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Imagens de satélite e a sua contribuição na agricultura!

Imagens de satélite e a sua contribuição na agricultura!

Imagine conseguir obter uma visão ampla de toda sua fazenda, talhão por talhão, que permita, em segundos, identificar aquelas áreas que apresentam menor produtividade ou cuja produtividade é superior. Neste artigo vamos mostrar que isso é possível devido ao grande avanço tecnológico chamado imagens de satélite.

Venha Comigo!

 

Imagens de satélite e a sua contribuição na agricultura!

 

As imagens de satélites são utilizadas há muito tempo pelos mais diversos setores.  Porém, foram através dos avanços tecnológicos e da redução significativa dos custos que tornaram viável a aplicação em larga escala destas tecnologias na agricultura.

As imagens de satélite agilizam a identificação e o monitoramento de fenômenos naturais, desastres ambientais, queimadas, desmatamento, condições meteorológicas e na agricultura.

Os dados que formam as imagens de satélites podem ser obtidos em sistemas passivos, por meio da captura da radiação solar refletida pela superfície da Terra. Para que tenhamos acesso às mesmas, estas devem ser enviadas para terra, por meio da conexão de antenas distribuídas ao longo da superfície.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

Como as imagens de satélite podem auxiliar os agricultores?

 Os desafios da produção alimentar são grandes, mas podem ser aliviados por inovações e tecnologias que favoreçam um melhor gerenciamento do campo.

Permitir que os agricultores mapeiem, monitorem e entendam melhor suas terras ajudará a construir processos mais sustentáveis para produções agrícolas.

Com a utilização das imagens de satélite na agricultura, os estudos das lavouras podem ficar muito mais assertivos.

 

Utilização de imagens de satélite na agricultura

Na agricultura moderna, o uso da tecnologia para produzir e armazenar dados para tomada de decisão e ações em campo faz parte do agronegócio nos dias atuais.

E, dentre todas as tecnologias adotadas, o uso de imagens de satélite são amplamente utilizadas no campo, tanto em grandes propriedades, quanto em propriedades de médio e pequeno porte, sendo de grande valia para que todos alcancem a máxima produtividade.

As imagens de satélite na agricultura partem do princípio da importância do monitoramento da lavoura que todo agricultor deve ter, pois isso irá ajudá-lo a conhecer cada detalhe da propriedade para que consiga antecipar problemas, prevenir despesas e garantir melhores resultados na hora da colheita.

 

Quanto ao funcionamento?

As imagens de satélite são obtidas a partir de sensores fixados em satélites que orbitam o planeta. As imagens são registros de cenas focalizadas por sensores com resposta em frequência perfeitamente definidas do espectro.

No entanto, os sensores não conseguem captar todo o espectro, registrando apenas faixas de frequência. Analogamente, o olho humano capta uma faixa muito estreita do espectro.

Assim, são adotadas várias técnicas que codificam as frequências do espectro não-visível de modo a tornar possível a visualização de uma imagem.

Dois tipos de sensores podem ser utilizados na obtenção de uma imagem:

  • Ativos– transmitem pulsos de energia e medem a energia refletida desses pulsos pelos objetos (satélites com sensores SAR, por exemplo);
  • Passivos– medem radiações refletidas ou emitidas pelos objetos (satélites com sensores multiespectrais).

 

Imagens de satélite na agricultura – vantagens e desvantagens

Assim como as demais tecnologias voltadas para o mundo agro, as imagens de satélite trazem vantagens competitivas ao produtor. São elas:

  • Acompanhamento periódico do plantio;
  • Uso de dados para a tomada de decisão no manejo;
  • Identificação de problemas comuns na lavoura;
  • Facilidade em monitorar áreas muito grandes.

No entanto, existem algumas limitações naturais e tecnológicas no uso de imagens de satélites na agricultura:

  • As condições climáticas podem prejudicar a captação da imagem, como em dias nublados ou chuvosos, em que não consegue-se obter a imagem da lavoura;
  • A periodicidade de atualização do satélite é alta, não permitindo um acompanhamento dos dados em um curto período de tempo;
  • Precisão geográfica pode estar errada por metros;
  • Baixa resolução impede análises visuais detalhadas;
  • Pouca autonomia em relação à obtenção das imagens por parte do produtor.

 

Você sabe a importância dos Sistemas de Informação Geográficas (SIG) no agronegócio?

 

Por que utilizar imagens de satélite na agricultura?

Dessa forma, muitos são os motivos para usar imagens de satélite na agricultura. Selecionamos alguns:

 

1. Melhor análise em vários momentos do manejo da lavoura

Os dados de satélite ajudarão os agricultores a agir imediatamente em questões localizadas, como irrigação e fertilização.

Isso permitirá o monitoramento de inúmeras atividades agrícolas e servirá para maximizar a eficiência e reduzir custos. Além disso, a tecnologia Sat-Nav (Sistema de Navegação por Satélite) permitirá a fácil navegação para pontos de interesse.

As comunicações via satélite também são vitais para o trabalho agrícola, incluindo comunicação máquina a máquina em áreas onde as redes terrestres nem sempre são confiáveis.

 

2. Identificar falhas e deficiências nutricionais na lavoura

Na agricultura, o uso da imagem de satélite permite que tenhamos uma visão ampla e detalhada da lavoura no âmbito da vegetação, permitindo a análise das falhas de plantio, análise da produção de fotossíntese e produtividade das culturas.

Estes índices permitem ainda uma análise completa da superfície do solo, assim como das erosões e presença de nematoides.

 

3. Auxiliando na fertilização

No campo, existem áreas específicas que exigem mais fertilizantes de crescimento do que outras. Com a assistência dos satélites em órbita, os agricultores poderão usar apenas as quantidades necessárias de fertilizantes, o que ajudará na redução de custos e diminuirá o impacto ambiental do excesso de fertilização.

 

4. Permite maiores ganhos quanto à produtividade agrícola

O conhecimento dos aspectos geográficos via imagens de satélite ajudam o agricultor a obter ganhos importantes de produtividade na agricultura.

Parâmetros físicos, tais como índice de vegetação, declividade, recursos hídricos, logísticos e sanidade biológica podem ser obtidos a partir de serviços como NDVI.

 

5. Monitoramento em escala Global

A capacidade de monitorar as culturas em escala global será vital para prever as tendências futuras do mercado de commodities agrícolas.

Isso apresentará inúmeras oportunidades financeiras, permitindo que os investidores façam escolhas empresariais informadas.

 

O que esperar do futuro?

Podemos esperar por satélites cada vez menores, mas que fornecerão dados ainda mais precisos para a agricultura, numa velocidade ainda maior.

Há diversas pesquisas voltadas para o desenvolvimento de nanosatélites (satélites com menos de 10kg) que seriam equipados com sensores de imagens hiperespectrais, capazes de fornecer informações como qual elemento químico está mais abundante ou escasso, ou qual praga está presente na planta e o grau de contaminação da lavoura.

Assim, a tecnologia deve diminuir ainda mais o espaço de tempo entre a identificação de um problema na lavoura e a tomada de decisão para resolvê-lo, o que deve garantir ainda mais produtividade nas lavouras e economia de recursos para o produtor.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A agricultura, por sua vez, foi um dos setores que mais se beneficiaram com a evolução das tecnologias de sensoriamento remoto. Assim, como podemos constatar, muitos são os benefícios do uso das imagens de satélite na agricultura.

Portanto, mesmo com algumas desvantagens, estas imagens ajudam o produtor a entender o que, de fato, acontece com a sua lavoura, permitindo que ele faça correções e conquiste a máxima produtividade.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

Geoprocessamento ambiental: como utilizar?

Geoprocessamento ambiental: como utilizar?

Você sabe o que é geoprocessamento ambiental? Entenda como essa ferramenta funciona e suas principais aplicações.

 

Geoprocessamento ambiental: como utilizar?

 

O geoprocessamento ambiental tem sido cada vez mais utilizado em diferentes áreas e os profissionais que dominam essa ferramenta têm destaque no mercado de trabalho.

Mas você sabe o que é o Geoprocessamento Ambiental e quais são as principais aplicações dessa ferramenta cada vez mais popular?

Neste artigo vamos conhecer as características fundamentais do Geoprocessamento Ambiental e suas principais aplicações.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

O  que é geoprocessamento ambiental?

O Geoprocessamento Ambiental é uma vertente do geoprocessamento utilizada para gerar novas informações a partir de dados ambientais georreferenciados.

Os dados ambientais relacionam-se aos componentes físicos, bióticos e antrópicos de uma determinada área ou região em estudo.

O objetivo principal dessa ferramenta é fornecer ferramentas computacionais para que os diferentes analistas determinem as evoluções espacial e temporal de um fenômeno geográfico.

As inter-relações entre diferentes fenômenos num mesmo espaço geográfico também podem ser alvo de estudo.

Assim o Geoprocessamento Ambiental possibilita maior flexibilidade, segurança e agilidade nas atividades de monitoramento, planejamento e tomada de decisão relativas ao espaço geográfico.

 

Aplicações do geoprocessamento ambiental

O Geoprocessamento Ambiental pode ser utilizado por usuários em diferentes esferas, desde órgãos governamentais ligados à Administração Pública ou entidades particulares, pessoas físicas ou jurídicas.

Para utilizar adequadamente as ferramentas de Geoprocessamento Ambiental em projetos requer o uso de técnicas de integração de dados.

Isso porque é impossível compreender os fenômenos ambientais sem analisar os seus componentes a inter-relação entre eles.

Assim, o especialista em Geoprocessamento Ambiental precisa combinar ferramentas de análise espacial, processamento de imagens, geo-estatística e modelagem numérica, por exemplo.

Podemos elencar três grandes aplicações do Geoprocessamento Ambiental: o mapeamento temático, os estudos de impacto ambiental e o ordenamento territorial.

Vamos conhecer um pouco mais sobre cada uma delas a seguir:

 

 

Elaboração de mapas temáticos

O Mapeamento Temático (Cartografia temática) serve para caracterizar e compreender a organização de um determinado espaço, seja ele o planeta inteiro ou uma pequena área.

O objetivo principal é gerar a representação das informações geográficas de um ou vários fenômenos físicos ou sociais.

Para tanto, a representação dos fenômenos é ajustada às referências físicas de um base cartográfica.

Assim, os fenômenos têm uma localização geográfica. Seja ela real ou estimada.

Como exemplos, pode-se citar os mapas temáticos geológicos, pedológicos (de solos), de cobertura vegetal e climáticos.

Também podem ser produzidos mapas temáticos baseados em modelos de previsão.

 

Uso do geoprocessamento ambiental nos estudos de impacto ambiental

O Diagnóstico Ambiental e a Avaliação de Impacto Ambiental são importantes componentes de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA).

Um EIA é uma exigência legal para a realização de empreendimentos de interesse econômico ou social que implicará em intervenções físicas e impactos ambientais negativos.

Assim, os projetos de aproveitamento de recursos naturais, de aquicultura, silvicultura ou agropecuária, como também a construção de rodovias e usinas hidrelétricas requerem um EIA.

No Brasil, os EIA tem sido registrados desde a década de 1930 no Brasil.

Todavia, no passado, esses estudos eram feitos especialmente para grandes obras como construção de rodovias, usinas hidrelétricas, ferrovias, portos, dentre outros.

Somente a partir de 1986 tornou-se obrigatória a elaboração do EIA e do Relatório de Impacto Ambiental para o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente.

 

Você sabe a importância dos Sistemas de Informação Geográficas (SIG) no agronegócio?

 

Diagnóstico ambiental

O diagnóstico ambiental da área de influência do empreendimento é composto por uma descrição completa e abrangente de todos os recursos ambientais dos meios físicos, bióticos e antrópicos.

Fazem parte do componente físico, o clima, geologia, qualidade do ar, recursos hídricos, dentre outros.

No componente biótico, podemos citar a fauna, vegetação, serviços ecológicos.

Já o componente antrópico é composto por infraestrutura, uso e ocupação do solo, organização social, dinâmica populacional e economia.

Adicionalmente, o diagnóstico ambiental deve indicar as principais características. A dinâmica e as interações entre os diversos fatores que compõem o sistema ambiental.

 

Avaliação de impacto ambiental

A avaliação de impacto ambiental (AIA) faz parte dos EIAs e é um instrumento de caráter preventivo.

Uma AIA serve especialmente, mas não unicamente, para auxiliar na seleção da alternativa de projeto mais viável em termos ambientais.

Para tanto, o responsável pela elaboração poderá coletar dados diretamente no local ou utilizar dados de fontes secundárias. São exemplos de dados de fontes secundárias:

  • Imagens de satélite;
  • Mapas de solos e das bacias hidrográficas;
  • Dados censitários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
  • Dados econômicos produzidos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); e
  • Dados climáticos fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE).

Com esses dados, o órgão ou pessoa responsável pelo Geoprocessamento Ambiental poderá melhor compreender e delimitar a região do estudo.

Outro exemplo seriam os estudos visando o estabelecimento de áreas de proteção ambiental (APAs).

E, finalmente, os Relatórios de Impacto Ambiental, realizados periodicamente para o acompanhamento e avaliação das medidas mitigadoras de impacto elencadas no EIA.

 

Ordenamento territorial

Outra aplicação interessante do Geoprocessamento Ambiental é o ordenamento territorial e está mais relacionado à Administração Pública.

Os trabalhos de ordenamento territorial têm como objetivo normatizar a ocupação do espaço e racionalizar a gestão do território.

Nesse contexto, o Geoprocessamento Ambiental é usado nos estudos de zoneamento pedoclimático e ecológico-econômico.

O zoneamento pedoclimático visa identificar as áreas ou regiões mais adequadas para diferentes cultivos agrícolas.

São utilizados como base dados georreferenciados de características do solo (pedológicos) e do clima (pluviosidade, radiação solar, temperaturas médias, máximas e mínimas).

Já os estudos de zoneamento ecológico-econômico têm objetivo de racionalizar os usos de recursos naturais para o extrativismo e outras ações de desenvolvimento sustentável.

Mais do que simplesmente reunir uma série de dados, a análise de uma região geográfica para fins de zoneamento é um estudo complexo.

O(s) especialista(s) envolvidos precisam escolher as variáveis explicativas ou preditoras e determinar qual a importância de cada uma delas.

Podem ser variáveis preditoras o tipo solo, a vegetação, o regime pluvial e a geomorfologia.

Além disso, é preciso relacionar esses preditores com as exigências edafoclimáticas da cultura, no caso dos zoneamento pedoclimático.

 

Ordenamento territorial

 

Limitações do geoprocessamento ambiental

Como vimos, o Geoprocessamento Ambiental oferece várias possibilidades para processar dados ambientais e atender aos diferentes objetivos dos usuários.

Os dados oriundos de diversas fontes, reunidos e coordenados com o uso de um SIG, permitem a caracterização da forma de organização do espaço.

Também permitem compreender sua estrutura e até mesmo modelar a distribuição geográfica dos seus componentes e das variáveis em estudo.

Porém, não é possível estabelecer qual a função de cada componente somente com base nos dados armazenados.

Tampouco é possível conhecer a dinâmica dos processos e as implicações das inter-relações entre os componentes.

Assim, para o uso consistente do Geoprocessamento Ambiental, é necessário o domínio dos fundamentos teóricos do geoprocessamento. Bem como uma metodologia de trabalho.

Essa metodologia deve estar associada a um modelo preditivo capaz de combinar as operações realizadas num SIG com a interpretação do especialista.

Dessa forma, mais do que conhecimento teórico-prático acerca das ferramentas tecnológicas e dos processos em estudo. É necessária uma postura ativa e crítica dos profissionais.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O Geoprocessamento Ambiental pode ser utilizado tanto por entidades governamentais e Administração Pública, quanto por entidades privadas e organizações não governamentais. Atendendo a diferentes objetivos.

É importante que os profissionais adotem uma postura ativa e crítica para o uso consistente do Geoprocessamento Ambiental.

Em conjunto com as geotecnologias, o Geoprocessamento Ambiental tem uma ampla aplicação em diversas áreas.

Destacamos aqui o manejo e preservação de recursos naturais, elaboração de estudos para atender à legislação ambiental, monitoramento de projetos e ordenamento territorial.

Escrito por Debora Cerviere.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

O que é geoprocessamento? Descubra agora!

O que é geoprocessamento? Descubra agora!

Você sabe o que é geoprocessamento? Entenda como essa ferramenta se relaciona com outras geotecnologias e suas aplicações.

 

O que é geoprocessamento? Descubra agora!

 

Conhecer e dominar técnicas de geoprocessamento tem se tornado cada vez mais o diferencial entre os profissionais de sucesso.

Mas você sabe o que é o geoprocessamento? Como essa ferramenta está relacionada com outras geotecnologias e como elas podem ser utilizadas?

Neste artigo vamos desvendar os principais aspectos do geoprocessamento.E dos Sistemas de Informações Geográficas e das principais geotecnologias usadas atualmente.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

O que é geoprocessamento?

O geoprocessamento é um ramo de atividades que utiliza técnicas e métodos teórico-matemáticos e computacionais relacionados à coleta, entrada, armazenamento, tratamento e processamento de dados.

A finalidade dessas atividades é gerar novos dados ou informações espaciais ou georreferenciadas. A partir de informações fornecidas por um Sistema de Informação Geográfica (SIG).

 

Geoprocessamento e geomática

A Geomática é um campo da ciência que integra todos os meios para aquisição e gerenciamento de dados espaciais.

Esses dados são utilizados sobretudo em operações científicas, administrativas, legais e técnicas envolvidas no processo de produção e gerenciamento de informação espacial.

No Brasil, os termos Geoprocessamento e Geomática são tratados como sinônimos. Entretanto, apenas no Brasil o termo geoprocessamento é utilizado com este sentido mais abrangente.

Por outro lado, na literatura internacional. Muitas vezes, o geoprocessamento aparece como uma subárea da Geomática.

Nesse sentido, ele é responsável pela correlação de dados espaciais e cadastrais e pela codificação das informações em um Sistema de Informação Geográfica (SIG).

 

 

Geotecnologia e o geoprocessamento

O termo geotecnologia é utilizado para representar um leque amplo de tecnologias que são utilizadas em todos os passos do tratamento de informações geográficas, incluindo:

  • Coleta (ou aquisição através de empresas) de dados;
  • Armazenamento e recuperação dos dados através de sistemas especializados;
  • Edição e processamento de forma manual ou automatizada;
  • Análise através de técnicas de filtragem e mineração de dados espaciais;
  • Disponibilização na forma de mapas, gráficos, camadas espaciais ou mesmo de dados brutos.

A geotecnologias podem ser divididas em soluções de hardware, software, peopleware e dataware.

 

Alguns exemplos de geotecnologias:

Hardware – Teodolitos, equipamento de GPS (de navegação, topográficos e geodésicos), estações meteorológicas portáteis ou fixas, medidores microclimáticos como Ibutton’s e balões meteorológicos;

Software (de propósito geral) – Ferramentas gratuitas e de código aberto como o QGIS (Quantum GIS), SAGA, GRASS GIS, ou ferramentas proprietárias como o ArcGIS;

Software (especializados) – Ferramentas de modelagem de distribuição de espécies como o CLIMEX e Maxent, pacotes R como o R-INLA, biomod2 e dismo;

Peopleware – Os próprios profissionais e especialistas;

Software (bancos de dados com suporte espacial) – Postgres com PostGIS,  MongoDB e Geomesa;

Software (servidores geospaciais) – Geoserver, ArcGisMapServer e Geonode;

Dataware – Grandes provedores de dados mundiais como o WorldClim, EarthEnv, GADM e GBIF, assim como provedores nacionais como o portal i3geo e o SpeciesLink.

Por se tratar de um conjunto altamente heterogêneo de tecnologias de processamento. Os dados utilizados em geoprocessamento ambiental podem ser encontrados nos mais variados formatos.

Assim, para garantir seus objetivos, o profissional disposto a se aventurar nessa incrível área deve dominar conhecimentos de diversas tecnologias.

Entre elas, os SIGs, Cartografia Digital ou Automatizada, Sensoriamento Remoto por Satélites e conhecer o Sistema de Posicionamento Global (GPS), além de noções de Aerofotogrametria.

Nos próximos parágrafos, veja uma breve introdução a cada um desses tópicos e sua relação com o geoprocessamento ambiental.

 

Geoprocessamento e os sistemas de informações geográfica

Os SIGs podem ser considerados uma das geotecnologias que se encontram dentro do ramo de atividades do geoprocessamento.

Eles podem ser definidos como sistemas manuais ou automatizados que realizam o tratamento computacional de dados geográficos.

Idealmente, um SIG integra equipamentos, programas, dados, pessoas e instituições. Esse conjunto torna possível a coleta, armazenamento, processamento, análise e disponibilização de informações georreferenciadas.

Essas informações são usadas principalmente no monitoramento, planejamento e tomada de decisão relativos ao espaço geográfico.

 

GEOPROCESSAMENTO E OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

 

Em termos históricos, os primeiros SIGs usados para o geoprocessamento ambiental surgiram no Canadá em 1962.

Naquele ano, o Canadian Land Inventory  desenvolvou o Sistema de Informações Geográficas Canadense com o objetivo de criar um inventário dos recursos naturais do país.

Essa ferramenta auxilia até hoje a tomada de decisão em políticas públicas canadense.

Na mesma década, no Brasil, foi autorizada a constituição da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM (Decreto-Lei nº 764 de 1969).

Vinte e cinco anos mais tarde, esse órgão viria a se tornar o Serviço Geológico do Brasil – CPRM (Lei Nº 8.970, de 28 de dezembro de 1994).

Após sua instauração, a CPRM se tornou uma das grandes provedoras de dados geográficos de altíssima qualidade sobre o território brasileiro.

Dados geométricos e cartas de alta qualidade pode ser baixados de forma gratuita através da plataforma online da CPRM.

 

Você sabe a importância dos Sistemas de Informação Geográficas (SIG) no agronegócio?

 

Como funciona um SIG na prática?

Em um SIG as informações são representadas principalmente na forma de geometrias espaciais (pontos espacialmente referenciados conectados por linhas).

Uma geometria deve conter atributos (ou metadados) que refletem informações sobre a natureza da região representada.

A imagem apresenta um exemplo de como as geometrias são representadas e as possíveis informações contidas nelas.

 

Como funciona um SIG na prática

 

Vamos examiná-la agora quadro a quadro:

 

Como funciona um SIG na prática?

 

Na porção central da imagem temos a representação do estado de Minas Gerais. Em verde, temos a localização das Unidades de Conservação (UCs).

Nesse exemplo, o estado de Minas Gerais é representado por uma geometria. E idealmente, as UCs também são representadas por outras geometrias.

No SIG, as informações de geometria estão registradas em camadas independentes (fisicamente estão contidas em arquivos independentes).

Porém, sobrepondo as camadas e utilizando algoritmos de geoprocessamento, identificamos facilmente quais UCs estão localizadas em Minas Gerais.

Ao realizar tal procedimento, ou seja, extrair dados de uma camada a partir de outra totalmente independente. Podemos produzir novas informações.

Essas novas informações podem, então auxiliar na tomada de decisões em processos de licenciamento ambiental. Ou demarcação de território, por exemplo.

Além de geometrias, os SIGs permitem o cruzamento de informações de diferentes naturezas. Como podemos observar no quadro seguinte:

 

Como funciona um SIG na prática?

 

Aqui podemos facilmente identificar a amplitude altitudinal do território mineiro (verde claro representa regiões de maior altitude e azul escuro as de menor altitude).

Mas o que diferencia uma imagem da outra?

A primeira foi produzida exclusivamente pelo cruzamento de camadas geométricas. Enquanto a segunda foi gerada pelo cruzamento de geometrias e simples imagens (.TIF) georreferenciadas.

Um terceiro exemplo é dado no quadro abaixo em que as grandes bacias hidrográficas brasileiras são identificadas por cores diferentes.

 

Como funciona um SIG na prática?

 

Importantes decisões podem ser tomadas baseando-se em informações desse gênero. Como a definição de planos de ação para prevenção ou a contenção de desastres ambientais.

 

Outras geotecnologias

 

Cartografia

A cartografia é o conjunto de operações científicas, técnicas e artísticas com a finalidade de produzir representação gráficas.

Os produtos mais comuns da cartografia são os mapas e cartas para a representação de objetos, elementos, fenômenos e ambientes físicos e socioeconômicos.

Os mapas ou cartas podem ser elaborados a partir da observação direta ou da análise de documentação.

 

Sensoriamento remoto por satélites e aerofotogrametria

Sensoriamento remoto é o conjunto de técnicas usadas para obter informações sobre alvos na superfície terrestre utilizando o registro da interação da radiação eletromagnética com a superfície.

Os alvos em questão podem ser áreas, objetos ou fenômenos.

Esse registro é feito por sensores localizados em plataformas orbitais ou satélites, balões meteorológicos, aviões, ou a nível de campo.

Como o pesquisador e o sensor que coleta os dados não têm contato direto com o objeto alvo, utiliza-se o termo “remoto”.

Há uma gama de sensores com funções e características diferentes que podem ser utilizados no sensoriamento remoto.

Eles podem gerar imagens por varredura mecânica ou eletrônica. Ou ser do tipo não imageadores, dependendo do tipo de produto gerado.

Os sensores também podem ser classificados em passivos ou ativos. Ou ainda, em função da fonte de radiação eletromagnética.

Os níveis de aquisição de dados estão diretamente relacionados com a localização do sensor.

No nível suborbital, os sensores são acoplados em aeronaves ou mantidos ao nível do solo e utiliza-se radiômetros ou espectroradiômetros para a obtenção das medidas.

No nível orbital, os sensores normalmente estão acoplados a satélites artificiais. Este último permite melhor monitoramento dos recursos naturais em grandes áreas.

 

Aerofotogrametria

A aerofotogrametria ou levantamento aerofotogramétrico é um método utilizado especificamente para o mapeamento da superfície terrestre.

No voo fotogramétrico, uma câmara é acoplada à aeronave e são realizadas várias fotografias sobrepostas para cobrir toda a área a ser mapeada.

É importante compreender que existe uma interdependência entre os diferentes níveis de aquisição de dados.

No nível suborbital são realizadas pesquisas básicas sobre os atributos dos objetos-alvo, isto é, como eles absorvem, refletem e emitem radiação.

Essas informações são usadas para que os mesmos objetos possam ser identificados por sensores no nível orbital.

Os dados obtidos por sensoriamento remoto nos diferentes níveis precisam ser tratados e interpretados, para então serem conjuntamente aplicados no geoprocessamento ambiental.

O registro dos dados climáticos de uma região pode ser feito utilizando balões meteorológicos.

Dados obtidos por sensoriamento remoto em satélites podem ser usados para identificar áreas de queimadas, diferenciar florestas de plantações agrícolas ou pastagens, por exemplo.

 

Sistema de Posicionamento Global (GPS)

O GPS é um sistema de navegação por satélite que fornece a posição (coordenadas geográficas) e horário (Unix Timestamp) a um aparelho receptor móvel.

Teoricamente, um equipamento GPS é capaz de funcionar sob quaisquer condições atmosféricas, a qualquer momento e em qualquer lugar no globo terrestre.

A limitação é que o referido receptor se encontre no campo de visão de pelo menos três satélites GPS.

Os receptores GPS são categorizados da maior para a menor precisão em Geodésicos, Topográficos e de Navegação.

No campo do geoprocessamento ambiental, a tecnologia GPS é amplamente utilizada devido à precisão alcançada.

Os aparelhos de GPS de navegação são utilizados em estudos que não exigem grande precisão ou onde não podem ser carregados grandes volumes de equipamentos.

É o menos acurado entre os tipos de GPS e sua precisão varia geralmente entre 10 a 3 metros de erro. Como exemplo de aplicações, podemos citar:

  • Inventários florístico-florestais de rotina;
  • Inventários faunísticos;
  • Estudos pedológicos;
  • Monitoramento de fauna ameaçada de extinção com a utilização de coleiras geolocalizáveis;
  • Delimitação de experimentos em campo;
  • Localização automotiva.

Aparelhos de topografia são empregados quando se exige maior precisão e mobilidade, como delimitação de terras em processos de cadastros ambientais rurais e mapeamento topográfico.

A precisão deles é maior, entretanto permanece em torno de um ou alguns metros de erro, dependendo das condições ambientais em que a medição será feita.

Por último, o GPS geodésico possui a maior precisão, sendo em escala centimétrica.

Esses equipamentos são empregados principalmente em grandes construções em que pequenos erros de mensuração podem gerar grandes perdas econômicas.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Até aqui, vimos que o geoprocessamento tem uma ampla aplicação em diversas áreas.

Essa ferramenta permite ao profissional gerar novos dados ou informações espaciais ou georreferenciadas a partir de informações geradas por outras geotecnologias.

Assim, para garantir seus objetivos, o profissional disposto a se aventurar nessa incrível área deve dominar conhecimentos das principais geotecnologias.

Entre elas, os SIGs, Cartografia, Sensoriamento Remoto por Satélites e conhecer o Sistema de Posicionamento Global (GPS), além de noções de Aerofotogrametria.

Escrito por Debora Cerviere.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

Pós-graduação ambiental: as 7 mais procuradas!

Pós-graduação ambiental: as 7 mais procuradas!

Devido ao aumento da preocupação com questões como as mudanças climáticas, a utilização e a preservação dos recursos naturais. E, ainda, o desenvolvimento das tecnologias limpas e de uma cultura de consumo consciente. A sustentabilidade ambiental tem se tornado o assunto da vez. Por isso hoje viemos te falar sobre pós-graduação ambiental para trabalhar com sustentabilidade .

Nesse cenário, cresce também a demanda por profissionais que sejam especialistas no tema. Abrindo portas para boas e diversificadas oportunidades de trabalho em diferentes tipos de empresa.

Pensando nisso, preparamos este post para que você conheça as possibilidades de carreira no segmento. Listamos os principais cursos de pós-graduação ambiental para quem quer se especializar e garantir um bom diferencial para o currículo. Confira!

 

Pós-graduação ambiental: as 7 mais procuradas!

 

1. Paisagismo e arborização urbana

A pós-graduação em Paisagismo e Arborização Urbana tem como objetivo desenvolver uma visão mais estratégica. E habilidades que permitam ao profissional gerir um município de forma eficaz e ambientalmente responsável. Além de apresentar e implementar propostas com foco na sustentabilidade.

Para isso, as disciplinas apresentam estudos de caso, conteúdos que englobam o conceito de sustentabilidade. Sua relação com a sociedade, perspectivas de mercado e mudanças globais. Além de oferecer ferramentas que permitem aplicar os conhecimentos adquiridos na gestão das cidades.

 

Paisagismo e Arborização Urbana

 

2. Licenciamento e gestão ambiental

A preocupação crescente com os impactos das empresas, no meio ambiente, as leis ambientais cada vez mais rígidas. Bem como a evolução da inquietação da sociedade a respeito da responsabilidade ambiental tem potencializado o número de processos de licenciamento ambiental no Brasil.

Atualmente, os procedimentos de licenciamento ambiental estão sendo descentralizados, o Estado e Município têm ingressado nessas atividades, criando forte demanda por profissionais qualificados.

 

3. Geoprocessamento e gestão ambiental

A necessidade humana em adquirir informações e conhecimentos sobre a distribuição geográfica dos recursos naturais sempre foi uma constante no desenvolvimento das diversas civilizações.

Com o desenvolvimento tecnológico, normal em todo processo de desenvolvimento, surge o geoprocessamento como importante ferramenta para auxiliar no tratamento das informações geográficas. E, assim, favorecer melhores análises e interpretações de dados ambientais que influenciam diretamente as tomadas de decisões em diversas áreas ligadas às ciências naturais e da Terra.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

4. Irrigação

Com foco especificamente voltado à questão hídrica na agronomia. A pós em Irrigação envolve disciplinas como irrigação, gestão de águas urbanas e recursos hídricos, barragens e reservatórios. Além de conhecimentos sobre a legislação específica da área.

Dessa forma, os profissionais estarão habilitados a desenvolver projetos ligados à qualidade da água utilizada na irrigação. Bem como o uso consciente e o reaproveitamento desse recurso na agroindústria.

 

Irrigação

 

5. Silvicultura

Como o próprio nome indica, a pós-graduação em silvicultura tem como objetivo preparar o profissional para atuar no manejo de florestais, além de garantir a sustentabilidade dos ecossistemas florestais.

Para isso, reúne disciplinas que apresentam conteúdos atuais sobre a situação das florestas, a legislação vigente para o segmento, bem como as estratégias para permitir um uso sustentável dos recursos por parte das indústrias.

 

6. Construções sustentáveis e ecourbanismo

Voltada aos profissionais de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo, o curso Construções Sustentáveis e Ecourbanismo tem o objetivo de promover o estudo e o desenvolvimento de projetos de construções sustentáveis — ecovilas, bairros e cidades ecológicas —, levando em consideração os novos contextos ambientais, econômicos e culturais.

Para isso, a grade curricular engloba conhecimentos de gestão de águas urbanas, resíduos e energias renováveis, assim como tecnologias sustentáveis em bioarquitetura e ecourbanismo.

 

7. Gestão ambiental de empresas

Com foco nos profissionais que atuam na área administrativa em grandes, médias e pequenas organizações, a pós-graduação em Gestão Ambiental de Empresas traz conhecimentos essenciais para o dia a dia dos empresários, como auditoria, certificação, legislação e responsabilidade corporativa.

Assim, é possível capacitar os alunos para ocupar cargos de liderança, implementando e acompanhando projetos de sustentabilidade com sucesso em suas companhias, independentemente de seu segmento de atuação no mercado.

Escrito por Josnei Moreira.

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