercializar cerca de 160 títulos de diferentes temáticas a preços acessíveis. Os visitantes também poderão interagir com os pesquisadores da Embrapa na Estação do Conhecimento, local em que serão promovidas 35 palestras sobre sete diferentes temas.

LANÇAMENTOS
Fast-K – método de avaliação de potássio a campo para a cultura da soja

O potássio (K) é o segundo nutriente mais exigido e também o segundo mais exportado pela cultura da soja. Esta alta exportação (cerca de 20 kg/ha de K2O para cada tonelada de grãos) pode levar à redução da disponibilidade de K no solo, caso os produtores não reapliquem quantidades de fertilizantes potássicos compatíveis com as exportadas.  Para aprimorar o manejo nutricional da cultura, a Embrapa desenvolveu uma ferramenta rápida para a avaliação do teor de K nas folhas de soja, de fácil utilização e interpretação e que permite ao produtor ter tempo hábil para tomar decisões em relação ao uso de insumos agrícolas de modo a evitar perdas e garantir a produtividade.

O “Método para determinação da concentração foliar de potássio (K) em condições de campo na cultura da soja” dispensa o uso de técnicas laboratoriais para a diagnose foliar (método padrão), eliminando a possibilidade de defasagem entre a amostragem, o preparo da amostra no laboratório e a emissão do resultado, que pode dificultar a tomada de decisão, em muitos casos tornando tardia a correção da deficiência.

Feijão de grão preto BRS FP403

É uma cultivar com alto rendimento, potencial de 4,7 mil quilos por hectare. Apresenta ciclo normal de crescimento (85-95 dias) e é recomendada para cultivo em 19 estados brasileiros. A BRS FP403 tem uma boa arquitetura de raizes com sistema radicular bastante vigoroso e tolerante a murcha de fusarium e Podridão-radicular-seca. Os seus grãos são graúdos com alta qualidade industrial. Possui plantas com porte semi prostrado e inserção de vagens altas em relação ao solo proporcionando adaptação à colheita mecânica direta.

Destaques

iLPF em realidade virtual: um dos destaques da Casa da Embrapa será a possibilidade de vivenciar o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta por meio da realidade virtual. Utilizando um óculos de realidade aumentada, o visitante verá a transformação de uma área degradada, com baixa capacidade de produção, em uma área produtiva e sustentável. O público também poderá adquirir as publicações da Embrapa para diferentes sistemas de produção.

Kit para monitoramento de insetos na soja: o kit reúne um pano de batida, uma caderneta de campo para monitoramento de insetos, um manual de identificação de insetos-pragas e um folder com informações gerais sobre Manejo Integrado de Pragas da Soja. O kit foi organizado para facilitar a aquisição de um produto completo para monitoramento de pragas na lavoura de soja. Diferente da tradicional ficha de monitoramento, a caderneta de campo foi planejada no formato de bolso para facilitar o registro, transporte e manuseio dos dados a campo por parte dos usuários. Nela também têm orientações de como realizar amostragens, além dos níveis de ação que devem ser considerados para tomada de decisão. O kit será comercializado na Livraria da Embrapa.

Sensoreamento remoto e aplicação na produção agrícola –  Na Vitrine de Tecnologias da Embrapa também estão previstas demonstrações de ferramentas de sensoreamento remoto no monitoramento de estresses na cultura da soja e indicadores para se ter o melhor uso das ferramentas digitais e das novas tecnologias no sistema de produção agrícola.

Ideias for Milk – A Embrapa também irá participar do Show Rural Digital com um painel enfocando o Ideias for Milk, iniciativa realizada anualmente pela Embrapa Gado de Leite, em que congrega um hackathon (Vacathon) e um desafio de startups. O objetivo é apresentar soluções digitais para os problemas da pecuária de leite. O painel será realizado no dia 7 de fevereiro e terá a participação de quatro startups vencedoras nas edições do Ideas for Milk. Ao final da exposição, haverá uma mesa redonda, debatendo sobre a Agricultura 4.0 e a revolução digital no campo.

Casa da Embrapa

Na área animal, os destaques são a produção de suínos em família sem uso coletivo de antimicrobianos e a compostagem, desidratação e biodigestão como alternativas para a destinação correta de animais mortos nas propriedades rurais. Na área de grãos, serão apresentadas uma coleção de sementes de feijão e tecnologias para o sistema de produção de soja. O visitante poderá se atualizar sobre temas que podem comprometer a produtividade da cultura da soja, como pragas, doenças, plantas daninhas e manejo da fertilidade solo.

Variedades de abacaxi, banana e mandioca da Embrapa, além da rede RENIVA que possibilita a produção em larga escala de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária estarão sendo demostradas. Outra novidade são os nanopigmentos magnéticos. Diferentemente de um pigmento tradicional em que a cor consiste na característica mais marcante, os nanopigmentos magnéticos, além da cor, respondem à aplicação de um campo magnético externo por meio de um imã, o que lhes dá novas características. O uso desse material pode ocorrer em diversos setores, especialmente na agricultura, mas também na biomedicina, na farmacologia e até mesmo na indústria têxtil e cosmética.

Vitrine de Tecnologias

Na Vitrine da Embrapa serão apresentadas variedades para as culturas da soja, feijão e mandioca. Na cultura da soja, a Embrapa apresenta as cultivares convencionais, BRS 511, BRS 284 e BRS 283, as transgênicas BRS 413 RR, BRS 433 RR, BRS 388 RR, BRS 399 RR, e com tecnologia Intacta, BRS 1001 IPRO, BRS 1003 IPRO, BRS 1007 IPRO e BRS 1010 IPRO. Todas apresentam ótimo desempenho e resistência às principais doenças que atacam a cultura.

Também serão apresentadas as variedades de feijão, com grãos do tipo preto, carioca e especial: BRS Esteio, BRS Esplendor, BRS FC104, BRS FC402, BRS Estilo, BRS Ártico, BRS Embaixador, BRSMG Realce e a BRS FP403, cultivar em lançamento. Além de grãos, experimentos com a cultura da mandioca foram implantados com variedades apropriadas para o Centro-Sul do país. Serão apresentadas as mandiocas de mesa, BRS 396 e BRS 399, além da mandioca para indústria BRS CS01.

Estação do Conhecimento

A Vitrine de Tecnologias da Embrapa abriga ainda a Estação do Conhecimento, onde estão programadas mini-palestras com orientações práticas. A ideia é facilitar a interação do produtor com a equipe técnica da Embrapa. Confira a agenda do dia na Vitrine de Tecnologias da Embrapa ou no site especial da Embrapa no Show Rural.

Vitrine Tecnológica de Agroecologia

Nesse espaço, a Embrapa em conjunto com uma rede de parceiros, demonstrará os princípios da Agroecologia e a diversidade de cultivos, onde se empregam técnicas com baixo impacto ambiental, acessíveis aos agricultores, com diferentes fontes de renda e possibilidades de agregação de valor. Como destaque da Embrapa, será apresentada uma prensa manual para silagem, um sistema de irrigação alternativo de baixo custo em garrafas PET, e uma câmara de multiplicação rápida com as manivas em brotação.

Texto: Andrea Vilardo e Lebna Landgraf (MTb 2903/PR)

Por Embrapa.

Empresas vão investir US$ 1 bilhão para combater descarte incorreto de plásticos

Empresas vão investir US$ 1 bilhão para combater descarte incorreto de plásticos

plástico

Cerca de 80% dos resíduos plásticos nos oceanos começa como lixo nas cidades e a maioria chega por meio dos rios. A estimativa é que 90% dos resíduos plásticos que chegam pelos rios aos oceanos vêm dos 10 maiores rios no mundo – oito na Ásia e dois na África. Os números são de uma pesquisa da Ocean Conservacy.

Diante deste cenário, 29 empresas globais dos setores de plástico e bens de consumo lançaram nesta quarta-feira (16) uma aliança visando implementar soluções para a eliminação do descarte de material plástico no meio ambiente, especialmente nos oceanos.

A AEPW – Alliance to End Plastic Waste (Aliança para o Fim dos Resíduos Plásticos) está destinando mais de US$ 1 bilhão a esse objetivo, com a meta de investir US$ 1,5 bilhão nos próximos cinco anos.

A Aliança irá desenvolver e implementar soluções que minimizem os resíduos plásticos e promovam destinos sustentáveis para plásticos usados, gerando uma economia circular em torno desses resíduos.

“Todos concordam que o lugar dos resíduos plásticos não é nos oceanos ou em qualquer lugar do meio ambiente.

Este é um desafio global sério e complexo que exige ações rápidas e forte liderança.”, afirma David Taylor, Presidente e CEO da Procter & Gamble ((P&G), e presidente da AEPW. “Eu convoco todas as empresas, grandes ou pequenas e de todas as regiões e setores, a se juntarem a nós”, complementou.

“A história nos mostrou que ações coletivas e parcerias entre a indústria, governo e ONGs podem entregar soluções inovadoras para um desafio global como esse”, comenta Bob Patel, CEO da LyondellBasell, e vice-presidente da AEPW. “O problema dos resíduos plásticos é visto e sentido em todo o mundo. Ele deve ser combatido, e acreditamos que a hora de agir é agora”.

Projetos previstos

A Aliança é uma organização sem fins lucrativos e ao anunciar o investimento também ressaltou o pacote de medidas previsto.

Entre os projetos, há parcerias com prefeituras para sistemas integrados de gestão de resíduos em grandes áreas urbanas com baixa infraestrutura; promoção de modelos de negócios e empreendedores que trabalhem pela prevenção de plásticos no oceano e pela gestão de resíduos e reciclagem e a criação de um banco de dados global, aberto e científico, para dar suporte a projetos de gestão de resíduos globalmente.

O grupo ainda afirma irá fazer investimentos adicionais nos próximos meses. Gerenciamento de resíduos, reciclagem, reutilização de plásticos, educação e engajamento de governos, empresas e comunidades e limpeza de áreas com concentração de resíduos plásticos estão entre as prioridades.

Confira abaixo as empresas que são membros fundadores da Aliança: Braskem, BASF, Berry Global, Chevron Phillips Chemical Company LLC, Clariant, Covestro, CP Group, Dow, DSM, ExxonMobil, Formosa Plastics Corporation USA, Henkel, LyondellBasell, Mitsubishi Chemical Holdings, Mitsui Chemicals, Nova Chemicals, OxyChem, PolyOne, Procter & Gamble, Reliance Industries, SABIC, Sasol, Suez, Shell Chemical, SCG Chemicals, Sumitomo Chemical, Total, Veolia e Versalis (Eni).

“Pouco e atrasado”

Sobre a fala de Bob Patel nem todos concordam. Apesar de ser claro que é preciso fazer algo, talvez as medidas não sejam tão eficazes como se espera. “Este anúncio da indústria é muito pouco, muito atrasado”, afirma Dianna Cohen, CEO da Plastic Pollution Coalition. Para ela, mais do que reciclar é preciso trabalhar na redução -, o que é um grande desafio para as companhias que compõem a aliança: a brasileira Braskem, BASF e a Shell estão entre membros fundadores.

“A produção de plásticos deverá aumentar em 40% na próxima década. A reciclagem não resolve o problema, e o plástico descartável está preenchendo nossos cursos d’água, oceanos e meio ambiente.

Essas empresas globais devem tomar medidas para reduzir a produção de plástico.

Precisamos desligar a torneira. Como o capitão Charles Moore (umadas maiores referências no tema lixo marinho) costuma dizer, sem redução, o investimento em reciclagem e limpeza é como esvaziar uma banheira transbordante com uma colher de chá”, comenta Dianna.