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O que você precisa saber sobre métodos de controle de pragas!

O que você precisa saber sobre métodos de controle de pragas!

Neste artigo preparamos para você quais são as principais técnicas de controle de pragas agrícolas que podem ser utilizadas no campo. Confira!

O ataque de pragas na lavoura, podem trazer enormes prejuízos ao agricultor. E geralmente o produtor rural recorre ao uso de defensivos agrícolas.

Apesar de ser um método de controle eficiente, atualmente existem diversas outras medidas de controle que podem ser utilizadas para o controle das pragas agrícolas.

 

O que você precisa saber sobre métodos de controle de pragas!

 

O que são pragas?

Pragas são o conjunto de insetos e outros seres que podem causar danos às plantas, porém só quando há um grande comprometimento da área plantada, é que podem ser considerados pragas. Conforme a espécie e o tamanho da praga, a proporção do prejuízo pode variar. De qualquer forma, é preciso encontrar meios seguros de eliminar esse mal.

Vários insetos podem causar danos às plantas, no entanto, somente quando uma grande parte da área plantada é afetada, é que são considerados pragas.

Por ser um país tropical, o clima do Brasil favorece o surgimento de algumas espécies de pragas agrícolas que podem gerar grandes prejuízos ao produtor.

Dentre as principais pragas agrícolas presentes no Brasil estão a mosca branca, pulgões, lagartas e cigarrinhas.

 

Fitossanidade

 

Nível de dano econômico e nível de controle de pragas

Para o monitoramento e acompanhamento do nível populacional da praga sejam realizados corretamente, é preciso conhecer o nível de dano econômico e o nível de controle.

O nível de dano econômico refere-se à densidade populacional da praga que gera prejuízo na lavoura igual ou maior ao custo necessário para controla-la.

Já o nível de controle indica qual o momento correto para a adoção de medidas controle do alvo, antes que esta cause perda econômicas à cultura.

Conhecer o nível de controle de pragas, ou seja, o nível abaixo daquele que a praga causa dano econômico irá determinar a melhor medida de manejo e quando ela deve ser aplicada.

 

Quais os principais métodos utilizados para o controle de pragas?

A princípio a técnica mais conhecida para o controle de pragas agrícolas é o controle químico.

No entanto, na busca de métodos mais sustentáveis e visando a diminuição da utilização de produtos químicos outros métodos eficientes no controle de pragas têm sido utilizados.

Portanto, além do controle químico temos, o controle biológico, cultural, controle genético e o manejo integrado de pragas (MIP) que engloba mais de um método para controle de pragas.

Agora vamos ver um pouco mais sobre cada um deles!

 

Controle químico

O controle químico consiste na aplicação de inseticidas visando a eliminação das pragas da lavoura.

Apesar de ser muito eficiente, a utilização destes produtos químicos deve ser utilizados pelo produtor com muita cautela.

Pois o uso desenfreado de inseticidas pode ocasionar o aparecimento de populações de pragas resistentes.

Por tanto, recomenda-se a utilização do controle químico para o manejo de pragas somente quando a população do inseto atingir níveis críticos.

 

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Controle biológico

O controle biológico tem sido uma alternativa de controle de pragas muito empregada nas lavouras atualmente.

Este método de controle consiste na utilização de inimigos naturais para a redução da população dos insetos pragas.

Os inimigos naturais são organismos irão atuar como agentes de controle biológico através de ralações de parasitismo ou predação.

O papel dos inimigos naturais é manter os insetos pragas em um nível populacional que não seja capaz de causar danos econômicos à lavoura.

No Brasil temos vários casos bem-sucedidos da utilização do controle biológico nas lavouras, como por exemplo a utilização da microvespa (Cotesia flavipes) para controle da broca-da-cana (Diatraea saccharalis).

 

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Controle cultural

O controle de pragas agrícolas também pode ser realizado através da utilização de estratégias de manejo cultural.

Como por exemplo podemos citar a rotação de culturas, manejo de plantas daninhas, densidade de plantio, época de semeadura e colheita corretas.

No entanto, as medidas visando o controle cultural das pragas, em sua maioria devem ser pensadas e aplicadas antes da implementação da cultura no campo.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Controle genético

Atualmente existem cultivares resistentes as principais pragas agrícolas que causam enormes prejuízos as lavouras.

O uso destas cultivares deve ser sempre que possível priorizado, pois permite a adoção de outras medidas de controle, além de ser mais econômico.

No entanto, o produtor deve sempre alternar o uso de cultivares resistentes com não resistentes visando a durabilidade da resistência no campo.

 

Plataforma Agropós

 

Manejo Integrado de Pragas – MIP

O manejo integrado de pragas (MIP) é uma maneira de manejar pragas agrícolas usando princípios ecológicos e com o mínimo de danos ao meio ambiente e à saúde humana.

O MIP integra o uso de todos os métodos de controle de pragas disponíveis, visando manter o nível da população da praga abaixo do nível de dano de maneira econômica, ambiental e ecologicamente viável.

Dessa maneira, as medidas utilizadas no Manejo Integrado de Pragas contribuem na diminuição da utilização de produtos químicos, devido ao monitoramento constante da lavoura.

No entanto, o MIP não é um método único de controle de pragas, os produtores devem sempre estarem cientes do potencial de infestação de praga para dotarem as medidas cabíveis no tempo certo.

 

Conclusão

As pragas agrícolas podem causar grandes perdas de produtividade das lavouras, gerando prejuízos econômicos para o produtor rural.

Portanto, é necessário conhecer os métodos de controle de pragas para combate-las de maneira eficiente, e assim minimizar os danos ocorridos nas lavouras, perdas na produtividade e prejuízos financeiros.

 

Fitossanidade

Inseticidas: o uso e as técnicas corretas na agricultura!

Inseticidas: o uso e as técnicas corretas na agricultura!

Você sabe a importância dos inseticidas na agricultura? Neste artigo você irá encontrar tudo sobre o tema, além de conhecer algumas técnicas para o uso correto dos inseticidas agrícola.

Venha Comigo!

 

Inseticidas: o uso e as técnicas corretas na agricultura!

 

Os inseticidas são os defensivos agrícolas, que atuam na prevenção e controle de insetos e pragas, responsáveis por grande perda nas lavouras. Além de reduzir na produtividade, dependendo da intensidade da infestação e danos causados, os insetos podem matar a lavoura. Os inseticidas são substâncias químicas ou biológicas e são usados para controlar doenças e plantas daninhas que afetam as culturas.

Os principais modos de ação dos inseticidas são por contato direto do produto no alvo ou a ingestão de folhas que contenham o princípio ativo. Além disso, os produtos podem ser considerados fisiológicos ou de choque.

O uso excessivo dos produtos e a má utilização no manejo pode provocar contaminação tanto na produção agrícola quanto de mananciais próximos a área de aplicação. Devido a esses riscos existe uma fiscalização do órgão público com as empresas de defensivos agrícolas.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Modo de ação dos inseticidas

Existem várias formas do inseticida afetar a praga. Os principais modos de ação, são por contato direto do produto no alvo ou a ingestão de folhas que contenham o princípio ativo.

 

Mecanismo de transferência do produto.

Modo de ação dos inseticidas

 

  • Ingestão: É absorvido pelo intestino médio, circula na hemolinfa e atinge o sistema nervoso. Inseticidas mais antigos possuíam este tipo de ação;
  • Contato: Sua ação se dá pelo contato com o corpo do inseto, penetrando na epicutícula e sendo conduzido através do tegumento, onde irá atuar sobre as terminações nervosas. Pode matar insetos-praga pelo simples contato com superfícies atingidas pelo inseticida;
  • Fumigação: O inseticida age pelas vias respiratórias, devendo ser inalado na forma de gás pelo inseto. O gás penetra através dos espiráculos e age sobre o sistema nervoso.
  • Profundidade: Inseticida capaz de atingir insetos através do tecido vegetal (ação translaminar), como sob uma folha ou dentro de um fruto;
  • Sistêmico: É aquele inseticida que, aplicado sobre folhas, troncos, ramos, raízes e sementes é capaz de ser absorvido e circular com a seiva para todas as partes da planta.

 

Grupos de inseticidas

Os inseticidas são comumente classificados de acordo com sua composição química. Como por exemplo;

 

Organoclorados

Constituem o grupo pioneiro dos praguicidas sintéticos. De largo uso agrícola e domiciliar, os organoclorados desempenharam papel marcante no combate a organismos nocivos ao homem, com repercussões sociais e econômicas importantes.

Beneficiado tanto o setor agrícola no sentido de aumentar a produtividade e produção de alimentos, estas moléculas matavam não somente os organismos alvo como também insetos neutros ou até mesmo benéficos ao homem.

As principais vias de absorção são as dérmicas, digestiva e respiratória, e devido a sua alta estabilidade química e alta solubilidade em gorduras, se acumula nos tecidos de animais e vegetais, e, por conseguinte na cadeia alimentar.

Também possuem alta estabilidade à ação da luz solar e temperatura ambiente. Assim, chegaram a contaminar também o homem. Sendo diversos casos de câncer atribuídos a este grupo de inseticidas.

 

Organofosforados

Os organofosforados podem ser utilizados para combater insetos sugadores, desfolhadores e alguns rizófagos. O modo de ação pode ser sistêmico ou de fumigação, mas a ação de contato é a mais importante. São biodegradáveis, com persistência curta no solo.

São biodegradáveis, sendo, portanto sua persistência curta no solo, 1 a 3 meses. O principal meio de degradação no ambiente parece ser a hidrólise sob condições de alcalinidade. Muitos inseticidas organofosforados são instáveis em pH menor que 2, sendo a maioria mais estável na faixa de pH do ambiente (pH 3-6).

É importante que estes compostos sejam estáveis em pH neutro, por causa de suas formulações em óleos concentrados, solventes miscíveis em água, grânulos inertes, para aplicação direta ou após dispersão em água.

O modo de ação é por contato e ingestão. Agem como inibidores das enzimas colinesterases, causando o aumento dos impulsos nervosos, assim podendo ocasionar a morte.

 

Carbamatos

Os carbamatos são derivados do ácido carbâmico, e tendem a ser de uso intradomiciliar em relação aos organofosforados, devido ao menor odor de algumas formulações inseticidas.

São praguicidas orgânicos derivados do ácido carbâmico. Três classes de carbamatos são conhecidos: carbamatos inseticidas (e nematicidas), carbamatos herbicidas e carbamatos fungicidas. Os carbamatos usados como inseticidas (e nematicidas) são derivados do éster de ácido carbâmico.

Com modo de ação semelhante aos organofosforados, ou seja, a inibição da enzima acetilcolinesterase, os carbamatos possuem as seguintes características:

  • Alta atividade inseticida;
  • Baixa ação residual;

 

Tecnologias que agregam qualidade à pulverização

 

Piretróides

Os piretróides foram descobertos a partir de estudos que procuravam modificar a estrutura química das piretrinas naturais, e, uma vez que apresentavam maior capacidade letal para os insetos, propriedades físicas e químicas muitos superiores, maior estabilidade à luz e calor e menor volatilidade.

Os piretróides possuem alta eficiência, sendo necessário menores quantidades de ingrediente ativo, com menor risco de contaminação nas aplicações. Com isso, foram tomando rapidamente o lugar dos organofosforados.

Outra vantagem destes praguicidas é que eles admitem a sinergia, ou seja, a potencialização de sua ação através da adição de um ingrediente sinergista, aumentando ainda mais a eficiência.

São os compostos de mais rápida ação na interferência da transmissão de impulsos nervosos. Podem possuir efeito repelente, espantando os insetos ao invés de eliminá-los.

 

Reguladores de Crescimento

Os produtos inibem e troca da ecdise e a produção de quitina, inibindo o desenvolvimento dos insetos estas combinações ainda estão limitadas por apresentarem ação lenta agindo em fases restritas do ciclo de vida dos insetos muitas vezes, não protegendo as culturas quando em níveis críticos do ataque.

Entretanto existe existem benefícios grandiosos que reforçam as qualidades, como:

  • Alta eficiência biológica;
  • Baixo nível de toxicidade para mamíferos, pássaros e peixes;
  • Seletividade para a fauna benéfica.

Vale ressaltar que nem sempre este tipo de praga causa danos significativos à plantação em alguns casos, os insetos benéficos podem ser até mesmo utilizados para fazer o controle biológico de outras pragas na lavoura. Porém, é necessário acompanhar atentamente para ter a dimensão do impacto dos insetos na produção.

 

Bioinseticidas – Bacillus thuringiensis

É utilizada no controle lepidópteros e coleópteros pragas, seja na forma de bioinseticida ou como plantas transformadas expressando toxinas esta bactéria.

Esta bactéria está presente em amostras de solos de áreas cultivadas com culturas anuais ou perenes, áreas desérticas, ambientes aquáticos, superfície e interior de plantas, restos vegetais, insetos e pequenos mamíferos mortos, teias de aranha, grãos armazenados e locais inabitados

Devido à sua adaptação a diferentes habitats, Bt produz uma grande gama de substâncias que podem ser utilizadas para diversos fins, como por exemplo, controle de doenças fúngicas em plantas.

 

Aplicação dos inseticidas

Na prática, antes de se tomar qualquer decisão, deve-se ter em mente três questões relativas à tecnologia de aplicação: o que aplicar (qualidade do produto), como aplicar (qualidade da aplicação) e quando aplicar (momento da aplicação).

Para se definir o que aplicar, antes se tem que fazer uma análise correta do problema a controlar e qual impacto econômico e ambiental que esse problema poderá causar, se não for devidamente controlado.

Uma vez definido que é necessário fazer uma intervenção, qual o melhor produto a ser aplicado e onde esse produto deve ser depositado, ou seja, qual alvo deverá ser atingido.

É necessário bom planejamento antes do plantio, para que tudo possa ser executado no momento necessário e de forma correta.

APLICAÇÃO DO INSETICIDA

(Fonte: AGROPÓS, 2020)

 

O sucesso de uma aplicação depende da capacidade operacional da fazenda, ou seja os equipamentos disponíveis devem permitir aplicar os defensivos de forma correta e no momento necessário.

 

Uso inadequado de inseticidas

Prejuízo à saúde humana

A saúde das pessoas também pode ser colocada em risco pelo uso de inseticidas. Pois para aplicação desses defensivos e necessário o traje de roupas adequados, para que não haja uma contaminação. Além do excesso de agrotóxicos nas plantas comestíveis pode acarretar em diversos problemas de saúde.

 

Resistência das pragas

O uso excessivo ou inadequado de inseticidas na lavoura pode ter como consequência o efeito contrário do desejado. Em vez de aniquilar as pragas que prejudicam a plantação, o inseticida acaba fortalecendo os parasitas.

Esse problema pode ocorrer por uma série de motivos. Entre os principais, podemos citar os seguintes como por exemplo aplicação de doses acima ou abaixo das recomendadas pelo fabricante ou até mesmo erro no manejo.

Prejuízo à cultura

A aplicação de inseticidas deve, necessariamente, seguir normas que garantam a proteção do meio ambiente. Caso contrário, os prejuízos podem ser muito grandes. Isso pode estar relacionado à quantidade ou à forma de aplicação e prejudicar diversos aspectos do meio ambiente como;

  • Poluição do solo
  • Poluição da água
  • Desequilíbrio Biológico

 

Manejo integrado de pragas (MIP)

O uso das técnicas de Manejo Integrado de Pragas garante mais economia para os agricultores, que passam a gastar muito menos com defensivos agrícolas. Com uma programação baseada na análise de dados e no monitoramento das plantações, é possível reduzir o número de aplicações e ainda minimizar os estragos.

Dessa maneira, os trabalhadores também são menos expostos a esses produtos, diminuindo os riscos à saúde decorrentes da manipulação desse tipo de material. Paralelamente, o MIP ajuda na manutenção do ambiente de produção e reduz as chances de contaminação ambiental.

Outra vantagem é o baixo investimento para a realização desse manejo e, claro, a estabilidade dos índices de produtividade da lavoura.

Além disso, essas práticas podem ser implementadas em propriedades de qualquer tamanho. Porém, é preciso lembrar que os profissionais devem ser capacitados para executar o monitoramento, as análises e as aplicações de maneira segura e objetiva.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto, os inseticidas agrícolas são os grandes responsáveis pelo controle de pragas nas lavouras e consequentemente pela qualidade dos alimentos. Porém, deve haver muito cuidado na hora de se utilizar esses recursos na plantação. Isso porque, se forem usados de forma inadequada, podem gerar consequências para os trabalhadores, para a lavoura, para o consumidor e até mesmo para o meio ambiente.

Com isso o manejo integrado pragas (MIP) é possível a aplicação de técnicas apropriadas e métodos de forma tão compatível quanto possível e mantém a população da praga em níveis abaixo daqueles capazes de causar danos econômicos.

 

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Controle biológico: como ter lavouras mais sustentáveis e rentáveis!

Controle biológico: como ter lavouras mais sustentáveis e rentáveis!

Com você tem acompanhado aqui no blog, muitas são os insetos – praga e patógenos que podem incidir nas lavouras, causando perdas. Hoje falaremos sobre o controle biológico desses organismos.

Medidas culturais e genéticas são adotadas no estabelecimento da lavoura, mas muitas vezes são insuficientes para evitar que epidemias surjam e levem os agricultores ao uso indiscriminado de agrotóxicos.

A sociedade demanda cada vez mais por medidas de controle alternativas ao uso de agrotóxicos sintéticos pois, embora eficientes na maioria dos casos, podem levar a uma série de problemas.

Neste contexto, surge como alternativa promissora o Controle Biológico de pragas e doenças. Você sabe o que é controle biológico?

 

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O que é controle biológico?

O termo controle biológico foi utilizado pela primeira vez para se referir a inimigos naturais de alguns insetos-praga. Desde então, muito foi estudado acerca deste tema. O controle biológico pode ser definido como o uso de um organismo, ou organismos, na regulação de uma população.

Este organismo utilizado pode pertencer a diferentes classes como insetos predadores e parasitoides (para outros insetos) ou microrganismos, como vírus, bactérias e fungos (para insetos-praga e patógenos).

 

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Agentes de controle biológico de insetos-praga

 

Parasitóide

Parasitoide é um organismo que parasita um hospedeiro e completa o seu ciclo de vida matando este hospedeiro. Os adultos são de vida livre, mas as larvas parasitam outros insetos. A maioria dos inimigos naturais deste grupo são das ordens Hymenoptera e Diptera.

Os parasitoides mais utilizados para o controle de insetos-praga são as vespas Cotesia e Tricogramma, controlando pragas importantes como a lagarta do cartucho em milho e a broca da cana, por exemplo.

 

ParasitóideFonte: Agropós-2020                             Fonte: Agropós-2020

 

Predadores

Predadores são insetos de vida livre e que apresentam comportamento predatório, se alimentando de outros insetos. Requerem um grande número de presas para completar o seu ciclo de vida.

Os insetos predadores pertencem principalmente às ordens Hymenoptera, Diptera, Coleoptera e Hemiptera, sendo a joaninha um exemplo clássico de inseto predador. Ela preda diversas pragas, dentre elas vários pulgões que atacam espécies de interesse agronômico.

 

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Patógenos

São microrganismos que causam doenças em insetos praga, vivendo esse alimentando destes, levando-os à morte. Neste grupo estão incluídos fungos, bactérias e vírus. O fungo Beauveria e os vírus do gênero Baculovirus, muito utilizados para controle de lagartas, estão nessa classe de organismos.

 

PatógenosFonte: Agropós-2020                                       Fonte: Agropós-2020

 

 

Agentes de controle biológico de patógenos

Os microrganismos patogênicos a plantas, são controlados por outros microrganismos, como fungos, bactérias e vírus. Esses microrganismos podem agir controlando doenças em parte aérea ou doenças de solo.

Sem dúvida, os agentes de controle biológico de doenças mais utilizados pertencem ao gênero fúngico Trichoderma e ao gênero bacteriano Bacillus. Trichoderma é um gênero de fungos habitante de solo, que pode controlar outros fungos por diferentes mecanismos.

Parasitismo, competição e antibiose são os principais mecanismos de controle biológico de patógenos. No parasitismo um organismo obtém parte ou todo do seu alimento às custas do outro organismo.

Na competição, um dos organismos é mais eficiente em aproveitar os recursos do meio. Eles competem entre si por agua, luz, nutrientes, espaço, oxigênio, dentre outros.

Já a antibiose é o mecanismo no qual um organismo produz substancias que tem efeitos danosos ao outro. Essas substancias podem ser voláteis ou não.

 

Tipos de controle biológico

O controle biológico de praga pode ser dividido em natural, clássico e o artificial. Vamos entender mais sobre eles?

No controle biológico natural são utilizados os inimigos naturais já existentes no ecossistema. Isso pode ser feito pela preservação de matas nativas próximas aos cultivos ou pela utilização de inseticidas seletivos.

No controle biológico clássico o foco é controlar pragas exóticas e para isso são introduzidos inimigos naturais por algumas vezes no local, como medida de controle a longo prazo.

O controle biológico artificial consiste da criação massal e aplicação de inimigos naturais em grande quantidade, o que faz com que este tipo de controle tenha ação mais rápida, semelhante a inseticidas químicos.

 

Vantagens do controle biológico na agricultura

Os inimigos naturais que são utilizados como agente de controle biológico são organismos que não deixam resíduos nos alimentos, são seguros para o agricultor e consumidor e protegem a biodiversidade. Não contaminam os alimentos e ambiente.

 Além disso, o uso de agentes diminui o risco de seleção de organismos resistentes, como ocorre no controle químico. A ausência de período de carência entre a liberação do inimigo natural e a colheita é outra vantagem notável do controle biológico.

 

Regulamentação de agentes de controle biológico

Os agentes de controle biológico são regulamentados pela lei Lei número 7.802, de 11 de julho de 1989, a mesma que regulamenta os agrotóxicos de origem química.

As solicitações de registro para estes produtos devem ser submetidas à Anvisa, MAPA e Ibama e os produtos à base agentes de controle biológicos são avaliados de maneira diferente dos demais produtos desta lei.

São solicitadas informações como qualidade biológica, eficiência, efeitos na saúde humana, dentre outros. Além disso, esses produtos, diferente dos pesticidas químicos, são registrados para o alvo biológico e não para a cultura.

 

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Mercado de biológicos

Nos últimos anos, a nível mundial e também no Brasil, vem aumentando o número de produtos biológicos registrados para o controle de doenças e pragas.

Segundo o Ministério da Agricultura, no último ano, o mercado brasileiro de defensivos biológicos cresceu mais de 70%. Este percentual supera o crescimento apresentado pelo mercado internacional, que ficou em 17%.

O clima tropical e o cultivo diversificado do nosso país, nos coloca em uma posição privilegiada, tornando possível a adoção desta estratégia em lavouras de diversas culturas, atendendo aos anseios da população por uma agricultura mais sustentável.

 

Conclusão

Sempre que possível, devido às suas inúmeras vantagens, é recomendado utilizar o controle biológico como uma medida dentro do Manejo integrado. Este é um mercado em plena expansão no Brasil e no mundo, que está nos proporcionando uma agricultura mais sustentável.

Escrito por Nilmara Caires.

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Controle biológico pode alcançar até 80% de eficiência contra ácaro-rajado na produção de morango

Controle biológico pode alcançar até 80% de eficiência contra ácaro-rajado na produção de morango

A adoção do controle biológico, no âmbito do manejo integrado de pragas (MIP), pode obter até 80% de eficiência de controle contra o ácaro-rajado, principal praga do morango no Distrito Federal, especialmente no período seco e quente do ano. A liberação dos inimigos naturais na lavoura, se realizada no momento exato e na quantidade correta, garante altos índices de controle e contribui para a redução do número de pulverizações de produtos químicos.

“Nos últimos anos, os produtores de morango têm relatado uma menor eficiência do controle químico e isso acontece, principalmente, em função da resistência da praga aos produtos químicos (acaricidas) utilizados”, analisa o pesquisador Miguel Michereff Filho, da Embrapa Hortaliças (Brasília, DF). A falta de opção de produtos registrados para a cultura do morango e o uso indiscriminado, como o aumento da frequência de pulverização e/ou da dose usada, favorece o aumento da resistência do ácaro-rajado ao controle químico.

Durante treinamento realizado para técnicos da Emater/DF e para produtores do Núcleo Rural de Brazlândia, no último dia 16, o pesquisador explicou os princípios do MIP, com foco no morango, e deu ênfase ao controle biológico como estratégia para reduzir os problemas associados à resistência. “Quando a infestação por ácaro-rajado não é controlada, pode haver uma redução de 80% da produção de morango”, estima Michereff.

A região de Brazlândia é o principal polo de produção de morango no Distrito Federal. Segundo dados da Emater/DF, em 2018, a área cultivada com morango no Distrito Federal foi de 167 hectares, distribuídos entre cerca de 250 produtores rurais. A produção total foi de mais de 7.500 toneladas, sendo a produtividade por hectare estimada em 37.500 caixas de 1,2 kg. O custo de produção de um hectare de morango, no Distrito Federal, ficou na faixa de R$ 125.000,00.

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A principal mensagem passada aos participantes do treinamento foi de que, embora o custo do controle biológico e do controle químico seja praticamente equivalente, há uma economia indireta e outras vantagens associadas à adoção do MIP como, por exemplo, a redução entre 30% e 40% da frequência de pulverizações, o que contribui para a maior sustentabilidade da cultura. “Há também uma exigência do mercado consumidor por alimentos mais saudáveis, o que pode fazer o produtor repensar em outras vias de controle”, pondera o pesquisador.

Inimigos naturais

Os inimigos naturais do ácaro-rajado, recomendados para o controle biológico em plantios de morango, são ácaros predadores conhecidos como ácaros fitoseídeos. A utilização deles funciona muito bem nas regiões Sul e Sudeste porque eles são adaptados aos ambientes com umidade por volta de 60%. De acordo com Michereff, no Distrito Federal, especialmente no inverno, quando a umidade relativa apresente índices bem baixos, é preciso orientar os produtores sobre a liberação dos ácaros predadores para que eles permaneçam viáveis por mais tempo dentro da lavoura.

Ele recomenda que os produtores façam uma irrigação por aspersão nos plantios de morango, logo antes de efetuar a liberação dos inimigos naturais, porque isso cria um microclima com maior umidade, que é favorável à atuação dos ácaros predadores. “Os produtores precisam de conhecimento técnico para utilizar com eficácia o controle biológico. Antes de liberar o predador, é preciso cumprir algumas práticas culturais na lavoura e estabelecer condições favoráveis para que o inimigo natural possa agir no controle da praga”, comenta.

Treinamentos

Cursos de capacitação para técnicos e produtores rurais têm sido a base do projeto “Promoção do Manejo Integrado de Pragas na Produção de Hortaliças do Distrito Federal”, que visa resgatar a adoção das boas práticas agrícolas direcionadas ao manejo de pragas em quatro culturas agrícolas: morango, alface, tomate e pimentão.

O objetivo dos treinamentos tem sido, segundo o pesquisador, fazer um diagnóstico, trocar experiências e nivelar os conhecimentos para que, em uma segunda etapa, a partir de parcerias e articulação institucional, seja possível efetuar a instalação de Unidades de Referência Tecnológica (URT) para implementação do MIP nessas quatro importantes culturas do Distrito Federal.

No cronograma do projeto, os próximos cursos vão contemplar alface (setembro), tomate (outubro) e pimentão (início de 2020). O projeto é realizado em cooperação técnica com a Emater/DF e com financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).

Fonte: Embrapa

Uso de bioestimulantes no milho é defendida em congresso

Uso de bioestimulantes no milho é defendida em congresso

Professor João Domingos Rodrigues, da Unesp

O uso de biorreguladores no milho com os objetivos de minimizar os estresses bióticos e abióticos e maximizar a produtividade da cultura foi defendido pelo professor João Domingos Rodrigues, da área de Fisiologia Vegetal e da Produção da Unesp (Universidade Estadual Paulista, Campus de Botucatu), durante o XXXII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, realizado no mês de setembro em Lavras-MG. Os biorreguladores ou reguladores vegetais são compostos constituídos por hormônios vegetais que podem ser aplicados diretamente nas plantas, em concentrações calculadas, para alterar seus processos vitais e estruturais em busca de maior produção.

A justificativa, segundo o professor, é oferecer condições às culturas para atingir o potencial genético produtivo em um cenário de instabilidade climática. “Com os problemas do clima, como melhorar as respostas da fisiologia das plantas, principalmente às relativas à fotossíntese e à produtividade?”, indagou Rodrigues. De acordo com ele, uma das formas é a minimização desse estresse, com a utilização dos biorreguladores. “A mistura hormonal em concentrações calculadas composta de citocina, auxina e giberelina promove um efeito sinérgico”, disse.

“Todos nós conhecemos a importância da adubação. Os minerais, na forma iônica, são importantes para a ativação de enzimas. Porém, a síntese dessas enzimas depende dos hormônios e esses, às vezes, são menos utilizados. Dessa forma, como devemos ter plantas bem equilibradas do ponto de vista nutricional, devemos também ter plantas muito bem equilibradas hormonalmente. Devemos ter em mente que o que realmente determina a produção é a fotossíntese, cujo processo podemos manipular”, defendeu.

As vantagens de se usar os reguladores vegetais, como fundamentais para o metabolismo e o crescimento vegetal, foram expostas: aumentar a produtividade; favorecer a fotossíntese e o transporte e acúmulo de açúcares nos drenos e diminuir os efeitos dos estresses. “São fundamentais em todos os estádios fenológicos das plantas. Os reguladores não devem ser vistos como mais um produto foliar ou como mais um produto de acabamento, mas como fundamentais para o equilíbrio hormonal que leva ao aumento dos processos produtivos”, disse.

A relevância dos hormônios no processo produtivo e a equação desejada por produtores, em que o aumento da produtividade significa uma maior expressão do potencial genético das culturas, associado a um menor número de perdas, foi então apresentada. “As interações entre os hormônios vegetais têm como objetivo promover o balanço hormonal adequado, possibilitando aumentar a eficiência das culturas e maximizando a expressão do potencial genético das plantas”, concluiu. Abaixo, conheça alguns dos principais efeitos fisiológicos de três hormônios promotores do desenvolvimento vegetal: as citocinas, as auxinas e as giberelinas, apresentados pelo professor Rodrigues.

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Auxinas

Promovem o alongamento celular e crescimento do caule;

Inibem a queda de folhas e frutos;

Divisão celular do tecido cambial;

Diferenciação do tecido vascular (xilema e floema);

Melhoram na partição e no movimento de assimilados por ação do transporte no floema;

Promovem maior crescimento das partes florais;

Controlam a abscisão.

 

Citocininas

Promovem a divisão celular;

Promovem a diferenciação celular:

Promovem maior brotação de gemas;

Expandem folhas e cotilédones (Fonte/Dreno);

Retardam a senescência foliar, mantendo a síntese proteica e diminuindo a presença de radicais livres;

Provocam maior desenvolvimento dos cloroplastos, com aumento na síntese de clorofila e da enzima Rubisco, responsável pela transformação do CO2 em carboidratos;

Estimulam maior abertura dos estômatos;

Interferem na fotossíntese aumentando sua intensidade e com isso a produtividade.

 

Giberelinas

Promovem o crescimento do caule;

Favorecem maior germinação de sementes;

Impulsionam produção de enzimas, que atuam nas reservas das sementes, visando a maior germinação;

Promovem a fixação e o crescimento de frutos;

Divisão e alongamento celular;

Retardam a degradação da clorofila.

Segundo informações do professor João Domingos Rodrigues, no Brasil, por causa da legislação vigente, temos poucos reguladores vegetais registrados para a cultura do milho. O único registrado, tendo na sua composição os três hormônios promotores visando o seu efeito sinérgico, tem o nome comercial de Stimulate® da empresa Stoller do Brasil. Existe outro produto comercial, registrado para o milho, mas com apenas um hormônio promotor, no caso a giberelina, de nome comercial Progibb®, da empresa Sumitomo Chemical.

Por Embrapa.