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Herbicida folha larga: saiba tudo!  

Herbicida folha larga: saiba tudo!  

Os herbicidas são um dos produtos mais recomendados para o controle das plantas daninhas nas lavouras. Entre as variedades existentes no mercado hoje vamos falar sobre o herbicida folha larga.

Com várias versões disponíveis no mercado, a aplicação desses agroquímicos requer cuidado e responsabilidade, já que também podem afetar as culturas ou gerar resistência das plantas daninhas aos produtos. 

Desse modo, é essencial entender como o mecanismo de ação de cada tipo herbicida funciona para, assim, aplicá-lo da melhor forma na lavoura. 

Pensando nisso, preparamos um artigo que servirá como um guia básico com tudo o que você precisa saber sobre herbicidas. 

  

Herbicida folha larga: saiba tudo!  

 

Mas afinal, o que é herbicida?  

Os herbicidas são substâncias químicas ou agentes biológicos micro ou macroorganismos vivos que matam ou suprimem o crescimento de espécies específicas de plantas. 

A função dos herbicidas nas lavouras é como um método de controle para plantas daninhas. Estas espécies competem com as culturas por água, luz e nutrientes. O que, consequentemente, prejudica o desenvolvimento dos vegetais. 

Além disso, as plantas daninhas também podem ser hospedeiras de pragas e organismos que podem causar doenças nos cultivares.  

Doente, a lavoura tem seu desenvolvimento prejudicado, o que afeta sua produção e leva a um maior controle químico, com a aplicação de defensivos agrícolas. 

 

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Como surgiram os herbicidas  

O controle mais específico de ervas daninhas em campos de cereais foi desenvolvido na França em 1896.Conhecido como Sinox, esse herbicida francês foi o primeiro defensivo químico orgânico utilizado em grandes culturas.  

A partir dele, outros produtos foram sendo usados e princípios ativos descobertos. Porém, a indústria de herbicidas teve sua expansão a partir da década de 1940. Novos herbicidas foram desenvolvidos, e em 20 anos, a pesquisa contava com mais de 100 novos produtos. 

Os novos herbicidas foram revolucionários, permitiam um controle eficaz das ervas daninhas em doses baixas. Passando de mais de 10 kg por hectare para apenas 2 kg por hectare, por exemplo.  

No entanto, muitos desses novos produtos se mostraram tóxicos para os animais e para o meio ambiente e por isso, foram descontinuados em muitos países. 

 

Herbicida: aspectos positivos e negativos 

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as perdas estimadas causadas pelas plantas daninhas podem chegar a mais de 90% caso nenhum controle seja realizado.  

Abaixo vamos citar alguns aspectos positivos e negativos com o uso dos herbicidas; 

  

Aspectos positivos 

  • Previne a interferência precoce 
  • Controle efetivo nas linhas de semeadura 
  • Flexibilidade quanto a época de aplicação – áreas extensas 
  • Redução do tráfego de máquinas 
  • Rendimento operacional elevado 
  • Menor necessidade de mão de obra 

  

Aspectos negativos 

  • Necessidade do uso de equipamentos adequados, o que é um investimento elevado; 
  • Mão de obra capacitada, a falta de capacitação de funcionários e produtores induz a uma aplicação inadequada; 
  • Todos os herbicidas apresentam algum nível de toxidez para o ser humano e o ambiente. Muito embora a tendência futura é ter uma queda cada vez maior; 
  • O herbicida pode permanecer no ambiente por um longo período, podendo causar prejuízos a espécies cultivadas em rotação; 

  

Herbicida folha larga 

Os herbicidas são classificados de acordo com características de cada um. Permitindo estabelecer grupos afins com base na seletividade, época de aplicação, translocação, estrutura química e o mecanismo de ação.

Hoje vamos falar um pouquinho sobre o herbicida folha larga. Vamos, lá? 

 

Tecnologias que agregam qualidade à pulverização

 

Afinal, o que é herbicida folha larga? 

O herbicida de folha larga é um tipo de herbicida utilizado para controlar o crescimento de plantas daninhas de folhas largas. Essas plantas podem incluir ervas daninhas como dente-de-leão, trevo e trevo branco, entre outras. 

O herbicida de folhas largas é projetado para matar ou enfraquecer especificamente essas plantas indesejadas. Sem prejudicar as plantas cultivadas ou outras vegetações ao redor. Isso é feito através da aplicação do herbicida diretamente nas folhas das plantas daninhas ou por meio da sua aplicação ao solo. 

 

Variedades no mercado 

Existem diferentes tipos de herbicidas de folhas largas disponíveis no mercado, que variam em sua eficácia, velocidade de ação e método de aplicação.  

Além disso, alguns herbicidas são mais seletivos, ou seja, têm como alvo apenas certos tipos de plantas daninhas, enquanto outros são de amplo espectro e podem matar uma ampla variedade de plantas. 

É importante seguir as instruções de aplicação do herbicida de folhas largas para garantir a segurança e eficácia do produto. Isso inclui a diluição correta do produto, a aplicação na dose recomendada e o uso adequado de equipamentos de proteção individual. 

 

Exemplos de herbicida folha larga  

Um exemplo de herbicida de folha larga comumente utilizado é o 2,4-D. Esse herbicida é eficaz no controle de plantas daninhas de folhas largas, como dente-de-leão, trevo e gramíneas de inverno. 

 O 2,4-D é um herbicida seletivo de ação hormonal, ou seja, ele interfere no crescimento e desenvolvimento das plantas daninhas de folhas largas.  

Ele deve ser aplicado diretamente nas folhas das plantas alvo, preferencialmente em dias ensolarados e com previsão de ausência de chuva nas próximas 24 horas. 

É importante ressaltar que, embora o 2,4-D seja seletivo para plantas daninhas de folhas largas, ele pode causar danos em plantas cultivadas sensíveis, como algumas variedades de gramados e árvores frutíferas. 

 Por isso, é fundamental seguir as instruções de uso e aplicação do produto, além de evitar a pulverização próxima a plantas desejadas. 

Outros tipos de herbicidas de folha larga incluem o glyphosate, o dicamba e o metsulfuron-metil. Cada um desses herbicidas possui características específicas de uso e ação, devendo ser aplicados de acordo com as recomendações dos fabricantes e das regulamentações locais. 

 

O uso e aplicação do herbicida folha larga  

O uso de herbicidas deve ser feito com cautela, levando em consideração os impactos ambientais e a saúde humana. Portanto, é importante explorar alternativas de controle de plantas daninhas, como o manejo integrado de pragas, o controle mecânico ou o uso de herbicidas seletivos. 

Além disso, é essencial seguir as regulamentações e leis locais em relação ao uso de herbicidas. Alguns produtos podem ser restritos ou exigir licenças especiais para uso, especialmente em áreas sensíveis, como parques, jardins públicos ou terrenos agrícolas próximos a corpos d’água. 

Em suma, o herbicida de folha larga é uma ferramenta eficaz no controle de plantas daninhas indesejadas. No entanto, seu uso deve ser feito com cuidado e responsabilidade. Garantindo a segurança do meio ambiente e da saúde humana. 

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão  

Em conclusão, o herbicida de folha larga é uma ferramenta eficaz no controle de plantas daninhas indesejadas de folhas largas. No entanto, seu uso deve ser feito com cuidado, seguindo as instruções e recomendações do fabricante.  

É importante também considerar alternativas de controle de plantas daninhas. Levando em conta os impactos ambientais e a saúde humana. Sempre busque orientação especializada para o uso adequado e seguro do herbicida de folha larga. 

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Escrito por Michelly Moraes.

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Dessecagem pré-colheita: entenda!

Você sabe que é e como é feita a dessecagem na agricultura? Entenda neste artigo o que é essa prática, quais seus benefícios e possíveis malefícios, como realizar, entre outros detalhes importantes para evitar perdas de produtividade e melhorar o seu planejamento.

Acompanhe! 

 

Dessecagem

 

O que é e como é feita a dessecagem na agricultura?

A dessecação para a pré-colheita usa um herbicida conhecido como dessecante para cumprir basicamente três objetivos:

  • controlar o desenvolvimento de plantas daninhas no talhão;
  • antecipar em cerca de três dias a uma semana a colheita;
  • uniformizar a área da lavoura.

Os dessecantes são defensivos que atuam como inibidores de processos de desenvolvimento da planta, provocando sua morte por deficiência metabólica. Por não se tratar de um herbicida seletivo, é preciso ter muito cuidado e conhecimento no seu uso.

A dessecação é muito adotada na cultura da soja, por exemplo, antecipando a colheita para o plantio do milho safrinha. No entanto, essa prática é usada também em outras lavouras, como:

 

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Vantagens da dessecagem

Entre as principais vantagens da dessecação para a colheita antecipada, estão:

  • eliminação de plantas hospedeiras de pragas;
  • auxílio à preservação da tecnologia Bt;
  • palha totalmente seca para a semeadura;
  • maior uniformidade na maturação dos grãos;
  • coleta de grãos com menos impurezas;
  • melhores preços com a oferta antecipada de grãos;
  • uniformização de retenção de hastes verdes e retenção foliar;
  • entrada do milho safrinha em uma época mais adequada;
  • sementes de maior qualidade sanitária e fisiológica;
  • facilidade no controle de daninhas ao realizar a dessecação sequencial;
  • facilidade na semeadura da cultura.

Apesar dessas enormes vantagens, é necessário um bom planejamento e tomar certos cuidados para garantir bons resultados.

Esse tipo de manejo é indicado por especialistas somente para a produção de grãos. Já na produção de sementes, a dessecação pode comprometer a qualidade do produto, diminuindo seu potencial de germinação.

 

Dessecagem na cultura da soja

A dessecação pré-colheita da soja é uma prática importante para os sojicultores, pois promove a uniformidade de maturação e umidade da cultura da soja antes da colheita.

Isso permite uma colheita mais fácil e eficiente, pois a secagem da soja e o controle de plantas daninhas aumenta o rendimento operacional do maquinário, evitando o “embuchamento” promovido por hastes e folhas verdes.

Ao dessecar as lavouras de soja, os agricultores também podem obter sementes de maior qualidade, pois os grãos terão um menor teor de umidade, evitando danos mecânicos e facilitando processos de secagem, armazenagem e transporte. “Isso pode resultar em maiores taxas de germinação de sementes e melhor viabilidade das sementes”.

 

Herbicidas para a dessecação pré-colheita da soja

O agente de maior influência no resultado da dessecação pré-colheita é o produto utilizado. Não apenas por ser um dos poucos fatores sobre os quais o produtor tem controle nesta empreitada, mas porque o herbicida adotado não pode deixar resíduos tóxicos no grão a ser colhido ou afetar a qualidade das sementes produzidas.

Sendo assim, além da eficácia do produto, é preciso respeitar o tempo de carência previsto na bula do herbicida para que a operação ocorra de forma correta.

Nesse contexto, a escolha do produto é muito importante. Segundo a Fundação MS, o sojicultor deve considerar as seguintes características para adotar o herbicida ideal:

  • O herbicida deve apresentar ação de contato.
  • A absorção do produto deve ocorrer em até 30 minutos.
  • O herbicida não pode apresentar efeito residual.

Os principais herbicidas utilizados nesta operação são os considerados não seletivos, com efeito de contato e baixa persistência no solo.

 

Dessecagem eficiente para colheita alguns cuidados!

Para fazer a dessecação é preciso tomar alguns cuidados e seguir algumas recomendações. Considere as principais delas abaixo.

 

O momento certo

Em primeiro lugar, é bom destacar que a dessecação nunca deve ser feita antes da maturação fisiológica dos grãos. No caso da soja, por exemplo, existem alguns parâmetros para identificar isso.

 A fase ideal é a partir do estádio R6.5 e R7.0. A partir desse ponto, boa parte das vagens estão amareladas cerca de 50%. Normalmente isso ocorre entre 10 e 15 dias antes da data para a colheita.

Por outro lado, não é indicado demorar para colher após a dessecação, pois pode haver ocorrências de vagens abertas, germinação ainda no pé dentro da vagem (em caso de umidade em excesso) e grãos “ardidos”.

 

A previsão meteorológica

Ao aplicar o dessecante na lavoura, o agricultor precisa lembrar que a planta vai morrer muito rápido. Então, o trabalho precisa ser feito com dinamismo.

Para isso, é preciso estar de olho na previsão das condições climáticas. Chuvas podem atrapalhar bastante o trabalho de colheita e até ocasionar perdas na operação.

 

O cuidado com a deriva

Ao aplicar o dessecante é preciso tomar muito cuidado para que não haja deriva, conduzindo o produto a lavouras próximas. Lembre-se de que o herbicida não é seletivo e sua ação ocorre principalmente pelo contato.

 

Checklist agrícola

 

A orientação de um profissional

Todo produtor que deseja adotar o sistema de dessecação precisa buscar e seguir orientações de um profissional agrônomo. Ele fará um diagnóstico da área, analisará as especificações do herbicida e fará uma receita adequada a cada caso. Dessa forma, será possível iniciar a dessecação e a colheita antecipada com segurança e eficiência.

 

A escolha do dessecante

O herbicida usado para a dessecação depende do tipo de planta daninha de maior abundância no talhão. Por exemplo, levando em conta as lavouras de soja, podemos afirmar que:

  • em ervas daninhas gramíneas, podem ser usadas herbicidas com base de Paraquat;
  • em ervas daninhas de folhas largas, recomendam-se produtos com base de Diquat.
  • Esses produtos são de rápida absorção (cerca de 30 minutos) e não deixam resíduos na soja.

 

O período de carência

O período de carência é o prazo entre a aplicação e a colheita, que fica entre sete e dez dias. Isso é importante para não haver resíduos no grão, garantindo, assim, a segurança alimentar.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A dessecação da soja pode trazer muitos benefícios, principalmente para produtores que costumam realizar um cultivo subsequente à cultura da soja e além disso, pode auxiliar no planejamento e escalonamento da colheita.

No entanto, é preciso tomar alguns cuidados para acertar o momento adequado da aplicação, assim como a utilização de produtos eficientes e recomendados para cada situação. Além disso, é necessário atentar-se ao planejamento de colheita, para que o escalonamento das dessecações seja adequado com sua capacidade operacional de colheita.

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Escrito por Michelly Moraes.

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Herbicidas de contato: entenda sua translocação!

Herbicidas de contato: entenda sua translocação!

Os herbicidas são classificados de acordo com características de cada um, permitindo estabelecer grupos afins com base na seletividade, época de aplicação, translocação, estrutura química e o mecanismo de ação. Neste artigo vamos abordar tudo sobre essa translocação e os herbicidas de contato.

Venha Comigo!

 

Herbicidas de contato: entenda sua translocação!

 

Todo plantio principal pode acabar concorrendo por nutrientes com plantas daninhas, isso faz com que os nutrientes da terra sejam divididos entre as culturas. Dessa forma, o plantio principal é prejudicado, tanto no crescimento quanto na produtividade.

É aí que entra a ação dos herbicidas, um dos tipos de agrotóxico ou defensivo agrícola que permite ao produtor rural usar melhor todos os nutrientes da terra, garantindo que a cultura não sairá prejudicada.

O fato é que existem diversos tipos de herbicida, abaixo vamos falar tudo que você precisa saber sobre os tipos e translocação.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Afinal, o que é Herbicida?

Os herbicidas são substâncias químicas ou agentes biológicos micro ou macroorganismos vivos que matam ou suprimem o crescimento de espécies específicas de plantas.

A função dos herbicidas nas lavouras é como um método de controle para plantas daninhas. Estas espécies competem com as culturas por água, luz e nutrientes o que, consequentemente, prejudica o desenvolvimento dos vegetais.

Além disso, as plantas daninhas também podem ser hospedeiras de pragas e organismos que podem causar doenças nos cultivares.

Doente, a lavoura tem seu desenvolvimento prejudicado, o que afeta sua produção e leva a um maior controle químico, com a aplicação de defensivos agrícolas.

 

Herbicidas: aspectos positivos e negativos

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as perdas estimadas causadas pelas plantas daninhas podem chegar a mais de 90% caso nenhum controle seja realizado. Abaixo vamos citar alguns aspectos positivos e negativos com o uso dos herbicidas;

 

Aspectos positivos

  • Previne a interferência precoce;
  • Controle efetivo nas linhas de semeadura;
  • Flexibilidade quanto a época de aplicação – áreas extensas;
  • Redução do tráfego de máquinas;
  • Rendimento operacional elevado;
  • Menor necessidade de mão de obra.

 

Aspectos negativos

  • Necessidade do uso de equipamentos adequados, o que é um investimento elevado;
  • Mão de obra capacitada, a falta de capacitação de funcionários e produtores induz a uma aplicação inadequada;
  • Todos os herbicidas apresentam algum nível de toxidez para o ser humano e o ambiente, muito embora a tendência futura é ter uma queda cada vez maior;
  • herbicida pode permanecer no ambiente por um longo período, podendo causar prejuízos a espécies cultivadas em rotação.

 

Seletividade dos herbicidas

Classificação importante, uma vez que ela se baseia em quais plantas são afetadas por determinado herbicida e quais não. São eles:

  • Herbicida seletivo: Podem ser seletivos para a cultura, ou seja, quando aplicados não causa danos à mesma. Porém, podem ser seletivos às próprias plantas daninhas, ou seja, afeta apenas um grupo de plantas daninhas sem causar danos a outro.
  • Herbicidas não seletivos: São aqueles com um amplo espectro de ação, afetando todas ou a maior parte das plantas daninhas.

Translocação: herbicida de contato e sistêmico

Nesta classificação, os herbicidas são categorizados quanto à translocação. Este termo se refere ao modo como ocorre o deslocamento da substância ao interior da planta. Existem, então, dois tipos de herbicidas de translocação:

 

 

Herbicida de contato

Os herbicidas podem ser de contato quando atuam próximo ou no local onde eles penetram nas plantas; exemplos: paraquat, diquat, lactofen, etc.

O simples fato de um herbicida entrar em contato com a planta não é suficiente para que ele exerça sua ação tóxica. Ele terá necessariamente que penetrar no tecido da planta, atingir a célula e posteriormente a organela, onde atuará para que seus efeitos possam ser observados.

Os herbicidas também podem se movimentar (translocar) nas plantas pelo xilema, pelo floema ou por ambos. Veja os tipos abaixo;

 

Paraquat

O paraquat é um sal solúvel em água que desseca rapidamente todo o tecido verde no qual entra em contato, amplamente utilizado em agricultura, não é volátil, explosivo ou inflamável em solução aquosa.

Geralmente é comercializado como Gramoxone, Gramocil, Agroquat, Gramuron, Paraquat, Paraquol e também em misturas com outros princípios ativos, como o Secamato. Os seus sais são eletrólitos fortes que, em solução, dissociam-se em uma grande quantidade de íons positivos e negativos.

Paraquat é um herbicida muito usado em várias culturas como: fumo, algodão, arroz, café, cana-de-açúcar, feijão, maça, soja, uva, abacaxi

 

Diquat          

Diquat é um herbicida não seletivo e dessecante de ação por contato, apresentado na forma de concentrado solúvel, pertencente ao grupo químico bipiridílio.

O diquat  é um ingrediente ativo que atua da mesma forma que o paraquat nos cultivos, principalmente de soja. Nesse modo de ação, é a única alternativa semelhante, mas a grande questão é o custo, pois a diferença é bem significativa.

 

Lactofen

O lactofen, herbicida do grupo dos difenil éteres, é indicado para uso na cultura da soja, em pós-emergência, devido sua eficácia no controle de plantas daninhas latifoliadas.

 

Herbicida sistêmicos

Os herbicidas também podem se movimentar (translocar) nas plantas pelo xilema, pelo floema ou por ambos. Quando o movimento (translocação) do herbicida é via floema ou floema e xilema, ele é considerado sistêmico.

Estes herbicidas sistêmicos são capazes de se translocarem a grandes distâncias na planta, como é o caso de 2,4-D, glyphosate, imazethapyr, flazasulfuron, nicosulfuron, picloram, etc.

 

Checklist agrícola

 

Época de plantio

 

Pré-plantio

Pré-plantio, pré-plantio incorporado (PPI). A finalidade é controlar a população inicial de plantas daninhas. A maioria produtos não seletivos para a cultura, produtos voláteis, de curto residual. Muito utilizados como dessecantes.

 

Pós-plantio

Pré-emergência, pós-emergência (cultura e plantas daninhas). Seletivos ou não: Forma de absorção do produto (raiz ou folhas).

 

Mecanismo de ação

No mecanismo de ação, a classificação dos herbicidas considera o primeiro evento metabólico nas plantas onde eles atuam, ou seja, após a aplicação das substâncias.

Diferentemente do mecanismo de ação, o modo de ação engloba todo o comportamento dos herbicidas do seu primeiro contato com as plantas à manifestação final dos seus efeitos tóxicos.

 

Classificação dos herbicidas segundo o mecanismo de ação

  • Enzimáticos: quando o herbicida atua em enzimas específicas do metabolismo das plantas;
  • Não-enzimático: atua diretamente no metabolismo das plantas, sem que haja associação a enzimas específicas.

Essas categorias podem ainda ser divididas em alguns subgrupos:

 

Enzimáticos

  • Os Inibidores da ACCase;
  • Inibidores da ALS ou AHAS;
  • Os Inibidores da biossíntese de carotenoides, subdivididos em: inibidores da HPPD e inibidores da síntese de carotenoides com ação em enzima desconhecida
  • Inibidores da EPSPs;
  • Inibidores da GS;
  • E os Inibidores da PROTOX (ou PPO).

 

Não-enzimáticos

  • Mimetizadores de auxinas;
  • Os Inibidores da biossíntese de lipídeos (não-ACCase);
  • Inibidores da divisão celular, subdividisos em: inibidores do arranjo de microtúbulos e inibidores da biossíntese de ácidos graxos de cadeia muito longa
  • Inibidores do FSII;
  • E os Inibidores do FSI.

 

E quanto aos cuidados na hora de aplicar herbicidas?

Como todo defensivo agrícola, o uso deve ser cuidadoso para não provocar danos ao meio ambiente e a quem faz o manejo do herbicida. Por isso, é importante considerar algumas medidas:

  • usar de EPIs e pulverizadores apropriados;
  • conhecer o solo, as daninhas da região e o tipo de cultura a fundo, para que sejam usados os herbicidas corretos;
  • ler o rótulo dos produtos e fazer o manejo de acordo com as recomendações;
  • jogar fora as embalagens dos herbicidas de acordo com as boas práticas, evitando a contaminação do ambiente e de quem cuida do lixo;
  • conhecer a melhor época de aplicação, já que o controle das daninhas pode ser feito por etapas;
  • entender a necessidade de usar adjuvantes agrícolas com os herbicidas, garantindo melhor eficácia de aplicação.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O uso de herbicidas de contato ainda é o mais comum e, em alguns pontos de vista, o mais viável, principalmente quando se trata de grandes culturas.

É necessário ter conhecimento sobre as classificações dos herbicidas e utilizar uma ou mais para escolher o herbicida de contato mais adequado.

O cuidado com o manejo, armazenamento e descarte das embalagens dos herbicidas devem ser realizados rigorosamente. O ideal é seguir as instruções que vem no produto. Em caso de dúvidas procure um profissional da área.

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Herbicida seletivo: conheça mais sobre o assunto!

Herbicida seletivo: conheça mais sobre o assunto!

Nesse artigo vamos passar para você os principais conceitos sobre o  herbicida seletivo, para que você possa aproveitar ao máximo e aplica-los na prática.

É muito importante conhecer sobre a seletividade dos herbicidas, pois ela depende de fatores relacionado à planta, ao herbicida e às condições ambientais.

Esse parece um assunto corriqueiro para muitos, mas ainda é parte de grandes dúvidas.

Vamos juntos?

 

Herbicida seletivo: conheça mais sobre o assunto!

 

Herbicida seletivo, o que é?

Na produção agrícola, seletividade de herbicidas é a base para o sucesso do controle químico de plantas daninhas.

Desse modo, a base da seletividade aos herbicidas é o nível diferencial de tolerância das culturas e das plantas daninhas a serem controladas.

Assim, quanto maior a diferença de tolerância entre a cultura e a planta daninha, maior a segurança de aplicação.

O herbicida seletivo elimina as espécies daninhas enquanto a cultura permanece vegetando, tolerando o tratamento.

A seletividade não é um processo simples, uma vez que, muitos fatores de planta e de ambiente estão envolvidos.

O estádio de desenvolvimento e suas características são fatores importantes na seletividade dos herbicidas e no controle de plantas daninhas.

Por isso, erros cometidos, tais como escolha imprópria do produto, época de aplicação, dose ou equipamento podem anular a diferença entre espécies tolerantes e susceptíveis e ambas podem ser prejudicadas.

 

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Formas de utilização dos herbicidas seletivos

Quase todos os herbicidas devem ser aplicados em um momento em específico para que o controle e a seletividade sejam otimizados.

Portanto, saber quando aplicá-los para obter o efeito desejado é essencial para o uso adequado e racional do controle químico.

A classificação quanto à época de aplicação reflete a eficiência de absorção por diferentes estruturas das plantas.

Aqueles aplicados ao solo são normalmente absorvidos pelas raízes ou por estruturas subterrâneas antes. Durante ou imediatamente após a emergência.

Já aqueles aplicados à parte aérea das plantas são preferencialmente absorvidos pelas folhas.

 

Épocas de aplicação de herbicidas

A época de aplicação de herbicidas é definida para melhores resultados. Sendo de modo geral, as seguintes definições de épocas de aplicação:

Os Herbicidas aplicados em pré-plantio incorporado (PPI): Refere-se aos produtos que são aplicados ao solo e que posteriormente precisam de incorporação mecânica ou através de irrigação.

Os Herbicidas aplicados em pré-emergência (PRÉ): A aplicação é feita após a semeadura ou plantio. Mas antes da emergência da cultura, das plantas daninhas ou de ambas.

E os Herbicidas aplicados em pós-emergência (PÓS): Em aplicações em pós-emergência, o produto deve ser absorvido em maior parte via foliar.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Tipos de seletividade de herbicidas

Para que seja mais fácil a compreensão dos tipos de seletividades de herbicidas. Vamos dividir os tipos de seletividade em fatores relacionados à planta, ao herbicida e ao ambiente.

Os fatores relacionados à planta podem ser: estádio de desenvolvimento, mecanismos de absorção diferencial, mecanismos de translocação diferencial e o metabolismo diferencial.

Fatores relacionados ao herbicida: seletividade e a estrutura molecular, referência à dose, as formulações, seletividade e o modo de aplicação.

Fatores relacionados ao ambiente: seletividade e a textura do solo, seletividade e a água disponível no solo, seletividade e as condições ambientais.

Porém além dos herbicidas seletivos, existem também os herbicidas não seletivos.

No próximo tópico vamos saber um pouco mais sobre eles.

 

Herbicida não seletivo

Herbicidas não seletivos são aqueles de amplo espectro de ação. Capazes de matar ou danificar severamente todas as plantas.

O Glyphosate e sulfosate são herbicidas não seletivos registrados para dessecação de manejo das plantas daninhas em áreas de semeadura direta. Enquanto paraquat, diquat e amônio-glufosinato são mais utilizados para dessecação pré-colheita.

 Em função do largo espectro de espécies de plantas afetadas por esses herbicidas. Os mesmos são considerados não seletivos.

Vale ressaltar que, nenhum herbicida pertence rigidamente a nenhum dos grupos. Uma vez que a seletividade é função da interação entre diferentes fatores, como já citamos.

Um ponto importante de se falar quando o assunto é herbicidas e principalmente dentro desse grupo que é muito utilizado na agricultura atual. É quanto ao uso de EPI’s, é necessário ter atenção redobrada.

Uma vez que, os EPI’s são Equipamentos de Proteção Individual, que têm por finalidade diminuir os riscos de contaminação do trabalhador na aplicação de defensivos agrícolas e deve ser utilizado em todas e quaisquer atividades de risco de contaminação.

 

Herbicida seletivo sistêmico

O herbicida sistêmico é aquele que se movimenta, que é conduzido no interior da planta, pelo xilema ou floema, ou por ambos.

São produtos químicos capazes de penetrar na planta e serem tóxicos em processos vitais específicos, por isso são altamente seletivos, prontamente assimilado e translocado pela planta.

Alguns exemplos de herbicidas sistêmicos são: 2,4-D, Glifosato, Imazethapyr, Flazasulfuron, Nicosulfuron e o Picloram.

O herbicida sistêmico é transportado no interior da planta até atingir o local de ação desejado, sendo geralmente absorvido pelas folhas e raízes.

Assim, o herbicida sistêmico não precisa de cobertura total da superfície foliar, o que possibilita o uso de gotas maiores.

Entretanto, é necessário um tempo após a aplicação para que estes produtos sejam absorvidos pelas plantas daninhas.

 

Usar ou não o herbicida seletivo?

A seletividade se expressa de forma variada para cada combinação específica cultura – planta daninha e é normalmente bastante específico.

Portanto, talvez o mais correto fosse julgar se determinado tratamento. E não um herbicida especificamente é seletivo para determinada cultura.

Por isso tem que ser bem avaliado antes da tomada de decisão. Onde, um profissional da área poderá avaliar melhor cada situação e realidade.

Uma vez que, o uso de herbicidas pode prevenir a interferência das plantas daninhas principalmente no início do ciclo. Período durante o qual as plantas daninhas causam normalmente as maiores perdas nas culturas.

 

Plataforma Agropós

 

Porém, como tudo há limitações quanto ao uso de herbicidas. Pois todos herbicidas possuem certo grau de toxicidade para o ser humano e para outras espécies de plantas e animais.

Embora a tendência atual seja de que os novos herbicidas lançados no mercado apresentem um menor grau de toxicidade para o ser humano e o ambiente. Ainda existem preocupações com relação aos casos de intoxicação registrados em aplicadores e manipuladores desses produtos.

A utilização de herbicidas demanda equipamento adequado de aplicação e proteção, além de operador treinado.

Portanto, é de suma importância a compreensão do sistema como um todo e em sua integralidade. Para saber a necessidade da utilização ou não de herbicidas, quando e como utilizar.

Escrito por Juliana Medina.

 

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Agroquímicos: vantagens e desvantagens!

Na agricultura moderna existem diferente tipos de agroquímicos que cumpre um papel indispensável no meio agrícola, neste artigo vamos discutir; o que são os agroquímicos; sua importância, além de conhecermos os diferentes tipos e a forma correta de aplicação.

Não fique de fora, acompanhe!

 

O que são agroquímicos?

 

O que são agroquímicos?

Chamados também de produtos agroquímicos ou agrotóxicos, os defensivos agrícolas são produtos destinados à proteção de culturas agrícolas. Os produtos agroquímicos, segundo as formas de aplicação, classificam-se em inseticidas, fungicidas, herbicidas e outros grupos menores, como os raticidas, acaricidas e nematicidas

São utilizados nos setores de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens e na proteção de florestas nativas ou implantadas e de outros ecossistemas.

Também são usados em ambientes urbanos, hídricos e industriais, com a finalidade de alterar a composição da flora e da fauna, de modo a preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos.

 

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Agroquímicos: vantagens e desvantagens

 Veja abaixo as vantagens e desvantagens no uso dos agroquímicos

 

Vantagens

  • Os agrotóxicos, quando utilizados de acordo com a dose recomendada, atuam no controle de pragas e doenças que prejudicam as plantações.
  • Ao controlar possíveis danos às plantações, os agrotóxicos garantem o aumento da produtividade.
  • Os preços dos produtos com agrotóxicos são mais baratos do que os preços de produtos orgânicos.

 

Desvantagens

  • O uso de agrotóxicos está associado a diversos problemas crônicos, como alterações cromossômicas, câncer, doenças hepáticas, doenças respiratórias, entre outros.
  • O uso incorreto dos agrotóxicos pode provocar danos ao meio ambiente, como contaminação do solo e dos recursos hídricos.
  • E o uso acima do permitido em alimentos pode trazer riscos à saúde dos consumidores.
  • Há riscos de intoxicação por parte dos trabalhadores que manuseiam os agrotóxicos.
  • Alguns agrotóxicos são persistentes ao meio ambiente, ou seja, neles permanecem por muito tempo.

 

Quanto aos tipos de agroquímicos

Os agrotóxicos podem ser classificados de acordo com as pragas que controlam, com a estrutura química que os compõe ou com os danos que provocam à natureza e à saúde humana. Segundo o tipo de praga controlado, os agrotóxicos são classificados em:

 

Fungicidas

Atuam na prevenção, controle e cura da ação de fungos. Sua demanda é muito alta em virtude das diferentes culturas plantadas no território nacional e as diferentes condições climáticas que favorecem o aparecimento destes microrganismos.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Inseticidas

Atuam na prevenção e controle de insetos pragas. São muito importantes pois os danos causados são muito intensos, destruindo tecido vegetal em alta velocidade e em todas as fases de desenvolvimento das culturas, com queda vertiginosa da produção em condições de controle ineficiente.

 

Modo de ação

Os principais modos de ação dos inseticidas são por contato direto do produto no alvo ou a ingestão de folhas que contenham o princípio ativo. Além disso, os produtos podem ser considerados fisiológicos ou de choque.

 

Herbicida

Os herbicida são componentes importantíssimos no manejo. Eles atuam na dessecação de culturas para colheita ou formação de palhada e no controle de plantas daninhas.

 

Bactericida

O Bactericida é uma substância antibacteriana, ou seja, tem a função da matar as bactérias. Esse agente atua no ambiente contaminado de forma a impedir que os microrganismos possam desempenhar atividades vitais básicas.

 

Acaricidas

São substâncias utilizadas para combater ácaros que se alimentam de plantas, introduzem doenças, destroem lavouras atacadas e reduzem sua produção. Existem acaricidas de diversos tipos e com os mais variados princípios ativos, cada qual melhor indicado para determinado tipo de ácaro.

 

Agroquímico: classificação toxicológica

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) classifica os agrotóxicos em quatro classes de danos à saúde humana: pouco tóxicos, medianamente tóxicos, altamente tóxicos e extremamente tóxicos. Nos rótulos desses produtos, além das cores que representam cada classe, são indicadas também as doses de letalidade de cada uma.

 

Classificação toxicológica

 

Regulamento no Brasil

A maior parte das regulamentações relacionada ao uso dos defensivos está na Lei nº 7.802/1989. No texto constam informações sobre fiscalização e liberações.

Também é possível encontrar outras informações no site da ANVISA, a agência reguladora do assunto no Brasil. Umas das questões, por exemplo, é que os agrotóxicos devem, obrigatoriamente, ser registrados no órgão federal competente, de acordo com o Decreto nº 4.074/2002.

 

Principais problemas no uso de agroquímicos

Veja abaixo os principais problemas ocasionado pelo uso incorreto dos agroquímicos

 

Saúde humana

A maior parte dos casos de intoxicação por agrotóxicos se dá pela falta de controle do uso destas substâncias tóxicas e pela falta de conscientização da população com relação aos riscos provocados à saúde humana.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para cada caso noticiado de intoxicação por agrotóxicos, outros 50 não são notificados.

A intoxicação pode ocorrer de forma direta (por meio de contato direto, manuseio, aplicação, entre outros) ou indireta (pela ingestão de alimentos ou água contaminados). A ação dos agrotóxicos na saúde humana costuma ser nociva, até mesmo fatal.

Os tipos de intoxicação por agrotóxicos são:

 

Aguda

Quando a vítima é exposta a altas doses de agrotóxicos. Os sintomas são quase imediatos, ou levam poucas horas pra aparecer, sendo eles: dores de cabeça, náusea, sudorese, cãibra, vômitos, diarreia, irritação dos olhos e pele, dificuldade respiratória, visão turva, tremores, arritmias cardíacas, convulsões, coma e morte.

 

Crônica

Quando a vítima é exposta a doses menores de agrotóxicos por um longo período de tempo (meses ou anos).

Esse tipo de intoxicação por agrotóxicos pode ter consequências graves, como: paralisia, esterilidade, abortos, câncer, danos ao desenvolvimento de fetos, entre outros.

 

Agrotóxicos nos alimentos

Os Ministérios do meio ambiente e da saúde estão junto nessa luta para diminuir o uso dos agrotóxicos no país, pois além de afetar o meio ambiente, ele também afeta a saúde humana.

Entretanto, o país ainda tem um grande problema com a falta de fiscalização, seja pela quantidade permitida ou ainda, pela venda ilegal desses produtos.

Segue abaixo a imagem que ilustra a presença de agrotóxico em alguns alimentos que está em nossa mesa no dia a dia.

 

Porcentagem de alimentos que contem agrotóxicos.

Porcentagem de alimentos que contem agrotóxicos.

(Fonte: Impacto Ambiental, 2016).

 

Agrotóxicos e meio ambiente

Os defensivos agrícolas, independente da forma de uso, possuem grande potencial de atingir o solo e águas subterrâneas, ainda mais na presença de ventos e chuvas, que facilitam sua chegada, seja qual for o seu percurso, atingindo a humanidade e outros seres vivos.

Grande parte dos agrotóxicos são bioacumulativos, ou seja, se um animal contaminado morrer e outro se alimentar deste, também será contaminado.

Isso acontece porque o composto permanece no corpo do animal após sua morte, acarretando assim um maior alcance do problema.

Essas substâncias podem causar diversos danos ao meio ambiente, uma vez que passam por processos químicos, físicos e biológicos, que levam à modificação de suas propriedades e influenciam em seu comportamento.

 

Aplicação de agroquímicos

A aplicação de defensivos agrícolas é uma prática eficiente e segura para controlar o surgimento e a proliferação de pragas e doenças na lavoura. Somente com essa tecnologia é possível atender à crescente demanda por alimentos.

Mas essa alternativa não dispensa cuidados. É necessário responsabilidade e a adoção das melhores práticas de aplicação para garantir a segurança alimentar e a eficiência da operação.

 

Priorizar a segurança

Os defensivos agrícolas são produtos químicos que podem trazer danos à saúde do operador caso não sejam seguidas as normas de segurança.

Por isso, o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) é indispensável. Eles reduzem os riscos de contaminação do trabalhador. São compostos de:

  • Viseira
  • Respirador
  • Touca árabe
  • Jaleco
  • Avental
  • Luva
  • Calça
  • Bota

Outro fator que deve ser levado em conta é a segurança alimentar. É preciso seguir as recomendações do engenheiro agrônomo. Obedecendo às dosagens e aos prazos indicados entre a aplicação e o consumo.

 

Escolher o produto certo

Cada defensivo tem uma aplicabilidade específica e atua de forma diferenciada conforme o alvo biológico em questão. Dessa forma, eles são categorizados em:

  • Fungicidas
  • Inseticidas
  • Herbicidas
  • Bactericidas
  • Acaricidas

A nomenclatura já deixa claro o tipo ação que esses produtos apresentam. No entanto, eles não atuam sozinhos. Há no mercado alguns produtos complementares que são adicionados à calda, como óleos, antiespumantes e reguladores de pH, que aprimoram a eficiência da aplicação.

 

Fazer um bom planejamento

A falta de planejamento ainda é um grande problema nas propriedades rurais brasileiras. Essa falha causa um impacto direto no desenvolvimento das plantas e na produtividade geral da lavoura.

Planejamento da pulverização é a pesquisa e identificação correta de pragas e doenças presentas na lavoura e a subsequente seleção de defensivos que atuam exatamente sobre esse alvo biológico. Com isso, é possível alcançar um alto grau de eficiência no controle de pragas sem comprometer a produção.

Esse planejamento deve ser feito a cada safra. Afinal, a cada ano surgem novas variedades mais resistentes no mercado, além de novos inimigos da lavoura.

 

Plataforma Agropós

 

Dar atenção à pulverização

Durante a aplicação, é importante estar atento a alguns detalhes que podem fazer toda a diferença:

  • Selecione, regule e calibre corretamente o pulverizador, verificando o volume, a velocidade e as especificações de vazão/pressão de trabalho conforme as indicações do fabricante e do fornecedor do produto;
  • Avalie as condições meteorológicas necessárias para a aplicação a fim de evitar perdas por evaporação ou deriva. Os principais aspectos a serem levados em conta são a umidade do ar, a velocidade do vento e a temperatura;
  • Treine o operador para que ele seja capaz de adotar as melhores práticas e saiba lidar com novas tecnologias que o maquinário embarca;
  • Evite água de lagos, bebedouros ou riachos, pois podem conter resíduos que prejudicam a qualidade da calda. Materiais orgânicos presentes nessas águas podem reagir quimicamente com os defensivos e comprometer a eficácia da aplicação.

 

Conclusão

Os agroquímico não são, necessariamente, os vilões sem razão de existir. Como aparecem no noticiário e mesmo no entendimento popular, muitas vezes. É claro que o seu mau uso pode trazer prejuízos ao meio ambiente e a saúde da população.

Porém, se aplicar de forma consciente e em conjunto com outras tecnologias de Manejo Integrado de Pragas, os riscos diminuem bastante.

O segredo é se guiar um pouco nas dicas de aplicação que trouxemos neste artigo e conhecer a fundo os agrotóxicos que pretende usar. Em caso de dúvidas o ideal é consultar um especialista da área.

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade